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OLIVEIRA DE AZEMÉIS Eb1 de Oliveira de Azeméis nº4 Ano letivo 2012/2013 Turma 5 3º ano

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Page 1: OLIVEIRA DE AZEMÉIS

OLIVEIRA DE AZEMÉIS

Eb1 de Oliveira de Azeméis nº4

Ano letivo 2012/2013

Turma 5

3º ano

Page 2: OLIVEIRA DE AZEMÉIS

Introdução

Com este trabalho ficamos a saber muito sobre o passado do concelho a que pertencemos: Oliveira de Azeméis.

Este trabalho pretende divulgar certos aspetos da vida dos oliveirenses, bem como figuras ilustres, que contribuíram para o prestígio da nossa terra.

Cada um de nós desenvolveu um ou dois temas, que foram depois todos compilados num só. Para a sua elaboração fomos pesquisar à internet e nalguns suportes escritos, como revistas locais, panfletos,…

Desta forma, surgiu um trabalho bastante completo sobre muitos aspetos do nosso concelho.

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Page 3: OLIVEIRA DE AZEMÉIS

Localização

Oliveira de Azeméis é uma cidade que pertence ao distrito de Aveiro e está situado entre o mar e a serra. A população tem cerca de 68.611 habitantes. Dista aproximadamente 35 km da sede de distrito, a cidade de Aveiro, e 40 km da cidade do Porto, sendo limitado a norte pelos municípios de S. João da Madeira e Santa Maria da Feira, a nordeste por Arouca, a este por Vale de Cambra, a sudeste por Sever do Vouga, a sul por Albergaria-a-Velha, a sudoeste por Estarreja e a oeste por Ovar.

O município de Oliveira de Azeméis é constituído por dezanove freguesias, correspondendo a uma cidade, oito vilas e dez aldeias, que ocupam uma área de cerca de 163 Km2. São elas: Carregosa, Cesar, Fajões, Loureiro, Macieira de Sarnes, Macinhata da Seixa, Madaíl, Nogueira do Cravo, Oliveira de Azeméis, Ossela, Palmaz, Pindelo, Pinheiro da Bemposta, S. Martinho da Gândara, Santiago de Riba-Ul, Travanca, Ul, Vila Chã de S. Roque e Vila de Cucujães. O município é atravessado pela EN1, que foi substituída na década de 90 pelo IC2, situado a nascente desta. A poente, tocando ligeiramente o território concelhio na freguesia de Loureiro, passa a A1-Auto-Estrada do Norte. É também atravessado do litoral para o interior pela EN224. É servido ainda pela linha férrea do Vale do Vouga que atravessa, de sul para norte, as freguesias de Pinheiro da Bemposta, Travanca, Macinhata da Seixa, Ul, Oliveira de Azeméis, Santiago de Riba-Ul e Cucujães.

As ligações rodoviárias de transporte de passageiros são maioritariamente com o Porto havendo, no entanto, carreiras regulares com Vale de Cambra, S. João da Madeira, Santa Maria da Feira, Aveiro, Arouca, Ovar, para além das carreiras locais que ligam algumas freguesias e povoações do município. Dentro da cidade temos a circulação do Tuaz.

Todo o concelho é detentor de paisagens de rara beleza e de um património histórico e cultural considerável.

(in Monografia de Oliveira de Azeméis)

Guilherme Almeida

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Page 4: OLIVEIRA DE AZEMÉIS

Origem do nome

A época exata em que a povoação de Oliveira de Azeméis se começou a denominar assim, ainda não se conseguiu determinar.

Recorrendo aos "Annaes do Município", encontramos algumas pistas. Aí afirma-se que "Se atendermos à tradição popular, o Visconde de Santa Maria da Arrifana, aqui houve uma oliveira ou diversas, a cuja sombra ou tronco se abrigavam ou prendiam suas azemolas ou azemeis, que vinham da parte do Mosteiro de Arouca para conduzir-lhe fóros, que por estas terras se lhe pagavam. Pode ser que estas duas circunstâncias, isto é, a da existência de oliveiras aqui e a dessa passagem dos azemeis (se as houve), reunidas na imaginação popular, dessem motivo para essa crença de verosimilhança.

A primeira referência documental a Oliveira de Azeméis data o ano de 922, numa doação feita pelo rei Ordonho a um bispo do mosteiro Crestuma. A povoação aparece com o nome de Villa Olivaria, tendo como patrono S. Miguel.

