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Ano IX - Número 101 - Junho de 2015 Educação dos filhos Os conselhos de Dom Bosco 7 O Espírito Santo Esse desconhecido está entre nós 5 Oração Apostolado não é feito só de ação 11 8 de dezembro: abertura do Ano Santo da Misericórdia WWW.PAROQUIASANTATERESINHA.COM.BR em ação Padrinho afetivo Você pode ser um também 16

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Ano IX - Número 101 - Junho de 2015

Educação dos filhos

Os conselhos de Dom Bosco

7

O Espírito Santo

Esse desconhecido está entre nós

5

Oração

Apostolado não é feito só de ação

11

8 de dezembro: abertura do Ano Santo da Misericórdia

WWW.PAROQUIASANTATERESINHA.COM.BR

em ação

Padrinho afetivo

Você pode ser um também

16

EditOrial Chuva dE rOSaS

Pela força do Senhor e louvores à Santa Teresi-nha, nas provações reconhecer uma palavra, um gesto, revelam a perseverança na fé e no

mistério da graça alcançada. Assim veio a inter-cessão de Santa Teresinha para Eliana Maria Rossi – por uma rosa entregue por Antonio Santos Coe-lho, cheia do amor e benção de Santa Teresinha, a graça se realizou. Eliana e Antonio são membros da Pastoral Familiar da Paróquia Santa Teresinha.

“Eu comecei a frequentar a paróquia Santa Te-resinha há mais ou menos 5 anos. Nessa época eu morava no Ipiranga e comecei a frequentar alguns eventos acompanhando o Antonio, meu namora-do e frequentador da paróquia há muitos anos.

Mudei para o bairro de Santa Teresinha há três anos e comecei a frequentar mais assiduamente, me tornando inclusive membro da pastoral fami-liar, da qual gosto muito.

Em setembro do ano passado, minha irmã Silvana fez uma cirurgia. Tudo correu bem, mas poucos dias depois, começou um sangramento pelo corte. Ela estava tomando antibióticos, mas

mesmo assim o sangramento não passava. Com isso veio o medo e a preocupação de ter que fazer uma outra cirurgia. Numa quinta-feira fomos, eu e o Antonio, na Adoração ao Santíssimo como faze-mos toda semana e eu pedi com muita fé a Santa Teresinha que ajudasse minha irmã a se recuperar. Não recordo se foi no dia seguinte ou na semana seguinte, convidei o Antonio para jantar em casa e qual não foi a minha surpresa ao abrir a porta e vê-lo trazendo uma rosa de Santa Teresinha para mim.

Ele não sabia do meu pedido para a Santinha. Tomei isso como um sinal de que minha graça se-ria alcançada e realmente, minha irmã começou a melhorar, o sangramento foi diminuindo, o corte cicatrizou e tudo ficou bem!

Sou profundamente grata a Santa Teresinha por essa graça que nem a minha irmã sabe que re-cebeu.

E que nossa querida Santa Teresinha possa fa-zer cair essa Chuva de Rosas sobre todos aqueles que a ela recorrerem com fé!”

Tudo começa em Deus e na Igreja

Apoiaram esta edição:Recolast Ambiental 3437-7450Bolos da Guria 2978-8581e outros 6 apoiadores

Horários das MissasSegundas-feiras, às 16h30 e 19h30De terça a sexta, às 8h e 19h30Aos sábados, às 8h e às 16hAos domingos, às 7h30, 9h30, 11h, 18h e 19h30

Adoração: todas as quintas, 8h e 19h30 e, nas primeiras sextas do mês, às 7h30

Horário da secretaria:De segunda à sexta, das 8h às 12h e das 13h às 19h30

Aos sábados, das 8h ao 12h e das 13h às 18hTel. (11) 2979-8161

2 • Santa Teresinha em Ação

ExPEdiEntE em ação

O Jornal Santa Teresinha Em Ação reserva-se o direito de condensar/editar as matérias enviadas como colaboração. Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião do jornal, sendo de total responsabilidade de seus autores.

Capa: Abertura da Porta Santa pelo Papa João Paulo II por ocasião do Jubileu extraordinário da Redenção em 1983 Foto: Gianni Giansanti

Santa Teresinha Em Ação Publicação da Paróquia Santa Teresinha – Arquidiocese de São Paulo – Região Episcopal SantanaDistribuição interna, sem fins lucrativos.

Paróquia: Praça Domingos Correia da Cruz, 140,Santa Terezinha - Cep.: 02405-06 0 - São Paulo - SPTel.: (11) 2979-8161Site: www.paroquiasantateresinha.com.brDiretor: Pe. Camilo Profiro da Silva, SDBJornalista responsável: Daya Lima - MTb 48.108Egom Editora e Comunicação (11) 3263-1124Arte e diagramação: Toy Box Ideas

Pesquisa: PASCOMRevisão: PASCOMFotos: PASCOM e Banco de ImagensImpressão: Gráfica AtlânticaTel. (11) 4615-4680Tiragem: 3.000 exemplaresemail:[email protected]

Misericórdia!Mais do que uma simples palavra utiliza-da geralmente como uma expressão de es-panto, essa conjunção das palavras latinas “miseris, cor” e “dare”, tem o significado de “dar o coração àqueles que são vítimas da miséria”. Naturalmente sempre nos condoemos quando vemos pessoas mesmo desconhe-cidas, em situação de penúria, sofrimento corporal ou espiritual e isso demonstra nossa boa natureza, sendo que se somos cristãos, ainda maior é nosso sentimento de solidariedade. No entanto, mui-tas vezes, na roda-viva de nossos afazeres, esse sentimento aflora e rapidamente é suplantado por outras preocupações, sem que te-nhamos possibilidade de nos deter numa reflexão que nos leve a atitudes mais eficazes no combate à miséria alheia. Sabendo disso, nosso querido Papa Francisco vem então chamar nossa atenção para esse sentimento, proclamando um Ano Santo da Misericórdia, que tem seu significado apresentado em nossas páginas centrais. Uma das formas apresentadas de se viver a misericórdia é dar de comer aos famintos e sobre isso nos fala também nosso amigo Pe. Anderson Bizarria, em sua reflexão sobre a Campanha da Frater-nidade 2015, na página 6. A misericórdia está intimamente ligada ao Sacramento da Reconciliação e ao perdão obtido ou dado. Esses conceitos estão perfeitamente entrosados em nossa vida profissio-nal, social, familiar, enfim em todos os âmbitos possíveis e eles po-dem ser a solução para diversas situações que surgem na vida de cada um, como nos alerta Rose Meire em sua coluna E Agora, na página 7. Já na mesma página, nossos amigos da Pastoral Familiar, relembram Dom Bosco e a forma misericordiosa que ele recomen-dava aos relacionamentos pais e filhos. E se misericórdia tem tudo a ver com o coração, o melhor exemplo que podemos ter é o Sagrado Coração de Jesus, fonte da misericórdia divina e que celebramos neste mês de junho, conforme nos lembra Pe. Rafael na coluna da Família Salesiana, da página 10. E se pela misericórdia somos exor-tados a atender as necessidades de outrem, não só pela ação se faz esse atendimento. Também pela oração ele se apresenta, e nisso, temos em nossa paróquia “gente especializada” que conhecemos lendo a página 11. Finalmente, junho também é mês de festa, ou melhor de festas, as juninas, de cujas origens nos lembra nossa ju-ventude em sua página 13 e diante de tanto assunto, nós desejamos a todos, uma boa leitura e até o mês que vem.

SC Carlos R. Minozzi

[email protected]

facebook.com/pascomst

Palavra dO PaStOr

Se me perseguiram...

Palavra dO PárOCO

O rosto da misericórdiaesus Cristo é o rosto da misericór-dia do Pai. O mistério da fé cristã parece encontrar nestas palavras a sua síntese. Tal misericórdia

tornou-se viva, visível e atingiu o seu clímax em Jesus de Nazaré”. Assim co-meça a carta com a qual o Papa Francis-co convoca para toda a Igreja o Jubileu Extraordinário da Misericórdia.

Ao iniciarmos o mês de junho, dedi-cado ao Coração de Jesus, nada melhor do que escutarmos o que o nosso su-premo Pastor nos diz sobre o amor mi-sericordioso do Salvador. “Precisamos sempre de contemplar o mistério da misericórdia. É fonte de alegria, sere-nidade e paz. É condição da nossa sal-vação. Misericórdia: é a palavra que re-vela o mistério da Santíssima Trindade. Misericórdia: é o ato último e supremo pelo qual Deus vem ao nosso encon-tro. Misericórdia: é a lei fundamental

que mora no coração de cada pessoa, quando vê com olhos sinceros o irmão que encontra no caminho da vida. Mi-sericórdia: é o caminho que une Deus e o homem, porque nos abre o coração à esperança de sermos amados para sempre, apesar da limitação do nosso pecado”.

