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UNISALESIANO Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium Curso de Ciências Contábeis Ana Paula Santana dos Santos Nilmara Delfina da Silva Vera Maria de Oliveira ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL COMO INSTRUMENTO PARA PARTICIPAÇÃO EM PROCESSO LICITATÓRIO Alfini Engenharia e Construção Ltda. EPP - Lins - SP Lins - SP 2012

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UNISALESIANO

Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium

Curso de Ciências Contábeis

Ana Paula Santana dos Santos

Nilmara Delfina da Silva

Vera Maria de Oliveira

ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL COMO

INSTRUMENTO PARA PARTICIPAÇÃO EM

PROCESSO LICITATÓRIO

Alfini Engenharia e Construção Ltda. EPP - Lins - SP

Lins - SP

2012

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ANA PAULA SANTANA DOS SANTOS

NILMARA DELFINA DA SILVA

VERA MARIA DE OLIVEIRA

ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL COMO INSTRUMENTO PARA

PARTICIPAÇÃO EM PROCESSO LICITATÓRIO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Banca Examinadora do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, Curso de Ciências Contábeis sob a orientação do Prof. M. Sc. Ricardo Yoshio Horita e orientação técnica da Profª. M. Sc. Heloisa Helena Rovery da Silva.

Lins - SP

2012

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Santos, Ana Paula Santana dos; Silva, Nilmara Delfina da; Oliveira, Vera Maria de

S233o Orçamento na construção civil como instrumento para participação em processo licitatório: Alfini Engenharia e Construção Ltda EPP / Ana Paula Santana dos Santos; Nilmara Delfina da Silva; Vera Maria de Oliveira. -- Lins, 2012.

121p. il. 31 cm.

Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium – UNISALESIANO, Lins-SP, para graduação em Ciências Contábeis, 2012.

Orientadores: Ricardo Yoshio Horita; Heloisa Helena Rovery da Silva

1. Planejamento Orçamentário. 2. Licitação. 3. Construção Civil. I

Título.

CDU 657

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ANA PAULA SANTANA DOS SANTOS

NILMARA DELFINA DA SILVA

VERA MARIA DE OLIVEIRA

ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL COMO INSTRUMENTO PARA

PARTICIPAÇÃO EM PROCESSO LICITATÓRIO

Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium,

para obtenção do título de Bacharel em Ciências Contábeis.

Aprovada em: _____/_____/_____

Banca Examinadora:

Prof. Orientador: Ricardo Yoshio Horita

Titulação: Mestre em Ciência da Computação pela Universidade Federal de

São Carlos.

Assinatura:_____________________________

1º Prof (a): ______________________________________________________

Titulação: _______________________________________________________

_______________________________________________________________

Assinatura:_____________________________

2º Prof (a): ______________________________________________________

Titulação: _______________________________________________________

_______________________________________________________________

Assinatura:_____________________________

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Aos nossos familiares, pelo incentivo e pelo apoio em todos os

momentos.

“Sem esforço de nossa parte, jamais atingiremos o alto da

montanha. Não desanime no meio da estrada: siga à frente, por

que os horizontes se tornarão amplos e maravilhosos à medida que

for subindo. Mas não se iluda, pois só atingirá o cimo da

montanha se estiver decidido a enfrentar o esforço da

caminhada.” (Luiz Jorge de Oliveira Bello)

Ana Paula, Nilmara e Vera

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente a Deus, pela plenitude da vida, por ter paciência comigo e estar a todo o momento ao meu lado. Somente Deus sabe o que passei e me deu forças para chegar até aqui, aumentando a minha fé a cada dia, ouvindo minhas orações tanto de súplicas e também as de agradecimento, pois sem Ele não sou nada.

Aos meus pais João e Isabel, que acreditaram no meu sonho e me apoiaram em todos os momentos. Quantas noites acordados aguardando o meu retorno, quanta preocupação tinham quando eu me desesperava, em teus abraços sempre encontrei amor e acima de tudo fé. Amo vocês, mesmo não sendo perfeita.

Às minhas irmãs Josi e Nathaly que são essenciais em minha vida, pelas altas horas de conversas que envolviam lágrimas e também muitas risadas. Eu amo vocês sempre.

Ao Nivaldo, que posso chamar de meu irmão. Obrigada por fazer parte de minha família e cuidar tão bem de meus sobrinhos Guilherme e Weslley Victor, que também não posso deixar de agradecer pela alegria de cada travessura e cada sorriso que tiram de mim. E à minha vó Cida, que é mais que uma mãe para mim. Amo vocês.

Ao meu noivo Alexsandro. Por acreditar que eu conseguiria chegar até o fim desta etapa, dando motivação para eu vir à faculdade nos momentos em que estava muito exausta. Eu o amo muito.

Agradeço à empresa Alfini Engenharia e ao Engº Nilson por contribuir com os novos conhecimentos adquiridos.

Agradeço às minhas companheiras de trabalho Vera e Nilmara e aos orientadores Prof. Me Horita e a Profª. Ma Heloisa, pessoas essenciais para a vitória deste desafio.

Certa vez me disseram que “O porto é um lugar seguro para o barco, mas ele não foi fabricado para isso”. Obrigada por suas palavras Prof. Irso Tófoli.

Desejo a todos muito sucesso e que Deus continue a nos abençoar, pois nossa jornada está apenas começando.

Ana Paula Agradeço em primeiro lugar a Deus que me ajudou a superar e

a enfrentar as pedras que surgiram no meio dessa caminhada. Na sequência minha mãe Carmem, que me deu o alicerce para

ser quem eu sou para tomar iniciativa para a realização desse curso. Muito obrigada, eu a amo.

Agradeço também ao meu irmão Vagner e à minha cunhada Renata que nas horas de tristeza e desânimo me mostrou que no

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final do túnel tinha uma luz à minha espera e também ao meu sobrinho Hollyver que desde pequeno não sabe a força que me dava com apenas um sorriso de criança. Eu o amo muito, meu anjo.

À minha irmã Lucia, apesar da distância, ela sempre esteve por perto com palavras de incentivo em tudo, a amo muito.

Agradeço também ao meu marido Marcos Vinicius, pessoa maravilhosa que chegou na hora certa da minha vida me preenchendo e quando pensei em desistir me deu forças para continuar. Obrigada pela paciência, eu o amo. Agradeço também às minhas amigas de grupos de pesquisa, pois conseguimos cumprir mais esta etapa nas nossas vidas e que foi uma satisfação fazer esse trabalho com vocês conhecendo melhor vocês e que o nosso elo de amizade verdadeira não fique apenas na faculdade e sim para a vida toda. Muito obrigada pela colaboração, esforços de noites mal dormidas e pelo apoio. Vocês foram essenciais e são. Agradeço aos orientadores Prof. Me Horita e a Profª. Ma Heloisa pelo auxilio e por contribuírem com a vitória dessa etapa em minha vida. Deus os abençoe.

Nilmara

Agradeço primeiramente a Deus, que sempre está comigo me mostrando como devo fazer. Ao meu Pai, que mesmo partindo tão cedo me ensinou a ser verdadeira e a lutar pelos meus propósitos. À minha mãe que soube dar o seu colo e apaziguar os meus momentos difíceis. Às minhas irmãs Juliana e Cláudia pelo diálogo nos mais diversos momentos dessa trajetória. Aos meus anjinhos, Pedro, João e Dudu, que são a luz da minha vida com os seus lindos sorrisos. Titia ama muito vocês. Às minhas companheiras de monografia, Paulinha e Nilmara que foram sábias para lidar com momentos difíceis. Um obrigada especial para Paula que, com seu extinto de liderança, soube conduzir esse trabalho com toda sua sabedoria e inteligência. Aos orientadores, Heloisa e Horita, um agradecimento especial a ele que ficou em nosso caminho durante esse ano todo de 2012, que soube me falar de forma muito correta o seu ponto de vista e me fez entender que algo deveria mudar. Um agradecimento especial a todos os meu familiares e amigos. Agradeço especialmente às pessoas como: Ângela, Cândida, tia Fátima, tio Natalino, Eduardo e Adriana que sempre estão presentes em minha vida e me incentivaram a ter coragem, mesmo a vida dizendo não.

Vera

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RESUMO

Com a evolução da engenharia civil, nota-se o avanço do crescimento das construções, crescimento este que contribui na elevação do nível econômico da sociedade, garantindo segurança, estabilidade e comodidade do meio em que vivem a população. Com isso, surgiu a necessidade de mensurar os itens monetários envolvidos na construção civil para estimar os custos com materiais, mão de obra, custos diretos e custos indiretos relacionados em cada empreendimento. Tal necessidade passou a ser esclarecida a partir do planejamento de valores definido como orçamento. O orçamento da construção tem por objetivo efetuar um estudo criterioso dos preços de todos os insumos integrantes da obra de modo a reduzir o grau de incerteza na tomada de decisão, analisando a viabilidade econômica do empreendimento e o retorno do investimento. Em 21 de junho de 1993, a Constituição Federal Brasileira instituiu a Lei nº 8.666, regulamentando e estabelecendo normas gerais sobre licitações devido ao poder de compra do Governo quando o mesmo necessita efetuar investimento na área pública. Para participar em um processo licitatório, a empresa deve analisar os critérios exigidos para a apresentação de sua proposta. Ressalta-se que o preço proposto não deve ser tão baixo ao ponto de não permitir lucro e nem tão alto ao ponto de não ser competitivo na disputa com os demais proponentes. É essencial que a empresa avalie criteriosamente o edital de publicação do objeto a ser licitado, verificando cada item que o compõe, solicitando esclarecimento junto ao Órgão Público sobre todas as dúvidas que julgar necessário. Isto auxilia no planejamento adequado de cada etapa do orçamento e para a execução satisfatória da obra objeto de licitação. Assim, o planejamento orçamentário deve conter todas as etapas de modo a atingir as metas necessárias, garantindo maiores chances de vencer a concorrência, alcançando seus objetivos e obtendo o resultado esperado. Palavras-chave: Planejamento Orçamentário. Licitação. Construção Civil.

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ABSTRACT

With the evolution of civil engineering, it’s possible has seen the progress of building growth, a growth helped in raising the economic level of society, ensuring security, stability and comfort in the middle of the living population. Thus, the need arose to measure monetary items involved in construction to estimate the costs of materials, labor, direct and indirect costs related for each project. This need became clear from the planning values, as defined budget. The building budget aims to make a careful study of the prices of all inputs members work to reduce the degree of uncertainty in decision making, analyzing the economic feasibility of the project and return on investment. On June 21st,1993, the Brazilian Federal Constitution established the 8666 Law, regulating and establishing general rules about bidding, purchasing power due to the Government when it needs to make investment in the public area. To participate in a bidding process, the company must analyze for the submission of its proposal. It’s noteworthy that the proposed price should not be so low to the point of not allowing profit and not so high that it will not be competitive in the race with the other bidders. It is essential that the company evaluate carefully the notice of publication of the object to be bid, checking each item that makes up, by the Public Agency clarifying all doubts to judge the necessity of understanding. This helps in a correct planning of each stage of the budget and for the good project implementation. So the budget planning must include all steps to reach the goals necessary ensuring greater chances of winning the competition, it’s reaching goals and getting the effect result. Keywords: Budget Planning. Bidding. Building.

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1: Custo da construção civil no Estado de São Paulo, 2012.......... 33

Quadro 2: Siglas para projeto padrão.......................................................... 33

Quadro 3: Composição de preço para orçamento....................................... 37

Quadro 4: Fontes de composição para orçamento...................................... 38

Quadro 5: Princípios da licitação.................................................................. 49

Quadro 6: Planilha orçamentária................................................................... 62

LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Abrigo de cavernas....................................................................... 15

Figura 2: Muralha da China.......................................................................... 16

Figura 3: Escola Politécnica, 1874............................................................... 17

Figura 4: Símbolo da engenharia civil.......................................................... 18

Figura 5: Logomarca da empresa................................................................ 19

Figura 6: Mapa da região de Lins................................................................ 20

Figura 7: Modelo de ART............................................................................. 23

Figura 8: Placa de obra padrão Caixa Econômica Federal......................... 24

Figura 9: Escopo do orçamento................................................................... 31

Figura 10: Curva ABC.................................................................................. 39

Figura 11: Etapas do orçamento.................................................................. 40

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ART: Anotação de Responsabilidade Técnica

BDI: Benefício de Despesas Indiretas

CRC: Certificado de Registro Cadastral

CLT: Consolidação das Leis do Trabalho

CSSL: Contribuição Social Sobre Lucro

CAPS: Centro de Atenção Psicossocial

CEI: Cadastro Estadual de INSS

CUB: Custo Unitário Básico da Construção

CREA: Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura

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CNPJ: Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica

COFINS: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social

EPP: Empresa de Pequeno Porte

EPI: Equipamento de Proteção Individual

FGTS: Fundo de Garantia por Tempo de Serviço

FDE: Fundação para Desenvolvimento da Educação

IML: Instituto Médico Legal

ISS: Imposto Sobre Serviços

IRPJ: Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica

PIS: Programa de Integração Social

SINAPI: Sistema Nacional de Pesquisa de Custo e Índice da Construção Civil

TCPO: Tabela de Composição de Preços para Orçamento

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO............................................................................................. 13

CAPÍTULO I – ALFINI ENGENHARIA E CONSTRUÇÃO LTDA EPP........ 15

1 A HISTÓRIA DA ENGENHARIA CIVIL.............................................. 15

1.1 Evolução da engenharia civil.............................................................. 15

1.1.1 Engenharia civil no Brasil................................................................... 16

1.1.2 Símbolo da engenharia civil............................................................... 18

1.2 A empresa Alfini Engenharia e Construção Ltda. EPP...................... 19

1.2.1 Objetivos e Missão............................................................................. 19

1.2.2 Localização........................................................................................ 20

1.2.3 A Administração................................................................................. 21

1.2.4 Contabilidade..................................................................................... 21

1.2.5 Recursos humanos............................................................................ 22

1.2.6 Engenheiro civil.................................................................................. 22

1.2.7 Canteiro de obras............................................................................... 24

1.2.8 Compras............................................................................................. 25

1.2.9 Contratação por subempreitada......................................................... 25

1.2.10 Principais clientes e obras realizadas................................................. 25

CAPÍTULO II – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA........................................... 28

2 ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL.......................................... 28

2.1 Definições........................................................................................... 28

2.2 Planejamento e controle de obras...................................................... 29

2.3 Planejamento orçamentário................................................................ 29

2.4 Escopo do orçamento......................................................................... 30

2.5 Orçamento de projeto......................................................................... 31

2.6 Tipos de orçamento............................................................................ 32

2.6.1 Estimativa de custo............................................................................ 32

2.6.2 Orçamento preliminar......................................................................... 34

2.6.3 Orçamento analítico e detalhado....................................................... 35

2.6.4 Orçamento sintético ou resumido....................................................... 35

2.7 Cotação de preço............................................................................... 35

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2.8 Tabela de composição de preços para orçamento............................ 36

2.9 Curva ABC......................................................................................... 38

2.10 Etapas do orçamento......................................................................... 40

2.10.1 Estudo das condicionantes................................................................ 41

2.10.2 Composição de custos....................................................................... 42

2.10.2.1 Encargos sociais e trabalhistas...................................................... 43

2.10.2.2 Composição e cálculo do BDI........................................................ 43

2.10.3 Fechamento do orçamento................................................................ 44

2.11 Planilha orçamentária........................................................................ 44

2.12 Memorial descritivo............................................................................ 45

2.13 Cronograma....................................................................................... 45

CAPÍTULO III – LEI DAS LICITAÇÕES – LEI FEDERAL Nº 8.666 DE 21

DE JUNHO DE 1993.................................................................................... 47

3 LICITAÇÃO....................................................................................... 47

3.1 Conceito de licitação.......................................................................... 47

3.2 Regulamento da licitação................................................................... 48

3.3 Princípios da licitação......................................................................... 48

3.4 O edital............................................................................................... 50

3.5 Modalidades de licitação.................................................................... 51

3.5.1 Concorrência...................................................................................... 51

3.5.2 Tomada de preço............................................................................... 51

3.5.3 Convite............................................................................................... 52

3.5.4 Concurso............................................................................................ 52

3.5.5 Leilão.................................................................................................. 52

3.6 Fases da licitação............................................................................... 53

3.7 Tipos de licitação................................................................................ 54

3.8 Critérios para habilitação..................................................................... 54

3.9 A proposta.......................................................................................... 55

3.9.1 Apresentação da proposta................................................................. 55

3.9.2 O julgamento da proposta.................................................................. 56

3.10 A contratação................................................................................... 57

3.10.1 Conceito de contrato.......................................................................... 57

3.10.2 Principais tipos de contrato................................................................ 58

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CAPÍTULO IV - ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL COMO

INSTRUMENTO PARA PARTICIPAÇÃO EM PROCESSO LICITATÓRIO -

ALFINI ENGENHARIA E CONSTRUÇÃO LTDA EPP. ............................. 59

4 INTRODUÇÃO................................................................................... 59

4.1 Aviso de licitação............................................................................... 60

4.2 Aquisição do edital............................................................................. 60

4.3 Visita in loco....................................................................................... 61

4.4 Avaliação do projeto........................................................................... 62

4.5 Estudo da planilha orçamentária........................................................ 62

4.6 Orçamento e elaboração da proposta................................................ 63

4.7 As documentações para habilitação................................................... 63

4.8 Entrega dos envelopes....................................................................... 64

4.9 Julgamento das proponentes............................................................. 64

4.10 Contratação da empresa vencedora.................................................. 65

4.11 Início da obra...................................................................................... 66

4.12 Conclusão da obra............................................................................. 66

4.13 Acervo técnico.................................................................................... 66

4.14 Resultado da pesquisa....................................................................... 67

PROPOSTA DE INTERVENÇÃO................................................................. 69

CONCLUSÃO............................................................................................... 70

REFERÊNCIAS............................................................................................ 72

APÊNDICES................................................................................................. 74

ANEXOS....................................................................................................... 82

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13

INTRODUÇÃO

O orçamento, sendo um instrumento de planejamento empresarial,

contém em sua estrutura, informações de receitas previstas e estimativa de

despesas com o objetivo de controlar as atividades que refletem as premissas

da empresa.

Sua elaboração começa antes do início da obra e a preparação deve

estabelecer critérios rigorosos para que não haja lacunas na composição do

custo e considerações incertas que afetem a decisão eficiente da

administração.

Quando o orçamento é generalizado por critério de licitação, os meios

orçamentários são fornecidos pelo órgão contratante através de planilha de

quantidades aderidas ao projeto. Com o fornecimento do projeto, o

orçamentista norteia-se sobre a identificação dos serviços constantes na obra,

obtendo seus próprios valores.

Sendo uma peça importante de previsões, o orçamento procura auxiliar

o planejamento das necessidades operacionais, desde a compra de insumos,

custos com mão de obra, bonificações de despesas indiretas (BDI), verificando

entre eles, o grau de interferência e as dificuldades para a realização dos

serviços.

A elaboração do orçamento deve ser demonstrada em planilha,

constando a descrição dos serviços, identificando as unidades de medidas e

quantidades, a composição dos preços unitários, tanto da mão de obra quanto

dos materiais e demonstrar o valor total por item e o valor global da obra.

A partir de previsões, o orçamento gera estimativas utilizadas no

empreendimento para atender as demandas necessárias para sua execução,

dando condições para a empresa avaliar os resultados que poderão ser

alcançados.

O planejamento orçamentário visa a alocação de estratégias a serem

adotadas para controle das despesas e das receitas a fim de identificar o

resultado total.

Os objetivos da pesquisa foram abordar a importância do orçamento

utilizado no ramo da construção civil da empresa Alfini Engenharia e

Construção Ltda EPP, no que tange os custos com materiais, mão de obra e a

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forma de retorno de tais custos, analisando os critérios utilizados para

atendimento da prestação de serviços ao órgão público com contratação por

processo de licitação.

Diante do exposto, surgiu a seguinte pergunta problema:

A elaboração do orçamento de forma adequada pode ser um

instrumento determinante para concorrer em processo licitatório?

Diante desta indagação, surgiu como hipótese que:

O planejamento estabelece critérios a serem desenvolvidos que

permitem a visualização no controle orçamentário, sendo este realizado antes

do início da obra, a fim de mensurar os resultados ao término de sua execução.

Portanto o orçamento da construção civil, quando estabelecido através

de planejamento, identifica componentes que otimizam a gestão na preparação

de propostas para as entidades públicas na participação do processo licitatório.

Para demonstrar a veracidade da hipótese, foi realizada pesquisa de

campo na empresa Alfini Engenharia e Construção Ltda. EPP, durante o

período de fevereiro a outubro de 2012.

Os métodos e técnicas utilizados para a realização da pesquisa estão

descritos no capítulo IV.

O presente trabalho está estruturado em quatro capítulos:

Capítulo I – Relata a história da engenharia civil, apresenta a empresa e

objetivos.

Capítulo II – Expõe o conceito, o planejamento, o escopo e as etapas

para a elaboração do orçamento.

Capítulo III – Esclarece com base na Lei das Licitações as regras para

concorrer em um processo licitatório.

Capítulo IV – Descreve o estudo de caso realizado relatando a teoria e a

prática.

Por fim, apresentam-se a proposta de intervenção e as conclusões.

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15

CAPÍTULO I

ALFINI ENGENHARIA E CONSTRUÇÃO LTDA EPP.

1 A HISTÓRIA DA ENGENHARIA CIVIL

1.1 Evolução da engenharia civil

A evolução histórica da engenharia civil iniciou-se desde os tempos das

cavernas, quando os povos começaram a desenvolver as primeiras

ferramentas e a pensar em uma moradia mais segura e confortável para se

abrigarem. Com os descobrimentos vindouros da audácia e dos recursos

precedidos da própria natureza, o homem edificou a primeira arquitetura,

permitindo a vida em grupo e tomando consciência do meio social. (RIBARD,

1964).

Figura 1: Abrigo de Cavernas

Fonte: Theixeira, 2012.

Em suas engenhosidades, verifica a pedra que rola e cria a roda

servindo de auxílio para aliviar seus esforços. E há, talvez, quinhentos mil

anos, não se sabe exatamente de que forma, revelou-se o poder do fogo. A

partir de então, sua busca pela melhoria contínua não encerra até os tempos

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16

atuais. Neste instante, surge também uma natural preocupação com a

estabilidade das paredes do abrigo. (REBELLO, 2008).

Segundo Valle et al. (2007), o desenvolvimento histórico da engenharia

motivou os aspectos relacionados à garantia de determinado padrão de

qualidade, surgindo normas de execução para a realização de obras. Pode-se

citar uma das construções mais antigas como as pirâmides do Egito, com

grandiosa estrutura, sendo o símbolo de poder do antigo Egito e a Muralha da

China, um dos maiores empreendimentos já realizados no mundo, surgiu por

causa de uma série de guerras realizadas por volta de 450 a.C.; obras estas,

que causam admiração até os dias de hoje.

Figura 2: Muralha da China

Fonte: Freitas, 2012.

Assim, sucessivamente, os projetos foram sendo criados e elaborados

com uma estruturação resistente a fim de proteger o indivíduo, seja numa

pequena sociedade ou em uma grande nação. (VALLE et al., 2007).

1.1.1 Engenharia civil no Brasil

A arte de ampliar as edificações no Brasil iniciou ainda no período

colonial com construções de fortificações e igrejas. Neste período, os projetos e

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17

edificações eram executados por apenas duas categorias na área de

engenharia, sendo os oficiais do exército português e os mestres pedreiros. Os

oficiais tinham curso regular na área, já os mestres pedreiros não tinham

conhecimento científico. (TÉSIO, 2007)

Segundo UFRJ (2012), em 1792 o vice-rei D. Luiz de Castro, 2º Conde

de Rezende, aprovou a criação da Real Academia de Artilharia, Fortificação e

Desenho, iniciando o ensino de disciplinas que seria a base da engenharia.

Somente em 1858, através da Escola Central ocorreu a abrangência do

curso de engenharia civil com as técnicas de construção de estradas, pontes e

edifícios, ministrados pelos engenheiros civis. Em 1874, a Escola Central

passou a ser Escola Politécnica criando novas especialidades de engenharia.

(UFRJ, 2012)

Figura 3: Escola Politécnica, 1874.

Fonte: UFRJ, 2012

A partir do século XX, com o desenvolvimento industrial, o Brasil passou

por diversas mudanças, como a construção de ferrovias e prédios que

contribuíram com o crescimento das obras. Assim, a engenharia civil procura

modernizar-se empregando novas técnicas que envolvem a utilização de

inovados tipos de materiais e mão de obra qualificada. Contudo, devido à

evolução da engenharia junto ao seu vasto crescimento, a mão de obra

especializada torna-se escassa. (TÉSIO, 2007)

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18

Atualmente, a construção civil é um importante ramo de atuação no

Brasil, envolvendo o conjunto das construtoras junto aos órgãos

governamentais, tendo como desafio encontrar mão de obra especializada que

atenda a demanda das construções. A engenharia civil tem por objetivo

desenvolver moradia adequada à população, proporcionando segurança,

comodidade, acessibilidade à sociedade, onde através das novas técnicas

utilizadas procuram evoluir suas inovações e, ao mesmo tempo, conservar as

obras já realizadas com reformas de construção já antigas de modo a manter a

melhoria contínua ao meio em que se vive.

