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UHE BOCAINA - PLANEJAMENTO DE CONSTRUCAO E ORgAMENTO DETALHADO DAS OBRAS CIVIS Eng° Misael de Jesus Santos SA CEMIG Eng2 Adalberto C. de Rezende LEME Engenharia Eng° Luis Edmundo F. Ribeiro CONSULTOR RESUMO 0 Planejamento de Construgao a nivel executivo e o Orcamento Detalhado das Obras Civis da UHE de Bocaina contemplou a elaboragao de 380 composigoes de custos, cadastro de 400 itens de materials e 100 itens de equipamentos. Em razao da orientagao traduzida em seu desenvolvimento, com o objetivo de nao somente buscar registrar a tendencia dos pregos mas tambem de permitir a criagao de uma base de referenda para futuros trabaihos desta natureza, foram sistematicamente registrados a nivel de memdria. As consultas, tomadas de preps e composigoes, corn as respectivas justificativas de parametros e estimativas. 0 orgamento, corn a adogao desta metodologia, sinalizou por uma redugao da ordem de 40% sobre o orgamento anteriormente elaborado com a utilizagao dos parametros dos manuals Eletrobras. 1. INTRODUcAO A Cia. Energetica de Minas Gerais - CEMIG e o Consorcio LEME ENGENHARIA/EPC desenvolveram o Planejamento de Construgao e Orgamento Detalhado das Obras Civis para a construgao da Usina Hidreletrica de Bocaina. A UHE Bocaina, cujo projeto basico foi elaborado pelo proprio Consorcio situa-se no Rio Paranafba, bacia do rio Parana, no triangulo Mineiro, entre os municfpios de Catalao (GO) e Abadia dos Dourados (MG). Tern fungao de geragao eletrica, com potencia instalada de 150 MW (2 x 75 MW), barragem de enrocamento com face de concreto com 83 m de altura, desvio do rio em tunel unico com diametro de 9 m e comprimento de 264 m e dois condutos forgados com diametro de 6 m e comprimento de 180 m cada. 2. CONSIDERACcOES GERAIS SOBRE 0 PLANEJAMENTO DE CONSTRUCAO E ORcAMENTAcAO O Planejamento de Construgao foi desenvolvido visando estabelecer um planejamento executivo real, praticavel por metodos e equipamentos convencionais, para as obras civis da UHE Bocaina, estabelecendo o respectivo Orgamento de Construgao em nfveis de precisao superiores aos usualmente adotados na fase de projeto basico, e em consonancia com as diretrizes pela ELETROBRAS inseridas no "Documento Sfntese - Diagnostico e Proposta de Agoes" elaboradas pelo Grupo de Trabalho "Estudo das Concorrencias de Empreendimentos do Setor Eletrico". Visando atingir estes resultados, foi efetuado um planejamento com- pleto da execugao da obra e elaborado o orgamento detalhado das diversas atividades necessarias a sua consecugao. Obviamente, conforme o planejamento e as hipoteses de custeio, adotados no orgamento, este modelo de estudo podera conduzir a resultados finais ligeiramente diferenciados. Desta forma assumiu-se uma serie de premissas basicas que julgamos retratar condigoes medias de execugao deste tipo de obra. Devemos notar, tambem, que a obra em questao nao deve ter o mesmo tratamento que o demandado para a construgao de uma grande hidreletrica, devido ao porte medio deste empreendimento, que se reflete nos seguintes aspectos principais: reduzido prazo da duragao da obra; produgoes mensais modestas; reduzido efetivo de mao-de-obra; inexistencia de acampamento para familias, no local das obras. Assim, considerou-se neste estudo, visando a construgao da usina da forma mais econSmica, utilizar as estruturas locais de apoio, sem sobrecarrega-las, devido ao pequeno prazo da obra e reduzido efetivo de mao-de-obra. - XIX SEMINARIO NACIONAL DE GRANDES BARRAGENS - - 531 -

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UHE BOCAINA - PLANEJAMENTO DE CONSTRUCAO E

ORgAMENTO DETALHADO DAS OBRAS CIVIS

Eng° Misael de Jesus Santos SA

CEMIG

Eng2 Adalberto C. de Rezende

LEME Engenharia

Eng° Luis Edmundo F. RibeiroCONSULTOR

RESUMO

0 Planejamento de Construgao a nivel executivo e o Orcamento Detalhado dasObras Civis da UHE de Bocaina contemplou a elaboragao de 380 composigoes decustos, cadastro de 400 itens de materials e 100 itens de equipamentos. Em razaoda orientagao traduzida em seu desenvolvimento, com o objetivo de nao somentebuscar registrar a tendencia dos pregos mas tambem de permitir a criagao deuma base de referenda para futuros trabaihos desta natureza, foramsistematicamente registrados a nivel de memdria. As consultas, tomadas depreps e composigoes, corn as respectivas justificativas de parametros eestimativas. 0 orgamento, corn a adogao desta metodologia, sinalizou por umaredugao da ordem de 40% sobre o orgamento anteriormente elaborado com autilizagao dos parametros dos manuals Eletrobras.

1. INTRODUcAO

A Cia. Energetica de Minas Gerais - CEMIG e o Consorcio LEME ENGENHARIA/EPC desenvolveram oPlanejamento de Construgao e Orgamento Detalhado das Obras Civis para a construgao da UsinaHidreletrica de Bocaina.