A explicação defendida pela maioria dos autores que estudaram este assunto é de que o termo “Oliveira de Azemees” é de cerca de 1185 e vem distingui-la de várias outras localidades também denominadas Oliveira, mas ainda destacá-la como espécie de interposto de mercadores que então se chamavam “Azemeles”.E esta parece ser a explicação mais lógica e fundamentada para o nome Oliveira de Azeméis.

Só muito mais tarde, nos começos do século XVI aparece o nome Oliveira, quando Leão X a erigiu em Comenda Real, através da doação feita, em 1518, à Ordem de Cristo.

(in Monografia de Oliveira de Azeméis)

Margarida

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Datas e factos importantes

Oliveira de Azeméis tem um povoamento muito antigo, referido já nos documentos de doação feita ao Bispo pelo rei Ordonho em 922.

Do século VIII ao século X foi zona de fixação de moçárabes e berberes.

Só em 5 de janeiro de 1799, foi elevada à categoria de vila e sede do município, por D. Maria I.

Com a reforma administrativa de Mouzinho da Silveira, em 1855, Oliveira de Azeméis passou a ser o município que é hoje, extinguindo-se o município do Pinheiro da Bemposta e as freguesias que pertenciam a este, passaram a pertencer ao município de Oliveira de Azeméis. Foram: Pinheiro da Bemposta, Palmaz, Loureiro, Travanca e Ul.

Em 16 de maio de 1984 foi elevada à categoria de cidade – Lei nº22/84.

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Bandeira e brasão

A utilização de determinados símbolos e cores serviam como forma de identificar indivíduos, famílias, tribos ou clãs. É um fenómeno universal e com raízes remotíssimas. Seja como for, parece indiscutível que o uso organizado e codificado de símbolos heráldicos se verificaram a partir do século XII, como resultado da evolução dos símbolos e marcas de posse mais antigas.

A bandeira é definida, classicamente, como sendo o símbolo representativo de um estado soberano, ou país, estado, município, província, bairro, organização, sociedade, reino,…

O município de Oliveira de Azeméis, distrito de Aveiro, não dispunha de brasão, aprovado oficialmente. Aquando da elevação do concelho a cidade passou a ter a seguinte constituição heráldica das armas, bandeira e selo do município passaram a ser os atuais.

No brasão constam os seguintes elementos: escudo de azul com um pano de muralha ladeado de duas torres ameadas, moventes da ponta e dos flancos, tudo de prata, lavrado de negro, aberto e iluminado de vermelho; nascente da muralha, uma oliveira de sua cor, frutada de ouro, acompanhada em chefe de duas cruzes da Ordem de Cristo. Coroa mural de cinco torres de prata. Listel branco com a legenda de negro, em

maiúsculas "OLIVEIRA DE AZEMÉIS".

O fundo da bandeira do nosso concelho tem as cores branca e vermelha e, no centro da mesma, encontra-se o brasão do município. Também tem um cordão, borlas de prata, vermelho, haste e uma lança de ouro.

Guilherme Bernardes

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Casa Paços do Concelho

Os “Paços do Concelho” é uma casa onde está sediada a Câmara Municipal de cada concelho do Pais. Este edifício foi construído em 1844 por Manuel António Mendes. Possui três pisos, com sacadas para a Praça da República. Possui também um brasão nacional, tipo frontaria, mandado edificar por D.Miguel I no mesmo ano.

Nesta época, o edifício além de conter os tribunais em separado, a sala de sessões da câmara e a repartição da fazenda, tinha ainda vários compartimentos para residência dos empregados subalternos.

Desde essa altura até aos nossos dias, foram várias as transformações que o edifício sofreu, embora externamente as características originais se mantenham praticamente as mesmas.

As principais funções da câmara municipal são fiscalizar e controlar a administração municipal. Com a participação do poder executivo são criadas as leis municipais para o melhor funcionamento do concelho.

De quatro em quatro anos são realizadas eleições para eleger os vereadores e o seu presidente.

Os vereadores através de seu contato direto com a comunidade avaliam as necessidades de caráter local, tais como, saneamento básico, educação fundamental, moradia, transporte coletivo, uso do solo, coleta de lixo, iluminação pública, sistema viário, combate à poluição, proteção ambiental, serviço funerário e cemitérios, prevenção de incêndios, entre outras, e denúncias quanto à prestação dos serviços públicos, e busca, pelos instrumentos competentes, a solução para os problemas e carências nestas áreas.

