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Atualidades sobre: Candomblé, Umbanda, Caboclos, Espiritualidade Ecuménica, Esoterismo HORÓSCOPO DE DEZEMBRO A MAIO 2017 | Nº 34 | Semestral | Preço 3,50 € 5 601073 005838 00034 OMULU ORIXÁ DA CURA 2017 PREVISÕES PAI JOMAR PARA

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Atualidades sobre: Candomblé, Umbanda, Caboclos, Espiritualidade Ecuménica, Esoterismo

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2017 | Nº 34 | Semestral | Preço 3,50 €

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OMULUORIXÁ DA CURA

2017PREVISÕES

PAI JOMAR PARA

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SUMÁRIO

Notas: 1. Toda a imagem e conteúdos dos anúncios publicados nesta revista, são da

exclusiva responsabilidade dos respectivos anunciantes;2. A redação desta revista está elaborada segundo o novo acordo ortográfico.

editora

Documentário Informativo 4Omulu 5Mitologia Celta 8Planta Barba de Velho 11Cromoterapia 14Espiritualidade Ecuménica 17Cuide do seu Òrìsà 21Estrevista a Dr. Manuel da Fonseca 23Previsões Astrológicas 30Previsões Pai Jomar para 2017 33Página dedicada à Umbanda 36O uso das folhas na cura 38Viva Alégre Coma Saudável / Invocação / Ebó 41A opinião de... 42Previsões Rúnicas 45FENACAB - Brasil 49

FICHA TÉCNICA: Povo de Santo e AsèPropridade de: Lendas & CultosMorada: Rua Qta. das Padeiras - Viv. S. Jorge, nº 102815-795 Sobreda da Caparica - AlmadaNIF: 508 573 025Nº Registo na E.R.C: 125412Depósito Legal: 280080108 Director: J. Pinto, (Ogun)Director Adjunto: P. Fialho, (Yemanjá)

Sede de Redacção:Rua Qta. das Padeiras - Viv. S. Jorge, nº 10 2815-795 Sobreda da Caparica - AlmadaTiragem: 15.000 exemplaresPeriodicidade: SemestralGráfica: SIG - SOCIEDADE INDUSTRIAL GRÁFICASede: Rua Pero Escobar, 21 (Bairro de S. Francisco)

2680-574 CAMARATE | Lisboa - Portugal

Coordenador Gráfico: Rui Toscano, (Logun Odé)Redação: Miguel Dinis, (Ogun)Comercial: Licinia Marques, (Osun) 96 221 17 62 Representante legal na Bahía /Brasil: Aristides de Oliveira Mascarenhas (Osalá Osaguian)Distribuidora: URBANOSDistribuição na Bahía /Brasil: Tel: 21 294 06 84 Fax: 21 295 17 43 TM: 96 275 40 40E-mail: [email protected]

EDITORIALSem nos querermos imiscuir na vida de cada um, na casa de cada um, referimo-nos aos Ilés (terreiros, sejam eles de Candomblé ou Umbanda), têm chegado até nós, ecos de situações que em nada dignificam esta linda religião, que é o Candomblé... e o mesmo se poderá estender à Umbanda.Achamos que está na hora, mais que na hora de sermos autênticos! Sermos coerentes!Devemos dar ao sagrado, o que é do sagrado!Ao profano, o que é do profano!Unir as nossas vozes e não permitir que os "outros" não nos levem a sério, porque vêm coisas pouco sérias em algumas casas. É algo que é transversal, mas desta vez, falamos sobretudo de Portugal. Existem em Portugal meios (federação, associação - FENACAB por exemplo), onde nos podemos unir, encontrando soluções de forma a extinguir atitudes menos dignas por parte de alguns...Achamos que um pouco mais de decoro e decência não ficaria nada mal.Sentimos de desabafar aqui, porque aquilo que é a vida de todos aqueles que por amor ao Orisá e a tudo o que isso representa, deram as suas vidas, não se pode desrespeitar!Nós vamos continuar, assim Deus (Olorun) nos ajude.O DirectorDr. José Pinto

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Documentário Informativo

O Xaxará ou Sásárá, fetiche inerente aos Ori-xás Obaluaye e Omolu, é utilizado pelo Orisá nos Cultos Afro-Brasileiros, em especial no Candomblé. É feito com a nervura da folha do dendezeiro, ornado com búzios, palha da cos-ta, fio de contas e cabaças. Este instrumento de enorme poder espiritual, utilizado nos ri-tuais do olubaje e opanije, tem finalidade de afastar os espíritos (eguns) para o seu espaço sagrado, e eliminar as energias negativas da comunidade, proporcionando a longevidade.

Teresa Menaya SaraivaAdvogada

Rua Engº D. António Castelo Branco, nº 186, ESC DEdª Nossa Senhora da Assunção2750-154 CASCAIS

tel: 214 837 832tm: 964 625 680

e- mail: [email protected] [email protected]

Direito Civil, Penal e Internacional Privado (legalização e nacionalidade de estrangeiros)

O XAXARÁ

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Documentário Informativo Omulu

Senhor da vida e da morte, detentor do gran-de mistério da saúde e da doença, Omulú é o grande Òrisà dono da Terra que preside ao momento da morte. Carrega o Asé, mostran-do assim a sua ligação ás árvores, troncos e ramos.Veste palha-da-costa, vestimenta com grande significado ritual principalmente no que ao sobrenatural diz respeito e carrega nas mãos o Sásárá, uma ferramenta elaborada a partir de nervuras de palha da costa. Com esta fer-ramenta, procede ás limpezas espirituais nos seres humanos, captando como um íman as energias negativas, as doenças e as dificulda-des do espírito. Fortemente ligado à saude e doença (Òrisà das pestes, das doenças de pele e hoje em dia da SIDA), é sua missão defender contra estas maleitas e contra os maus espiri-tos. O seu trabalho é: realizar e eliminar; tirar e dar fim ao que não serve mais.É considerado um justiceiro implacável, tendo uma acção lenta e prudente.Devido ao desconhecimento, é um Òrisà que causa celeuma, sendo temido devido à sua acção e características. No entanto, é ele que mostra o caminho da Luz, não sendo porém, infelizmente, seguido algumas vezes.

OMULUORIXÁ DA CURA, CONTINUIDADE

E DA EXISTÊNCIA.

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Omulu

Qualidades:Intoto, Xapana, Jagun, Segi, Azuani, etc…

Dia da semana: Segunda-feira

Algumas Pedras: Ónix e Topázio

Cores: Branco e Preto ou Preto, Branco e Vermelho

Algumas Comidas:Doburu

Símbolos: Sásárá

Elementos: Terra

Algumas Flores: Zinias brancas

Animal: Cão

Saudação: Atôtô ajubero!

Para quem atende ao Sincretismo: São Lázaro

CARACTERISTICASDE 0MULU

PERSONALIDADE DOS FILHOS DE OMULU

São pessoas deprimidas, capazes de desa-nimar qualquer um. Acham que nada vai dar certo, que nada está bem. Possuem mania de velho com a “rabugice”. Gostam da ordem. São do tipo de que não leva de-saforo para casa. Podem apresentar doen-ças de pele, marcas no rosto. Adoram irri-tar os outros.São amargos, vingativos; mas possuem enormes qualidades e não são poucas.São prestativos, trabalhadores e amigos de verdade. Têm sorte ao jogo, são obser-vadores, misteriosos, sábios, pensativos, reservados e introspectivos. Na sua parte mais negativa, por vezes, podem “secar” com o olhar.

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Omulu

Omulu, originário de Tapa, levou os seus guer-reiros para uma expedição pelos quatro cantos da terra. Dizia-se que uma pessoa ferida pe-las suas flechas ficava cega, surda ou manca. Obaluaê-Omulu chega ao território de Mahi no norte de Daomé, matando e dizimando todos os seus inimigos, destruindo tudo o que encon-trou pela frente. Os Mahis foram consultar um Babalaô que lhes ensinou a forma para acalmar Omulu. O Babalaô indicou que estes deveriam tratar Omulu com pipocas, uma vez que esse acto iria tranquiliza-lo. Foi o que aconteceu. Omulu tornou-se mais dócil. Contente com as atenções recebidas, mandou construir um palácio onde foi viver. O Mahi prosperou e tudo se acalmou.

Omulu continua sendo saudado como rei de Nupê e pai em Empê. Regressando da sua viagem à aldeia onde nascera, Omulu deparou-se com uma festa que contava com presença de todos os Orixás. Omulu pensou que não poderia entrar na festa, devido à sua me-donha aparência. Ficou então à espreita pelas frestas do terreiro. Ogum, ao perceber a angústia do Orixá, cobriu-o com uma roupa de palha, com um capuz que ocultava o seu rosto doen-te e convidou-o a entrar para aproveitar

a alegria dos festejos. Apesar de enver-gonhado, Omulu entrou, mas ninguém se aproximou dele. Iansã tudo acompanhava pelo canto do olho. Oyá compreendia a triste situação de Omulu e dele se compadecia. Espe-rou que Omulu estivesse exatamente no centro do barracão. O xirê (festa, dan-ça, brincadeira) estava animado. Os

orixás dançavam alegremente com suas Ajoyês.

Iansã chegou então bem perto de

Omulu e com

o seu vento levantou as roupas de palha do Ve-lho Orixá. Nesse momento de encanto e venta-nia, as feridas de Omulu saltaram magicamente para o alto, transformadas numa chuva de pipo-cas, que se espalharam brancas pelo barracão. Omulu, o deus das doenças, transformara-se num jovem belo e encantador. Omulu e Iansã tornaram-se grandes amigos e reinaram juntos sobre o mundo dos espíritos dos mortos, partilhando o poder único de abrir e interromper as demandas dos mortos sobre os homens.

LENDA DE 0MULU

(As lendas, mais que contarem factos, têm sobretudo a parti-cularidade de nos transmitirem o conhecimento de uma de-terminada energia. É também nas lendas, que percebemos o porquê de algumas formas de estar e de ser dos filhos de um determinado Orixá; da sua forma de se relacionar com os ou-tros, com as coisas, situações e com o mundo)

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Mitologia Celta

É quase impossível expor em linhas gerais a complexa mito logia celta; inicialmente, é difícil fixar, no tempo e no espaço, o limite exacto do domínio celta; os celtas foram primeiro uma raça do que um povo. O seu nome aparece pela primeira vez na obra de Hecateu de Mileto (Geografia, escrita por volta do século V a.C.). Etnologicamente, a Alemanha seria o centro do habitar primitivo dos celtas. Mais ou menos no século IX a.C. invadiram a Gália, em vagas sucessivas, que só terminariam no século II; no século VI estabeleceram-se na península ibérica; por volta do século IV, invadiram a Itá-lia e se apoderaram de Roma (batalha de Alia, 390 a.C.). Os celtas continentais se estenderam pela Hungria até a Grécia e a Ásia Menor.Jamais os celtas constituíram uma nação unida, coesa, homogénea; formavam tribos separa-

das, turbulentas, ciosas da sua liberdade, que se hostilizavam mutuamente.Um segundo grupo de celtas, os insulares, ocu-param os países do Norte, Grã-Bretanha e Ir-landa. Os últimos bandos de celtas, no século I da nossa era, passaram do Norte da Gália para a ilha da Bretanha, com o nome de Belgas.Pouco se sabe da mitologia celta. A mitologia chamada celta -latina, ou galo-romana, ou galo--latina, que é a mitologia celta que chegou até aos nossos dias através dos escritos latinos (César, Tácito, Lucano etc.), traz, é evidente, os nomes e os atributos dos deuses à moda la-tina; sempre que isto ocorrer expressamente faremos menção, para que o leitor pouco fa-miliarizado com a mitologia não julgue que o celtas adoravam um deus chamado Apolo ou Júpiter, por exemplo.

