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Energia sem limites novembro | dezembro 2011 Nº24 ENSAIO FOTOGRÁFICO As melhores fotos do projeto WindFloat SPOTLIGHT Miguel Setas, diretor-vice presidente da EDP no Brasil Ser voluntário faz parte de nós

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EDPON24Portugal Ser voluntário faz parte de nós!

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Energia sem limites novembro | dezembro 2011 Nº24

ENSAIO FOTOGRÁFICOAs melhores fotos

do projeto WindFloat

SPOTLIGHTMiguel Setas, diretor-vice presidente da EDP no Brasil

Ser voluntário faz parte de nós

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editorial

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A s empresas têm um papel muito importante a desempenhar na capacidade de afirmação da sociedade civil, na procura contínua de novas soluções para, entre o Estado e o Mercado, responder a velhos problemas. Não se trata de retribuir o que a sociedade dá à empresa, mas desta poder ser também protagonista da

mudança de comportamentos coletivos. O voluntariado é uma forma poderosa de abrir a empresa à sociedade e de criar sentimentos de pertença e de confiança junto das populações. A grande vantagem de organizar, através de uma empresa, algo que nasce de uma vontade espontânea e individual, é a capacidade de programar, gerir e dar um conteúdo estratégico ao voluntariado – o que amplia impactos sociais e permite capacitar de forma estruturada as instituições do Terceiro Setor. Com esse objetivo, a EDP criou uma bolsa de horas – uma plataforma de gestão entre a “oferta” e a “procura” de voluntariado por parte das Instituições sociais – e lançou o Programa de Voluntariado, em simultâneo nos vários países em que o Grupo está presente.Mas não ficámos por aqui: no Dia Internacional do Voluntariado, 5 de dezembro, estreámos o Portal do Voluntariado. Neste site (www.voluntariado.edp.pt), vai conhecer todas as iniciativas a decorrer neste âmbito e saber de que forma pode ajudar o próximo. Trata-se de uma plataforma aberta a voluntários e parceiros, de um espaço privilegiado para se apresentarem projetos e se partilharem experiências. O espírito do voluntariado na EDP passa por criar um verdadeiro efeito de contágio social. Brevemente, poderá partilhar as suas experiências e saber o que andam a fazer os seus colegas do voluntariado através do Facebook e do Twitter. Faça da sua história uma fonte de inspiração. E não se esqueça que o voluntariado favorece o trabalho em equipa e melhora o ambiente nas empresas, além de aumentar a satisfação pessoal, a noção de responsabilidade e a atenção pelos outros.

Se ainda não é voluntário, inscreva-se agora e seja parte deste projeto que faz toda a diferença!

Voluntariado: uma fonte de inspiração

O espírito do voluntariado na EDP

passa por criar um verdadeiro efeito de

contágio social.

por Paulo Campos CostaDiretor de Marca e Comunicação

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novembro | dezembro

Com o Programa de Voluntariado EDP, a partir de agora, ações isoladas, criadas por diferentes empresas do Grupo, passam a ser realizadas de forma coordenada e global.

EDITORA PENÍNSULA PRESS SL / RUA DOS CORREEIROS 120, 4º ESQ / 1100-168 LISBOA ADMINISTRADOR EXECUTIVO STELLA KLAUHS [email protected] REDAÇÃO EDUARDO MARINO (EDITOR), JOANA PERES (REDATORA) ARTE MARTA CONCEIÇÃO, ANDRÉ NOIVO FOTOGRAFIA HUGO GAMBOA, JOÃO REIS E ADELINO OLIVEIRA, ISTOCKPHOTO, SXC REVISÃO ANA GODINHO COORDENAÇÃO EDP MARGARIDA GLÓRIA | DISTRIBUIÇÃO GRATUITA EM PORTUGAL — 23.000 EXEMPLARES; ESPANHA — 2.000 EXEMPLARES; BRASIL — 2.500 EXEMPLARES | LISGRÁFICA - IMPRESSÃO E ARTES GRÁFICAS, RUA CONSIGLIERI PEDROSO, Nº. 90, CASAL DE STA. LEOPOLDINA, 2730-053 BARCARENA - PORTUGAL. TEL +351 21 434 54 00 (GERAL); FAX +351 923 89 51 ISENTA DE REGISTO NA E.R.C., AO ABRIGO DO DECRETO REGULAMENTAR 8/6, ARTIGO 12º Nº1 - AESTA PUBLICAÇÃO FOI ESCRITA AO ABRIGO DO NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO

26 35E M F O C O A iniciativa Parte de Nós, organizada pela EDP, mobilizou centenas de voluntários em vários hospitais de Portugal.

EDP ON É UMA EDIÇÃO BIMESTRALProprietário EDP - Energias de Portugal, SA Praça Marquês de Pombal, 12, 1250-162 LisboaTel: 210 012 680 Fax: 210 012 910 [email protected] Paulo Campos costa

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índice

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36QUEM É QUEMMathias Kirchmer, especialista em Business Process Management.

40EM DEBATEO Mar é uma fonte de oportunidades. Como gerir este património?

42A NOSSA ENERGIA

44CAPITAL HUMANOEncontro global de Recursos Humanos da EDP junta 200 colaboradores.

64EM DESTAQUELuís Faria, diretor da área de Energia para o Desenvolvimento.

06 F Ó R U M A edpon pergunta: qual é a principal vantagem da mobilidade dos colaboradores dentro do Grupo EDP?

07B O L S A

08M E R C A D O A nova marca EDP chega a Espanha e todas as lojas em Portugal.

12C U L T U R A E D P

António de Almeida recebe Prémio Carreira, entregue pelo Presidente da República.

20I N O V A Ç Ã OOpenspace, ferramenta de partilha de conhecimento.

24C A U S A S

58 63E N S A I O F O T O G R Á F I C O O WindFloat foi instalado com êxito e já navega em águas portuguesas.

48 53SPOTLIGHTMiguel Setas, diretor-vice presidente da EDP no Brasil, fala sobre os grandes desafios: criação de valor, inovação e sustentabilidade.

54 55SUSTENTABILIDADE

A Tua Energia: há três anos a explicar a energia aos mais novos, com aulas sobre eficiência energética.

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O crescimento dos negócios e a procura permanente de novos desafios têm levado a uma expansão inequívoca do Grupo EDP e, consequentemente, ao desenvolvimento de uma Política de Mobilidade dos colaboradores. A EDP acredita que a mobilidade é um dos instrumentos de gestão de recursos humanos capaz de aumentar o índice de motivação das pessoas e de desenvolvimento organizacional.

A ON QUER SABER: QUAL É, NO SEU ENTENDER, A PRINCIPAL VANTAGEM DA MOBILIDADE DENTRO DO GRUPO EDP?Obtivemos 263 respostas

MOBILIDADE

• 45,60% Um fator de desenvolvimento de carreira, de crescimento pessoal e profissional: 120 respostas

• 19,80% Uma oportunidade de diversificar funções e enfrentar novos desafios: 52 respostas

• 9,90% Uma fonte de gestão e partilha do conhecimento e da cultura no Grupo EDP: 26 respostas

• 8,74% Uma forma de promover as competências e a produtividade: 23 respostas

• 7,22% Uma forma de conhecer melhor o negócio e o Grupo EDP: 19 respostas

• 4,94% Uma forma de fomentar a mudança: 13 respostas

• 3,80% Uma forma de acompanhar a empresa no processo de internacionalização: 10 respostas

A EDP promove três tipos de Mobilidade: mobilidade intra-empresas (na mesma empresa), mobilidade inter-empresas (em diferentes empresas em Portugal) e mobilidade inter-geografias (entre empresas internacionais).Ao nível da definição estratégica e gestão do processo foram criadas a Política de Mobilidade,

a Política de Mobilidade Internacional e o Manual de Procedimentos de Mobilidade Interna que poderá aceder através da intranet. É, de facto, um tema estratégico e por decisão do Conselho de Administração Executivo, foi constituído o Comité de Mobilidade.Em 2010, o número total de mobilidades foi de 1.120. Entre janeiro e 31 de outubro

de 2011, esse número era já de 915, mais precisamente, 394 mobilidades intra- -empresas, 501 mobilidades inter-empresas e 20 mobilidades inter-geografias.Segundo Maria João Martins, diretora de Recursos Humanos do Grupo, “tornámos a mobilidade algo mais robusto, falámos mais disso. E a verdade é que, hoje em dia, é um

estado mais natural. Sabemos que todos crescemos e que a própria gestão do conhecimento dentro da EDP se faz através do circular dos colaboradores, quer no espaço nacional quer no espaço internacional do Grupo. Os 1.120 processos de mobilidade, registados em 2010, são prova disso”.

A mobil idade dentro do Grupo EDP

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Investigação, desenvolvimento e inovação - A EDP PERGUNTA

Fórum

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os cordões da bolsa

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Morgan Stanley

Goldman Sachs International

BBVA

Merrill Lynch

Espírito Santo Investimento

Millennium BCP

UBS - Investment

JP Morgan

Recomendação

Acumular

Overweight(aumentar a sua exposição)

Vender

Underweight(reduzir a sua exposição)

Overweight(aumentar a sua exposição)

Comprar

Outperfom (desempenho

acima do índice de referência)

Comprar

Comprar

Comprar

Comprar

Overweight(aumentar a sua exposição)

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RECOMENDAÇÕES DOS ANALISTAS

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Os métodos mais eficientes e os valores que servem de exemplo

Mercado

A EDP já estreou a sua nova identidade corporativa em Espanha. Mais um passo que começou por ser implementado em Portugal no dia 1 de julho e finalizou-se no dia 15 de novembro. As sedes da HC Energía e da Naturgas Energía (marca com a qual o Grupo opera no País Basco) estrearam agora a imagem corporativa única de todo o Grupo EDP. A nova marca já era uma realidade em Espanha em alguns departamentos. Muitas mudanças aconteceram, no início de julho, na comunicação interna das empresas em Espanha. Mas agora é mais real aos olhos de todos: os clientes, os fornecedores e a sociedade em geral já conhecem a nova identidade corporativa que transmite uma imagem mais

inovadora do Grupo EDP.O trabalho foi, nos últimos meses, árduo, para que a nova marca fosse apresentada no dia 15 de novembro, através da sinalética, formulários, rotulação dos carros, desenho dos novos suportes da marca, nova papelaria...A projeção do novo logótipo no Kursaal de San Sebastián, foi o começo desta mudança. A partir daí, diferentes atividades, desde a mudança de elementos emblemáticos como o cubo luminoso na sede da HC Energía, ou a plantação de árvores por alunos equipados com novas camisolas com o logotipo, estão a servir de apresentação para uma identidade corporativa que já começa a ser reconhecida, agora também em Espanha.

Nova marca já em Espanha

LOJAS EDPCOM NOVA CARA

No seguimento do rebranding, as lojas EDP foram alvo de alterações, refletindo os novos valores e a nova identidade do Grupo. Foram escolhidas duas logomarcas para identificar os postos de atendimento EDP por todo o país, num total de 406 pontos de contacto direto com o público. Todas as lojas próprias (34), as lojas do Cidadão (9) e agentes EDP (286) têm uma nova sinalética exterior, que representa a identidade inovadora e sustentável da marca, refletida através de materiais mais resistentes, duradouros e de fácil manutenção.Uma operação nacional que envolveu uma equipa de 33 pessoas e que permitiu a colocação de 18.000 metros lineares de LED’s, 290 metros lineares de tela tensionada, 30 metros de vidro fosco, a produção de 312 bandeirolas exteriores e de 35 monofaces interiores e dez carrinhas que percorreram o país durante a montagem.

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mercado

EDP Renováveis inaugura Primeiro Parque Eólico de grande escala no estado de Ohio, Estados Unidos

Em outubro de 2011, a EDP Renováveis acolheu a cerimónia de inauguração do Parque Eólico Timber Road II, o primeiro parque eólico à escala industrial do Ohio. Cerca de 250 convidados, incluindo os proprietários de terrenos, as partes interessadas do projeto, e os colaboradores da EDPR North America estiveram reunidos para a cerimónia de inauguração. “É um enorme orgulhoso estar aqui hoje a celebrar o nosso primeiro parque eólico em Ohio”, afirmou o Chief Operating Officer da EDPR na América do Norte, Gabriel Alonso, durante o seu discurso no evento. “Desenvolver, projetar, construir e operar um parque eólico é semelhante a construir um puzzle; cada projeto de parque eólico requer a união homogénea de numerosas peças complexas. Em nome da plataforma americana da EDP Renováveis, agradeço aos proprietários de terrenos e às partes interessadas da comunidade por

confiarem em nós e por fornecerem as peças essenciais necessárias à conclusão deste parque eólico.”Nos Estados Unidos, a EDP Renováveis tem vindo a trabalhar com mais de 100 proprietários de terrenos locais desde 2008 no sentido de desenvolver e construir Timber Road. Localizado na região de Paulding, Ohio, o Parque Eólico Timber Road II tem uma potência instalada de 99 megawatts (MW), gerada por turbinas do tipo 55 Vestas V100 1.8 MW. Prevê-se que Timber Road II gere eletricidade suficiente para abastecer aproximadamente 27.000 lares no Ohio. Esta é a primeira de quatro etapas deste parque eólico que está a ser construído no noroeste do Estado de Ohio. Em 2010, a EDP Renováveis celebrou um Acordo de Compra de Energia de 20 anos com a AEP Ohio, uma unidade da American Electric Power (NYSE: AEP) para comprar a eletricidade limpa gerada por este parque eólico.

EDP EM CIMEIRA EUROPEIA

Realizou-se, em Munique, uma cimeira para CEOs e CFOs da Europa, organizado pela BME-German Association Materials Management Purchasing and Logistics, subordinado ao tema “Enhancing Profitable Growth”. Este evento contou com a presença de 200 executivos de Compras e Financeiros (15 países) das maiores companhias europeias, em que o Grupo EDP, foi representado pelo seu CPO, Luís Ferreira, diretor do Departamento de Negociação e Compras. Compareceram, entre outros, representantes da Microsoft, TATA, Siemens, Volkswagen, Thyssen, Schindler e Merck.O CPO do Grupo EDP, foi convidado como orador da cimeira, tendo a sua abordagem visado os grandes projetos estruturais e os riscos associados às falhas nas entregas e atrasos nas execuções. Apresentou, como exemplo, a construção e manutenção da Barragem de Peixe Angical no rio Tocantins (Enerpeixe-Brasil), e o impacto que causou, bem como as dificuldades inerentes à construção e fornecimento de equipamentos, associados à gestão dos diversos fornecedores neste empreendimento.

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Lucros crescem 6%

O resultado líquido da EDP foi de 824 milhões de euros nos primeiros nove meses deste ano. Um aumento de 6%, face a igual período de 2010, para o qual contribuíram o crescimento dos negócios das renováveis e as operações no Brasil. Segundo António Mexia, 59% destes resultados são gerados “fora de Portugal” e acrescenta, “tem que ver com o crescimento em

novas geografias, mas também com o facto de os novos dos investimentos em Portugal apenas começarem a gerar resultados no final deste ano”. São os casos do reforço das barragens de Picote e de Bemposta, que deverão entrar em operação em dezembro de 2011. O EBITDA subiu 4,7%, para 2.775 milhões de euros, “suportado pelas redes reguladas (mais

137 milhões de euros), atividade eólica (mais 75 milhões) e Brasil (mais 59 milhões)”. Já os custos operacionais líquidos caíram 2,7%, para 1.307 milhões de euros. Entre janeiro e setembro deste ano, “houve um aumento da eficiência e um controlo de custos que torna a EDP na empresa mais eficiente do setor, na Península Ibérica”, garantiu António Mexia.

António Mexia sublinha que a EDP

é a empresa mais eficiente do setor, na

Península Ibérica

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824M€ Resultado Líquido

+4,7% EBITDA(2.775 milhões de euros)

-2,7% Custos Operacionais(1.307 milhões de euros)

Contribuíram o crescimento dos negócios das renováveis e as operações no Brasil.

RESULTADOS 3.º TRIMESTRE

A EDP Renováveis foi reconhecida com o primeiro de três prémios atribuídos na segunda edição dos Prémios de Excelência para Empresas Espanholas de Capital Português, uma iniciativa levada a cabo pelo Círculo de Empresarios y Gestores Españoles y Portugueses (CEGEP). A CEO, Ana Maria Fernandes, recebeu o prémio numa cerimónia que decorreu no Hotel Intercontinental em Madrid, no passado dia 20 de outubro.A CEGEP distinguiu a EDP Renováveis como a número um em Excelência com base em seis

critérios quantitativos. A empresa de energia renovável destacou-se pela criação de postos de trabalho e autonomia financeira, na medida em que 77% dos seus ativos são auto-financiados. Foi também a segunda em termos de produtividade.A empresa HC Energía, do Grupo EDP, também foi reconhecida com o terceiro lugar deste ranking. No total, são mais de 600 as empresas espanholas que contam com mais de 25% de capital português.

EDP RENOVÁVEIS PREMIADA EM EXCELÊNCIA

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mercado

EDP lidera Engagement Rating

A EDP, este ano, liderou o ranking do Engagement Rating, que mede a transparência do envolvimento das empresas com os seus stakeholders, em matéria de sustentabilidade. Os resultados de 2011 do ERP (Portugal) e ERS (Espanha), traduzem a prestação de cada uma das empresas em cinco dimensões: económica, social, ambiental, estratégica e a abordagem de gestão. A seleção das empresas analisadas no ERP 2011, teve como base a lista “500 Maiores & Melhores”, publicada pela revista Exame, parceira neste projeto. Relativamente a Espanha, a seleção das empresas analisadas para o ERS 2011, foi feita através das 25 maiores empresas do ranking “500 Mayores Empresas de España”, publicado pela revista Actualidad Económica.

MAIS DE 200.000 com faturação eletrónica

A HC Energía e a Naturgas Energía superaram os 200.000 contratos com faturação eletrónica. A poupança correspondente ao fim do envio da fatura em papel ascende aos 284.240€, o que, aliado à diminuição de 8,4 toneladas de emissões de C02, contribui para alcançar os objetivos das empresas relacionados com o meio ambiente e o desenvolvimento sustentável. Dentro deste compromisso

desenvolveu-se a campanha “Um contrato, uma árvore”, que consiste na plantação de uma árvore por cada contrato que passe a faturação eletrónica. O número é cada vez maior e existe o objetivo de plantar mais de 75.000 árvores. Os clientes podem consultar a sua fatura eletrónica através da Área de Cliente, que se encontra disponível nas páginas de Internet da HC Energía e da Naturgas Energía.

GOVERNO DE DADOS DOS SISTEMAS COMERCIAISArrancou, no passado mês de setembro, o projeto de implementação do modelo de Governo de Dados dos sistemas comerciais do Grupo EDP. Entre os fatores que contribuem para a sua necessidade, destacam-se: complexidade organizacional e operativa com a existência de dados comerciais total ou parcialmente partilhados entre processos transversais a várias empresas; complexidade de Sistemas de informação implicando a necessidade de assegurar a consistência de dados entre diferentes sistemas (Eletricidade, Gás e Serviços); contexto regulatório e legislativo exigente, unblunding (desagregação das redes das operadoras) entre atividades e empresas reguladas e livres, confidencialidade e proteção de dados pessoais e o reforço dos requisitos de compliance e de controlo interno; e o aumento da informação a disponibilizar ao mercado e ao regulador.