Henrique Faria da Silva

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Pinheiro da Bemposta

Pinheiro da Bemposta dista 7 km da sede do concelho e está situada entre o rio Antuã e o Caima.

A freguesia foi vila e sede de concelho, criado pelo foral de 1514, pelo rei D. Manuel I, e extinto em 24 de Outubro de 1855,com a reforma de Mouzinho da Silveira.

O concelho, também designado por Bemposta, abrangia as freguesias de: Branca, Canelas, Fermelã, Palmaz, Pinheiro da Bemposta, Ribeira de Fráguas, Salreu e Travanca. Era seu donatário o conde de Vila Verde e marquês de Angeja.

É uma freguesia onde se respira história. No lugar de Figueiredo de Baixo, próximo da antiga estrada romana, precisamente, existe uma casa e sítio chamado "Paço" e, a uma distância de 150 metros, outra casa, que se chama "Alcana" erradamente atribuída pelos Anais do Município de Oliveira de Azeméis a residência de qualquer rei árabe da antiguidade. Hoje sabe-se que o topónimo “ Paço “, estudado arqueologicamente na região de entre o Douro e Minho, corresponde sempre a zonas férteis das povoações como no caso de Figueiredo de Baixo, invariavelmente a ele associados indícios arqueológicos de ocupação e exploração correspondentes a uma fase da antiguidade tardia, desmistificando assim a ideia de que em tempos terá sido albergue régio.

Nesta freguesia, outrora chamada de "Figueiredo", passava um troço da estrada de Talábriga (Aveiro) a Lancóbriga (Feira), que constituía a via militar Romana. Desta localização existem indícios pelo facto de terem sido assinados documentos públicos na referida freguesia. Entre esses documentos lembra-se uma convenção celebrada pelos bispos D. Gonçalo de Coimbra e D. Hugo do Porto, a 30 de dezembro de 1114. Também nas inquisições de D. Dinis, em 1248, estão insertas diversas disposições acerca dos géneros que se deviam fornecer, para sustento da corte, no julgado de Figueiredo.

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Pelourinho do Pinheiro da Bemposta

Classificado como imóvel de interesse público, o pelourinho manuelino de Pinheiro da Bemposta encontra-se localizado junto aos antigos Paços do Concelho. As suas origens remontam ao século XVI e representa a independência e o poderio das terras da Bemposta durante mais de três seculos. O pelourinho é do século XVI e foi restaurado nos anos 1967 e 1983.

O pelourinho tem três degraus circulares que servem de base ao monumento. A sua coluna tem a forma hexagonal e é ligeiramente mais estreita na parte superior. Parte de uma plataforma circular de quarenta centímetros de diâmetro com pouca altura. A capital é em forma bordo saliente, de onde desenvolve o tabuleiro quadra, que possui elementos heráldicos em todas as suas faces: o escudo das quinas, cruz de Cristo e duas esferas armilares.

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Cruzeiro do Pinheiro da bemposta

O maior interesse do património construído está no Cruzeiro do Pinheiro da Bemposta. Encontra-se classificado como Monumento Nacional desde 1910, momento em que foi restaurado.

Este cruzeiro remonta a 1604, tendo sido reedificado em 1774.

Está situado no centro da vila, isolado, circunscrito num pequeno adro, perto de um cruzamento.

Descrição:

Soco de 3 degraus onde se ergue um pequeno templete de planta quadrangular, formado por quatro pilares, emoldurados interiormente, com pedestais elevados. O corpo superior desenvolve um entablamento e cobertura piramidal, com 5 coruchéus. No seu interior, o cruzeiro assenta em meia-coluna com pedestal em forma de bolbo; cruz, com braços terminando em flor-de-lis, e Cristo. Todo o corpo é abrigado por gradeamento.

É uma arquitetura religiosa, maneirista e de estilo rococó.

Curiosidade sobre os cruzeiros:

São símbolos de religiosidade exterior e encontram-se, habitualmente, próximos de caminhos ou cruzamentos, indicando uma direcção ou a proximidade de um templo (e, consequentemente, integrado as manifestações religiosas locais), protegendo os viajantes, recordando um determinado acontecimento ou quem os mandou erguer.

Raquel

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Castros

A origem dos castros remota ao final da idade do bronze, cerca de 1000 anos a.c. É nos castros que a ação de romanização se fez sentir com mais força, pois em todos eles abundam os vestígios materiais da presença romana.