1.1.2 Símbolo da engenharia civil

Figura 4: Símbolo da Engenharia Civil

Fonte: CREA-SP, 2012.

A simbologia oficial da engenharia refere-se à deusa Minerva, que

segundo a mitologia romana é a deusa das artes, da sabedoria e da guerra.

Após engolir a deusa da prudência Métis, Júpiter, com fortes dores de cabeça,

pediu a Vulcano que a abrisse com o seu melhor machado, dando origem ao

nascimento de Minerva. Portando escudo, lança e armadura, Minerva disputou

com Neptuno quem daria o nome a cidade que seria construída em Ática, pelo

qual foi nomeada Atenas após a vitória de Minerva, onde com seu golpe de

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19

lança fez nascer da terra, uma oliveira em flor, onde os deuses que presidiram

o duelo decidiram a seu favor, por ser a oliveira florida o símbolo da paz,

enquanto Neptuno, com seu golpe de tridente fez nascer um cavalo alado e

fogoso.

Representada com capacete na cabeça, escudo no braço e lança na

mão, por ser uma deusa da guerra, Minerva tem junto de si, um mocho e vários

instrumentos matemáticos, aspectos de sua sabedoria. Por isso, acabou sendo

conhecida como símbolo oficial da engenharia. (UESC, 2011)

1.2 A empresa Alfini Engenharia e Construção Ltda. – EPP

Figura 5: Logomarca da Empresa

Fonte: Empresa Alfini Engenharia e Construção Ltda. EPP

1.2.1 Objetivo e missão

A empresa Alfini Engenharia e Construção Ltda. EPP, inscrita no

cadastro nacional de pessoa jurídica (CNPJ) sob o número 11.409.855/0001-

97, fundada em 2009 e com cadastro no Conselho Regional de Engenharia e

Arquitetura do Estado de São Paulo (CREA-SP) sob o número 0907726, tem

por objetivo explorar o ramo da construção civil em geral, como execução de

obras de terraplanagem, infraestrutura, pavimentação, instalações elétricas,

projeto, planejamento, urbanismo, além de correlatos, realizando obras de

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20

serviços de empreitada ou administração, atendendo com eficácia as

necessidades de seus clientes.

Sua missão é contribuir com o desenvolvimento estrutural adequado que

atenda as exigências da construção civil, proporcionando à sociedade,

segurança e comodidade pelo trabalho bem executado.

O propósito da empresa está voltado ao aumento dos investimentos com

foco no atendimento à demanda e expectativa de expandir-se de acordo com

os interesses e possibilidades através de participação em concorrência em

processos licitatórios, uma vez que fornecer para o governo tornou-se um dos

relevantes mecanismos de desenvolvimento e um fator de transformação

econômica.

1.2.2 Localização

Localizada no município de Lins/SP a 458 km da capital, a empresa

Alfini Engenharia e Construção Ltda. EPP presta atendimento a obras públicas

e privadas em toda a região, podendo expandir-se em filiais, agências ou

departamentos onde convier, de acordo com os interesses e possibilidades da

sociedade.

Figura 6: Mapa da Região de Lins

Fonte: Adaptado Prefeitura de Lins, 2012.

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1.2.3 A administração

A administração da empresa é de responsabilidade dos sócios José

Aparecido Alfini e Roney Henrique Alfini, que possuem autonomia na tomada

de decisão utilizando-se das informações fornecidas pelos demais

departamentos de Contabilidade, Recursos Humanos, Engenheiro Civil e

Compras, que auxiliam no controle do andamento da empresa, desde a

situação financeira, o andamento das obras, assim como os resultados

alcançados.

1.2.4 Contabilidade

A contabilidade da empresa Alfini Engenharia e Construção Ltda EPP é

realizada pelo escritório Modelo, localizado no município de Cafelândia/SP,

responsável pelas informações que garantem uma orientação segura aos

administradores, de modo que as análises dos dados fornecidos favoreçam na

tomada de decisão adequada para o bom desempenho da empresa.

A empresa, embora optante do regime de tributação por lucro

presumido, detém o benefício do tratamento diferenciado para questões não

tributárias de acordo com o Art. 44 da Lei Complementar 123, de 14 de

dezembro de 2006 devido ao enquadramento como EPP, que contribui nas

participações das concorrências públicas de modo preferencial conforme a lei.

O escritório de contabilidade é responsável pela apuração dos impostos,

dentre os quais incluem-se o Programa de Integração Social (PIS),

Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), Imposto

sobre a Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ), Contribuição Social Sobre Lucro

(CSSL) e Imposto Sobre Serviços (ISS).

O Contador é o profissional de fundamental importância, pois é

responsável por desempenhar o papel de registrar todas as transações

financeiras, fiscais e contábeis. Ele tem por propósito fornecer à empresa Alfini

Engenharia e Construção Ltda. EPP seus serviços profissionais contemplando

dois fatores de suma importância: segurança e confiabilidade, fornecendo

dados essenciais na tomada de decisão para a elaboração de propostas

comerciais para a participação em concorrência pública.

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1.2.5 Recursos humanos

A contratação da mão de obra especializada na empresa Alfini

Engenharia e Construção Ltda. EPP é realizada com base na experiência do

colaborador, que deve ser comprovada em carteira profissional ou por

informações de terceiros, demonstrando através de treinamento sua

qualificação profissional.

Atualmente a empresa possui 15 colaboradores, sendo um orçamentista,

um auxiliar financeiro, uma recepcionista, um vigilante, um motorista, um

mestre de obras, um eletricista, três pedreiros e cinco serventes de pedreiro,

devidamente com a Carteira de Trabalho da Previdência Social registrada a

partir do momento de contratação, com período de experiência de 45 dias e,

comprovada a aptidão do colaborador, passa a ser registrado efetivamente.

1.2.6 Engenheiro civil

A responsabilidade técnica da sociedade é exercida pelo engenheiro civil

Nilson A. Ferraz da Silva, devidamente credenciado pelo CREA-SP sob a

inscrição de número 5060759530, exercendo atividade na empresa através

prestação de serviço por contrato de trabalho desde 2009.

Compromete-se a realizar a visita técnica no local da obra para

conhecimento do solo, tipo de fundação e as condições do imóvel quando

solicitado reforma, avaliando o projeto fornecido pela contratante, conferindo as

conformidades do mesmo, de modo a garantir a segurança da sociedade.

Assim que recebe a ordem de serviço emitida pela empresa contratante

para iniciar a obra, o responsável técnico efetua a Anotação de

Responsabilidade Técnica (ART) que é o instrumento que registra as

atividades solicitadas nos contratos, discriminando além da responsabilidade

técnica do engenheiro civil, assim como a empresa contratada, a contratante,

especificações da obra, valor contratual e prazo de execução do

empreendimento, posteriormente efetua o devido recolhimento da taxa de ART,

para garantir a regulamentação da obra de acordo com as exigências do

CREA-SP.

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Figura 7: Modelo de ART

CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA, ARQUITETURA E AGRONOMIA DO ESTADO DE SÃO PAULO

Av. Brig. Faria Lima, 1059 - Pinheiros - São Paulo - SP CEP 01452-920 Tel.: 0800 17 18 11

ART 1- Nº DA ART

Anotação de Responsabilidade Técnica Lei Federal Nº. 6.496 de 07/12/77

9222122012XXXXXXX

CONTRATADO

2 - Nº DO CREASP DO PROFISSIONAL

3 - Nº DO CPF DO PROFISSIONAL

4 - NOME DO PROFISSIONAL

5 - TÍTULO DO PROFISSIONAL

ART

6 - TIPO DE ART

7 - VINCULADA A ART Nº 8 - HÁ OUTRAS ARTs VINCULADAS

9 - ALTERAÇÃO/COMPL./SUBST. DA ART

10 - SUBEMPREITADA

ANOTAÇÃO

11 - CLASSIFICAÇÃO DA ANOTAÇÃO

12 - ÁREA DE ATUAÇÃO

13 - TIPO DE CONTRATADO

EMPRESA CONTRATADA

14 - Nº DE REGISTRO NO CREA

15 - NOME COMPLETO

16 - CGC/CNPJ

17 – CLASSIFICAÇÃO

CONTRATANTE

18-NOME DO CONTRATANTE DA OBRA/ SERVIÇO

19-TELEFONE P/ CONTATO 20 - CPF/CNPJ

DADOS DA OBRA / SERVIÇO OBJETO DO CONTRATO

21 - ENDEREÇO DA OBRA / SERVIÇO

22 - CEP

CLASSIFICAÇÃO

23 - NATUREZA 24 – UNIDADE 25 - QUANTIFICAÇÃO 26 - ATIVIDADES TÉCNICAS 1

2

3

27 - DESCRIÇÃO DOS SERVIÇOS EXECUTADOS SOB SUA RESPONSABILIDADE OU DO CARGO/FUNÇÃO

RESUMO DO CONTRATO

Nº E ESCOPO DO CONTRATO, CONDIÇÕES, PRAZO, CUSTOS, ETC...

28 - VALOR DO

CONTRATO

29 - DATA DO

CONTRATO

30 - DATA INÍCIO DA

EXECUÇÃO

31 - 10% ENTIDADE

DE CLASSE

32 - VALOR DA ART A

PAGAR

ASSINATURA

Declaro não ser aplicável, dentro das atividades assumidas nesta ART e nos termos aqui anotados, o atendimento às regras de acessibilidade previstas nas Normas

Técnicas de Acessibilidade da ABNT e na legislação específica, em especial o Decreto nº.5.296/2004, para os projetos de construção, reforma ou ampliação de edificações

de uso público ou coletivo, nos espaços urbanos ou em mudança de destinação (usos) para estes fins.

33 - LOCAL E DATA PROFISSIONAL CONTRATANTE

__________________________

_______________________________

Fonte: CREA-SP, 2012

O engenheiro tem a função de efetuar o acompanhamento da execução

da obra do início até o término, garantindo o segmento de execução de acordo

com o projetado, solicitando após a entrega da obra, atestado de conclusão

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definitiva emitida pela contratante. Assim, o engenheiro solicitará juntamente ao

órgão responsável CREA o Acervo Técnico que comprova sua experiência na

execução de determinada obra.

1.2.7 Canteiro de obras

O canteiro de obras é o local onde o projeto será executado, incluindo os

materiais, equipamentos e máquinas que serão utilizados na execução obra, o

que requer a construção de barracão provisório para o armazenamento dos

mesmos.

Além disso, a empresa deverá ser identificada através de placa de obra

seguindo o padrão exigido em edital, que caracteriza a sua responsabilidade

com o início e término da execução da construção, sendo a placa afixada

também no canteiro de obras de acordo com a exigibilidade da contratante.

Figura 8: Placa de obra padrão Caixa Econômica Federal

Fonte: Caixa Econômica Federal, 2012

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1.2.8 Compras

O departamento de compras é responsável pela cotação de preços dos

insumos e pela realização do levantamento orçamentário dos custos de

materiais e mão de obra para preenchimento da planilha que compõe a

proposta a ser emitida para concorrência de licitação.

Cada detalhe é primordial para avaliar a vantagem de tal participação,

uma vez que os valores licitados, muitas vezes, não permitem a apresentação

de valores acima do proposto em edital, sendo necessário o estudo de cada

componente dos custos para decidir a participação ou não na concorrência.

Juntamente aos valores orçamentários, o departamento de compras

verifica o prazo a ser cumprido na execução da obra para orçar os custos

indiretos e o período de locação de equipamentos quando for o caso.

1.2.9 Contratação por subempreitada

Após a avaliação do quantitativo da obra, pode haver a necessidade de

contratação por subempreitada para prestação de serviços com fornecimento

de mão de obra, obedecendo às normas contratuais estabelecidas junto à

empresa, respeitando prazo dos serviços a serem executados e assegurando a

entrega da obra com qualidade e segurança. Ressalva-se que a

responsabilidade de empreitada referente à obra cabe à empresa construtora.

De acordo com o art. 445 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT)

do Decreto Lei nº 5.452/43, nos contratos de subempreitada, o subempreiteiro

responderá pelas obrigações derivadas do contrato de trabalho que celebrar.

(BRASIL, 1943)

1.2.10 Principais clientes e obras realizadas

Quando há a participação na concorrência de processo licitatório, a

empresa que apresenta a melhor proposta, de acordo com as exigências

emitidas em edital, tornar-se vencedora do processo. Sendo assim, caso a

empresa Alfini Engenharia e Construção Ltda EPP seja vencedora, é firmado

contrato com o Órgão Público interessado.

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Abaixo segue a descrição das atividades executadas pela empresa

através da contratação pelas entidades públicas.

a) Prefeitura Municipal de Bastos - realizou obras de pavimentação

asfáltica, guias e sarjetas, passagem de águas pluviais no Bairro

Jardim Novo Bastos, fornecendo material e mão de obra;

b) Prefeitura Municipal de Garça - realizou obras de construção de

Centro Comunitário no bairro Jardim Sol Nascente;

c) Prefeitura Municipal de Getulina - realização de reforma e ampliação

do Centro de Saúde no distrito de Macucos, entre outras obras;

d) Prefeitura Municipal de Lins - obras como reforma do novo centro

administrativo da Prefeitura Municipal de Lins, reforma na antiga

Casa da Cultura localizada a Rua XV de novembro, construção do

Centro de Saúde da Família no Jardim Tangará, reforma no Instituto

Médico Legal (IML), construção de 38 casas no Manabu Mabe;

e) Prefeitura Municipal de Queiroz – reforma da praça Padre João

Guilherme Braem e Praça Alaor Garcia Brado;

f) Prefeitura Municipal de Sabino - realização de reforma e ampliação

do Centro Comunitário do conjunto Habitacional Henrique Bertin.

Atualmente a empresa Alfini Engenharia e Construção Ltda EPP possui

obras nas entidades:

a) Prefeitura Municipal de Cafelândia – construção de 33 unidades

habitacionais na Vila Simões;

b) Prefeitura Municipal de Getulina – construção do Terminal

Rodoviário;

c) Prefeitura Municipal de Guarantã – construção de uma Creche

Escola, construção de uma Unidade Básica de Saúde;

d) Prefeitura Municipal de Jaú – cobertura de uma quadra poliesportiva;

e) Prefeitura Municipal de Lins – reforma do Centro de Atenção

Psicossocial (CAPS), instalação dos itens relativos ao Sistema de

Prevenção e Combate a incêndios do Futuro Palácio do Governo,

construção de quadra descoberta no bairro Jardim Primavera;

f) Prefeitura Municipal de Piacatu – construção de 40 unidades

habitacionais.

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Para cada obra, a empresa responsabiliza-se, após a assinatura

contratual e emissão da ordem de serviço emitida pelo órgão público, a efetuar

a emissão da ART, cadastrar a empresa no Cadastro Estadual de INSS (CEI),

emitir a garantia de realização da obra e cumprir rigorosamente os termos

contratuais, com o objetivo de atender as necessidades e exigências de seus

clientes, garantindo a satisfação entre as partes envolvidas.

A empresa Alfini Engenharia e Construção Ltda EPP, por meio do

crescimento da demanda da construção civil, procura atingir seus objetivos

com o cumprimento de sua missão, atendendo as necessidades de seus

clientes de maneira precisa os trabalhos que lhe foram confiados, executando

com eficiência e de modo satisfatório, tanto em qualidade quanto em

quantidade monetária os empreendimentos que garantem o retorno da

lucratividade empresarial.

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CAPÍTULO II

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2 ORÇAMENTO NA CONTRUÇÃO CIVIL

2.1 Definições

“Orçamento é o cálculo dos custos para executar uma obra ou um

empreendimento, quanto mais detalhado, mais se aproximará do custo real.”

(SAMPAIO, 1989, p. 17)

Segundo Cardoso (2009), orçamento é um documento valioso em

qualquer estudo preliminar ou de viabilidade. Uma obra iniciada sem a

definição do seu custo, ou sem o seu provisionamento adequado dos recursos

necessários, pode resultar numa obra inacabada.

O orçamento, parte integrante dos contratos, é o documento por meio do qual o auditor acessa as mais variadas informações dos projetos de arquitetura e de engenharia, podendo ainda efetuar diversas confrontações com os documentos e relatórios de prestação de contas. (CARDOSO, 2009, p. 15)

Sendo parte integrante do projeto básico, o orçamento é considerado

como elemento imprescindível em qualquer licitação de acordo com a Lei

8.666/93. (BRASIL, 1993)

O orçamento, de acordo com as definições descritas, demonstra ser

uma ferramenta de unânime importância para abordar os custos relacionados à

realização de uma obra, sendo necessário efetuar o levantamento de dados

com exatidão para que o orçamento seja o mais real possível.

Tisaka (2011) afirma que o orçamento, ao ser elaborado, deverá conter

todos os serviços a serem executados na obra, compreendendo o

levantamento dos quantitativos físicos do projeto e da composição dos custos

unitários de cada serviço, das leis sociais e encargos complementares

apresentados em planilha.

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2.2 Planejamento e controle das obras

O planejamento e o controle de produção na indústria da construção civil

são extremamente importantes por ser considerado um processo que resulta

num conjunto de ações necessárias que evita a baixa produtividade, segundo

Cardoso (2009).

De acordo com o mesmo autor, o planejamento tem por objetivo o

sucesso do empreendimento, fazendo-se necessária a implantação de

entendimento que podem ser acompanhados pelos seguintes níveis:

a) planejamento estratégico que abrange toda a organização,

envolvendo todas as atividades da empresa, definido como plano

mais importante da organização;

b) planejamento tático seleciona os principais recursos como

tecnologia, materiais e mão de obra;

c) planejamento operacional tem por objetivo atingir a maior

produtividade no desenvolvimento das atividades e tarefa específica

isoladamente no momento da execução.

“Ter capacidade de planejar e gerenciar o custo da construção é,

certamente, um dos principais diferenciais competitivos que uma empresa deve

buscar. [...]”. (GONÇALVES, 2011, p. 32)

2.3 Planejamento orçamentário

A elaboração de um orçamento, segundo Cordeiro (2007), necessita de

planejamento que compreende as possibilidades e limitações técnicas, além do

cálculo dos custos de uma série de tarefas sucessivas e ordenadas, através de

informações obtidas que direciona o desenvolvimento do orçamento. Ao

estudar determinado projeto, o orçamento é uma das primeiras informações

que o empreendedor deseja conhecer.

De acordo com Cardoso (2009), o orçamento é um documento que

necessita de absoluta credibilidade e o seu planejamento tem por objetivo a

elaboração de um roteiro de ações para se atingir um determinado fim.

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O orçamento é um documento que necessita de absoluta credibilidade perante os gerentes e técnicos, para que as informações produzidas em decorrência, como o cronograma, a aferição das produtividades, e o controle dos custos da obra, possam funcionar como ferramentas gerenciais seguras para tomada de decisão. (CARDOSO, 2009, p. 189.)

O Instituto de Engenharia (2011) caracteriza o planejamento como

elaboração de condições para a execução dos serviços, tais como os métodos

a serem utilizados, volume ou porte do serviço, prazos de execução,

equipamentos necessários, jornada de trabalho e todos os fatores envolvidos

para a realização do empreendimento.

Tisaka (2011) afirma que para iniciar um orçamento é necessário

estudar, analisar e entender o conjunto detalhado dos fatores que compõem o

projeto.

O planejamento orçamentário é utilizado para direcionar os passos dos

gestores para que os objetivos organizacionais sejam atingidos, favorecendo a

análise da viabilidade econômico-financeira, o levantamento de materiais e de

serviços, quantidade de mão de obra necessária para cada etapa da obra e

controle de execução do empreendimento.

2.4 Escopo do orçamento

Através do orçamento, conforme afirma Sampaio (1989), é possível

analisar a viabilidade econômico-financeira do empreendimento, efetuar o

levantamento dos materiais e dos serviços e mão de obra necessária para

cada etapa de serviço, elaborar o cronograma físico e efetuar o

acompanhamento sistemático da aplicação da mão de obra e materiais no

empreendimento.

Em geral, um orçamento é determinado somando-se os custos diretos – mão de obra de operários, material, equipamento – e os custos indiretos – equipes de supervisão e apoio, despesas gerais de canteiro de obras, taxas etc – e por fim adicionando-se impostos e lucro para se chegar ao preço de venda. Para participar de uma concorrência, o preço proposto pelo construtor não deve ser tão baixo a ponto de não permitir lucro, nem tão alto a ponto de não ser competitivo na disputa com os demais proponentes. (MATTOS, 2006, p. 22-23).

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O orçamento tem por objetivo efetuar o levantamento dos custos que

serão utilizados na obra, demonstrando através de um estudo preliminar a

estimativa de valores que pressupõe o levantamento de quantidades, de

materiais e processos necessários para a execução do empreendimento. Isto

exige pesquisa dos preços dos insumos, caracterizando a composição dos

custos de modo a disponibilizar um orçamento analítico e detalhado,

reduzindo o grau de incerteza na tomada de decisão para prosseguimento a

execução do projeto, conforme descreve Mattos (2006).

Figura 9: Escopo do orçamento

+ = Fonte: Elaborada pelas autoras, 2012.

O escopo do orçamento envolve desde o estudo do projeto que

direciona os serviços a serem executados até a composição dos custos que

compreendem o fechamento do orçamento. Os estudos estabelecem as metas

que auxiliam a elaboração do planejamento, onde a junção dessas funções

determinam os resultados do empreendimento que deseja alcançar.

2.5 Orçamento de projeto

A interpretação do projeto, de acordo com Cordeiro (2007), corresponde

à análise do projeto com o objetivo de extrair todos os dados que compõem o

orçamento, de modo a identificar se o projeto está completo ou se há ausência

de projetos específicos.

Ao iniciar o orçamento de projeto, o primeiro passo é analisar a

documentação técnica. Para Valentini (2009), através dessa análise são

identificados os serviços com seus respectivos quantitativos integrantes do

escopo do orçamento.

O orçamento é considerado uma ferramenta de apoio ao projeto, sendo

um instrumento de suporte e credibilidade que identifica com clareza os

METAS PLANEJAMENTO RESULTADOS

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32

recursos necessários ao processo de acompanhamento e monitoramento para

verificar como foram investidos os insumos.

Tisaka (2011) esclarece que, para a elaboração do orçamento é

necessário examinar certas condições e fatores que nem sempre são

expressos no projeto, porém, influenciam no custo da obra.

2.6 Tipos de orçamento

Segundo o Instituto de Engenharia (2011), de acordo com a Norma

Técnica nº 01/2011 para elaboração de orçamento de obras de construção

civil, os tipos de orçamento podem ser por estimativa de custo, orçamento

preliminar, orçamento analítico ou detalhado e orçamento sintético ou

orçamento resumido.

2.6.1 Estimativa de custo

O Instituto de Engenharia (2011) especifica que a estimativa de custo

corresponde à avaliação de custo obtida através da pesquisa de preço no

mercado após examinar os dados preliminares de uma ideia de projeto em

relação à área a ser construída, quantidade de materiais e serviços envolvidos.

Para Mattos (2006), a estimativa de custo é expedida pela avaliação

realizada com base em custos históricos e comparação com projetos similares.

Em geral, a estimativa de custos é feita de indicadores genéricos, números consagrados que servem para uma primeira abordagem da faixa de custo da obra. A tradição representa um aspecto relevante na estimativa. (MATTOS, 2006, p. 34.)

Mattos (2006) afirma que a representação do custo da construção por m²

realizada pelo Custo Unitário Básico da Construção (CUB) é um dos

indicadores mais utilizados para estimativa de custos.

A Lei nº 4.591, de 16 de dezembro de 1964, no § 3 do Art. 54 descreve

que os orçamentos ou estimativas, baseados nos custos unitário, só poderão

ser considerados atualizado, em certo mês, se baseados em custos relativos

ao próprio mês, ou a um dos dois meses anteriores. Os responsáveis pela

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33

divulgação mensal dos custos unitários de construção a serem adotados é de

obrigatoriedade dos sindicatos estaduais da indústria da construção civil.

Segue amostra da tabela do custo da construção no Estado de São

Paulo, divulgada no ano de 2012 pelo Sinduscon-SP até o mês de julho de

2012 referente ao padrão PIS.

Quadro 1: Custo da Construção no Estado de São Paulo – 2012

Fonte: Adaptado de Sinduscon-SP, 2012

Sua variação (%) demonstra o aumento referente ao mês anterior, por

exemplo, o mês de julho R$ 691,95 obteve aumento de 0,50% com relação ao

mês de junho R$ 688,51.