Entretanto, teve lugar, no passado dia 7 de outubro, o 1º Steering Committee do Projeto de Governo de Dados, tendo contado com a presença dos membros do CAE António Martins da Costa e Jorge Cruz de Morais, assim como representantes da EDP Serviço Universal, EDP Distribuição, EDP Gás, EDP Comercial, EDP Soluções Comerciais e do Centro Corporativo (DAI, DGR, DSI e DMK).António Martins da Costa referiu que esta nova estrutura, que será liderada por José Carlos Teixeira, permitirá reforçar algumas competências-chave relativas à gestão do ciclo comercial do Grupo EDP. O foco do projeto será a criação desta estrutura com o seu dimensionamento, descrição de funções, matriz de responsabilidades, definição das políticas e dos processos de Governo de Dados. O âmbito inclui também um piloto de Qualidade de Dados e um roadmap das iniciativas complementares necessárias para a total operacionalização da função.

João Matos FernandesAdministrador da EDPSC

José Carlos TeixeiraDiretor do Gabinete de Governo de Dados

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Os métodos mais eficientes e os valores que servem de exemplo

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António de Almeida, presidente do Conselho Geral e de Supervisão da EDP, recebeu o Prémio Carreira, pelos 50 anos de uma carreira cheia de desafios. O prémio foi entregue pelo Presidente da República, Cavaco Silva, na abertura oficial do 4º Congresso Nacional dos Economistas, no ISCTE. Aqui fica o seu testemunho.

“A entrega do Prémio de Carreira pelo Senhor Presidente da República, ocorrida no passado dia 19 de outubro, teve um significado muito especial para mim e para a minha família, a quem roubei muito tempo do convívio que poderia ter tido com ela. Tudo por causa da efémera miragem da carreira. Escolhi, conscientemente, ser economista. Seguiram-se as de gestor, de político, de cronista, de professor e de supervisor. Em Portugal e no estrangeiro. Passaram cinquenta anos. Vivi múltiplas fases da vida nacional. Umas de euforia e outras de depressão. Com diferentes roupagens, a História vai-se repetindo, com a agravante dos efeitos dos erros de hoje, só se sentirem mais tarde. Cometi erros,

paguei por alguns, mas sempre procurei dignificar a profissão, assim como os cargos que me foram confiados. Fi-lo com base no estudo, na reflexão, na assunção do risco, na limitação de cedências, da frontalidade, mas, sobretudo, com base no trabalho e no exemplo. Nunca pedi um cargo. Morrerei com a consciência tranquila de que aquilo que fiz foi sempre por convite. Por pertencer a uma geração que nasceu durante a Guerra Civil de Espanha, na extrema pobreza que dominava a minha terra natal, Celorico da Beira, ações de esbanjamento e de imagem pessoal não fazem parte do meu CV. A imagem é passageira. Apenas o exemplo, o caráter e aquilo que fazemos e deixamos para

a prosperidade, se não cair no eterno esquecimento, poderá um dia ser lembrado. A EDP, pelo desempenho de funções de presidente do Conselho de Administração, durante a primeira fase da sua privatização, de presidente da Comissão de Auditoria, quando se adotou o modelo monista, e primeiro presidente do Conselho Geral e de Supervisão, com a mudança para o modelo dualista, representa o diamante da minha carreira, que se aproxima da sua fase final. O imparável cronómetro do tempo, e não o Prémio, será o juiz final do que fiz nos cinquenta anos que levo de profissão, assim como do que, por incapacidade, impossibilidade, falta de coragem ou bloqueio, não consegui realizar”.

ANTÓNIO DE ALMEIDA RECEBE PRÉMIO CARREIRA

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Operadores do Pecém em Sines

Chegou ao fim mais um estágio dos colegas da central termoelétrica Porto do Pecém, localizada no estado brasileiro do Ceará. Entre 30 de maio e 24 de agosto, o Centro de Produção Sines (PTSN) disponibilizou formação prática à terceira turma de Operadores de Sala e de Campo. O estágio iniciou-se com a integração dos formandos, cinco operadores de sala e 10 operadores de campo, nas equipas de condução em regime de turnos, desenvolvendo-se depois em duas fases distintas. Na primeira fase, privilegiou-se a transmissão dos conhecimentos sobre os equipamentos e sua função; a segunda etapa foi direcionada essencialmente para a prática da operação/condução dos equipamentos.Importa relembrar que a EDP abraçou, em 2008, o desafio da construção de um empreendimento termoelétrico no Brasil, em São Gonçalo do Amarante, no estado do Ceará. A opção recaiu numa central a carvão, servindo naturalmente a PTSN de modelo inspirador. Esta nova central terá uma capacidade instalada de 720 MW.

A primeira sincronização do grupo de Picote II, com a rede elétrica nacional, até à potência de 70 MW, ocorreu no dia 19 de outubro, exatamente às 17h21. Esta data configura uma antecipação, em cerca de um mês, da data de entrada em serviço industrial da nova central, face ao planeamento inicial da obra, facto inédito na história da construção de grandes aproveitamentos hidroelétricos na EDP. A 21 de outubro, o grupo atingiu com sucesso a plena carga - 246 MW, prevendo-se que o início do Serviço Experimental tenha lugar até final de novembro.Também Bemposta II concretiza a primeira sincronização com a rede elétrica nacional, com o grupo a atingir uma potência de 78 MW. Foi a 31 de outubro, às 16h21. Trata-se de um marco muito importante nas obras do reforço de potência dos aproveitamentos hidroelétricos de Picote e de Bemposta, que foi testemunhado pelo administrador da EDP Produção, António Ferreira da Costa, pelo diretor dos projetos, António Freitas da Costa, e por elementos das equipas de projeto, de estaleiro e de comissionamento.

Picote II e Bemposta II: a primeira sincronização

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A Universidade EDP arrancou com a nova Escola de Energias Renováveis. Os bons ventos atingiram Madrid e Houston onde decorreram as sessões inaugurais, que incluíram a apresentação do curso “Introdução à Geração de Eletricidade”, parte do programa de Formação Técnica da Escola. A formação de um dia, a cargo do diretor de engenharia da EDPR North America, Phil Wharton, e Francisco Galvan, diretor de sistemas de otimização e suporte da Europa, forneceu uma visão geral estruturada e de fácil compreensão sobre várias tecnologias de geração de eletricidade. Permitiu, ainda, que os participantes conhecessem os maiores desafios tecnológicos que a EDP Renováveis tem de enfrentar, bem como as funções de diferentes áreas técnicas e a respetiva interação dentro da empresa. Luís Adão da Fonseca, diretor da escola, e a diretora executiva Nailia Dindarova, desenvolveram um trabalho profundo de identificação das boas práticas em áreas chave do negócio. A Escola pretende, assim, ir além da formação pura e dura, e ser uma plataforma para a partilha de conhecimento, experiência e boas práticas. No dia 20 de outubro realizou-se, à semelhança do que já aconteceu em Lisboa, o primeiro curso para a Alta Direção da Escola de Gás da Universidade EDP. O tema incidiu nos “Mercados Organizados de Gás Natural”, tendo sido discutido temas como o funcionamento dos mercados organizados de GN, os hubs europeus existentes e a evolução do mercado ibérico de gás.

UNIVERSIDADE EDP NOVAS ESCOLAS E NOVAS GEOGRAFIAS

O talento, a arte, o pensamento, a comunicação, a ciência e o desporto são formas de energia que também movem o mundo. Neste sentido, a HC Energía, membro da Fundación Príncipe de Asturias, colaborou, mais uma vez, com os prémios Príncipe das Astúrias.A HC Energía tem como uma das suas missões dar apoio empresarial a quem faz a diferença, nas mais diversas áreas profissionais. A cerimónia de entrega dos Prémios Príncipe das Astúrias mostrou a todos a energia que a região das Astúrias é capaz de concentrar e produzir. E a HC Energía compromete-se, desta forma, com todas as pessoas que, conhecidas ou anónimas, são capazes de dar ao mundo a energia e o talento em estado puro.

GALARDOADOS Artes - Riccardo Muti: Reconhecido como um dos melhores diretores de música clássica do mundo.

Ciências Sociais – Howard Gardner: reconhecido pela sua teoria sobre inteligências múltiplas.

Comunicação e Humanidades – The Royal Society: a comunidade científica mais antiga do mundo.

Investigação Científica e Técnica – Joseph Altman, Arturo Álvarez-Buylla e Giacomo Rizzolatti: três cientistas de referência mundial na área de neurologia.

Letras – Leonard Cohen: considerado um dos autores mais influentes do nosso tempo.

Cooperação Internacional – Bill Drayton: impulsionador da figura dos empreendedores sociais.

Concordia – Herois de Fukushima: este grupo de pessoas representa os valores mais elevados da condição humana ao evitar, com sacrifício, o desastre nuclear provocado pelo tsunami que assolou o Japão.

Desporto – Haile Gebrselassie: considerado o melhor corredor de grande distância de todos os tempos. O seu trabalho humanitário e social na Etiópia converteram--no num exemplo para toda uma geração mundial de atletas.

PARA MAIS INFORMAÇÕEShttp://www.fpa.es/premios/2011/

PRÉMIO PRÍNCIPE DAS ASTÚRIAS

A energia em estado puro

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Mais de cem investigadores reuniram-se em Oviedo, num congresso organizado pela HC Energía, onde foram debatidos importantes temas científicos. Um dos pontos altos do congresso “Com Ciência na Energia”, foi a possibilidade de assistir, em direto, a uma das demonstrações que, até há bem pouco tempo, só se podia ver nos laboratórios do MIT (Massachusetts Institute of Technology): wiitricity. Ou seja, eletricidade sem cabos. Eric Giler, o maior especialista nesta tecnologia, demonstrou, em Oviedo, que a energia elétrica sem cabos é uma realidade, e está mesmo em fase experimental. O cientista americano acredita que, mais quatro ou cinco anos, esta

tecnologia estará ao alcance de todos e em qualquer lugar.Eric Giler captou o interesse de todos ao demonstrar como baterias, com um campo magnético ao seu redor, podem conduzir a energia elétrica sem cabos, e sem qualquer problema para a saúde. “Trata-se de um campo de baixa densidade onde a passagem para energia elétrica é menos perigosa do que falar por um telefone móvel”, apontou o cientista.Atualmente, a distância que a energia elétrica sem cabos pode alcançar é de umas dezenas de centímetros. Giler já está a trabalhar em ressonâncias de energia que permitam ampliar esta capacidade. No Grupo EDP, já se assistiu a esta realidade ao vivo.

Investigadores debatem eletricidade sem cabos

O site do Relatório e Contas 2010 da EDP Renováveis foi distinguido pelos Prémios SAPO 2011, na categoria de Melhor Site Institucional. A iniciativa, que visa premiar os melhores trabalhos na área da Publicidade, Marketing e Comunicação, deu nota máxima a esta versão online, através de um conceituado júri

constituído por profissionais do meio. A parte técnica do site foi desenvolvida em parceria com a agência portuguesa Excentric e o trabalho final resulta da concretização de timings ambiciosos e de um objetivo muito concreto de tornar o produto Relatório e Contas mais dinâmico, eficiente e acessível a todos os públicos interessados.

Site de Relatório e Contas da EDPR premiado

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EUROPEAN BEST EVENT AWARDS’11Concerto no Douro reconhecido internacionalmente

O “Concerto Energia Douro” foi o grande vencedor da 8.ª edição dos European Best Event Awards’11, em cerimónia realizada em Milão, Itália.O espetáculo no Douro recebeu seis distinções: Best Celebration/Festivity Event, prémio especial como Best Integrated Event, o primeiro prémio como Musical Event, Melhor Agência de Eventos – Desafio Global Ativism –, o segundo prémio como Best European Award e ainda o segundo prémio como Best Public Event. Estiveram a concurso 46 agências de vários países europeus.

Realizado no passado dia 1 de julho, para a comemoração dos 35 anos do Grupo EDP, o concerto no Douro proporcionou a todos os portugueses um momento único e memorável, nunca antes visto nas margens do Rio Douro. Num palco flutuante atuaram Rui Veloso, The Gift e Rodrigo Leão & Cinema Ensemble. Além dos presentes nas margens do Rio Douro (cerca de 100 mil pessoas), o espetáculo foi ainda visto por cerca de 1 milhão e 300 mil espetadores, em direto na SIC. Um evento que marcou o ano em Portugal, e que foi agora reconhecido na Europa.

Os vencedores da primeira edição do prémio “As Empresas Mais” foram conhecidos em novembro, após a realização da II Conferência Human Resources Portugal, subordinada ao tema “A Inovação na Gestão de Pessoas”. O Grupo EDP foi distinguido em quatro

categorias: CEO da elétrica portuguesa, distinção para António Mexia; diretor de Recursos Humanos, categoria que distinguiu Maria João Martins; empresa onde as pessoas mais gostariam de trabalhar e a empresa que tem maior espírito de equipa.

“AS EMPRESAS MAIS”

Paulo Campos Costa, diretor da DMC da EDP, acompanhado por Pedro Henriques,

da Desafio Global Ativism, e por Barbra Avelar, da DMC

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Melhor TV corporativa, segunda melhor publicação e terceira melhor intranet da Europa. Foram estes os prémios recebidos pela EDP, na área da comunicação, atribuídos pela FEIEA (Federation of European Business Communicators Associations). A cerimónia, que teve lugar em Londres, a 17 de novembro, distinguiu a televisão interna edpon com o 1º lugar na categoria de Comunicação Audiovisual, ao nível europeu. A revista edpon obteve o 2º lugar na categoria de revista interna multilingue, enquanto a intranet foi considerada a 3ª melhor da competição.A FEIEA, fundada em 1955, é a federação das associações de comunicação interna da Europa, e reúne profissionais de 11 países.

Gr and Pr ix FEIE A 2011

COMUNICAÇÃO DA EDP DISTINGUIDA NA EUROPA

MARCA EDPBrilha no Louvre

A marca EDP está exposta no Centro de Artes Decorativas do Museu do Louvre, em Paris, no âmbito de uma exposição dedicada a Stefan Sagmeister, criador da nova imagem corporativa da EDP. Uma mostra do designer austríaco, sedeado nos EUA, que pretende demonstrar que não há distinção entre o mundo do grafismo cultural e comercial. Para ilustrar essa visão, Sagmeister

escolheu a marca EDP, a par de outras das suas criações emblemáticas, que vão desde a colaboração para a imagem de álbuns dos Rolling Stones ou Lou Reed, a trabalhos para marcas como a Levi’s Jeans ou a BMW, ou ainda a imagem da Casa da Música, no Porto. Até 19 de fevereiro, terá oportunidade de ver a marca EDP, no Centro de Artes Decorativas do Museu do Louvre.

STEFAN SAGMEISTER Criador da nova imagem corporativa da EDP

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O novo Posto Médico de Lisboa, com uma área útil de 1.000 m2, serve uma população de 9.400 utentes. Está dotado de 16 gabinetes médicos, quatro salas de enfermagem, uma área exclusiva para pequena cirurgia, com sala de recobro, e uma zona dedicada aos utentes mais novos. Este posto é apoiado por um corpo médico e de enfermagem, complementado por uma equipa de apoio administrativo.Todas as áreas estão equipadas com modernos meios tecnológicos para os cuidados de saúde prestados, nas áreas de

Clínica Geral, Pediatria e Especialidades (Cirurgia, Ortopedia, Dermatologia, Psiquiatria, Oncologia), apoiadas num sistema informático de gestão de saúde, que começa logo na própria recepção, através de um quiosque que interage com o utente e lhe disponibiliza a informação necessária para que a sua permanência no local possa ser o mais simplificada possível.Desde a sala de espera equipada com televisão e som ambiente até à sinalética, corredores e gabinetes, o novo posto médico está modulado para uma fácil deslocação

dos diferentes agentes que nele coexistem. Também o sistema de iluminação não foi descurado: é dotado de sensores do nível luminoso para uma gestão energética eficiente e a rede elétrica está, ainda, assegurada por uma unidade de socorro nas tomadas de alguns gabinetes e em particular na zona da pequena cirurgia. Situado numa das principais artérias da cidade de Lisboa, na Av. da República - 90C, é servido por diferentes tipos de transporte (metro, autocarros e comboios), situado junto ao interface de Entrecampos.

1.000 m2

área útil do novo posto médico

9.400 utentes

16 gabinetes médicos

4 salas de enfermagem

1 área exclusiva para pequena cirurgia com sala de recobro

1 zona dedicada à Pediatria

Av. da República, 90 C (em frente à antiga Feira Popular)

Já abriu novo Posto Médico de LisboaSituado numa das principais artérias de Lisboa, o novo posto médico é servido por diferentes tipos de transporte e está equipado para responder a todas as necessidades dos colaboradores da EDP.

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Quando a EDP Valor foi criada, concentrou serviços dispersos nas diversas empresas do Grupo. Considera que após dez anos foi criado um espírito de equipa de sucesso?A EDP Valor tem vindo a criar um espírito de equipa e de identidade empresarial, sem nunca perder a visão de pertença cultural ao Grupo EDP.O espírito de equipa de sucesso tem sido conquistado ao longo do tempo, com a identificação de inúmeros projetos de melhoria, com o rejuvenescimento do quadro de colaboradores e com a conquista de resultados, quer em termos de qualidade quer em termos de eficiência.A melhoria obtida, ao nível do inquérito de satisfação a colaboradores da EDP Valor, tem sido consistente ao longo dos anos, tendo o resultado de 2011 sido, inclusive, superior à média do Grupo EDP.

Recentemente foram transferidos para a EDP Valor novos serviços, designadamente na área administrativa financeira. Qual a importância dessa operação?Ao longo dos anos, diversas atividades que inicialmente não faziam parte da EDP Valor têm sido por si acolhidas, porque o CAE entende que esta é a empresa do Grupo que melhor

pode desenvolver essas tarefas no binómio qualidade e preço.A transferência, quer de algumas atividades de contabilidade (que estavam no Centro Corporativo) quer a iberização de inúmeras atividades de tesouraria, são exemplos de como a concentração na EDP Valor de um certo tipo de processos cria valor para a empresa no seu todo.

O papel da EDP Valor, enquanto prestador de serviços às várias geografias, designadamente na Península Ibérica, tem correspondido às expetativas que presidiram a essa expansão geográfica?A EDP Valor tem que acompanhar o processo de internacionalização dos negócios da EDP, tentando a cada altura identificar processos com capacidade de virem a ser geridos centralmente com, pelo menos, o mesmo nível de qualidade existente e com mais eficiência. Nesse sentido, temos vindo a evoluir de forma muito positiva, conscientes de que há sempre mais a fazer no futuro.

Volvidos 10 anos de existência da EDP Valor, quais os seus votos para o futuro? A EDP Valor irá, no futuro, com motivação, qualidade e eficiência acrescidas orgulhar-se do seu contributo para o Grupo EDP.

Focada na criação de valor, a EDP Valor tem alargado a sua oferta de serviços, tem-se modernizado, assumido uma trajetória de melhoria contínua, sem nunca perder a razão da sua criação - a racionalização dos recursos, a eficiência dos processos, a redução dos custos, sempre com os seus colaboradores motivados. Este tem sido o caminho da empresa, feito de uma partilha

constante com os seus clientes, em que o sucesso depende da capacidade de fazer com que cada um dos colaboradores se sinta, simultaneamente, autor e ator da mudança. A propósito deste aniversário, entrevistamos o CFO Nuno Alves, que preside ao CA da EDP Valor, e que tem liderado nos últimos anos esta empresa de serviços partilhados do Grupo EDP.