MITOLOGIA CELTA

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Mitologia Celta

Os celtas falavam uma língua pertencente à enorme árvore indo-europeia; infelizmente, é hoje extinta. Nada, ou quase nada sabemos dessa língua que, em dado momento, esteve es-palhada por quase toda a Europa. Dela nos res-tam pouquíssimos vestí gios. Os celtas fundiram--se de tal modo com os romanos, que as inscri-ções que até nós chegaram, trazem os nomes dos prin cipais deuses celtas junto com nomes romanos, aos quais foram associados ou com os quais foram identificados:Deo Mercurio Atusmeiro. Marti Latobio.Marti Toutati. Marti Latobio Harmogio Toutati Sin-ati Mogenio...Não sabemos, exactamente, qual era a deno-minação original desses deuses nem quais as suas precípuas funções; os romanos, ao deles ter conhecimento, imediatamente os identifica-ram com as divindades romanas, dando-lhes o mesmo carácter, atributos e funções.Encontram-se, hodiernamente, vestígios da lín-gua celta no baixo-bretão e no idioma gaélico, falado no país de Gales e na Irlanda.Quase todos os dados mitológicos que pos-suímos são assaz recentes; do rico acervo original dos celtas, quando estes inva diram a Europa central (1500-1600 a.C.), quase nada sabemos; ignoramos mesmo se os mitos já estavam formados ou se já tinham elaborado

uma cosmogonia.Guinevere: (Guinevere em francês, Genevra em português), era filha do gigante Ogyrvan, prote-tor e iniciador do bardismo; nos textos primiti-vos era irmã de Artur, antes de ser sua mulher.Os dois filhos (ou sobrinhos?), Gwalchmai e Me-drawt, um bom e o outro mau, correspondem a duas divindades, da Luz (Ueu) e das Trevas (Dylan). Gwalchmai ("Falcão de Maio"), é Sir Gau-vain e Medrawt, Sir Modrer. Um terceiro irmão, Gwal chaved ("Falcão do Verão"), tomar-se-á Ga-lahad. Brandegore ésem dúvida "Brân de Gwa-les", reminiscência do Brân cristia nizado que levou o Graal para a Bretanha.Tão importante como o rei é o poderoso mági-co Myrddin, que se tornou Merlin, detentor de todo poder, possuidor de todas as riquezas e senhor do País das Fadas. Uther Pendragon, ou Urien, pode muito bem ser Uthr Ben, a "Cabeça Maravilhosa de Brân", que viveu 87 anos depois de ter sido separada do tronco. Balan, enfim, se-ria Balin, o deus galo-britânico Belinus.O ciclo mítico do Rei Marc'h (Mark) e da Rainha Essylt (Isolda, em francês Yseillt) e do seu sobri-nho Drystan (Tristão), se prende, igualmente, à "matéria do Rei Artur". Multidão de personagens secundárias perdem a sua individualidade para se fundirem na imensa turba anónima dos kor-red (anões), korriga nes (fadas) e morganas (de-

LÍNGUA

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mónios fêmeas das águas) do folclore bretão da península armórica.Mesmo o elemento mais cristão da lenda me-dieval do Rei Artur, a conquista do santo Graal, tem o seu fundamento na mito logia celta; trata--se da caldeirinha-talismã, provida de virtudes maravilhosas, que os deuses se afadigavam em roubar uns dos outros. O velho poema gaulês do Livre de Taliessin, "o Saco de Annwfn", relata como Artur se apoderou da caldeirinha mágica, mas, quanto à expedição, só retomaram sete, ainda que no mo mento do embarque, houves-se "três vezes ou mais para encher seu navio". A caldeirinha pagã mudou muito pouco para se tornar o santo Graal que José de Arimateia en-cheu com o sangue sagrado de Jesus Cristo.

As árvores eram objecto de fervoroso culto por parte dos celtas; tinham veneração especial pelo carvalho; as árvores sagradas eram guar-dadas por fadas. Lemovices, Eburovices (povos da Gália) significam "guer reiros colocados sob a protecção do olmeiro (irlandês ibor)"; Mac Cuill, "filho da aveleira" é nome de um rei lendário da Irlanda e dum irlandês convertido por São Patrí-cia; Mac Dara é "filho do carvalho"; Mac Culinn, "filho do azevinho"; Der Draigin, "filha da acácia"; Der Froich, "filha da urze"; Elogan, "rebento do teixo"...

Como se vê, a dendrolatria céltica assumia ca-rácter eminen temente prático: as árvores sagra-das eram protectoras do povo.

(Fonte:”Dicionario de mitologia”, de Tassilo Orpheu Spalding)

Mitologia Celta

ÁRVORES (CULTO DAS)

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Planta Barba de Velho: Muitas Utilidades

A planta conhecida popularmente como Barba de Velho ou Barba de Pau tem como nome cien-tífico Tillandsia usneoides L. e pertence à famí-lia Bromeliaceae. Trata-se de uma planta nativa não endêmica do Brasil. O nome popular vem do fato de que a planta possui um visual que lembra uma longa barba esbranquiçada.

DescriçãoUma planta que é do tipo epífita (que nasce sobre outras plantas) pode-se estabelecer pen-dente nos ramos de árvores. O seu caule é fili-forme (fino a tal ponto de ser semelhante a um fio) e possui folhas com entrenós alongados.Na sua fase adulta as raízes tornam-se ausen-tes, possui uma quantidade pequena de folhas de três a cinco dispostas no decorrer do seu caule longo. As folhas são dísticas (que possui duas séries no decorrer de um mesmo eixo) e

patentes tendo em torno de 2 a 7 cm. As flores da planta Barba de Velho possuem sépalas de 5 a 6 mm que são livres, lanceoladas e que podem ter um esverdeado ou amarelado.

CaracterísticaFloração / FrutificaçãoO florescimento dessa planta é bastante raro ficando a sua reprodução ligada principalmente ao crescimento vegetativo.

DispersãoGeralmente feita pelo vento e pelos pássaros que fazem a transmissão de uma árvore para a outra.

PropagaçãoPode ser feita tanto de forma vegetativa como por meio de sementes. A Barba de Velho está

PLANTA

BARBA DE VELHOMUITAS UTILIDADES

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Planta Barba de Velho: Muitas Utilidades

na lista de espécies ameaçadas de extinção no estado do Rio Grande do Sul.

HábitatA planta Barba de Velho pode ser encontrada em habitats como a Caatinga, o Cerrado e a Mata Atlântica, ou seja, em todas as formações de florestas. Em relação a distribuição geográfi-ca dessa planta podemos encontrá-la no Nor-deste nos estados do Rio Grande do Norte, Ceará, Bahia, Sergipe, Piauí, Paraíba, Alagoas e Pernambuco; também na região Sudeste nos estados do Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo, bem como no Sul nos es-tados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Planta Barba de Velho não é ParasitaUma confusão que as pessoas costumam fazer em relação dessa planta é acreditar que se tra-ta de uma parasita, porém, a Barba de Velho é uma epífita que vive aderida ou mesmo pendu-rada em outras plantas, porém, não lhes suga seiva não se caracterizando como parasita.Essa planta não tem raízes desenvolvidas e des-sa forma absorve água e nutrientes de forma direta da atmosfera através das suas estruturas que são chamadas de escamas e se distribuem por todo o seu corpo. As escamas da planta tem uma habilidade bastante interessante de atrair e reter líquido.

É UMA ERVA QUE NOS INSPIRA SENTIMENTOS RELACIONADOS À RE-

SIGNAÇÃO, SABEDORIA, MUDANÇA, ABNEGAÇÃO, TRANSFORMAÇÃO, FIR-

MEZA E NOS AUXILIA NO COMBATE DE DEMANDAS

E A MAGIA.

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Planta Barba de Velho: Muitas Utilidades

Uma Planta MedicinalEssa planta conta com propriedades medicinais e nos Estados Unidos é utilizada como uma aliada no combate dos principais sintomas da Diabetes. Além disso, a planta possui outras propriedades medicinais relevantes como ser antibiótica, antirremáutica, anti-hemorroidal e adstringente para a pele.Durante muito tempo a Barba de Velho foi usada junto com algum tipo de gordura, como aquela da manteiga da cacau, como um suposi-tório para as hemorróidas. Para se ter uma ideia essa é uma planta utilizada como medicamento também pelos índios Guarani, no caso deles o emprego da planta era para evitar gravidez.Popularmente essa planta é utilizada para evi-tar o ingurgitamento do fígado bem como para combater úlceras, dores, hérnias, varizes e até mesmo inflamações no reto. Pode ser ainda uti-lizada como um eficiente adstringente.

No Artesanato – Fonte De RendaEssa planta tem larga aplicação no artesanato, no começo do século passado era muito utili-zada para fazer o enchimento de travesseiros, colchões e almofadas. A planta também era ex-celente para fazer o acondicionamento de pro-dutos. Para que possa ser utilizada a planta é colocada de molho em água fervente.

A partir disso a planta começa a se desprender do tecido cortical e no final sobre somente a sua parte lenhosa que tem forma de filamentos es-curos e que permanecem enovelados. Também é possível utilizar essa planta para ornamenta-ção ou mesmo para como um substrato anti-choque em embalagens de artigos que sejam frágeis.

Cultos Afro-BrasileirosNos cultos Afro-Brasileiros, é atribuída ao Orixá Obaluaê, Omulu e as falanges dos Pretos Velhos e dos Baianos. É uma erva usada nos preceitos de banho de descarrego.É uma erva que nos inspira sentimentos relacio-nados à resignação, sabedoria, mudança, abne-gação, transformação, firmeza e nos auxilia no combate de demandas e a magia.O banho com esta erva deve ser realizado em água fervida. O dia da semana indicado para tomar este banho é segunda-feira e deve ser tomado do pescoço para baixo. Ao tomar o banho, peça aos grandiosos Obaluaê e Omulu para trazerem a cura para as feridas do corpo e da Alma e no caso da Umbanda, aos Pretos Ve-lhos que inspirem a sabedoria e resignação e ao Povo Baiano que proporcione a alegria, vontade de viver e que auxiliem no desmanche de toda e qualquer magia.

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Cromoterapia

A cromoterapia é uma terapia alternativa em que são utilizadas as cores para tratamento de doen-ças e recuperação do equilíbrio físico e emocional.A palavra tem origem na expressão grega "khrô-ma" que significa "cor".Historiadores afirmam que no Antigo Egipto a cor - através dos raios solares - já era usada para o benefício do ser humano. Mais tarde, no século XVIII, o cientista alemão Johann Wolfgang von Goethe conduziu uma pesquisa exaustiva a respeito das cores, concluindo que elas têm um determinado efeito. Ele concluiu que o ver-melho estimula, o azul suaviza, o amarelo causa alegria e o verde é relaxante.Contudo, a cromoterapia só chegou ao Ocidente no século XIX. Nos dias de hoje, a cromoterapia está relacionada com as sete cores do espectro solar, e normalmente um suporte com uma lâm-pada de 25 watts é usada no tratamento, onde

é colocado a 5 centímetros da pele, actuando durante aproximadamente 3 minutos.Esta terapia tem muitos críticos na comunidade científica, que defendem que no caso da cromo-terapia, o efeito placebo é um factor muito im-portante na cura de alguns pacientes.A cromoterapia é muitas vezes ligada com algu-mas práticas esotéricas, como o Feng Shui, os cristais e a astrologia. Em muitos casos, as sete cores usadas na cromoterapia estão directa-mente ligadas aos chakras, que são considera-dos campos de energia que têm influência nas nossas emoções e corpos.As formas de terapêuticas possíveis com cromo-terapia são:Vestuário (pode escolher a cor das peças de roupa em função dos problemas de saúde, ou do seu estado de espírito. Assim pode ajudá-lo a tratar-se.)

CROMOTERAPIA

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Banho de cor. (Escolha a cor ideal para tratar--se utilizando essências e colorantes mistura-dos no banho. É possível adquirir em lojas de produtos naturais, ou locais onde haja produtos exotéricos.)Pintar as paredes de casa. (Podemos pintar apenas uma parede. Escolher a divisão da habi-tação onde permanece mais tempo e costuma relaxar. Na maioria dos casos será o quarto.)Terapias que usam o poder curativo das cores – a cor como terapia de cura.

Cromoterapia – nesta terapia é feito um diag-nóstico e indica as cores que os pacientes mais precisam para fazer a sua cura, seja ela física ou emocional.Light Colour Beamer – esta terapia visa na utilização da cor através de um punho tipo ca-neta que projecta uma cor específica, e envia--se um feixe de luz determinado para a parte do corpo que necessita de tratamento. Aura - Soma – Esta é uma terapia que visa a utilização de frascos pequenos com cerca de 70 combinações de cores. Cada paciente esco-lhe aleatoriamente as suas cores preferenciais, e as escolhas feitas pelo paciente indicarão ao terapeuta os traços que ajudarão a definir um diagnóstico.)

Elixires - A ingestão de água energizada com determinada cor. Consta essencialmente na uti-lização de garrafas de vidro com determinada cor, com água, que são colocadas à exposição solar, durante 2 horas, para energizar a água com a cor correspondente ao chacka, emoções ou doenças a tratar.Cura Energética da Aura. (Terapêutica reali-zada através da leitura da aura.)Chamas sagradas (Sacred Flames) É uma te-rapêutica utilizada através do Reiki.

Cromoterapia

A CROMOTERAPIA É MUITAS VEZES

LIGADA COM ALGUMAS PRÁTICAS ESOTÉRICAS,

COMO O FENG SHUI, OS CRISTAIS E A

ASTROLOGIA

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Cromoterapia

O significado de algumas das cores usadas

na cromoterapia é:

É uma cor poderosa e deve haver precauções no seu uso, pois em excesso pode provocar nervosismo e ansieda-de. Pode despertar a sexualidade e erotis-mo. Área de actuação: activa a circulação e estimula o sistema nervoso. O vermelho está ligado ao chakra básico, que está locali-zado no baixo ventre e que comanda a coluna vertebral.

LARANJA

É uma cor alegre e antidepressiva. Área de actuação: rejuvenesce e melhora o metabolismo e o sistema digestivo. Pode elevar a pressão sanguínea. Corresponde ao chakra umbilical, que comanda as acções relacionadas com o sexo. Influencia o processo de tomar decisões.

É uma cor inspiradora por isso pode provocar alguma distracção e perda do foco. Esta cor influencia o dina-mismo e a capacidade de expressão. Área de actuação: olhos, ou-vidos, ossos e tecidos internos. Está ligada ao chakra Plexo Solar que rege o estômago e corresponde ao poder pessoal e satisfação.

É uma cor associada à natureza, tranquilida-de, equilíbrio e saúde. Área de actuação: problemas cardíacos, dores de cabeça, in-sónias, etc.. É uma cor referente ao chakra cardíaco, que comanda o coração e o sistema circulatório.

VERMELHO

VERDE

AMARELOÉ uma cor associada à natu-reza, tranquilidade, equilíbrio e saúde. Área de actuação: problemas cardíacos, dores de cabeça, insónias, etc.. É uma cor referente ao chakra cardía-co, que comanda o coração e o sistema circulatório.