A UHE Bocaina, cujo projeto basico foi elaborado pelo proprio Consorcio situa-se no Rio Paranafba, bacia dorio Parana, no triangulo Mineiro, entre os municfpios de Catalao (GO) e Abadia dos Dourados (MG). Ternfungao de geragao eletrica, com potencia instalada de 150 MW (2 x 75 MW), barragem de enrocamento comface de concreto com 83 m de altura, desvio do rio em tunel unico com diametro de 9 m e comprimento de264 m e dois condutos forgados com diametro de 6 m e comprimento de 180 m cada.

2. CONSIDERACcOES GERAIS SOBRE 0 PLANEJAMENTO DE CONSTRUCAO E ORcAMENTAcAO

O Planejamento de Construgao foi desenvolvido visando estabelecer um planejamento executivo real,praticavel por metodos e equipamentos convencionais, para as obras civis da UHE Bocaina, estabelecendoo respectivo Orgamento de Construgao em nfveis de precisao superiores aos usualmente adotados na fasede projeto basico, e em consonancia com as diretrizes pela ELETROBRAS inseridas no "Documento Sfntese -Diagnostico e Proposta de Agoes" elaboradas pelo Grupo de Trabalho "Estudo das Concorrencias deEmpreendimentos do Setor Eletrico". Visando atingir estes resultados, foi efetuado um planejamento com-pleto da execugao da obra e elaborado o orgamento detalhado das diversas atividades necessarias a suaconsecugao.

Obviamente, conforme o planejamento e as hipoteses de custeio, adotados no orgamento, este modelo deestudo podera conduzir a resultados finais ligeiramente diferenciados. Desta forma assumiu-se uma serie depremissas basicas que julgamos retratar condigoes medias de execugao deste tipo de obra.

Devemos notar, tambem, que a obra em questao nao deve ter o mesmo tratamento que o demandado para aconstrugao de uma grande hidreletrica, devido ao porte medio deste empreendimento, que se reflete nosseguintes aspectos principais: reduzido prazo da duragao da obra; produgoes mensais modestas; reduzidoefetivo de mao-de-obra; inexistencia de acampamento para familias, no local das obras.

Assim, considerou-se neste estudo, visando a construgao da usina da forma mais econSmica, utilizar asestruturas locais de apoio, sem sobrecarrega-las, devido ao pequeno prazo da obra e reduzido efetivo demao-de-obra.

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Salientamos que o dimensionamento de recursos, produtividades e prazos foram desenvolvidos de formaconservadora , buscando-se definir o custo atravas do planejamento integrado dos diversos insumos, serapreocupagao de alcangar valores btimos de custo absoluto em cada atividade e sim, urn conjunto harm6nicocom pregos de mercado adequados ao tipo de empreendimento em questao.Tanto o planejamento como o orgamento ora apresentados , que contemplam eventos e recursos tecnicosdisponiveis na apoca da construgao , poderao vir a sofrer alteragoes corn possfveis meihorias, considerando-se outros critarios , tipos de equipamentos , produtividades, etc.

Os trabalhos desenvolveram -se basicamente nas seguintes Eases:

a) Planejamento Preliminar

Estudo do projeto basico e especificag6es tacnicas, a nfvel de planejamento executivo ; Cronogramabasico preliminar das obras civis; cronogramas fisicos - preliminares; Estudo preliminar demetodologias construtivas e produtividades ; Cronograma preliminar de permanencia de equipamen-tos; Lista preliminar de perman dncia de mao -de-obra.

b) Visita ao Local da Obra

Visita ao local do eixo e das jazidas bem Como as cidades que servirao de apoio as obras.c) Planejamento Definitive

Estudo detalhado de tempos e metodos construtivos para as atividades principals ; Rede Geral deConstrugao ; Cronogramas Ffsicos com quantitativos por tipo de servigo ; Lista Definitiva eCronogramas de Permanencia de Equipamentos ; Lista Definitiva e Cronograma de Permanencia deMao-de-Obra ; Estudos de produtividade de mao -de-obra e equipamentos ; Planejamento para custosdiretos ; Planejamento para custos indiretos ; Planejamento para custos de instalagao, incluindo es-tudos de canteiro e acampamento.

d) OrgamentagaoDefinicao de premissas e condicionantes ; Estudo das Planilhas com quantitativos dos servigos,avaliagao das Normas de Medigao e Pagamento e Especificagoes Tecnicas ; Cotagao de insumos eequipamentos junto aos fornecedores/fabricantes ; Levantamento do custo da mao-de-obra na regiao;Calculo dos custos horarios dos equipamentos ; Composigao dos pregos unitarios ; Levantamento docusto de instalagoes do canteiro /acampamento ; Levantamento do custo de servigos subempreitados;Calculo dos custos diretos ; Calculo dos custos indiretos ; Levantamento do fluxo de caixa , de custosfinanceiros , taxas , seguros , etc.; Definigao dos pregos finals.

3. PLANEJAMENTO DETALHADO DA CONSTRUCAO

3.1 Premissas BAsicas

Para o planejamento da obra, foram consideradas as seguintes premissas basicas:

3.1.1 Mao-de-Obra

Consideramos que a mao-de-obra direta sera obtida, em sua grande pane na regiao, devido a alta incidenciade obras de barragens na mesma.

Foi considerado que as atividades de escavagoes para as estruturas, escavagoes subterraneas, aterros,langamento de concreto e trabalhos auxiliares serao realizadas em dois turnos de trabalho.