Castros eram antigos povoados, estrategicamente implantados a grandes altitudes, privilegiado de boas condições de defesa e visibilidade. Tinham um sistema defensivo, constituído por muralhas, fossos, parapeitos e terraplanagens. Inicialmente, as estruturas habitacionais eram cabanas de madeira e colmo. Mais tarde eram feitas de pedra.

Os castros situavam-se nas margens de rios para estarem próximos de linhas de água.

No nosso município, temos marcas de alguns povoados proto-históricos e romanos, situados em algumas freguesias, como: Ul, Ossela, S. Martinho da Gândara, Cesar e Travanca.

Castro de Ul

Guilherme Ribeiro

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Parque de La-Salete

O Parque de La – Salete situa – se num cabeço que antigamente se chamava “Outeiro do Castro ou do Calvário”, em agradável cenário verde, que cobre todo o monte e proporciona excelentes miradouros para a paisagem circundante.

É uma obra de grande mérito, de criação de paisagem, desenhada por Jerónimo Monteiro da Costa, diretor dos Jardins Municipais do Porto, em colaboração com o seu filho José Monteiro da Costa, arquiteto paisagista

Um dos monumentos importantes do parque é a sua Igreja. A sua edificação ficou a dever – se a uma prece coletiva a pedir chuva, pois atravessava-se, na altura, terrível período de seca. A ideia da sua edificação no parque nasceu em 1870. A 6 de Janeiro de 1871, lançou-se a primeira pedra para a capela. Contudo, a sua construção só viria a ser concluído em 1880. A imagem de Nossa Senhora de La – Salete, que havia sido esculpida no Porto, na oficina de Manuel Soares de Oliveira, já desde 19 de Setembro de 1875, encontrava-se exposta na Igreja Matriz de Oliveira de Azeméis, esperando pela conclusão da sua capela.

Atualmente, o parque é um lugar de passeio e de merendas, quer dos oliveirenses quer de outros visitantes. Anualmente realizam – se as Festas da La- Salete na primeira semana de Agosto.

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Lenda de La-Salete

À entrada do Santuário de Nª Sr.ª de La-Salete, em Oliveira de Azeméis, está, num frasco de vidro, e com uma simples explicação, um dedo que pertenceu a um ladrão que penetrou na primitiva capela. Não obstante o cuidado do guarda, aconteceu que, por duas vezes, mãos sacrílegas assaltavam a pequena ermida, roubando a caixa das esmolas e outros objetos.

Passado algum tempo, tio Martinho, o guarda, ouviu um ruído estranho. Sacudido do sono que o dominava, pôs o ouvido à escuta. Não havia dúvida, andava alguém dentro da capela. Mas, no vão da escada, não podia ver nem ser visto; talvez fosse a sua sorte. Apoderou-se de uma caçadeira.

O cenário era arrepiante! O tio Martinho vê na sua frente um homem junto do altar. Estabeleceu-se uma luta desesperada. Foi ao hospital ver os ferimentos do ladrão: um tiro tinha-lhe amputado um dedo.

Um dia, tio Martinho, ao entrar na capela, viu o dedo do ladrão num frasco de vidro!

A questão que se coloca é como é que os chumbos penetraram na pele, cortaram o dedo do gatuno, o mesmo que ele tinha partido a Nossa Senhora. Milagre? Coincidência?

Esta talvez seja a razão da criação da lenda.

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Moinhos de Ul

Dois rios atravessam a freguesia de Ul: o Ínsua (nasce no vale entre a Serra do Pereiro e o monte de S. Marcos, em Fajões) e o Antuã, que nasce em Escariz (concelho de Arouca).

Estes rios encontram-se em Ul, num ponto mais abaixo da igreja paroquial. Resultante dessa fusão a que chamam de Ul ou Antuã, vai desaguar na Ria de Aveiro, passando sob a estrada de Aveiro ao Porto, à estrada de Salreu para quem segue na direção Norte-Sul. Estas duas correntes permanentes de água terão influenciado, decisivamente, o tipo de vida escolhida pela população de Ul, cuja esmagadora maioria se repartia, antes da “era da industrialização”, pela moagem e padaria.