A misericórdia, como podemos per-ceber, é quase como um resumo de toda a ação de Deus em Jesus Cristo. É, para todos nós, fonte de alegria e ao mesmo tempo de compromisso. Nos consola e nos faz ver o quanto necessitamos estar atentos às necessidades e sofrimentos de nossos irmãos. “’É próprio de Deus usar de misericórdia e, nisto, se manifes-ta de modo especial a sua onipotência’. Estas palavras de São Tomás de Aqui-no mostram como a misericórdia divi-na não seja, de modo algum, um sinal de fraqueza, mas antes a qualidade da

omnipotência de Deus. É por isso que a liturgia, numa das suas coletas mais an-tigas, convida a rezar assim: ‘Senhor, que dais a maior prova do vosso poder quan-do perdoais e Vos compadeceis…’ Deus permanecerá para sempre na história da humanidade como Aquele que está pre-sente, Aquele que é próximo, providente, santo e misericordioso”.

Viver intensamente este Jubileu, acompanhando as indicações que a Igreja nos oferece, será para todos nós um meio seguro de crescimento seja comunitário, seja pessoal. Anunciar-mos com todos os meios que temos à disposição o amor misericordioso de Deus há de ser a nossa grande alegria.

“Misericordiosos como o Pai é, pois, o ‘lema’ do Ano Santo. Na misericórdia, temos a prova de como Deus ama. Ele dá tudo de Si mesmo, para sempre, gra-tuitamente e sem pedir nada em troca. Vem em nosso auxílio, quando O invo-camos”. Invoquemos, então, Deus mise-ricordioso. Sejamos praticantes da Pa-lavra e fiéis filhos e filhas da Igreja.

Um abraço carinhoso a todos.

Pe. Camilo P. da Silva, sdb

Pároco

www.facebook.com/cpsdb

Temos acompanhado, através dos meios de comunicação, a terrível tragédia de tantos irmãos nossos, cristãos, perseguidos e martirizados porque professam a fé em Jesus Cristo

O fato de homens e mulheres, dis-cípulos missionários, terem sido assassinados porque cometeram

o “delito” de amar, professar e anunciar Jesus Cristo, morto e ressuscitado, foi e é uma constante na caminhada da Igreja.

Há outro martírio que acompanha a Igreja desde o seu nascimento e é muito próximo de nós que não tem como con-sequência imediata a morte do discípulo missionário, mas pode trazer o desalento

e a perda do entusiasmo no anúncio da alegria do Evangelho e da participação na vida das Comunidades: o martírio da perseguição. Jesus já havia alertado seus discípulos sobre esta forma de martírio, quando disse: ‘O servo não é maior que o seu senhor. Se me perseguiram, perse-guirão a vós também’ (Jo 15,20).

Sofrem deste martírio milhares de discípulos missionários cheios do Espí-rito Santo e do amor de Deus. Homens e mulheres, de todas as idades, mem-bros das Comunidades, os quais são perseguidos no dia a dia porque sim-plesmente dizem que creem em Deus, participam de uma Comunidade de fé e trabalham na ação missionária da Igreja.

A perseguição que vem sorrateira

e altamente venenosa apresenta-se de muitas maneiras: às vezes através da in-sistência de membros da família ou de amigos para que você deixe a missão e se dedique mais à família, aos próprios interesses para estar mais com os amigos (que amigos?); outras vezes, através de questionamentos perniciosos, como: o que você vai ganhar com isso? Ninguém pensa em você; e você, por que continua com essa atividade? Noutras ocasiões, se apresenta através da afronta, porque ao saber que você é católico de coração, participa ativamente da Igreja como pe-diu Jesus, critica abertamente a Igreja, as instituições das Comunidades e o seu modo de viver a fé, deixando sem pala-vras qualquer pessoa sensata.

O ódio do mundo e a perseguição, não significam a ausência de Deus; fa-zem parte da vida do discípulo missio-nário como fez parte da vida do Mes-tre. Nesta hora, é fundamental voltar os olhos e o coração para as palavras de Jesus: ‘se o mundo vos odeia, sabei que

primeiro odiou a mim. Se fôsseis do mundo, o mundo vos amaria como ama o que é seu; mas, porque não sois do mundo, e porque eu vos escolhi do meio do mundo, por isso o mundo vos odeia’ (Jo 15,18-19).

O mundo nos odeia, logo vai continu-ar no combate contra a fé, contra o anún-cio missionário e contra o seu trabalho na Comunidade, mas não sairá vitorioso. Em meio às pequenas ou grandes per-seguições, dos de longe ou das pessoas próximas, mantenha o pé firme na Co-munidade e na missão que lhe foi con-fiada, porque ‘Eles vão combater contra o Cordeiro, mas o Cordeiro, Senhor dos Senhores e Rei dos reis, os vencerá, e tam-bém serão vencedores os que com ele são chamados, eleitos, fiéis’ (Ap 17,14).

Dom Sergio de Deus Borges

Vigário Episcopal para a Região Santana

facebook.com/sergio.borges.56211

O ódio do mundo e a perseguição, não significam a ausência de Deus; fazem

parte da vida do discípulo missionário como fez parte da vida do Mestre

“Misericórdia é a lei fundamental que mora no coração de cada pessoa, quando vê com olhos

sinceros o irmão que encontra no caminho da vida”

Santa Teresinha em Ação • 3

“J

Guardar domingos e festas de guarda

Também o terceiro mandamento está ligado ao primeiro: quem ama a Deus respeita o Dia do Senhor, pois

também o tempo pertence a Deus. No An-tigo Testamento o dia dedicado a Deus era o sábado. “Lembra-te de santificar o dia do sábado. Trabalharás durante seis dias e farás todos os trabalhos, mas o sétimo dia é sábado, descanso dedicado ao Senhor teu Deus. Não farás trabalho algum” (Êxo-do 20,8-10).

O sábado lembrava ao povo de Israel:– a criação do mundo: “O Senhor

fez em seis dias o céu e a terra, o mar e tudo o que eles contêm; mas no sétimo dia descansou. Por isso, o Senhor aben-çoou o dia do sábado e o santificou” (Êxodo 20,11);

– a libertação da escravidão do Egi-to: “Lembra-te de que foste escravo no Egito, mas o Senhor teu Deus te tirou de lá com mão forte e braço estendido. É por isso que o Senhor teu Deus ordena que guardes o sábado” (Deuteronômio 5,15);

– a Aliança: “Os israelitas guardarão o sábado, observando-o por todas as gerações como aliança perpétua” (Êxo-do 31,16).

Quanto ao trabalho, o sábado se des-

tina também ao descanso. A pausa nos trabalhos “será um sinal perpétuo entre mim e os israelitas. Pois em seis dias o Senhor fez o céu e a terra, e no sétimo parou para respirar” (Êxodo 31,17). As-sim, o agir de Deus é modelo do agir humano. “Também o homem deve ‘fol-gar’ e deixar que os outros, sobretudo os pobres, ‘retomem fôlego’ (cf. Êxodo 23,12). O sábado faz cessar os trabalhos cotidianos e concede uma pausa. É um dia de protesto contra as escravidões do trabalho e o culto do dinheiro” (Catecis-mo da Igreja Católica n. 2172).

Diversas vezes Jesus foi acusado de violar a lei do sábado; na verdade, po-rém, nunca o profanou. Com pena dos sofredores, curou doentes, isso sim, ou atendeu a necessidades urgentes das pessoas. “Num dia de sábado, Jesus passou pelas plantações de trigo. Seus discípulos estavam com fome e come-çaram a arrancar espigas para comer. Vendo isso, os fariseus disseram-lhe: ‘Olha, os teus discípu los fazem o que não é permitido fazer em dia de sábado’ Jesus respondeu:... Se tivésseis chegado a compreender o que significa, ‘Eu que-ro a misericórdia e não sacrifícios’, não condenaríeis inocentes. De fato, o Filho

do Homem é Senhor do sábado” (Ma-teus 12,1-3.7).

Os cristãos passaram a dedicar ao Senhor o dia de Domingo, palavra que significa precisamente “do Senhor”. O motivo está no fato de Jesus ter res-suscitado no dia seguinte ao sábado. O Domingo pode ser o primeiro dia da se-mana, e nesse caso recorda o início da criação do mundo; pode ser também o oitavo dia, e então lembra a nova cria-ção inaugurada pela ressurreição de Jesus.