AZUL

É uma cor que simboliza a intuição e a compreensão. Área de actua-ção: purifica o sangue e tem um efeito anestésico e coagulante. É representada pelo chakra frontal, localizado no centro da testa e que controla o sistema nervoso.

INDIGO

É uma cor relacionada com a es-tabilidade e paz na consciência. Promove a concentração e eleva a auto-estima. Área de actuação: acalma os nervos e os músculos do corpo, e elimina infecções e inflamações. O chakra corres-pondente é o coronário, localiza-do no alto da cabeça e que está relacionado com a concentração e espiritualidade.

VIOLETA

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Espiritualidade Ecuménica

Frei Bento Domingues, O.P., de seu nome Basílio de Jesus Gonçalves Domingues (nascido a 13 de agos-to de 1934, em Travassos, Vilar, Terras de Bouro), é um religioso da Ordem dos Pregadores (ou Ordem dos Dominicanos), por muitos considerado um dos maiores teólogos portugueses.Nasceu numa família de pequenos agricultores com sete filhos. Um irmão mais velho entrou para os Dominicanos, com o nome de Frei Bernardo.Seguindo as pisadas do seu irmão mais velho, en-trou para a escola apostólica dos Dominicanos de Aldeia Nova, perto de Fátima, em 1953, com 19 anos de idade. Ingressou depois na Ordem dos Dominicanos, tomando o nome de Bento.Estudou Filosofia e Teologia primeiro em Fátima, depois em Salamanca, Roma e Toulouse.Quando em 1962, após os seus estudos, regressou

a Portugal, nas vésperas do Concílio do Vaticano II, tornou-se assistente da Juventude da Igreja de Cristo Rei, no Porto. Data de então uma sua rela-ção próxima com o advogado e militante católico portuense Francisco Sá Carneiro e outros elemen-tos da futura Ala liberal, sob o governo de Marcello Caetano. Em 1963 organizou no Porto a exposi-ção "O mundo interroga o Concílio", que levantou grande celeuma e foi encerrada pela polícia política PIDE no dia 1 de Maio de 1963. Pouco depois, foi obrigado a abandonar o país, na sequência tam-bém de uma afirmação que fez do altar da Igreja de São João de Brito, em Lisboa: "O problema não é a conversa, é a organização e é preciso derrubar este governo"[2]. Foi para Roma, onde seguiu de perto os trabalhos do Concílio, especialmente o trabalho dos teólogos e a intervenção do episcopado brasi-leiro, com D. Hélder da Câmara.

FREI BENTODOMINGUES

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missionários e na preparação dos Animadores de Comunidades cristãs em várias dioceses de Mo-çambique. Ensinou Teologia no Seminário Maior de Luanda (Angola), no Centro Bartolomé de Las Casas (Cuzco, Perú) e na Universidade S. Tomás de Aquino (Bogotá, Colômbia). Participou na configu-ração do Centro de Pedro de Córdoba (Santiago do Chile), especializado no diálogo entre Teologia e Ciências Humanas, onde também ensinou. Foi o primeiro Director do Centro de Teologia/Ciência das Religiões e da Licenciatura em Ciência das Reli-giões, da Universidade Lusófona.Depois de crónicas regulares no semanário Sem-

pre Fixe (1974) e no diário A Luta (1975-1979), man-tém, desde 1992, uma coluna semanal no jornal Público, dedicada à análise do fenómeno religioso no mundo contemporâneo.É membro Externo da Assembleia do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa; mem-bro do Conselho de Ética e do Conselho Cultural do ISPA – Instituto Universitário; membro da Aca-demia Pedro Hispano; membro do Conselho Geral da Universidade do Porto.Tem muita colaboração dispersa em obras colec-tivas e numerosas revistas, como Igreja e Missão, Brotéria, Communio, Seara Nova, Reflexão Cristã,

Regressou a Portugal em 1965 e foi ensinar Teolo-gia dos Sacramentos e Cristologia no Studium Se-des Sapientiae, em Fátima. Leccionou depois no Instituto Superior de Estudos Teológicos, em Lis-boa, no Instituto de Psicologia Aplicada, no Cento de Reflexão Cristã, na Escola de Educadoras de In-fância Maria Ulrich e foi director do Instituto de S. Tomás de Aquino. Participou, com D. Luís Pereira, bispo da Igreja Lusitana, na primeira Conferência Ecuménica em Portugal, organizada pela Coope-rativa Pragma. Fez parte da equipa de tradução portuguesa da revista internacional Concilium a partir de 1965.Participou também em várias iniciativas de carácter cívico, como o lançamento da publicação católica clandestina Direito à Informação, e foi membro do secretariado da Comissão Nacional de Socorro aos Presos Políticos, criada em 1969. No início dos anos 70, foi longamente interrogado na sede da polícia

política PIDE/DGS, pela sua pregação numa missa para crianças em Caxias, interpretada como um ataque à guerra colonial. Tinha dito nessa pregação às crianças: "Vem aí o Natal, vão dar-vos pistolas. Não aceitem. Digam: quando formos grandes não queremos andar em guerras"Depois da revolução de 25 de Abril interveio nas Assembleias Livres de Cristãos em Lisboa (7 de Maio de 1974) e no Porto (9 de Maio de 1974). O seu texto "A Igreja e o 25 de Abril" (1974) e a sua entrevista "A Igreja pode colaborar na Demo-cratização" (Junho de 1974) foram considerados em meios cristãos textos de referência para uma Igreja livre num país livre. Foi um dos oradores do primeiro encontro dos Cristãos para o Socialismo. Em 1975, integrou o Comité Português Pró-Am-nistia Geral no Brasil.Durante a década de 80 colaborou, na área da Teo-logia da Inculturação, em cursos de reciclagem de

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Ler, e em vários jornais, assim como uma vasta participação em congressos e semanas de estudo nacionais e internacionais.Um exemplo das sua extrema capacidade e sen-tido ecuménico é o seguinte texto, escrito numa coluna de opinião do jornal "O Publico"Diálogo inter-religioso e conversão das religiõesTexto original de Frei Bento DominguesO diálogo inter-religioso, para ter sentido, deve aju-dar a conversão das religiões a partir daquilo que é essencial em cada uma delas.1. Nunca vivi em países que invocassem explicitamente a religião para fazer a guerra. No próprio coração da civilização moderna, os totalitarismos do século

XX – soviético, fascista, nazi, maoista – com mais de cem milhões de vítimas inocentes, não eram movidos por qualquer religião. A guerra foi muitas vezes encarada como o motor da história. Com o desenvolvimento sempre crescente das ciências e das técnicas poderá tornar-se a sua destruição.Foi em épocas de muita violência que trabalhei em alguns países de Africa ou da América Latina. Ne-nhum deus era invocado para abençoar a cruelda-de. Em alguns casos, o ateísmo era a regra. Essas guerras não precisavam da bênção de nenhuma di-vindade. Ainda hoje, o comércio de armas, o tráfico de pessoas e de órgãos, o trabalho escravo, a pros-tituição, o narcotráfico, a criminalidade organizada nem sempre pertencem a organizações religiosas! A idolatria do dinheiro tem pessoas e serviços bem

organizados, a nível local e à escala global, que dis-pensam o recurso a qualquer outra divindade.No plano religioso, a pergunta mais importante tal-vez seja esta: ainda haverá religiões que se alimen-tam de sacrifícios humanos? Se isto for verdade, o dever da memória não pode substituir a coragem de olhar para o presente.2. Ao longo dos anos, tenho sido convidado para participar em colóquios de e sobre o diálogo inter-religioso. Sempre que posso, aceito com fervor. Como diz o Papa Francisco, com diálogo verdadeiro, seja em que campo for, todos ganham.Desde os finais do séc. XIX que existem fóruns per-manentes de diálogo religioso, como o Parlamento Mundial de Religiões, fundado em 1893. No âm-bito da Igreja católica, foi, sobretudo, a partir do Vaticano II que várias iniciativas confluíram para a criação do actual Conselho Pontifício para o Diá-logo Inter-Religioso. Estas actividades tornaram-se

frequentes, bem aceites e já marcantes no campo da teologia [1].Esta normalidade corre sempre o risco de se tornar um ritual que se cumpre e do qual pouco se espe-ra, mas seria injusto desvalorizá-lo. A passagem das hostilidades para o conhecimento e acolhimento mútuos das religiões é um acontecimento que já não nos espanta. Tornou normal o que deveria ter sido sempre a norma.Deve tornar-se um caminho para a universaliza-ção da prática da liberdade religiosa. Antes do Va-ticano II, para muitos católicos, era absurdo defen-der esta liberdade. A tese ortodoxa era simples: só a verdade tem direitos; a depositária da verdade e da sua defesa era a Igreja católica, fora da qual não havia salvação.A declaração sobre a liberdade religiosa foi discu-tida, desde o início deste admirável Concílio, mas teve de vencer tantos obstáculos, que só a 7-12-1965 é que foi aprovada. Hoje, é uma bandeira e,

AINDA HAVERÁ RELIGIÕES QUE SE

ALIMENTAM DE SACRIFÍCIOS HUMANOS?

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sem ela, estaríamos como as religiões que exigem liberdade para si no estrangeiro, mas que a negam onde são elas próprias a impor a lei. É a velha tácti-ca: em nome das vossas leis, exigimos liberdade e auxílios especiais; em nome dos nossos princípios e do nosso regime religioso e político, temos de vos negar essa liberdade.3. Nenhuma religião tem o direito de impor os seus dogmas, ritos e normas às outras confissões. Seria continuar uma violência execrável, mas se cada uma só pensar em manter-se, defender-se e expandir-se, o chamado diálogo torna-se uma simples capa para o proselitismo das mais aguerridas. Todas têm de procurar descobrir de que reformas precisam.Não será o dever de todas as religiões, no mundo actual, para além daquilo que as possa individuali-zar, aplicar a Declaração Universal dos Direitos Hu-manos? Poderá discutir-se a universalidade desta declaração, no entanto, o primeiro dever é o reco-nhecimento de que todos têm direito a ter direito. Os cristãos dispõem de um princípio fundamental para avaliar o alcance ético de todas as instituições,

religiosas ou não: o Sábado é para o ser humano e não o ser humano para o Sábado. A instituição, tida por mais sagrada, está submetida a algo de ainda mais sagrado: o bem do ser humano.Do ponto de vista católico, o Vaticano II representa uma grande revolução a respeito de muitos com-portamentos e instituições que se desenvolveram dentro da história da Igreja. Aplicou-se um velho princípio: ecclesia semper reformanda. Isto significa que a Igreja não se pode contentar com o que foi realizado nesse concílio. Os desafios, que os sinais dos tempos vão identificando, precisam sempre de novas respostas. Sabemos que, infelizmente, as contra-reformas não desarmam. O Papa Francisco já está a ver que não pode contar com nenhuma auto-estrada. Um processo de reforma nunca pode ser um acto voluntarista. Precisa de criar um clima que possa atrair mesmo aqueles que andam a criar obstáculos e denunciar aqueles fariseus que, como dizia Jesus de Nazaré, não entram nem dei-xam entrar. O diálogo inter-religioso, para ter sen-tido, deve ajudar a conversão das religiões a partir daquilo que é essencial em cada uma delas.

NENHUMA RELIGIÃO TEM O DIREITO DE IMPOR OS SEUS DOGMAS, RITOS E NORMAS

ÀS OUTRAS CONFISSÕES.

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Cuide do seu Òrìsà

Na Religião dos Òrìsàs, há um enorme conjunto de objetos, assentamentos e templos que devem ser cuidados, de modo que contribuam para o processo de revitalização da força, o chamado Asè. Fato é que o trato e cuidado, por exemplo, com as roupas que serão utilizadas pelas pes-soas nos rituais festivos, são de grande impor-tância, no entant...o, perdem toda a valia, a partir do momento que o conjunto não recebe a mes-ma atenção dispensada que, por exemplo, as roupas. Nós do Candomblé, ao pensarmos nos Òrìsàs, suas roupas, objetos, comidas e templos, devemos pensar que eles são Deuses e devem ser tratados como tal. Não é raro depararmo--nos com casas, nas quais as pessoas estão ri-camente vestidas, mas que há tempos não en-tram no quarto do Òrìsà para trocar a água da quartinha ou trocar o Ojá que cobre a Divinda-

de. Nesse sentido, não podemos em hipótese alguma, esquecermos que o Candomblé é uma religião com o poder da invocação e da sacrali-zação. Dessa forma, é necessário que os Deuses sejam evocados e sacralizados e, reforçando, tratados como Deuses. O trato com os assenta-mentos, como por exemplo, a reposição da água das quartinhas é algo muito importante. A água é um dos principais elementos que existe, muito provavelmente o principal. A água fertiliza, a água revitaliza, a água refresca e purifica. Mas quando um Omo Òrìsà vai ao quarto da Divindade para a reposição da água, além de cumprir esse im-portante ritual, ele em verdade, muito mais que ofertando, está recebendo. Nesse momento, no qual ele emprega um pouco do seu tempo para a troca de água das quartinhas, ele estará mais próximo do sacro, recebendo energias que são