Havia em Ul 38 açudes, que forneciam “hulha branca” para 84 “casas de moinhos”, onde giravam dia e noite 303 rodas. Se pensarmos que uma roda pode moer em 24h cerca de 500kg, concluir-se-á que em Ul moíam, diariamente, cerca de 150 toneladas de grão, o que correspondia, anualmente, a cerca de 55000 toneladas. O “moleiro de Ul” era e é, em casos isolados e cada vez mais raros, figura típica. As mulas e os burros eram seus companheiros e únicos ajudantes, os moinhos, o seu segundo lar ou talvez mesmo o primeiro. Ali acorrem historiadores e investigadores, estudando e fotografando o que resta dos velhos e tão típicos moinhos, muitas já em ruínas, outros reconstruídos para virem a formar, o tão recente, Parque Temático Molinológico, localizado nas freguesias de Ul e de Travanca, a sul da sede do município.

Parque Temático Molinológico

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Este espaço ocupa uma área de 29 hectares e envolveu a recuperação de 11 moinhos. Pretende ser um “museu vivo”, recriando todo o percurso da confeção do famoso pão de Ul e de moagem de cereais.

O Largo do Souto, na freguesia de Ul, é o principal ponto de referência para se aceder aos diversos espaços que integram o Parque. A nível museológico podemos observar as alfaias associadas a este tipo de arte, permitindo também divulgar as características da engrenagem e ofícios relacionados com a moagem.

O fabrico do famoso pão de Ul Processo de moagem

Moinhos de Adães Este núcleo de moinhos está tradicionalmente associado ao descasque de arroz, razão da fixação das maiores indústrias nacionais de descasque de arroz, no lugar de Adães.

Moinhos de Travanca

Um conjunto de 4 moinhos localiza-se na freguesia de Travanca, na margem esquerda do rio Antuã. O edifício existente para além de conservar o moinho tem um pequeno anfiteatro permitindo a permanência a pequenos grupos de estudantes ou visitantes.

Joel Azevedo

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O Convento de Cucujães

Na freguesia de Couto de Cucujães (Oliveira de Azeméis), existe um mosteiro antiquíssimo, anterior à monarquia. Embora não restem dúvidas de que este Mosteiro é dos mais antigos de Portugal, não é tão certo que a data da sua fundação se reporte a cerca do ano 1000. Também há dúvidas em relação aos seus fundadores.

O certo é que em 1139. D. Afonso Henriques fez a este mosteiro mercê de honras do Couto, quando ia a caminho, com sua gente, para a Batalha do Campo de Ourique. Desta forma, o rei demonstrou que os monges do Mosteiro eram competentes pela sua disciplina e instrução para defender essa terra conquistada e fazê-la povoar e cultivar, bem como para atrair os cristãos e expulsar os inimigos da igreja da terra abençoada. “Ora e lavra! Reza e trabalha!”- era uma das regras a que os monges estavam sujeitos.

Depois da extinção das ordens religiosas, foi adquirido por um indivíduo já falecido, Manoel Joaquim da Fonseca. Alguns miguelistas empregaram esforços para o restabelecimento do convento, e em resultado desses esforços um frade bento, já falecido, frade João, comprou o convento. Dada dai a reorganização da ordem naquela freguesia. Hoje, têm-se ali tomado ordens somente com os estudos ministrados no convento. Tem alguns padres alemães.

Os frades têm aumentado bastante os bens do mosteiro, tiveram em tempo uma questão com a junta da paroquia, por causa de um terreno baldio, de que se queriam apoderar, ficando vencidos. Compraram uma quinta adjacente à do convento, a quinta do Teso, que pertencia

aos herdeiros de Joss Bastos. Os atuais edifícios datam de uma

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reconstrução geral no séc. XVII. Nada foi encontrado da época medieval, a não ser uma imagem da Virgem com o Menino, de calcário e de oficina coimbrã do fim do séc. XV, colocada em nicho externo e moderno da capela-mor.

O Mosteiro de Cucujães, outrora habitado por monges Beneditinos e, atualmente, convertido em Seminário das Missões, ergue-se sobranceiro ao Rio Ul nas faldas do monte, designado nos tempos antigos por "Monte Castro Recharei".

Guilherme Lopes

Igreja de S. Miguel

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A Igreja Matriz de Oliveira de Azeméis é um edifício religioso de grande e largo porte. A sua obra foi iniciada nos princípios de 700 e prolongada entre os anos de 1719-1729. As remodelações efetuadas ao longo do século XIX não lhe alteraram significativamente o seu perfil barroco, mas o mesmo não podemos afirmar dos painéis de azulejos colocados este século na frontaria do templo.