Os primeiros cristãos celebravam o Domingo: reuniam-se para ouvir a Pa-lavra de Deus e celebrar a Eucaristia. “Eles eram perseverantes em ouvir o ensinamento dos apóstolos, na comu-nhão fraterna, na fração do pão (este era o nome dado à Eucaristia) e nas ora-ções [...] Perseverantes e bem unidos, frequentavam diariamente o templo, partiam o pão (Eucaristia) pelas casas e tomavam a refeição com alegria e sim-plicidade de coração. Louvavam a Deus e eram estimados por todo o povo” (Atos dos Apóstolos 2,43.46-47).

Respeitar o Dia do Senhor e reser-vá-lo para adorar a Deus é o grande ato de amor a Deus, pedido pelo terceiro

mandamento. Por isso, a Igreja deter-mina: “O domingo, dia em que por tra-dição apostólica se celebra o Mistério Pascal, deve ser guardado em toda a Igreja como dia de festa de preceito por excelência” (Código de Direito Canôni-co c. 1246,1). Com essa norma, a Igreja entende ligar gravemente a consciência dos fiéis; infelizmente, muitos católicos a ignoram e não se sentem culpados por causa disso. Entretanto, é fundamental para o cristão consagrar ao Criador um dia por semana e compreender que o trabalho (e o dinheiro...) não é tudo na vida.

Ao longo dos séculos, a Igreja esta-beleceu também outros dias especiais de culto ao Senhor, os “dias santos de guarda”, que podem variar de lugar para lugar. No Brasil, os dias santos ao longo da semana são somente quatro: Natal, Corpus Christi, Santa Mãe de Deus (1º de janeiro) e Imaculada Conceição (8 de dezembro). Não há outros.

Dom Hilário Moser, SDB

Bispo Emérito de Tubarão - SC

[email protected]

OS 10 MandaMEntOS

4 • Santa Teresinha em Ação

Segundo o Catecismo da Igreja Católica2181. A Eucaristia dominical fundamenta e sanciona toda a prática cristã. É por isso

que os fiéis têm obrigação de participar na Eucaristia nos dias de preceito, a menos que

estejam justificados, por motivo sério (por exemplo, doença, obrigação de cuidar de

crianças de peito) ou dispensados pelo seu pastor (104). Os que deliberadamente faltam

a esta obrigação cometem um pecado grave.

2182. A participação na celebração comum da Eucaristia dominical é um testemu-

nho de pertença e fidelidade a Cristo e à sua Igreja. Os fiéis atestam desse modo a sua

comunhão na fé e na caridade. Juntos, dão testemunho da santidade de Deus e da sua

esperança na salvação. E reconfortam-se mutuamente, sob a ação do Espírito Santo.

2183. “Se for impossível a participação na celebração eucarística por falta de minis-

tro sagrado ou por outra causa grave, recomenda-se muito que os fiéis tomem parte na

liturgia da Palavra, se a houver na igreja paroquial ou noutro lugar sagrado, celebrada se-

gundo as prescrições do bispo diocesano, ou consagrem um tempo conveniente à oração

pessoal ou em família ou em grupos de famílias, conforme a oportunidade” (105).

na COla dO PaPa

Papa Francisco recebeu em audiência

200 crianças, filhas de presidiários.

Abraçou uma a uma, lancharam e,

depois, ele foi ao pátio brincar com elas.

EStrEia 2015

Como Dom Bosco: viver com os jovens!O convite provocador da Estreia

do Reitor Mor, Pe. Ángel Fer-nández Artime, em seu quarto

capítulo, é afirmar, com eloquência e motivação, a todos os membros da Família Salesiana, que o ponto de par-tida do trabalho pastoral salesiano é a inserção no meio dos jovens e assim se expressa: “o nosso fazer carne e sangue (ENCARNAR) do carisma sa-lesiano é VIVER COM OS JOVENS, es-tar com eles e entre eles, encontrá-los na sua vida cotidiana, conhecer o seu mundo, amar o seu mundo, animá-los a serem protagonistas da própria vida, despertar o seu sentido de Deus, in-centivá-los a viverem com metas ele-vadas”.

Viver e estar com os jovens para orientá-los as fazer opções por metas cada vez mais elevadas, que focam na-quilo que permite a verdadeira felici-dade. Mas também faz bem estar com os jovens para não perder a exuberân-cia e o amor pela vida. A juventude é uma fase belíssima da existência, não que as outras não sejam. Cada idade

tem sua beleza e fecundidade natural, no entanto, há uma magia e uma for-ça que encanta nessa fase da vida. De modo geral, há um anseio quase que

premente, na maioria das pessoas, de ser jovem ou de eternizar a juventude e é mais fácil perpetuar isso quando se está entre os mais jovens. Tem até

uma linda canção que diz que “O ros-to de Deus é jovem também/ e o so-nho mais lindo é ele quem tem./ Deus não envelhece, tampouco morreu,/ continua vivo no povo que é seu./ Se a juventude viesse a faltar/ o rosto de Deus iria mudar.” Que profundida a música quer nos ajudar a perceber se-não as características de Deus que são as mesmas de um jovem? Deus é ami-go, companheiro, fortaleza, energia, sabedoria, luz, abertura, dinamismo, Vida, é a novidade que surpreende sempre. A música retrata bem, Deus têm características de jovem. E a meta do ser humano é se assemelhar cada vez mais ao seu Criador.

Fazendo um confronto com tudo isso, constata-se que Dom Bosco quer os seus no meio dos jovens por esses dois motivos, os quais veremos em nossa próxima edição.

Ir. Adair Aparecida Sberga - FMA

facebook.com/asberga

Santa Teresinha em Ação • 5

CaMinhO dE EMaúS

Enquanto comemorávamos o mês de maio, dedicado pela Igreja à Mãe de Deus, ocorreu a Solenidade de Pen-

tecostes. É claro que a festa não passou despercebida e as comunidades paro-quiais se voltaram com afinco para a cele-bração. Tudo o que se refere a Deus deve ser meditado a qualquer momento, in-dependente se antes ou depois das festas litúrgicas comemorativas. Aproveitamos este espaço para um comentário sobre a Pessoa do Espírito Santo.

Nosso irmão Odilo Denicol que já se encontra na Casa do Pai costumava dizer que O Espírito Santo é o “grande esqueci-do” parafraseando a fala de vários Papas contemporâneos.

O Espírito Santo não pode ser um des-conhecido para o cristão. Há de se medi-tar o orar muitas vezes àquele que desde antes da formação do Universo “pairava

sobre as águas.” (Gn1,2).O que credencia o homem a ser dife-

rente dos outros seres vivos é a presença da alma animando o corpo. O homem re-cebe do próprio Deus o sopro de vida e se torna um vivente (Gn 2,7). Neste, que é o maior milagre da criação o homem torna-se um ser feito à imagem e semelhança do próprio Deus. Assim como a alma é para o corpo, o Espírito Santo é para a Igreja. Jesus Cristo é a cabeça, nós somos o corpo e o Espírito Santo é a alma vivificante que conserva a unidade do Corpo Místico de Cristo. È possível que o cristianismo tenha sofrido influência do pentecostalismo no inicio do século XX que pregava ser o Es-pírito Santo mais importante na Igreja do que o próprio Jesus. Não podemos cair nesse erro e precisamos entender que a grande missão do Espírito Santo é a de revelar Jesus e esclarecer-nos sobre Ele.

O próprio Jesus anuncia esta verdade: “Eu rogarei ao Pai e ele vos dará um ou-tro Paráclito, para que fique eternamente convosco. É o Espírito da verdade que o mundo não pode receber, porque não o vê e nem o conhece.”(Jo 14,15)

Assim como o Espírito Santo iluminou a vida de santos e mártires Ele nos ilumina e nos leva ao conhecimento cada vez mais profundo sobre a Pessoa de Jesus Cristo. Fez isto com os apóstolos no dia de Pente-costes. Do momento em que os apóstolos receberam a unção do Espírito pelo sinal da língua de fogo já não houve mais medo ou duvidas. Saíram do local corajosamente compromissado com sua missão. Com co-ragem e fé Pedro faz um forte discurso de-nunciando os responsáveis pela morte de Jesus e anuncia a Ressurreição deixando perplexos os que se aproximavam do Ce-náculo. Foi tão forte a reação do discurso

que muitos perguntaram: “o que devemos fazer?”. Pedro respondeu: “Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus para remissão dos vossos pecados e recebereis o dom do Espírito Santo...”