10 ANOS EDP VALOR /Dez anos após a sua constituição, em 18 de dezembro de 2001, um longo e sólido caminho foi percorrido. A estratégia do Grupo, nomeadamente com a internacionalização dos negócios, fez com que a EDP Valor assumisse um papel de maior relevância.

“A EDP Valor tem vindo a criar um espírito de equipa e de identidade empresarial, sem nunca perder a visão de pertença cultural ao Grupo EDP”

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OPENSPACE/

Esqueça as horas perdidas em reuniões e emails. O Openspace, conceito de trabalho em equipa e partilha do conhecimento, veio facilitar a vida aos colaboradores da EDP. No futuro, este espírito será potenciado à escala global no Grupo, com a chegada da nova intranet!

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Imagine-se alguém muito ocupado, com dezenas de reuniões marcadas e uma caixa de correio com centenas de emails para ler e enviar. Na verdade, qualquer um de nós pode reconhecer-se perfeitamente neste retrato. Mas, na realidade, existem já, no Grupo EDP, plataformas que facilitam a gestão do nosso tempo e a partilha do conhecimento. Uma das mais inovadoras chama-se Openspace, e permite que as pessoas, a informação e o conhecimento estejam apenas à distância de dois cliques. O Openspace é um novo conceito de trabalho em equipa, assente no trabalho colaborativo e na partilha permanente de informação e conhecimento. Criado no início de 2009, pela EDP Inovação, este conceito está suportado numa plataforma tecnológica, que disponibiliza os meios e as ferramentas necessários, para que qualquer equipa de trabalho possa criar, gerir e utilizar o seu espaço colaborativo – um site ou espaço web – que virtualiza um ambiente de trabalho ideal, independentemente da localização geográfica dos elementos da equipa. Neste momento, existem em atividade mais de 50 espaços colaborativos. O que é mais interessante é que este acesso ao conhecimento é um ato individual, do recetor, que pode ocorrer em qualquer momento, sem intervenção de terceiros. Não é necessário, sequer, conhecer o remetente.Com o Openspace, cada equipa de trabalho cria o espaço colaborativo à sua medida, com as ferramentas de que necessita, com os membros que entende, com os perfis de utilização necessários e com a abertura à envolvente, que considera útil. Tudo isto em self-service, sem intervenção de terceiros. Ou seja, como user friendly que é, com este sistema não é necessário ser um entendido em tecnologias de informação para criar ou intervir num determinado espaço.Recorrendo às tecnologias e ferramentas Web 2.0, o Openspace estimula-nos a publicar conteúdos em vez de enviar emails, permite-nos abrir fóruns de discussão no momento em vez de agendar reuniões para mais tarde, “liga” as pessoas, alerta-nos sobre as ocorrências no nosso espaço colaborativo. v

http://openspace.edp.pt

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PEDRO CARREIRAGestor de projetos Inovadores e Desenvolvimento da EDP Distribuição

“Como utilizador frequente e administrador de espaços Openspace, considero ser uma plataforma que permite enriquecer a cultura de partilha e envolvimento dentro da organização. Com a ferramenta Openspace podemos fazer chegar informação e recolher comentários aos/dos locais mais remotos da organização. Na gestão de projetos inovadores a recolha de comentários e ideias é fundamental para antecipar riscos e descobrir oportunidades. É também importante alinhar esses projetos com as necessidades reais da organização, de modo a não cairmos no conceito da inovação exótica. Os espaços colaborativos sobre a Iluminação Pública e Roubo de Cobre são bons exemplos práticos das vantagens desta plataforma. Através do espaço colaborativo Iluminação Pública foi possível partilhar com toda a organização, extravasando fronteiras geográficas e entre empresas, o trabalho da iniciativa 6 - Iluminação Pública, enquadrada no eixo ‘Excelente Qualidade de Serviço’. Com o espaço colaborativo de Roubo de Cobre foi possível aglutinar todas as ações que estavam a ser realizadas na empresa para colmatar este problema, permitindo identificar e promover as melhores práticas.Quanto à partilha de conhecimento, sublinho a sua importância através de uma frase: ‘Pense nas vezes em que foi apanhado de surpresa no passado; provavelmente, alguém na sua organização ou na sua rede de contactos sabia do assunto. Porém não sabia o que eles sabiam; e eles não sabiam que precisava de saber’ – Visão Periférica da Harvard Business Scholl Press”.

“O Openspace surgiu como uma janela de oportunidades para simplificar o processo de candidatura aos índices Dow Jones de Sustentabilidade. A ideia de avaliação do potencial de utilização do Openspace surgiu em Novembro de 2010, como uma das ações do Plano Ações DJSI 2010-2011. Tornou-se realidade durante o mês de abril, momento em que se iniciou o processo de preparação de resposta ao questionário de 2011, e em que os interlocutores do processo de candidatura foram convidados a entrar e participar no espaço colaborativo “Indices_Sustent”,

nomeadamente através do carregamento de conteúdos: respostas e documentos que evidenciassem o desempenho da EDP em sustentabilidade. Uma vez que aquele espaço colaborativo foi concebido como uma ferramenta de trabalho para armazenar e gerir informação, sou uma utilizadora frequente, evitando sempre que possível o recurso ao folder “DJSI” da DSA. Anteriormente, a recolha de contributos era feita através de emails, e pela 1ª vez, o trabalho desenvolveu-se de um modo mais célere, participativo e auditável, interna e externamente.O Openspace permitiu-nos melhorar o fluxo de informação, evitar o risco que esta se perca e a alteração da metodologia de trabalho permite que haja um maior envolvimento de todos no processo de candidatura da EDP ao DJSI. Pretende-se que este espaço colaborativo possa constituir o embrião de um verdadeiro Portal da Sustentabilidade onde, de forma participativa, se integre e disponibilize toda a informação sobre a prática e desempenho do Grupo EDP em termos de Desenvolvimento Sustentável. É nesse sentido que irei trabalhar”.

HENRIQUE OLIVEIRADiretor do Projeto Lince

“Para mim, o Openspace tem uma grande utilidade, na medida em que foi através desta plataforma web, bastante user friendly, que conseguimos criar o Espaço Lince – intranet do Projeto Lince – onde disponibilizamos informação sobre o mesmo, tal como notícias, documentos, contactos, marcos importantes do projeto, etc. Nós queríamos criar um espaço de partilha e comunicação de informação que não nos consumisse muitos recursos e isto foi conseguido devido às características do Openspace, não só por ser de fácil utilização na ótica da construção/manutenção da plataforma, como de fácil e rápido acesso por parte dos consultores externos e dos colaboradores EDP. Tendo em conta que o Projeto Lince é um projeto Multi-geografias, esta plataforma tem sido bastante útil na medida em que conseguimos passar para uma plataforma web os nossos três pressupostos base de criação de um espaço privilegiado de comunicação do projeto: garantir uma atualização constante da informação sobre o projeto e acontecimentos relevantes; garantir a disponibilização de documentos; garantir um suporte

eficaz à equipa. O Espaço Lince já foi visitado por 623 utilizadores de várias geografias. Alguns exemplos práticos da vantagem de existir uma plataforma como esta: os documentos desenvolvidos e utilizados no âmbito do projeto (exemplo: Bussiness Blue Print – BBP) são bastante densos o que dificulta a sua distribuição/envio via email. Face a este contrangimento a plataforma tem sido o nosso veículo de divulgação; o Espaço Lince possibilita o acesso aos contactos dos consultores externos através de uma lista de contactos, onde além de ter os consultores tem também todas as pessoas envolvidas no projeto; sempre que entra uma pessoa nova no projeto, este é o meio privilegiado de conhecimento”.

nomeadamente através do carregamento de conteúdos: respostas e documentos que

GILDA CAETANODireção de Sustentabilidade e Ambiente

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Naturgas Energía levanegócio à Universidade

TECNOLOGIA LED EM EXPANSÃO

Juan Ramón Arraibi, director-geral dos Negócios Regulados e Ángel María Gutiérrez, chefe do departamento de I+D+i da Naturgas Energía, apresentaram, em setembro, na Escola Técnica Superior de Engenharia de Bilbao, os projetos de investigação, desenvolvimento e inovação que os alunos irão desenvolver na escola durante o ano letivo 2011-2012, na aula

de empresa que a Naturgas Energía leciona na Universidade do País Basco. Os projetos de I+D+i apresentados são sete, sobre temas tão diversos como: gás natural renovável ou biometano; previsão da procura doméstica de gás natural doméstico; micro-cogeração de energia térmica e elétrica. Os projetos, podem ser conhecidos, em detalhe, na página web da universidade (http://1mz.kc.sl.pt).

A Arquiled, empresa líder na produção de iluminação LED, investiu 1,8 milhões de euros na expansão da sua unidade fabril, em Mora. Um avanço tecnológico onde a EDP Ventures está presente, com uma participação de 40%, desde 2010.A aposta na expansão das instalações deve-se à crescente procura da tecnologia LED por parte de um mercado que, regido pela crescente preocupação com a redução de custos e a racionalização da energia utilizada, faz aumentar a procura deste tipo de iluminação.

A nova unidade fabril, que tem a mais avançada tecnologia de equipamento de produção e análise, conta com cerca de 1. 200m2 de área de produção, laboratórios de pesquisa e ensaio. Uma aposta que dotará a unidade fabril com capacidade e qualidade para dar resposta ao mercado internacional, pretendendo-se que este represente 70% da faturação da empresa nos próximos três anos. A empresa conta com uma equipa jovem e inovadora para poder corresponder às expetativas do mercado nacional e internacional.

FABLAB EDP Portas abertas à criatividade das crianças

O Fablab EDP, o primeiro laboratório digital em Portugal, ampliou o seu público-alvo promovendo workshops com crianças do 2.º ciclo. Foram várias as crianças do 5.º ano da escola Filipa de Lencastre, com 10 anos, que tiveram o primeiro contacto com tecnologias de prototipagem rápida. O objetivo é estimular a criatividade dos mais pequenos e desmistificar a inovação desde cedo. Segundo Catarina Santos, da Equipa do Fablab EDP, “não há fronteiras de idades para assimilar conhecimentos”. Uma ideia que será exportada para todas as escolas e filhos de colaboradores do Grupo EDP.

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NATURGAS E HC ENERGÍA

AJUDAM CRIANÇAS DE LORCA /Mais de 2.000 de crianças de Lorca participaram na iniciativa solidária de lazer infantil destinada às crianças da localidade, patrocinada pela Naturgas Energía, com o objetivo de tornar a situação que enfrentam mais suportável, depois do grande sismo ocorrido no mês de maio. Para minimizar a catástrofe, a empresa promoveu a criação de um espaço lúdico gratuito, instalado na Alameda de las Columnas, aberto todas as sextas-feiras, de julho a outubro, das 10h30 até às 14h30 e, desde 16 de Setembro, das 18 às 22 horas. Um parque infantil de 200 metros quadrados e com vários insufláveis para as brincadeiras dos mais novos. Além deste espaço, as crianças que visitaram o recinto receberam pequenos presentes. Uma iniciativa que só foi possível pelo compromisso assumido por parte dos 28 voluntários, colaboradores do centro de Murcia.

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2.000 crianças 200m2 28 voluntários

CausasedpCapacidade económica e empenho social

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causas

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1. Agrupamento de Escolas de Murça – Escola de Pais e Encarregados de Educação

2. Ass. Pais e Encar. de Educação do Agrupamento de Escolas de Vila Velha de Ródão – Conservação de espaços ajardinados e produção de plantas ornamentais e medicinais envolvendo crianças, jovens e idosos

3. APPACDM Castelo Branco – Equipamentos para criação do bicho-da-seda

4. Associação de Solidariedade Social Arca – Melhorar condições do edifício em termos de eficiência térmica e instalação de painéis fotovoltaicos

com venda de energia5. Cercimarante – Banco de Ajudas Técnicas6. Centro Social e Paroquial de Grijó –

Equipamentos fisioterapia para idosos7. Centro Social e Paroquial de Sambade –

Banco de Ajudas Técnicas8. Escola Profissional de Agricultura

e Desenvolvimento Rural de Carvalhais/Mirandela – Hortas Sociais

9. MIMOS – Cooperativa Agrícola, de Serviços e Artes de Valadares – Instalação de estufas para abastecer instituições locais

10. Município de Carrazeda de Ansiães – Oficina domiciliária

EDP Solidária Barragens criado em 2009, o programa visa promover o desenvolvimento das comunidades nas áreas onde atua

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Apoio a mais 10 projetos

OS VENCEDORES

EDP desenvolve comunidades

Hortas sociais, conservação de jardins, criação de bichos-da-seda, serviços de reparações

domésticas, cedência de equipamentos ortopédicos, reequipamento de instalações com painéis solares, escola de pais são alguns dos dez projetos apoiados pelo programa EDP Solidária Barragens 2011. Este ano, foram recebidas 92 candidaturas, o que representa um número recorde. Participaram instituições dos concelhos de Alfandega da Fé, Alijó, Carrazeda de Ansiães, Macedo de Cavaleiros, Miranda do Douro, Mirandela, Mogadouro, Murça, Torre de Moncorvo, Vila Flor, Amarante, Cabeceiras de Basto, Celorico de Basto, Ribeira de Pena, Mondim de Basto, Castelo Branco e Vila Velha de Rodão, Sever do Vouga, Oliveira de Frades, São Pedro do Sul e Vale de Cambra.O EDP Solidária Barragens, criado em 2009, faz parte de um conjunto de iniciativas lançadas pela EDP para promover o desenvolvimento regional. Através de programas de empreendedorismo, inovação e inclusão social, educação e cultura procura-se atender às expetativas das populações locais e partilhar os benefícios gerados pelo reforço de produção hidroelétrica. E ainda há muito a fazer. Afinal, o Grupo EDP tem em curso o maior plano hídrico da Europa, prevendo mais de 3.000 milhões de investimentos e a criação de 35.000 postos de trabalho diretos e indiretos. Uma prova do envolvimento do Grupo para com as comunidades onde atua.

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A natureza da relação das empresas com a sociedade está a mudar. Hoje, as companhias são avaliadas pelos seus stakeholders e pela sociedade em geral, não só pela sua capacidade de gerar lucro, mas pela forma sustentável como o fazem, tendo em atenção o equilíbrio entre economia, sociedade e ambiente. Por outro lado, a natureza da relação dos colaboradores com as empresas onde trabalham, também está a mudar. As pessoas estão mais exigentes e avaliam as empresas pela sua inserção na comunidade, pelo seu desempenho social e pela sua capacidade em devolver, de alguma forma, uma parte daquilo que a comunidade lhe deu a ganhar.O voluntariado é, neste sentido, a forma

mais poderosa de abrir a empresa à sociedade e, ao mesmo tempo, fazer com que a sociedade entre naquilo que é o ambiente empresarial. Muitas têm sido as horas de trabalho voluntariamente cedidas pelos colaboradores da EDP às causas mais diversas. Direta ou indiretamente, já foram beneficiadas milhares de pessoas, um pouco por todo o mundo. A eletrificação do campo de refugiados de Kakuma é um dos maiores exemplos de mobilização de capital humano da EDP. Uma gota num oceano onde há ainda tanto por fazer. Mas o potencial humano do Grupo EDP é enorme e pode fazer a diferença.No ano passado, os resultados de um questionário realizado no Grupo EDP

revelaram que 70% dos colaboradores da EDP gostaria de fazer voluntariado. Nesse mesmo questionário, 80% dos parceiros sociais da EDP respondeu que necessita de competências técnicas e de voluntários. A fórmula não poderia ser mais perfeita: há necessidades enormes por parte da sociedade e há muita gente a querer fazer parte da solução.

FAZER GLOBALEstas são razões mais do que válidas para que a EDP pensasse num programa integrado e transversal a todo o Grupo. E o momento chegou na hora certa: 2011 foi, justamente, o Ano Europeu do Voluntariado. Com a criação do Programa de Voluntariado EDP (PVEDP),

E m focoPrograma de voluntariado EDP

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Já fez a sua parte?O que pode acrescentar uma empresa num território que depende tipicamente da vontade individual? Muito, garantem os responsáveis pelo Programa de Voluntariado EDP. A partir de agora, ações isoladas, criadas por diferentes empresas do Grupo, passam a ser realizadas de forma coordenada e global. Para saber mais, siga as próximas páginas e consulte o portal www.voluntariado.edp.pt

ações isoladas, criadas por diferentes empresas do Grupo EDP, passam agora a ser realizadas de forma coordenada e global. “O que faz a diferença em relação àquilo que já existia no passado, e o que faz a diferença em relação a programas de voluntariado corporativo que existem hoje noutras grandes companhias ao nível mundial, é a combinação entre a gestão da sociedade e a gestão de recursos humanos”, explica Sérgio Figueiredo, administrador da Fundação EDP, e dinamizador do PVEDP, responsabilidade que partilha com Maria João Martins, diretora de Recursos Humanos da EDP. Esta aliança estratégica entre Fundação e Direção de Recursos Humanos dá ao

processo uma nova eficácia. A experiência da Fundação, que conhece bem o território onde se move, em gerir as populações carenciadas, minimiza o risco de engano. O gestor de equipas tem, desta forma, mais segurança quando liberta um colaborador para uma ação de voluntariado. “É fundamental quebrar o estigma de que o voluntário é um tipo que se está a escapar ao trabalho. E esta é, também, uma forma de dizer ao nosso acionista que o voluntariado não é um desperdício, mas sim um investimento, porque estamos a fazer algo que sustenta o negócio”, defende Sérgio Figueiredo.Outra forma de tornar o processo eficaz é não deixar o sistema ao sabor do acaso. É preciso transformar este acaso num

programa estruturado, através de uma bolsa de horas que faz um matching permanente: por exemplo, colocar alguém que sabe de contabilidade ou de leis em instituições que precisem de um contabilista ou de um jurista.

DA BASE PARA O TOPOO PVEDP está a nascer em todas as geografias, em simultâneo. “A nossa ambição é ser um programa participado e construído, por quem está em Oviedo, Bilbau, Espírito Santo, São Paulo, Lisboa ou Porto. É uma prioridade criar este sentimento de pertença, e não um produto exportado pela holding, pois isso seria meio caminho andado para o insucesso”, destaca o dinamizador do v

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PVEDP. “Isto é um processo muito mais de bottom-up do que de top-down. Top-down foi ter a visão, profissionalizar a gestão do programa. Bottom-up é, agora, apanharmos as necessidades pelos nossos ‘sensores’, no fundo, as pessoas que estão no terreno, num processo que vai crescendo da base para o topo”.A campanha de Natal “Parte de Nós II” foi a primeira iniciativa transversal ao Grupo, dentro do PVEDP, organizada em simultâneo em todas as geografias. Foram selecionados dois grupos: a terceira idade institucionalizada (que na época das festas sofre a questão da solidão com mais intensidade), e as crianças internadas. Universalizou-se a iniciativa, sem perder a ligação local. Como defende Sérgio Figueiredo, este género de ações vive das relações de proximidade: “Não se convence ninguém a fazer voluntariado para causas que não lhes dizem respeito. Isso tem de partir do ato espontâneo, genuíno e voluntário. A nossa preocupação é que o somatório dessas vontades individuais se transforme num programa em grande escala”.