As siglas utilizadas para o projeto padrão discriminadas pelo Sinduscon-

SP é demonstrada conforme o quadro abaixo:

Quadro 2: Siglas para projeto-padrão

Fonte: Adaptado de Sinduscon-SP, 2012

Custo da construção no Estado de São Paulo - 2012 - padrão PIS

Mês R$/m² Variação %

Global Mão de obra Material Adm Global Mão de obra Material Adm

Jan 654,90 316,37 325,79 12,74 0,11% 0,06% 0,15% 0,00%

Fev 656,61 317,64 326,23 12,74 0,26% 0,40% 0,14% 0,00%

Mar 659,04 318,81 327,47 12,76 0,37% 0,37% 0,38% 0,16%

Abr 659,62 318,81 328,05 12,76 0,09% 0,00% 0,18% 0,00%

Mai 678,12 335,35 329,57 13,20 2,80% 5,19% 0,46% 3,45%

Jun 688,51 344,81 329,98 13,72 1,53% 2,82% 0,12% 3,94%

Jul 691,95 346,66 331,57 13,72 0,50% 0,54% 0,48% 0,00%

RPQ1: Residência Popular PIS: Projeto de Interesse Social

R-8: Residência Multifamiliar GI: Galpão Industrial

R-16: Residência Multifamiliar CSL-8: Comercial Salas e Lojas

R-1: Residência Unifamiliar CSL-16: Comercial Salas e Lojas

PP-4: Prédio Popular CAL-8: Comercial Andares Livres

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34

Torna-se fácil estimar o custo de construção de um imóvel consultando a

tabela correspondente ao padrão e multiplicá-la pela área construída.

(MATTOS, 2006)

Logo:

Custo Total = Área de Construção x CUB

A estimativa de custo é citada por Tisaka (2011) da seguinte forma:

Avaliação de custo da obra obtida através do exame de dados preliminares de uma ideia de projeto em relação à área a ser construída, com a aplicação de um valor médio por m², para determinadas opções de estrutura de acabamento, publicadas em revistas especializadas, ou outras formas de avaliação sintética baseadas nas experiências de outras obras similares. (TISAKA, 2011, p. 69)

2.6.2 Orçamento preliminar

Segundo Sampaio (1989), o orçamento preliminar corresponde à

avaliação de custo obtida através de levantamento e estimativa de quantidades

de materiais e de serviços e pesquisa de preços médios, efetuada na etapa do

anteprojeto.

O Instituto de Engenharia (2011) reafirma que o orçamento preliminar

corresponde à avaliação de custo obtido através de exames de dados

preliminares de uma ideia de projeto em relação à área a ser construída,

quantidade de materiais e serviços envolvidos e preços médios.

Para Mattos (2006), este tipo de orçamento é mais detalhado do que a

estimativa de custos, onde pressupõe o levantamento de quantidade e requer a

pesquisa de preço dos principais insumos e serviços.

No orçamento preliminar, trabalha-se com uma quantidade maior de indicadores, que representam um aprimoramento da estimativa inicial. Os indicadores servem para gerar pacotes de trabalho menores, de maior facilidade de orçamentação e análise de sensibilidade de preços. (MATTOS, 2006, p. 39)

Tisaka (2011) esclarece que o orçamento preliminar, para não ser

apenas custo, deve incluir o Benefício e Despesas Indiretas (BDI) que

caracteriza a margem adicionada para determinar o valor do orçamento.

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35

2.6.3 Orçamento analítico ou detalhado

Compreende a avaliação do custo através da composição de custos

unitários, com nível de precisão adequado obtido através do levantamento de

quantidades, materiais, serviços e equipamentos, realizado na etapa de

projeto. De acordo com o Instituto de Engenharia (2011), o orçamento analítico

ou detalhado, inclui todos os custos diretos, despesas indiretas, tributos e o

lucro do construtor.

Valentini (2009) define orçamento analítico como detalhamento de todas

as etapas do empreendimento, resultando na confiabilidade do preço

apresentado, considerando todos os recursos e variáveis mensurados por

custo direto, custos indiretos acrescidos de BDI, formando, assim, o preço de

venda.

Segundo Cordeiro (2007), na análise de interpretação do projeto, é

indispensável extrair os dados necessários para compor o projeto, como

instalações, estrutura, fundações e outros dados que discriminam os itens e

subitens relacionados aos serviços que compõem o orçamento obtendo uma

relação completa de informações.

2.6.4 Orçamento sintético ou resumido

Compreende o resumo do orçamento analítico expresso através das

etapas com valores parciais ou grupos de serviços a serem realizados, com

seus respectivos totais e o preço do orçamento da obra, conforme descreve

Tisaka (2011).

2.7 Cotação de preço

Consiste na coleta de preços de mercado para os diversos insumos da

obra. Mattos (2006) esclarece que a cotação de preço dos materiais é uma

tarefa que requer cuidado, devendo considerar algumas particularidades e

comparar as cotações entre os fornecedores.

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O orçamento deve ser capaz de refletir a realidade e conduzir a um

preço justo, onde, de acordo com Mattos (2006) no processo de compra

existem aspectos que influenciam no preço de aquisição do material, como:

a) especificações técnicas – descreve a qualidade do material;

b) unidade e embalagem – tipo de embalagem em que o material vem

acondicionado;

c) quantidade – analisar a disponibilidade que o fornecedor possui;

d) prazo de entrega – período compreendido entre o pedido e a entrega

do material;

e) condições de pagamento – programar desembolso, se à vista ou a

prazo, com ou sem entrada, com ou sem desconto;

f) validade de proposta – verificar se o início da obra, ou a época

provável de compra são atendidos pelo prazo da proposta;

g) local e condições de entrega – se na obra, na fábrica ou depósito;

h) despesas complementares – caso o vendedor não se comprometer

a entregar a mercadoria.

Outro fator importante de avaliação da cotação de preço é a comparação

obtida entre dois ou mais fornecedores, analisando nem sempre o menor

preço, mas sim o melhor preço, verificando os aspectos acima mencionados,

conforme Mattos (2006).

A importância de obter os preços dos produtos é fundamental para

auxiliar na lucratividade da empresa, sendo este relacionado com as compras

mais representativas adequadamente controladas. Para o setor de compras,

dois principais objetivos relacionados na cotação de preço são: as compras de

materiais ou insumos mais baratos obedecendo ao padrão de qualidade e a

negociação das melhores condições de pagamento.

2.8 Tabela de composição de preços para orçamento

A Tabela de Composição de Preços para Orçamento (TCPO) norteia o

orçamento de construção, planejamento e controle de obras. De acordo com

Tisaka (2011) é na TCPO que se encontram os parâmetros de quantitativos,

produtividade e de consumo necessárias para a composição dos principais

serviços utilizados na construção civil.

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Para Tognetti (2011), para compreender o orçamento em construção é

necessário entender o conceito de insumos e composições. Os insumos são

considerados parte integrante dos materiais, mão de obra e equipamentos,

considerando a hora do pedreiro, o tijolo, o quilo do cimento, o dia da máquina

de terraplenagem, a hora do servente. Já a composição refere-se à

combinação dos insumos para realização do empreendimento.

Para melhor entendimento, segue exemplo prático do orçamento de uma

parede de blocos de concreto 14x19x19 cm, com 5 metros de comprimento e 3

metros de altura, correspondente a 15 m².

Quadro 3: Composição de preço para orçamento

Insumos Consumo (C) Unidade Preço (P) Subtotal (CxP)

Pedreiro 0,92 H R$ 4,65 R$ 4,28

Servente 1,10 H R$ 3,81 R$ 4,19

Areia 0,023 m² R$ 79,20 R$ 1,82

Cal Hidratada 4,14 Kg R$ 0,34 R$ 1,41

Cimento 3,24 Kg R$ 0,37 R$ 1,20

Bloco de concreto

14x19x19 cm 13 Um R$ 1,92 R$ 24,96

Leis Sociais 120% R$ 10,16

Benefícios e Despesas Indiretas 20% R$ 12,00

TOTAL (por m²) R$ 60,02

Parede com 15m² (3x5m) R$ 900,37

Fonte: Tognetti, 2011.

Além da TCPO, de acordo com Tognetti (2011), existem outras fontes de

tabela para orçamentos disponibilizados por órgãos governamentais, como da

Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE) e o Sistema Nacional

de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (SINAPI) disponibilizado

pela Caixa Econômica Federal, que fornecem os preços dos insumos sem a

composição, porém auxiliam na ideia da grandeza dos custos dos serviços.

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Quadro 4: Fontes de composições para orçamentos

Fonte: Adaptado de Tognetti (2011)

Cardoso (2009) menciona que a composição de preço demonstra as

necessidades na realização de serviços no que diz respeito a todos os itens

envolvidos na execução da obra, como quantidade de materiais, mão de obra,

encargos sociais e equipamentos, caso necessário.

A TCPO deve ser utilizada como referência inicial, de acordo com

Cardoso (2009), de modo que o orçamentista possa comparar alguns índices

de produtividade com os seus próprios levantamentos.

2.9 Curva ABC

A curva por Atividade Baseada em Custo (ABC), de acordo com

Valentini (2009), consiste no método de classificação dos insumos ou serviços

que possui maior destaque financeiro no empreendimento.

Cardoso (2009) ressalva que a curva ABC é uma informação gerencial

importante para o planejamento e controle de custo do empreendimento.

“A análise baseada nas curvas ABC permite verificar de imediato os

itens críticos do orçamento: os insumos e os serviços que pesam mais.”

(CORDEIRO, 2007, p. 54)

Segundo Mattos (2006), a Curva ABC auxilia o orçamentista a mensurar

os principais insumos, orientando a prioridade de cotação de preços, definindo

as negociações mais criteriosas.

Editora Pini possui a composição

de custos de vários serviços da

construção.

Possui a composição dos principais

serviços de obras e reforma e

construção de escolas.

SINAPI – Sistema Nacional de

Pesquisas de Custo e Índices da

Construção Civil - Caixa

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A B

C

Insumos

Pe

rce

ntu

al d

e cu

sto

acu

mu

lad

o

A Curva ABC é uma ferramenta que o orçamentista não pode deixar de gerar ao final do processo de orçamentação. Ela traz benefícios para o próprio orçamentista e também para o engenheiro que vai gerenciar a obra. A curva ABC aponta os itens que mais pesam na obra. É justamente nesses itens que o gerente da obra deve se concentrar para melhorar o resultado de sua obra. (MATTOS, 2006, p. 176)

Mattos (2006) afirma que o nome Curva é originário da

representatividade do gráfico e discrimina as características da Curva ABC,

como:

Figura 10: Curva ABC

Fonte: Mattos, 2006, p. 175

Ainda de acordo com Mattos (2006), a Curva ABC demonstra os

insumos, desde os mais representativos (Faixa A e B) até os menos

significantes (Faixa C). Os principais insumos em termos de custos são

expressas nas faixas A e B, o que exige do orçamentista uma cotação rigorosa

para adquirir produtos com preços favoráveis. A faixa C demonstra os insumos

com custos baixos, porém não exime o orçamentista de cotar o preço dos

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mesmos. A Curva ABC é uma ferramenta essencial para auxiliar as prioridades

de cotação para o orçamento.

2.10 Etapas do orçamento

Para a elaboração do orçamento é necessário obter informações que

expressem os custos para a realização do empreendimento, com o objetivo de

absorver informações exatas com relação aos valores que serão estabelecidos.

Segundo Mattos (2006), o orçamento engloba três etapas de trabalho,

como: estudo das condicionantes, composição de custos e determinação do

preço.

Figura 11: Etapas do orçamento

Fonte: Adaptado de Mattos, 2006.

ESTUDO DAS

CONDICIONANTES

Leitura e interpretação do projeto

Leitura e interpretação do edital

Visita Técnica

Identificação dos

Serviços.

Levantamento de

Quantitativo.

Lucro

Custo direto

Encargos Cotação de Preço

Composição de Custo

Custo indireto

Cotação de Preço Encargos

FECHAMENTO DO

ORÇAMENTO

COMPOSIÇÃO DOS

CUSTOS

PPllaanniillhhaa

ddee

PPrreeççoo..

Preço de

venda/BDI

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2.10.1 Estudo das condicionantes

É o estudo das condicionantes quem norteia o orçamentista conforme

afirma Mattos (2006), auxiliando na identificação das condições da obra através

da leitura e interpretação do projeto composto por:

a) plantas baixas;

b) cortes;

c) vistas – fachadas, perfis;

d) perspectivas – isométricas, cavaleiras;

e) notas esclarecedoras;

f) detalhes – em escala que permita melhor observação;

g) diagramas – croquis;

h) gráficos – perfis de sondagem, curvas cota-volume;

i) tabelas – de elementos topográficos, curvas granulométricas;

j) quadros – de ferragem, de cabos.

Além da interpretação do projeto, o orçamentista necessita avaliar as

especificações técnicas que, segundo Mattos (2006), são documentos de texto

de natureza mais qualitativa do que quantitativa, como:

a) descrição qualitativa dos materiais;

b) padrão de acabamento;

c) tolerâncias dimensionais dos elementos estruturais e tubulações;

d) critério de aceitação de materiais;

e) tipo de quantidade de ensaios a serem feitos;

f) grau de compactação exigido para aterro;

g) interferências com tubulações enterradas.

Após a compreensão do projeto, o orçamentista avalia o edital através

de leitura de modo a interpretar as regras do projeto para a elaboração do

orçamento. Mattos (2006) esclarece que o edital é o documento que rege as

licitações no caso de a obra ser objeto de uma concorrência.

O edital informa as condições necessárias para a elaboração do

orçamento, como:

a) prazo da obra;

b) penalidade por atraso no cumprimento do prazo;

c) critérios de medição, pagamento e reajustamento;

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d) regime de preço;

e) limitação de horários de trabalho;

f) critérios de participação na licitação;

g) documentação requerida para habilitação;

h) seguros exigidos.

A visita técnica no local da obra é um item indispensável para

complementar o estudo das condicionantes, sendo possível efetuar o

levantamento de dados importantes para o orçamento, avaliar o estado das

vias de acesso e disponibilidades de itens necessários para à realização do

empreendimento na região.

2.10.2 Composição dos custos

A composição de custos são peças básicas na elaboração do

orçamento. Segundo Cordeiro (2007), esta composição de custo exige o

conhecimento dos materiais, mão de obra, encargos sociais e o BDI.

A composição de custo compreende em primeiro plano a identificação

dos serviços integrantes da obra. Cada serviço identificado precisa ser

quantificado. De acordo com Mattos (2006) este levantamento de quantitativo é

a principal tarefa do orçamentista.

Os custos diretos, segundo Valentini (2009), é o somatório de todos os

custos provenientes dos insumos necessários à realização das atividades de

execução do empreendimento, como: mão de obra, materiais e equipamentos.

Os custos indiretos são aqueles que não estão diretamente associados

aos serviços de campo, mas que são requeridos para que tais serviços sejam

realizados, como a equipe técnica, de suporte e identificação de despesas

gerais da obra, conforme Mattos (2006).

De acordo com Tisaka (2011) a soma dos custos unitários dos serviços

necessários para a construção, mais os custos de infraestrutura para a

realização do empreendimento, são os fatores que constituem os custos diretos

e os custos indiretos. E quando os custos recebem o acréscimo de BDI

denomina-se o preço de venda.

Assim, a composição de custo, auxilia e contribui para análise da

lucratividade sobre o empreendimento, assim como estabelece o preço de

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venda e o BDI aplicado uniformemente sobre todos os serviços a fim de

garantir o retorno do investimento.

2.10.2.1 Encargos sociais e trabalhistas

Segundo Mattos (2006), os encargos sociais e trabalhistas são definidos

pelo percentual a ser aplicado na mão de obra. Envolve impostos que incidem

sobre a hora trabalhada e os benefícios que tem direito os trabalhadores e que

são pagos pelo empregador.

Este mesmo autor afirma que os encargos em sentido estrito são os

mais utilizados pelos orçamentistas, baseia-se nos encargos sociais,

trabalhistas e indenizatórios previstos em lei e ao qual o empregador está

obrigado a arcar.

2.10.2.2 Composição e cálculo do BDI

O cálculo do BDI é definido pela própria empresa, efetuando a relação

entre as despesas operacionais e o faturamento alcançado. O cálculo do BDI

de acordo com a TCPO é realizado após a apuração dos custos diretos.

Segundo o Instituto de Engenharia (2011), o BDI refere-se à taxa

adicionada ao custo direto de uma obra ou serviço. Quando a empresa

estabelece a taxa de BDI a cada um dos componentes, deve justificar a origem

das mesmas e analisar a qualificação e quantificação de estrutura mínima das

empresas que participam de uma licitação.

Enquanto o Custo Direto representa todos os valores constantes da

planilha, o BDI é a margem que se adiciona ao Custo Direto para determinar o

valor do orçamento, conforme descreve Tisaka (2011).

Uma vez que compreendidos os materiais, é necessário trabalhar os

custos que envolvem a mão de obra representada pelo salário dos

trabalhadores, acrescidos dos encargos sociais, onde a remuneração ocorre

por horas trabalhadas. Ainda, conforme Tisaka (2011), é preciso calcular as

despesas de alimentação, transporte e equipamento de proteção individual

(EPI) e as ferramentas de uso pessoal.

Tisaka (2006) representa, figurativamente, o BDI da seguinte maneira:

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PV = CD x 1 + ou PV = CD (1+b)

Onde:

PV = Preço de Venda ou Orçamento

CD = Custo Direto

BDI = Benefício e Despesa Indireta expresso em percentual

b = Benefício e Despesa Indireta expresso em número decimal

“Em termos práticos, o BDI é o percentual que deve ser aplicado sobre o

custo direto dos itens da planilha da obra para chegar ao preço de venda.”

(MATTOS, 2006, p. 235)

2.10.3 Fechamento do orçamento

O fechamento do orçamento é estabelecido com a definição do lucro

baseado no levantamento dos custos do empreendimento.

Cardoso (2009) esclarece que o orçamento é um documento que

necessita de absoluta credibilidade, para que as informações produzidas em

decorrência, como o controle de custo da obra possa funcionar como

ferramentas seguras para tomada de decisão.

O fechamento do orçamento é demonstrado em planilha que formaliza a

discriminação de cada item do empreendimento, preço unitário de material,

preço unitário de mão de obra, preço total dos materiais e mão de obra,

incluindo os custos diretos, custos indiretos, preço de venda e BDI.

Para Mattos (2006), no fechamento do orçamento o construtor define a

lucratividade que deseja obter na obra, considerando os fatores de

concorrência e risco do empreendimento.

2.11 Planilha orçamentária

A planilha orçamentária é o documento que reúne todos os serviços de

forma discriminada correspondente aos custos diretos especificados nos

projetos, suas unidades de medições, quantidades e seus respectivos preços

unitários e totais.

BDI (%)

100

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Proporciona a apropriação de todos os custos facilitando sua análise e

aprovação pelos cálculos do orçamento que a planilha disponibiliza.

Segundo Cardoso (2009), é importante que a planilha do orçamento

compreenda as composições de custos dos serviços que a compõe,

demonstrando correta e integralmente todas as atividades da construção, de

modo a listar todos os materiais que serão aplicados no empreendimento.

De acordo com Tisaka (2011), uma vez apresentada a proposta para

concorrer em certame licitatório, de acordo com a Lei nº 8.666/93, não poderá

haver arrependimento, sendo essencial estudar e analisar profundamente os

custos diretos e indiretos e despesas indiretas envolvidas, uma vez que o

princípio fundamental que rege a Lei de Licitações é o menor preço, não se

permitindo negociações após a abertura das propostas.

2.12 Memorial descritivo

O memorial descritivo conforme ressalva Xavier (2008), corresponde à

execução do empreendimento de forma manuscrita detalhando as etapas a

serem realizadas na obra de maneira a explicitar o modo de utilização dos

materiais e as especificações técnicas que deverão ser abordadas. Segue a

ordem da planilha orçamentária referente aos serviços e atividades, tendo por

objetivo estabelecer o diário de obra, evitando erros durante o processo de

execução do empreendimento, detalhando desde a demolição, limpeza do

terreno, até a pintura e revestimentos.

Segundo Tisaka (2011), o memorial descritivo é a descrição detalhada

do objeto projetado na forma escrita, apresentando soluções técnicas adotadas

e as justificativas que são necessárias ao pleno entendimento do projeto.

2.13 Cronograma

O cronograma, de acordo com Almeida (2003), é importante para

garantir que as ações estabelecidas sejam realizadas, de modo a cumprir as

metas da execução de cada serviço. O cronograma demonstra as etapas de

execução da obra e a estimativa de prazo a contar do início estabelecido

através da ordem de serviço até a conclusão e entrega definitiva da obra.

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Para que os períodos estabelecidos no cronograma sejam cumpridos, é

importante planejar os objetivos a serem alcançados para obter um resultado

satisfatório dentro do prazo.

Segundo Mattos (2010), o cronograma é um instrumento do

planejamento no dia a dia da obra, tornando-se como base para tomada de

decisões do gerente e sua equipe, como: programar as atividades das equipes

de campo, instruir equipes, fazer pedidos de compra, alugar equipamento,

recrutar operários, aferir o progresso das atividades, monitorarem atrasos ou

adiantamento das atividades, replanejar obras, pautar reuniões, entre outras

decisões.

Tisaka (2011) cita o cronograma físico da seguinte forma:

Representação gráfica do desenvolvimento dos serviços a serem executados ao longo do tempo de duração da obra, demonstrando em cada período o percentual físico a ser executado e o respectivo valor financeiro envolvido. (TISAKA, 2011, p. 53)

O cronograma descreve detalhes profundos e cuidadosos sobre as

atividades a serem executadas durante o período determinado.

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CAPÍTULO III

LEI DAS LICITAÇÕES

LEI FEDERAL Nº 8.666 DE 21 DE JUNHO DE 1993

3 LICITAÇÃO

3.1 Conceito de licitação

Licitação de acordo com Mattos (2006), é o procedimento utilizado pelo

governo federal, estadual e municipal, para realizar compra de bens e serviços

ou venda de bens que não são mais utilizados pelos mesmos. São poucas as

situações que não se exige licitação, como por exemplo, no caso de

calamidade pública. Toda entidade que possua recursos públicos está

vinculada ao processo licitatório.

A licitação é a regra padrão para qualquer aquisição ou venda por parte do Poder Público. Segundo a Constituição Federal, obras, serviços, compras e alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes. (MATTOS, 2006, p. 264).

Para o TCU (2010), licitação é a regra utilizada para a compra de bens

ou contratação de obras e serviços pela Administração Pública. Ocorre por

meio de convocação através da divulgação das condições estabelecidas, onde

empresas interessadas apresentam suas propostas para disponibilizar seus

bens e serviços. A convocação é realizada por meio de edital ou convite,

garantindo a importância do princípio constitucional da isonomia com o objetivo

de selecionar a melhor proposta, assegurando oportunidade a todos os

interessados.

A Lei Federal nº 8.666, de junho de 1993, regulamenta o art. 37, inciso

XXI, da Constituição, institui normas para licitações e contratos da

Administração Pública.

De acordo com a Lei nº 8.666/93 e suas posteriores alterações, são

estabelecidas normas pertinentes à contratação de obras, serviços, inclusive

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de publicidade, compras, alienações e locações na esfera dos Poderes da

União, dos Estados, do Distrito Federal e Municípios.

3.2 Regulamento de licitação

A Constituição da República Federativa do Brasil promulgada em 1988,

estabelece no inciso XXI do art. 37 que as obras, serviços, compras e

alienações serão contratadas mediante processo de licitação pública que

assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que

estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da

proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de

qualificação técnica e econômica indispensável à garantia do cumprimento das

obrigações.

Para regulamentar o artigo 37, inciso XXI da Constituição Federal

brasileira, foi instituída pela presidência da república, a partir de 1993, a Lei das

Licitações instituída pela Lei nº 8.666 de 21 de junho de 1993, estabelecendo

normas gerais sobre licitações e contratos no âmbito dos Poderes da União,

dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

Posteriormente, a Lei 8.666/93 sofre alterações pelas Leis de nº 8.883,

de 08 de junho de 1994, de nº 9.032 de 28 de abril de 1995, de nº 9.648 de 27

de maio de 1998, de nº 9.854 de 27 de outubro de 1999, de nº 11.445 de 05 de

janeiro de 2007, de nº 12.440 de 07 de julho de 2011 e posteriores alterações.

A Lei das Licitações estabelece, de acordo com a alteração efetuada

pela Lei Complementar nº 123 de 14 de dezembro de 2006, normas gerais

relativas ao tratamento diferenciado e favorecido a ser dispensado às

Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (EPP) no âmbito dos Poderes

da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

3.3 Princípios da licitação

De acordo com TCU (2010), os procedimentos licitatórios são orientados

por princípios que norteiam as regras para o processo de concorrência pública.

Esses princípios devem ser utilizados para que não ocorra malogro nos

procedimentos que regem a licitação.

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Abaixo é demonstrado o quadro dos princípios básicos da licitação.

Quadro 5: Princípios da licitação (continua)

Princípio da Legalidade Vincula os licitantes e a Administração

Pública às regras estabelecidas.