Recentemente o Papa Francisco repe-tiu que o Espírito Santo é o grande esque-cido na vida dos cristãos. Alertemo-nos. Rezemos sempre ao Espírito Santo: invo-cando-o ao levantar; quando nos prepa-ramos para uma decisão; antes de uma pregação ou ensino catequético; quando precisamos de paz interior; quando nos alegramos, quando estamos em dúvida e com a fé esmorecida ou vacilante.

Paulo Henriques

[email protected]

www.facebook.com/paulo.henriques.3192

O Espírito Santo

CF 2015

Eu viM Para SErvir

Dai-lhes vós mesmos de comer (Lc 9,13)A perspectiva de engajamento social que a CF 2015 apresenta nos levou, nessas últimas edições, ao questionamento sobre nossa postura evangelizadora em nossa realidade social contemporânea

O texto base nos recorda que “a Igre-ja Católica exerce sua solicitude social por meio de várias pastorais e organis-mos. Com estes serviços, a Igreja procu-ra transformar efetivamente a sociedade brasileira pela incidência das ações das pastorais sociais. Lembramos a pastoral do idoso, carcerária, da saúde, do me-nor, dos pescadores, do povo de rua, en-tre outras. Elas expressam a solicitude e o cuidado de toda a Igreja nas situações

de marginalização, exclusão e injustiça.” (n.67)

Essas iniciativas históricas e já consoli-dadas devem ser estímulos para cada um de nós e também devem nos questionar sobre o nosso índice pessoal de compro-metimento com a realidade social que nos circunda. Quanto e onde temos deman-dado nosso tempo pessoal em empenhos pastorais que visam contribuir para a transformação social?

Muitas vezes compreendemos pouco ou mal essas iniciativas pastorais que po-demos até chamar de “pastorais de fron-teiras” e, por isso, desperdiçamos oportu-nidades de também nos empenharmos missionária e significativamente em ações de transformação social.

Empenharmo-nos em ações como

essas além de contribuir para o estabele-cimento de uma organização social que valorize e favoreça os nossos irmãos que se encontram em situação de vulnera-bilidade responde ao apelo de Jesus aos seus discípulos: “dai-lhes vós mesmos de comer”, eis o imperativo do comprometi-mento com o outro.

O comer aqui deve ser entendido como a atenção aquilo que nossos irmãos mais precisam. A autêntica vida de fé cris-tã sempre se expressou qualitativamen-te pela ação. Hoje, infelizmente vivemos num contexto social fortemente marcado pela indiferença.

Portanto, empenharmo-nos em pasto-rais de fronteiras, especialmente hoje, for-talece a profecia da Igreja. E a mensagem principal não está no auxílio material de

seus destinatários, mas justamente a do combate a essa mentalidade de indiferen-tismo. Demandar tempo, empenhar dons pessoais em benefício de outrem, para nosso tempo anuncia-se como uma ação de contraposição da mentalidade geral.

Como Jesus gerou nos discípulos certo desconforto ao solicitar-lhes o empenho no comprometimento com o povo que os seguia, também a nós o Senhor quer de-sinstalar, para que transformemos a reali-dade em que vivemos em primeiro lugar pela mudança da mentalidade, da indi-ferença ao compromisso com os irmãos, pois o outro, a pessoa, deve ser o mais im-portante em nosso agir pastoral-profético.

Pe. Anderson Bizarria da Costa, sdb

[email protected]

6 • Santa Teresinha em Ação

Instituto PIVI ajuda crianças e adolescentes há mais de 20 anosObjetivo da entidade, sem fins lucrativos, é resgatar e dar oportunidade de vida para aqueles que tiveram direitos violados ou ameaçados

Não são poucas (Graças a Deus!) as entidades que trabalham na contramão do governo e, de fato,

exercem um trabalho sério e efetivo no que diz respeito à ajuda para crianças e adolescentes vulneráveis. O Instituto PIVI (Projeto de Incentivo à Vida), que existe desde 1993, atua no entorno do bairro do Mandaqui, na Zona Norte de São Paulo, e promove ações educativas e de cuidados para a família, visando à superação das limitações impostas pelo meio social à crianças e adolescentes.

“Atuar na área de assistência social visando efetivar o processo de inclu-são social, resgatar, promover e formar

crianças, adolescentes e jovens em si-tuação de vulnerabilidade pessoal e so-cial, que tiveram seus direitos violados ou ameaçados, buscando a auto-reali-zação e preparação para o futuro, bem como o exercício consciente de sua ci-dadania. Há 20 anos o Instituto PIVI, vem atuando na contramão dos proble-mas sociais e contribuindo para a me-lhoria da condição de vida das crianças e adolescentes da região. Atualmente são atendidas gratuitamente aproxi-madamente 100 crianças, adolescentes e jovens, em regime integral e parcial, além do acolhimento institucional, encaminhados pelo Poder Judiciário e Conselho Tutelar.”

Para se ter uma ideia do trabalho, dentro da PIVI é oferecido cursos gra-tuitos e profissionalizantes, esporte, tardes de atividades para as crianças, Natais solidários, Festas Juninas e etc.

Tudo com ajuda de parceiros e colabo-radores.

De acordo com a entidade, existem várias formas de ajudar. Uma delas é com doação de dinheiro, com depósito bancário ou pagamento via PagSeguro

(pagamento via internet). Mas também pode-se doar produtos, ser voluntário, destinar os recursos da Nota Fiscal Pau-lista para a entidade e outros.

Para saber mais, www.pivi.org.br ou pelo telefone (11) 2953-5158

Santa Teresinha em Ação • 7

E agOra?

E a FaMília, COMO vai?

Um terceiro personagem

C asados há algumas décadas L. e P. caminhavam sob sol forte, brisas suaves e revigorantes e

tempestades de um casamento. Mas, sempre juntos sobreviviam e seguiam tendo por meta principal a subsistên-cia da família e a educação dos filhos.

Algumas vezes sufocada pelas exi-gências cotidianas, pela rotina mas-sacrante, a relação do casal sem que fosse percebido, ficava em segundo plano.

E tudo seguia no “automático”, num ciclo rotineiro de compromissos, ações, e até afeições que eram expres-sas de forma tão automática quanto frias. Foi num desses momentos que entrou um terceiro personagem...

A nova estagiária era divertida, atenciosa, atraente, interessante. Com ela não haviam cobranças ou assuntos sobre problemas com os filhos, contas

a pagar, reparos da casa, ela nunca ti-nha uma crítica ou descontentamento a fazer. Pelo contrário era só elogios e olhares sedutores para ele. E isso fa-zia com que ele se sentisse vivo ! “Ah ! Sinto aquele frio na barriga novamen-te! Que enfadonho voltar para a casa e ter que enfrentar sempre a mesmice”, pensava P.

Com L. também acontecia um jogo de sedução, o colega de trabalho re-parava em seu novo corte de cabelo, continuamente a incentivava profis-sionalmente, estava sempre atento ao seu vestuário e sempre com um galan-teio, divertido estar a seu lado a fazia sentir-se desejada, atraente e mais leve. E virtualmente também relacio-navam-se.

E assim a tentação da traição vinha assolando o imaginário do casal..

A traição é uma das forças mais dis-

sociadoras no lado emocional de um casamento. Depois da perda de um filho e da morte de pessoas próximas, a traição aparece em terceiro lugar nos estudos sobre grandes dores. Di-laceradores, ciúme e infidelidade são questões que sempre estiveram pre-sentes nos consultórios de Psicologia, por constituírem fenômenos intrinsi-camente ligados aos relacionamentos.

Atualmente as relações se tornam cada vez mais descartáveis. Aparen-temente, o amor se desvaloriza e, em seu lugar, são cultivados prazeres efê-meros, desprovidos de laços afetivos. No entanto, a contemporaneidade não abala os valores básicos e a dor provocada pela infidelidade se man-tém viva perante avanços tecnológi-cos e socioculturais.

O inimigo mais silencioso do casa-mento é a rotina,um processo lento, quase imperceptível no início, e cujas consequências só são percebidas quando a degradação é dada como ir-reparável.

Para um casal que passou pela de-cepção da traição, é preciso também

ajuda espiritual, pastorais, movimen-tos de casais na Igreja e muitas ve-zes psicológica. O foco precisa ser de perdão e recomeço para a relação ir adiante, diz Padre Reginaldo Manzotti.

Alimentar o amor! Muitos casa-mentos se desfazem porque o amor parou. Retomar o namoro no casa-mento, fazer coisas a dois favorecen-do a cumplicidade, diálogo, retomar o olhar carinhoso e compreensivo sobre o outro, o respeito, o sorriso, os gestos, o silêncio oportuno, dar amor, cria um ciclo virtuoso em que o amor gera amor. Que cada um de nós pense como está alimentando o seu amor!