CUIDE DO SEU ÒRÌSÀ, POIS VOCÊ ESTARÁ CUIDANDO DE SI PRÓPRIO

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Cuide de seu Òrìsà

fundamentais para o processo de energização, não somente dele, mas de toda a comunidade. Mas, o simples ato de trocar a águas das quar-tinhas, permite algo mais. Nesse simples gesto, ele poderá perceber que um Ojá necessita ser trocado, ou ainda, que uma telha está desencai-xada em razão da ação de algum galho de ár-vore, ou por conta da chuva. Isso fará com que outros membros da comunidade se mobilizem e, sejam igualmente energizados pelas forças das Divindades que os abençoaram, movimentando assim o Asè, imprescindível para nós. O mesmo cuidado deve existir com os Ojubó externos, que invariavelmente, sofrem com a ação do tempo, como a chuva e o vento. Obviamente que essas manifestações da natureza, são manifestações dos próprios Òrìsàs, apesar disso, o cuidado para que quartinhas estejam sempre bem cuidadas, mesmo quando expostas ao tempo, bem como, os Ojás que circundam as árvores é de respon-sabilidade de todos os membros do Egbe. Nova-mente, reforçamos que são objetos sagrados, de Deuses, que devem ser tratados de forma sagra-da. O Terreiro de Candomblé é um espaço sagra-do e tudo que nele está, deve ser tido também dessa forma, assim sendo, todos devem estar atentos para que os espaços, objetos, assentos, estejam íntegros, pois isso interfere na harmonia da comunidade. Imagine se você chega em casa

e descobre que aquela caneca que você cuida há mais de 20 anos, que seu filho lhe presenteou, quebrou por descuido. Isso lhe causaria um sen-timento de perda sentimental, correto. O mesmo ocorre com os objetos dos Deuses, muitas vezes, são objetos que existem a décadas, séculos, que devem ser tratados com amor e carinho, para não causar essa perda aos Deuses e para a co-munidade. Esse carinho que deve ser dispensado com os objetos e templos dos Òrìsàs, deve existir igualmente com a preparação das comidas dos Òrìsàs. Muitas pessoas afirmam que as comidas dos Òrìsàs devem ser preparadas da mesma forma como preparamos a comida para o nosso próprio consumo. Em verdade, o cuidado deve ser ainda maior, pois nós somos humanos e os Òrìsàs são Deuses. Por isso, além do corpo e co-ração purificados, quando da preparação das co-midas, é essencial que exista o carinho, o asseio e a escolha dos ingredientes salubres. Tudo isso contribui para a fortificação e revitalização do Asè da pessoa e da comunidade. É muito bonito nos depararmos com pessoas bem arrumadas (em conformidade a tradição), com boa educação, mas, sobretudo, é importante e empolgante ob-servamos que as pessoas tratam os Òrìsàs como Deuses que são. Cuide de seu Òrìsà, pois você estará cuidando de si próprio.

Fonte: Casa de OsumaréTexto Original em Português do Brasil

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Estrevista a Dr. Manuel da Fonseca

ENTREVISTA A

DR. MANUEL DA FONSECA

Manuel Alberto Teixeira da Fonseca nasceu em 1973. É natural de Lisboa.Desde muito cedo se apercebeu da sua vonta-de de ser um agente de saúde, ainda que não soubesse muito bem de que forma o poderia fazer. O seu percurso académico foi sempre na área das ciências, tendo feito estudos em áreas como a Psicologia, Medicina Dentária e Bio-tecnologia, mas foi na área das Medicinas Não Convencionais que acabou por realizar os seus estudos académicos e encontrar a sua realiza-ção profissional e o caminho para o seu desen-volvimento pessoal.Formou-se em Naturologia e especializou-se em Homeopatia e Osteopatia na Escola Superior de Biologia e Saúde. Pós-graduado em hipnose clínica, pela Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação de Lisboa e em Terapêuticas Não Convencionais, pela Escola Superior de Tecnolo-gias e Artes de Lisboa. Doutorou-se em Medici-na Alternativa na Open International University for Complementary Medicines.Foi professor de Bioterapias, Fitologia e Técni-cas Manipulativas (Osteopatia e Massagem) na Escola Superior de Biologia e Saúde e na Escola Superior de Tecnologias e Artes de Lisboa.Estagiou com um ortopedista, que lhe permitiu perceber o seu interesse pelas patologias mús-culo-esqueléticas.Realizou um estágio de Medicina Ayurvédica,

no Sri Lanka, onde além da aquisição de co-nhecimentos em medicina ayurvédica, usufruiu de uma vivência especial com o povo e cultura locais. Encontrou inúmeras referências à época dos Descobrimentos portugueses.Desde 1999 dá consultas na área da Naturopa-tia, Homeopatia e Osteopatia em várias clínicas médicas. É Consultor de Osteopatia, Terapias Manipulativas e Massagem de Recuperação em eventos artísticos, trabalhando diretamen-te com atores, cantores e bailarinos: colaborou com as produtoras das tournées de Madonna em Portugal.Realiza palestras e workshops sobre diversas temáticas relacionadas com a saúde natural e posturologia, dando particular enfoque à pro-moção da "Educação para a Saúde".É formador num curso de gestão do stresse - como uma extensão das suas consultas - pro-movendo o relaxamento do corpo e da mente. Acredita que é na mente que reside a causa de muitas doenças.Escreve regularmente artigos sobre saúde ho-lística, bem estar e qualidade de vida, na revista Saúde Actual. Colabora em entrevistas e na pu-blicação de artigos relacionados com as terapêu-ticas não convencionais, nas revistas do Jornal de Notícias e Diário de Notícias - Notícias Sábado e Domingo Magazine e Comércio do Porto.Participou em programas de Televisão - Portugal

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O Sal Estrevista a Dr. Manuel da Fonseca

Sem Fronteiras - e de Rádio - Rádio Cascais - onde fala sobre saúde, focalizando-se na coluna verte-bral e na postura, onde acredita que residem as causas e consequências de muitas doenças.Actualmente é Docente nos cursos de Terapêu-ticas Não Convencionais – ERISAFomos conversar um pouco com esta figura proeminente da Osteopatia em terras Lusas.P. S. A.: De forma a começarmos a nossa conversa, pode explicar aos nosso leitores o que é a osteopatia e o seu percurso den-tro desta área; nomeadamente a sua for-mação e experiência?Dr. M. F.: A Osteopatia é um sistema de cura que dá principal ênfase à integridade estrutu-ral do corpo. È uma ciência holística: contempla o indivíduo como um todo, fundamentando-se na filosofia de que todos os sistemas orgânicos constituem um todo interrelacionado e que a boa saúde reflete um equilíbrio entre os órgãos

e uma harmonia entre a mente e o corpo. Outro aspeto é que, para a osteopatia, qualquer dis-função de uma determinada parte do corpo afe-ta todo o organismo e o tratamento osteopático permite corrigir a causa subjacente ao distúrbio.A Osteopatia é uma das minhas especializações. Em qualquer consulta, independentemente do tipo de problema, faço sempre uma sessão osteopática. Costumo dizer que a osteopatia é sempre o motivo para realizar uma anamnese mais profunda do paciente.Sou especializado em Osteopatia no Desporto e pós-graduado em homeopatia pela Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa e pelo CEDH (pós-graduação e curso avançado em ho-meopatia).A minha prática clínica integra as várias áreas do saber, quer seja a naturopatia, homeopatia e osteopatia.

P. S. A.: Quais as doenças passiveis de trata-mento aquando de um tratamento osteo-pático? Dr. M. F.: A Osteopatia é mais conhecida pela sua abordagem em termos de manipulações vertebrais; mas na realidade a osteopatia inter-vém em termos gerais: quer em termos das par-tes moles (tendões, ligamentos, músculos, etc), quer em termos miofasciais, quer em termos vertebrais, osteoarticulares e viscerais (osteopa-tia visceral).Deste modo, a osteopatia tanto pode ajudar no tratamento de um problema intestinal (por exemplo a obstipação), como no tratamento de um problema de lombalgias ou enxaquecas.Obviamente que a maioria das pessoas conhe-ce a osteopatia apenas pelas manipulações

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Estrevista a Dr. Manuel da FonsecaEstrevista a Dr. Manuel da Fonseca

esqueléticas, mas a osteopatia é muito mais abrangente, podendo atuar ao nível do sistema nervoso neurovegetativo para tratar um pro-blema vagal, numa pessoa que tenha náuseas, vómitos, tonturas e perda de equilíbrio, entre outros problemas. Curiosamente a osteopatia foi utilizada no trata-mento de pacientes que sofriam de problemas respiratórios no período da Gripe Espanhola.

P. S. A.: O que o fez optar pela profissão de Osteopata? Qual foi o fator predominante?Dr. M. F.: Curiosamente, a osteopatia não foi a minha primeira escolha. Isto porque estudei medicina dentária e achei que a minha motri-cidade em termos manuais não era a melhor e por isso a osteopatia (sendo uma terapia mani-pulativa), não seria a melhor opção.Na realidade, apercebi-me no decorrer dos dois anos de estágio que realizei, que a osteopatia era fascinante, especialmente pelos resultados clínicos que proporcionava aos pacientes.

P. S. A.: Costuma combinar os diversos ti-pos de terapias na sua prática quotidiana? Como e porque o faz ?Dr. M. F.: A minha formação é em Naturopatia, Homeopatia e Osteopatia. Por isso, na minha prática clínica integro os conhecimentos de to-das as áreas da minha formação no sentido de contribuir para a resolução dos casos clínicos com que me deparo.Costumo dizer que a maioria das pessoas recor-

re às minhas consultas devido a dores nas costas e tensão muscular e nervosa, mas quando rea-lizo a anamnese, verifico que muitas vezes este tipo de queixas estão relacionadas com questões psicossomáticas. Numa consulta médica conven-cional muito provavelmente este tipo de queixas resolvem-se com analgésicos e relaxantes mus-culares. Numa consulta de naturopatia e homeo-patia, tentamos procurar a causa subjacente às dores nas costas e tentar encontrar o perfil e constituição do indivíduo que sofre de dores de costas. Isto significa que não tratamos a doença ou os sintomas, mas sim o paciente. Para nós “não há doenças, há doentes”.Deste modo, combino na minha prática clínica os conhecimentos da área da naturopatia (alimenta-ção, suplementos alimentares), homeopatia (me-dicamentos homeopáticos) e osteopatia (manipu-lações osteopáticas), numa perspetiva holística.

P. S. A.: Como vê a osteopatia dentro do quadro actual da medicina, tanto conven-cional como alternativa, assim o seu en-trosamento e complementaridade com ambas?Dr. M. F.: Desde sempre que defendo o con-ceito de medicina integrativa, que assenta no princípio da multidisciplinaridade e interdiscipli-naridade das várias áreas das ciências da saúde, no sentido de abordar o paciente de forma ade-quada e global.No meu caso, estagiei com um ortopedista; sempre trabalhei em clínicas médicas, com mé-

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Estrevista a Dr. Manuel da Fonseca

dicos especialistas em várias áreas, numa pers-petiva de complementaridade médica. E creio que não faz sentido trabalharmos de outra for-ma. Defendo que o paciente deve estar acima de tudo. Obviamente que, enquanto profissio-nais de Terapêuticas Não Convencionais, temos tido alguma dificuldade na aceitação por parte da classe médica. Muitas vezes alegam a falta de credibilidade e cientificidade destas terapêu-ticas. Eu creio que em relação à osteopatia e à acupuntura, tem havido uma maior aceitação por parte da medicina convencional. No caso da naturopatia e da homeopatia alegam os mes-mos argumentos e refutam qualquer hipótese de virem a ser terapêuticas reconhecidas. Po-rém, a existência de provas de evidência clínica e científica colocam estas áreas naquilo que se considera a Medicina Baseada na Evidência.Creio que a osteopatia é uma das terapêuticas que apresenta maior consenso e afirmação entre as medicinas convencional e não convencional.No entanto estas áreas são oficiais e estão num processo de regulamentação.

P. S. A.: Defende a integração da Osteopa-tia no sistema Nacional de Saúde?Dr. M. F.: Claro que defendo a integração da osteopatia e de todas as outras terapêuticas não convencionais no serviço nacional de saú-de, tal como acontece noutros países.Em Inglaterra, por exemplo, existem hospitais osteopáticos e homeopáticos.Existem diversos estudos que comprovam os inúmeros beneficios do enquadramento des-

tas terapêuticas nos diversos sistemas de saú-de nacionais, com vantagens em termos da prevenção de várias doenças, na melhoria dos níveis de saúde, bem estar e qualidade de vida das populações. Apostar na promoção da saú-de e na prevenção da doença por métodos na-turais (menos agressivos e com menos efeitos secundários) traduz-se em inúmeros benefícios inclusivé em termos económicos e sociais.

P. S. A.: Qual é o perfil das pessoas que pro-curam por um osteopata?Dr. M.F: Em termos genéricos, as pessoas que procuram a osteopatia não têm um perfil espe-cífico. Tenho pacientes de todas as idades (des-de bebés a idosos), género, profissão e extrato social.Na realidade aquilo que constato é que dum modo geral os utilizadores são maioritariamen-te do sexo feminino, entre os 30 e 55 anos de idade. Apesar de ainda não haver nenhum le-vantamento estatístico a este nível.Em termos de motivo de consulta, a maioria das pessoas recorrem à osteopatia por queixas musculoesqueléticas, nomeadamente por do-res nas costas; ainda que se verifique a procura por parte de pessoas que pretendem prevenir o aparecimento de problemas ostearticulares/ musculoesqueléticos.

P. S. A.: Qual é, na sua opinião, o panorama actual desta ciência em Portugal?Dr. M.F: A osteopatia é uma das áreas apro-vadas e está em processo de regulamentação.