As atividades de carpintaria, armagao, montagem e processamento de materials para concreto e para a bar-ragem serao executados em urn sb turno, podendo, durante os perfodos de malor necessidade, seremadotados "turnbes", ou extensoes do turno diurno, pela necessidade de manutengao do trabalho apbs ohorario normal de termino.

As produtividades de mao-de-obra consideradas sao as usuais para este tipo de obra, sendo as mesmasresultantes de experiincias na execugao e estudos referentes a varias obras similares realizadas na regiao.

3.1.2 Equipamentos

0 planejamento foi feito baseando-se em equipamentos adequados a cada tipo de servigo, buscando autilizagao, sempre que viavel, dos equipamentos normais em use no Brasil, por empreiteiros que trabalhamem obras similares. A quantidade de cada tipo de equipamento foi dimensionada segundo criterios quelevaram em conta a produgao horaria dos equipamentos, a quantidade de servigos e seus prazos deexecugao, alem dos condicionantes locals e os indices pluviometricos da regiao, bern como aspectospraticos observados em outras obras e peculiaridades inerentes ao porte da obra em questao.

3.1.3 Materials

Os materiais, sejam os obtidos e processados na obra ou adquiridos, foram computados com as perdas nor-mais neste tipo de obra, tanto para materials incorporados ao projeto quanto para materiais auxiliares.

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3.2 Programa de Obra

3.2.1 Introdugfo

As obras civis foram planejadas levando-se em conta prazos de execugao obtidos em obras similares, ondecabfvel e prazos calculados conforme metodologia usual, com base na produtuvidade dos equipamentos ena mao-de-obra adotados para a execugao das diversas atividades. De uma forma geral , os prazos incor-porarn pequenas folgas para as escavagoes a ceu aberto, subterraneas, obras de concreto e aterros.

3.2.2 Planejamento Geral dos Trabalhos

Prazos0 prazo total para execugao dos servigos foi estimado em 37 meses.

As obras se desenvolverao basicamente em trds fases:

1" Fase - Rio em seu Leito Natural

As obras principals durante esta fase serao a construdoo do Canteiro e Acampamento, execugao das Obrasde Desvio do Rio, execugao das Obras do Circuito Hidraulico e a construdao parcial da Barragem.

28 Fase - Rio passando pelo TOW de Desvio

As obras principals durante esta fase serao: Conclusao das Ensecadeiras Principals e esgotamento da areaensecada; Construgao da Barragem ate a EL. 747,00 e concretagem das lajes da face e do muro parapeito;Concretagem da Tomada d'Agua; Montagem da blindagem e concretagem dos Condutos Forgados;Termino de construgoo da Casa de Forga; Construgao do Vertedouro; Construgao da Subestagao;Construgao do Edif(cio de Controle e Oficinas.

Nesta fase, a atividade crftica e a execugao do macigo da Barragem ate a El. 715,00, no seu tergo de mon-tante, antes do perfodo de cheias do 20- ano de obras, para consolidar o desvio do Rio pelo tunel.

38 Fase - Enchimento do Reservat6rio

Durante esta fase serao executadas as seguintes atividades: Operagao de fechamento do Tunel de Desvio;Concretagem do tampao do Tunel de Desvio; Injegoes de contato do tampao do TOnel de Desvio; Terminoda Barragem/Muro do Parapeito ate El. 753,00; Pavimentagao e Acabamentos nas estradas e acessos;Acabamentos finais nas obras civis; Desmobilizagao do Canteiro e Acampamento.

3.3 Administragao da Obra

3.3.1 Introdugao

Esta obra, a ser contratada sob o regime de empreitada, a pregos unitarios devera ter as facilidades ad-ministrativas e gerenciais normais utilizadas em construgoo de hidreletricas, guardadas as devidasproporgoes.

3.3.2 Organizagio

A organizagao basica do Empreiteiro preve a seguinte estrutura: Superintendencia Geral; Divisao Ad-ministrativa; Divisao de Engenharia; Divisao de Construgao e Divisao de Manutengao.

3.3.3 Apoio as Obras

A estrutura da obra tern os seguintes apoios as suas atividades: Escrit6rio Central da Empreiteira; Escrit6rlode Compras em Ubertandia; Telecomunicagoes.

3.3.4 Alojamento e Moradia

Durante os primeiros seas meses, em que estarao sendo construldos os alojamentos e cantina na obra, opessoal solteiro devera ser alojado, em sua major pane em duas cidades pr6ximas, por se concentrar namargem direita a construgoo da usina nesta fase. 0 pessoal sera alojado em hotels, pensoes e republicas. 0pessoal da construgao das edificagoes da margem esquerda, durante o mesmo perlodo devera ser alojadoem cidades pr6ximas que contemplam condigoes adequadas de infraestrutura.

0 pessoal casado, que trouxer a familia para perto do local das obras, devera alugar casas nas cidadesreferidas.

Foram previstos alojamentos na obra para todos os solteiros e para os casados que nao deslocaram suasfamilias de seus domicflios de origem.

3.3.5 Alimentaoo

Antes do in(cio de funcionamento da cantina, as refeigoes serao fornecidas a obra, em embalagens termicas,por subempreiteiro da regiao.

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Apds o tarmino da construdoo da cantina, as refeicoes serao preparadas e servidas na mesma.

3.3.6 Transporte de Pessoal

0 transporte de pessoal interno, na obra, sera feito, quando necessario, por caminhoes, barcos e velculosleves. 0 acampamento foi planejado de forma a permitir o acesso a pe entre os alojamentos, a cantina e asfrentes de trabalho, para a maioria do pessoal. Esta solucao a compativel com o porte da obra.