A fachada é larga e austera, equilibrada no seu jogo de formas decorativas e volumes arquitetónicos, unificada e dividida por longas pilastras.

O portal é ladeado por pilastras e apresenta forte entablamento retangular, sendo encimado lateralmente por dois pináculos.

Ao centro é sobrepujado por aparatoso nicho com frontão triangular interrompido, albergando a imagem calcária e setecentista de S. Miguel lutando contra o Demónio.

Em ambos os lados erguem-se as torres com aberturas sineiras e cobertas por cúpulas marcadas por pináculos, ao nível da cimalha. Frontão triangular com óculo e sobrepujado por cruz latina definem a empena central.

Os panos da fachada central e das torres são ritmados por dois andares de janelas, de diferentes dimensões, com frontões curvos e triangulares, interrompidos e preenchidos por um pináculo esférico ou uma cruz.

O interior é amplo e de nave única, com teto em estuque branco e paredes forradas com lambrins de azulejos industriais, agrupando-se no transepto e na cabeceira da igreja os seus motivos artísticos de maior impacto.

O arco do cruzeiro, de volta perfeita, é demarcado por duas elevadas pilastras da ordem toscana, submergido por uma aparatosa sanefa de linhas curvas e contracurvadas, de acordo com a profusa decoração barroca da segunda metade do século XVIII.

Esta zona é engrandecida por uma série de cinco monumentais retábulos em talha dourada. O retábulo-mor é uma boa composição do Barroco Joanino, obra de talha dourada executada pelo mestre entalhador portuense Luís Pereira da Costa, que adjudicou esta empreitada no ano de

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1731. As mísulas dos intercolúnios retabulares sustentam imagens setecentistas em madeira, de S. Pedro e S. Miguel.

O camarim é fechado por uma grande tela coetânea representando a "Ressurreição de Cristo", obra do pintor portuense Marques da Silva Oliveira. Os dois retábulos colaterais são estruturas de talha dourada do Barroco de finais do século XVII e que se coadunam com os cânones do Estilo Nacional. No remate superior de ambos foi-lhes posteriormente colocada uma exuberante sanefa setecentista. O retábulo do flanco esquerdo é obra barroca de Estilo Nacional, de finais do século XVII, e apresenta um grupo escultórico de madeira representando um Calvário. O retábulo do flanco direito é obra barroca do Estilo Joanino e datada de meados de Setecentos.

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Ferreira De Castro

Nascido a 24 de Maio de 1898 na freguesia de Ossela, José Maria Ferreira de Castro, viria a tornar-se o filho mais famoso da terra.

Filho de uma modesta família de rurais, marcado por grandes dificuldades económicas, viu-se obrigado emigrar para o Brasil, apenas com 12 anos de idade à procura de melhores condições de vida. Durante quatro anos viveu no seringal Paraíso, em plena selva amazónica, junto à margem do rio Madeira. Depois de partir do seringal Paraíso, viveu em precárias condições, tendo de recorrer a trabalhos como, colar cartazes, embarcadiço em navios do Amazonas, etc.

Quando regressou a Portugal dedicou-se ao jornalismo, tendo trabalhado em 2 jornais do mesmo país: «O século» e «O diabo». Emigrante, homem do jornalismo, mas sobretudo ficcionista, é hoje em dia, ainda, um dos autores com maior obra traduzida em todo o mundo, podendo-se incluir a sua obra na categoria de literatura universal moderna, precursora do neorrealismo, de escrita caracteristicamente identificada com a intervenção social e ideológica. A exemplo da sua ainda grande atualidade pode referir-se a recente adaptação ao cinema, com muito sucesso, da obra A Selva.

Em 29 de Junho de 1974, Portugal ficou de luto, com o desaparecimento desta grande figura da literatura portuguesa, que ainda assistiu à Implantação da Democracia no nosso país, pela qual tanto lutou.

Atualmente, a casa onde nasceu, em Ossela, funciona como casa-museu. Nela consta de uma pequena adega, uma cozinha à antiga portuguesa, uma sala de estar com recordações da família e dois pequenos quartos de dormir, com camas de ferro,

uma das quais era do escritor, conservando --se ainda nela a sua mala da primeira viagem.

Juliana

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Bento Carqueja

Bento de Sousa Carqueja nasceu em Oliveira de Azeméis, em 6 de Novembro de 1860.