Princípio da Isonomia Tratamento igual a todos os

interessados.

Princípio da Impessoalidade

Observação obrigatória por parte da

Administração nas decisões referente

aos critérios estabelecidos.

Princípio da Moralidade e da

Probidade Administrativa

Conduta lícita, compatível com a moral,

a ética, os bons costumes e as regras

da boa administração, por parte dos

licitantes e dos agentes públicos.

Princípio da Publicidade

Divulgação dos atos praticados pelos

administradores em todo o procedimento

de licitação a qualquer interessado.

Princípio da Vinculação ao

Instrumento Convocatório

Observação obrigatória por parte da

Administração e o licitante referente às

normas e condições estabelecidas no

ato convocatório.

Princípio do Julgamento

Objetivo

Julgamento da documentação e das

propostas, onde o administrador observa

critérios objetivos definidos no edital.

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(conclusão)

Princípio da Celeridade

As decisões, sempre que possível,

devem ser tomadas no momento da

sessão.

Princípio da Competição

Conduz o gestor a buscar sempre o

maior número de competidores

interessados no objeto licitatório.

Fonte: Adaptado de Brasil, 2010.

3.4 O edital

Edital é o ato convocatório produzido pelo órgão público com o objetivo

de estabelecer os critérios e exigências para participação das empresas

interessadas em fornecer bens ou serviços através de concorrência. Deve se

claro, preciso e fácil de ser consultado.

Segundo Mattos (2006), o edital é o documento que rege a licitação

demonstrando as exigências do certame e todos os requisitos de participação.

É a base de informações sobre os critérios de habilitação e julgamento da

proposta. O edital denomina o objeto a ser licitado, as documentações

exigidas, o valor estimado da construção, os prazos para apresentação da

proposta, forma de apresentação, local e data de entrega dos envelopes.

A lei que rege o edital refere-se à Lei 8.666/93 denominada lei das

licitações, em seu art. 40 relata que o edital deve conter no prefácio o número

de ordem de série anual, a identificação da repartição interessada e se seu

setor, a modalidade, o regime de execução e o tipo de licitação. Deve ainda

conter o local, dia e hora para recebimento da documentação e proposta.

Além dos itens já mencionados, o edital deve conter anexo, o projeto

básico ou executivo, demonstrativo do orçamento estimado em planilha de

quantitativo e custos unitários, a minuta de contrato a ser firmado entre a

Administração Pública e o licitante vencedor, especificações complementares e

as normas de execução pertinentes a licitação, seguindo criteriosamente os

parâmetros da Lei 8.666/93.

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O edital deve ser publicado no mínimo uma vez, no diário oficial da

União, do Estado e Distrito Federal, ou em jornal de grande circulação onde

será realizada a obra, indicando o local em que os interessados poderão ler e

obter o texto integral do edital e todas as informações sobre a licitação,

conforme rege a lei.

Em caso de modificação no edital, a lei 8666/93 exige a divulgação pela

mesma forma que se deu o texto original, estabelecendo novo prazo para

abertura da proposta.

3.5 Modalidades de licitação

Mattos (2006) afirma que a Lei 8.666/93 estabelece algumas

modalidades de licitação, onde cada uma obtém uma forma diferente de

procedimento administrativo de acordo com o tipo de bem a ser licitado e o

valor de aquisição pretendida pelo poder público.

As modalidades de licitação são caracterizadas da seguinte forma, de

acordo com a Lei 8.666/93: concorrência, tomada de preço, convite, concurso e

leilão.

3.5.1 Concorrência

Concorrência é a modalidade com ampla divulgação, para garantir a

participação de qualquer interessado desde que atenda aos requisitos previstos

no edital. Os contratos de maior valor é uma das principais características

nesta modalidade. Sua publicação é elaborada no mínimo trinta dias de

intervalo até a data de recebimento e a abertura das propostas. Diferindo das

demais modalidades, a concorrência não se exige registro ou cadastro dos

interessados caracterizado como Certificado de Registro Cadastral (CRC).

3.5.2 Tomada de preço

Para essa modalidade, os interessados devem obter o CRC no prazo

estipulado em edital que garante o cadastro dos fornecedores de bens e

execução de obras e serviços. Sua principal característica é tornar a licitação

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mais rápida. Nessa modalidade é utilizado um prazo de quinze dias no mínimo

para a publicação em Diário Oficial e para recebimento da proposta, porém se

considerado os tipos de melhor técnica ou técnica e preço, o prazo mínimo é

de trinta dias para a publicação, sendo igual à modalidade da concorrência.

3.5.3 Convite

Para essa modalidade deve haver no mínimo três interessados do ramo,

cadastrados ou não, escolhidos ou convidados pela unidade administrativa,

porém até mesmo quem não foi convidado pode participar e seu interesse deve

ser manifestado com vinte e quatro horas de antecedência, devendo estar

devidamente cadastrado. Esta modalidade é a mais simples de todas. Se não

houver no mínimo três qualificados, o TCU impõe a repetição do ato e a

abertura do envelope é realizada na data e hora marcada e em público.

3.5.4 Concurso

Nessa modalidade qualquer interessado pode participar e sua escolha é

através da melhor técnica e não menor preço. Sua divulgação deve ser ampla,

com no mínimo quarenta e cinco dias da publicação do edital e os participantes

devem ser pessoas idôneas.

3.5.5 Leilão

Essa modalidade consiste na venda de bens e imóveis sem utilidade

para o poder público ou de produtos legalmente apreendidos ou de

procedimento judicial. Os bens que serão leiloados devem passar por uma

avaliação e o preço mínimo deve constar no edital e por isso é indispensável à

descrição de todos os bens. Além disso, deve constar no edital o local onde os

bens estão expostos para uma avaliação por parte dos interessados. Nenhum

interessado precisa se manifestar antes do leilão. A única exigência é o

pagamento total ou de um pagamento parcial realizado através de depósito e o

valor restante deve ser pago em um curto espaço de tempo. O lance é verbal e

quem arremata o bem é aquele que ofertar o maior valor.

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3.6 Fases da licitação

Baseado na lei das licitações, Mattos (2006) classifica as fases de

licitação como interna e externa, onde a primeira trata da preparação por parte

da administração do órgão da contratante e a segunda refere-se à publicação

da licitação para conhecimento das empresas proponentes.

Na fase interna, a administração efetua a abertura do processo licitatório

através de autorização que desencadeia o processo, com o estabelecimento do

objetivo da licitação. Realiza pesquisa e a orçamentação dos custos a fim de

determinar as modalidade do processo licitatório e aprovisionar os recursos

necessários. Por fim, elabora o edital para realização do ato convocatório

contendo as normas e requisitos para a disputa e publicação para

conhecimento de todos os interessados, conforme Mattos (2006).

Na fase externa, ainda segundo Mattos (2006), as empresas

interessadas na disputa entregam os documentos para a respectiva habilitação

e a proposta comercial. Durante o certame licitatório, a comissão de licitação

efetua a análise das documentações entregues pelas proponentes. Ocorre a

inabilitação de participantes, caso haja divergências de acordo com a exigência

exposta em edital e posterior lavratura de ata com as empresas habilitadas.

Após este processo, efetua-se o julgamento das propostas através de

avaliação e comparação, selecionando a licitante vencedora e posteriormente a

comissão realiza o ato de declaração através de homologação da vencedora.

A adjudicação correspondente ao ato de confirmação oficial da

regularização do processo licitatório, decretando o seu encerramento, para

assim, realizar-se a contratação entre o órgão público e a empresa vencedora.

De acordo com a Lei Complementar 123/2006, caso a empresa

inabilitada seja classificada como EPP ela tem a preferência de interpor recurso

caso não concorde com o exposto pela comissão de licitação. A comissão lavra

ata, estabelecendo prazo para a apresentação dos recursos e nova data para

abertura das propostas. Esta lei também estabelece critérios de preferências,

caso a EPP apresente proposta com o valor de até 10% acima daquela

apresentada pela empresa que não se enquadra nos termos da lei, podendo,

dentro dos requisitos e documentos comprobatórios tornar-se habilitada e até

mesmo vencedora do certame.

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3.7 Tipos de licitação

De acordo com Cardoso (2009), os tipos de licitação tratam do

julgamento da proposta dos proponentes, sendo constituído de acordo com o

que determina a lei para cada situação licitada. Constituem tipos de licitação:

a) a de menor preço: determinando que o vencedor do certame será o

que apresentar proposta mais vantajosa para a Administração;

b) a de melhor técnica: denominado para serviços de natureza

predominantemente intelectual;

c) a de técnica e preço: refere-se à junção dos itens a e b, onde, além

de requisitos intelectuais, avalia-se a proposta mais vantajosa.

3.8 Critérios para habilitação

Segundo TCU (2010), a Administração Pública tem por dever exigir no

procedimento licitatório documentos compatíveis com o objeto licitado para

aprovação da participação do interessado no certame. Esta exigência tem por

objetivo comprovar a capacidade econômico-financeira e capacidade técnica

do proponente, obedecendo aos limites da razoabilidade de modo a restringir

apenas o necessário para o cumprimento do objeto licitado.

“Exigências de habilitação estão subordinadas especialmente aos

princípios da razoabilidade e da proporcionalidade.” (TCU, 2010, p. 332)

De acordo com Cardoso (2009), com base na lei das licitações, para

efetiva habilitação da empresa interessada no certame, é necessária a

apresentação de documentação relativa a:

a) habilitação jurídica;

b) qualificação técnica;

c) qualificação econômico-financeira;

d) regularidade fiscal;

e) cumprimento no disposto no disposto no inciso XXXIII do art. 7º da

Constituição Federal, incluso pela Lei nº 9.854/99, tratando-se da

não contratação de menores de 16 anos em trabalhos noturno ou

insalubres.

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O art. 32 da lei 8666/93, de acordo com a redação dada pela lei 8883 de

08 de junho de 1994, esclarece que a apresentação dos documentos para a

habilitação poderão ser através de documento original, por qualquer processo

de cópia autenticada em cartório competente ou por servidor público da

administração ou publicação em órgão da imprensa oficial.

Para a modalidade tomada de preço, é necessário realizar um

cadastramento prévio denominado CRC. Este é elaborado pela entidade

pública ou órgão promotor do certame. Tem por objetivo tornar a licitação mais

simplificada, onde a entidade solicitará do licitante que apresentar o CRC,

apenas os documentos de habilitação ausentes no respectivo registro,

conforme descreve TCU (2010). Ressalva-se que o CRC não se confunde com

habilitação, sendo estes procedimentos distintos. O CRC é um documento que

complementa o critério para habilitação.

O TCU (2010) esclarece que as empresas interessadas na participação

do certame, caso apresente os documentos em desacordo com as exigências

estabelecidas no edital ou documentos irregulares, serão desqualificadas e não

aceitos documentos posteriormente apresentados, sendo consideradas

inabilitadas.

Havendo concordância de todos os licitantes quanto à decisão da

Comissão de Licitações tomadas na fase de habilitação e expressa a

desistência quanto à interposição de recurso, poderá ocorrer a abertura das

propostas.

3.9 A proposta

3.9.1 Apresentação da proposta

De acordo com TCU (2010), a proposta deve ser apresentada de modo

padrão conforme estabelecido no ato convocatório para facilitar a análise no

julgamento. Pode ser elaborada em formulário que contenha identificação da

empresa licitante, por computador ou datilografada, em única via de

preferência.

A proposta deve conter ainda:

a) clareza, sem emendas, rasuras, acréscimos ou entrelinhas;

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b) folhas numeradas e rubricadas;

c) razão social da empresa licitante, número do cadastro nacional de

pessoa jurídica (CNPJ), dados para contato;

d) identificação da modalidade e ao número da licitação;

e) descrição detalhada e correta das características do bem, da obra

ou dos serviços, conforme especificações do edital;

f) preço em moeda nacional;

g) valores expressos em algarismos e, no que couber, por extenso;

h) prazo de validade das propostas, entrega, execução da obra,

prestação dos serviços, montagem, instalação, quando for o caso;

i) menção expressa ao prazo de garantia oferecido;

j) data e assinatura de quem tenha poderes para esse fim;

k) outras informações julgadas necessárias e convenientes ao objeto

da licitação.

Caso necessário, pode ser informado na proposta o nome do banco e o

código da agência onde o licitante tem conta, assim como o número da conta

bancária e identificação do responsável pela assinatura para agilizar os

procedimentos de contratação, segundo o TCU (2010)

Em qualquer modalidade licitatória, não podem ser modificados os termos da proposta ou dos documentos, em qualquer hipótese, salvo quanto a erros ou falhas materiais que possam ser sanados ou corrigidos, por meio de despacho fundamentado, registrado em ata e acessível a todos, atribuindo-lhes validade e eficácia jurídica para fins de classificação das propostas e habilitação dos licitantes. Possíveis correções devem constar do ato convocatório. (TCU, 2010, p. 474).

É vedada a entrega das propostas após a data e hora marcadas no

edital para a abertura do certame, inclui também a vedação, a inclusão de

dados ou informação que possam favorecer o proponente.

3.9.2 O julgamento da proposta

Segundo Mattos (2006), o julgamento das propostas observa desde o

procedimento da abertura dos envelopes contendo as documentações

referentes à habilitação dos proponentes, devolução dos envelopes dos

concorrentes inabilitados, abertura das propostas dos habilitados e análise da

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conformidade de cada proposta apresentada, de acordo com os requisitos do

edital e classificação das propostas.

O julgamento das propostas é vinculado a critérios e fatores

estabelecidos no ato convocatório, conforme afirma TCU (2010). Deve ser

objetivo e realizado em conformidade com as normas e princípios

estabelecidos na Lei de Licitações, a fim de garantir transparência aos atos

processuais, de modo a verificar a conformidade de cada proposta com os

requisitos previstos em edital.

Cardoso (2009) afirma que a comissão de licitação deve realizar o

julgamento da proposta em conformidade com o tipo de licitação e critérios

descritos em edital de maneira a facilitar aferição pelos licitantes e pelos órgãos

de controle.

Caso as propostas apresentem preços excessivos, inexequíveis ou não

atenderem as exigências contidas na licitação, serão consideradas inabilitadas

do certame. (TCU, 2010)

3.10 A Contratação

3.10.1 Conceito de Contrato

De acordo com a Lei 8666/93, é todo e qualquer ajuste realizado entre

órgãos ou entidades da Administração Pública e órgãos ou entidades

particulares, onde é realizado acordo de vontades para o estabelecimento de

vínculo e a estipulação de obrigações entre ambas as partes, sejam qual for a

denominação utilizada.

Para o TCU (2010), o contrato é realizado com base na lei das licitações

depois de concluído os procedimentos licitatórios do certame, sendo

estabelecidas com clareza e precisão por meio de cláusulas que instauram

direitos, obrigações e responsabilidade da Administração e do particular,

estando de acordo com os termos da proposta vencedora.

“Contrato Administrativo somente pode ser celebrado se houve efetiva

disponibilidade de recursos orçamentários no exercício financeiro

correspondente.” (TCU, 2010, p. 646)

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3.10.2 Principais tipos de contratos

São estabelecidos três tipos de contrato amparados pela Lei 8.666/93,

cujo objeto refere-se a:

a) contratos de compra: trata da remuneração de bens para

fornecimento, como aquisição de material de expediente;

b) contratos de obras: realizado para construção de hidroelétricas,

ponte, estradas, reforma ou ampliação de edifícios;

c) contratos de serviços: realizados no caso de demolição, conserto,

instalação, montagem, operação, conservação, reparação,

adaptação, entre outros.

Como garantia do disposto em contrato, a administração pública exige

que a empresa vencedora apresente garantia do cumprimento das obrigações

dos termos contratuais, podendo ser através de caução em dinheiro ou títulos

da dívida pública.

Assim, a Lei das Licitações estabelece as normas e os critérios definidos

pelos princípios de igualdade a todos os interessados no certame para

promover obras e serviços em caráter competitivo. Sendo um procedimento

administrativo utiliza-se o edital como lei interna que enumera todas as

condições que devem ser cumpridas pelo órgão público e pelos licitantes. A

proposta mais vantajosa torna-se a vencedora, desde que apresentada dentro

dos parâmetros legais, uma vez que o preço apresentado pode ser inexequível

para contratação pelo Poder Público. Em cumprimento da lei, os certames

regem a contratação da empresa vencedora e realiza os procedimentos

cabíveis para a homologação contratual entre as partes com os deveres,

direitos e obrigações da Administração Pública e a empresa vencedora do

processo licitatório.

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CAPÍTULO IV

ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL COMO INSTRUMENTO PARA

PARTICIPAÇÃO EM PROCESSO LICITATÓRIO

ALFINI ENGENHARIA E CONSTRUÇÃO LTDA EPP

4 INTRODUÇÃO

A pesquisa surgiu com o objetivo de demonstrar a importância do

orçamento utilizado no ramo da construção civil, analisando os critérios

envolvidos no atendimento da prestação de serviços através de metas geradas

no processo orçamentário e sua influência na participação de licitação.

Para entendimento deste trabalho faz-se necessária uma abordagem

sobre a empresa e o processo de licitação com base na Lei Federal nº

8.666/93, de modo a compreender os critérios que são abordados para

participação em concorrência pública.

Foi realizado um estudo de caso na empresa Alfini Engenharia e

Construção Ltda. EPP através de pesquisa de campo e observação sistemática

no período de fevereiro a outubro de 2012, analisando a importância do

orçamento na construção civil como instrumento para participação em processo

licitatório.

Para demonstrar a eficácia do estudo de caso foram abordados alguns

procedimentos necessários para a participação em licitação e o planejamento

orçamentário como peça fundamental para o controle. As técnicas utilizadas na

realização do estudo foram:

Roteiro de Estudo de Caso (APÊNDICE A);

Roteiro de Observação Sistemática (APÊNDICE B);

Roteiro de entrevista para o orçamentista (APÊNDICE C);

Roteiro de entrevista para o engenheiro civil (APÊNDICE D);

Roteiro de entrevista para o administrador (APÊNDICE E);

Roteiro de entrevista para o contador (APÊNDICE F);

Roteiro de entrevista para o servidor público (APÊNDICE G).

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Assim como as empresas interessadas na participação de concorrência

licitatória, a empresa analisada, através do Diário Oficial, efetua busca das

publicações realizadas na imprensa e, de acordo com o seu interesse do objeto

licitado, solicita o edital junto ao órgão público interessado na aquisição dos

serviços oferecidos pela empresa, com o intuito de conhecer as condições para

a participação do certame. Quando disponibilizado o edital, a Administração

Pública acrescenta os anexos para melhor estudo dos interessados no

processo. Tais anexos referem-se a modelos de declarações, assim como o

projeto para estudo e viabilidade dos critérios que deverão ser utilizados para a

realização do empreendimento, incluindo o memorial descritivo, planilha

orçamentária e cronograma físico financeiro.

4.1 Aviso de licitação

Com o objetivo de disponibilizar a prestação de serviços aos órgãos

públicos, a empresa realiza pesquisa de licitações em andamento, sendo esta

efetuada em site específico do Diário Oficial que divulga os avisos de licitações

da União, do Estado e Municípios, conforme ANEXO A.

A partir do momento da publicação em Diário Oficial referente à abertura

de licitação, o órgão público disponibiliza aos interessados o edital com anexos

que esclareçam a modalidade de licitação, tipo de licitação, o objeto a ser

licitado, projeto para a execução, valor licitado, assim como planilha

orçamentária, cronograma físico financeiro, memorial descritivo da obra e

normas para a habilitação dos proponentes.

Além da divulgação em Diário Oficial, a empresa realiza pesquisa na

imprensa dos municípios ou sites das prefeituras da região que comunicam o

aviso de abertura de licitação aos interessados em participar do processo

licitatório.

4.2 Aquisição do edital

Após análise do aviso de licitação e constatado que o objeto de

execução refere-se a atividades exercidas no ramo da construção civil, a

empresa, quando interessada na participação do processo de licitação, solicita

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o edital junto ao órgão público. A aquisição do edital pode ser por meio

eletrônico ou na própria administração pública mediante pagamento de guia de

retirada de edital.

A aquisição do edital é necessária para a empresa avaliar os requisitos

exigidos para a participação da licitação. Estes requisitos esclarecem para a

empresa: o objeto licitado, a modalidade de licitação, tipo de licitação, regime

de execução, prazos, local, data e horário da realização da abertura dos

envelopes de documentação e proposta, condições de participação e

habitação, critérios de julgamento das proponentes, dotação orçamentária,

condições de medições e pagamentos e orçamento estimado, conforme

ANEXO B.

A empresa, através da leitura do edital e as exigências que o compõem,

avalia se atenderá na íntegra todos os requisitos estabelecidos referentes ao

objeto licitado, documentações dentro do prazo de validade, capacidade

econômica financeira, índice de liquidez e qualificação técnica comprovada

mediante a apresentação de Acervo.

Analisados todos os procedimentos exigidos e constando que no edital

possui todas as informações precisas e os anexos que auxiliam a empresa na

avaliação do empreendimento, o próximo procedimento é a realização da visita

técnica.

4.3 Visita in loco

A visita técnica corresponde ao conhecimento do local onde será

realizado o empreendimento. O engenheiro da empresa realiza a visita técnica

para analisar in loco a viabilidade dos padrões do terreno, com relação ao nível

e as necessidades iniciais para o início da execução da obra, como:

terraplanagem, remoção de vegetação ou entulhos, demolições se houver

algum tipo de construção no terreno que não possa ser reformada.

A visita técnica auxilia a empresa a obter uma visão das condições de

realização do empreendimento, como analisar a distância para entrega dos

materiais por parte de seus fornecedores, a locomoção dos colaboradores,

instalação provisória de energia elétrica e água.

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Para comprovar que a empresa realizou a visita in loco, a administração

pública elabora o atestado de visita técnica comprovando que a empresa

possui conhecimento do local onde será executada a obra. Este documento

deverá ser anexo junto à documentação para a habilitação, conforme exigência

do edital.

4.4 Avaliação do projeto

Após a verificação do local onde será realizado o empreendimento, a

empresa, por seu engenheiro, efetua a avaliação do projeto, analisando se o

mesmo atende aos parâmetros exigidos pelas normas técnicas da engenharia

civil.

A avaliação do projeto norteia os valores que irão compor a planilha

orçamentária quanto aos itens relacionados para a execução da construção. O

engenheiro analisa área a ser construída e quais as especificações contidas no

projeto.

4.5 Estudo da planilha orçamentária

A planilha orçamentária disponibilizada junto aos anexos do edital é a

etapa na qual a empresa, após a visita técnica e avaliação do projeto, avalia

cada item composto na planilha, conforme exemplo abaixo:

Quadro 6: Planilha orçamentária CÓDIGO D E S C R I Ç Ã O UNID. QUANT.

1 Serviços preliminares

1.1 Limpeza e raspagem da área com remoção de vegetação espessura 15 cm m² 1.379,15

1.2 Ligação provisória de água para obra e instalação sanitária provisória unid. 1,00

1.3 Ligação provisória de energia para obra unid. 1,00

1.4 Locação da obra, e execução de gabarito m² 254,00

1.5 Placa de obra 3,00 x 2,00 m m² 6,00

2 Terraplenagem

2.1 Corte e compensação m³ 415,00

3 Infraestrutura

3.1 Estaca moldada in loco Ø 25 cm profundidade 10,00 metros m 540,00

3.2 Forma de madeira para infraestrutura m² 101,40

Fonte: Adaptado de Prefeitura Municipal de Lins, 2012.

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A empresa elabora este estudo efetuando com seus fornecedores, a

cotação de preços dos materiais a serem utilizados na obra, buscando o

melhor preço de mercado, não deixando de lado a qualidade dos produtos, o

prazo de entrega, para que possa atender as exigências da execução da obra,

comparando com os valores fornecidos na planilha contida no edital.

4.6 Orçamento e elaboração da proposta

Efetuado o estudo e a cotação dos preços dos insumos, os dados para o

fechamento do orçamento ficam mais evidentes ao administrador da empresa

para efetivar o valor do BDI a ser aplicado no orçamento.

A elaboração da proposta da empresa é objetiva, seguindo as

exigências que compõem o edital. Tem por característica a apresentação em

papel timbrado e dados de identificação da empresa, valores unitários e total

de cada item, valor global da proposta expressos em moeda corrente nacional,

prazo de execução da obra, prazo de validade da proposta, garantia da obra e

identificação da modalidade da licitação.

4.7 As documentações para habilitação

Enquanto ocorre o estudo do projeto e a elaboração da proposta por

parte do engenheiro e do orçamentista, é juntada a documentação para

habitação a ser apresentada na abertura do certame. É analisado o tipo de

modalidade da licitação onde, no caso de Concorrência Pública, não é

necessária a apresentação do Certificado de Registro Cadastral (CRC). No

caso da maioria das Tomadas de Preços torna-se obrigatória a apresentação

do CRC, sendo este, um cadastro prévio realizado junto à prefeitura para

facilitar a habilitação da empresa no julgamento das documentações na

abertura do processo de licitação.