Pela busca constante da oração, dos sacramentos da confissão e da Eucaristia, numa vida de vigilância sobre nós mesmos, venceremos todos os desafios.

Rose Meire de Oliveira

Psicóloga

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1. Valorize o seu filho. Quando respeitado e estima-do, o jovem progride e amadurece.

2. Acredite no seu filho. Mesmo os jovens mais “di-fíceis” trazem bondade e generosidade no coração.

3. Ame e respeite o seu filho. Mostre a ele, clara-mente, que você está ao seu lado, olhe-o nos olhos. Nós é que pertencemos a nossos filhos, não eles a nós.

4. Elogie seu filho sempre que puder. Seja sincero: quem de nós não gosta de um elogio?

5. Compreenda seu filho. O mundo hoje é com-plicado, rude e competitivo. Muda todo dia. Procure entender isto. Quem sabe ele está precisando de você, esperando apenas um toque seu.

6. Alegre-se com o seu filho. Tanto quanto nós, os jovens são atraídos por um sorriso; a alegria e o bom humor atraem os meninos como mel.

7. Aproxime-se de seu filho. Viva com o seu filho. Viva no meio dele. Conheça seus amigos. Procure saber aonde ele vai, com quem está. Convide-o a trazer seus amigos para a sua casa. Participe amigavelmente de sua vida.

8. Seja coerente com o seu filho. Não temos o di-reito de exigir de nosso filho atitudes que não temos. Quem não é sério não pode exigir seriedade. Quem não respeita, não pode exigir respeito. O nosso filho vê tudo isso muito bem, talvez porque nos conheça mais do que nós a ele.

9. Prevenir é melhor do que castigar o seu filho.

Quem é feliz não sente a necessidade de fazer o que não é direito. O castigo magoa, a dor e o rancor ficam e se-param você do seu filho. Pense , duas, três, sete vezes, antes de castigar. Nunca com raiva. Nunca.

10. Reze com seu filho. No princípio pode parecer “estranho”. Mas a religião precisa ser alimentada. Quem ama e respeita a Deus vai amar e respeitar o seu próxi-mo. “Quando se trata de educação não se pode deixar de lado a religião”.

Luiz Fernando e Ana Filomena

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10 conselhos de Dom Bosco aos pais

Aparentemente, o amor se desvaloriza e, em seu lugar, são cultivados prazeres efêmeros,

desprovidos de laços afetivos

dEStaquE

8 • Santa Teresinha em Ação Santa Teresinha em Ação • 9

“Sede misericordiosos, como o vosso Pai é misericordioso”2016 é Ano Santo. Papa Francisco nos pede para sermos mais misericordiosos e darmos mais atenção ao Sacramento da Confissão

Todo ano é santo. Papa Francisco faz questão de enfatizar isso em suas palavras. Santo porque precisamos viver em santida-de e agradecer pela dom da vida. Santo porque a misericórdia

de Deus é infinita todos os dias do ano.Mas existem anos que são declarados Santos. Paulo Henriques, teólogo e paroquiano de San-ta Teresinha, explica para nós o que quer dizer um ano Santo.

“Segundo a tradição Judaico Cristã o Ano Santo equipara-se ao Ano do Jubileu. Os judeus celebravam a cada 25 anos consagrando o ano a Deus. Durante o ano eles não trabalhavam a terra e viviam dos frutos que nasciam espontânea ou naturalmente. Também nes-se ano havia a libertação de todos os escravos e a posse da terra que estava sob controle dos arrendatários voltava aos donos originais. No catolicismo a tradição consiste em celebrações a cada 25 anos denominadas de jubileu. Sua abertura se inicia no dia 24 de dezem-bro e num ato bastante simbólico o Papa abre a Porta Santa da Basí-lica de São Pedro em Roma. O Ano Santo é um convite para uma au-têntica e renovada conversão ao Senhor. A abertura da Porta Santa significa também que ao ultrapassá-la o fiel se compromete na fé a seguir um caminho que dura a vida inteira. Este caminho de con-versão precisa ser iniciado imediatamente e esse tempo especial de meditação e aproximação com o Senhor irá servir de apoio ao nos-so projeto de santificação, com , orações e celebrações que deverão atuar em nosso coração. Não deverá ser um tempo medido só de forma cronológica que dura um ano, mas deverá ser um tempo de aprofundamento tal que criará raízes profundas em nosso ser. Esta é a expectativa da Igreja sempre que promove uma campanha ou estabelece um Ano Santo ou um tempo determinado de centrali-zação sobre determinado assunto. O tempo de Jubileu, é um tempo de Paz e Reconciliação, um tempo de festa e perdão. Um tempo de Graça Divina. Normalmente a Igreja concede durante o Ano San-to indulgências que segundo o Catecismo é a remissão diante de Deus, da pena temporal devida pelos pecados já perdoados quanto à culpa (remissão), que o fiel bem-disposto obtém, em condições determinadas, pela intervenção da Igreja que, como dispensadora da redenção, distribui e aplica por sua autoridade o tesouro das sa-tisfações (isto é, dos méritos) de Cristo e dos santos. A indulgência é parcial se remover parte da pena temporal devida pelo pecado, ou plenária, se remover toda a pena.”

Pois bem. O ano de 2016 será Santo. Com o lema “Sede miseri-cordiosos, como o vosso Pai é misericordioso”, Papa Francisco nos convida a viver um ano de misericórdia de Deus. “Somos chama-dos a viver de misericórdia, porque, primeiro, foi usada misericór-dia para conosco”.

Para marcar o início, 8 de dezembro de 2015 foi a data escolhida e ela é significativa, pois aponta para a experiência de misericór-dia vivida por Maria Santíssima. “Depois do pecado de Adão e Eva,

Deus não quis deixar a humanidade sozinha e à mercê do mal. Por isso, pensou e quis Maria santa e imaculada no amor, para que Se tornasse a Mãe do Redentor do homem”, disse o Papa. “Perante a gravidade do pecado, Deus responde com a plenitude do perdão. A miseri-córdia será sempre maior do que qualquer pecado, e ninguém pode colocar um limite ao amor de Deus que perdoa.” Além disso, dia 8 de dezembro de 2015 tam-bém marca os 50 anos de encerramento do Concílio Va-ticano II. O Papa Francisco ressaltou este evento como uma nova etapa da evangelização e, citando São João XXIII e o Beato Paulo VI, enfatizou o primado da mise-ricórdia na vida da Igreja.

Durante a explicação do Ano Santo, Papa Francisco também citou Santo Tomás de Aquino, para quem “é próprio de Deus usar de misericórdia e, nisto, se mani-festa de modo especial a sua onipotência”. Em seguida, expôs o significado de seu lema episcopal: “Miserando atque eligendo”. De autoria de São Beda, o Venerável, a frase faz referência à vocação do apóstolo São Mateus. “Ao passar diante do posto de cobrança dos impostos, os olhos de Jesus fixaram-se nos de Mateus”. Ao mesmo tempo em que penetrou o coração do discípulo com aquele “olhar cheio de misericórdia” (miserando), o Se-nhor “escolheu-o (eligendo), a ele pecador e publicano, para se tornar um dos Doze”.

Francisco também pediu que se redescubram as obras de misericórdia. “É meu vivo desejo que o povo cristão reflita, durante o Jubileu, sobre as obras de mi-sericórdia corporal e espiritual”. Comuns na catequese tradicional da Igreja, as obras de misericórdia corporal são: dar de comer aos famintos, dar de beber aos seden-tos, vestir os nus, acolher os peregrinos, dar assistência

Vamos redescobrir as obras de misericórdia, comuns na

catequese tradicional da Igreja, como dar de comer

aos famintos, dar de beber aos sedentos, vestir os nus, acolher os peregrinos, dar assistência aos enfermos,

visitar os presos e rezar pelos vivos e pelos mortos

aos enfermos, visitar os presos e enterrar os mortos. As de misericórdia espiritual, por sua vez, são: aconselhar os indecisos, ensinar os ignorantes, admoestar os peca-dores, consolar os aflitos, perdoar as ofensas, suportar com paciência as pessoas molestas e rezar a Deus pelos vivos e defuntos.

No Ano Santo, um pedido de Francisco, é que se dê atenção especial ao sacramento da Confissão. “Ponha-mos novamente no centro o sacramento da Reconci-

liação, porque permite tocar sensivelmente a grandeza da misericórdia”. Ele destacou a experiência daqueles que se aproximam do Sacramento da Penitência e “re-encontram o caminho para voltar ao Senhor, viver um momento de intensa oração e redescobrir o sentido da sua vida”.