0 transporte de pessoal externo, foi previsto da seguinte forma:

- 0 transporte diario para o pessoal casado e nao alojado na obra, sera feito por velculos leves e trasonibus, de propriedade do empreiteiro.

- No fim de semana, o transporte do pessoal alojado na obra (em pane) sera feito em major numero deviagens dos tres onibus e complementado eventualmente por empresas de transporte locais.

3.4 Instalag6es de Canteiro e Acampamento

3.4.1 Introdugio

0 dimensionamento do canteiro e acampamento foi realizado de forma a poder comportar eventuais aumen-tos nos quantitativos de servico e/ou reducoes de prazos de execucao.

3.4.2 Estradas de Acesso , de Servigo e Plataformas para Instalacoes

Devido a topografia acidentada do local das obras, foi feito um minucioso estudo para as obras de ter-raplenagem do canteiro e acampamento de forma a reduzir os custos destes servicos.

3.4.3 Edificaroes do AcampamentoAs edificaroes do acampamento serao do tipo pre-fabricadas e estarao localizadas na margem esquerda,abrigando estrutura de lazer, refeitorio, cantina, sanitarios, lavanderia, oficina de manutencao e depbsito dematerials.

3.4.4 Edificacoes do Canteiro

0 canteiro sera construldo nas duas margens. As edificacoes para os escritbrios serao do tipo pre-fabricadase os galpoes serao em estrutura metalica.

3.4.5 Mobiliario e Equipamentos

Todo o mobiliarjo e equipamentos necessarios para equipar as edificacoes, oficinas e alojamentos foramcriteriosamente dimensionados.

3.4.6 Redes de servigo

Foram previstas as infraestruturas necessarias para implantagao das redes eletricas de agua industrial, deagua potavel e esgoto.

3.4.7 Instalacoes de Ar Comprimido

Alem dos compressores portateis constantes da Lista de Permanencia de Equipamentos, previmos ainstalagao de quatro compressores eletricos semiportateis com capacidades de 900 pcm com respectivaslinhas de alimentagao.

3.4.8 Instalacoes de Britagem

Esta prevista a instalagao de uma central de britagem, na margem direita.

A capacidade media da central projetada a de 60 m3/h ou 90 t/h.

3.4.9 Central de Concreto

Esta prevista a instalagao de uma central dosadora horizontal para quatro agregados, com capacidade para90 m /h de concreto dosado, possibilitando a utilizagao de agregado com diametro maximo de 3".

Para alimentagao da mesma, serao montados quatro silos de cimento de 90 t cada, interligados a moega dabalanga de cimento atraves de transportadores helicoidais.

Esta previsto um depbsito de cimento em sacos com area de 150 m2.

3.4.10 Dep6sito de Combustiveis

Serao construldos dois depbsitos. A tancagern total sere de 60.000 I de diesel e 20.000 I de gasolina/alcool.

3.5 Escavagoao MecanizadaA escavagao mecanizada compreende a escavagao ordinariamente chamada de comum e a escavagao es-carificada. Para a execugao da escavagao comum planejamos utilizar na maior pane dos servigos umapatruiha de motoescreipers CAT-621 ou similar auxiliares por tratores CAT-D8-L ou similar como pusher.

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Devido a topografia e As distancias de transporte, estes equipamentos se mostraram como os mais ade-quados.

0 espalhamento do material lancado em bota-foras ou plataformas do canteiro sera feito por tratoresCAT-D8/D6 ou similar, compactando o aterro adequadamente.

3.6 Escavarao em Rocha a Chu Aberto

A perfuracao sera executada por perfuratrizes pneumaticas AC Roc-601 ou similar, alimentadas de ar porcompressores diesel port6teis de 750 pcm de capacidade. Serao usados tamb 6m marteletes pneumatlcospara perfuracoes secundarias.

A carga do material escavado sera executada por escavadeira DEMAG H-55, carregadeira CAT-966 ousimilar, auxiliada por trator CAT-D8L ou similar. 0 carregamento seletivo devera ser feito por este ultimo par.

0 transporte do material escavado, bem Como do enrocamento estocado sera feito por caminhoes RANDONRK-628 ou similar. 0 material proveniente da pedreira sera transportado por caminhoes basculantes trucadosMB-2219 ou similar (6 x 4) com cacamba reforgada.

3.7 Escavagho Subterrinea

- Tunel de Desvio

0 Tt nel de Desvio sera escavado tanto por montante quanto por jusante. Foi prevista a escavacao emambas as frentes, em duas etapas: abebada e rebaixo. Para a ab6bada planejamos os emboques com 10avangos de 1,5 m, passando para avangos de 3,2 m nos trechos em que as condig6es da rocha sejamboas. A perfurando da ab6bada e do contorno do rebaixo sera executado com jumbo TAMROCK el6tricoou similar, dotado de dois bravos com martelos hidr6ulicos, perfurando furos de 2" carregados e 4" paraos alivios dos piloes, em comprimentos de 3,5 m. A bancada do rebaixo ser6 perfurada em furos subver-ticais de 3", utilizando-se perfuratriz ROC 601 ou similar.

Para a execuaao dos servicos de instalacao de chumbadores, concreto projetado e carregamento de ex-plosivos ser6 utilizado um caminhao plataforma pantogr6fica. 0 concreto projetado sera executado porbomba ESTE CP-6, ou similar.