As documentações que a empresa apresenta tratam-se da habitação

jurídica com a apresentação do contrato social em vigor; regularidade fiscal

com comprovação de inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica

(CNPJ); prova de inscrição no cadastro de Contribuinte Estadual; prova de

regularidade para com a Fazenda Federal, Estadual e Municipal; prova de

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regularidade junto à Seguridade Social; prova de regularidade em relação ao

Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e prova de inexistência de

débitos perante a Justiça do Trabalho. A empresa analisa as documentações

conferindo as datas de validade para evitar sua inabilitação no processo de

licitação.

Além destes documentos, a empresa apresenta sua qualificação técnica

com a comprovação através de certidão de registro de pessoa jurídica e do

profissional técnico, no caso o engenheiro, junto ao Conselho Regional de

Engenharia e Arquitetura (CREA).

4.8 Entrega dos envelopes

A empresa efetua a entrega do envelope de documentação e envelope

de proposta, com identificação da empresa e da licitação. O horário de entrega

é respeitado por ocorrer o impedimento de participação em caso de atraso. No

edital são especificadas todas as informações necessárias, entre elas, local e a

data de entrega dos envelopes para a participação. A empresa apresenta suas

documentações e propostas em envelopes opacos, lacrados, devidamente

rubricados nos fechos e indevassável para evitar a ocorrência de investigação

por parte de seus concorrentes. A entrega é realizada no setor de protocolo da

prefeitura ou diretamente para a comissão de licitação seguindo os tramites de

exigência do edital.

4.9 Julgamento das proponentes

O julgamento das proponentes inicia-se no horário conforme

especificado em edital. Com todos os proponentes e comissão de licitação

presentes, inicia-se a lavratura em ata referente à abertura dos envelopes

contendo os documentos de habilitação. Estes documentos são conferidos um

a um, onde a comissão de licitação analisa a veracidade de cada documento e

as datas de emissão que comprovem estar dentro do prazo de validade

estipulado em edital. Caso ocorram divergências nas documentações, a

comissão de licitação justifica a inabilitação da proponente. A empresa

inabilitada, estando em conformidade com a Lei 8.666/93 poderá solicitar

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recurso para melhor análise da comissão de licitação, onde esta lavra a ata e

anunciará nova data para a abertura dos envelopes de proposta. Porém, se

comprovado no momento que a proponente não respeitou os enunciados dos

itens impostos no edital, esta será inabilitada, não cabendo apresentação de

recurso e o envelope da proposta é devolvido devidamente lacrado para as

proponentes inabilitadas conforme fora entregue à comissão de licitação.

Após este procedimento, a comissão de licitação inicia a abertura dos

envelopes contendo as propostas de preço das empresas habilitadas. É

avaliada cada proposta apresentada. A comissão de licitação analisa as

conformidades de acordo com o edital e a empresa que apresentar a proposta

mais vantajosa torna-se vencedora. A comissão de licitação anuncia a empresa

vencedora e registra em ata a decisão que procedeu e todos os presentes e

integrantes da comissão de licitação assinam a ata, documentando e

registrando os procedimentos que foram adotados na licitação para homologar

a contratação da empresa vencedora.

A homologação é anunciada em diário oficial para conhecimento público

sobre o valor que será investido no objeto licitado e sobre a empresa

responsável para a execução do empreendimento.

4.10 Contratação da empresa vencedora

A empresa, após a homologação, assinará o contrato de prestação de

serviços emitido pela prefeitura em duas vias de igual teor, permanecendo uma

via com a empresa e outra com o órgão público, estando estas devidamente

rubricadas em todas as folhas e assinadas pelo responsável competente da

prefeitura e pelo sócio administrador da empresa. É imprescindível a leitura de

cada item que compõe o contrato para esclarecer qualquer dúvida e analisar a

conformidade contratual, verificando os dados da empresa e se valor da

proposta está coerente. Já com o contrato em mãos, a empresa anexa todos

os documentos referente a este contrato como a garantia de cumprimento,

matrícula de Cadastro Específico do INSS (CEI), ordem de serviço emitido pela

prefeitura, ART, assim como o próprio edital, a planilha de proposta da

empresa, cronograma, memorial descritivo e outros documentos relacionados à

obra.

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4.11 Início da obra

O início da obra é realizado a partir do momento em que a contratante

emite a ordem de serviço, autorizando o início da construção do

empreendimento. Com a ordem de serviço em mãos, a empresa solicita junto

ao CREA a emissão da Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) onde o

engenheiro da empresa assume o compromisso de sua responsabilidade para

realização da obra em documento formalizado, com sua assinatura e

assinatura da contratante.

4.12 Conclusão da obra

A conclusão da obra está relacionada ao cronograma físico e este com o

prazo contratual e a empresa busca respeitá-lo para entregar a obra no prazo

determinado. Há casos em que não é possível entregar a obra dentro do

período estipulado por ocorrer situações de fenômeno natural como as chuvas

excessivas que impedem a execução dos serviços. Caso isso realmente

prejudique a finalização da obra no tempo determinado, a empresa documenta

e solicita a prorrogação do prazo justificando o motivo de atraso da conclusão

do empreendimento e a prefeitura julga se os argumentos apresentados para a

prorrogação do término da obra procedem. Sendo a solicitação aprovada, a

prefeitura emite um termo aditivo informando o novo prazo que a empresa

deverá cumprir e concluir a obra. Mas, se não houver justificativa legalmente

aceitável, a prefeitura indefere o pedido e a empresa é multada de acordo com

os requisitos contratuais.

Concluída a obra, a prefeitura fiscaliza os padrões e as conformidades

de entrega do empreendimento, confirmando a execução de acordo com as

exigências da contratante. Comprovada a regularidade, a contratante elabora

para a empresa o termo de recebimento definitivo da obra, que não torna

imune a empresa de reparar danos decorrentes da obra por um prazo de cinco

anos, conforme declaração de garantia pela solidez e segurança da obra

apresentada pela contratada.

4.13 Acervo técnico

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Com o cumprimento do prazo determinado pela prefeitura constata-se a

garantia da obra, comprovando que o empreendimento seguiu as normas e

padrões de segurança da construção civil. Sendo assim, a empresa solicita um

atestado de conclusão de obra comprovando que a mesma realizou o

empreendimento de acordo com o firmado em contrato entre as partes,

demonstrando neste atestado os itens que foram cumpridos conforme

composto na planilha orçamentária. O atestado de conclusão de obra é emitido

em duas vias, em papel timbrado da prefeitura e com a assinatura do

engenheiro responsável da prefeitura que fiscalizou e acompanhou a obra,

sendo esta assinatura reconhecida em cartório.

Com o atestado, a empresa solicita o acervo técnico da obra junto ao

CREA, preenchendo o requerimento e efetuando o pagamento da taxa para a

aquisição do acervo.

O acervo técnico é o documento que comprova que a empresa e o seu

engenheiro responsável possuem capacidade técnica competente para

participar em futuras licitações.

Em concorrências públicas para execução de obras, o acervo técnico é

um documento essencial para a empresa ser qualificada e habilitada para a

realização do empreendimento, pois o mesmo comprova a capacidade de

execução de obras futuras.

4.14 Resultado da pesquisa

Com a realização da pesquisa, pode-se constatar a importância do

orçamento para o planejamento de execução de obra e instrumento necessário

para participação em licitação pública. O orçamento apresenta informações

importantes para a empresa desde que executado com clareza e com precisão.

O orçamentista pode realizar a composição de custos com o auxilio da

TCPO e outros meios como tabela SINAPI e comparando preços com seus

fornecedores.

A pesquisa contribuiu para esclarecer que uma empresa que seja

interessada em participar de processo licitatório, tenha chances para vencer é

necessário obter todas as informações para demonstrar a capacidade de

realização da obra. Além de dados que compõem o orçamento, o processo de

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licitação é esclarecido pela lei de licitação instituída pela Lei Federal 8.666 de

21 de junho de 1993 e suas posteriores alterações, que é o manual de consulta

obrigatório a todos os interessados em concorrências públicas para ciência de

suas obrigações e direitos.

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PROPOSTA DE INTERVENÇÃO

Com o aumento do poder de investimento do Governo, quando o mesmo

necessita aplicar recursos financeiros na área pública, verifica-se a

necessidade de mão e obra qualificada para a prestação de serviços no ramo

da construção civil. Para atendimento desta necessidade, o Governo efetua o

tramite de licitação, convocando empresas interessadas em apresentar

proposta para executar os serviços para a construção da obra necessária pelo

poder público contratante.

A empresa Alfini Engenharia e Construção Ltda. EPP, com o interesse

de participar em processo de licitação solicita junto ao Órgão Público o edital

que compõe todos os dados informativos do objeto a ser licitado, uma vez que

é imprescindível um estudo de todos os dados e auxiliam na análise da

viabilidade da realização do empreendimento.

Com base na pesquisa de campo realizada e descrita no capítulo IV

constatou-se que a empresa Alfini Engenharia e Construção Ltda. EPP através

das atividades de construção civil em geral possui capacidade de prestar

serviços em obras públicas, porém há um número significante de concorrentes

interessados na apresentação de proposta no processo de licitação.

Diante do exposto propõe-se:

Implantar um sistema que facilite a elaboração do orçamento, buscando

dar mais atenção aos insumos que apresentem maior impacto nos custos da

obra;

Manter um banco de dados de custos de materiais e mão de obra

atualizado para elaborar o orçamento a ser proposto, comparando com a

fornecida pela tabela de custos de obra apresentada pelo órgão público

contratante e a tabela fornecida por uma entidade especializada, atualmente

utilizada pela Alfini para elaboração do orçamento. Para isto, seria necessário

fazer um cadastro com vários fornecedores para a atualização destes valores.

Implantar uma gestão de custos da empresa para que seja possível

calcular o BDI de forma técnica, que auxilie a formação do preço final da obra,

que não comprometa a rentabilidade da empresa e que não seja tão alta que

prejudique a sua classificação no processo licitatório como vencedora.

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Elaborar um controle de fluxo de caixa da empresa para facilitar a

administração das execuções das obras.

Qualificar o profissional responsável pela elaboração do orçamento.

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CONCLUSÃO

Após a pesquisa elaborada, conclui-se que o orçamento é uma parte

fundamental da construção civil em qualquer processo de licitação de acordo

com a Lei 8.666/93, no qual o orçamento é realizado antes do início da obra, a

fim de mensurar os resultados até sua conclusão, contribuindo, assim, para a

tomada de decisão.

Ressalta-se que um bom orçamento não é obtido sem a elaboração de

um planejamento, que tem como uma de suas tarefas calcular os custos

através de informações apresentadas no edital e na visita técnica no local onde

será executada a obra.

O processo de licitação é utilizado pelos órgãos do Governo Federal,

Estadual e Municipal para a realização de compra de bens e serviços, sendo

que a grande parte das situações é exigida a licitação e que obrigatoriamente é

divulgada no Diário Oficial para as empresas interessadas. Nesta publicação, é

informado o tipo de licitação, o objeto a ser licitado e o local onde é

disponibilizado o edital completo.

A empresa interessada solicita o edital da licitação para obter

informações necessárias, a fim de avaliar os requisitos exigidos, analisando a

viabilidade de execução da obra e a elaboração dos trâmites para a

participação do processo de licitação.

O resultado desta pesquisa demonstra como o orçamento elaborado de

forma adequada pode ser um instrumento determinante para ter sucesso na

concorrência de um processo licitatório, pois apresenta os custos, tanto de

matérias como de mão de obra e a forma de retorno de tais custos, analisando

sempre as exigências para atendimento da prestação de serviços.

Portanto, o assunto deve ser constantemente atualizado e explorado,

buscando a evolução contínua na elaboração do orçamento. Sugere-se que

seja dada uma atenção especial à determinação do BDI, pois o mesmo

representa o retorno do resultado da empresa.

Diante do exposto, conclui-se que a elaboração correta do orçamento é

peça fundamental para o sucesso na participação de um processo licitatório.

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REFERÊNCIAS

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TÉSIO, P. R. A evolução da engenharia civil no Brasil, nos últimos 100 anos,

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APÊNDICES

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APÊNDICE A – Roteiro do Estudo de Caso

1 INTRODUÇÃO

O estudo de caso tem por objetivo principal analisar os critérios

utilizados para a elaboração do orçamento voltado para a construção civil e a

sua influência no processo de tomada de decisão. Serão descritos os métodos

e técnicas de pesquisa utilizados na coleta de dados, assim como as técnicas

de orçamentação utilizadas na empresa.

1.1 Relato do trabalho realizado referente ao assunto estudado

a) Descrição da importância do orçamento empresarial na construção

civil;

b) Análise do processo utilizado para a elaboração do orçamento e a sua

preparação;

c) Verificação dos critérios adotados para os procedimentos

estabelecidos na conclusão e fechamento da planilha orçamentária.

1.2 Discussão

Através da pesquisa será realizado um confronto entre a teoria e a

prática utilizada na empresa.

1.3 Parecer final sobre o caso e sugestões sobre a manutenção ou

modificações de procedimentos.

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APÊNDICE B – Roteiro de Observação Sistemática

I IDENTIFICAÇÃO

Empresa:

Localização:

Ramo de Atividade:

II ASPECTOS A SEREM OBSERVADOS

1 Evolução da construção civil

2 Histórico da empresa

3 Obras públicas realizadas pela empresa

4 Orçamento empresarial

5 Lei das Licitações

6 Critérios de propostas orçamentárias

7 Tabelas de Composições de Preços para Orçamentos (TPCO)

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APÊNDICE C – Roteiro entrevista para o orçamentista

I IDENTIFICAÇÃO

Profissão:

Escolaridade:

Experiência Profissional:

II PERGUNTAS ESPECÍFICAS

1 Em seu ponto de vista qual a definição para Orçamento?

...............................................................................................................................

...............................................................................................................................

1 Quais são as etapas para a elaboração de orçamento?

...............................................................................................................................

...............................................................................................................................

2 Qual o tipo de orçamento utilizado pela empresa?

...............................................................................................................................

...............................................................................................................................

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APÊNDICE D – Roteiro entrevista para o engenheiro civil

I IDENTIFICAÇÃO

Profissão:

Escolaridade:

Experiência Profissional:

II PERGUNTAS ESPECÍFICAS

1 Qual a importância da visita técnica no local da obra?

...............................................................................................................................

...............................................................................................................................

2 Qual a funcionalidade da identificação dos serviços a serem realizados?

...............................................................................................................................

...............................................................................................................................

3 Qual a essência da composição dos projetos?

...............................................................................................................................

...............................................................................................................................

4 A necessidade das especificações técnicas estabelece informação

qualitativa ou quantitativa?

...............................................................................................................................

...............................................................................................................................

5 O orçamento na construção civil é o fator primordial para a tomada de

decisão?

...............................................................................................................................

...............................................................................................................................

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APÊNDICE E – Roteiro entrevista para o administrador

I IDENTIFICAÇÃO

Profissão:

Escolaridade:

Experiência Profissional:

II PERGUNTAS ESPECÍFICAS

1 É importante definir as especificações técnicas para a elaboração do

orçamento?

...............................................................................................................................

...............................................................................................................................

2 A empresa utiliza-se de programa específico para a elaboração do

orçamento?

...............................................................................................................................

...............................................................................................................................

3 Na composição do orçamento, quais são as dificuldades e as

facilidades?

...............................................................................................................................

...............................................................................................................................

4 Quais os aspectos necessários para a elaboração do orçamento?

...............................................................................................................................

...............................................................................................................................

5 O orçamento é um fator primordial para a tomada de decisão?

...............................................................................................................................

...............................................................................................................................

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APÊNDICE F – Roteiro entrevista para o contador

I IDENTIFICAÇÃO

Profissão:

Escolaridade:

Experiência Profissional:

II PERGUNTAS ESPECÍFICAS

1 Qual a importância do orçamento no ramo da construção civil?

...............................................................................................................................

...............................................................................................................................

2 Como são determinados os custos indiretos no planejamento

orçamentário?

...............................................................................................................................

...............................................................................................................................

3 Qual o papel do contador na elaboração do orçamento?

...............................................................................................................................

...............................................................................................................................

4 O orçamento é um instrumento de controle de custo?

...............................................................................................................................

...............................................................................................................................

5 Quais as recomendações básicas em relação ao planejamento

orçamentário?

...............................................................................................................................

...............................................................................................................................

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APÊNDICE G – Roteiro entrevista para o servido público

I IDENTIFICAÇÃO

Profissão:

Escolaridade:

Experiência Profissional:

II PERGUNTAS ESPECÍFICAS

1 Como é avaliada a necessidade de abertura de licitação, tendo como

objeto a execução de construção civil?

...............................................................................................................................

...............................................................................................................................

2 Quais os critérios de habilitação da empresa e formas de aprovação da

proposta apresentada?

...............................................................................................................................

...............................................................................................................................

3 Qual o objetivo da Lei Federal nº 8666/93 e a sua importância para o

Governo?

...............................................................................................................................

...............................................................................................................................

4 De acordo com a Lei 8.666/93, qual o critério para julgamento da

proposta para obras e serviços de engenharia?

...............................................................................................................................

...............................................................................................................................

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ANEXOS

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ANEXO A – Diário Oficial.

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ANEXO B – Edital Tomada de Preço 003/2011 da Prefeitura Municipal de Lins.

PREFEITURA MUNICIPAL DE LINS TOMADA DE PREÇOS Nº. 009/2010

PROCESSO Nº. 108/2010

A PREFEITURA MUNICIPAL DE LINS, Estado de São Paulo, através de sua Comissão

Permanente de Licitação e Cadastro de Fornecedores, torna público, para conhecimento dos interessados, que se encontra aberta licitação na modalidade TOMADA DE PREÇOS nº. 009/2010 – Processo Administrativo nº. 108/2010, para a contratação de empresa para construção de uma Unidade de Saúde da Família no bairro Jardim Tangará, conforme memorial descritivo, planilha orçamentária e cronograma físico-financeiro constantes no Caderno de Licitação desta Tomada de Preços. MODALIDADE DE LICITAÇÃO: Tomada de Preços; TIPO DE LICITAÇÃO: Menor Preço Global; REGIME DE EXECUÇÂO: Empreitada global por preços unitários RECEBIMENTO DOS ENVELOPES E INÍCIO DA SESSÃO: às 14:30 horas do dia 24 de setembro de 2010; LOCAL DE RECEBIMENTO DOS ENVELOPES: Divisão de Licitações desta Prefeitura, à Rua Olavo Bilac nº 640, Sala 17, Lins – SP. FUNDAMENTO LEGAL: Lei Federal nº. 8.666/93, atualizada pelas Leis nº.s 8.883/94, 9.032/95, 9.648/98 e 9.854/99, demais normas aplicáveis à matéria ou pertinentes ao objeto desta licitação. O interessados poderão retirar o edital completo na Divisão de Licitação desta Prefeitura, no horário das 12:00 às 18:00 horas, de segunda a sexta-feira, mediante recolhimento por guia ou depósito na conta nº 06-20009-1 da Caixa Econômica Federal – Agência 0318, da importância da R$ 69,25 (sessenta e nove reais e vinte e cinco centavos) conforme decreto nº 8.070 de 17/10/2008. Os interessados que solicitarem o edital por e-mail ([email protected]), ou o retirarem no site da Prefeitura Municipal de Lins (www.lins.sp.gov.br), estarão isentos do pagamento da taxa de expediente mencionada acima. ESCLARECIMENTOS: Esclarecimentos sobre esta licitação poderão ser obtidos na Divisão de Licitações, rua Olavo Bilac, nº 640, pelo telefone/fax (14) 3533-7000 ramal 7039. As dúvidas a serem dirimidas por telefone serão somente aquelas de ordem estritamente informal. Caso o proponente não solicite esclarecimentos, pressupor-se-á que os elementos fornecidos são suficientemente claros e precisos, não cabendo portanto, qualquer reclamação posterior.

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1. DO OBJETO 1.1. É objeto desta licitação a contratação de empresa para construção de uma Unidade de Saúde da Família no bairro Jardim Tangará, conforme memorial descritivo, planilha orçamentária e cronograma físico-financeiro constantes no ANEXO III deste Edital. 2. DO PRAZO 2.1. O prazo para o início das obras e dos serviços será de 05 (cinco) dias corridos, contados a partir da expedição da ordem de serviço e o de conclusão de até 04 (meses), a contar do início dos serviços. 2.2. A vigência contratual será de 09 (nove) meses. 3. DAS CONDIÇÕES DE MEDIÇÕES E PAGAMENTOS 3.1. As medições serão feitas com base na quantidade de serviços executados e considerando os preços unitários da planilha de preços da proposta da CONTRATADA. 3.2. As medições serão apresentadas mensalmente pela CONTRATADA através de correspondência e Planilha Orçamentária. 3.3. As medições serão conferidas e liberadas pelo Setor de Projetos e Obras Civis da Prefeitura Municipal de Lins até o 2º (segundo) dia útil após sua apresentação. 3.4. Os pagamentos referentes às medições serão efetuados até o 5º (quinto) dia, contados a partir da data da sua liberação do Setor de Projetos e Obras Civis da Prefeitura de Lins e da Secretaria de Economia e Planejamento do Estado de São Paulo, observadas as cláusulas contratuais a respeito, mediante ordem bancária. 3.5. O contrato não poderá sofrer qualquer tipo de alteração em seu valor, ressalvadas as hipóteses previstas no artigo 65 da Lei Federal 8.666/93. 3.6. Não serão aceitas propostas com exigências de pagamento antecipado ou sem a devida contra-prestação do serviço e ainda não serão levadas em consideração quaisquer ofertas que não se enquadrem nas especificações exigidas. Não se admitirá proposta que apresente preços unitários simbólicos, irrisórios ou de valor zero ou incompatíveis com os preços dos insumos e salários de mercado, acrescidos dos respectivos encargos, ainda que o ato convocatório da licitação não estabeleça limites mínimos para os mesmos. 3.7. A CONTRATADA deverá, com base no artigo 71, § 2º da Lei Federal nº. 8.666/93, comprovar o recolhimento prévio das contribuições previdenciárias incidentes sobre a remuneração dos segurados, incluídas em Nota Fiscal-Fatura correspondente aos serviços executados, quando do pagamento da referida nota. 4. DOS RECURSOS ORÇAMENTÁRIOS 4.1. Os recursos orçamentários encontram-se previstos na seguinte rubrica da despesa, constante do orçamento para o exercício de 2010: Construção de uma USF no Jardim Tangará 02.03.02.4.4.90.51.10.301.0126-1.460 Fichas 592 e 593. 5. DA VISITA TÉCNICA

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5.1. O proponente deverá participar da visita técnica aos locais em que os serviços serão realizados, a fim de se inteirar de todas as condições técnicas e operacionais para a execução dos serviços. Nesta visita, o proponente deverá se fazer representar por meio de seu profissional responsável técnico, que deverá se apresentar, com o documento comprobatório de sua inscrição no CREA como responsável técnico da empresa licitante. A fim de cumprir o disposto nesta cláusula, o interessado deverá participar de visita técnica juntamente com o representante da Prefeitura de Lins a ser realizada nos dias 22 e 23 de setembro de 2010, tendo como ponto de encontro o Paço Municipal, situado na Rua Olavo Bilac nº. 640, na sala da Secretaria de Obras (SUSOP), às 14:00 horas. Aos participantes da visita técnica será fornecido atestado o qual deverá ser anexado nos documentos de habilitação. Aos participantes do certame será exigida declaração formal de que tem pleno conhecimento dos locais e das condições técnicas e operacionais para a execução da obra e que examinaram e concordam com a documentação técnica apresentada, conforme ANEXO VIII, que deverá ser juntada no Envelope Nº. 1 – Documentos de Habilitação, bem como o Atestado de Visita Técnica a ser entregue aos participantes nos termos desta cláusula. 6. DAS CONDIÇÕES PARA PARTICIPAÇÃO 6.1. Serão consideradas em condições de participação nesta licitação, as empresas devidamente cadastradas junto a esta Prefeitura até o terceiro dia anterior à data marcada para abertura dos envelopes, que atenderem os requisitos do presente edital e apresentarem a documentação abaixo no envelope 01 – DOCUMENTAÇÃO PARA HABILITAÇÃO: a) Certificado de Registro Cadastral (CRC) emitido pela Prefeitura Municipal de Lins dentro do prazo de validade, sendo que os documentos que por ventura estiverem vencidos deverão ser juntados no envelope nº. 1 – Documentação. b) Atestado de Visita Técnica nos termos da Cláusula 5 do Edital. c) Declaração formal de que tem conhecimento dos locais e dos serviços que serão executados, e que examinou o Memorial Descritivo, a planilha de preços estimativos e demais anexos, não existindo nenhuma falha nos mesmos, concordando assim com estes documentos na sua íntegra, conforme ANEXO VIII. d) Declaração firmada pelo licitante acerca da estrita observância do art. 7º., XXXIII, da Constituição Federal conforme ANEXO VI, sendo que a eventual revelação da infringência à regra acarretará imediata inabilitação ou desclassificação do certame, conforme a fase em que ela se encontre. 6.2. O licitante caracterizado como Micro-Empresa (ME) ou Empresa de Pequeno Porte (EPP) que desejar utilizar os direitos conferidos pelos Artigos 42 a 46 da Lei Complementar 123/06, deverá apresentar declaração conforme ANEXO IX atestando que se enquadra na situação de ME ou EPP e que inexistem fatos supervenientes que conduzam ao seu desenquadramento desta situação. Este declaração deverá ser apresentada no Envelope nº. 1 – Documentos de Habilitação. 6.3. Nas certidões a serem apresentadas nesta licitação, na hipótese de não constar prazo de validade nas mesmas, a PREFEITURA aceitará como válidas as expedidas até 90 (noventa) dias imediatamente anteriores à data da apresentação das propostas.