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Estrevista a Dr. Manuel da Fonseca

Neste momento para se exercer esta especia-lidade é necessário ser titular de cédula profis-sional emitida pela Administração Central dos Serviços de Saúde (ACSS) – Ministério da Saúde. Creio que é uma das áreas mais prestigiadas e reconhecidas. Nos Estados Unidos da América os cursos são de Medicina Osteopática e equi-parados aos da Medicina Convencional.

P. S. A.: Existe interesse e procura por par-te de novos potenciais formandos?Dr. M.F: Sim. A prova de que existe interesse por parte de novos potenciais formandos é a elevada procura por este tipo de cursos. Eu sou docente na Escola Superior de Saúde Ribeiro Sanches – Universidade Lusófona e verifico que é enorme a procura pelos cursos de osteopatia.

P. S. A.: O que é necessário para alguém se formar em osteopatia?Dr. M.F: Neste momento, com a nova legisla-ção, apenas os titulares do grau de licenciatura em osteopatia, podem exercer a profissão.

P. S. A.: Que conselhos daria a um jovem em fase de escolha de carreira e que pense em seguir esta profissão?Dr. M. F.: Aquilo que diria é que a osteopatia é uma área fascinante e com boas perspectivas em termos de carreira.Apesar de ser uma área muito exigente, a par de outras ciências da saúde, é uma das áreas com maior potencial de crescimento.A osteopatia envolve um trabalho manual inten-so, nomeadamente de manipulação dos tecidos moles, vértebras, articulações e visceral; É con-veniente que na tomada de decisão, que o po-tencial aluno tenha em conta estes aspetos, que poderão pesar na sua escolha.

P. S. A.: Acha que existe respeito e reconhe-cimento por esta ciência e pelos seus pro-fissionais, no que diz respeito aos organis-mos estatais e governantes?Dr. M. F.: Creio que o respeito existe, pois são muitas as provas de eficácia da osteopatia.Em termos de reconhecimento, creio que a maior prova foi a aprovação na Assembleia da República das leis que reconhecem, aprovam e regulamenta as terapêuticas não convencionais.A titularidade de cédula profissional emitida pelo Ministério da Saúde também demonstra o reco-nhecimento destas áreas e dos seus profissionais.

P. S. A.: Quais as maiores realizações que sua profissão oferece? E os maiores cons-trangimentos?Dr. M. F.: A maior realização profissional que al-guém pode ter é ver o seu trabalho reconhecido.

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Estrevista a Dr. Manuel da Fonseca

A minha maior satisfação é poder proporcionar às pessoas que me procuram, o alívio do seu sofrimento e dor (as dores musculoesqueléticas atingem mais de metade dos Portugueses).Contribuir para a melhoria da saúde, bem-estar e qualidade de vida dos meus pacientes é a mi-nha maior realização profissional. Como gosto muito daquilo que faço, trabalho com muita de-dicação e prazer.O maior constrangimento que tive foi numa consulta com uma senhora de uma determina-da religião, que se recusou despir para eu lhe realizar o tratamento osteopático. Foi um tipo de tratamento um pouco estranho. Mas há que respeitar estas questões. Muitas vezes são ra-zões sociais, culturais e/ou religiosas, que nos impedem de abordar o paciente de uma forma holística, mas temos de estar aptos para fazer face a estas questões, num mundo cada vez mais global, multicultural e multireligioso. São alguns dos novos paradigmas com que a medi-cina se confronta atualmente.

P. S. A.: Considera-se uma pessoa ecuméni-ca? Como se define o Dr. Manuel da Fonse-ca enquanto ser espiritual e religioso?Dr. M. F.: A primeira vez que ouvi o termo “Ecu-ménico” foi através de um catequista- semina-rista que tive e que me preparou para a pro-

fissão de fé. Achei o termo muito interessante e “holístico”. Mais tarde tive oportunidade de ir a Taizé – região de França onde existe a maior comunidade ecuménica do mundo. Foi uma experiência única e irrepetível. O convívio são entre pessoas de todo o mundo de diferentes religiões e credos tornou-me uma pessoa mais tolerante e respeitadora. E isso ajudou-me mui-to quer em termos pessoais, quer em termos profissionais. Como profissional de saúde, te-nho um profundo respeito por todos os meus pacientes, independentemente da sua religião e credo. Trato pessoas das mais diversas confis-sões religiosas (Cristãos, Muçulmanos. Judeus, Jeovás, Budistas, etc) e tento sempre aprender acerca da sua religião. Sou fascinado pelo co-nhecimento das religiões. Apesar da minha edu-cação católica, desde sempre me interessei pelo Budismo. Estive no Sri Lanka a fazer um estágio de Medicina Ayurvédica e convivi durante meses com Budistas de todo o mundo, Foi uma expe-riência magnífica.Desde há alguns anos que estudo a Filosofia da Cabala (Kabbalah) e tem-me sido muito útil.Enquanto ser espiritual e religioso, não me de-fino em particular. Acredito numa “Força Vital” que nos anima, mas que não consigo explicar.

P. S. A.: Considera-se “assistido” no seu

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Estrevista a Dr. Manuel da Fonseca

trabalho? Ou seja, existe para si alguma influência extra-sensorial que lhe permita desempenhar melhor a sua função?Dr. M. F.: Tal como referi anteriormente, acre-dito numa Energia ou Força Vital que nos ani-ma, que nos mantém vivos, que nos permite ter uma capacidade auto-curativa extraordinária. Não nos podemos esquecer que somos um microcosmos pertencente a um macrocosmos. Acredito de forma veemente que exista algo su-perior, que transcende o meu entendimento.O que eu posso dizer enquanto profissional de terapêuticas não convencionais, é que a nossa abordagem é holística: vê o indivíduo como um todo interrelacionado; obviamente que nós so-mos muito mais do que um corpo físico. Existe um campo bioeletromagnético que nos envol-ve (e que envolve qualquer animal, planta, ve-getal, mineral) e que afeta a forma como nos relacionamos com os outros. Tudo é energia. E essa energia não tem de ter forçosamente uma carga religiosa ou espiritual. Acredito por isso que exista alguma influência e percepção extra--sensorial na minha vida. A Sincronicidade é um fenómeno que me fascina.A ciência e a espiritualidade não estão assim tanto afastadas…

P. S. A.: Para finalizar, uma mensagem aos nossos leitores.Dr. M. F.: Acima de tudo que sejam felizes. Que encontrem a sua Felicidade interior e o seu Eu profundo; que valorizem tudo o que têm na vida e que dêem valor às coisas mais simples da vida, pois são as mais importantes. Que aprendam a contemplar a natureza, os ani-mais e as plantas e que aprendam com eles - que não é preciso muito para sermos felizes. O meu cão Rocky, tem sido para mim uma fonte de inspiração e aprendizagem.Em relaçao à saúde, definida como um estado de completo bem-estar físico, psíquico, mental e social e não apenas a ausência de doença ou enfermidade (definição de saúde da Organiza-ção Mundial de Saúde), expressa bem que o fac-to de não estarmos doentes, não significa que estejamos de boa saúde. E creio que um dos maiores problemas da humanidade é a saúde mental. Actualmente existe o conceito de Saú-de Global que contempla uma abordagem mais holística do ser humano, em todas as suas ver-tentes, incluindo a espiritual.Devemos tentar ter uma alimentação saudável, praticar exercício físico, meditar, relaxar, ter um bom sono e sermos positivos.A minha mensagem enquanto profissional de saúde é que aprendam a escutar os sinais do corpo: Quando não temos tempo para a saúde, arranjamos tempo para a doença.

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Previsões Astrológicas

PREVISÕES PARA OS MESES DE

DEZEMBRO A MAIOCARNEIRO 21|03 a 20|04Arcano: o JulgamentoSignificado: DiversidadeOs arianos irão experimen-tar muitas mudanças, com novas iniciativas, novos pro-jetos, principalmente a partir

de março. Será uma época para inovar e buscar novos caminhos. Os meses de abril e maio tra-rão definições que serão determinantes para o seu futuro. Ser-lhe-á dada a hipotese de encon-trar maior harmonia com as pessoas, trazendo a perspectiva de estabelecer relacionamentos sérios e responsáveis. Até junho terá a sua auto-confiança no seu auge, mas tenha cuidado com a arrogância, querendo sentir-se muito especial.

TOURO 21|04 a 20|05Arcano: a ImperatizSignificado: RenovaçãoOs taurinos terão opor-tunidades de expansão principalmente a partir de fevereiro. Com mais entu-

siasmo e autoconfiança, poderá encontrar no-vos caminhos, até mesmo através de viagens. Desde já conclua assuntos do passado e elimi-ne as pendências para que possa realizar as mudanças que lhe serão muito benéficas. É fa-vorável estabelecer boas parcerias para encon-trar apoio na carreira e profissão. Você tende em relacionar-se com pessoas com mais sen-sibilidade, que trabalham com arte ou mesmo no campo das espiritualidade. Porém, cuidado! Apesar de ser uma sinergia positiva, também poderá exigir muito de si; saiba colocar limites.

GEMEOS 21|05 a 20|06Arcano: o SolSignificado: ConfiançaRenovação nos grupos, nas amizades ou na sua comuni-dade, assim será o primeiro semestre para os geminia-

nos. Os seus projectos ganham novo ímpeto e es-tarão mais ousados, a ponto de conseguir realizar tudo aquilo em que se empenha, principalmente a partir de Abril. O amadurecimento de sentimen-tos, trarão a seriedade que necessita na sua vida amorosa. Um passatempo, um divertimento ou um lazer podem se tornar uma profissão ou em uma actividade lucrativa. Está de parabéns, pois a comunicação será o seu maior trunfo, seja audaz e potencie a sua capacidade.

CARANGUEJO 21|06 a 20|07Arcano: o ImperadorSignificado: ConquistaNeste primeiro semestre os cancerianos irão con-quistar novos horizontes na profissão e carreira de-vido à sua vontade de ino-

var e de se arriscar mais. Um novo trabalho, uma promoção, ou uma nova actividade lu-crativa trará inovação à sua vida. Estarão mais confiantes para realizar mudanças. Família, lar, imóveis, vida privada, ambiente domésti-co, entrarão num período mais estável a partir de Março. A soma de talentos trará sucesso. No entanto, pessoas estrangeiras, viagens longas, cursos superiores, podem ser motivo de inspiração ou servir apenas como ilusão.

LEÃO 21|07 a 20|08Arcano: o CarroSignificado: MovimentoOs leoninos poderão viver experiências novas através de estrangeiros, religião, leis, viagens longas e novas pos-

sibilidades que surgirão. Será uma época para aprender e as suas metas e sonhos estarão li-gados a essas questões. No entanto, irmãos, pa-rentes, vizinhos e pessoas da sua comunidade podem requerer maior equilíbrio para estabe-lecer acordos e conciliação. Pessoas mais velhas ou que tenham mais poder poderão melhorar as suas condições profissionais, porém exigirão mui-to empenho. O seu crescimento financeiro e pro-

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Previsões Astrológicas

fissional dependem da expressão dos seus talen-tos e criatividade. Porém, saiba compartilhar o seu sucesso e recursos e não se iluda com negócios e pessoas que estejam fora da realidade e não te-nham nenhuma estrutura. Muitas coisas podem ser apenas miragens.

VIRGEM21|08 a 20|09Arcano: o MagoSignificado: RenascerOs virgianos terão novas experiências no comparti-lhamento de valores, no-

vos negócios com sócios e redescobrirão a importância da individualidade. Mudanças e inovações trarão um grande desenvolvimento, por isso deixe oo passado, abra o seu espirito para novos padrões e valores. Algumas mu-danças podem ser imprevistas, mas não tente impedi-las. Crie sua auto-suficiência material e expanda seus horizontes, mas evite os ex-cessos financeiros. Respeite os seus limites fí-sicos e evite iludir-se com pessoas e situações que não fazem mais sentido na sua vida, veja as pessoas como são. Essa realidade atrairá pessoas mais positivas e criativas, que lhe tra-rão grande desenvolvimento.

LIBRA21|09 a 20|10Arcano: a SacerdotisaSignificado: AmadurecerNo início de 2017, estarão a viver mudanças nos relacio-namentos, seja pelo encon-tro de novas pessoas, seja

pela forma de se relacionar com os outros, ten-do maior independência. Será uma época de decisões, responsabilidade e compromisso nos relacionamentos, justiça e harmonia entre as pessoas, e poderá resolver conflitos de forma madura. As questões financeiras, os negócios compartilhados e a possibilidade de viagens longas e conhecimentos especializados que terão um profundo impactam em sua vida. As mudanças profissionais exigirão maior sensi-bilidade, intuição e também maior dedicação. Porém cuide de suas emoções que podem ter impacto na saúde.

ESCORPIÃO 21|10 a 20|11Arcano: a TemperançaSignificado: ModeraçãoOs escorpianos estarão in-teressados em melhorar a saúde. Novas actividades,

novos interesses profissionais usando ou rela-cionados a tecnologias, aparecem nas mudan-ças. Isso inclui mudar hábitos e rotinas que se reflectem na saúde. A expansão nos contactos com pessoas estrangeiras ou de outras cultu-ras, mudando de perspectiva quando desco-bre o que ocorre nos bastidores. Evite ideali-zar as pessoas, pois pode ter desilusões. Você irá aprender mais sobre relacionamentos e e porque tende a afastar-se de pessoas. Assim, começa a reflectir sobre a arte de relacionar e respeitar os seus limites.