A bula com a qual se convoca o Ano Santo da Mise-ricórdia pode ser lida, na íntegra, por meio do site do Vaticano. http://migre.me/q9xod

A Porta Santa, na Basílica de São Pedro, em Roma,

que só é aberta nos declarados anos santos

A Bula “Rosto da Misericórdia”, promulgada pelo Papa Francisco

FaMília SalESiana

ExPEriênCia viCEntina

Sagrado Coração de Jesus, fonte e modelo da Família Salesiana

No mês de Junho a Igreja celebra a festa do Sagrado Coração de Jesus; sua devoção surgiu no século XVII, quando Santa Margarida Maria de Alacoque, rece-

beu a visita de Nosso Senhor, que apareceu a ela três vezes. Jesus se manifestou com o peito aberto e apontando com o dedo seu Coração, exclamando: “Eis o Coração que tem amado tanto aos homens a ponto de nada poupar”. Dom Bosco, juntamente com São Francisco de Assis, Santo Inácio de Loyola, Santa Tereza D’Avila e outros, dedicaram terna devoção, admiração e adoração ao Sagrado Coração de Je-sus. Mas em Dom Bosco, além de devoção, percebe-se que o Coração de Jesus era fonte de sua ação pastoral, ou seja, sua ardente caridade apostólica e que todo verdadeiro sale-siano precisa remeter-se ao coração de Cristo, “fornalha ar-dente de caridade”. Na famosa carta de 10 de maio de 1884, enviada de Roma, na qual Dom Bosco lamenta que em Val-docco tenham abandonado o método da amorevolezza, da

confiança, da dedicação sem limites, escreve: “Quem quer ser amado, precisa que faça ver que ama. Jesus Cristo se fez pequeno com os pequenos e carregou sobre si as nossas en-fermidades. Eis o mestre da familiaridade!... Jesus Cristo não quebrou a cana rachada, nem apagou a chama que fume-gava. Eis o vosso modelo” (MB 3, 17). Vale lembrar também que Dom Bosco empenhou os últimos anos de sua vida, as suas últimas forças e fadigas, para construir em Roma uma basílica dedicada ao Sagrado Coração de Cristo, à caridade de Cristo Salvador, qual luz jorrada sobre toda a sua vida e sobre a fonte profunda de toda a sua vida. A exemplo de Dom Bosco façamos que o desejo do nosso coração seja o desejo do coração de Cristo Jesus.

Pe. Rafael Galvão Barbosa, sdb

facebook.com/rafael.galvaobarbosa

Para vencer uma partida de futebol, os jogadores devem estar alinhados, lutando juntos para conquistar a vitória. Assim ocorre nas famílias: para vencer uma tribulação, todos os membros devem se unir, cada um fazendo sua parte e dando o melhor ao outro, tornando a solução mais próxima e o fardo mais leve

Aconteceu com o senhor José. Ele era motorista, o carro foi roubado, ficou desempregado. Estavam morando pro-

visoriamente num galpão empoeirado, pois era o valor de aluguel possível de pagar. A es-posa passou a apoiá-lo com venda de prendas. Na época em que começamos a visitá-los, a filha mais velha estava estudando em período integral.

Em curto espaço de tempo, ele conseguiu emprego, a esposa manteve suas atividades para complemento da renda e a filha terminou o 2º grau e começou a trabalhar. Conseguiram inclusive mudar de moradia.

Estávamos dispostos a ajuda-los de diver-sas maneiras para alcançarem a promoção.

Porém, a família foi caminhando sozinha e naturalmente, aos poucos, se afastou de nós. Apesar da frequência dos encontros se torna-rem mais raras, todas as vezes que encontráva-mos com seu José víamos o brilho da gratidão em seus olhos por tudo o que fizemos pela fa-mília.

Ficamos felizes pela promoção dessa fa-mília e como ela superou uma crise pela força da união! Cremos também que foi pela graça de Jesus Cristo, já que sem Ele nada podemos fazer (Jo 15,5). Temos a certeza que, mais do que ajuda com os alimentos e pagamento de contas, levamos a Palavra de Deus e palavras de fé e esperança.

Convidamos você a conhecer o trabalho vicentino de perto e aprender que “há mais alegria em dar do que em receber” (At 20,35). Nossas reuniões ocorrem toda segunda-feira, às 20h15.

Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo. Para sempre seja louvado.

Renata Sayuri Habiro

Consócia Vicentina

facebook.com/renata.habiro

A união faz a força sim!

10 • Santa Teresinha em Ação

“Jesus declara que a misericórdia não é apenas o agir do Pai, mas torna-se o critério para individuar

quem são os seus verdadeiros filhos. Em suma, somos chamados a viver de misericórdia, porque,

primeiro, foi usada misericórdia para conosco. O perdão das ofensas torna-se a expressão mais

evidente do amor misericordioso e, para nós cristãos, é um imperativo de que não podemos

prescindir. Tantas vezes, como parece difícil perdoar! E, no entanto, o perdão é o instrumento colocado nas nossas frágeis mãos para alcançar

a serenidade do coração. Deixar de lado o ressentimento, a raiva, a violência e a vingança são

condições necessárias para se viver feliz.”

Fala, Francisco!

Igreja do Sacro Cuore, em Roma, construída por Dom Bosco

Santa Teresinha em Ação • 11

aMar é...

Orar por todos os que precisam

Amar é sair de si, é deixar-se mode-lar pela oração cada vez mais in-tensa, numa sintonia com o pró-

prio Sagrado Coração de Cristo que nos torna capaz de nos abrirmos ao amor e a caridade. Apostolado é ser enviado ao mundo para continuar a missão de anunciar o Reino de Deus. É um chama-do a fazer da própria vida uma oração.

O Apostolado da Oração é, portanto, uma associação de fiéis que se dedicam à oração diária com a firme preocupação de se unir à Igreja em todas suas inten-ções. Prestam, também, uma sincera de-voção à Maria e ao seu coração de mãe.

A devoção ao Sagrado Coração sur-ge em dois acontecimentos fortes do Evangelho: o gesto de São João, discípu-lo amado, encostando a sua cabeça em Jesus durante a Última Ceia (Jo 13,23) e na cruz, onde o soldado abriu o lado de

Jesus com uma lança (Jo 19,34).Todo membro do Apostolado de

Oração recebe uma fita, sinal do sagra-do coração de Jesus. A cor vermelha é o sangue, que nos remete a Cristo que doa sua vida pela humanidade. Na fita há uma medalha com o Sagrado Co-ração de Jesus de um lado e o Coração de Maria do outro, nos lembrando que temos pai e mãe que nos abençoam. O Bentinho é o símbolo do Apostolado da Oração e nele está gravado “Venha a nós o vosso Reino”, recordando-nos a todo instante que estamos buscando o Reino de Deus. Usá-lo significa com-promisso nesta missão.

O Apostolado da Oração está ligado à ordem dos Jesuítas. Em 1884, um gru-po de estudantes de filosofia e teologia, ansiosos em exercer um apostolado, fo-ram orientados a oferecer seus estudos,

sacrifícios voluntários e outros atos de caridade na oração. Deu tão certo que, dois anos depois, foi publicado o Livro chamado Apostolado da Oração em que padre Gautrelet deu todo embasa-mento teológico. A devoção se propa-gou e já em 1896 começou a circular o Mensageiro do Coração de Jesus, que é material de estudo e oração até hoje, sendo uma publicação mensal. A asso-ciação formulou estatutos próprios e teve aprovação do Papa.

A ideia central, da qual nasceu o Apostolado da Oração, é esta: todos os batizados são chamados a cooperar na edificação do Corpo da Igreja e da comu-nidade de fé. Nem todos o fazem da mes-ma maneira (Ef 4,16). Nem todos podem trabalhar diretamente como apóstolos e missionários. Mas todos podem e de-vem fazê-lo por meio da oração e do sa-

crifício. São Paulo diz que o cristão deve completar em sua pessoa o que falta à Paixão de Cristo, em favor do Corpo de Cristo, a Igreja (Cl 1,24). Assim, nossa vida torna-se um sacrifício, uma oblação oferecida com Cristo, em Cristo, para a Glória de Deus e a salvação do próximo.

Também não se pode deixar de mencionar que entre a 12 promessas do Sagrado Coração de Cristo a Santa Margarida Alacoque está a participação em toda primeira sexta do mês: “A to-dos os que comunguem, nas primeiras sextas-feiras de nove meses consecuti-vos, darei a graça da perseverança final e da salvação eterna”, o que tornou um costume em nossas igrejas, embora não seja um dogma.