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7. DAS RESTRIÇÕES DE PARTICIPAÇÃO 7.1. Encontram-se impedidos de participar do presente certame os interessados que: 7.1.1. estejam cumprindo as sanções dos incisos III e IV do Artigo 87 da Lei Federal nº 8.666/93, com suas alterações posteriores. 7.1.2. estejam sob o regime de falência decretada após o trânsito em julgado; 7.1.3. que funcionem sob regime de consórcio ou grupo de empresas nacionais ou estrangeiras com sub-contratação ou formas assemelhadas; 7.1.4. que, entre os dirigentes, gerentes, acionistas ou detentores de mais de 5% (cinco por cento) do capital com direito a voto ou controladores, responsáveis técnicos ou sub-contratados, haja alguém que seja dirigente, funcionário ou servidor público do órgão licitante. 7.2. Os impedimentos acaso existentes deverão ser declarados pela empresa licitante, sob pena de responsabilidade administrativa e penal cabíveis, conforme legislação vigente. 8. APRESENTAÇÃO DOS ENVELOPES E ABERTURA DA LICITAÇÃO 8.1. Para participar da presente Tomada de Preços na condição de licitante, deverá o interessado entregar, na Divisão de Licitações da Prefeitura Municipal de Lins, no edifício do Paço Municipal, sito à Rua Olavo Bilac nº 640, Sala 17 – Centro, em Lins, estado de São Paulo, até dia 24 de setembro de 2010, até as 14:30 horas, os envelopes com a documentação de habilitação e proposta comercial, rubricados e assinados pelo representante ou preposto autorizado a representar o licitante por ocasião da abertura dos envelopes, facultada a entrega dos mesmos na própria sessão de abertura. 8.1.1. Para maior facilidade e transparência na execução dos trabalhos, a Comissão solicita que os licitantes encaminhem o conteúdo dos envelopes com folhas numeradas, com índice, na ordem do edital e com termo de encerramento com o total de folhas. 8.2. Envelope nº 01 – “DOCUMENTAÇÃO PARA HABILITAÇÃO”. 8.2.1. A documentação para habilitação deverá ser apresentada em uma via, em envelope fechado e indevassável, com a identificação da empresa proponente, rubricado no fecho, contendo em destaque:

PREFEITURA MUNICIPAL DE LINS

COMISSÃO PERMANENTE DE LICITAÇÃO REF.: TOMADA DE PREÇOS Nº 009/2010

DATA DE ABERTURA: 24/09/2010 ENVELOPE Nº 01 – DOCUMENTAÇÃO PARA HABILITAÇÃO

Este envelope conterá toda documentação exigida na cláusula 6, que será aceita no original ou por qualquer processo de cópia autenticada por cartório competente ou por publicação em órgão de imprensa pública ou por servidor desta administração municipal. 8.3. Envelope nº 02 – “PROPOSTA COMERCIAL”

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8.3.1. A proposta comercial deverá ser apresentada em envelope fechado e indevassável, com a identificação da empresa proponente, rubricado no fecho, contendo em destaque:

PREFEITURA MUNICIPAL DE LINS COMISSÃO PERMANENTE DE LICITAÇÃO Ref.: TOMADA DE PREÇOS Nº 009/2010

DATA DA ABERTURA: 24/09/2010 ENVELOPE Nº 02 – PROPOSTA COMERCIAL

8.3.2. A proposta comercial deverá ser apresentada em uma via, em impresso próprio, contendo o número da Tomada de Preços, o CNPJ, endereço, razão social da empresa proponente, datilografada ou impressa, sem rasuras, emendas, entrelinhas ou ressalvas, datada e assinada por pessoa com poderes para tanto, devendo conter: 8.3.2.1 – Valor global dos serviços, discriminando o valor dos materiais e o valor da mão-de-obra; 8.3.2.2 – Prazo de validade da proposta, que deverá ser de no mínimo 60 (sessenta) dias corridos, a contar da data de abertura do envelope nº. 01 “DOCUMENTAÇÃO PARA HABILITAÇÃO”, devendo este prazo constar obrigatoriamente na proposta; 8.3.2.3 – Prazo de observação da obra de 90 (noventa) dias após o recebimento provisório, para que a mesma possa ser recebida definitivamente; 8.3.2.4 – Condições de pagamento, conforme item 3. 8.3.3. Deverá conter ainda: 8.3.3.1 – a planilha de orçamento, com colunas referentes a quantidades ofertadas, preço unitário e total de cada item e total geral do orçamento, expressos em moeda corrente nacional; 8.3.3.2 – cronograma físico-financeiro do objeto licitado; 8.3.3.3 – declaração de garantia dos serviços executados pelo período de 05 (cinco) anos, conforme item 9; 8.3.3.4 – Para agilizar o andamento dos trabalhos, o licitante poderá indicar o nome, nacionalidade, estado civil, profissão, cargo ou função exercida, CPF/MF, cédula de identidade e domicílio da pessoa que irá assinar o contrato, no caso da empresa ser julgada vencedora, bem como os dados bancários para crédito dos pagamentos, sendo: nome do banco, nome e número da agência, cidade da agência, tipo e número da conta 8.4. Os envelopes entregues na forma do item 8.2, serão abertos às 14:30 horas do dia 24 de setembro de 2010, pela Comissão Permanente de Licitações, em sessão pública específica para este fim. 9. DA GARANTIA DO SERVIÇO 9.1. O licitante deverá apresentar no Envelope PROPOSTA COMERCIAL, declaração de garantia dos serviços executados pelo período de 05 (cinco) anos, nos termos do novo Código Civil Brasileiro, independentemente do Termo de Recebimento Definitivo, ficando a Adjudicatária

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responsável, neste período, pela solidez e segurança da obra, sendo obrigada a reparar, corrigir, remover, reconstruir, as suas expensas, no total ou em parte, os serviços executados, toda vez que forem apontados vícios ou irregularidades pelo Município, contados da data do recebimento definitivo do objeto contratado. 10. DO CREDENCIAMENTO E ENTREGA DOS ENVELOPES 10.1. Entrega da documentação de credenciamento e dos envelopes da documentação de Habilitação e da Proposta Comercial: 10.1.1. os envelopes nº. 01 e nº. 02, concernentes aos DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO e PROPOSTA COMERCIAL, respectivamente, deverão ser entregues, na Divisão de Licitação, que os receberá no local, até a data e hora e nas condições estabelecidas no preâmbulo deste edital; 10.1.2. o documento relativo ao credenciamento, de 01 (um) representante por empresa, convidado a participar da sessão pública da licitação, deverá ser entregue à Comissão Permanente de Licitações, acompanhado de documento que identifique o credenciado, diretor ou sócio proponente, ou preposto, devendo, no caso de prepostos, mencionar os poderes a que está investido, sendo que para desistência de interposição de recursos, tal poder deverá ser expresso; 10.1.2.1 – o documento de credenciamento será retido pela Comissão de Licitação e juntado ao processo licitatório; 10.1.2.2 – o documento relativo ao credenciamento deverá ser apresentado em original ou por qualquer processo de cópia, desde que autenticado por cartório competente ou por publicação em órgão de imprensa pública ou por servidor da administração municipal. 11. DO PROCESSAMENTO DA LICITAÇÃO 11.1. A presente Tomada de Preços será processada e julgada de acordo com procedimento estabelecido pelo artigo 43 da Lei nº. 8.666/93 e suas alterações, conforme abaixo descrito: 11.1.1. abertura dos envelopes DOCUMENTAÇÃO: 11.1.1.1 – uma vez abertos os envelopes da “DOCUMENTAÇÃO” não serão admitidos proponentes retardatários e nem serão permitidas quaisquer retificações ou inclusões de documentos; 11.1.1.2 – os documentos contidos nos envelopes nº. 01 DOCUMENTAÇÃO serão examinados e rubricados pelos membros da Comissão, bem como pelos proponentes ou seus representantes credenciados; 11.1.1.3 – qualquer manifestação feita durante a fase de abertura dos envelopes nº. 01 DOCUMENTAÇÃO, será através de pessoa devidamente credenciada pela empresa proponente, e inserida em ata assinada pelos membros da Comissão de Licitações e pelo proponente ou seu credenciado; 11.1.1.4 – os envelopes contendo a “PROPOSTA COMERCIAL” de empresas inabilitadas ficarão à disposição das mesmas após o transcurso dos prazos de recurso e a publicação do resultado no Diário Oficial do Município;

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11.1.1.5 – a Comissão, ou autoridade superior, na forma da Lei, poderá em qualquer fase da licitação promover diligências destinadas a esclarecer ou complementar a instrução do processo; 11.1.1.6 – A PREFEITURA MUNICIPAL DE LINS reserva-se o direito de revogar a licitação em face de fato superveniente devidamente comprovado e pertinente, ou anulá-la, por razões de ilegalidade, ou motivadamente rejeitar todas as propostas, sem que caiba aos participantes, direito a qualquer indenização, salvo os casos previstos em lei, respeitando sempre o interesse público; 11.1.2. Critérios para julgamento da documentação: 11.1.2.1 – Serão inabilitados para a presente licitação os participantes que: 11.1.2.1.1. apresentarem documentação incompleta ou com borrões, rasuras, entrelinhas, cancelamentos em partes essenciais, sem a devida ressalva; 11.1.2.1.2. não atenderem ou não preencherem as condições exigidas neste edital. 11.1.2.2 - Se o licitante caracterizado como ME ou EPP apresentar documentação referente à REGULARIDADE FISCAL com restrições e/ou problemas, esse fato não impedirá sua habilitação, que será feita condicionalmente. Caso esse licitante venha a ser declarado vencedor do certame, lhe será assegurado o prazo de 2 (dois) dias úteis, prorrogável por igual período, para a regularização da documentação. A não regularização da documentação no prazo estipulado, implicará na decadência do direito à contratação, sem prejuízo das sanções aplicáveis previstas na Lei Federal nº.8666/93 e suas posteriores alterações. Observação importante: O licitante caracterizado como ME ou EPP que tiver problemas com a documentação referente à REGULARIDADE FISCAL e quiser se beneficiar com o acima descrito, deverá apresentar TODA a documentação solicitada, mesmo que ela apresente restrições e/ou problemas. 11.1.2.3 – se todos os proponentes forem inabilitadas, a PREFEITURA poderá fixar o prazo de 08 (oito) dias úteis para apresentação de nova documentação, escoimada da causa que ensejou a inabilitação. 11.1.3. Abertura do envelope PROPOSTA COMERCIAL: 11.1.3.1 – os envelopes “PROPOSTA COMERCIAL” das proponentes habilitadas, serão abertos pela Comissão no mesmo local mencionado no preâmbulo do edital, após o resultado da fase de habilitação, se houver desistência expressa de interposição de recursos por parte de todos os licitantes, ou de decorrido o prazo para interposição ou julgados os recursos e com data e horário comunicados através da imprensa oficial: 11.1.3.2 – uma vez abertas as propostas não serão admitidas quaisquer providências posteriores tendentes a sanar falhas ou omissões que as ofertas apresentarem em relação às exigências e formalidades previstas neste edital; 11.1.3.3 – as propostas serão examinadas e rubricadas pelos membros da Comissão, bem como pelos proponentes ou seus representantes credenciados presentes.

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11.1.3.4 – qualquer manifestação feita durante a fase de abertura do envelope nº. 02 PROPOSTA COMERCIAL, será através da pessoa devidamente credenciada pela empresa proponente, devendo toda e qualquer declaração pertinente constar da ata que será assinada pelos membros da Comissão de Licitações e pelos proponentes; 11.1.3.5 – a Comissão Permanente de Licitação e Cadastro de Fornecedores, designada pela autoridade competente na forma do disposto no artigo 51, caput, da Lei Federal nº. 8.666/93, procederá à classificação das propostas dos licitantes habilitados, julgando pelo critério do menor preço global; 11.1.4. Critérios para julgamento da PROPOSTA COMERCIAL: 11.1.4.1 – desclassificação: 11.1.4.1.1. serão desclassificadas as propostas comerciais que: a) estiverem em desacordo com edital; b) não estiverem assinadas pelo representante legal da empresa; c) apresentarem preços manifestamente inexeqüíveis, verificados de acordo com o disposto no § 1º do artigo 48 da Lei Federal nº. 8.666/93 e pela Lei nº . 9.648/98, obedecidas as condições do § 2º do mesmo dispositivo; 11.1.4.1.2. se todas as propostas comerciais forem desclassificadas, a PREFEITURA poderá fixar aos licitantes o prazo de 08 (oito) dias úteis para apresentação de outra, escoimada da causa que ensejou a desclassificação. 11.1.4.2 – classificação: 11.1.4.2.1. após o exame das propostas comerciais, a Comissão fará a classificação, levando em conta exclusivamente o menor preço global das que atendam integralmente o Edital: a) será classificada em 1º lugar a empresa que tiver apresentado o menor preço global e as demais, sequencialmente, na ordem crescente de seus respectivos preços globais. b) No caso de empate entre propostas, estará assegurado, como critério de desempate, preferência de contratação para as ME e EPP pela aplicação da Lei Complementar 123/06 a qual qualifica como empate quando a proposta apresentada por ME ou EPP for igual ou até 10% (dez por cento) superior à proposta mais bem classificada (desde que a proposta mais bem classificada não seja ME ou EPP). Ocorrendo o empate, a ME ou EPP poderá apresentar proposta de preço inferior àquela. Isto ocorrendo, a ME ou EPP será declarada vencedora do Certame. Aplicam-se, nesses casos, as determinações dos Artigos 44 e 45 da Lei Complementar 123/06. c) No caso de empate entre vencedores e nenhum deles for ME ou EPP, o desempate se fará por sorteio o qual será realizado em ato público convocando-se previamente as empresas empatadas. 11.1.4.3 – da adjudicação:

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11.1.4.3.1. o objeto da licitação será adjudicado à empresa que tiver sua respectiva proposta comercial classificada, obedecida à ordem de classificação. 11.1.5 – Dos termos de renúncia: 11.1.5.1 – Os licitantes poderão abrir mão dos prazos para recursos de que tratam as alíneas “a” e “b” do inciso I, do artigo 109 da Lei Federal nº. 8.666/93 através de: a) fax, ou b) comunicação direta à Comissão, via representantes presentes à reunião, lavrada em ata; ou c) termos de renúncia assinados por representante legal da empresa 12. DA DIVULGAÇÃO 12.1. A divulgação dos atos decorrentes deste procedimento licitatório, tendo como princípio a sua publicidade, será feita por: a) fax, com confirmação do recebimento, ou b) comunicação direta aos interessados, via representantes presentes à reunião, lavrada em ata; ou c) publicação no Diário Oficial do Estado e da União e em jornal local na forma da Lei. 12.2. Os atos objeto de divulgação são os relativos à habilitação ou inabilitação de licitação, desclassificação ou classificação de propostas comerciais, resultado do certame, anulação ou revogação da licitação e demais ocorrências que afetem o desenrolar do processo, e possam influir na isenção dos procedimentos. 13. DA CONVOCAÇÃO E DO CONTRATO 13.1. A Adjudicatária deverá assinar o contrato dentro de 03 (três) dias da convocação feita pela PREFEITURA. 13.2. A PREFEITURA convocará a Adjudicatária para assinar o contrato, que deverá fazê-lo no prazo e nas condições estabelecidas, sob pena de decair do direito de contratação e incidir na multa de 10% (dez por cento) sobre o valor total de sua proposta comercial, além de sujeitar-se a outras sanções previstas nas Leis Federais 8.666/93 e 8.883/94. 13.3. Quando a Adjudicatária não assinar o contrato no prazo e condições estabelecidas, é facultado à PREFEITURA convocar as outras proponentes na ordem de classificação para fazê-lo, com igual prazo e condições da proposta comercial vencedora, ou ainda revogar a licitação independentemente da cominação prevista no art. 81 da Lei Federal 8.666/93 e item 13.2 deste edital. 13.4. A licitação poderá ser revogada mesmo após a adjudicação, sem qualquer ônus ou responsabilidade à PREFEITURA em casos de inconveniência ou inoportunidade administrativa. 13.5. A Adjudicatária é obrigada a aceitar nas mesmas condições contratuais, os acréscimos ou supressões que se fizerem nas obras até 25% (vinte e cinco por cento) do valor inicial

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atualizado do contrato, mediante aditamento contratual de acordo com artigo 65, § 1º da Lei Federal nº. 8666/93. 13.6. A PREFEITURA, em todo tempo e sem qualquer ônus ou responsabilidades para si, independentemente de ação, notificação ou interpelação judicial, poderá, sem prejuízo das demais penalidades aplicáveis à contratada, rescindir o contrato, baseada nas Leis Federais 8.666/93 e 8.883/94, respeitando o princípio contraditório e ampla defesa. 14. DA GARANTIA E SANÇÕES 14.1. Será exigida a prestação de garantia de cumprimento de contrato, a ser ulteriormente celebrado com a empresa vencedora desta licitação, no valor de 5% (cinco por cento) do valor total do contrato, conforme Parágrafo 2º do Artigo 56, da Lei Federal nº. 8.666/93 e suas alterações posteriores, podendo o licitante optar por uma das seguintes modalidades: CAUÇÃO EM DINHEIRO, TÍTULO DA DÍVIDA PÚBLICA, SEGURO GARANTIA ou FIANÇA BANCÁRIA. 14.1.1. No caso da garantia ser por meio de seguro garantia ou fiança bancária, o prazo mínimo da garantia ofertada deverá ser de 9 (nove) meses. 14.2. A garantia deverá ser efetuada no prazo de 5 (cinco) dias úteis após notificação feita pela PREFEITURA à empresa vencedora desta licitação. 14.3. A restituição da garantia prestada pela Contratada, somente será liberada após a execução do contrato e o recebimento definitivo dos serviços pela PREFEITURA. 14.4. Caso o pagamento da garantia prestada seja efetuado em dinheiro, o recolhimento far-se-á por guia própria, vinculada em conta especial remunerada, em agência bancária a critério da PREFEITURA. 14.5. O não cumprimento de quaisquer exigências contidas na legislação em vigor ou nas condições contratuais pactuadas sujeitará a Contratada às penalidades e sanções previstas na Lei Federal nº. 8.666/93 e suas alterações posteriores, artigos 86 a 88, em especial: 14.5.1. Advertência, por escrito, sempre que verificadas irregularidades; 14.5.2. Multa de 5% (cinco por cento) sobre o valor da etapa ou etapas não concluídas nos prazos pactuados. 14.5.3. Multa de 10% (dez por cento) sobre o valor da medição da etapa em execução, pelo descumprimento de quaisquer das cláusulas deste Edital e do Contrato. 14.5.4. Multa de 10% (dez por cento) do valor do contrato pela rescisão contratual por inexecução total ou parcial do contrato; 14.5.5. Perda parcial ou total da Caução no caso de paralisação dos serviços ou rescisão contratual, em valor correspondente às penalidades aplicadas. 14.5.6. Suspensão temporária de participação em licitação e impedimento de contratar com a Administração, por até 02 (dois) anos; 14.5.7. Declaração de inidoneidade para licitar e contratar com a Administração Pública

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enquanto perdurarem os motivos determinantes da punição ou até que seja promovida a reabilitação na forma da Lei, perante a própria autoridade que implicou a penalidade. 14.6. A multa de que trata o subitem 14.5.2. deste Edital somente poderá ser relevada, quando os fatos geradores da penalidade decorrerem de casos fortuitos ou de força maior, que independam da vontade da Contratada e quando aceitos, justifiquem o atraso. 14.7. Na hipótese de aplicação de multa, é assegurado à PREFEITURA o direito de optar pela dedução do respectivo valor sobre qualquer pagamento a ser efetuado à empresa CONTRATADA ou se não tiver saldo, inscrever na Dívida Ativa do Município. 14.8. A aplicação das sanções poderá ser sequencial e cumulativa, conforme o caso. 15. DA DIREÇÃO E FISCALIZAÇÃO 15.1. Os serviços de que trata o presente edital serão dirigidos por engenheiro com registro no CREA, devendo o mesmo fazer parte do quadro permanente da empresa. 15.1.1. No prazo máximo de 5 (cinco) dias corridos contados da assinatura do contrato, a empresa contratada deverá encaminhar à fiscalização do MUNICÍPIO DE LINS, cópia da guia de recolhimento da ART (anotação de responsabilidade técnica) junto ao CREA-SP. 15.2. A fiscalização da PREFEITURA exercerá a mais ampla fiscalização e supervisão dos trabalhos referentes ao objeto licitado, sem prejuízo da responsabilidade do licitante contratado, designando para tanto engenheiro e/ou prepostos, devidamente credenciados, aos quais caberá fiscalizar em todos os seus aspectos a execução dos mencionados trabalhos. 15.3. A fiscalização terá acesso a todas as etapas e dependências referentes às operações de execução do objeto licitado, cabendo-lhe, ainda: 15.3.1. agir e decidir soberanamente perante a empresa contratada acerca da execução do objeto licitado, inclusive rejeitando os trabalhos que estiverem em desacordo com o projeto básico e proposta vencedora, com as normas de especificações ou com a melhor técnica consagrada pelo uso; 15.3.2. ordenar a imediata retirada do local dos equipamentos e dos materiais rejeitados, no máximo em 48 (quarenta e oito) horas, que possam dificultar a realização dos trabalhos referentes ao objeto licitado ou à fiscalização feita; 15.3.3. notificar por escrito a empresa contratada e comunicar seus superiores acerca de todas as ocorrências especificadas nos itens anteriores. 15.4. A Adjudicatária manterá, no local dos serviços, o diário de serviço ou diário de ocorrência, com todas as folhas devidamente rubricadas pelo seu representante e pela Fiscalização, onde serão registrados: 15.4.1. Pela Adjudicatária: a) as condições prejudiciais ao andamento dos trabalhos; b) as consultas à fiscalização;

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c) as data de conclusão das etapas no cronograma aprovado; d) os acidentes ocorridos no decurso do trabalho; e) números de empregados presentes; f) outros fatos que, a critério do responsável, devam ser anotados; 15.4.2. Pela Fiscalização: a) veracidade dos apontamentos efetuados pela Adjudicatária; b) soluções às condutas formuladas ou providências solicitadas; c) juízos ou restrições a respeito do andamento da obra; d) outros fatos que, a critério do responsável, devam ser anotados. 15.5. A Adjudicatária é obrigada a permitir a fiscalização dos materiais e da execução dos serviços, além de facultar o acesso a todas as partes dos serviços contratados. 15.6. É assegurado à FISCALIZAÇÃO o direito de ordenar a suspensão dos serviços, sem prejuízo das penalidades a que ficar sujeita a Adjudicatária e sem que esta tenha direito a qualquer indenização, no caso de não ser atendida dentro de 48 (quarenta e oito) horas, a contar da entrega da notificação correspondente, referente a defeito essencial em serviços executados ou em material posto no canteiro de obra. 15.7. A Adjudicatária obriga-se a retirar dos locais dos serviços, imediatamente, após o recebimento da notificação correspondente, qualquer empregado, tarefeiro, operário ou subordinado seu que, a critério da FISCALIZAÇÃO, venha a demonstrar conduta nociva, incapacidade técnica, ou mantiver atitude hostil para com os fiscais ou prepostos do CONTRATANTE. 16. DO REAJUSTE 16.1. Não haverá reajuste de preço para o presente objeto, exceto no caso de desequilíbrio econômico-financeiro, o qual deverá ser requerido e provado pelo CONTRATADO, em conformidade com a legislação vigente. 17. DO PEDIDO DE ESCLARECIMENTOS 17.1. A proponente poderá solicitar esclarecimentos através de correspondência protocolada no Setor de Protocolo da PREFEITURA MUNICIPAL DE LINS, aos cuidados da Comissão Permanente de Licitação e Cadastro de Fornecedores. 17.2. As consultas de esclarecimentos poderão ser formuladas até 05 (cinco) dias úteis antes da data final consignada para a entrega das propostas, devendo ser obrigatoriamente respondidas; 17.3. Caso a proponente não solicite esclarecimentos dentro do prazo legal, pressupõe-se que os elementos fornecidos são suficientemente claros e precisos, não cabendo, portanto, qualquer reclamação posterior.