SAGITÁRIO 21|11 a 20|12Arcano: o Papa Significado: ConhecerOs sagitarianos, terão maior confiança no seu po-der criativo. Ao despertar o

seu interesse para as questões emocionais e afectivas, descobre que é aí que deve investir a sua energia e impulsionar essa capacidade. Porém, deve ter a responsabilidade de par-tilhar com os outros para que não seja algo vazio. No decorrer deste semestre irá expan-dir novos horizontes. Apesar de sentir mais desejo de privacidade e de um ambiente fa-miliar mais acolhedor, estar mais próximo do sagrado, ou que seja do seu passado ou nas proximidades do mar. Sua mudança de priori-dades se reflectem na sua forma de ganhar e administrar o seu dinheiro.

CAPRICÓRNIO 21|12 a 20|01Arcano: o EnamoradoSignificado: UnirNeste primeiro semestre será importante para sedimentar parcerias, acordos e contra-tos, com ética e harmonia.

Carreira e profissão tendem a ligar a essas parce-rias. É tempo de ser mais autêntico e independen-te, criando maior autonomia e muitos capricor-nianos estarão desejando mudar de casa ou de ambiente, expandir espaços e podem até mesmo mudar para locais distantes. Apesar de um maior interesse nas actividades criativas e divertimentos, não se esqueça de evitar excessos. Projectos cria-tivos, amores, viagens, expansão financeira virão através de filhos, de um passatempo, divertimento ou coisas que lhe dão prazer e satisfação.

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jogo De búzios (merinDilogun)

aconselhamentos e tratamentos espirituais para toDos os fins!

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AQUÁRIO 21|01 a 20|02Arcano: a EstrelaSignificado: EsperançaAos aquarianos este se-mestre promete uma nova mentalidade através de

novos contatos, novos ambientes, viagens e conhecimentos. Poderão iniciar estudos so-bre assuntos inconvencionais ou inusitados, devido à originalidade do pensamento. Po-derá melhorar o lar, imóveis e propriedades, expandindo espaços ou mudar de ambiente. Porém evite excessos, seja controlado. Pode ter interesse em viagens que tragam novas experiências espirituais e também descobrir talentos e dons adormecidos, mas não se ilu-da com o dinheiro, desapegue-se das coisas materiais.

PEIXES 21|01 a 20|02Arcano: a MorteSignificado: InovarNeste semestre irá sentir que sua capacidade cria-tiva, sensibilidade e inspi-

ração, lhe proporcionam desenvolver os seus talentos e habilidades, trazendo melhoria fi-nanceira. Poderá se interessar por novos em-preendimentos, porém deve abandonar pa-drões do passado para que haja renovação e maior autonomia. Ao ampliar os seus conheci-mentos também poderá ampliar as suas opor-tunidades profissionais, e assim poderão ocor-rer grandes transformações. Assim, poderá dar a sua contribuição para grupos e instituições que visam a transformação social. Porém não se iluda com situações glamourosas.

Previsões Astrológicas

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Chegamos ao fim de mais um ano, este do ano de 2016... como sempre, talvez os mais cautelosos ou ponderados, fazem os seus balanços. É muito provável que alguns pos-sam ter tido um saldo positivo; outros, nem tanto. Acredito que para uma grande maio-ria, depois da reflexão feita, ficará com esta interrogação acompanhada de um vazio den-tro de si: "e agora?!"Pois é... é nesta interrogação do "e agora?!" , que vamos entrar no ano de 2017.Este, é um ano de consequências, sobre as causas que nos trouxeram até aqui. Causas alicerçadas por uns, que consideramos "os outros" e por nós próprios, pela nossa pos-tura, pela nossa forma de ser, ver e agir.Este ano de 2017, poder-se-á dizer, que vi-veremos num ano de grandes contradições, ambivalências... onde cada atitude, cada pen-samento deverá necessariamente ser medi-do e calculado. De certa forma, em alguns

Previsões do Meridelogun para 2017

PREVISÕES DO

MERIDELOGUN(JOGO DE BÚZIOS)

PARA O ANO DE 2017

ESTE, É UM ANO DE CONSEQUÊNCIAS, SOBRE

AS CAUSAS QUE NOS TROUXERAM ATÉ AQUI.

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Esoterismo

casos, é como se não pudéssemos ser "es-pontâneos" no agir.Devemos estar atentos a tudo dentro de nós, em nós e ao nosso redor. Quando digo ao nosso redor, refiro-me a toda e qualquer co-munidade a que pertençamos; seja a família, o trabalho, a comunidade espiritual, o país e por fim, o mundo em que estamos inseridos.O ano de 2017, será inevitavelmente na maio-ria dos casos, um "barril de pólvora", que de-vemos transportar com muito cuidado, a fim que não expluda nas nossas vidas.Não queria usar a palavra "crise", por estar por demais gasta; mas na realidade, deve-mos tudo fazer para anular a crise da falta de confiança, de exigências, de verdade, de franqueza, de transparência, de amizade e do amor! Anulando estas crises todas, damos assim lugar à sua existência plena, sabendo que erros sempre cometeremos.O ano de 2017 será um ano, em que as rela-ções humanas, a todos os níveis, devem ser pensadas, cuidadas... é um ano em que o ras-tilho curto da impaciência pode deitar tudo a perder nos nossos relacionamentos pessoais a qualquer nível. É também um ano, em que devemos lutar por um lado, para que preva-leça o bom senso a nível tanto europeu como mundial, politicamente falando e ao mesmo tempo, sejamos capazes de semear ventos de bonança. (Tarefa tão difícil).Esta dificuldade global, é uma realidade, por-que nas famílias, nas comunidades espirituais

O ANO DE 2017 SERÁ UM ANO, EM QUE AS

RELAÇÕES HUMANAS, A TODOS OS NÍVEIS,

DEVEM SER PENSADAS, CUIDADAS...

É UM ANO EM QUE O RASTILHO CURTO

DA IMPACIÊNCIA PODE DEITAR TUDO A

PERDER...

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e outros locais socialmente estruturados, es-tão manchadas exactamente por estas crises que falei atrás.Precisamos em cada tomada de atitude, res-pirar fundo, medir bem as consequências das nossas palavras. Só depois, agir. Que o nosso agir seja sempre firme, mas sempre com o objectivo de unir e jamais dividir; de construir pontes e jamais, muros entre pes-soas; que o cinismo dê lugar à lealdade; que a ingratidão, dê lugar à gratidão; sobretudo respeitar e fazer-se respeitar.Esta é a nossa tarefa para 2017, já que a nível das catástrofes ditas "naturais", pouco pode-remos fazer, a não ser, não continuar a fazer aos anos vindouros, o que fizemos anterior-mente e que de certo modo, em 2017, vamos colher... tudo o que legitimamente aspira-mos conseguir, seja ao nível politico nacional como internacional, social, espiritual e pes-soal, só com grande vontade de verdadeiros guerreiros, o poderemos conseguir, cientes que só assim, alcançaremos a paz que tanto almejamos para nós e para os outros.Que no meio de tudo isto, a alegria destas conquistas prevaleçam e assim sejamos ba-fejados com a bênção do grande guerreiro, que rege o ano de 2017: Osaguian!Que Pai Osaguian, com os Ibejis nos tragam toda a alegria que precisamos para levar a bom porto esta difícil tarefa, que é de cada um de nós.

Babalorisá Jomar

PRECISAMOS EM CADA TOMADA DE

ATITUDE, RESPIRAR FUNDO, MEDIR BEM AS CONSEQUÊNCIAS DAS

NOSSAS PALAVRAS. SÓ DEPOIS, AGIR.

QUE O NOSSO AGIR SEJA SEMPRE FIRME, MAS SEMPRE COM O

OBJECTIVO DE UNIR E JAMAIS DIVIDIR;...

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Dentro da magia universal as velas foram sempre utilizadas na maior parte dos rituais em que se precisa realizar algum contato com forcas supe-riores ou inferiores, isto, claro, dependendo da moral de quem vai se utilizar das forças mágicas, já que magia não pode ser distinta de forma es-pecifica em branca ou negra, pois estes aspectos são facetas interiores daquele que pretende mo-bilizar certas forças cósmicas. Não temos uma noção exata, de quando se iniciou o uso das velas religiosamente, mas seja em uma vela feita em parafina, cera, ou uma lamparina, esta chama possui um calor e luz, e faz assim cha-mar a nossa atenção para irmos de encontro com o nosso íntimo, buscarmos respostas e entrarmos em sintonia com os seres que nos são afins. A maioria de nós já fez um primeiro ritual com velas, por volta dos três anos de idade. Lembra--se dos seus primeiros aniversários? Soprar as velas do bolo e fazer um pedido? Este costume da infância baseia-se em dois princípios mágicos muito importantes: a concentração e o uso de um símbolo para focalização. Em termos simples quer dizer que se você quer que algo aconteça, precisa primeiro se concen-trar (fazer o pedido) e então associar o seu de-sejo mágico ao ato simbólico de soprar as velas. A força de sua vontade faz o sonho realizar-se. Técnicas análogas são usadas na magia e no ri-tual das velas.A casa do sonho de qualquer arquiteto, o livro de sucesso de qualquer escritor, e a obra-prima de qualquer pintor foi primeiro concebida na imagi-nação, na mente do artista. Assim, todo ato cum-prido, todo resultado perfeito do trabalho mági-

co é primeiro praticado e finalizado na mente do mago. Os atos rituais que se seguem são destina-dos a agir como agentes solidificadores para con-cretizar uma forma de pensamento projetada e enviada pela mente de quem acende a vela. Em essência, o ritual age como o impulso que traz o pensamento, desde a imaginação completada até a manifestação física no plano material.A chama da vela é a conexão direta com o mun-do espiritual superior, sendo que a parafina atua como a parte física da vela ou símbolo da vonta-de, e o pavio a direção.As velas vieram para a Umbanda por influência do Catolicismo.Nos terreiros, há sempre alguma vela acesa, são ponto de convergência para que o umbandista fixe sua atenção e possa assim fazer sua rogação ou agradecimento ao espírito ou Orixá a quem dedicou.Ao iluminá-las, homenageia-se, reforçando uma energia que liga, de certa forma, o corpo ao espírito.A função da uma vela, que já foi definida como o mais simples dos rituais, e', no seu sentido bási-co, o de simplesmente repetir uma mensagem, um pedido.Passo fundamental no ritual de acender velas. O pensamento mal-direcionado, confuso ou dis-perso pode canalizar coisas não muito positivas ou simplesmente não funcionar. Diz um provér-bio chinês: "cuidado com o que pede, pois po-derá ser atendido". A pessoa se concentra no que deseja e a função da chama é o de repetir, por reflexo, no astral, a vontade e o pedido do interessado. Existem diversos fatores dentro da magia no tocante ao numero de velas a serem acesas e outros detalhes.

Página dedicada à Umbanda

VELAS

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Página dedicada à Umbanda

O ato de acender uma vela deve ser um ato de fé, de mentalização e concentração para a finalida-de que se quer. É o momento em que o médium faz uma "ponte mental", entre o seu consciente e o pedido ou agradecimentos à entidade, Ser ou Orixá, em que estiver afinizando.Muitos médiuns acendem velas para seus guias, de forma automática e mecânica, sem nenhuma concentração. É preciso que se tenha consciên-cia do que se está fazendo, da grandeza e impor-tância (para o médium e Entidade), pois a energia emitida pela mente do médium, irá englobar a energia ígnea (do fogo) e, juntas viajarão no es-paço para atender a razão da queima desta vela.Sabemos que a vida gera calor e que a morte traz o frio. Sendo uma chama de vela cheia de calor, ela tem amplo sentido de vida, despertando nas pessoas a esperança a fé e o amor.Quem usar suas forças mentais com ajuda da "magia" das velas, no sentido de ajudar alguém, irá receber em troca uma energia positiva; mas, se inverter o fluxo de energia, ou seja, se o seu pensamento estiver negativado (pensamentos de ódio, vingança, etc.), e utilizar para prejudicar qualquer pessoa, o retorno será infalível, e as energias de retorno serão sempre maiores, pois voltarão com as energias de quem as recebeu.A intenção de acendermos uma vela gera uma energia mental no cérebro; e essa energia que a entidade irá captar em seu campo vibratório. As-sim, mais uma vez podemos dizer que: nem sem-pre a quantidade está relacionada diretamente à qualidade, a diferença estará na fé e mentaliza-ção do médium.Desta forma, é inútil acreditar que, podemos "com-prar favores" de uma entidade, negociando com um valor maior de quantidade de velas. Os espíri-

tos captam em primeiro lugar, as vibrações de nos-sos sentimentos, quer acendamos velas ou não!Seria bom se ao menos semanalmente acendês-semos uma vela branca (ou sete dias), para nos-so Anjo de Guarda. É uma forma de mantermos um "laço íntimo", de aproximação.Em contrapartida, aconselhamos que caso se deseje acender velas para um ente querido, já desencarnado, se faça em um lugar mais apro-priado (cruzeiro das almas do terreiro, cemitério, igreja) e não dentro de vossas casas; isto porque, ao mentalizarmos o desencarnado, estamos entrando em sintonia com ele, fazendo a ponte mental até ele, deixando este espírito literalmen-te, dentro de nossas casas. O que não seria o correto, pois estaríamos fazendo com que fique mais "preso" ao mundo carnal, atrasando assim a sua evolução espiritual. Agora ao fazermos isso em um local apropriado, estes locais já possuem "equipes de socorristas" e doutrinadores, os quais irão ajudá-lo na compreensão e aceitação de seu desencarne (morte).A cera natural, vinda das abelhas, é impregna-da dos fluidos existentes nas flores, em grande quantidade. Este elemento, vindo da natureza, é utilizado na prática do bem e do mal, como maté-ria-prima poderosa para somar-se com os teores dos pensamentos, tornando eficaz o trabalho e o objetivo ao qual se propõe.Comparada a uma bateria, uma pilha natural, a cera sempre foi utilizada em larga escala na magia.É considerada, na espiritualidade, como uma das melhores oferendas por ter, em sua formação, os quatro elementos da natureza ativos, des-prendendo energia. O fogo da chama, a terra e água (através da cera), o ar aquecido queimando resíduos espirituais.