Em 1882 formou-se no curso livre de Ciências Físico-Naturais; professor da Escola Normal do Porto, onde lecionou as cadeiras da Agricultura e Ciências Físico-Naturais; no mesmo ano, instalou o Jardim Botânico e os laboratórios de Fisiologia vegetais e Química Agrícola e, em 1915, foi criada a Faculdade Técnica da Nova Universidade do Porto, onde passou a lecionar a cadeira da Económica Politica, Contabilidade e Legislação de obras Públicas.

Bento Carqueja sempre recusou honras e louvores públicos tendo, induzido, recusado o cargo de Ministro, para o qual, por várias vezes foi convidado. Recusou mesmo a Condecoração de Grande Oficialato de S. Tiago que lhe foi atribuído em 1928.

Foi o fundador do mensário agrícola «O Lavrador» e da fábrica do papel do Caima, em Oliveira de Azeméis. Dedicou especial atenção à agricultura, fazendo vingar a ideia de se instalarem escolas móveis para apoiar tecnicamente os lavradores. Em Oliveira de Azeméis criou também a Escola de Artes Gráficas e Orifícios, um asilo hospitalar, procedeu ao saneamento da vila e ligação da eletricidade.

Bento Carqueja morreu em 2 de Agosto de 1935.

Escola Secundária Soares Basto

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Page 22: OLIVEIRA DE AZEMÉIS

A Escola Secundária Soares Basto, em Oliveira de Azeméis, Portugal, foi inaugurada no dia 8 de Dezembro de 1927, então com o nome de Escola de Artes e Ofícios de O Comércio do Porto, mandada construir por Bento Carqueja. A construção foi paga com parte do dinheiro deixado pelo testamento de Francisco Alves Soares Basto. O remanescente destinou-se a financiar a despesa com a instrução de crianças e jovens de famílias pobres e a construir uma Escola Primária em Palmaz, freguesia de Oliveira de Azeméis, também com o seu apelido.

Isto significa que deram o nome de Soares Basto em homenagem ao Sr. Francisco Alves Soares Basto, pois foi com o dinheiro dele que foi construída a Escola.

Telmo

Esculturas na cidade

Monumento aos Mortos da Grande Guerra

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No Jardim Público de Oliveira de Azeméis encontra-se o Monumento aos Mortos da Grande Guerra (1914-1918), o qual foi construído em 1930. O projeto é da autoria do escultor Henrique Moreira e do canteiro António Resende. No monumento é destacada a Batalha de La Lys, ocorrida na Flandres, onde a 9 de Abril de 1918, faleceram 7500 portugueses. Esta batalha marca o início da vitória dos aliados.

Estátua Fonte do Menino

Esta peça em bronze, mais conhecida como "O Menino da Pilinha" é datada de 1930, que representa uma criança desnuda a apertar flores, encontrava-se no jardim da Praça José da Costa. Esta estátua foi roubada numa noite de verão.

Homenagem aos Homens do Vidro

Perto das antigas instalações do Centro Vidreiro do Norte de Portugal, a última fábrica de vidro, na terra que viu nascer esta indústria por mandado do Marquês de Pombal, a homenagem aos homens do vidro.

Homenagem à moldagem de plásticos

E do vidro nasce a indústria dos moldes para os plásticos. Numa rotunda à entrada da Zona Industrial de Oliveira de azeméis (que por acaso se situa na freguesia de Santiago de Riba-Ul) a homenagem aos homens que trabalham o metal.

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“Emigrante”

Escultura evocativa dos "Emigrantes" obra maior do escritor Oliveirense, nascido na freguesia de Ossela, José Maria Ferreira de Castro.

Bento Carqueja

Busto da maior figura de Oliveira de Azeméis na sua história recente (desde os finais do século XIX) Bento de Sousa Carqueja. Professor, Jornalista, Grande defensor do progresso de Oliveira de Azeméis e do seu concelho.

“A justiça”

Situa-se na parede norte do Palácio da Justiça.

“O soldado desconhecido”

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As 19 freguesias

A representação das dezanove freguesias do Concelho na interpretação do escultor Oliveirense, natural da Vila de Cucujães, Paulo Neves.

Mundial de Hóquei

O último Campeonato do Mundo de Hóquei em Patins disputado em Portugal (2003), foi em Oliveira de Azeméis. A perpetuar essa realização, foi implantada esta escultura que tem, entre outras, a contribuição do Fernando Veloso, pintor e professor no Agrupamento de Escolas Soares Basto.