ESTRATÉGIA DE COMUNICAÇÃONum universo de cerca de 12 mil colaboradores, espalhados por 13 países,

a comunicação tem de ser muito eficaz para que se consiga fazer chegar a mensagem a todos. Nesse sentido, os líderes das equipas são facilitadores na transmissão de informação. A estratégia de comunicação do PVEDP começou com a organização de um roadshow - feito em todas as geografias, faltando apenas a EDP Renováveis, que será proximamente envolvida – em que se realçou a necessidade de sensibilizar as hierarquias para a dinamização do voluntariado como iniciativa estratégica definida para o Grupo EDP. Como explica Maria João Martins, “nestas sessões de formação, organizadas pela DRH-CC e pela Fundação EDP, onde eu e o Sérgio Figueiredo quisemos afirmar, face to face, a força deste fator diferenciador na gestão das nossas pessoas, foi distribuída informação específica sobre o voluntariado na EDP, dinamização e funcionamento do Programa. As hierarquias têm agora a informação necessária para dar resposta a possíveis questões colocadas pelas suas equipas”.Como defende a diretora de RH da holding, “temos uma Política para o Voluntariado, vamos, então, dinamizar ambientes de trabalho na EDP e melhorar o que se passa à nossa volta”.

OBJETIVOS DO PROGRAMA DE VOLUNTARIADO EDP

• Reforçar o espírito de solidariedade e entreajuda nos colaboradores EDP;

• Promover uma cultura de responsabilidade social e de cidadania empresarial;

• Retribuir às comunidades das quais a EDP faz parte;

• Ser um exemplo e referência de uma “Empresa Solidária”;

• Colaborar para o desenvolvimento sustentável dos países em que a EDP está presente;

• Cumprir com os valores estratégicos da EDP de sustentabilidade, visando a melhoria da qualidade de vida das gerações atuais e futuras.

A CARTA DE PRINCÍPIOS DO VOLUNTARIADO EDP

1. A EDP reconhece a importância estratégica da adoção de uma Política de Voluntariado;

2. A EDP assume que o seu Capital Humano é um instrumento prioritário para a capacitação de instituições do Terceiro Setor;

3. A EDP apoia ativamente os seus colaboradores na prática do voluntariado social [horas];

4. O PVEDP é desenvolvido com o objetivo de gerar oportunidades de voluntariado;

5. O PVEDP promoverá um conceito de “Comunidade EDP”;

6. A gestão do PVEDP será suportada numa plataforma técnica;

7. A EDP realizará a medição auditável dos recursos utilizados e dos impactos obtidos.

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“A nossa preocupação é que o somatório das vontades individuais se transforme num programa em grande escala”

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NOVO PATAMAR DE ENVOLVIMENTOTudo teve início há cerca de um ano, quando António Mexia, presidente do CAE do Grupo EDP, apresentou a nova política de voluntariado, convocando a comunidade de colaboradores EDP “para um novo patamar de envolvimento com causas e projetos que não encontram respostas nos mecanismos públicos ou no funcionamento dos mercados”.Os princípios do voluntariado fazem parte da cultura EDP e são concretizados com a disponibilização de quatro horas mensais a cada um dos seus colaboradores para a realização de ações de voluntariado em horário de trabalho. Com o PVEDP foi-se mais longe. “Para aumentar a flexibilidade da organização em se mobilizar para iniciativas de voluntariado, cada líder tem uma bolsa de horas – 4 x o número de colaboradores da sua equipa – para colocar ao serviço de iniciativas de voluntariado na gestão da sua equipa”, adianta Maria João Martins. 2012 avizinha-se como um ano de grandes desafios em termos de necessidades de Voluntariado. E estão criadas as condições para que os colaboradores da EDP possam apoiar quem mais precisa. A empresa conta com todas as suas pessoas para se continuar a afirmar como uma referência em responsabilidade social e, assim,

reforçar a sua liderança mundial na área da sustentabilidade, nomeadamente, no Índice Dow Jones.“Pessoalmente, considero esta oportunidade, como um incentivo ao desenvolvimento de uma cultura de maior de coesão e cooperação. Se estivermos mais unidos, a olhar e a contribuir para quem mais precisa e para a comunidade, promovemos uma implementação estratégica mais completa e diferenciadora”, salienta Maria João Martins. “Quem já participou em ambientes e projetos de Voluntariado, sabe como o sentido de propósito aumenta, como se aproximam os colegas, como a comunicação flui e como passamos a ter uma nova e boa cumplicidade entre todos, geradora de muita energia positiva”.

EMPRESA MAIS VIVAA realidade demonstra isso mesmo. Foi inquestionável a adesão em massa à iniciativa “Parte de Nós”, realizada em Portugal, em setembro (ver caixa). Um dos muitos episódios desta grande iniciativa, aconteceu no Porto. Lançou-se o desafio dentro da EDP Produção para que os engenheiros fossem os gestores de obra do “Parte de Nós”. Estes aceitaram, mesmo sem saberem muito bem ao que iam. Depois da reunião com os coordenadores da iniciativa,

alguns ficaram um pouco retraídos e com algum receio de não estarem à altura do desafio. A verdade é que a iniciativa foi um sucesso. E as pessoas gostaram tanto de ser parte da solução dos problemas dos hospitais que se disponibilizaram, imediatamente, para as próximas ações. Conclusão: “Nota-se que a EDP é uma empresa mais viva, mais aberta, mais ativa na sociedade, mais próxima das pessoas e que os colaboradores têm mais orgulho de trabalhar na empresa depois de uma iniciativa como o ‘Parte de Nós’”, refere Jorge Mayer, gestor do Programa de Voluntariado EDP. “Atualmente, as pessoas veem o voluntariado de forma bem diferente. Não querem fazer caridade mas, sim, fazer parte da solução dos problemas da sociedade civil, transmitindo-lhes o seu know how e experiência. A visão do PVEDP é dar a quem precisa (parceiros sociais) meios para se tornarem sustentáveis e autónomos. Utilizando um lugar-comum, mas entendido por todos, ao contrário de se dar o peixe, dara cana e ensinar a pescar”.Uma coisa é certa: o voluntariado é, cada vez mais, uma forte ferramenta de mobilização e de motivação nas equipas dentro da EDP. Um Grupo que insiste em deixar a sua marca na sociedade, em cada geografia onde atua. E você, já fez a sua parte?

“Considero esta oportunidade como um incentivo ao desenvolvimento de uma cultura de maior coesão e cooperação”

FORMAÇÃO DAS HIERARQUIAS

790 FORMANDOS ao nível mundial

1.580 HORAS de formação ministradas

96 HORAS dos formadores

43.000QUILÓMETROS totais feitos pela equipa de formação(suficiente para dar a volta ao mundo e ainda sobram 3.000kms para ir de Lisboa a Estocolmo)

60 HORAS dentro de aviões(sem contar com o tempo nos aeroportos)

90HORAS em viagens incluindo aviões

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GRUPO EDP

UM MUNDO DE VOLUNTARIADO

95%Colaboradores que gostariam de fazer voluntariado através da EDP

Colaboradorescom experiência em voluntariado

26%

68%

Colaboradores que gostariam de fazer voluntariado através da EDP

Colaboradorescom experiência em voluntariado

23%

53%Colaboradores que gostariam de fazer voluntariado através da EDP

Colaboradorescom experiência em voluntariado

20%

Colaboradorescom experiência em voluntariado

68%

Colaboradores que gostariam de fazer voluntariado através da EDP

71%

Colaboradorescom experiência em voluntariado

36%

Colaboradores que gostariam de fazer voluntariado através da EDP

71%

BRASIL Com uma equipa de mais de 200 voluntários, o Instituto EDP no

Brasil contribui para a promoção da qualidade de vida e o desenvolvi-mento social de comunidades próximas às áreas de atuação do Grupo EDP no país. Com o intuito de estimular o voluntariado por equipas foi lançado no segundo semestre de 2011 o “Desa�o do Bem”, iniciativa que consistiu na formação de grupos de trabalho para ações sociais em ONGs e escolas apoiadas pelo Instituto.

Ao todo, oito grupos de voluntários (formados por colaboradores da EDP) investiram tempo e talento na criação de projetos de melho-rias sociais, visuais e educacionais em instituições espalhadas nos estados de São Paulo, Espírito Santo e Tocantins, levando solidarieda-de e atenção para crianças em tratamento médico, estudantes, jovens em risco social, entre outros.

• Entre outras ações, os voluntários também participam do EDP nas Escolas, programa que visa contribuir com a melhoria da qualida-de do ensino e que já bene�ciou mais de 150 mil alunos de escolas públicas municipais em 10 anos.

EDP RENOVÁVEIS

Ações nos Estados Unidos• Os colaboradores participaram numa série de iniciativas levadas a cabo em Houston: "Trees for Houston", organização de proteção das árvores; limpeza de praias em Galveston; Banco Alimentar, etiquetando e carregando/descarregando as doações; BARC, associação dedicada aos animais.

• O Dia Nacional de Terras Públicas é a maior ação de voluntariadorealizada num único dia. Tem como objetivo melhorar e aperfei-çoar as terras públicas americanas. Voluntários da EDPR restaura-ram e substituíram plantas nativas e árvores no Bayou Hermann Park Parkland.

Ações na Europa• Iniciativa na CEPRI, organização não-governamental de crianças com autismo, em que participaram todos os colaboradores da EDPR Europa.

• Workshops num acampamento de verão em Madrid, em que estiveram presentes 70 crianças em risco de exclusão social.

Naturgas Energía A Caritas e a Fundação Síndrome de Down têm sido as duas

instituições mais apoiadas pelos voluntários da Naturgas.Das iniciativas mais recentes destacam-se, voluntários e respetivas famílias que passaram um dia com 20 crianças e jovens que vivem em centros de acolhimento da Caritas, acompanharam um grupo de terceira idade ao Museu Guggenheim e colaboraram com a Associação Alavesa de Esclerose Múltipla, nas chocolatadas populares com o objetivo de recolher fundos para a associação. A maioria dos voluntários participou, nos últimos meses, numa ação solidária levada a cabo pela empresa na localidade de Lorca, em Múrcia, que foi atingida pelo terramoto no mês de maio.

PORTUGAL São muitas as ações de voluntariado promovidas pela EDP, em

Portugal, nas quais participam voluntários das mais diversas empresas do Grupo. Entre as mais conhecidas encontram-se a separação de alimentos e a gestão de stocks do banco alimentar da Associação Novo Futuro; e o espaço leitura, plano de poupança energética, triagem de roupas, recolha de donativos, a preparação de ceias e o apoio às pessoas sem-abrigo na Comunidade Vida e Paz.

Na EDP Gás é evidente a aposta em ações que fomentam o espírito solidário dos colaboradores. Exemplo disso é o 3º o�site realizado na Casa dos Rapazes, em Viana do Castelo, que aliou uma ação de teambuilding ao voluntariado; ou o projeto ‘Lar das Fontainhas’, onde um grupo de voluntários organizou três tardes diferentes para os idosos, no último trimestre de 2011.

Destaque, ainda, dentro do espírito do Ano Europeu do Volunta-riado, para o Projeto Reparar. A Direção Negociação e Compras da EDP Valor, promoveu diversi�cados arranjos e limpezas em casas de idosos carenciados, e tudo deu para tornar estas casas um pouco mais confortáveis. Também da EDP Valor, o Sta� Corporativo reparou e pintou três salas da Raízes - Associação de Apoio à Criança e ao Jovem.

No Ano Europeu do Voluntariado, os colaboradores da EDP não esqueceram a ajuda ao próximo. Con�rme as principais ações nas várias geogra�as do Grupo.

ESPANHA

HC EnergíaForam criadas diferentes equipas de trabalho, nas quais os

colaboradores da empresa têm a oportunidade de participar nas várias iniciativas solidárias, acrescentando-lhes, pessoalmente, as diferentes capacidades, conhecimentos e experiências:

• Equipa de desenvolvimento energéticoFormada por 17 pessoas, de vários departamentos da empresa e com diferentes per�s, unidos por um objetivo comum: a realiza-ção de estudos e projetos técnicos e económicos que permitam abastecer água e energia a diferentes zonas de países subdesenvolvidos para posterior execução e arranque.

• Equipa de AlimentosIntegra quatro pessoas e trabalha em colaboração com o Banco Alimentar, participando em diversas atividades relacionadas com a gestão e a recolha de excedentes para distribuição de alimentos a várias instituições de caridade, operações "Kilo" e tarefas de comunicação e consciencialização em escolas.

• Equipa InfânciaComposta por sete voluntários trabalha com crianças de vários centros de proteção de menores, tutelados pelo Principado das Astúrias, realizando atividades de apoio escolar e acompanhamento.

Além destas equipas, há outros voluntários que desenvolvem, individulamente, diversas atividades com entidades que apoiam pessoas com di�culdades de integração

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GRUPO EDP

UM MUNDO DE VOLUNTARIADO

95%Colaboradores que gostariam de fazer voluntariado através da EDP

Colaboradorescom experiência em voluntariado

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Colaboradores que gostariam de fazer voluntariado através da EDP

Colaboradorescom experiência em voluntariado

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53%Colaboradores que gostariam de fazer voluntariado através da EDP

Colaboradorescom experiência em voluntariado

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Colaboradorescom experiência em voluntariado

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Colaboradores que gostariam de fazer voluntariado através da EDP

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Colaboradorescom experiência em voluntariado

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Colaboradores que gostariam de fazer voluntariado através da EDP

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BRASIL Com uma equipa de mais de 200 voluntários, o Instituto EDP no

Brasil contribui para a promoção da qualidade de vida e o desenvolvi-mento social de comunidades próximas às áreas de atuação do Grupo EDP no país. Com o intuito de estimular o voluntariado por equipas foi lançado no segundo semestre de 2011 o “Desa�o do Bem”, iniciativa que consistiu na formação de grupos de trabalho para ações sociais em ONGs e escolas apoiadas pelo Instituto.

Ao todo, oito grupos de voluntários (formados por colaboradores da EDP) investiram tempo e talento na criação de projetos de melho-rias sociais, visuais e educacionais em instituições espalhadas nos estados de São Paulo, Espírito Santo e Tocantins, levando solidarieda-de e atenção para crianças em tratamento médico, estudantes, jovens em risco social, entre outros.

• Entre outras ações, os voluntários também participam do EDP nas Escolas, programa que visa contribuir com a melhoria da qualida-de do ensino e que já bene�ciou mais de 150 mil alunos de escolas públicas municipais em 10 anos.

EDP RENOVÁVEIS

Ações nos Estados Unidos• Os colaboradores participaram numa série de iniciativas levadas a cabo em Houston: "Trees for Houston", organização de proteção das árvores; limpeza de praias em Galveston; Banco Alimentar, etiquetando e carregando/descarregando as doações; BARC, associação dedicada aos animais.

• O Dia Nacional de Terras Públicas é a maior ação de voluntariadorealizada num único dia. Tem como objetivo melhorar e aperfei-çoar as terras públicas americanas. Voluntários da EDPR restaura-ram e substituíram plantas nativas e árvores no Bayou Hermann Park Parkland.

Ações na Europa• Iniciativa na CEPRI, organização não-governamental de crianças com autismo, em que participaram todos os colaboradores da EDPR Europa.

• Workshops num acampamento de verão em Madrid, em que estiveram presentes 70 crianças em risco de exclusão social.

Naturgas Energía A Caritas e a Fundação Síndrome de Down têm sido as duas

instituições mais apoiadas pelos voluntários da Naturgas.Das iniciativas mais recentes destacam-se, voluntários e respetivas famílias que passaram um dia com 20 crianças e jovens que vivem em centros de acolhimento da Caritas, acompanharam um grupo de terceira idade ao Museu Guggenheim e colaboraram com a Associação Alavesa de Esclerose Múltipla, nas chocolatadas populares com o objetivo de recolher fundos para a associação. A maioria dos voluntários participou, nos últimos meses, numa ação solidária levada a cabo pela empresa na localidade de Lorca, em Múrcia, que foi atingida pelo terramoto no mês de maio.

PORTUGAL São muitas as ações de voluntariado promovidas pela EDP, em

Portugal, nas quais participam voluntários das mais diversas empresas do Grupo. Entre as mais conhecidas encontram-se a separação de alimentos e a gestão de stocks do banco alimentar da Associação Novo Futuro; e o espaço leitura, plano de poupança energética, triagem de roupas, recolha de donativos, a preparação de ceias e o apoio às pessoas sem-abrigo na Comunidade Vida e Paz.

Na EDP Gás é evidente a aposta em ações que fomentam o espírito solidário dos colaboradores. Exemplo disso é o 3º o�site realizado na Casa dos Rapazes, em Viana do Castelo, que aliou uma ação de teambuilding ao voluntariado; ou o projeto ‘Lar das Fontainhas’, onde um grupo de voluntários organizou três tardes diferentes para os idosos, no último trimestre de 2011.

Destaque, ainda, dentro do espírito do Ano Europeu do Volunta-riado, para o Projeto Reparar. A Direção Negociação e Compras da EDP Valor, promoveu diversi�cados arranjos e limpezas em casas de idosos carenciados, e tudo deu para tornar estas casas um pouco mais confortáveis. Também da EDP Valor, o Sta� Corporativo reparou e pintou três salas da Raízes - Associação de Apoio à Criança e ao Jovem.

No Ano Europeu do Voluntariado, os colaboradores da EDP não esqueceram a ajuda ao próximo. Con�rme as principais ações nas várias geogra�as do Grupo.

ESPANHA

HC EnergíaForam criadas diferentes equipas de trabalho, nas quais os

colaboradores da empresa têm a oportunidade de participar nas várias iniciativas solidárias, acrescentando-lhes, pessoalmente, as diferentes capacidades, conhecimentos e experiências:

• Equipa de desenvolvimento energéticoFormada por 17 pessoas, de vários departamentos da empresa e com diferentes per�s, unidos por um objetivo comum: a realiza-ção de estudos e projetos técnicos e económicos que permitam abastecer água e energia a diferentes zonas de países subdesenvolvidos para posterior execução e arranque.

• Equipa de AlimentosIntegra quatro pessoas e trabalha em colaboração com o Banco Alimentar, participando em diversas atividades relacionadas com a gestão e a recolha de excedentes para distribuição de alimentos a várias instituições de caridade, operações "Kilo" e tarefas de comunicação e consciencialização em escolas.

• Equipa InfânciaComposta por sete voluntários trabalha com crianças de vários centros de proteção de menores, tutelados pelo Principado das Astúrias, realizando atividades de apoio escolar e acompanhamento.