Texto Original em Português do Brasil

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O uso das folhas na cura das doenças e do espírito

Folhas sagradas, Ewé Orò ou Folhas de Orô é como são chamadas as folhas, plantas, raízes, sementes e favas utilizadas nos preceitos e ce-rimônias como água sagrada (agbo) e amassi das Religiões Afro-brasileiras. A folha tem uma importância vital para o povo do santo; sem ela é impossível realizar qualquer ritual, dai existe um termo corriqueiro do povo do santo que diz: ko si ewe, ko si Orixa ou seja, (sem folha não existe Orixá).Todas as folhas possuem poder, mas algumas têm finalidades específicas e nem todas servem para o banho ritual, nem para os ritos. O seu uso deve ser estritamente recomendado pelo Baba-lorixá ou em comum acordo com o Babalosaim (sacerdote conhecedor da ação, reação e conse-quência do poder das folhas), pois só estes sa-bem a polaridade energética, "positiva ou nega-tiva" de cada uma delas e a necessidade de cada indivíduo. Para sua utilização nos ritos, deve-se

saber as Sasanha (cânticos específicos para as fo-lhas) e o Ofó (palavras sagradas) que despertam seu poder e força "axé". Ossaim é o grande Orixa das folhas, grande Alguimista (feiticeiro), que por meio das folhas pode realizar curas, pode trazer progresso e riqueza. É nas folhas que está à cura para vários tipos de doenças, para corpo e espí-rito. Portanto, precisamos lutar sempre por sua preservação, para que consequências desastro-sas não atinjam os seres humanos.Sassayin, Sassaim ou Sasanha São nomes que se dá ao ritual do candomblé para retirar a energia vital das folhas e extrair o seu sumo "Sangue de origem vegetal", no sentido de purificar e alimen-tar os objetos sagrados e o corpo dos iniciados, possibilitando o equilíbrio e a renovação das energias. O orixá Osanyin dono dos segredos de todas as folhas é saudado em todas as cantigas. O ato de cantar as folhas sagradas ou rezar as folhas, com cantigas específicas para cada folha,

Uma rubrica de:Pai José António de Almeida

Baba Lokanfu

O USO DAS FOLHAS NA CURA DAS DOENÇAS

E DO ESPÍRITONASTRADIÇÕES AFRO BRASILEIRAS

Texto Original em Português do Brasil

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reconhecidas pelo nome de (ewe) e seu conteú-do que é o atributo da folha, utilizado principal-mente na preparação do abô, chamada de água sagrada Omi eró e amassi, este ato é um dos ele-mentos que requer grande sabedoria.As folhas quando chegam na casa devem pri-meiramente descansar por algum tempo, depois devem ser bem lavadas, colocadas sobre a ení (esteira) para que o Babalorixá ou Iyalorixá possa rezá-las com cântigas das folhas ou de cada fô-lha especificamente. O sacerdote abrirá um Obí, confirmará as folhas escolhidas, mastigará o obí espargindo-o sobre as folhas com seu hálito, sua saliva, seu axé, suas palavras mágicas, para logo depois soltar as folhas para macerar. Vale res-saltar que após a maceração, o banho descansa um pouco e o que sobrou do banho, já cuado, irá para o ojúbo de Òsanyìn da casa, e todos igbá Orixás pertinentes a pessoa. Todas as obriga-ções, além da iniciação, em que tiver sacrifício de animais serão sempre precedidas dessa liturgia sagrada sendo um orô obrigatório, sempre com louvação ao Orixá Òsányìn, no qual chamamos comumente de Sasányìn.Só Òsányìn conhece os segredos das folhas, só os ofós entuado pelo Olosányìn, Babalosáyìn, o próprio Babalorixá ou Iyalorixá cumprirá a fun-ção de despertar o seu poder e força, realizando assim o grande AWO (segredo e mistério), não podendo delegar esta função a nehum outro fi-lho; o ejé verde é fundamental em toda liturgia.Existe uma tradição muito grande no mundo in-teiro quando se aproxima o final do ano, mesmo os que não são adeptos do candomblé fazerem seus descarregos utilizado banho de folhas e na maioria delas sem orientação de um especialista. Todas as pessoas podem e devem tomar banho de folhas, podendo ser feito em qualquer época do ano, não existe um período certo para tomar o banho ritual, todavia deve ser estritamente re-

comendado por um sacerdote. O auto banho pode ser altamente prejudicial à saúde física e espiritual do indivíduo, sendo muito mais perigo-so do que a auto medicação. No candomblé o banho é preparado por uma pessoa que é de-signada para isso, levando-se em conta o Orixá pessoal e o caminho de Odu, além da polaridade positiva e negativa, se feminino ou masculino de cada erva, observando principalmente a quadra da Lua, dependendo da sua disposição existem folhas para neutralizar e tornar esta mistura sa-grada altamente favorável. Depois disso não se deve beber, nem utilizar nenhum tipo de droga e nem fazer sexo por no mínimo 12 horas. Atenção Povo do Santo! Consulte seu Baba ou Iya ou seus mais velhos que tenham conhecimento sobre a ação e reação de um "simples" banho de folha.Água sagrada ou simplesmente Abô, são os no-mes usados pelo povo do santo para denominar a mistura de folhas sagradas, usada na feitura de santo até a última obrigação chamada de axe-xe. Sua utilização é larga e irrestrita, significando principalmente a ligação entre o Orum e Aiye (mundo dos Orixás e o dos Homens). Proporcio-nando o fortalecimento físico e espiritual, pre-venindo e até mesmo curando certos tipos de doenças, segundo alguns estudos. (Barros 1993). Também usado na sacralização de objetos como fio de contas, igba orixá e espaços sagrados.Sua preparação é complexa, com ritos que pode durar até sete dias. A presença de um Babalori-xá e de um Babalosaim é indispensável para sua confecção, pois neste ato litúrgico são exaltados os cânticos de sasanha.Além de respeitar horários para a colheita das 16 folhas sagradas, sendo oito tipos de folha chama-da "fixas" (Ewe Oro) e 8 tipos de folhas "variáveis" (Ewe Orixás), de acordo com o Orixá que se este-ja trabalhando, são utilizados obi, orobo , azeite, mel e até mesmo (Ejé) sangue de animais sacrifi-

O uso das folhas na cura das doenças e do espírito

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O uso das folhas na cura das doenças e do espírito

cados, entrarão nesta misteriosa mistura, tão im-portante para esta cultura também denominada como Jêje-Nagô.Ewe oro e Ewe Orixás são folhas sagradas perti-nentes a cada terreiro, podendo variar de acordo com sua regência; todavia são escolhidas ou her-dadas de forma ordenada, geralmente seguindo um equilíbrio: folha gún (excitante “quente”), seu significado em nagô é “chama transe”, associada com uma folha èrò (calma “fria”), que é catalisa-dora das propriedades de outras plantas, for-mando assim uma parceria perfeita, para uma sintonia harmônica. As folhas gún ou èrò podem ser macho (agboro) ou fêmea (Yagbá). Na realida-de o que distingue sua associação são as formas. Se pontiagudas são consideradas masculinas, se arredondadas femininas; todas elas tem o domí-nio do Orixá Osanyin.Ossain é a divindade das plantas medicinais e li-túrgicas. A sua importância é fundamental, pois nenhuma cerimônia pode ser feita sem a sua presença, sendo ele o detentor do asè (o poder), imprescindível até mesmo aos próprios deuses.O nome das plantas, sua utilização e as palavras (ofò), cuja força desperta seus poderes, são os elementos mais secretos do ritual no culto aos deuses iorubas.As folhas nascidas das árvores e as plantas cons-tituem uma emanação direta do poder sobrena-tural da terra fertilizada pela chuva, e com esse poder a ação das folhas pode ser múltipla e uti-lizada para diversos fins. Cada folha possui virtu-des que lhes são próprias e misturadas a outras, formam preparações medicinais ou mágicas, de grande importância nos cultos, onde nada pode ser feito sem o uso de folhas.Òsányìn é representado pela cor verde, uma qualidade de preto.O sangue das folhas, que traz em si o poder do que nasce, do que advém, abundantemente, é um dos asè mais poderosos. Em combinações apropriadas, elas mobilizam qualquer ação ou ritual; daí a necessidade constante de seu uso.Por conseguinte, Osànyin possui um poder ao mesmo tempo benéfico e perigoso, a depender dos vários empregos das folhas.Seu culto é mais ou menos secreto, e mesmo que não constitua uma sociedade secreta, seus ritos não são públicos. Òsányìn fala com voz pe-culiar atribuída a um pequeno pássaro que o representa. É o pássaro Eye. Nos templos consa-grados a Òsányìn, na África, diz-se que ele habita no Igbá Òsányìn (a cabaça de Òsányìn) e que ele fala quando Òsányìn é consultado.As plantas, ervas, sementes, flores, frutos, tubér-culos, raízes, não são uma virtude mágica, mas sim o poder da natureza. A junção das folhas para produzir efeitos desejados é um de seus grandes Àse, como também conhecer seus Ofò, as rezas de encantamento que são feitas nos ri-tuais de Sàsányìn, quando é decantado o pode de cada folha. Trata-se de um dos pontos de maior significação nos ritos do Candomblé, prin-cipalmente nos momentos posteriores aos ritos de sacrifício. É isto que o faz intervir em todos os

momentos dos mais diferentes rituais.Embora todos os Òrìsà tenham suas folhas, de-vido a uma estratégia de Yánsàn, todas elas per-tencem a Òsányìn.Sua representação em ferro é uma árvore com galhos tendo ao alto um pássaro pousado, que é o seu mensageiro e que possui ligação com as Ìyámi. Em sua dança, há um momento em que pula numa perna só, pois Òsányìn é uma árvore e só tem uma perna. Geralmente cada Casa de Candomblé tem o direito de ter um iniciado para este Òrìsà, e outro apenas assentado, mas cul-tuado por todo Povo do Santo com muito amor e alegria.Muito Axé Hoje e Sempre.Babá Lokanfu. Toluaye. Referências Bibliográficas:– Juana Elbein dos Santos (Os Nagô e a Morte)– Eduardo Fonseca Júnior (Dicionário Yorubá – Português)– José Beniste (As Águas de Oxalá)

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EBÓ | OFERENDA

INVOCAÇÃO

Corte um abacaxi ao meio.Coloque as duas partes num prato, enfeitando com pipocas à sua volta.Entregue no assentamento de Omulu, agrade-cendo e fazendo depois os respetivos pedidos.

VIVA ALÉGRE, COMA SAUDÁVEL!

Atotô Meu Pai!Em sua misericórdia infinita,

dai-me a saúde plena!Ajuda a curar as doenças e dá alívio as dores carnais e

espirituais !Afasta de mim aqueles

que desejam a destruição de minha saúde e minha

devastação espiritual e dá-me forças para vencê-los em

espírito, Meu Pai.Mantenha-me forte e firme nos caminhos

difíceis da vida!

Atotô meu Pai Omulú!

SALADA DE FRANGO E ANANÁS

Ingredientes Para 4 pessoas | Grau de dificuldade: fácil

800g de ananás natural1 alface500g de frango2 colheres da sopa de maionese lightSal q.bPimenta moída q.b1 folha de louro

PreparaçãoTempo de preparação: 20 minutos | Tempo de confecção: 30 minutos

Abra o ananás ao meio, e retire o ananás (sem danificar a casca), corte-o aos pedaços.Lave a alface e corte-a em juliana.Lave ao lume uma panela com sal, pimenta moí-da, louro e o frango. Deixe cozer 30 minutos.Numa saladeira coloque o frango desfiado, a al-face, o ananás e envolva com a maionese.Sirva dentro da casca do ananás e decore com bolinhas de ananás.

A dica Se preferir também pode fazer com frango assado. Neste caso não se esqueça de retirar todas as peles e gorduras visíveis e utili-zar pouca gordura na sua confecção.

Informação Nutricional (por dose):Calorias (Kcal) 272 | Proteínas (g) 31Hidratos de Carbono (g) 19 | Lípidos (g) 7

Viva Alégre Coma Saudável | Ebó | Oferenda | Invocação

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A opinião de...

P. S. A.: Manuel, pode-nos fazer um resumo da sua vida espiritual e percurso religioso?Manuel:Houve uma altura em que não acredi-tava em nada. Um dia li um livro da Alexandra Solnado que me abriu os horizontes; aquelas palavras fizeram-me pensar de outra forma. Sem eu dar conta a minha vida começou a dire-cionar-me para aquela que hoje é a minha reli-gião, através de pessoas que conheci e sonhos que despertaram o meu interesse pela umban-da e em seguida o candomblé. Na primeira vez que entrei num terreiro de candomblé, senti que estava onde deveria estar, e ai permaneço até aos dias de hoje.