O carregamento do material detonado ser6 feito por carregadeira CAT-966, ou similar, corn cagamba dedescarga lateral e o transporte por caminhoes MB-1513 basculantes, ou similar.

Os equipamentos auxiliares foram dimensionados e listados.

- Condutos Forgados

Os trechos horizontais de jusante dos Condutos Forcados serao escavados de maneira an6loga e com omesmo equipamento do Tunel de Desvio, sendo que neste caso o rebaixo ser6 de menor altura (2,5 m) efoi planejado desta forma por razoes operacionais do equipamento de carga e transporte.

A escavacao dos trechos inclinados serao executadas em duas fases: pilotos ascendentes de 5 m2 deserao e alargamentos descendentes.

O trecho horizontal de montante ser6 escavado de forma similar ao de jusante. A salda do material es-cavado sera feita por montante.

3.8 Aterros

Nesta obra, por existir a predominancia de aterros em enrocamentos e transig6es, ou seja, materiaisgranulares, sua execuaao sera de mais f6cil controle e menor dependencia das condiroes pluviom6tricas. Ametodologia executiva foi definida para as seguintes unidades: Ensecadeiras Auxiliares; Ensecadeiras deMontante e Jusante; Aterros da Barragem; Aterros em Solos; Aterros Confinados.

3.9 Concreto

- Preparo do Concreto

Todo o concreto previsto para a obra ser6 processado e dosado na central dosadora.

Alguns concretos de colocacao lenta e cuidadosa, como concreto poroso e dental serao preparados embetoneiras port6teis.

- Transporte e Mistura

0 transporte e a mistura do concreto serao feitos por caminhoes betoneiras CIBI, ou similar, de 5 m3 at6os locais de langamento onde os mesmos descarregarao em cagambas, calhas ou bombas.

- Langamento, Corte e Cura

Os concretos subterraneos serao langados com bombs Putzmeister , ou similar , corn tubulagAo de 5".Outros concretos em locais de dificil acesso, com dosagem adequada, deverao tamb6m ser lancados.om bomba.

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Os langamentos principals da Casa de Forga, Tomada d'Agua e blocos de montante do Vertedouro seraofeitos com guindastes de torre Richier, ou similar, de 240 t.m de capacidade trabaihando com cagambasde 2,0 m3 e 1,0 m3.0 guindaste da Casa de Forga sera mbvel sobre trilhos e os outros serao fixos. Oslangamentos da Caiha e da Bacia de Dissipagao do Vertedouro, been Como da Estrutura de Controle doTunel de Desvio serao executados por guindaste sobre esteiras Bucyrus 61-B, ou similar, com cagambasde 2,0 m3 e 1,0 m3. Langamentos de pequeno porte e fora do alcance destes equipamentos deverao serfeitos por guindaste telescbpico Bantan S-628, ou similar, com cagambas de 1,0 m3.

0 adensamento do concreto sera feito por vibradores pneumaticos de diametro 3" e 1 1/2".0 tratamento das juntas de construgao serfi feito por cone com agua a alta pressao com equipamento dotipo Water Blaster WBD-90 ou cone verde, onde requerido.

A cura do concreto sera feita por aspersao de Agua. Nas lajes da face da Barragem e na Calha do Ver-tedouro devera ser utilizada cura por membrana quimica.

- Formas

As formas e os escoramentos serao sempre projetados pela Segao Tacnica da obra ou por terceiros.Todas as formas deverao ser pre-fabricadas na carpintaria, exceto as formas feitas no local, como arran-que de blocos apoiados sobre superficie de rocha.

- Armagao e Embutidos

A armagao serfi cortada e dobrada em um patio dotado de maquinas de cortar, dobrar e solda a topo. Acolocagao da armagao, bern como das formas, nos blocos ser6 assistida por guindastes.

3.10 Montagens Ligadas As Obras CivisEsta prevista para a obra uma pequena equipe de montagens que desempenhara atividades nao contfnuas,como: montagens e desmontagens de centrais de concreto, de britagem, guindastes, torres, estruturas

metalicas, etc. Este pessoal executara, tambem, montagens de guias de compoltas, estruturas metalicas eoutros servigos do projeto.

4. ORPAMENTO

4.1 Criterios Basicos

0 orgamento foi elaborado com base em determinadas premissas e limitagoes que devern ser consideradasna analise dos seus resultados, conforme a seguir descrito:

4.1.1 Nivel de Preps

O orgamento foi elaborado na data base de julho de 1.990.

4.1.2 Equipamentos

Para a elaboragao do orgamento, considerou-se que parte dos equipamentos necessarios a construgaodevera ser totalmente amortizado na obra, parte amortizada parcialmente enquanto parte deverfi pertencerao patrimonio do construtor.

4.2 Metodo Utilizado

O orgamento foi realizado dentro de criterios detaihados visando refletir da melhor forma possfvel os custosda execugao da obra.

Os estudos seguiram a seguinte estrutura basica: Analise detalhada do planejamento da obra; Determinagaode pregos dos insumos basicos; Calculo dos custos horarios (ou por quilometro) dos equipamentos; Calculodos custos diretos; Calculo dos custos de canteiro e acampamento; Calculo do custo de mobilizagao edesmobilizagao, Calculo dos custos indiretos da obra; Calculo do BDI.

Nos itens a seguir a apresentado um resumo dos principais criterios adotados neste estudo.