Além destas equipas, há outros voluntários que desenvolvem, individulamente, diversas atividades com entidades que apoiam pessoas com di�culdades de integração

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• 1 dia (24 de setembro)• Mobilização de + 1500 voluntários EDP• + 50 empresas envolvidas na ação• 12 hospitais humanizados

(requalificação das alas pediátricas) de norte a sul de Portugal

• Trabalhos de pintura, jardinagem e pequenos arranjos

• Sensibilização para a doação de sangue e medula óssea

• Ação irá beneficiar + de 1 milhão de portugueses

No Ano Europeu do Voluntariado, a EDP desafiou colaboradores e parceiros a juntarem-se a um projeto nacional que permitiu melhorar as áreas materno- -infantis de doze hospitais em Portugal. O desafio foi claro: num único dia, uma equipa de voluntários tinha de pôr mãos à obra para ajudar a restaurar e requalificar edifícios, infraestruturas e espaços públicos de várias instituições no setor da Saúde, sobretudo áreas materno-infantil.O resultado foi surpreendente. Mais de 1.500 voluntários e mais de 50 empresas deram “parte de si” ao projeto. Para Sérgio Figueiredo, administrador da Fundação EDP, “esta grande mobilização permitiu contribuir para melhorar as condições de doze unidades hospitalares, com impacto direto no bem-estar de utentes e funcionários”. Uma acção que beneficiou mais de um milhão de portugueses. “É um exemplo do envolvimento da sociedade

civil na área da saúde, principalmente na das crianças hospitalizadas. E trata--se, igualmente, de um exemplo da responsabilidade social das empresas, e isso é muito importante”, realçou Céu Machado, diretora do departamento de Crianças e da Família do Hospital de Santa Maria. Mas para que tudo estivesse pronto no dia 24 de setembro, o trabalho começou sete meses antes. “Tudo teve início em fevereiro quando lançámos este desafio, aos maiores fornecedores da EDP, de requalificar, humanizar e melhorar as condições de vida nos hospitais”, explica Vanda Martins, da organização do “Parte de Nós”. No dia 16 de agosto, uma equipa técnica de 160 pessoas – engenheiros, construtores e arquitetos, trabalhando a par com a equipa de comunicação e organização de eventos – lançou mãos à obra mais técnica: obras de eletricidade, instalação de caixilharia, instalação de aparelhos de ar condicionado, entre outros. Depois dos terrenos preparados e das obras estruturais feitas, a grande equipa de voluntários entrou em ação a 24 de setembro. Foram muitos os colaboradores EDP que quiseram deixar a sua marca para um ambiente melhor nos hospitais. Desde trabalhos de jardinagem (plantação de relva, plantas e outros arranjos), pintura de vários espaços com imagens decorativas, para os tornar

mais alegres e agradáveis, até pequenos arranjos (redecoração e requalificação de espaços), o empenho foi global.

UMA PARTE IMPORTANTE Só com a ajuda dos mais de 50 parceiros que se juntaram à EDP foi possível criar sinergias para que o “Parte de Nós” se tornasse uma ação ainda mais global. Cada um trouxe para o projeto não só o seu know how e materiais vários, mas também o apoio dos seus colaboradores, familiares e amigos, que se juntaram à equipa de voluntários e fizeram crescer a Comunidade EDP. Exemplo disso foi a empresa Painhas, de Viana do Castelo: “Participámos com voluntários da nossa empresa e com todos os custos inerentes à intervenção do Hospital de Santa Luzia, em Viana do Castelo, porque pensamos que esta iniciativa está revestida de sentido de oportunidade. Estamos no Ano Europeu do Voluntariado, assim como num contexto de grande necessidade social. Por isso, dissemos sim a esta iniciativa”, explica Helena Painhas, administradora da empresa. “Este tipo de iniciativas é muito importante, porque dar faz bem a quem dá e a quem recebe. Por isso, o papel da responsabilidade social das empresas é algo para nós muito importante, porque a sociedade é a razão primeira da criação e da existência das empresas. Gostava de deixar uma mensagem à EDP, que está, realmente, de parabéns”.

PARTE DE NÓS

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“Em nome das Crianças e Jovens que servimos e em nome dos nossos colaboradores, tenho o privilégio, a honra e o imenso gosto de agradecer a experiência única vivida com todos os voluntários e equipa da EDP”. Helena Jardim, diretora Centro Hospitalar do Porto

“Eu é que agradeço terem-me dado o privilégio de colaborar num projeto destes! Naquele sábado cheguei a casa ‘inchado’ de tanto orgulho!”.Rui Cabral, voluntário EDP Valor

“Ficou mais uma vez demonstrado que a EDP não é só uma grande empresa, mas também uma empresa GRANDE, na forma como entende a sua missão e na sua ambição. Contem connosco para mais ‘Parte de Nós’ no futuro!”José Gonçalves, voluntário Accenture

“Grata pela oportunidade de viver um dia MUITO FELIZ! Há dias que fazem toda a diferença. São estes os dias que ficam para a História. Juntos fazemos mais sentido”.Isabel Costinha, voluntária EDP Produção

“Queria expressar o meu agradecimento e demonstrar a minha admiração pela louvável iniciativa, pela excelente organização, e pelo seu êxito. O nosso obrigado à Fundação EDP que continua a pensar e preocupar-se com os que mais necessitam”.Carlos Rosa, diretor IPO Lisboa

“Foi uma enorme satisfação colaborar. Aguardo por novas iniciativas.”Lina Oliveira, voluntária EDP Distribuição

“Como cidadã deste país, como utente do Serviço Nacional de Saúde, mas acima de tudo como ser humano, obrigado pelo

enriquecimento pessoal que me proporcionaram”.Susana Marques, voluntária Caixa Seguros

“O ‘Parte de Nós’ é um grande marco no Programa de Voluntariado da EDP, sem qualquer dúvida. Devemos orgulhar-nos muito dele!”.Manuela Silva, voluntária EDP Soluções Comerciais

“É simplesmente fantástico o que fizemos... e foi tão pouco!”.Joel Pereira, voluntário DHL

“A iniciativa foi um sucesso estrondoso e proporcionou um dia único nas nossas vidas e na vida da EDP”.Adília Pereira, voluntária EDP Produção

“Todos nos sentimos recompensados por contribuir para esta missão tão nobre, reforçando assim os valores da solidariedade e de espírito de equipa”.Rui Rego, Grupo Paínhas

“Foi um prazer ter contribuído com o meu trabalho, e um gosto ter ao meu lado a Eng.ª Clara Maia, da DPI, a Elisa, da Distribuição, o Joaquim Gomes, da EDPGás, e tantos outros. Bem-haja, termos dirigentes com visão, liderança, estratégia e acima de tudo solidariedade”.Sérgio Ribeiro, voluntário EDP Produção

“Para nós, o maior reconhecimento foi a oportunidade de podermos participar num evento desta natureza. Desejamos sinceramente que surjam mais iniciativas semelhantes”.Manuel Martins, presidente da AREP

“Obrigado pela oportunidade de participar e ajudar em nome da EDP. Sempre disponível”.Paulo Soares, voluntário EDP Distribuição

Testemunhos

HOSPITAL JOAQUIM URBANO

HOSPITAL MAGALHÃES LEMOS

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HOSPITAL MARIA PIA

HOSPITAL SANTO ANTÓNIO

IPO

Uma invasão em direto...As três horas e meia de emissão em direto da RTP1 produziram um acontecimento inesperado e comovente. Uma senhora, de 90 anos de idade, estava com dificuldade em ligar para o número de telefone que passava em rodapé no televisor e decidiu fazer o contributo in loco e ao vivo. Saiu de casa, seguiu para o Hospital Santa Maria e, sem se aperceber, entrou em plena emissão, de

carteira em punho para entregar uma nota de 20 euros a José Carlos Malato. O apresentador da RTP lidou de forma exemplar com o imprevisto e arrancou o momento televisivo mais marcante do dia.

...uma pintora de facto...A TV tem este poder. A Norte, D. Aurora, uma pintora reformada de 83 anos, acompanhava a emissão especial “Parte de Nós” na sua cama, quando sensibilizada decidiu pegar no seu material de pintura e dirigir-se ao Hospital Sto. António, no Porto. A equipa EDP acolheu-a com todo o carinho, atribui-lhe uma tarefa e equipou-a devidamente com a t-shirt e um boné. A D. Aurora foi igualmente “adotada” como uma inspiração e um símbolo pelas dezenas e dezenas de outros voluntários ali destacados.

…e um bendito imprevistoA equipa destacada para o Hospital da Guarda estava a postos para fazer o direto televisivo, já a jornada ia adiantada, com tudo combinado, entrevistas, o cenário, quando… faltava algo imprescindível: a incubadora que aquela maternidade não tinha e que o “Parte de Nós” garantiu, e que vai ajudar a viabilizar muitas vidas de bebés prematuros. A RTP queria mostrá-la ao país inteiro, mas não foi possível.... porque já estava ocupada! Um

HOSPITAL SANTO ANTÓNIO

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HOSPITAL SANTOANTÓNIO (CICAP)

bebé acabado de nascer e a necessitar do equipamento acabava de dar ainda mais luz à equipa de voluntários e a engrandecer esta iniciativa.

Episódios de rua:

Surpresa: Andar na rua, a promover campanha de sensibilização para doação de sangue e medula, resulta numa verdadeira caixinha de surpresas. Ainda por cima, quando as t-shirts dos voluntários e os folhetos entregues às pessoas estavam identificados com o logótipo da Fundação EDP. Uma das mais surpreendentes reações, ao perceber quem estava a liderar a campanha, foi expressa numa pergunta curta, simples e direta: “E isso dá desconto na fatura da eletricidade?”.

Criatividade: Mesmo este tipo de iniciativas estão sujeitas a uma infindável série de obstáculos. Como a área que foi autorizada no Parque das Nações era muito pequena, e ao verificar que cada vez que se dirigia a uma pessoa ela já tinha um ou vários folhetos, um voluntário da EDP Produção não se atrapalhou: foi para a porta da farmácia junto ao Centro Comercial. Porquê? “quem vai à farmácia está mais sensibilizado para

assuntos de saúde”. Prémio Criatividade do Dia!Espontaneidade: No verdadeiro espírito da “comunidade EDP”, a cena tem como protagonista alguém que não é da EDP, que se fez acompanhar pela família e esteve a distribuir folhetos nas ruas de Lisboa, tão entusiasmada como se a iniciativa fosse da Accenture, a sua empresa e uma das 50 parceiras. Na abordagem a outra mãe, com o filho pela mão, mal teve tempo de dizer o que fosse à progenitora, porque esta foi imediatamente atacado pela criança: “mãe, para que é isso?”. Ela lá explicou que havia meninos doentes nos hospitais a precisar de sangue. A criança, em sobressalto, não hesitou – “vá, embora, tens de ir dar todo o teu sangue, senão os meninos morrem”. Era o da mãe, não o dele. Ainda assim valeu o Prémio Altruísmo do Dia!

Curiosidade: Logo pela manhã cedo, quem estava a coordenar esta ação ao nível nacional, sempre de telefone em riste, a fazer e a receber telefonemas desde Viana a Faro, tem uma chamada para atender. Era um administrador do CAE, Jorge Cruz Morais, impressionadíssimo: “estou no Chiado e acabo de ser abordado por uma pessoa vestida com a t-shirt da nossa Fundação a convencer-me para ir dar sangue”! Prémio Cliente Mistério do Dia!

HOSPITAL SANTA MARIA

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“O BPM atingiu um bom nível de maturidade”

Qual o seu percurso profissional?Trabalho na área de BPM (Business Processs Management) há 22 anos. Iniciei a minha carreira numa pequena consultora alemã, depois passei por outras empresas onde pude aplicar os meus conhecimentos nessa área. Seis anos depois, mudei-me para os Estados Unidos, numa fase mais madura. Fui para uma companhia que começou do zero e que cresceu para as 300 pessoas. Introduzimos então o BPM, como disciplina nos EUA, de uma forma mais holística. Depois, estive um ano no Japão, a ajudar a estruturar algumas organizações, o que foi uma experiência muito enriquecedora. Regressei novamente aos EUA, tendo como cliente a Accenture. Depois de lhes apresentar as minhas ideias, convidaram-me a tornar-me colaborador. Estou lá há cinco anos, e dirijo toda a área que diz respeito à gestão de processos.

Paralelamente, tem tido um percurso académico rico em experiências?Comecei, há 12 anos, a partilhar as minhas experiências na área de BPM, na Universidade de Pensilvânia. Tem sido uma das disciplinas mais frequentadas. Há oito

anos trabalhei com a Whitman, onde elaborei um dos primeiros ‘master programs’ focados no BPM, tendo continuado a colaborar com eles regularmente. Sou ainda um professor “visitante”, na Universidade de Santiago do Chile, onde dou uma aula anual sobre este tema, sob uma perspetiva muito prática.

Entretanto, tem lançado vários livros sobre o tema…Publiquei cinco livros e já tenho preparado o sexto. Tenho também centenas de artigos publicados. Combino o trabalho com muitas viagens e vejo grandes semelhanças entre os vários locais. E tento sempre transferir os conhecimentos de cliente para cliente. O acumular destas experiências faz com que cada um beneficie com o melhor dessa aprendizagem.

No seu último livro “High Performance Through Process Excellence”, diz que o tema da “otimização de processos tem vindo a ficar popular”. Como este tema é, para muitos, considerado complicado ou até aborrecido, porquê esta mudança de atitude?Acho que a razão pela qual muitas pessoas

acham o assunto aborrecido está na própria história do BPM. Se olharmos para quando eu comecei, havia apenas alguns pensamentos de especialistas na matéria. Não havia ferramentas, nem uma metodologia de abordagem. Ao longo dos anos, houve pessoas que viram o potencial do BPM, e que, rapidamente, se focaram no desenvolvimento de métodos, com o objetivo de sistematizar todo o conhecimento. Primeiro, através de protótipos complexos, que não eram muito entusiasmantes para os empresários. Isto só veio a mudar já nos últimos anos, na minha opinião, por várias razões. Por um lado, o próprio ambiente empresarial tornou-se muito mais dinâmico. Significa isto que, hoje, uma empresa não pode descurar os seus processos e estar segura que eles ainda serão válidos daqui a cinco anos. Tem de ajustar e otimizar esses processos continuamente. Para isso precisam de um método e de uma abordagem disciplinada, e é aqui que entra o BPM. Em segundo lugar, temos assistido a um forte desenvolvimento das TI’s, o que nos dá uma enorme flexibilidade. No sentido de acompanhar essa flexibilidade, é preciso

A OTIMIZAÇÃO DE PROCESSOS É UM TEMA CADA VEZ MAIS POPULAR NAS EMPRESAS.

UM DOS MAIORES ESPECIALISTAS MUNDIAIS NA MATÉRIA EXPLICA PORQUÊ.

MATHIAS KIRCHMER

q u e m é q u e m

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adaptar cada processo constantemente. O BPM ajuda a conseguirmos atingir os resultados que pretendemos, a partir dessas tecnologias. A terceira razão, e talvez a principal é que o BPM atingiu, ele próprio, um bom nível de maturidade. É uma metodogia indispensável para alcançar os resultados pretendidos pelas empresas. Tudo isto deu-lhe uma dimensão completamente nova. Tornou-o mais “sexy”. E agora podemos falar da qualidade, da eficiência, da conformidade, da utilidade, da transparência e de outros temas que interessam a toda a gente, coisas que o BPM nos dá em retorno.

No seu livro refere que o MPE (Management of Process Excellence) tem muitas semelhanças com a música jazz. Pode explicar-nos melhor esta ideia?Sou um grande fã de jazz. Se olharmos para uma companhia organizada, como uma orquestra, há um maestro, há folhas de música e toda a gente executa as notas da forma que está nas pautas. Num ambiente empresarial de há 30 anos, as coisas funcionavam desta forma. Tudo era relativamente estável, cada pessoa sabia exatamente qual o seu papel. Atualmente, isso já não é possível. Com tantas mudanças a acontecerem, temos de aprender a tocar como uma banda de jazz. Também existe um líder, que escolhe as músicas, que junta os músicos. Mas estes vão trocando de papéis. Ao longo da música vai havendo um solista diferente, apoiado pelos outros. Ou seja, vamos liderando e vamos atrás daquele que é o melhor no seu instrumento. É assim que as companhias têm de trabalhar hoje. Acompanhar as diferentes dinâmicas, com base na inovação. O jazz é improviso. E improvisar significa inventar novas coisas e apresentá-las à sua audiência, ao mercado. Mas, numa banda, os músicos não podem improvisar sem terem a noção do que fazem os seus colegas. Tem de haver harmonia, uma estrutura, um ritmo. Esta improvisação tem de ter uma estrutura, uma direção. E isso não é fácil.

No seu entender, o MPE é apenas a nova buzzword na área da gestão de processos ou é mesmo diferente e vai ainda mais além do tradicional BPM? No meu último livro, decidi utilizar o nome MPE para sublinhar que existe uma nova era de BPM a emergir. É uma forma de dizer que o BPM está a transformar-se, de uma metodologia que procura o novo próximo modelo de otimização de processos, para uma disciplina de gestão mais ágil, rápida, eficiente, com vista à execução. É uma tendência que se observa: o BPM está a caminhar para uma gestão orientada para resultados.

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Qual é a importância dos Centros de Excelência de BPM numa companhia?Esses centros são o núcleo de comando dos “processos da gestão de processos”. Assim como o processamento de salários e os processos de avaliação são dirigidos pela Direção de Recursos Humanos, a coordenação do BPM é da competência dos Centros de Excelência de BPM. Faz confluir todas as ideias inovadoras para serem aplicadas numa lógica estruturante para a empresa, no sentido de encontrar soluções. Cada companhia tem a sua estrutura própria de Centros de Excelência, de acordo com a importância que lhes atribui. Há algumas estruturas com várias centenas de pessoas. Há analistas de negócio, arquitetos de processos, administradores de sistemas, designers de processos, assistentes de ferramentas… pessoas com perfis muito diferentes.

Muitas vezes ouvimos que uma estratégia de execução implacável e sem falhas é o que distingue uma excelente companhia de uma apenas normal. Que papel pode a gestão de processos desempenhar na estratégia executiva?Se estiver atento ao que os CEOs da empresas dizem, conclui que o maior desafio das organizações é desenvolverem boas estratégias para a execução. E o BPM é a disciplina de gestão que nos dá os mecanismos para estruturar o output de uma estratégia baseada em informações. No fundo, o BPM é o tradutor que permite às pessoas e às TI’s executarem a estratégia de negócio.

Tendo em conta a sua vasta experiência internacional nesta área, na sua opinião, de que forma as questões geográficas podem influenciar a adoção do BPM?Tendo vivido e trabalhado em diferentes países na Ásia, na Europa e nos EUA, posso dizer que cada cultura tem a sua forma de abordar os diferentes tópicos. Nos EUA, as pessoas têm uma grande afinidade com a tecnologia. Gostam de partir desse ponto. E querem resultados quase imediatos. Tenho conversas com alguns administradores que me dizem: “Se isto não tiver impacto no próximo trimestre, não nos interessa”. Na Ásia, é muito diferente. Têm uma visão de longo prazo, focam-se muito nos detalhes. A organização e os aspetos pessoais são o ponto de partida. É uma viagem mais longa. A Europa é um meio-termo entre os dois.

Há alguma evidência significativa de uma correlação entre empresas de sucesso e a adoção do BPM?Essa é uma pergunta complicada. Teríamos de perceber primeiro o que significa ser

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Mathias Kirchmer é Diretor Executivo para a Excelência de Processos na Accenture. Lidera o desenvolvimento e entrega de propostas de Excelência de Processos, bem como a melhoria contínua do conhecimento de processos de negócio. Antes de integrar a Accenture, Kirchmer colaborou durante quase 18 anos com a IDS Scheer, líder no fornecimento de soluções para a Excelência de Processos Empresariais, reconhecida pelo seu Software BPM, a Plataforma ARIS. O seu último cargo foi o de diretor de Marketing e de Inovação. Antes disso, geriu as operações da empresa nas Américas e Japão. Também fundou a unidade global de negócios da empresa para processar implementações SAP. No decurso da sua carreira profissional, Kirchmer desenvolveu um conhecimento profundo em abordagens, métodos e software para a conceção, implementação, execução e melhoria

contínua de processos de negócio. Aplicou este know-how na Europa, Américas e Ásia. Kirchmer é membro do corpo docente do Programa para a Dinâmica Organizacional na Universidade da Pensilvânia, bem como membro do corpo docente da Escola de Negócios de Widener University, Philadelphia. Em 2004, ganhou uma bolsa de pesquisa da Sociedade Japonesa para a Promoção da Ciência. É autor de inúmeras publicações, incluindo cinco livros. O último já terminado é intitulado “High Performance through Process Excellence”. Relativamente ao seu currículo académico Kirchmer é doutorado em Sistemas de Informação pela Universidade de Saarbruecken (Alemanha), Mestrado em Administração de Empresas e Ciência da Computação pela Universidade Técnica de Karlsruhe (Alemanha) e em Economia pela Universidade Paris-IX-Dauphine (França).