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18. DOS RECURSOS ADMINISTRATIVOS 18.1. Dos atos da PREFEITURA praticados na presente Tomada de Preços, cabem os recursos previstos no artigo 109 da Lei Federal nº. 8.666/93 os quais, se interpostos, deverão observar o disposto nos incisos e parágrafos do mesmo artigo. 18.2. Os recursos deverão ser dirigidos ao Prefeito Municipal, protocolados no Setor de Protocolo e Serviços Gerais da PREFEITURA, aos cuidados da Comissão Permanente de Licitação e Cadastro de Fornecedores, em duas vias sendo a segunda via devolvida no ato, como recibo. 18.3. Não serão considerados os recursos que se baseiem em aditamento ou modificações da proposta, bem como sobre matéria já decidida em grau de recurso. 18.4. interposto o recurso, dele será dada ciência aos licitantes, que poderão impugná-lo no prazo de 05 (cinco) dias úteis; 18.5. É vedada a apresentação de mais de um recurso sobre a mesma matéria pela mesma empresa; 18.6. A decisão em grau de recurso será definitiva e dela dar-se-á conhecimento, por escrito, aos interessados. 19. DAS CONDIÇÕES GERAIS 19.1. A contagem dos prazos estabelecidos neste edital, deverá, estritamente, obedecer às disposições ao artigo 110, da Lei Federal nº. 8.666/93. 19.2. É facultada à Comissão ou Autoridade superior desta PREFEITURA, em qualquer fase da licitação, a promoção de diligência, destinada a esclarecer ou complementar instrução do processo licitatório, vedada a inclusão posterior de documento ou informação que deveria constar originariamente na proposta. 19.3. Os proponentes responderão pela veracidade dos dados e declarações por eles fornecidos, sob as penas da lei. 19.4. Não será permitida terceirização e a sub-empreitada do serviço, no todo ou em parte, sem a expressa anuência da PREFEITURA. 19.5. Correrão por conta e risco da Adjudicatária todas as despesas, inclusive os encargos trabalhistas, previdenciários, fiscais e comerciais resultantes da execução do contrato. 19.6. A CONTRATADA se obriga a tomar todas as precauções quanto a acidentes com seus funcionários e terceiros em geral, fornecendo todos os equipamentos necessários, sinalizações, respondendo também pelos terceiros contratados. 19.7. Até a assinatura do contrato, o licitante vencedor poderá ser desclassificado, se a PREFEITURA tiver conhecimento de fato desabonador à sua habilidade jurídica, regularidade fiscal, não apreciado pela Comissão, ou decorrente de fatos supervenientes, só conhecido após o julgamento;

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19.8. Ocorrendo a desclassificação do licitante vencedor por fatos referidos no item anterior deste Edital, a PREFEITURA poderá convocar os licitantes remanescentes por ordem de classificação, ou revogar a licitação; 19.9. Poderão ser constituídas comissões técnicas ou assessorias de livre escolha do Presidente da Comissão, feitas para assessorar a Comissão Permanente de Licitações em qualquer etapa do procedimento licitatório; 19.10. O licitante vencedor contratado deverá manter as condições de sua habilitação durante toda a vigência contratual. 19.11. Os casos omissos neste Edital serão resolvidos pela Comissão. 19.12. Edital completo com todos os anexos poderá ser obtido diretamente na PREFEITURA MUNICIPAL DE LINS, situada à Rua Olavo Bilac nº. 640, Sala 17, Centro, na cidade de Lins, Estado de São Paulo, no horário das 12:00 às 18:00 horas, pelo valor de R$ 69,25 (sessenta e nove reais e vinte e cinco centavos). 19.12.1 - Os interessados que solicitarem o edital por e-mail ([email protected]), ou retirarem o edital no site da Prefeitura Municipal de Lins (www.lins.sp.gov.br), estarão isentos do pagamento da taxa de expediente mencionada acima. 20. FAZEM PARTE DESTE INTEGRANTE DESTE EDITAL: 20.1. Minuta do contrato a ser firmado com a empresa vencedora; 20.2. Decreto nº 8.439, de 19 de janeiro de 2010, que constitui a Comissão Permanente de Licitação e Cadastro de Fornecedores para o exercício de 2010; 20.3. Projeto, memorial descritivo, planilha orçamentária e cronograma físico-financeiro; Para conhecimento público, expede-se o presente Edital, que é publicado por “Aviso de Licitação”, na imprensa oficial do Estado, na imprensa regional e afixado no local de costume no quadro de aviso de licitações do Paço Municipal.

Prefeitura Municipal de Lins – SP, 03 de setembro de 2010

WALDEMAR SÂNDOLI CASADEI Prefeito Municipal

__________________________________________ CUSTÓDIO MARCELINO DE JESUS

Presidente da Comissão Permanente de Licitação e Cadastro de Fornecedores Área solicitante: Secretaria Municipal de Urbanismo, Serviços e Obras Públicas

De acordo:_____________________________________________________

CLÁUDIA REGINA NUNES Secretária Municipal de Saúde

Registrado na Secretaria Municipal dos Negócios Administrativos.

_________________________________________ JOSÉ ROBERTO ALVES DE OLIVEIRA

Secretário Municipal dos Negócios Administrativos

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ANEXO C – Planilha Orçamentária da Prefeitura Municipal de Lins - 2011

PREFEITURA OBRA CONSTRUÇÃO POSTO DE SAÚDE 254,00 m²

MUNICIPAL DE LOCAL JARDIM TANGARA

LINS LOCAL RUA PEDRO AUGUSTO ARIANO N.º 220

BDI: 20,00%

CÓDIGO D E S C R I Ç Ã O UNID. QUANT. R$ UNIT. SEM BDI COM BDI

1 Serviços preliminares

1.1 Limpeza e raspagem da área com remoção de vegetação espessura 15 cm m² 1.379,15 0,49 675,78 810,94

1.2 Ligação provisória de água para obra e instalação sanitária provisória unid. 1,00 299,93 299,93 359,92

1.3 Ligação provisória de energia para obra unid. 1,00 899,80 899,80 1.079,76

1.4 Locação da obra, e execução de gabarito m² 254,00 5,67 1.440,18 1.728,22

1.5 Placa de obra 3,00 x 2,00 m m² 6,00 286,19 1.717,14 2.060,57

total do item 5.032,83 6.039,40

2 Terraplenagem

2.1 Corte e compensação m³ 415,00 4,46 1.850,90 2.221,08

total do item 1.850,90 2.221,08

3 Infra-estrutura

3.1 Estaca moldada in loco Ø 25 cm profundidade 10,00 metros m 540,00 42,77 23.095,80 27.714,96

3.2 Forma de madeira para infra estrutura m² 101,40 25,22 2.557,31 3.068,77

3.3 Concreto estrutural dosado em central FCK 20 mpa, inclusive lançamento m³ 7,60 387,44 2.944,54 3.533,45

3.4 Armadura de aço para estrutura geral CA 50 kg 760,00 6,06 4.605,60 5.526,72

total do item 33.203,25 39.843,90

4 Superestrutura

4.1 forma de madeira para estrutura m² 174,40 35,11 6.123,18 7.347,82

4.2 Concreto estrutural dosado em central FCK 20 mpa inclusive lançamento m³ 14,10 387,44 5.462,90 6.555,48

4.4 Armadura de aço para estrutura geral CA 50 kg 1.410,00 6,06 8.544,60 10.253,52

4.5 Laje treliçada h = 8 cm recobrimento 4 cm m² 254,00 74,08 18.816,32 22.579,58

total do item 38.947,01 46.736,41

5 Alvenaria

5.1

Alvenaria de vedação com tijolo cerâmico furado 9 x 19 x 19 cm espessura da parede 9 cm junta de 12 mm, traço 1:2:8 m² 647,10 27,80 17.989,38 21.587,26

total do item 17.989,38 21.587,26

6 Cobertura

6.1

Cobertura telha romana, inclusive madeiramento, cumeeira e rufo emboçamento c/ argamassa cimento cal e areia traço 1:2:8 m² 302,80 97,07 29.392,80 35.271,36

6.2 Cobertura em policarbonato espessura 8 mm com estrutura de alumínio m² 18,00 130,00 2.340,00 2.808,00

total do item 31.732,80 38.079,36

7 Revestimento parede interna, externa e laje

7.1 Chapisco com argamassa de cimento e areia traço 1:3 e = 5 mm m² 1.408,05 3,82 5.378,75 6.454,50

7.2 Emboço paulista massa única traço 1:2:9 m² 1.408,05 17,90 25.204,10 30.244,91

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7.3

Azulejo 20 x 20 cm assentado com cimento cola junta a prumo e rejuntamento m² 389,10 34,70 13.501,77 16.202,12

total do item 44.084,62 52.901,54

8 Esquadria de madeira

8.1

Porta de madeira, interna colocação e acab, folha batente, guarnição e ferragem 0,90 x 2,10 unid. 18,00 383,66 6.905,88 8.287,06

8.2

Porta de madeira, interna colocação e acab, folha batente, guarnição e ferragem 0,60 x 2,10 unid. 2,00 235,30 470,60 564,72

total do item 7.376,48 8.851,78

9 Esquadria de ferro

9.1 Vitro em caixilho de ferro basculante de 1,00 x 1,00 m, colocação e acabamento m² 12,00 182,55 2.190,60 2.628,72

9.2 Vitro em caixilho de ferro basculante de 2,00 x 1,10 m, colocação e acabamento m² 19,80 238,44 4.721,11 5.665,33

9.3

Porta de ferro completa com 2 folhas de aço reforçada lisa 0,90 x 2,10 colocação e acab. m² 3,78 169,06 639,05 766,86

9.4

Porta de ferro completa com 2 folhas de aço reforçada lisa 0,60 x 2,10 colocação e acab. m² 2,52 169,06 426,03 511,24

9.5

Porta de ferro completa com 1 folha de aço reforçada lisa 0,90 x 2,10 colocação e acab. m² 1,89 208,00 393,12 471,74

total do item 8.369,91 10.043,89

10 Vidros

10.1

Vidro comum fantasia, colocação em caixilho com , duas demãos de massa e= 4 mm m² 31,70 83,93 2.660,58 3.192,70

total do item 2.660,58 3.192,70

11 Pintura geral

11.1 Emassamento de parede interna e laje com massa corrida acrílica 2 demãos m² 622,92 11,85 7.381,60 8.857,92

11.2 Látex acrílica em parede interna e com duas demãos m² 622,92 11,91 7.418,98 8.902,77

11.3 Emassamento de parede interna com massa corrida a óleo com 2 demãos m² 93,80 12,24 1.148,11 1.377,73

11.4 Tinta óleo em parede interna em duas demãos m² 93,80 7,89 740,08 888,10

11.5 Emassamento de portas com massa a óleo 2 demãos m² 126,63 11,62 1.471,44 1.765,73

11.6

Tinta em esmalte em esquadria de madeira com duas demãos sem massa corrida m² 126,63 9,06 1.147,27 1.376,72

11.7 Pintura em esquadria metálica a esmalte em duas demãos m² 76,90 16,10 1.238,09 1.485,71

11.8

Pintura externa com revestimento texturizado de alta camada aplicada com desempenadeira m² 277,43 10,53 2.921,34 3.505,61

total do item 23.466,91 28.160,29

12 Instalação elétrica

12.1

Pontos de tomada e pontos de interruptor completo inclusive fiação e eletroduto unid. 85,00 79,78 6.781,30 8.137,56

12.2

Ponto de tomada para telefone com tomada para telefone caixa 4 x 2 com placa, eletroduto de PVC e tomada e fiação unid 4,00 99,27 397,08 476,50

12.3 Poste de concreto com padrão CPFL unid. 1,00 1.309,24 1.309,24 1.571,09

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completo com entrada subterrânea e entrada para telefone embutido em alvenaria

12.4

Quadro de distribuição de força e luz embutido em alvenaria c/ ate 24 disjuntores inclusive disjuntores unid. 1,00 496,76 496,76 596,11

12,.5 Comando para ventilador inclusive caixa de ligação 4 x2" unid. 4,00 38,00 152,00 182,40

12.6 Ventilador de teto 220 v incl caixa de ligação unid. 4,00 100,00 400,00 480,00

12.7

Luminária fluor completa c/ 1 lâmp de 20 w com reator eletrônico 220 V incl cx de ligação unid. 3,00 46,40 139,20 167,04

12.8

Luminária fluor completa c/ 2 lâmp de 40 w com reator eletronico220 V, incl cx de ligação unid. 36,00 75,44 2.715,84 3.259,01

12.9

Luminária fluo completa c/ 1 lâmp de 40 w com reator eletronico220 V, incl cx de ligação unid. 4,00 53,91 215,64 258,77

12.10

Para raio de latão cromado , cobre cromado ou aço inoxidável tipo franklin, completo unid. 1,00 425,79 425,79 510,95

12.11

Luminária refletora simples c/ 1 lâmpada vapor de sódio 250 w - completa e poste de aço cônico reto com altura livre de 9,00 m inclusive eletroduto e fiação unid. 4,00 1.148,33 4.593,32 5.511,98

12.12 Aparelho de ar-condicionado 14000 BTUs unid. 1,00 1.954,00 1.954,00 2.344,80

12.13 Aparelho de ar-condicionado 7500 BTUs unid. 5,00 977,00 4.885,00 5.862,00

12.14 Tomada para ar condicionado caixa, eletroduto, fiação e tomada unid. 6,00 132,83 796,98 956,38

total do item 25.262,15 30.314,58

13 Instalação hidridraulica

13.1

Cavalete de ferro d= 3/4"com abrigo dimensões 0,65 x 0,85 x 0,30 padrão a SABESP unid. 1,00 117,66 117,66 141,19

13.2 Tubo de PVC soldável marrom inclusive conexões Ø 25 mm m 136,30 10,56 1.439,33 1.727,19

13.3 Tubo de PVC soldável marrom inclusive conexões Ø 32 mm m 143,00 15,25 2.180,75 2.616,90

13.4 Registro de gaveta bruto Ø 1" inclusive conexões unid. 2,00 51,70 103,40 124,08

13.5 Registro de pressão Ø 3/4" c canopla - incl. Conexões unid. 2,00 55,34 110,68 132,82

13.6 Registro de gaveta c/ canopla Ø 3/4"inclusive conexões unid. 9,00 54,93 494,37 593,24

13.7 Torneira cromada 3/4" para jardim padrão alto fornecimento e instalação unid. 2,00 56,58 113,16 135,79

13.8 Torneira bóia Ø 3/4" unid. 1,00 44,29 44,29 53,15

13.9 Reservatório retang. Brasulflex CRFS capacidade de 1000 litros unid. 1,00 278,42 278,42 334,10

total do item 4.882,06 5.858,47

14 Metais, peças e acessórios

14.1 Bacia acoplada de louça branca c/ tampa e acessórios unid. 5,00 236,80 1.184,00 1.420,80

14.2

Bacia acoplada de louça branca c/ tampa e acessórios e barra de apoio em duas paredes unid. 1,00 869,55 869,55 1.043,46

14.3 Ducha higiênica cromada unid. 1,00 287,88 287,88 345,46

14.4 Balcão de laminado melamínica com divisória 1,25 x 0,40 m e divisórias unid. 1,00 678,57 678,57 814,28

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14.5

Lavatório de louça cor branca s/ coluna com torneira de ferro cromado válvula de ferro cromado, e sifão de ferro cromado unid. 4,00 124,95 499,80 599,76

14.6 Bebedouro elétrico 220 v unid. 1,00 688,04 688,04 825,65

14.7 Saboneteira de louça 7,5 x 15,00 cm unid. 2,00 28,98 57,96 69,55

14.8 Porta papel de louça unid. 6,00 34,62 207,72 249,26

14.9

Bancada de granito cinza andorinha 1,50 x 0, 54 m com 2 cuba de inox, torneira de ferro, cromado Válvula americana e sifão unid. 1,00 631,01 631,01 757,21

14.10

Bancada de granito cinza andorinha 1,90 x 0,54 m com cuba de louça, sifão e torneira de ferro cromado unid 1,00 583,25 583,25 699,90

14.11

Bancada de granito cinza andorinha 1,20 x 0,54 m com cuba de louça, sifão e torneira de ferro cromado unid 3,00 415,80 1.247,40 1.496,88

14.12

Bancada de granito cinza andorinha 2,00 x 0,54 m com cuba de louça, sifão e torneira de ferro cromado unid 1,00 594,12 594,12 712,94

14.13

Bancada de granito cinza andorinha 2,40 x 0,54 m com cuba de louça, sifão e torneira de ferro cromado válvula americana e sifão unid 1,00 683,28 683,28 819,94

14.14

Bancada de granito cinza andorinha 2,40 x 0,54 m com 2 cubas de louça, sifão e torneira de ferro cromado unid 1,00 831,62 831,62 997,94

14.15

Bancada de granito cinza andorinha 1,40 x 0,54 m com cuba de louça, sifão e torneira de ferro cromado unid 1,00 460,39 460,39 552,47

14.16 Bancada de granito cinza andorinha 1,40 x 0,54 m unid 2,00 312,05 624,10 748,92

14.17 Balcão de granito cinza andorinha em curva 4,00 x 0,40 m unid 1,00 891,56 891,56 1.069,87

total do item 11.020,25 13.224,30

15 Rede de esgoto

15.1 Tubo PVC esgoto PB soldável Ø 40 mm inclusive conexões m 50,00 15,17 758,50 910,20

15.2 Tubo PVC esgoto PB soldável Ø 50 mm inclusive conexões m 20,00 20,79 415,80 498,96

15.3 Tubo PVC esgoto PB soldável Ø 100 mm inclusive conexões m 95,00 30,32 2.880,40 3.456,48

15.4 Caixa sifonada de PVC rígido Ø 150 x150 x 50 mm unid. 10,00 24,36 243,60 292,32

15.5 Ralo de PVC, rígido seco 100 x 50 x 40 mm unid. 1,00 12,46 12,46 14,95

15.6 Caixa de inspeção (60x60x60 cm) em alvenaria de 1 tijolo unid. 15,00 107,25 1.608,75 1.930,50

total do item 5.919,51 7.103,41

16 Incêndio

16.1 Extintor de água pressurizada 10 litros unid. 1,00 161,29 161,29 193,55

16.2 Extintor de pó químico cap. 4 kg unid. 3,00 141,69 425,07 510,08

total do item 586,36 703,63

17 Serviços Externos

17.1

Alambrado c/ tela de arame galvanizado malha quadrangular 5x5 fio 12 altura 2 m fixado em mourão de concreto armado quadrado curvo c furos 2,60 = 0,40 m o alambrada será fixado em canaleta de concreto m 145,05 90,94 13.190,85 15.829,02

17.2 Portão de correr com estrutura tubular unid. 1,00 1.005,57 1.005,57 1.206,68

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de ferro galvanizado Ø 11/2" com fechamento de tela de arame galvanizado malha quadrangular 5,x 5 cm fio 12 (4,00 x 2,00)

17.3

Portão de correr com estrutura tubular de ferro galvanizado Ø 11/2" com fechamento de tela de arame galvanizado malha quadrangular 5 x 5 cm fio 12 comp. 2,00 x h= 2,00 m unid. 1,00 502,00 502,00 602,40

17.4

Piso rústico em concreto espessura 7 cm em quadro de 2,00 x 2,00 com junta de dilatação m² 325,00 53,93 17.527,25 21.032,70

17.5 Calçada externa em concreto Fck 15 mpa espessura 5 cm em volta do prédio m² 50,50 25,59 1.292,30 1.550,75

17.6

Passeio público em concreto Fck 15 mpa controlo tipo C inclusive preparo de caixa m² 127,25 25,59 3.256,33 3.907,59

17.7

Abrigo para compressor em alvenaria alt. 1,00 - comp. 1,20 - largura de 0,60 m e uma portilhola de grade de ferro em 2 folhas com suporte para cadeado unid. 1,00 362,83 362,83 435,40

17.8

Abrigo para lixo em alv. altura 2,00 - comp. 2,00 - largura de 0,60 m e um portão de 2 folhas de 1,00 x 2,00 de alumínio, chapiscada, rebocado, azulejada por dentro, laje e pint. Externa inid. 1,00 1.706,57 1.706,57 2.047,88

17.9 Divisor de solo de borracha cor verde m 50,00 4,90 245,00 294,00

17.10 Grama tipo batatais em placas de 50 x 50 cm inclusive preparo de solo m² 681,65 14,58 9.938,46 11.926,15

17.11 Pedrisco cor branco espessura 5 cm m³ 2,00 101,02 202,04 242,45

17.12 Palmeira Seafortia altura de 2,00 x em cava de 80 x 80 x 80 cm unid. 4,00 92,46 369,84 443,81

17.13 Plantio de forração Maria sem vergonha em canteiro de 25 cm de profundidade m² 24,00 20,68 496,32 595,58

17.14 Pintura de faixa para estacionamento (piso) m 50,00 4,65 232,50 279,00

total do item 50.327,85 60.393,42

18 Diversos

18.1

Instalação de tubulação de cobre Cl "E" 54 mm c/ conexões p/ oxigênio inalação 3 unidades m 12,30 50,42 620,18 744,21

total do item 620,18 744,21

19 Limpeza final de obra

19.1 Limpeza geral da edificação m² 254,00 1,06 269,24 323,09

total do item 269,24 323,09

20 Piso Interno

20.1

Lastro impermeabilizado de concreto não estrutural e=6cm regularizado para assentamento de Piso cerâmico esmaltado m² 245,90 31,79 7.817,16 9.380,59

20.2

Piso cerâmico esmaltado 33 x 33 cm, PI 5 sobre base regularizada com argamassa de cimento, cal e areia sem peneirar 1:0,5:5 e=2,5 cm incluindo rejuntamento e rodapé m² 227,90 54,46 12.411,43 14.893,72

20.2

Piso cerâmico esmaltado 33 x 33 cm, PI 5 sobre base regularizada com argamassa de cimento, cal e areia sem peneirar 1:0,5:5 e=2,5 cm incluindo rejuntamento e rodapé m² 18,00 54,46 980,28 1.176,34

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total do item 21.208,88 25.450,65

21 Projetos

21.1

Projetos, estrutural, elétrico, hidrosanitário, cobertura e projeto para aprovação na PML unid. 1,00 5.500,00 5.500,00 6.600,00

total do item 5.500,00 6.600,00

Total geral 340.311,13 408.373,36

Data:Lins 20 de abril de 2011 SINAPI Data: (março de 2011)

Marco Aurelio Mirandola Engenheiro Civil

CREA – 5060046754/D

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ANEXO D – Memorial Descritivo

MEMORIAL DESCRITIVO Assunto: Construção de Posto de Saúde da Família Local Jardim Tangará. Rua Pedro Augusto Ariano n.º 220. Área a construir: 254,00 m². SERVIÇOS A SEREM EXECUTADOS 1. Instalação do Canteiro de Obras A contratada providenciará junto às concessionárias locais as instalações de água e esgoto, energia elétrica, bem como arcará com o consumo durante a execução da obra. A contratada fornecerá e afixará em lugar visível placa de identificação da mesma nas dimensões e com informações exigidas pelo órgão fiscalizador. Deverá ser executado um gabarito nivelado, em todo o perímetro da obra, de sarrafos de 2cm x 10cm fixados em pontaletes de 5cm x 6cm a cada 3,00m fixos no solo. Deverá ser fornecido pela construtora uma placa de obras medindo 1,50 x 3,00m, com os dizeres fornecidos pela Prefeitura. 2 Limpeza e Aterro de Terreno: O serviço de terraplenagem deverá ser feito pela empresa ganhadora do certame seguindo o projeto arquitetônico e deverá ser bem compactado. 3 Execução de Infra-estrutura: A execução das fundações deverá respeitar o projeto estrutural, e constituir-se-ão de: a) estacas: serão moldadas in loco manualmente com diâmetro médio de 25cm e profundidade média de 10,00m. Deverá ser executado com concreto fck=20 mpa no mínimo, armadas com 04 barras de aço tipo CA 50 – diâmetro 8mm com comprimento mínimo de 3,00m corridos, estribadas a cada 20 cm com barras de aço tipo CA 60-diâmetro de 5mm em toda a sua extensão. O arranque mínimo das brocas deverá ser de 50 cm, a partir da cota de arrasamento das mesmas; b) blocos e vigas baldrames: Deverá proceder-se a escavação manual em valas de terra até a profundidade máxima de 50cm. Posteriormente dever-se-á executar a regularização de fundo de vala com apiloamento manual, maço de 30kg, e posterior lançamento de brita números 1 e 2 com espessura mínima de 5 cm, também apiloada; execução de formas com tábuas de cedrilho travadas reutilizáveis no máximo 5 vezes como modelador da geometria das vigas baldrames e blocos. Armadura em aço CA 50 nas dimensões, posições e formas especificadas em projeto próprio; concreto preparado, lançado e adensado de acordo com as normas brasileiras, com resistência mínima aos 28 dias de l5 MPA; a impermeabilização será executada com argamassa de cimento e areia no traço l:3 com dosagem de no mínimo l00 kg de impermeabilizante “VEDACIT” ou similar por metro cúbico de argamassa pronta, com espessura mínima de 2,0 cm no respaldo das peças estruturais e a cada l5 cm nas faces laterais

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em toda a extensão. Proceder-se-á então a pintura com trincha de “NEUTROL” ou similar em 2 demãos. Após a execução destes serviços, deverá ser executado o aterro apiloado de valas. 4 Superestrutura A confecção de pilares, vigas comuns e vigas aparentes deverá obedecer rigorosamente as especificações de projetos executivos, seguindo as orientações das normas da ABNT. Primeiramente deverá ser executado a caixaria em formas de tábuas ou chapas plastificadas, conforme necessidade, que deverão ser tomados alguns cuidados especiais, tais como: a- utilizar cimento da mesma marca e partida; b- utilizar de agregados de coloração uniforme e de mesma procedência ; c- reforçar os painéis de forma de modo a evitar deformações nos alinhamentos ou

superfícies. d- Planejar as interrupções no lançamento do concreto; e- Perfeitas vedações e limpeza de modo a permitir a não fuga de nata de cimento; f- Tratar a superfície das formas com desmol, ou similar, para facilitar a desforma e obter

melhor acabamento; g- As formas já usadas deverão ser rigorosamente limpas de concreto velho, isentas de

pregos e parafusos; h- Tratamento de concreto aparente

- eliminação de eventuais rebarbas; - estucamento de eventuais nichos; - lixamento de superfície.