4.3 Insumos Basicos

4.3.1 Mao-de-Obra

• Salario Base

Os salarios base por fungao foram considerados iguais aos praticados numa usina atualmente emconstrugao, do mesmo cliente, em julho de 1.990, considerada como referencia.

• Encargos SocialsO celculo dos encargos sociais a serem aplicados aos salfirios base foi realizado considerando as diver-sas variaveis que influem no processo, tais como hora normal, hora extra, turno diurno, turno noturno etodas as incidencias e reincidencias da legislagao vigente.

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4.3.2 MaterialsDe uma forma geral, todos os materials a utilizar foram cotados junto a fornecedores e fabricantes, com baseem julho/90. para a fase de mobilizacao, os materials a serem empregados foram cotados na regiao dasobras (cimento, areia, brita e ago).

4.3.3 Equipamentos

Da mesma maneira que os materials, os equipamentos, de uma forma geral, foram cotados junto a for-necedores e fabricantes, a nivel de julho de 1.990.

4.4 Custo Horbrio dos EquipamentosOs custos de utilizagoo dos equipamentos foram desenvolvidos considerando as seguintes parcelas:

Gusto de Propriedade: Depreciagao e Custo de Investimento

Custo de Operagao: Mao-de-obra; Combustfvel e Lubrificantes.

Custo de Manutengao: Pegas; Material Rodante; Pneus e Mao-de-obra de Manutengao.

Foram calculados os custos horarios da utilizadao dos equipamentos, com excecao dos vefculos leves eveiculos de apoio, para os quais os custos foram calculados em relacao ao quilometro percorrido.

4.5 Custos Diretos

Foram considerados como custos diretos todas aquelas despesas diretamente relacionadas com aexecugao dos servigos, correspondendo a soma dos custos de materials, mao-de-obra, equipamento e ver-bas necessarias para execugao dos selvigos, conforme indicado nos criterios de medigoes e pagamentos enas especificagoes tecnicas.

As incidencias dos componentes foram determinadas de acordo com o planejamento tecnico e ametodologia executiva estabelecida para a obra.

Em determinados hens, cujos custos nao sao significativos, foram considerados valores praticados na usinade referencia, e reajustados para julho de 1.990 pelos indices contratuais da CEMIG com o empreiteiro dasObras Civis Principals. Nas composig6es de pregos unitarios, esses itens foram orgados como verba (vb). Ositens orgados com base nesse criterio representam 3,99% do valor total do custo da obra.

4.6 Mobilizagao e Desmobilizagao

4.6.1 Equipamentos

Considerou-se a mobilizagao dos equipamentos, em sua maioria, a partir da cidade de Sao Paulo. Foramlevantados os custos de transporte ate o Canteiro de Obras e o retorno ao ponto de origem ao final dasobras.

4.6.2 Pessoal

Foram consideradas, basicamente, as despesas com mudangas e passagens de ida e volta, de onibus ou deaviao, para os funcionarios destacados e seus familiares, com origem nos principals centros urbanos do palse canteiros de hidreletricas, atualmente em execugao. 0 restante do contingente da obra sera admitido nolocal.

4.7 Canteiro e Acampamento

4.7.1 Instalagao

Os custos de Canteiro e Acampamento foram determinados de acordo com o planejamento proposto para oataque a obra.

Para o inicio da obra foram utilizados pregos de fornecedores locals, of incluindo areia e brita para concreto,ate que a montagern da central de britagem esteja conclufda.

Foram considerados custos para:

• Estradas de Acesso e Plataformas das Instalagoes

• Edificagoes

• Redes de Servigo: Eletrica; Telefone; Agua Potavel; Agua Industrial; Rede de Esgoto; Ar Comprimido.

• Instalagoes de Produgao

• Equipamentos Complementares para Instalagoes

• Instalagoes Diversas

4.7.2 Operagao e manutengao

Foram considerados os custos com pessoal, material e equipamentos para operagao e manutengao dasinstalagoes previstas, incluindo: Manutengao de Estradas e Ruas; Operagao e Manutengao das Edificagoes;

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Operagao e Manutengao de Redes ; Operagao do Ambulat6rio.

4.8 Custos Indiretos de Obra

Os custos indiretos de obra correspondem aos seguintes itens:

4.8.1 Pessoal do Administral ioDireqao da Obra, Administracao Geral , Almoxarifado, Suprimento, Guarda e Vigilancia , Engenharla eTopografia, Custo e Controle, Seguranga Industrial e Treinamento.

4.8.2 Vefculos de Uso Geral

Vefculos de transporte individual e Vefculos de apoio.

4.8.3 Despesas com Subsidios

Auxflio para moradia e Auxilio para refeigao.

4.8.4 Despesas Diversas

Material de escrit6rio, Telefone , Despesas Administrativas Gerais e Consultoria Tecnica de Planejamento eMetodos Construtivos.

4.8.5 Escrit6rio de Apoio

Escrit6rio em Uberlandia

4.9 Despesas Indiretas , Eventuais e Lucro

Neste item foram considerados os custos indiretos do empreiteiro e margem para despesas eventuais eIucro.Foram considerados os seguintes itens:

4.9.1 Administragao Central

A Administragao Central corresponde as despesas do Escrit6rio Central da construtora (over-head). No casodo orgamento da UHE de Bocaina foi considerada razoavel a aplicagao da taxa de 3% sobre o prego final

para cobrir essas despesas.