Biografia

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uma empresa de sucesso. A Accenture fez estudos a mais de 500 companhias consideradas de alta performance, no sentido de apurar quais eram as suas caraterísticas principais. De repente, explodiu a crise financeira e metade dessas companhias ficaram em verdadeiros apuros. O que podemos dizer é que, no geral, companhias que criam valor há muito tempo têm sempre componentes de BPM na sua forma de gestão.

Há dois tipos de companhias no que diz respeito ao desenvolvimento do negócio: aquelas que se desenvolvem organicamente e as outras que crescem devido a aquisições. Que proveitos pode o BPM trazer em cada situação?O BPM pode apoiar essas duas situações. Quando se adota o BPM, cria-se uma transparência que sustenta essas duas estratégias. No caso das aquisições, o BPM não pode ajudar muito na avaliação primária. Precisa de olhar bem para o tipo de negócio, o modelo operativo que quer definir, se faz sentido comprar ou não uma companhia que não tem nada que ver com o seu portfólio…Uma vez adquirida, e de alguma forma integrada no grupo, mesmo que se mantenha como unidade independente, a organização desta empresa pode ser feita com a ajuda das ferramentas que o BPM proporciona. Desta forma, o BPM assume mais importância na fase de integração pós-fusão. No caso de um crescimento orgânico, o BPM ajuda a empresa a descobrir, a partir de simulações, a forma de avançar e de como investir, a partir do ponto em que se encontra.A organizar os processos de inovação, por exemplo. Uma abordagem BPM pode ajudar uma empresa a adotar processos que permitam lançar novos serviços, que irão gerar mais receita.

Que exemplos pode dar-nos de outras companhias que beneficiaram dos seus processos corretamente geridos? Falamos fundamentalmente de mudanças incrementais ou transformacionais?Se me perguntar que tipo de companhias beneficiam do BPM, a resposta será: todas. Mas beneficiam mais as que estão em constante mudança do que aquelas muito estáveis. Há cerca de 20 anos, havia discussões no setor público, onde se fazia sempre tudo da mesma forma, que achavam o BPM menos apropriado. Hoje em dia, devido aos cortes que têm ocorrido neste setor, temos grandes clientes na administração pública. A situação mudou de forma dramática. Todas as organizações têm de trabalhar num novo ambiente de negócio. Quais os benefícios, especificamente, mais importantes para cada empresa, é a questão. Verifiquei que aqui na EDP os pilares são foco no crescimento, eficiência de custos e gestão de risco. Se virmos bem, estas são áreas que o BPM apoia.

No seu livro diz que há dois aspetos principais para se ser bem sucedido nos EUA: “funny” and “money”. E em relação à Europa?São princípios universais. A diferença é que na Europa e na Ásia as pessoas têm uma relação mais próxima com as empresas. Se veem que determinada situação é boa para a companhia, geralmente ficam motivadas, mesmo que as compensações não venham diretamente para si. No caso dos EUA, em que as pessoas mudam constantemente de emprego, elas pensam mais nas compensações pessoais. O pensamento é mais, se não tenho nenhum tipo de compensação pessoal, porque terei de fazer determinada coisa?

Globalização, velocidade e competição feroz são alguns desafios que, atualmente, as empresas modernas têm de enfrentar cada dia. Para serem bem sucedidas, as empresas têm de ser mais ágeis e de desenvolver novos modelos de negócio. Agilizar e inovar já não são opcionais, mas capacidades cruciais para que as empresas sobrevivam a longo prazo. Os processos de negócio são o elo crítico de ligação entre a estratégia e a execução. O BPM permite a agilização de processos dentro de uma organização, ao passar das ideias à prática, contribuindo para o desenvolvimento e a implementação de novos modelos de negócio, de forma transversal a toda a organização. “High Performance Through Process Excellence – From Strategy to Operations”, de Mathias Kirchmer, é uma obra que descreve como certas práticas já comprovadas podem ajudar a atingir os melhores resultados para uma empresa, quando combinadas com novos processos de gestão. A excelência de processos é possível e deixou de ser apenas uma opção, para ser uma inevitabilidade.

A EDP foi selecionada como “Best Practice Partner” da APQC (American Productivity and Quality Center) para a gestão de processos. Esta distinção constitui um prémio aos esforços desenvolvidos, desde 2008, pela EDP, de

forma coordenada pela DDO a partir do Centro Corporativo, na definição e implementação de uma abordagem comum para a gestão dos seus principais processos empresariais, orientada para a medição e otimização progressiva da sua performance e tendo como principal objetivo a criação de valor para o Grupo. A reunião de lançamento deste novo projeto teve lugar em Houston, a 9 de novembro, antecedendo o congresso anual

da APQC, tendo a DDO sido seleccionada para apresentar os pontos-chave da abordagem e práticas já instituídas para a gestão de processos na EDP.A APQC é uma associação norte-americana com sede em Houston. Fundada em 1977, é líder mundial em atividades de benchmarking de melhores práticas e de performance empresarial, tem como clientes mais de 750 empresas da lista “Fortune Global 1000”. No âmbito das suas atividades, a APQC promove regularmente projetos de investigação de boas práticas na vertente específica da gestão de processos empresariais, tendo selecionado, este ano, a EDP para “Best Practice Partner” do projecto “Building Strong Process Management Capabilities”.

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EDP É “BEST PRACTICE PARTNER” DA APQC PARA A GESTÃO DE PROCESSOS

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Em debateUm mar de oportunidades. Com o projeto WindFloat, a exploração energética sustentável do mar ganhou nova importância para o Grupo EDP.

A EDP elegeu como uma das suas prioridades de inovação a energia offshore / oceânica. A energia eólica offshore, em particular,

começa a ganhar massa crítica e a acelerar o seu desenvolvimento.A costa p ortuguesa e a generalidade da costa Atlântica e Mediterrânica apresentam profundidades relativamente grandes. No sentido de preparar o futuro da exploração eólica offshore, a EDP acaba de instalar um projeto de demonstração, baseado numa fundação flutuante, para exploração eólica em águas com profundidades superiores a 50m – Projeto WindFloat.Mar, em particular a sua exploração energética sustentável, significa oportunidades de emprego qualificado, de fomento de atividades intensivas em investigação, desenvolvimento e inovação e de criação de valor sustentável.

Mas o mar é muito mais do que energia e há que gerir harmoniosamente todo esse património: pescas, transportes e logística, turismo são apenas alguns dos vetores.Outro aspeto prende-se com a capacidade que a EDP terá para encarar este desafio da exploração energética do mar de um modo diferenciador e criando vantagens competitivas sustentáveis, face aos seus concorrentes.Há um conjunto de questões que podemos colocar: Como podemos compatibilizar todos os usos do mar de um modo harmonioso e sustentável? Que tipo de critérios devem ser considerados para decidir em que tipo de atividades se deve prioritariamente apostar? E a EDP tem as competências necessárias para abraçar o desafio da exploração energética sustentável do mar? Como poderemos criar / potenciar essas competências, tornando-nos distintivos neste domínio?Lançamos o desafio a um painel de ilustres convidados que, certamente, nos ajudarão com as suas opiniões!

ANTÓNIO VIDIGAL - Administrador da EDP Inovação

Mar é muito mais do que energia e há que gerir harmoniosamente todo esse património

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em debate

As opiniões de diferentes personalidades

+ +António Vidigal é

diretor geral do Grupo EDP, e presidente da

EDP Inovação e da Labelec. Tem uma

carreira diversificada, a qual teve como fio

condutor as Tecnologias de Energia e os Sistemas

de Informação. Foi administrador executivo

da holding EDP. Fez parte da equipa que lançou o

operador móvel Optimus, empresa de que foi

administrador executivo. Integrou a equipa que

criou a Edinfor (hoje Lógica Portugal), tendo sido o primeiro CEO da

Empresa. Foi “Chief Risk Officer” do Grupo

EDP, área que criou. Engenheiro eletrotécnico

pelo IST, é membro da Academia de Engenharia.

“O Mar, em particular a sua

exploração energética sustentável, significa

oportunidades de emprego qualificado,

de fomento de atividades intensivas

em investigação, desenvolvimento e

inovação e de criação de valor sustentável”.

Os oceanos são efetivamente uma enorme fonte de recursos com interesse económico e científico, uns já em exploração, como por exemplo, nos setores dos transportes, pescas, energia e outros ainda por explorar, nas áreas da geologia, medicina, biologia e novas energias, entre outros. Neste sentido, Portugal tem vindo a desenvolver um importante trabalho, que permitirá alargar a jurisdição dos recursos marinhos sob a responsabilidade do nosso país e identificar o potencial ainda por explorar. No que se refere ao setor de atividade onde atua a EDP, a produção de energia a partir das ondas, marés e do eólico offshore são novos caminhos por explorar embora tecnologicamente com diferentes graus de maturidade. Em meu entender, a EDP deverá apostar prioritariamente nas tecnologias mais maduras e mais eficientes, procurando sempre maximizar a incorporação de conhecimento e mão de obra nacionais, recorrendo a parcerias com fabricantes, prestadores de serviços e instituições de investigação e apoio científico. Para esse fim, existem no Grupo EDP com as competências necessárias para assegurar a realização dos empreendimentos, desde a avaliação dos projetos, o acompanhamento do fabrico e montagem até aos ensaios e exploração dos sistemas e equipamentos.

A história de Portugal está intimamente ligada ao mar e é bem conhecido que temos a maior zona económica exclusiva da Europa. Muitos pensadores concordam que o nosso futuro terá de passar pelas inúmeras potencialidades que o mar proporciona, assim saibamos ter a visão e capacidade de concretização necessárias. No entanto, essa fonte de riqueza tarda em materializar-se, o que é tanto mais preocupante quanto vemos que outros países a têm sabido aproveitar. O impressionante crescimento das economias emergentes aumenta o tráfego marítimo e os nossos portos devem participar desse processo. A diplomacia económica deveria também ajudar a atrair protótipos de tecnologias energéticas (ondas, eólica offshore, etc) para testes na zona piloto constituída para o efeito na nossa costa com condições únicas.

A mais avançada tecnologia para a extração de parte do enorme potencial da energia renovável que o mar contém é, de facto, conseguida através dos ventos que sopram no alto-mar. No final de 2010, foi instalado ao nível mundial um total de 3.554 MW de energia eólica offshore, 97% do qual na Europa. Quando, já em 2008, a EDP começou a trabalhar esta tecnologia, percebeu imediatamente que o excelente know-how adquirido em ventos onshore não era suficiente. Muitas das competências necessárias para se ser bem sucedido na energia eólica offshore são provenientes da indústria marítima de Petróleo e Gás. A complexidade e a dimensão dos projectos eólicos offshore são muito mais elevadas do que as associadas com as iniciativas em terra e, na verdade, são mais diretamente comparáveis com a exploração e aproveitamento dos recursos de petróleo e gás no mar. Três anos após o seu primeiro passo, a EDPR montou o seu centro de excelência de energia eólica offshore em Edimburgo, onde se encontra a trabalhar uma equipa com mais de 30 pessoas. Ao mesmo tempo, assegurou-se um pipeline de cerca de 2.400 MW e estabeleceu-se uma estreita parceria com a Repsol (não por acaso, um dos principais players da indústria do petróleo e gás).

Luís Carrilho · Conselho de Administração Labelec

Pedro Neves Ferreira · Direção de Planeamento Energético

Carmelo Scalone · EDP Renováveis

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Por iniciativa do município de Seia e com a parceria da EDP Produção, através do Centro de Produção Tejo-Mondego, decorreu no dia 25 de setembro, a iniciativa “Museu no Coração”. Cerca de três centenas de pessoas participaram numa caminhada na mata do Desterro, área florestal inserida no Parque Natural da Serra da Estrela, que terminou no Museu Natural da Eletricidade. A EDP ofereceu t-shirts aos participantes e abriu a central do Desterro, proporcionando-lhes uma visita guiada.

Caminhada com Coração

Realizou-se, no passado mês de julho, uma celebração da devoção a Santa Bárbara, para assinalar o início das escavações sub-terrâneas na obra do futuro Aproveitamento Hidroelétrico de Ribeiradio-Ermida. Em Foz-Tua, a celebração realizou-se em se-tembro, junto à entrada do túnel de acesso à futura central hidroelétrica. De assinalar que foram abençoadas mais três imagens de Santa Bárbara - considerada a padroeira dos mineiros, pedreiros e arquitetos, dos artilheiros, dos fogueteiros e fabricantes de fogo de artifício, dos encarcerados - que serão colocadas nas várias frentes de obra subterrâneas, tendo uma delas sido oferecida pelos arqueólogos. A expressão desta devoção popular, em nome da proteção divina para quem trabalha em locais subterrâneos, assume atualmente particular visibilidade pelas inúmeras obras em curso, no âmbito do plano de expansão hidroelétrico da EDP.

Santa Bárbara em Ribeiradio-Ermida e Foz-Tua

José Manuel Fernandes, eurodeputado do Partido Social Democrata (PSD), acompanhado de alguns autarcas da região, visitou, em abril, as obras de Venda Nova III. Este empreendimento, situado no concelho de Vieira do Minho, com entrada em serviço prevista para 2015, terá a maior potência hidroelétrica instalada em Portugal.

Por sua vez, os eurodeputados do Partido Socialista (PS), António Correia de Campos e Vital Moreira, visitaram, em setembro, as obras do futuro Aproveitamento Hidroelétrico de Ribeiradio-Ermida, situado nos concelhos de Oliveira de Frades e de Sever do Vouga. Esta visita contou ainda com a presença dos deputados do PSD e do PS, Maria Ester Vargas e Acácio Pinto, respetivamente, assim como de diversos autarcas da região. Estas iniciativas inserem-se na estratégia da EDP em manter informados, todos os quadrantes políticos da sociedade, sobre os fundamentos e evolução dos projetos hídricos em curso.

Eurodeputados visitam obras

Enquadradas nas atividades da Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica, as já habituais visitas, inseridas no Programa Ciência Viva - En-genharia no verão, decorreram entre agosto e setembro. Para o efeito, a EDP disponibilizou, este ano, as instalações do Alto Lindoso, Castelo do Bode, Carrapatelo, Lares, Sines e Ribatejo. Esta iniciativa visa proporcionar, ao público em geral, normalmente constituído por famílias, o contacto com obras de engenharia destinadas à produção de energia elétrica, assim como um conhecimento mais profundo do parque produtor da EDP.

Ciência Viva nos centros produtores

A nossa energia

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a nossa energia

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O Posto Médico da obra do futuro Aproveitamento Hidroelétrico de Foz- -Tua, com localização em Trás-os-Mon-tes, abrangendo os distritos de Vila Real e Bragança, entrou em serviço no dia 4 de julho. Os inquéritos de opinião, rea-lizados junto da população das zonas de influência das novas barragens, colocam a criação de emprego no topo da lista das suas preocupações. A EDP, tendo em conta estas expetativas, decidiu recrutar localmente os profis-sionais de enfermagem. Foz-Tua, em fase inicial de construção, estará concluído em 2015. Com um investimento superior a 300 milhões de euros, prevê-se a criação de quatro mil empregos, mil dos quais diretos.

Posto Médico de Foz-Tua

Nunca como agora o Douro foi alvo da procura por turistas. Nunca como agora o “rio d’oiro” teve tanta azáfama, fundamentalmente no período estival. Para este dinamismo muito contribuem as nossas eclusas que permitem a navegação, em segurança, ao longo do seu curso dito “nacional”.Os números falam por si!

ECLUSAGENS

560eclusagens

1556embarcações

80446passageiros

Um grupo de membros do Núcleo Regional Sul da Associação Portuguesa de Engenharia do Ambiente (APEA) efetuou uma visita técnica à Central Hidroelétrica do Alqueva. Acompanhados por um técnico, os 35 visitantes tiveram oportunidade de percorrer as galerias da barragem e o interior da central, onde lhes foi explicado o seu funcionamento. A partir do coroamento da barragem, puderam apreciar a infraestrutura.

Engenheirosvisitam Alqueva

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Capital humano

Inovar, alinhar, comunicar, reconhecer e valorizar, foram algumas das palavras utilizadas durante o encontro que, no dia 30 de setembro, reuniu, em Torres Vedras, quase 200 colaboradores da área dos Recursos Humanos da EDP.

“Cada um de nós é precioso”

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capital humano

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O dia começou com uma visita ao Parque Eólico do Sobral. Daqui, os participantes seguiram para o Hotel Campo Real, em Torres Vedras, onde foram recebidos por Maria João Martins. A diretora de Recursos Humanos do Grupo EDP lembrou a razão de estarem juntos e a importância das pessoas na Companhia de hoje. “Somos seres humanos absolutamente únicos, capazes de inspirar pela unicidade que representamos na forma de ser, de viver, de marcar aquilo que fazemos e por onde passamos. Essa nossa forma única, impossível de replicar, faz de cada um de nós, alguém muito precioso”, destacou. Sérgio Figueiredo, administrador da Fundação EDP, contou aos presentes o que foi a experiência da última grande ação de voluntariado. “O ‘Parte de Nós’ surgiu como uma iniciativa de teambuilding, mas cresceu e foi um sucesso porque partiu de cada pessoa. É de registar o entusiasmo e a forma como os colegas viveram isto porque não tiveram mãos a medir”, revelou.

A sessão foi enriquecida com a presença de António Mexia, presidente do CAE da EDP, que falou nas prioridades estratégicas dos gestores de RH. Na sua opinião, “todas as pessoas são responsáveis por encontrar a sua energia e a sua contribuição para a organização”. Para isso, devem saber exatamente o que a empresa quer, para onde vai, quais são os seus desafios e o enquadramento. “Equipar as pessoas é o fitness diário e cada um tem de arranjar o seu fitness. A Universidade EDP é um caso típico de como ajudamos as pessoas a estarem”. É necessário que “existam condições de acesso à informação, oportunidade de fazer perguntas e de obter respostas. É uma obrigação de todos saberem a dimensão do desafio que se coloca a este setor”. E é obrigatório que as pessoas percebam “que têm a sorte de fazer parte de uma organização como esta e que isso lhes dá uma responsabilidade adicional para desempenharem a sua função”, adiantou. Depois do almoço, os trabalhos foram retomados com uma mensagem de

António Pita de Abreu, administrador da EDP, que recordou também a importância das pessoas estarem informadas, conhecerem os desafios do mercado e das empresas, para poderem ter uma visão mais estratégica do negócio. A Direção de Marca e Comunicação esteve representada no encontro por Rui Cabrita, director adjunto e Filipa Roquette, gestora da Marca. Falou-se sobre comunicação e o desafio que esta área tem diariamente numa empresa global, com cultura de Grupo, que respeita as especificidades culturais, sociais e de negócio de cada geografia em que atua. A ideia de que “as pessoas são a nossa inspiração” deu mote ao ponto seguinte do programa. Maria João Martins falou também sobre os eixos RH – Simplificação, Crescimento, Inovação, Sustentabilidade, Proximidade, Alinhamento e Diálogo – e apresentou o “Quem é Quem nos RH” – uma compilação de todas as pessoas que trabalham em Recursos Humanos, nas diferentes geografias, e que muito animou todos os presentes.