Ana Filomena, com trechos extraídos de

Canção Nova e jesuítas.com

Em nossa paróquia há Apostolado de Oração? Sim, sendo que as reuniões são mensais e acontecem sempre no sábado se-

guinte à primeira sexta-feira do mês. Também a presidente ou alguém delegado por ela, participa mensalmente com a diretoria e associadas do setor e região Episcopal Santana, toda última quarta-feira do mês.

Uma vez por ano há encontro de formação na Arquidiocese.

Como são as reuniões na paróquia? As reuniões são baseadas no Mensageiro do Coração de Jesus, e sempre são fei-

tas meditações sobre a mensagem do mês.

Quem faz parte do Apostolado em nossa paróquia?

A presidente atual é Marlete Isabel Sliominas. Fazem parte da liderança Tania Maria Giuliano - Vice presidente, Maria de Lourdes Fernandes - Tesoureira e Ma-ria Aparecida Florenzano- Secretária.

E são associadas lda, Socorro, Maria de Lourdes Beco, Sonia, Nilza, Sr. Penha, Lucia Maria Gonçalves, Carlos Eduardo Brucini, Josephina Vidili, Ana Maria Sauro, Grace Cotrin, Francisca O. Costa, Maria Eddy de S. Clivatti.

E quando é a festa do Sagrado Coração de Jesus? Todo mês de junho é dedicado ao Sagrado Coração de Jesus e este ano a festa

será em 12 de junho. Participem!

quE dElíCia!

Cidadania

Lili’s Esfihas. As melhores!

“Onde está o dinheiro? O gato comeu, o gato comeu E ninguém viu O gato fugiu, o gato fugiu O seu paradeiro Está no estrangeiro Onde está o dinheiro?”

Esse trecho da música “Onde está o dinheiro?” gravada há mais de vinte anos, nos mostra que os escândalos de desvio de verbas públicas no Brasil não são tão recentes assim.

De fato, se pesquisarmos um pouco, vamos encontrar diversos relatos de es-cândalos de desvio de verbas desde anos 1980, passando na década de 1990. A vi-

rada do milênio não mudou a situação, e continuamos encontrando na mídia tais relatos.

Voltando um pouco mais na histó-ria recente do país, vemos que nos anos 1950 existia um politico muito famoso, que era conhecido pela população como aquele que rouba, mas faz.

Entra governo, sai governo e a situa-ção, parece não mudar. Fica mais sofis-ticada é verdade, mas na sua essência e situação continua a mesma. A apropria-ção do dinheiro público por aqueles que deveriam zelar por ele.

Talvez Pero Vaz de Caminha tives-se razão ao afirmar: “Nesta terra em se plantando tudo dá.” Até a corrupção, a

bandalheira e a malversação nosso di-nheiro. Um ponto a ser observado é que nós brasileiros temos pouco sentido de que o que é publico é de todos, ou seja, é um pouco meu, um pouco seu e do vi-zinho.

Talvez sejamos um país de “Gersons” que só querem se dar bem. Nossos repre-sentantes já entram na vida pública com o desejo de se beneficiarem. Mas este parece mesmo um desejo coletivo de ar-rumar uma “boquinha” onde possamos “mamar nas tetas do Estado”, sempre visto como aquele primo rico distante de quem se pode tirar dar algum dinheiro.

Temos ainda um longo caminho pela frente, mas não podemos concordar

com atitude de alguns do “quanto pior, melhor”.

Não podemos perder nossa capaci-dade de indignação e nos acostumarmos com tais escândalos, só esperando o pró-ximo. Nossa parte é fazer o certo e defen-der esta posição, pois nossa fé nos ensina a testemunhar através do exemplo.

Que sejamos o exemplo de virtude para as novas gerações.

Aloísio Oliveira

Advogado

facebook.com/aloisio.oliveira.54

Onde está o dinheiro? O gato comeu

Esfiha de Massa Integral by Lili500 g de farinha de trigo branca500 g de farinha de trigo integral1/2 xícara de azeite2 copos e 1/2 de água 3 colheres de sobremesa de açúcar 1 colher de chá de sal1 envelope de fermento em pó

Modo de fazer: Coloque a farinha em uma bacia, faça um buraco no meio; espalhe o fermento ao redor da farinha e cubra o fermento com um pouco de farinha para que não tenha contato com o sal neste momento; junte o açúcar, junte o sal. No meio do buraco coloque o azeite e misture tudo com a mão; juntar a água até o ponto de massa de pão (pode precisar mais ou menos); Na pedra da pia, amasse bem e faça um rolo com a massa; divida em 4 partes; para cada parte, faça um rolinho menor e corte em um tamanho de pão de queijo; Coloque em forma retangular untada e deixe descansar por +/- 30 minutos. Após o tempo de descanso, achate a bolinha com os dedos, como se fosse uma bolacha, rechear e prender as laterais como em um cestinho; a dica da Lili é prender bem e colocar no forno imediatamente para não abrir. O forno já deve estar pré aquecido.

Recheio de carne: 1kg carne moída; ½ tomate picado; 1/² cebola picada; Sal; pimenta árabe; limão 2 colheres tahine. Misture todos o temperos menos o tomate; deixar a carne descansar por uma hora, tirar o líquido que se forma e juntar o tomate; colocar o recheio da massa. Assar imediatamente.Recheio de escarola: Refogar alho, cebola, com pimenta e azeite, colocar a escarola por pouco tempo, colocar outro toque pessoal (a Lili usou muçarela picadinha); escorrer o caldo e rechear a massa. Assar imediatamente.

A receita deste mês é da Liliane Saab, a Lili, uma

paroquiana muito que-rida. Ela publicou a foto no Facebook de uma fornada de esfiha e eu fui correndo pedir a re-ceita. Parecia tão boa!

Fiz a receita e cons-tatei: é boa mesmo!

A Lili me contou que gosta de cozinhar quando tem tempo e ao cozinhar comidas árabes, lembra-se muito de sua mãe que era entendida do assunto, recebia pessoas e fazia da refeição momentos su-per agradáveis.

Ela faz algumas adaptações já que acha que a comida árabe não é nada light e ela prefere co-midas saudáveis. Vive “inventando moda” como ela mesma disse. No aniversário da sua filha cozi-nhará para 30 pessoas. Era melhor encomendar de alguém, mas para que perder os suspiros de felici-dade!

Rosângela Melatto, chef de cozinha

[email protected]

facebook.com/rosangela.melatto

12 • Santa Teresinha em Ação

JuvEntudE

Eita sô, Junho chegou!

Santa Teresinha em Ação • 13

Para muitos, começou o melhor mês do ano. Junho além de estar perto das férias

e ser acompanhado daquele friozinho gostoso, comemora-se a festa mais

animada e comilona de todas: a festa junina. Na escola, na igreja ou no bairro, tem festa junina para todo lado e nada

melhor do que comer maçã do amor, morango com chocolate e ainda dançar quadrilha né? Fruto da colonização, os portugueses introduziram a cultura da

festa junina no Brasil, que hoje, acontece em todos os estados, principalmente na região nordeste, atraindo turistas do mundo todo para essa festa que é

impossível de não se encantar e adorar!

Viva Santo Antônio, São João e São Pedro!

Origem das festas juninas

O surgimento aconteceu no período pré-gregoriano, como uma festa pagã em comemoração à grande fer-tilidade da terra, às boas colheitas, na época em que denominaram de solstício de verão, no dia 24 de ju-nho, no qual hoje se comemora o dia de São João. Eram conhecidas como Joninas em homenagem a João Batista, primo de Jesus, que gostava segundo a Bíblia, de batizar as pessoas a fim de purifica-las para a vinda de Jesus. Em consequência, a festa junina passou a ser uma celebração católica, na qual se ho-menageia Santo antônio, São João e São Pedro, nos dias 13, 24 e 29, respectivamente.

Comidas típicas Pé de moleque

PaçocaMaçã do amor

Arroz doceCanjica

Bolo de Milho Maria Mole

PinhãoCuzcuzSuspiro

Fico

u com vontade? a fe

sta

junina da paróquia ocorre

nos

dias 27 e 28/06 e 04 e 05/07.

venha e particip

e

dessa festa!

SaúdE

aniMal!

Dengue, chicungunha e Zika: o que têm em comum?É tanta preocupação com mosquitos nessa época

do ano que não é raro nos perdermos nas doen-ças. O aedes aegypti todo mundo conhece, claro,

é o danadinho da dengue, largamente divulgado pelo país. Mas o que muita gente não sabe é que ele não transmite apenas a dengue, outras doenças também recaem sobre seus ombros, doenças essas que não são comuns por aqui, mas podem vir se tornar a ser.