4.9.2 Custos financeirosCom base no fluxo de caixa determinado pelos desembolsos e pelas receitas previstas para a obra, foramobtidos os valores a serem financiados pelo Empreiteiro e os respectivos prazos. A partir dessas informagoesfol calculado o custo financeiro, adotando-se a taxa de 12% ao ano.

4.9.3 Custos Decorrentes de AquisigOes de Bens N3o Totalmente Depreciados na Obra

Neste item foi calculado o custo adicional incorrido pelo construtor devido ao investimento necessario para aaquisigao de equipamentos, instalagoes e equipamentos complementares, nao totalmente depreciados naobra.

0 custo em questao considerou as premissas abaixo e sua dependancia fundamental do perfil de empreiteiroque executara a obra e de sua situagao no momento da licitagao em termos da disponibilidade de equi-pamentos, perspectivas de obras ap6s o tarmino da obra em questao, situagao financeira, etc.

A verba, acrescida a este tftulo no orgamento, visa cobrir os custos decorrentes da eventual nao utilizagaofutura dos equipamentos, instalagbes, etc., adquiridos em fungao da obra.

Para a determinagao deste custo foram adotados os seguintes critarios:

• Equipamentos pr6prios

Considerado apenas o custo de propriedade calculado no orgamento, sem qualquer adicional.

• Equipamentos a adquirir

Considerado um adicional correspondente a 50% da diferenga entre o valor da aquisigao e o custo depropriedade calculado no orgamento.

• Equipamentos a adquirir especialmente para a obra.

Depreciados integralmente na obra. Foi considerado portanto um adicional equivalente a diferenga entreo valor da aquisigao e o custo da propriedade calculado no orgamento.

Para as edificagoes e equipamentos complementares (m6veis, ferramentas, mfiquinas operatrizes, etc) op-tamos por incluir os custos nos hens da instalagao, estimando um valor residual de 30% para os mesmos.

4.9.4 Impostos e Taxas

Foram consideradas as incid&ncias do PIS, Funrural e ISS sobre o faturamento da obra.

- 538 - - XIX SEMINARIO NACIONAL DE GRANDES BARRAGENS -

Para o PIS foi considerada a incid6ncia de 0,65% e para o Funrural a incid6ncia de 1,20 %, ambos calculadossobre o faturamento.

No caso do ISS , Imposto de compet6ncia municipal , foi considerada a alfquota mais usual de 2% sobre ofaturamento.

4.9.5 Seguros

Considerado a contratagao de seguro "All Risks" corn pr6mio de 0,35% sobre o valor da obra, cobrindo in-clusive o seguro dos equipamentos de construgdo.

4.9.6 Eventuais e Lucro

Fol estimada a porcentagem de 15%, calculada sobre os demais custos, para cobrir custos eventuais e lucro.

4.10 Composig6es de Preps Unitbrios

Foram elaboradas composigbes de pregos para todos os hens do orgamento das Obras Civis Principaisdentro dos crharios JA descrItos neste trabaiho.As composigbes foram elaboradas dentro dos crh6rios preconizados na documentagao contratual doempreendimento, com os custos calculados em detaihe, conforme descrito anteriormente.

Uma vez elaboradas todas as composigbes de pregos unharios, assim como as composigbes auxiliares,foram elaboradas as planilhas dos servigos diretos e as planilhas auxiliares relativas aos diversos custoscomplementares e indiretos.A elaboragao de todas as composigbes permitiu a emissao de relatbrios de materials, mao-de-obra e equi-pamentos, que foram usados para conferancias e elaboragao de custos financeiros.

5. CONSIDERACOES FINAIS

5.1 Introdugao

Neste trabalho a feita uma abordagem dos servigos referentes ao Planejamento de Construgao eOrgamentagao da UHE Bocaina, sendo estas atividades as principais balizadoras da estrutura daDocumentagao de Concorrancia das Obras Civis do empreendimento. Os outros tbpicos da Documentagaose configuram um modelo convencional, que a consequancia direta dos escudos do Projeto Basico e doreferido Planejamento de Construgao e Orgamentagao. Vale ressaltar que o Planejamento de Construgao eOrgamentagao agrega em sua estrutura, o significativo manuseio de um grande volume de informagOes edados sobre materiais, mao-de-obra e equipamentos que permitiu realizar, sobre urn planejamento detalhadoda construgao, o orgamento das obras civis, buscando a adequada composigao do custo dos servigos.

0 software desenvolvido para a compilagao do banco de dados e estruturagao do orgamento, histogramas,permanancias e planilhas admite a indexagao de valores que permite a agil revisao e insergao de novoselementos.

Buscou-se elaborar, tanto o planejamento de construgao quanto a orgamento detaihado, adotandometodologia e equipamentos convencionais para este modelo de obra.

Com relagao aos custos dos diversos equipamentos, vale ressaltar que as pregos utilizados sao referidos astabelas de prego dos fabricantes, nao tendo sido considerado qualquer desconto ofertado, para pregos avista. Em outras palavras, podemos afirmar que o custo horario da grande maioria dos equipamentos pode edeve ser considerado como patarnar superior.

5.2 Sugestbes ao Projeto

A CEMIG e o Consbrcio LEME/EPC entendem que a oportunidade de elaborar o Planejamento daImplantagao e o Orgamento Detalhado das Obras Civis da UHE Bocaina, representa tambam a oportunidadede realimentar o estudo de engenharia, desenvolvido a nivel de Projeto Basico.