Nos locais onde o concreto não for aparente utilizar-se-á formas de cedrilho para estrutura reutilizáveis duas vezes no mínimo. Posicionar-se-á então a armadura de forma a obedecer as especificações de projeto. Executar-se-á então o lançamento, aplicação e adensamento do concreto estrutural pré-misturado. O concreto estrutural deverá apresentar fck mínimo de 20 Mpa. - Execução do forro de laje pré-moldada (treliça): A laje a ser utilizada deverá ser a do tipo forro pré-moldada, altura total acabado 12cm. Com sobrecarga de 200 Kgf/m² devidamente armada no sentido perpendicular ao posicionamento dos trilhos, ocasionando o perfeito funcionamento do concreto estrutural que deverá ser capeamento mínimo de 4cm. O concreto deverá ser pré-misturado com fck mínimo de 20 Mpa. Todo o escoramento deverá ser rigorosamente verificado, evitando-se assim possíveis recalques prejudiciais à estética da obra; 5 Alvenaria: As paredes externas e internas deverão ser executadas em tijolos cerâmicos de boa qualidade do tipo 8 furos com dimensões de 9xl9xl9cm e tijolo maciço comum maquinado, assentados com argamassa de cimento, cal e areia no traço l:2:8, com rejuntamento máximo de l5 mm. Vergas: sob e sobre todos os vãos de janelas e portas, deverão ser pré-moldados em concreto com resistência mínima de 18 MPA, armadas longitudinalmente com aço CA 50B, diâmetro 8mm. As extremidades da armadura deverão ser dobradas em gancho; transversalmente, a verga deverá ser estribada a cada l5 cm com aço CA 60B-diâmetro 5mm. As dimensões deverão ser: largura igual à parede; comprimento igual à largura do vão mais 30cm de cada lado no mínimo e altura igual a l0 cm no mínimo. 6 Cobertura

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A alvenaria de elevação dos oitões e o fechamento lateral deverão ser executados em tijolos cerâmicos de 8 furos com dimensões de 9x19x19cm, assentados com argamassa de cimento, cal e areia no traço 1:2:8 e rejuntamento máximo entre peças de 15mm; Em complementação ao travamento destes painéis, deverão ser confeccionados pilares e cintas de travamento. Os pilares obedecerão as dimensões e especificações de execução estabelecidas a eles desde a infra-estrutura. As cintas de travamento deverão ser executadas em toda a extensão do respaldo dos oitões e deverão ser confeccionadas em concreto fck=20 Mpa, com dimensões de 10x10cm, armadas com aço de 2 diâmetro CA 50B 6,3mm corridos; Execução de estrutura de madeira:

A estrutura deverá ser em madeira peroba do norte, nas bitolas comerciais, com as dimensões mínimas comprovadas por ensaios, e seguindo rigorosamente as normas de segurança. A cobertura deverá ser em telha cerâmica do tipo romana, devidamente afixadas. Nos locais necessários utilizar-se-á em peças adequadas do mesmo material de telha. A inclinação da cobertura será de 32%. Deverá ser executado rufo nos locais necessários. Observar atentamente aos cortes para execução apropriada dos beirais e aparelhar e lixar o madeiramento que estiver aparente. Execução de estrutura metálica: A execução deverá seguir o projeto de cobertura fornecido pela contratada. A estrutura de cobertura frontal, deverá conter: pilares metálicos para apoio da estrutura. Perfis de alumínio afixados nos pilares e na parede da fachada com inclinação de 10%. A cobertura da varanda será com placas de Policarbonato de 1,5x1,5m, na cor de acordo com a pintura da fachada. 7 Revestimento de parede interna, externa e laje Considerações Gerais: Deverão ser executados somente após o término e testes das instalações e conclusão da cobertura. As superfícies a serem revestidas deverão ser limpas e molhadas a fim de evitar gorduras, vestígios orgânicos (limo, fuligem, etc.) e outras impurezas que possam acarretar desprendimento futuros. Argamassa deverá ser preparada mecanicamente, salvo quando a quantidade for insuficiente para justificar o processo. Sua duração de emassamento será pelo menos de 90 minutos, a contar do momento em que todos os componentes da mistura, inclusive água, tenham sido lançados. Será aplicada massa corrida em toda área interna que receberá pintura em látex. Todas as paredes internas, exceto área de espera e corredores, serão revestidas com azulejo até 2,00m de altura. Estas que sobraram, serão revestidas com tinta esmalte até a mesma altura: 2,00m. Em todos os cantos expostos que estejam revestidos com azulejo, e nos cantos de aberturas de portas sem batentes, deverão ser assentadas cantoneiras de alumínio até a altura de 2,00 m a contar do piso. Chapisco

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Composição:

Argamassa executada no traço volumétrico 1:3 com teor mínimo de 486 Kg/m³ de argamassa. Fator água/cimento na proporção ideal, observando que: a) cimento de fabricação recente; b) areia isenta de argila, gravetos, impurezas orgânicas, etc. diâmetro máximo de 2,4 mm; c) água limpa isenta de óleos, ácidos, alcalinidade, etc.. Execução A superfície destinada a receber chapisco comum será limpa a vassoura e abundantemente molhada antes de receber a aplicação do mesmo. Considera -se insuficientemente molhadas as superfícies projetando-se água com auxílio de vasilhames. A operação terá de ser executada, para atingir o seu objetivo, com emprego de esguicho de mangueira. Deverá ser executada quantidade de mescla conforme as etapas de aplicação a fim de se evitar o início de seu endurecimento antes do emprego. A argamassa deverá ser utilizada no máximo de 2 horas e meia a partir do contato da mistura com a água e desde que não apresente quaisquer vestígios de endurecimento. O excedente da argamassa que não aderir a superfície não poderá ser reutilizado, sendo expressamente vedado remassá-la. Emboço / Reboco desempenado (1x) Composição Argamassa executada no traço volumétrico de 1:2: 8 de cal e areia fina com adição de 158Kg/m³ de mistura previamente preparada. a) cimento dentro da data de validade; b) areia isenta de argila, gravetos, impurezas orgânicas, etc. diâmetro máximo de 2,4 mm; c) água limpa isenta de óleos, ácidos, alcalinidade, etc.. d) cal hidratada; Execução Os materiais de mescla deverão ser dosados a seco. A argamassa deverá ser utilizada no máximo 2,5 horas a partir do contato da mistura com a água e desde que não apresente quaisquer vestígios de endurecimento. Deverão ser utilizadas guias mestras para sarrafeamento, espaçadas no máximo em 2,00m aprumadas e alinhadas. A argamassa deverá ser aplicada em camada de espessura uniforme, nivelada e fortemente comprimida sobre a superfície a ser revestida, atingindo a espessura máxima de 2,0cm. As cantoneiras deverão ser chumbadas antes da execução dos serviços de revestimento para a proteção das arestas que deverão ser bem definidas e vivas. Todo o painel de revestimento corresponde a uma parede que deverá ser executado de uma só vez; os andaimes deverão ser retirados tão logo termine a execução da parte superior da parede, para a execução da parte inferior cuidando especialmente do prumo nesta transição. O acabamento da superfície será executado com régua de alumínio (sarrafeado) e desempenadeira de madeira (desempeno). Com a colocação de régua de 2,00m, não poderão haver afastamentos maior que 4,00m para pontos intermediários, e 8,00m para os pontos e desvios de prumo superior a 3,00mm/m. 8 Esquadrias de Madeira

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- Portas de madeira de 35mm, revestidas em ambas as faces com folha de fibra de madeira

prensada de 3,2 mm para receber pintura. - Reforço de madeira para colocação de fechadura nas duas faces. - Terão batentes e guarnições em peroba. Acessórios - Dobradiças zincadas; 3 x 2 ½’ fixados no batente. - Fechadura de latão tipo de embutir d= 55mm. Maçaneta de latão tipo alavanca. - Roseta de latão de forma redonda. - As portas terão protótipo comercial, em chapa lisa de imbuía ou similar. As dobradiças,

rosetas, maçanetas, serão La fonte ou similar. - Ao serem instaladas, as portas deverão apresentar folga constante em relação ao piso de 8

mm. 9 ESQUADRIAS METÁLICAS A fixação dos caixilhos será feita com grapas de ferro em calda de andorinha, chumbadas na alvenaria com argamassa de cimento e areia traço 1:3 e espaçadas não mais que 60cm sendo que terá um número mínimo de duas grapas para cada lado. Os vãos livres de espaçamento entre perfis não deverão ultrapassar 15cm em uma das direções por motivo de segurança. As esquadrias de ferro antes de serem colocadas levarão tratamento com pintura antiferruginosa. Os cantos dobrados da báscula deverão ser rebatidos para perfeito esquadrejamento. As folgas verticais e horizontais deverão ser uniformes em toda a esquadria. Os caixilhos com peças móveis serão devidamente protegidos contra infiltração de águas, devendo os requadros externos ser obrigatoriamente executados com ferro T completados com perfil L, formando conjunto “cadeirinha”. Caixilhos de correr dotado de pingadeira e extravasor inferior. As esquadrias deverão obedecer rigorosamente, quanto a sua localização e execução as indicações do projeto. As portas externas serão executadas em chapa dupla de aço reforçado, com colocação de vidro acima de 60cm. 10 COLOCAÇÃO DE VIDROS Os serviços de envidramento deverão ser executados de acordo com o projeto nas áreas indicadas, sendo que a sua espessura será determinada em função das áreas das aberturas, distância do mesmo em relação ao piso vibração e exposição a ventos fortes e dominantes. Os vidros serão do tipo liso, não poderão apresentar bolhas, lentes, ondulações, rachaduras e deverão ser do mesmo tipo do vidro já instalado no local. As placas de vidro não deverão apresentar defeitos de corte (beira das lascas, pontas salientes, cantos quebrados corte em bisel), e nem apresentar folga excessiva com relação a requadros de encaixe. Antes da colocação dos vidros nos requadros dos caixilhos estes serão bem limpos e lixados. Assentamento da chapa de vidro será efetuado com massa de vidraceiro em duas demãos a qual deverá ser composta normalmente, acrescentando-se o pigmento adequado. 11 PINTURA DE PAREDES INTERNA, EXTERNA, ESQUADRIAS DE MADEIRA, ESQUADRIA METÁLICA E ESTRUTURAS METÁLICAS

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Descrição: Acabamento final para dar proteção e acabamento nas paredes, elementos metálicos de madeira e outros. Considerações Gerais: As tintas especificadas deverão ser tipo “preparado e pronto para uso”, em embalagem original e intacta, recomendando-se apenas uso de solvente adequado. Não serão aceitos adição de secantes, pigmentos, ou qualquer outro material estranho a menos quando especificado ou para caiação e pintura látex. As superfícies a serem pintadas deverão estar secas (a menos de especificações em contrário), limpas, retocadas e lixadas, sem partes soltas, mofo, ferrugem, óleo, graxa, poeira ou outras impurezas. Deverão ser evitados os escorrimentos e salpicos, nas superfícies não destinadas a pintura. Pintura látex em Duas Demãos – paredes internas As paredes internas deverão receber selador acrílico em duas demãos. Aplicar líquido selador sobre superfície preparada e pronta, diluído a água 10 % para fundo com rolo, ou pistola nas paredes novas. Nas paredes internas, abaixo de 1,5 m aplicar esmalte sintético seguindo rigorosamente as instruções do fabricante, utilizando pistola ou rolo. Pintura Texturizada de alta camada – paredes externas terão aplicação de textura. As paredes externas deverão receber selador acrílico em duas demãos ou mais se necessário sobre reboco novo, diluído a água 10 % para fundo com rolo. Sobre a pintura de selador será aplicada textura de alta camada, de primeira linha, nas cores listadas abaixo; Pintura Esmalte em Duas Demãos – Esquadrias de Ferro As superfícies de metal deverão ser preparadas com lixamento e lavagem do pó com removedor, eliminando-se toda ferrugem; os vestígios de óleo ou graxa deverão ser eliminados com solvente, aplicando-se a seguir uma demão de primer antiferruginoso. Aplicar a tinta com rolo de espuma, pincel e pistola em duas demãos ou mais se necessário, sobre base pronta, observando as proporções de: 1ª demão, diluir com 15 % de solvente e as demais com 10 % de solvente. Pintura Esmalte – Portas de madeira. Na superfície, já preparada com uma demão de fundo selador para madeira, aplicar uma demão primária, seladora de acordo com o material a ser pintado. Após secagem de base, deverão ser aplicadas 2 a 3 demãos de tinta esmalte, com espaçamento mínimo de 12 h entre cada uma. 12 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS A execução deverá seguir o projeto de instalações elétricas fornecido pela Contratada e as normas da ABNT e CPFL. Os disjuntores serão do tipo monopolar, bipolar e, conforme necessidades dos quadros QM, devendo ser de fabricação “Eletromar” ou similar.

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Os eletrodutos serão de polietileno e PVC rígidos, conforme necessidade com parede de espessura conforme a normalização específica, estes deverão ser embutidos nos pisos e paredes. As caixas metálicas serão do tipo embutir de formato retangular, quadrada ou oitavada, conforme necessidade, de fabricação P. Thomeu ou similar. O aterramento deverá ser executado em haste Copperveld com diâmetro 5/8’ x 3m, com conector apropriado. As luminárias internas serão do tipo calha tubular com lâmpadas fluorescentes de 20W e 40W com reatores eletrônicos de partida rápida AFP 2 x 40W, conforme necessidade. Todas as luminárias deverão ser entregues completas incluindo-se as lâmpadas de marca PHILLIPS ou similar. Os fios e cabos deverão ser de marca “Pirelli” ou similar, do tipo “Pirastic”, isolação

termoplástica de 750 W e 70 C. As cores padronizadas deverão ser utilizadas para a distinção de fase, retorno, neutro e terra. Instalação de pára-raios tipo Franklin completo, seguindo as normas da ABNT e da CPFL. 13 INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS, ÁGUA FRIA E ESGOTO. A execução deverá seguir o projeto hidro-sanitário e de combate a incêndio fornecido pela Contratada e as normas da ABNT e SABESP. As especificações técnicas dos equipamentos, peças, conexões e dispositivos a seguir são genéricos e tentam servir de subsídio para a aquisição dos mesmos, que deverão ser de primeira qualidade, novos e perfeitos e obedecendo as especificações da ABNT. Tubos e Conexões de PVC – água fria e esgoto A tubulação de água fria deverá ser em PVC rígido conforme especificações da EB 892/ABNT e estanques à pressão de 7,50 kgf/ cm², com diâmetro externo nominal em mm. As conexões nos pontos de consumo deverão ser azuis, tipo solda e rosca metálica. Referências: Tigre, Brasilit e Fortilit ou similar. A tubulação de esgoto deverá ser em PVC branco, tipo ponta e bolsa, ou bolsa e bolsa para esgoto secundário. Nos locais indicados em projeto, onde houver necessidade de colocação de bebedouros, deverão ser construídas novas instalações de rede de água e esgotos, e interligá-las à rede existente no prédio. Caixas sifonadas, caixas secas e prolongamentos de PVC Deverão ser de PVC rígido injetado, com dimensões nominais indicadas no projeto, com possibilidade de ajuste de prolongamento. Os prolongamentos deverão ser do mesmo material das caixas. Referência: Tigre, Brasilit ou similar. Nos locais cujas caixas sifonadas estiverem desprovidas de tampas, deverá ser providenciado o seu fechamento. 14 Metais, peças e acessórios As louças deverão ser da linha Deca, Celite ou Ideal Standart. As bacias sanitárias, lavatórios, mictório e tanque s/ coluna deverão ser da marca Cipla ou similar. As papeleiras e saboneteiras também em louça na mesma cor. As peças em granito deverão ser do tipo cinza andorinha com espessura mínima de 3,0cm . A linha de torneiras para cozinha, lavagem, lavatório, pia e tanque deverão ser cromadas na marca Deca ou similar. As torneiras para jardim deverão ser amarela na bitola- diâmetro ¾’. Os registros de gaveta deverão ser amarelos com a respectiva canopla.

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Os registros de pressão deverão ser cromados com a respectivas canoplas. As válvulas de descarga com registro deverão ser da marca Deca, Hidra ou similar. Os porta toalhas deverão ser cromados e o conjunto deverá ser acompanhado de 5 ganchos para recebimento de vestiário. Os filtros d’água serão em polietileno alto impacto cartucho filtrante fibra de celulose, resina melamínica densidade de 5 micra, vazão recomendados. Deverão estar embutidos no preço dos bebedouros. O cavalete com hidrômetro deverá estar no padrão SABESP completo.

A cuba simples deverá ser de aço inox tipo n 304 ( 400 x 340 x 140mm).

A cuba dupla deverá ser de aço inox tipo n 304 – dupla ( 800 x 400 x 250mm). Todos os engates flexíveis e sifões deverão ser metálicos ajustando-se perfeitamente à todas as peças sanitárias. 15 Rede de esgoto A tubulação de água fria deverá ser em PVC rígido conforme especificações da EB 892/ABNT e estanques à pressão de 7,50 kgf/ cm², com diâmetro externo nominal em mm. As conexões nos pontos de consumo deverão ser azuis, tipo solda e rosca metálica. Referências: Tigre, Brasilit e Fortilit. A tubulação de esgoto deverá ser em PVC branco, tipo ponta e bolsa, ou bolsa e bolsa para esgoto secundário. 16 Incêndio Posicionar os extintores listados em planilha orçamentária de acordo com as normas da ABNT e Corpo de Bombeiros. 17 SERVIÇOS EXTERNOS Cercamento da obra em mureta com altura de 60 centímetros composta de duas fiadas de blocos de concreto pré-moldado e a ultima fiada com bloco tipo canaleta para engaste da tela de alambrado e mourões em concreto pré-moldado com espaçamento máximo de 2,50 metros. Portão em estrutura tubular de ferro galvanizado e fechamento de tela de arame galvanizado, de correr em 2 folhas de 4 metros de largura por dois metros de altura o que dá acesso ao estacionamento, e 2 metros de largura e 2 metros de altura o acesso de pedestres. Calçada em cimentado ao redor de todo o terreno com 2 metros de largura. Calçada de 1 metro de largura ao redor de toda a edificação. Piso rústico em concreto, executado conforme delimitado em projeto de implantação. Plantio de grama, arbustos e forrações: seguir rigorosamente projeto. 18 Diversos Instalação de tubo de cobre para ar-comprimido para sala de nebulização e odontologia. Execução de abrigo para lixo séptico na área externa, com acesso para recolhimento. 19 LIMPEZA FINAL Para a limpeza deverá ser usado de modo geral água e sabão neutro; o uso de detergentes, solventes e removedores químicos deverão ser restritos e feitos de modo a não causar danos nas superfícies ou peças.

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Todos os respingos de tintas, argamassas, óleos, graxas e sujeiras em geral deverão ser raspados e limpos. Os pisos cimentados e ardósia, azulejos, vidros, aparelhos sanitários, etc., deverão ser totalmente lavados. As ferragens cromadas em geral, após limpas com removedor adequado, deverão ser polidas com flanela seca. O entulho, restos de materiais, andaimes e outros equipamentos da obra deverão ser totalmente removidos. 20 PISO INTERNO E EXTERNO Materiais destinados a construção e revestimentos de pisos em áreas internas e externas da construção. Considerações Gerais: As sub-bases (solo) deverão estar totalmente limpas e prontas para execução do contrapiso na espessura de 5cm. Todos os serviços de tubulação enterrados deverão ser executados antes do preparo da sub base (elétrica, hidráulica, gás e etc.). Os contrapisos deverão ser executados de forma a garantir superfícies contínuas, planas, sem falhas e perfeitamente niveladas obedecendo aos níveis indicados no projeto arquitetônico. A utilização de cada piso deverá estar de acordo com o projeto de arquitetura. Só serão iniciados os serviços de assentamentos de pisos após a execução de todos os serviços de revestimentos de paredes e lajes. Todos os pisos serão deverão ter declividade mínima de 0,1 % em direção a ralos e portas externas, essa declividade deverá ser dada no contrapiso ou no piso quando a dimensão da área assim permitir. No caso de piso de natureza diferente, em áreas contínuas a soleira deverá ser do mesmo material do piso que estiver do lado interno da porta quando fechada. Nas áreas de contato direto, piso interno e externo com diferença de nível, deverá ser executada cinta de tijolos comuns assentados com argamassa mista de cimento e areia no traço 1:3 com 10% de impermeabilizante sobre o peso de cimento iniciando 20cm abaixo do nível inferior acabado, respaldando no contrapiso acabado do nível interior. Revestimento de piso interno A utilização de cada piso deverá estar de acordo com o projeto de arquitetura. Só serão iniciados os serviços de assentamentos de pisos após a execução de todos os serviços de revestimentos de paredes. Todos os pisos laváveis deverão ter declividade mínima de 0,1 % em direção a ralos e portas externas, essa declividade deverá ser dada no contrapiso ou no piso quando a dimensão da área assim permitir. O piso deverá ser em cerâmica PEI 4 ou superior, com argamassa pré-fabricada de cimento colorante, inclusive rejunte com juntas de 5mm. Composição Camada de argamassa executada no traço volumétrico 1:3, cimento e areia com aditivo impermeabilizante na proporção de 20 Kg por metro cúbico de argamassa observando que: a) cimento dentro do prazo de validade; b) areia isenta de argila, gravetos, impurezas orgânicas, entre outros e diâmetro máximo dos grãos de 2,4 mm c) água limpa isenta de óleos, ácidos e alcalinidade. d) Aditivo impermeabilizante dentro da validade e especificações do fornecedor.

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Regrados com juntas em material plástico (polietileno) de 1,5mm x 3mm, com tamanhos de 1,20m x 1,20m ou menor conforme divisão de área. Execução: Base existente deverá ser perfeitamente limpa e abundantemente lavada no momento do lançamento do cimentado o qual será inteiramente constituído por uma camada de argamassa de 1,5cm de espessura. A superfície deverá ser dividida em painéis com juntas de polietileno alinhadas colocadas juntamente com a execução do revestimento. Para garantia da linearidade e alinhamento das juntas deverá ser utilizado um gabarito. Deverão ser previstas declividades de 0,1% em direção as portas ou pontos de saída de água e 1% para o último quadro junto aos lados vazados do ambiente. A superfície final deverá ser desempenada e alisada com desempenadeira de aço após polvilhamento com cimento. As juntas deverão ficar aparentes, lixando quaisquer irregularidade e qualquer desnível até 2,0 cm entre pisos contínuos, deverão ter as arestas boleadas evitando cantos vivos. As superfícies dos cimentados serão cuidadosamente curadas, devendo ser conservadas úmidas durante os sete dias que sucederem sua execução e o trânsito sobre a mesma interrompido por dois dias. 21 PROJETOS COMPLEMENTARES Ganhadora do certame deverá fornecer os projetos complementares, ante do inicio da obra.

Lins, 16 de março de 2010

Marco Aurélio Mirandola Engenheiro Civil

CREA n° 5060046754/D

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ANEXO E – Projeto Arquitetonico Posto de Saúde Jardim Tangará em Lins/SP.

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ANEXO F – Construção Posto de Saúde Jardim Tangará em Lins/SP.

Foto do canteiro de obra da construção do Posto de Saúde Jardim Tangará em Lins/SP

Placa de identificação de obra da construção do Posto de Saúde Jardim Tangará

Foto da obra da construção do Posto de Saúde Jardim Tangará em Lins/SP já concluída.

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ANEXO F – Certificado de Acervo Técnico – CREA-SP

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