P. S. A.: O que é para si o Candomblé?Manuel: O candomblé para mim é vida, é ale-gria, é mistério é segredo, é musica, é silêncio, é um salto no escuro. O candomblé é uma parte muito importante da minha vida, é onde me en-contro e me perco comigo mesmo, onde sinto uma ligação muito forte com algo superior, algo divino, um recarregar de baterias uma força e um

motivo que me impulsiona para a frente e viver.

P. S. A.: Porque acha que esta é a religião que se adequa à sua personalidade e à sua maneira de ser; ou seja... porquê esta reli-gião e não outra qualquer?Manuel: Porque foi por esta religião que senti um chamamento e não tendo sido eu a procura--la, foi ela acabou por me encontrar. Eu identifi-quei-me com os seus ideais por ser uma religião que promove o amor e respeito sem descrimi-nar o próximo e sem se fazer impor acima dos seus seguidores e de outras religiões.

P. S. A.: Qual a ligação humana, sentimen-tal e espiritual que possui com o seu terrei-ro atual e mais precisamente, com o seu Pai de Santo?Manuel: No meu terreiro somos uma família. Sinto uma ligação muito forte com a casa que me acolheu e onde já vivi tanta coisa boa. Tenho bons irmãos de santo . Sinto que o meu Pai de santo é uma parte de mim e eu sou uma par-

A OPINIÃO DE ...

UM ABIAN

Manuel Machado é abian no Terreiro de Candomblé Ketu, Ilé Asè Omin Ògún.Pareceu-nos importante transmitir aos nossos leitores a visão de alguém que, ai-nda muito “fresco” nesta religião milenar, se destaca pela sua postura e coerência no que à sua religiosidade diz respeito. A entrevista traduz plenamente os valores e alegria de pertencer a tão importante corrente religiosa.

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A opinião de...

te dele; sei que estará sempre a meu lado em todos os momentos da minha vida e agradeço sempre por os nossos caminhos se terem cru-zado. Sinto por ele enorme respeito, gratidão e admiração pois tem um coração enorme.

P. S. A.: O segredo é a alma do Candomblé. Concorda? E porquê?Manuel: Sim concordo. Porque do pouco ou nada que sei, acho que não devemos ter aces-so a certas informações sem primeiro estarmos preparados para recebe-las. Na minha opinião se não houvesse o segredo essa informação po-deria ser banalizada ou utilizada de forma erra-da, perdendo dessa forma o seu devido valor. P. S. A.: No seu ponto de vista, quais os prós e os contras, se alguns, de pertencer a uma religião tão exigente?Manuel: Realmente é uma religião exigente na medida que nos exige tempo e disponibilidade, mas quando as tarefas são feitas com amor e verdadeira vontade não se sente essa exigência. A boa energia que flui e a ligação a algo que nos ultrapassa como seres humanos é motivo e ra-zão para cumprir todas as "exigências" com um sorriso no rosto.

P. S. A.: Acha que os Cultos Afro-Brasileiros no seu todo e o Candomblé em especifico são uma religião unida?Manuel: Na minha pequena caminhada espiri-tual gostaria de acreditar que sim, embora sinta que a união não é tão forte como deveria de ser. Acho que ainda se gasta muito tempo a olhar para o próprio umbigo em vez de se ver o bem maior. Mas acredito que isso seja uma caracte-rística geral do ser Humano e difícil de alterar.

P. S. A.: O que são para si os Orisás?Manuel: Para mim os Orixás são forças da na-tureza, entidades de luz, que nos guiam, que nos “falam” e das quais temos a bênção de rece-ber um pouco das suas graças

P. S. A.: Considera-se uma pessoa ecúmenica?Manuel: Sim considero-me uma pessoa ecu-ménica. Na minha opinião a melhor religião é aquela que nos faz ser pessoas melhores, pe-rante nós mesmos, perante os outros e o mun-do que nos rodeia. Não existe um certo ou er-rado, desde que não prejudiquemos ninguém com as nossas escolhas. No fundo todas as religiões procuram o mesmo, apenas "olhamos

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A opinião de...

com óculos diferentes" como diria uma pessoa que muito admiro.

P. S. A.: Pedia-lhe para deixar uma mensa-gem para os que não conhecem esta ver-tente religiosa.Manuel: Como mensagem gostaria de dizer que o candomblé na minha modesta opinião, é uma religião de respeito que nos ensina ver-dadeiros valores muitas vezes esquecidos; é uma religião com muitas camadas e preceitos e é muito mais do que se consegue ver à pri-meira vista. No meu caso é uma religião que me ensinou e ajudou a encontrar o meu lugar no mundo.

P. S. A.: Está familiarizado com a ANACAB / FENACAB? Qual é na sua opinião, a vanta-gem e papel deste órgão regulador?Manuel: Estou familiarizado com a Anacab/Fenacab e acho de estrema importância haver uma organização que represente e comprove legalmente a veracidade das religiões Afro-Bra-sileiras em Portugal e na Europa, assim como seus respetivos terreiros.

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Previsões Rúnicas

Caracterizar um qualquer espaço temporal fu-turo, explanando as suas probabilidades e pos-sibilidades, baseando a sua previsão em apenas uma Runa é extremamente redutor.No entanto essa Runa funciona como o farol que ilumina todas as outras; a sua energia re-fletir-se-à em cada caída, em cada tirada, sendo que cada uma destas terá que ser analisada à sua luz.Devido a essa forte influencia, é denominada Runa Regente; é a sua energia que rege os acon-tecimentos, sendo o resultado final condiciona-do consoante as Runas que a acompanham.Assim, o primeiro semestre de 2017 está sobre a influência da água e do Oceano através de La-guz, Quinta Runa do Aett (Conjunto de oito Ru-nas) de Tyr, Deus Nórdico da defesa e da vitória

, o mais bravo dos Deuses. Aquele que concede a vitória na batalha contra todas as probabilida-des; sempre justo e de honra na palavra . Deus que preside à lei, contratos legais, às assem-bleias do povo para assuntos judiciais.Literalmente, Laguz traduz-se como "Agua", o que significa que a força regeneradora do seu ciclo tenderá a fazer-se sentir, de forma mais ou menos marcante neste semestre. E de forma mais ou menos marcante uma vez que o sub--mundo das ações e pensamentos Humanos poderá travar a força do oceano primordial que é Laguz. O seu movimento regenerador está à nossa disposição; resta saber se seremos capa-zes enquanto Raça e espécie, de o aproveitar. As oportunidades surgirão, sendo colocadas à nossa disposição; disso não há dúvidas.

PREVISÕES RÚNICASPRIMEIRO SEMESTRE DE 2017

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Por si só e sob a sua regência, espera-nos um semestre fortemente carregado de emoções; emoções estas que poderão ser contraditórias e fortes obstáculos ao movimento de transfor-mação e cura característico de Laguz, mas que pelo contrário poderão funcionar como catali-sador, potenciando a energia envolvente. As Runas dizem-nos que parcerias Humanas obs-curas tenderão a emergir durante este semes-tre; dificuldades causadas pela colheita da nos-sa sementeira enquanto Homens cairão sobre nós, sendo que como em todos os campos se-meados, a boa plantação resultará da qualidade da semente... e convenhamos que aquilo que plantámos ao longo dos anos não é, de todo, material de primeira.É necessário renascermos enquanto indivíduos e consequentemente enquanto sociedade; ser-mos fieis à nossa palavra e à nossa verdade que, sob qualquer prisma, terá de ser a verdade co-mum aos restantes e não uma fantasia da nosso sub-consciente. Neste renascimento, o aspeto espiritual é de extrema importância uma vez que privados do seu apoio, passaremos por fases de completa apatia, ficando indefesos face aos pe-rigos que se nos apresentam; deixaremos de ter força reativa, aquela que existe sob a forma de

espinho numa rosa quando é apertada. É nos-sa obrigação aproveitar o caminho energético emprestado por Laguz para deixarmos de ser indivíduos e sociedades doentes espiritualmen-te. A aceitação da justiça, quer Humana quer Divina passa pelo reconhecimento dos nossos erros, das nossas falhas e falta de hombridade perante o mundo em que vivemos e perante o Homem, nosso semelhante, que está ao nosso lado. Resta-nos portanto, enquanto habitantes desta Aldeia Global, colocar a nossa humanida-de e felicidade na mão dos outros e aceitar que eles coloquem a sua nas nossas mãos. Com as ameaças constantes vindas de pontos distantes do globo e sob o perigo de ascensão ao poder de quem não o poderá ganhar de forma algu-ma, teremos que ser como um molho de vides que individualmente é frágil, mas que como um todo se torna inquebrável.Não serão tempos fáceis; as dificuldades exis-tem, são reais e todos nós, de uma forma ou de outra, iremos certamente senti-las: dificuldades financeiras, físicas, morais e éticas, comunica-cionais, de honradez e conflituais... provaremos de tudo um pouco. Caberá àqueles que nos re-presentam impedir a rigidez e estagnação que daí poderá advir, agindo sensata e criteriosa-

Previsões Rúnicas

AS RUNAS DIZEM-NOS QUE PARCERIAS HUMANAS OBSCURAS

TENDERÃO A EMERGIR DURANTE ESTE

SEMESTRE;

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mente na defesa dos interesses globais. Porque a Agua quando corre calma é aprazível; quando revolta é imparável.Jogando bem as nossas cartas, no nosso quoti-diano, desde o mais poderoso ao mais humilde, o resultado será o sucesso e a obtenção dos ob-jetivos propostos; a restauração da Honra indivi-dual e coletiva, resultando num período de saú-de e força de vida, uma vez que o contexto está disponível para mudanças positivas; renascerá o contacto com o eu superior e o inconsciente de cada um; o fogo da purificação resultará da oportunidade concedida pela Agua (Laguz).Deveremos no entanto ter muito cuidado com os falsos objectivos, os maus conselhos,o falso sucesso aparente e enganador que aparecerão a cada esquina; da sua ação resultará o fracasso dos objectivos propostos, a destruição catastró-fica, a Justiça e Ira de Deus, já que em Seu nome se cometem as maiores atrocidades. Tanto na vida de cada um como na nossa vida global.Sendo um semestre de sentimentos, as aproxi-mações e afetos humanos estarão potenciados no período de tempo em análise. No entanto, é necessário aceitar o facto insofismável de que apenas estaremos bem com o outro se primeiro estivermos bem connosco próprios. É esse mar calmo e pacifico que se pretende atingir, não o mar picado e revolto, que nada deixa no lugar.Assim as convicções pessoais de cada um o per-mitam, poderá este ser o semestre que funcio-nará como degrau inicial de uma longa escada que é a realização plena da raça Humana e é no dia-a-dia, nas acções e procedimentos que cada um de nós desempenha um papel vital para o sucesso da empreitada global.

Miguel Dinis

Previsões Rúnicas

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No dia 24 de Novembro de 2016, a Federação Na-cional do Culto Afro-Brasileiro – FENACAB, reali-zou no Biarro 2 de Julho Ssa/Ba o 16º Troféu Axé Bahia comemorando os 70 anos de Fundação e o Dia dos Sacerdotes e Sacerdotisas de Matriz Afri-cana. Estiveram presentes várias autoridades da Religião de Matriz Africana bem como Autorida-des Governamentais e não-Governamentais. A mesa da Diretoria foi composta pelo Presiden-te, Dr. Aristides Mascarenhas, o Presidente da Assembleia Geral, Dr. Genaldo Lemos do Couto, o Secretário, Prof. Antoniel Bispo, pelo Coordena-dor Municipal de Salvador, Lásaro César M. Pe-reira, Coordenadora Estadual da Bahia, Marinalva Silva, pela Coordenadora Estadual do Rio de Janei-ro, Drª Sónia Alvim e pelo Secretário de Cultura de Lauro de Freitas/BA, André Siqueira.Foram entregues 100 Troféus aos Titulares de Terreiros e Centros de Umbanda, assim como foram distribuídos Certificados Olorun Eleda a

FENACAB - FEDERAÇÃO NACIONAL DO CULTO AFRO-BRASILEIRO

CELEBRAÇÃO DOS 70ANOS

Dia dos Sacerdotes e Sacerdotisas de Matriz Africana - Lei nº 12950/14 (Brasil)

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“Sem pedra, sem Orixa”.

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OSSAINSENHOR DAS FOLHAS!

PREVISÕES PARA

2016por Bábálórísá Jomar d’Ògún

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como no

interior!

Babalorixás com 21 e 25 anos de iniciação. O canal de televisão TV Bandeirantes fez a cober-tura do evento.Todos os convidados aproveitaram a noite com som ao vivo da Banda S10,No dia 19/11/2016, na cidade de Curitiba/PR, ocorreu também a comemoração dos 70 anos da FENACAB com o Coordenador Regional Do-rival Simões e no mesmo dia, no Município de Feira de Santana com a Coordenadora Maria

das Graças. Já no dia 27 de Novembro, ocor-reram as celebrações no Município de Alagoi-nhas/BA, a cargo do Coordenador Jadson Tor-res e no dia 18 de Dezembro, o mesmo terá lugar no Estado do Rio de Janeiro com a Coor-denadora Regional Sónia Alvim.

Aristides de Oliveira MascarenhasPai Ari d'AjagunãPresidente FENACAB BRASIL

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OSSAINSENHOR DAS FOLHAS!

PREVISÕES PARA

2016por Bábálórísá Jomar d’Ògún

saiba

como no

interior!

Fotografia - Hilook Produções

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