Ressaltamos que ao longo da elaboragao deste trabalho e a medida em que era desenvolvido o planejamen-to detalhado da implantagao do empreendimento, varias observagoes referentes ao Projeto Basico foramsendo registradas, visando a otimizagao da construgao do empreendimento.

Vale ressaltar, tambam, que com a compilagao e estruturagao do banco de dados informatizados requeridopelo trabalho, passa a ser possfvel considerar, de uma forma agil, sob a btica puramente tacnica, as pos-sibilidades e beneffcios da adogao do sistema de "partigao de contratos" para a execugao do empreendimen-to bern coma de eventuais necessidades de atualizagao de valores.

5.3 RecomendagOes

Mesmo incorporando um carater pioneiro, portanto sem permitir andlise de correlagao, o trabalho realizadopela CEMIG e Consbrico LEME/EPC, no projeto da UHE Bocaina, permite que relevantes recomendagoespossam ser feitas visando uma contribuigao cada vez mais efetiva destas empresas ao Setor Elatrico

- XIX SEMINARIO NACIONAL DE GRANDES BARRAGENS - - 539 -

Brasileiro. Conforme preconiza a nova poiitica industrial do governo, o pats se encontra atualmente, diantede um novo desafio em relagao ao mercado externo, onde a competitividade, qualidade e custos adequadossao as palavras de ordem.

Desta forma, a necessidade do pals em utilizar racionalmente os seus recursos pars, o equacionamento desuas multiplas e grandes questoes relacionadas com a sua infraestrutura de operagao , convoca a realizagaode trabaihos desta natureza, em busca de alternativas de soluroes adequadamente fundamentadas, que per-mitam uma visao transparente do custo de implantagao dos empreendimentos.

Ao nosso ver, as CONCESSIONARIAS cabem implementar este procedimento para todos os seus projetosfuturos, nao sb no que diz respeito as obras civis, mas tambam em relagao ao fornecimento, transporte,instalagao e montagem dos equipamentos eletromecanicos.

A iniciativa de elaboragao do Planejamento de Construgao e Orgamento Detalhado sendo realizada junta-mente com o desenvolvimento do Projeto Basico, estabelece uma adequada visao da necessidade de aportede recursos para a implantagao do empreendimento, ja que permite sinalizar, em razao das premissasadotadas, qual sera a tendancia do custo do empreendimento, em nlveis de incertezas significativamente In-feriores aos atualmente adotados na fase de projeto Basico.

Certamente esta postura iria contribuir para o correto encaminhamento de solugoes alternativas paraviabilizagao dos projetos com a complexidade inerente aos do Setor Eletrico Brasileiro.

USINA HIDRELETRICA DE BOCAINA - FICHA TECNICA

1. IDENTIFICAcAO DO APROVEITAMENTO

DENOMINAgAO: USINA HIDRELETRICA DE BOCAINA

PROPRIETARIO: COMPANHIA ENERGETICA DE MINAS GERAISFINALIDADE: SERVIco POBLICO U

2. LOCALIZACAO DO APROVEITAMENTO

USO EXCLUS NO q

BACIA E SUB-BACIA HIDROGRAFICA DNAEE : PARANA - PARANAIBA

CURSO D' AGUA : RIO PARANAIBA

COORD . GEOG . LAT:18° 10'S MUNIC . MARGEM DIREITA : DAVINOPOLIS - GO

LONG: 47° 27' W MUNIC . MARGEM ESO.: ABADIA DOS DOURADOS - MG

3. CUSTO DE IMPLANTAcAO

POTENCIA INSTALADA M : 150 (2 UNIDADES OR AMENTO: DATA: 22/02/90US$/ kW: 1.574.00 I DOLAR = Cr$ 39,47 CUSTO EM 06/87

4. DADOS DO PROJETOMIN. MEDIA MENSAL 28.8 m3/s

MIN. DEFLUENTE (GARANTIDA A JUSANTE) * 23,0 m3/sV8z6es MAX. TURBINAVEL (UNIT.) 145 m3/s

MAX. TURBINAVEL (TOTAL) 290 m3/s

DE ENCHENTE (EMP. AMORTECIDA) 2.250m3/s

PROJETO DO VERTEDOURO 1.620 m3/s

Ouedas BRUTA MAX. 74,50 m

LIQUIDA MAX. 72,30 m

AREA INUNDADA N.A. MAX NORMAL) 439,0 km2

MAX. NORMAL 750,00 mBaser NIVEIS MIN . NORMAL 725,00 mvat6rio

(. MAXIMORUM 751,58 m

VOLUMES l1TIL 6824 x 106 m3

TOTAL 9010 x 106 m3

TIPO: BARRAGEM DE ENROCAMENTO COM FACE DE CONCRETOBarra - ALTURA MAXIMA 83,0 mgem COMP. TOTAL DE CRISTA 433,0 m

VOLUME TOTAL 2.108.000 m3

5. DETACHES DAS UNIDADES

UNIDADE TURBINAS GERADORES INICIO DE

TIPO POTENCIA (MW) TENSAO POTENCIA (MVA) F.P. OPERAQAO

01 FRANCIS 77 MW (NO ACOPLAMEN - 12 - 15 KV 79 MVA (NOMINAL) 0,95 ABR198TO C/ GERADOR)

02 FRANCIS 77 MW (NO ACOPLAMEN- 12 - 15 KV 79 MVA (NOMINAL ) 0,95 AGO/98TO C/ GERADOR)

NOTAS: * GARANTIDA EM CONDIgOES NORMAIS DE FUNCIONAMENTO DA USINA

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