“Todas as pessoas são responsáveis por encontrar a sua energia”.António Mexia

Em função do seu sucesso, foi lançada este ano a 2ª edição do Programa “Valorizar a Experiência”. Com arranque em setembro de 2010, o projeto destina-se a colaboradores com 30 ou mais anos de atividade na EDP, pertencentes a diferentes grupos profissionais (desde técnicos a quadros superiores), espalhados por todo o país. Tal como aconteceu anteriormente, o programa vai decorrer em duas fases diferentes. O kick-off da primeira fase realizou-se em Lisboa, no Porto e em Caldas da Rainha com as sessões de sensibilização a 123 hierarquias e a 143 participantes a quem foi apresentado o programa e dados a conhecer os próximos passos. Até final de 2011, os colaboradores selecionados participarão também nos workshops desta primeira fase.A segunda fase avançará no início de 2012. Espera-se, no total, envolver 300 colaboradores, à semelhança da 1ª edição.

CONTINUAMOS A VALORIZAR A EXPERIÊNCIA

Maria João Martins reuniu, de manhã, com os administradores e diretores RH das diferentes geografias

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Pedro, Ana, Emmanouil, Francesco, Rúben, Diogo e Jaime são os protagonistas desta história. Têm perfis e percursos académicos diferentes. Vêm de geografias e escolas variadas. Têm em comum o facto de, no verão de 2011, terem estagiado na EDP e considerarem esta experiência “muito enriquecedora”. Pedro Domingos (Engenharia Eletrotécnica e de Computadores), fez um estágio curricular - The Lisbon MBA, na EDP Distribuição. A seu ver, o mais interessante “foi conhecer com mais detalhe o negócio da EDP, em particular a Direcção de Gestão de Energia (DGE)”, onde esteve integrado. Para este jovem, o ambiente que encontrou na EDP “foi uma agradável surpresa”. “As interações na DGE foram diretas e informais e a comunicação com colegas de outros departamentos foi sempre prestável, apesar da grande dimensão do Grupo”, comenta. “Nem me senti como um típico estagiário, dada a ótima forma como fui integrado na equipa”, justifica. Segundo Ana Correia (Gestão de Recursos Humanos), o estágio que fez na EDP Valor, foi “uma antecipação à entrada no mercado de trabalho, um primeiro contacto com o mundo laboral que permitiu conhecer a componente prática dos assuntos abordados na licenciatura”. Mais uma vez o ambiente vivido foi

destacado: “a forma como fui recebida e o ambiente que encontrei no meu local de trabalho, também contribuíram para o sucesso deste estágio”. Emmanouil Vomvolakis (Engenharia Eletrotécnica, especialização em fontes renováveis de energia), estagiário IAESTE, optou pela EDP, pelo facto do Grupo actuar e ser líder mundial na sua área específica de formação e “participar, com sucesso, em muitos projetos nos diferentes países onde está presente”. O jovem, que veio da Universidade Técnica de Atenas, viu nesta experiência “uma grande oportunidade para conhecer, de uma forma mais prática, o que se aprende em teoria na escola”. Francesco Marulo (Gestão Internacional), estagiário CEMS em Lisboa, chegou à EDP diretamente de Milão, através do Programa CEMS MIM, para a Direcção de Manutenção da EDP Distribuição. Francesco lembra que teve oportunidade de participar na implementação de um novo Sistema de Gestão de Ativos, o que

contribuiu para desenvolver as suas capacidades de compreensão e avaliação dos riscos relacionados com os ativos físicos de uma empresa. Rúben Nogueira (Economia), estagiário de verão da Universidade Nova - School of Business and Economics, na EDP Comercial, falou no enriquecimento ao nível pessoal. “Os conhecimentos que se travam, as amizades que se fazem, a perceção que ganhamos da interação entre as pessoas no local de trabalho, e do dia-a-dia de uma grande empresa portuguesa são, para mim, factos tão ou mais importantes que a experiência profissional em si”, reconhece.Diogo Ribas, estagiário de verão PEJENE, considera que o estágio que fez foi curto mas muito interessante porque lhe “permitiu ver no real o que se aprende na Universidade”. Como pontos fortes desta experiência destaca o facto de ter tido “oportunidade de conhecer uma empresa como a EDP Produção e ver como funciona o departamento de Manutenção”. Jaime Ribeiro, estagiário de verão do Mestrado Integrado em Engenharia Electrotécnica e de Computadores, do Instituto Superior Técnico, além de enriquecer o currículo, ficou com noção do que é trabalhar numa grande empresa e ganhou ritmo de trabalho.

JOVENS RECONHECEM VANTAGENS DOS ESTÁGIOS DE VERÃO NA EDP

Foram cerca de 60 os jovens que, durante os meses de verão, estagiaram em diversas áreas, nas várias empresas do Grupo EDP. A ON falou com alguns deles para perceber o que levam desta experiência.

A promoção de estágios faz parte da Estratégia de Atratividade da EDP

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capital humano

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Filhos de colaboradores fazem escolhas de vida

Junho, julho e setembro foram os meses escolhidos para as três sessões do Life Choices Today. Em 2011, a atividade, que se desenvolve ao abrigo do programa +Conciliar, envolveu cerca de 90 jovens – filhos de colaboradores da EDP. Chama-se Life Choices Today a iniciativa que pretende dotar os jovens de uma maior consciencializaçã. De acordo com Pedro Santos, formador do parceiro externo (Síntese Azul), que assegura a formação, o objetivo é “conseguir que estes jovens alarguem os seus horizontes e não se limitem a fazer o que todos os outros fazem; alertá-los para o facto de serem eles quem controla a sua vida e que todas as decisões que tomam têm uma consequência”. Ao longo da

simulação Life Choices os participantes têm a possibilidade de “gerir” a vida de um personagem, criado pelos próprios, definir objetivos de longo prazo e tomar decisões, a nível profissional e pessoal, que contribuam para os atingir. Ao longo de três sessões, realizadas em Lisboa e Porto, os jovens foram desafiados e a proposta foi bem aceite. Na opinião de Sara Cunha, uma das participantes, a formação foi “divertida e educativa”. A seu ver, a atividade é muito útil para compreender “como é difícil manter uma vida equilibrada com uma correta gestão de tempo e dinheiro”. A jovem acrescentou que se trata de uma atividade que gostaria de sugerir aos amigos.

“When you find a job that you love, you never work again”. Este foi o mote da conversa que António Mexia manteve com os cerca de 120 novos colaboradores que, em abril, participaram no Encontro de Integração. Um evento que é o culminar de um processo que tem início no dia em que a pessoa entra para a EDP. Ao longo de um ano, o novo colaborador é conduzido por diversas etapas como se de uma viagem se tratasse. Uma viagem que integra iniciativas cujos objetivos

passam por: facilitar a sua integração, facultar-lhe conhecimentos fundamentais sobre a cultura e o negócio, promover o networking interno e contribuir para que se sinta +EDP. As pessoas que entraram para a companhia ao longo do ano anterior, foram o foco do intenso programa de visitas e atividades, desenhado para que pudessem conhecer mais e melhor a EDP, sentir a cultura da empresa e beber da inspiração dos diversos intervenientes que as acolheram nas várias

estruturas por onde foram passando. E as manifestações de agrado foram muitas. Para Duarte Duarte, da EDP Distribuição, foi “muito importante não só este encontro mas todo o processo de acolhimento que decorreu durante um ano. Gostei das apresentações que foram feitas, de conhecer as pessoas que entraram no mesmo ano que eu, e de perceber o que cada uma delas faz nas diferentes empresas da EDP”. Na sua opinião, “este encontro transmite uma grande dose de motivação”.

INTEGRAÇÃO – TURMA DE 2010

Uma grande dose de motivação

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“Temos caminhado bem nos nossos objetivos” “Julgo que estamos a ser coerentes com a visão do Grupo, que ambiciona liderança em criação de valor, inovação e sustentabilidade”, afirma o diretor-vice presidente da EDP no Brasil.

A EDP Brasil inaugurou recentemente o projeto Inovcity, em Aparecida. O que significa para a empresa lançar a primeira rede elétrica inteligente no Brasil? Este projeto é, sem dúvida, um marco importante para a EDP no Brasil. Como sabemos, o Grupo EDP tem uma experiência consolidada na área de redes inteligentes. Conseguimos obter a homologação do primeiro contador inteligente brasileiro, através da autoridade que regula a metrologia (INMETRO). Foi resultado de uma parceria com uma empresa brasileira (ECIL) e permitiu-nos chegar ao mercado com a primeira proposta de valor efectiva de smart metering no Brasil.Além dos conceitos de medição inteligente, vamos testar, em Aparecida, conceitos de geração distribuída com fontes renováveis, de mobilidade elétrica, de iluminação pública com LEDs, naquilo que será a primeira rede elétrica inteligente no Brasil.Julgo que estamos a ser coerentes

com a visão do Grupo, que ambiciona liderança em criação de valor, inovação e sustentabilidade, e a demonstrar o valor dessa liderança.

O que levou à escolha desta cidade?Além de estar situada no coração da área de concessão da EDP Bandeirante, é uma cidade com 15 mil clientes, que é a dimensão limite para que o investimento que lá vamos realizar possa estar integrado num projeto de Pesquisa e Desenvolvimento. Corresponde a 1% da nossa base de clientes na EDP Bandeirante, num investimento que deve alcançar onze milhões de reais. Aparecida é, além disso, uma cidade histórica e de simbolismo religioso, equivalente a Fátima, em Portugal, salvaguardando as devidas diferenças. Todos os anos, recebe mais de dez milhões de romeiros. É um pólo de peregrinação com muito destaque no Brasil, o que facilita a divulgação do projeto. v

MIGUEL SETAS

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O know how conseguido pelo projeto Inovcity, em Évora, ajudou ao lançamento no Brasil?Claro que sim! Apesar de algumas soluções tecnológicas serem distintas, porque devem obedecer às Normas Técnicas brasileiras, o projeto é, na sua essência, muito semelhante ao Inovcity, em Évora. A nossa equipa no Brasil teve também todo o apoio necessário dos nossos colegas da EDP Distribuição e da EDP Inovação, em Portugal.

A mobilidade elétrica é uma das apostas fortes deste Inovcity. Já foram realizadas, pela EDP Brasil, experiências totalmente inovadoras neste segmento. Que feedback têm tido? É de esperar uma mudança cultural?Fomos a primeira empresa no Brasil a lançar uma rede de abastecimento de veículos elétricos. Instalámos, no ano passado, 20 pontos de abastecimento - 10 em São Paulo e 10 no Espírito Santo. Adicionalmente, doámos cerca de 90 bicicletas elétricas para entidades estaduais de segurança e policiamento. Portanto, foram experiências com uma componente tripla: de inovação, de responsabilidade ambiental e social.O feedback tem sido, genericamente, bom. Em algumas regiões foi mais fácil a mudança de hábitos do que noutras. Já estamos a ampliar a experiência para a Universidade de São Paulo (classificada recentemente como a melhor universidade da América Latina) para o reforço do policiamento do campus. Instalámos, aqui, o nosso primeiro posto de abastecimento solar e doámos motocicletas para a segurança da Universidade.

Acredito que a penetração de carros elétricos será mais lenta aqui do que na Europa, pois o Brasil tem uma forte tradicão de utilização de etanol como combustível alternativo. Alías, a maioria dos carros que atualmente se vendem no Brasil são Flex, podendo consumir gasolina ou etanol. É natural que o carro elétrico não se implante tão rapidamente no mercado brasileiro.

A EDP Brasil tem sido, também, pioneira na área de eficiência energética, tendo ganho o Prémio Procel, por um projeto em Mogi das Cruzes. Qual o significado para o Grupo EDP?A eficiência energética é uma área onde o Grupo EDP tem tido uma atuação muito intensa. Aliás, este prémio já é uma reedição. No ano passado obtivemos a mesma distinção com um projeto que realizámos na cidade de Guarulhos, uma área também com a concessão da EDP Bandeirante. O prémio Procel é, no fundo, o reconhecimento do excelente trabalho que as nossas equipas têm realizado numa área tão crítica para a sustentabilidade do setor elétrico e para o consumo racional de energia. É mais uma faceta da liderança em inovação e sustentabilidade.

Qual a importância da Sustentabilidade para Inovação e vice-versa? De que forma estas áreas se complementam?Efetivamente, no nosso setor, sustentabilidade e inovação são duas faces da mesma moeda. Vivem de uma maneira simbiótica. Os projetos de inovação tendem sempre a contribuir para minimizar o impacto da nossa

Da esquerda para a direita: Excelência do Negócio, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação e Sustentabilidade

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Formado em Engenharia Física e Mestre Engenharia Eletrotécnica e deComputadores, no Instituto Superior Técnico, MBA pela UniversidadeNova de Lisboa, Miguel Setas entrou para o Grupo Energias de Portugal(EDP) em 2006, como chefe de gabinete do presidente do Conselho de Administração Executivo. Foi administrador da EDP Comercial e membro da Administração da EDP Inovação, da Portgás e da Fundação EDP. Desde 2008 a viver em São Paulo, é diretor-vice presidente da EDP no Brasil e do Instituto EDP. Desde 2010, é diretor-presidente da EDP Bandeirante e da EDP Escelsa. Tendo começado a vida profissional como consultor na McKinsey & Company, onde desenvolveu atividade em setores diversos como Energia, Distribuição, Banca, Seguros e Indústria, Miguel Setas foi também administrador da Lisboagás na Galp Energia e administrador da CP - Comboios de Portugal.

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Vice-presidente de Distribuição e Inovação da EDP Brasil

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actividade no meio ambiente e social. Os projetos de sustentabilidade são, frequentemente, projetos inovadores e que estabelecem novos paradigmas no setor. Por isso, decidimos juntar as duas áreas num conceito que designamos, internamente, de “Inovabilidade” (inovação + sustentabilidade). A partir de agora, as duas áreas trabalham em conjunto, como é a tendência no mundo hoje em dia, partilhando prioridades, planos, recursos e orçamentos, e em estreita articulação com o Instituto EDP. Acho que somos pioneiros a fazer esta convergência de forma estrutural na organização.Na área de sustentabilidade, a EDP no Brasil tem sido amplamente reconhecida. Recentemente, fomos eleitos “Best sustainable energy company” da América Latina, pela revista New Economy. Além de integrarmos o índice Bovespa de Sustentabilidade, desde 2006, este ano, fomos classificados como a empresa elétrica mais sustentável do Brasil, por uma agência alemã de rating de sustentabilidade, a Oekom. Na área de inovação, em 2010, também fomos classificados, pela revista “IstoÉ Dinheiro”, como a empresa mais inovadora do setor elétrico brasileiro

Desde que se mudou para Brasil passou a considerar-se mais um gestor de “terreno” do que um gestor de “escritório”?

Nem uma coisa nem outra. Há momentos para estar no escritório e outros para estar no terreno. Há momentos de planeamento e estratégia e outros momentos de mobilização e energização. Julgo que temos de complementar-nos com estas duas perspetivas. A oportunidade de liderar uma unidade de negócios com cerca de 2.000 colaboradores (mil na EDP Bandeirante e mil na EDP Escelsa) mostrou-me a importância da liderança através das pessoas. E isso exige proximidade, exige presença. É por isso que, pelo menos duas vezes por ano, visito pessoalmente as regiões mais remotas das nossas áreas de concessão. Faço aquilo que designámos como “Roadshow da Distribuição”. Percorro cerca de 10 cidades, em São Paulo e no Espírito Santo, apresento os nossos resultados, falo com os eletricistas, oiço as suas preocupações e tento motivá-los para atingirmos os nossos compromissos empresariais.

Com quase dois anos como vice-presidente da Distribuição no Brasil, quais as mudanças e transformações importantes que destacaria, neste período?O trabalho que estamos a fazer na Distribuição baseia-se no legado das pessoas que nos antecederam nesta missão. Hoje, estamos onde estamos, porque a EDP soube cuidar bem da sua operação no Brasil.

Em 2010, quando assumi a vice-presidência da Distribuição, envolvi todos os nossos gestores (cerca de 100) num exercício de planeamento estratégico para os três anos seguintes. Elegemos dez prioridades de atuação. Posteriormente, essas prioridades foram votadas abertamente na intranet por todas as pessoas que quiseram participar. Tivemos 600 pessoas a pronunciar-se sobre a estratégia da EDP Bandeirante e da EDP Escelsa. Creio que foi um exercício útil, porque alinhou o conhecimento sobre o que é importante para a Empresa, e também pioneiro, porque a estratégia é geralmente um exercício efetuado à porta fechada, por um grupo reduzido de pessoas. O processo de transformação da Unidade de Distribuição tem sido focado nos pilares estratégicos da nossa visão, com o objetivo de nos estabelecermos como referência no setor em criação de valor, inovação e sustentabilidade. Criação de valor tem significado maximização de receita e eficiência em custos, através de maior produtividade e excelência operacional.Destacaria o enorme esforço que temos realizado de “Revenue Assurance”, que nos tem permitido reduzir perdas comerciais e dívida de clientes. O impacto estimado, até agora, é de 100 milhões de reais em redução de perdas e inadimplência. Salientaria, também, os projetos de redução de custos e excelência operacional, como é o caso do “Opex” e do “Lean”, que nos têm permitido

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Da esquerda para a direita: Instituto EDP, Marca e Comunicação e reunião de diretoria (Agostinho Barreira, diretor técnico da EDP Escelsa; Francisco Fernandes, diretor técnico da EDP Bandeirante; Miguel Setas, Michel Itkes, diretor comercial da EDP Bandeirante; Carlos Motoki, diretor comercial da EDP Escelsa e Ewaldo Nogueira, gestor executivo de Excelência do Negócio)

Os projetos de sustentabilidade são, frequentemente, projetos inovadores e que estabelecem novos paradigmas no setor. Por isso, decidimos juntar as duas áreas num conceito que designamos de “Inovabilidade”.

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melhorar significativamente os nossos rácios de eficiência e de produtividade. Se tudo correr como prevemos, em 2011, teremos um dos melhores EBITDA da história da Distribuição no Brasil (EDP Bandeirante e EDP Escelsa).Ainda há muito para fazer, mas temos caminhado bem nos nossos objetivos.

O Projeto Lean mudou a face da Distribuição no Brasil. Como foi realizado?Sem dúvida! Este ano, terminámos o projeto Lean na área técnica da EDP Bandeirante, nos seis principais centros de Distribuição, e começámos na EDP Escelsa e nas áreas comerciais. Os resultados são impressionantes. Descartámos toneladas de papel, de entulho e de sucata. Revitalizámos mais de 50 ambientes de trabalho, implementámos 473 ações de melhoria, com um impacto visível na organização. Mas o mais importante, foi que o projeto provocou uma mobilização interna (participaram mais de 250 colaboradores) e uma alteração cultural muito grandes e contribuiu para a melhoria da excelência operacional. Por exemplo, uma simples operação de vistoria de um camião, que poderia durar mais de 20 minutos, passou a poder realizar-se em apenas 7 minutos. Mas há outros exemplos: reduzimos o espaço percorrido pelos eletricistas dentro dos

centros de Distribuição com deslocação de material, implementámos um sistema de “supermercado” nos armazéns, reduzimos stocks de materiais e o tempo necessário para a sua reposição, estamos a padronizar a arrumação das viaturas... Enfim, fizemos uma revolução na forma de trabalhar, otimizando processos, com impactos económicos evidentes.