A febre chicungunha é uma delas. Tal como a nos-sa dengue, ele é o que deixa os africanos de cama tam-bém. Porém, nos últimos anos, deu as caras na Euro-pa e em alguns países latino-americanos, que fazem fronteira com o Amapá. O pior é que o ciclo de trans-missão dela é mais rápido do que o da dengue, por isso a preocupação em divulgar e proteger.

Para se ter uma ideia dessa rapidez, em no máximo sete dias a contar do momento em que foi infectado, o mosquito começa a transmitir o CHIKV (vírus) para uma população que não possui anticorpos contra ele. Aqui no país, os primeiros casos registrados são de pessoas que foram infectadas no exterior. Por isso, o

objetivo é estar atento para bloquear a transmissão tão logo apareça m os primeiros casos.

A febre Zika também é transmitida pelo mosquito da dengue. O vírus ZIKV não é transmitido de pessoa para pessoa e o contágio se dá pelo mosquito que, após picar alguém contaminado, pode transportar o ZIKV durante toda a sua vida, transmitindo a doença para uma população que não possui anticorpos contra ele. Apesar de os primeiros registros terem aparecido só este ano no Brasil nos estados de Rio Grande do Nor-te e Bahia, não há muito com o que se preocupar, por enquanto.

Os sintomasTanto o da chicungunha, quanto da Zika, são bem

parecidos com o da dengue. Febre não muito alta (só é alta na fase aguda das doenças), dores nas articula-ções, dor de cabeça e atrás dos olhos e dores muscu-lares. No caso da chicungunha, algumas manchinhas na pele também podem aparecer, tal como no caso da dengue.

O tratamentoNos três casos, o tratamento é parecido. Sem estar

na fase aguda, analgésicos e antitérmicos aliviam as dores. Estar bem hidratado também é prescrito pelo médico, que deve sempre ser consultado, evitando-se a auto-medicação.

Dizem que família é tudo igual só muda de endereço e escrevendo as histórias dos animais de estimação dos paroquianos começamos a descobrir histórias semelhantes

A Brenda é uma Shithzu de nove anos que pertence à família Pito. A chegada da Brenda na família

Pito é parecida com a história do Nick da família Ramalho. A irmã da Vanessa se arrependeu de ter comprado a cachorra, fato comum de acontecer quando a de-cisão é tomada de maneira precipitada. Por isso é sempre importante relembrar: antes de comprar um animal de estima-ção tenha certeza da decisão, e saiba que o convívio e dependência serão por lon-gos anos. Para sorte da Brenda, Vanessa conseguiu convencer seu esposo Chris-tian e ficaram com ela. Daqui para frente à história é parecida com a da July da fa-

mília Dias. Brenda também foi a primeira filha do casal, filha única por seis anos até a chegada da primeira filha Luiza e três anos depois da segunda filha Catarina. Brenda aceitou bem as gestações da Va-nessa e também os nascimentos dos so-brinhos do casal. Não demonstra ciúmes e sempre cuida dos pequenos. É uma fiel companheira, onde quer que a família Pito vá, lá esta ela, sempre ao lado, assim como o Thor que é um fiel companheiro da família Grazia. Brenda tem uma for-ma especial de brincar com cada um, ate mesmo com as crianças e a pequena Catarina de quem fica sempre por perto e corre para avisar quando ela começa a chorar. É uma baba perfeita.

Raquel Raimondo

Médica veterinária

facebook.com/raquel.raimondo

Brenda, uma babá perfeita

14 • Santa Teresinha em Ação

aCOntECE

A festa das 100 edições: http://bit.ly/sta100

Santa Teresinha em Ação • 15

Uma delícia de noite: http://bit.ly/pizzaebingo

Ave Maria cheia de graça: http://bit.ly/24demaio

Confirmando o próprio batismo: http://bit.ly/118sim

Festa junina da paróquia 27 e 28/06 e 04 e 05/07

venha e participe dessa festa!

O exercício da misericórdiaPor Daya Lima

EntrEviSta

16 • Santa Teresinha em Ação

Apadrinhamento afetivo: uma bela forma de aderir ao Ano Santo

Apadrinhamento afetivo. Já ouviu falar? Tem alguma ideia sobre? É pouco divulgado, mas é uma exce-

lente forma de ajuda para crianças que vi-vem em estado de extrema pobreza pelo Brasil. O que pouca gente sabe também é que existem entidades sérias, sem fins lucrativos ou ajuda governamental, que trabalham para que parte dessas crianças tenham alguma oportunidade de vida. É o caso da ONG Visão Mundial, que exis-te há 60 anos e há 40 atua no Brasil. Com sede em São Paulo e Recife (PE), tem qua-se 5 mil crianças cadastradas para serem apadrinhadas e já apadrinhou quase 60 mil crianças. Para falar um pouco sobre o que é e como ajudar, conversamos com Gidália Santana, assessora de comunica-ção da entidade.

Santa Teresinha em Ação – Gidália, nos ex-plique o que é o apadrinhamento afetivo.Gidália Santana – O apadrinhamento nada mais é que uma forma de patroci-nar, se tornar responsável por alguém. No nosso caso, por uma criança muito pobre.

STA – E isso é legal? Existe algum tipo de responsabilidade jurídica com essa criança?Gidália – Não. De jeito algum. O vínculo das crianças é com os pais delas e com o patrocinador é algo afetivo, de gratidão, nada juridicamente responsável.

STA – E como foi que surgiu a Visão Mun-dial?Gidália – A história é bem bacana, mas, para resumir, a entidade foi fundada por Bob Pierce, jornalista e ex-corres-pondente de guerra que cobriu a guer-ra da Coreia. Lá, “in loco”, teve contato com muitas crianças que ficaram órfãs. Conhece Jad, a primeira criança apadri-nhada. Ela foi cuidada então por uma professora na Coreia e Bob, sensibiliza-do com a situação, enviava dinheiro dos Estados Unidos, seu país. Convidou al-

guns amigos para fazer o mesmo e com isso surgiu a Visão Mundial, que hoje atua em mais de 90 países e mais de 4 milhões de crianças já foram apadrinha-das por nosso intermédio.

STA – E no Brasil? O número também é grande?Gidália – Sim! Mais de 83 mil crianças, direta ou indiretamente já passaram por nós. Agora, se contarmos os pais e os de-mais envolvidos, são quase 3 milhões de pessoas em mais de 1.024 comunidades país afora. O que é interessante é que a

maioria dos padrinhos são estrangeiros. Apenas 14 mil são padrinhos brasileiros.

STA – E como é feita a seleção dessas crianças?Gidália – Nós fazemos pesquisas. Temos uma base em São Paulo e outra em Recife. Aqui, em Recife, cuidamos bastante des-sa parte do sertão nordestino. Mas tam-bém recebemos contatos de comunida-des locais, paróquias que nos procuram para ver se podem entrar no programa. Depois de uma localidade ser aprovada, vamos até o local e fazemos uma espécie

de mutirão de cadastro de crianças de 0 a 18 anos que podem ser apadrinhadas.

STA – Os recursos arrecadados vão direto para as famílias?Gidália – Não. Não acreditamos neste mo-delo. Nós administramos e promovemos ações a fim de desenvolver essa criança. Temos projetos nas áreas da educação, do esporte, da cultura, da saúde. Não adianta dar o dinheiro e perder o controle sobre seu uso. Preferimos administrar e saber o que mais elas precisam.

STA – E vocês têm registrado histórias de sucesso?Gidália – Nossa. São tantas! Por isso que existem há 60 anos. Mas posso falar de uma que fiquei sabendo recentemente. Um garotinho do Vale do Jequitinhonha foi apadrinhado e, por conta de todo o recurso e ajuda, hoje cursa medicina e apadrinha outras crianças. É uma oportu-nidade de vida, e custa tão pouco ajudar.

STA – Que bacana! Mas e se o padrinho quiser conhecer o apadrinhado?Gidália – É muito possível e bem comum. Quando o padrinho começa a receber as cartas e os relatórios que mandamos para ele saber como está sendo investido a sua ajuda, muitos não aguentam e que-rem conhecer a criança. Nossa equipe toma conta de tudo e promovemos esses encontros. É muito emocionante.

STA – E quais são os pré-requisitos para se tornar um padrinho?Gidália – Nenhum! Na verdade tem que se sentir sensibilizado e ajudar. São apenas R$ 50,00 mensais. Acredite, isso muda a história de uma família.

STA – E para se tornar um patrocinador?Gidália – Ou se cadastra pelo site www.visa-omundial.org.br ou liga no 0300 788 7999. É simples, rápido e muito seguro. O que es-cuto de alguns padrinhos que temos con-tato é que o bem maior é para eles e não para as crianças. Se sentem gratificados e abençoados por Deus por poderem ajudar.

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