E agora, quais são os principais desafios para a Distribuição ?Diria que o principal desafio da Distribuição, neste momento, provém da regulação setorial. As regras estão a ser alteradas para o Terceiro Ciclo de Revisão Tarifária. Os impactos na Conta de Resultados das empresas Distribuidoras são expressivos e, portanto, é necessário repensar o modelo do negócio e a forma de otimizar a nossa operação. Os incentivos e as penalidades estabelecidas pela nova regulação vão exigir que mudemos a forma de raciocinar sobre o negócio.Gostaria de acrescentar que a melhoria da nossa qualidade de serviço técnico constitui um grande desafio, em particular, durante o período das fortes chuvas de verão, que se aproxima. Por isso, estamos a fazer um esforço de manutenção preventiva. Na área comercial, estamos a trabalhar fortemente para aumentar a satisfação dos nossos clientes, minimizando os motivos que geram reclamações.

Qual a importância do projeto Vencer para a EDP no Brasil e para a Distribuição?O projeto Vencer é um projeto de Transformação Organizacional, que foi lançado em 2009, liderado pelo próprio diretor-presidente da EDP no Brasil, Pita de Abreu, e que visou a melhoria do desempenho global da Companhia. Mexeu profundamente na organização e no funcionamento da Empresa. Reduzimos em cerca de 40% o número de chefias, encurtámos o número de níveis hierárquicos de cinco para três, revimos mais de 20 processos críticos, lançámos 12 projetos estratégicos e definimos uma nova matriz cultural e de comportamentos requeridos.Para a Distribuição, que detém mais de 80% dos Recursos Humanos da Empresa, este projeto foi muito impactante. Temos, hoje, uma estrutura organizativa mais simples e mais ágil. E as lideranças que foram escolhidas para esta nova organização passaram por um processo exigente de avaliação e seleção. Por isso, temos hoje um corpo gerencial mais competente e competitivo.Sem dúvida, que a EDP, depois do Vencer, é uma Empresa melhor.

Já está há quase quatro anos no Brasil. Como é trabalhar num outro ambiente cultural?

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Roadshow Taubaté, Rodeio na EDP Escelsa e EDP Bandeirante, e inauguração do InovCity

Ao nível pessoal, estou a gostar muito da imersão na cultura brasileira. Os portugueses e os brasileiros são pessoas com características muito distintas, mas que se complementam.

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Tem sido uma experiência muito desafiadora. Não só a título profissional, mas também ao nível pessoal. Profissionalmente, o Brasil é um continente de oportunidades. No setor elétrico, vivemos grandes transformações, que têm exigido muita articulação da equipa de gestão da EDP no Brasil.Ao nível pessoal, estou a gostar muito da imersão na cultura brasileira. Os portugueses e os brasileiros são pessoas com características muito distintas, mas que se complementam. O português é geralmente mais racional e sistemático, enquanto o brasileiro é mais emocional e criativo. Quando cheguei ao Brasil pensava que os dois povos eram culturalmente próximos, dada a língua comum e a matriz genética partilhada. Hoje, tenho consciência que somos muito distintos, mas que nos complementamos bem. Aliás, é interessante verificar que a EDP é das poucas empresas estrangeiras que opera no setor elétrico brasileiro há mais de 15 anos. Muitas empresas estrangeiras já entraram e saíram passados alguns anos.

Como tem sido a experiência de escrever quinzenalmente para o Brasil Econômico e Diário Económico?Tem sido muito interessante. Tenho dedicado os meus domingos a preparar estes textos. Obriga-me a organizar as minhas ideias e a investigar sobre temas da atualidade. É um exercício exigente porque os temas têm de ser, simultaneamente, interessantes para o contexto português e para o brasileiro. E, como sabemos, os dois países atravessam momentos muito distintos. Curiosamente, até a língua, que é a mesma, exige que se faça uma versão brasileira e uma versão portuguesa.

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EBITDA cresceu nos últimos 4 anos

De 2007 para 2010 o crescimento do EBITDA foi de 28%. A criação de valor tem significado maximização de receita e eficiência em custos, através de maior produtividade e excelência operacional.

Área de Concessão

Municípios Atentidos

População atendida

Clientes Atendidos

(Referentes aos primeiros nove meses de 2011)

50,9 mil Km2

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7.8 milhões

2,8 milhões

Colaboradores Próprios

Energia Distribuída

Investimentos

Receita Líquida

2.064 pessoas

18.457.013 MWh

R$ 248.378 milhões

R$ 2.968.833 bilhões

Lean em Suzano (antes e depois); e inauguração da subestação Vila Rica

DADOS GERAIS

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O conceito “A Tua Energia” foi lançado em 2008, no Espaço EDP Sustentabilidade, em Lisboa, com aulas sobre eficiência energética

dadas pelo professor Energia e a professora Faísca – duas personagens que explicam a matéria de uma forma didática e divertida. Este projeto, em Portugal, desenvolve-se em três plataformas: aulas presenciais no espaço EDP Sustentabilidade; microsite A Tua Energia - www.geracaoedp.edp.pt/atuaenergia e através do camião A Tua Energia.

Ao expandir o projeto “A Tua Energia” por todo o país, através do camião, o Grupo EDP apostou na partilha de conhecimentos e na formação das novas gerações, essencialmente nas áreas do ambiente e energia: durante um mês percorreu 14 cidades, e por lá passaram mais de 4.500 alunos de 150 escolas do 1º Ciclo do Ensino Básico.Mas esta iniciativa foi ainda mais longe e atravessou fronteiras! Em Espanha, nomeadamente na região das Astúrias, este programa chegou em dezembro de

2010. “Viva Nuestra Energía” é o seu nome, mas o objetivo é comum ao do programa lançado em Portugal: explicar a energia aos mais novos de forma divertida. Desde o começo que tem ganho adeptos. Foram já 8.927 alunos que assistiram às aulas. Uma iniciativa que se alastrou ao País Basco, em janeiro deste ano. Em Espanha, o “Viva Nuestra Energía” será lançado também em Madrid e Múrcia, já em 2012. Quanto a este ano letivo (2011-2012), as expetativas são enormes: tanto no País Basco como nas Astúrias

A Tua EnergiaHá três anos a explicar energia aos mais novos

SRESPONSABILIDADE PELO MEIO AMBIENTE

ustentabilidade

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sustentabilidade

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já há reservas confirmadas até junho. Nas Astúrias, durante este ano letivo, espera-se que o “Viva Nuestra Energía” atinga 50% do universo de crianças do 1.º e 2.º ciclo de escolaridade. No País Basco, a expetativa também é grande, uma vez que já têm 141 dias reservados para aulas e apenas nove dias disponíveis. Com estas iniciativas, a EDP pretende mostrar-se como uma empresa que não só educa como também incentiva as gerações futuras a preocuparem-se com um futuro e ambiente melhores.

Gerir a biodiversidade é, para a EDP, garantir o bom funcionamento dos ecossistemas, valorizando os serviços e produtos que nos são fornecidos pela natureza e criando oportunidades para o uso sustentável dos recursos naturais.Estamos empenhados em prosseguir este caminho, de forma clara e transparente.

Apresentamos, publicamente, o relato do nosso desempenho do ano de 2010.Consulte em: www.edp.pt/sustentabilidade

BIODI V ER SIDA DE RELATÓRIO 2010

O Energy Bus, projeto promovido pela EDP Comercial e desenvolvido pela DSA e DMK, financiado no âmbito do PPEC – Plano de Promoção da Eficiência no Consumo aprovado pela ERSE, arrancou viagem, no dia 10 de novembro, para levar a todos os cidadãos conhecimento sobre Eficiência Energética.Um autocarro que utiliza diferentes linguagens para responder aos diferentes públicos: crianças, jovens e adultos. Através de suportes de comunicação interativos e experienciais, todos podem tomar contacto com os temas: produção e tranformação de energia, eficiência energética e energias renováveis, contribuindo para a adoção de novos comportamentos mais eficientes e amigos do ambiente.A viagem começou na Praça Marquês de Pombal, em Lisboa, mas há ainda muitos quilómetros a percorrer. O Energy Bus visitará 54 localidades, privilegiando o interior do País. Entre na viagem da eficiência energética, onde quer que esteja, só até dia 17 de dezembro. Deixamos-lhe aqui o itinerário: entre na próxima paragem!

ENERGY BUS Eficiência energética numa viagem pelo país

AS ÚLTIMAS PARAGENS

DEZEMBRO 3 a 5 São João da Madeira

6 a 8 Santa Comba Dão

9 a 11 Figueiró dos Vinhos

12 a 14 Marinha Grande

15 a 17 Alcobaça

PORTUGAL No espaço EDP Sustentabilidade em Lisboa:69 aulas1.431 alunos (janeiro a outubro 2011)

Camião A Tua Energia:25 dias úteis de ação14 capitais de distrito148 aulas144 escolas4.604 alunos - 72 delas com necessidades especiais

ESPANHA

ASTÚRIAS382 aulas8.927 alunos69 escolas8 localidades (Oviedo, Gijón, Avilés, Nalón, Caudal, Narcea, Occidente e Oriente)(números de dezembro 2010 até outubro 2011)

PAÍS BASCO432 aulas8.956 alunos63 escolas3 localidades (Araba, Bizkaia e Gipuzkoa)

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A Tua Energia em números

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F undação

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causas

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Para ficar a conhecer um pouco mais deste projeto, ou – quem sabe – para contratar uma “Maria”, espreite o site www.projetomarias.org

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Maria Rosa é São Tomense e mãe de três filhos. Adora navegar na Internet e gostaria de, no futuro, melhorar a sua escolaridade. Dusso Baldé é natural da Guiné Bissau onde estão os seus quatro filhos. Começou recentemente a aprender a ler e a escrever. Licínia Monteiro chegou de Cabo Verde há sete anos e sempre que pode vai até à praia ver o mar. Rosa, Dusso e Licínia são três dos rostos do “Projeto Marias”. Elas limpam, cozinham, tratam da roupa, etc. São prestadoras de serviços domésticos ao domicílio. Mais do que isso: são empreendedoras que procuram o autoemprego e a auto sustentabilidade financeira através de um negócio social inovador que visa a criação de emprego em larga escala em meios desfavorecidos. “O Projeto Marias” nasceu em abril de 2010 no município da Amadora, no âmbito da Iniciativa Bairros Críticos, mas recebeu agora um impulso decisivo da Fundação EDP, que assume o papel de mecenas exclusivo desta iniciativa. As “Marias”, que começaram por ser quatro, são já uma dezena. A par do trabalho doméstico, oferecem confiança. São as próprias que assumem a responsabilidade de recrutar mais “Marias” e de garantir a qualidade do serviço de cada uma delas, com a convicção de que o empenho individual é uma condição de sucesso do grupo. Uma espécie de cooperativa. A gestão do projeto é assegurada pela Presley Ridge, uma ONG que trabalha com famílias em situação de vulnerabilidade social e que apoia a avaliação e o coaching das “Marias”, auxilia no recrutamento e facilita os processos administrativos que são da responsabilidade dos clientes.

No Museu da Eletricidade em LisboaIlustrarte 2012Exposição com os trabalhos dos 50 finalistas da 5ª Bienal Internacional de Ilustração para a Infância.Inaugura em Janeiro.

No Espaço Fundação EDP PortoUm Diário da RepúblicaUma viagem fotográfica em Portugal realizada em 2010, pelo colectivo Kameraphoto.De 18 de dezembro a 4 de março de 2012.

AGENDA CULTUR AL

Estas mulheres procuram a auto sustentabilidade financeira, através de um negócio inovador

ESTAS “MARIAS” SÃO VERDADEIRAS EMPREENDEDORAS/

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Projeto WindFloat

ensaiofotográfico

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ensaio fotográfico

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A primeira eólica offshore foi instalada com êxito. O sistema WindFloat à escala real é equipado com um aerogerador de 2 megawatts (MW) e está ao largo da costa da Aguçadoura, em Portugal. Esta instalação representa o início de um novo sector na indústria eólica offshore. Trata-se do primeiro projeto de energia eólica offshore a nível mundial que não exigiu a utilização de qualquer equipamento de carga pesada offshore. Todo o processo de montagem final, instalação e preparação da entradaem funcionamento decorreu em terra firme, num ambiente controlado. Durante as próximas semanas será concluído um procedimento de comissionamento, testes e entrada em funcionamento.

WINDFLOATJÁ NAVEGAEM ÁGUASPORTUGUESAS/

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ensaio fotográfico

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Em construção de fevereiro a setembro entre Sever do Vouga e Setúbal - Lisnave, este projeto pioneiro, em Portugal, contou com a parceria da EDP, a Principle Power (responsável pela ideia), a Vestas (empresa dinamarquesa líder na produção de turbinas eólicas), a A. Silva Matos

(empresa metalomecânica nacional), o Estado português (através da InovCapital e do FAI – Fundo de Apoio à Inovação), além de diversos parceiros portugueses que, em conjunto, implementaram o conceito desenvolvido por uma equipa de cientistas europeus.

WindFloat em construção

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ensaio fotográfico

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ensaio fotográfico

• 1.200 toneladas deslizam no estuário do Sado.

• 3 rebocadores puxam o WindFloat.

• mais de 100 metros de altura• 40 pessoas envolvidas

nesta operação.• O WindFloat leva seis dias

para chegar da Lisnave ao largo da Aguçadoura.

WindFloat ao mar

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Depois de Kakuma, qual o grande desafio da área das Energias para o Desenvolvimento?Existem cerca de 1500 milhões de pessoas que não têm acesso à eletricidade e a ONU lançou uma campanha que pretende universalizar o acesso à energia até 2030. Neste contexto, o nosso desafio passa por replicar os impactos sociais obtidos em Kakuma, ajudando a suprir necessidades básicas humanas em geografias sem acesso a redes elétricas, enquanto identificamos oportunidades de criação de valor para o Grupo EDP, na área da geração descentralizada e eficiência energética.

O que mais o motiva neste projeto?A inovação de âmbito mundial e o enorme desafio que é colocado a toda a equipa. Mas a minha principal motivação está na oportunidade em trabalhar ativamente para um Bem Maior, contribuindo para um desenvolvimento mais sustentável da sociedade e com maior enfoque no ser humano.

Trata-se de responsabilidade social ou de negócio?Ambos. Por um lado, perspetivo a responsabilidade social segundo a ética que está subjacente em todas as ações que fazemos. Ações que incluem os objetivos corporativos, com exigência e eficiência, mas pressupõem sempre o desenvolvimento das pessoas, em particular das mais necessitadas. Mas também é negócio porque estes projetos viabilizam a transação de bens, nomeadamente sistemas de energia solar (para habitações e edifícios, iluminação pública, etc.) e de outros produtos e serviços.

Porque é que este pode ser um bom negócio, para quem vende e para quem compra?Com esta abordagem, as famílias carenciadas podem aliviar a pressão sobre os seus reduzidos orçamentos, dado que nos países em desenvolvimento cerca de um terço dos rendimentos é gasto em combustíveis de origem fóssil (querosene, gasóleo, lenha, etc.). Ao mesmo tempo, reduz-se o tempo e os riscos associados à recolha desses combustíveis e à sua queima diária. Governos e outras instituições perspetivam estes projetos

como ferramentas de eletrificação rural ou de responsabilidade social. Fabricantes e prestadores de serviços (onde se incluem empresas do Grupo EDP) veem uma oportunidade de negócio. A Fundação EDP atua como um facilitador sem fins lucrativos: identifica oportunidades, apoia a captação de financiamento, gere os projetos de execução e assegura a auto-sustentabilidade financeira da atividade.

Em que países estão já a atuar?Na Guiné-Bissau estamos a terminar um

projeto em 15 escolas e em Angola estamos a finalizar a contratação de uma Aldeia Solar para 500 famílias. Estamos a fazer esforços para iniciar brevemente novos projetos em Moçambique, Timor-Leste, noutro campo de refugiados…

Acredita que é possível melhorar a vida dessas populações? Não tenho dúvidas. Basta falar com os refugiados que beneficiaram do nosso projeto-piloto no Quénia. Agora só precisamos de fazer mais e melhor.

Em destaque

“Agora só precisamos

de fazer mais e melhor”

LUIS FARIA, Diretor da área de Energia para o Desenvolv imento (A2E)

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Saiba Mais Sobre Compras Este projeto chega a Oviedo. Promovido pelo Corporate Procurement do Grupo EDP, tem como um dos principais objetivos fomentar a partilha de conhecimento.

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moveonPlaneta EDP on v Portugal

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Apresentação de estagiários Apresentação dos aprendizados, que se juntarão à HC Energía para realizar os seus estágios.Auditório Príncipe Felipe, em Oviedo.

Noite de Reis A “Noite de Reis - EDP em Família”, uma iniciativa do + Conciliar. Museu da Eletricidade, em Lisboa (dia 6), e Fundação de Serralves, no Porto (dia 7). Inclui a participação em diferentes workshops, que apelam ao espírito de família.

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Caminhada Todos a Andar A EDP Gás promove a Caminhada Todos a Andar, desta vez em Viana do Castelo, que tem como fim solidário ajudar a Liga Portuguesa Contra o Cancro.

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Visitas ao FabLabO FabLab EDP Júnior, um programa do + Conciliar, vai promover workshops para crianças e jovens, no espaço do FabLab EDP. Os melhores “inventores” serão premiados.

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Semana dos CompromissosDivulgação a todos os trabalhadores dos compromissos da EDP Distribuição, em 75 sessões presenciais, a realizar em todo o país.

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Customer Appreciation EventA EDPR NA será a anfitriã de um evento que pretende dar a conhecer melhor a empresa a um grupo selecionado de clientes e potenciais clientes. Serão convidados a assistir ao 2012 Final Four Basketball Championship.

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Prémios EDP Desporto Distinção dos colaboradores EDP que se tenham afirmado na área do desporto. Atribuição de prémios para as modalidades “Desporto Amador” e “Manutenção Física”, para idades até aos 40 anos e superiores a 40 anos.

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Corrida do Dia do Pai A família em passo de corrida para uma prova que exige alegria, boa disposição e, acima de tudo, solidariedade. Decorre na cidade do Porto e é patrocinada pela EDP Gás.

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Meia Maratona Lisboa 2012Seis quilómetros separam o tiro de partida da meta, neste clássico anual onde participam milhares de pessoas. Além do exercício, é uma óptima oportunidade para ver com outros olhos a Ponte 25 de Abril, em Lisboa.

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Uma Noite na Barragem Esta será a 2.ª edição de uma iniciativa direcionada aos mais novos. Uma noite especial, onde os filhos e netos de colaboradores da EDP poderão explorar todos os cantos de uma barragem.

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Encontro de Alta Direção A EDP Distribuição promove o encontro onde será feito o balanço do ano que passou. Serão lançadas as novas linhas estratégicas e debatidos os desafios que a empresa enfrenta em 2012.

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