Homenagem aos Soldados da Paz

Uma das últimas esculturas surgidas na cidade. A homenagem aos Soldados da Paz, na rotunda que inicia do lado sul a Avenida D. Maria II mesmo em frente ao atual quartel de bombeiros.

Heleno

Bombeiros Voluntários de Oliveira de Azeméis

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Associação Humanitária dos B. V. de Oliveira de Azeméis nasceu, como tantas outras, da necessidade de libertar as populações do pânico, nomeadamente, do fogo. A 22 de setembro de 1904 foi nomeada a primeira comissão organizadora para formar uma Corporação de Bombeiros Voluntários. Dela faziam parte: Eduardo Augusto da Fonseca, Joaquim César Soares de Pinho Lourenço Tineo do Amaral Osório, Fernão Pinto Pereira de Lencastre Abreu de Lima e António José Marques. Esta comissão, com a ajuda de vários oliveirenses, conseguiu angariar dinheiro e em 1905, com a ajuda do Professor Bento Carqueja, decidiu-se encomendar o material contra incêndio que chegou no dia 24 de junho de 1906. As fardas também já estavam prontas e todos a postos para os primeiros treinos. A primeira bandeira surgiu em 1909 e em 1930 foi inaugurado o 1.º pronto-socorro. O primeiro telefone foi instalado no quartel em 1931 e só em1950 os bombeiros tiveram a primeira ambulância. O 1º quartel dos bombeiros situado na rua dos Bombeiros Voluntários. A 19/09/2011 o ministro da administração interna, Miguel Macedo, inaugurou o novo quartel dos bombeiros de Oliveira de Azeméis, uma obra superior a um milhão de euros que vem reforçar a sua capacidade de intervenção na sociedade. Atualmente, o quartel de bombeiros localiza-se a sul da Avenida D. Maria II.

A Indústria em Oliveira de Azeméis

Um fator que torna Oliveira de Azeméis num município de relevância é o seu tecido empresarial, com projeção nacional e internacional.

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A indústria vidreira teve o seu berço na Fabrica do Covo, na freguesia de S. Roque. O Centro Vidreiro, outrora um império fabril da maior importância é, nos nossos dias, uma unidade em reestruturação, com elevados investimentos produtivos. É a única fábrica de cristalaria do norte do país e a única com uma tradição secular tão enraizada.

Em Oliveira de Azeméis produz-se sobretudo calçado, metalurgia e metalomecânica (com especial destaque para os moldes para a indústria de plástico), plástico (com destaque para os componentes para a indústria automóvel), produtos agroalimentares (com destaque para os lacticínios), vidro, descasque e embalagem de arroz, colchões, confeções, cobres e loiças metálicas.

Em Oliveira de Azeméis, o tecido empresarial conta com um parque hoteleiro devidamente equipado e preferencialmente vocacionado para o turismo de negócios e com bons espaços destinados a seminários, feiras e outros eventos.

Guilherme Monte

Museu centro vidreiro

O Centro Vidreiro do Norte de Portugal nasceu em 1926 no Lugar de Lações, mais precisamente na Rua Francisco Abreu e Silva, e sucedeu a um conjunto

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de outras unidades industriais também elas de grande relevo entre as quais a fábrica do Côvo, a primeira unidade industrial de vidro em Portugal e que em 1484 já existia.

O centro Vidreiro do Norte de Portugal conheceu o seu apogeu no período de 1939 a 1945, devendo isso ao papel neutro que Portugal manteve na segunda guerra mundial. Com o fim desta, o Centro Vidreiro manteve-se ainda durante algumas décadas com grande vigor mas iniciou

depois um caminho descendente que viria a culminar no encerramento das instalações fabris no final do século XX.

Antes porém o vidro deu origem àquela que é, no momento, a força motriz da economia Oliveirense a indústria dos moldes, atividade intimamente ligada ao vidro.

Apesar de o Centro Vidreiro do Norte de Portugal já ter fechado as portas, o vidro continua a ter para os Oliveirenses um significado especial, devido a isso foi lançado um projeto chamado Berço Vidreiro, que atualmente possui um museu, no Parque de La Sallete, onde ainda se cria vidro à moda antiga

Guilherme Bernardes

Gastronomia

A nível gastronómico, são diversas as opiniões que defendem que Oliveira de Azeméis é um município com uma gastronomia pobre.

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Com influência de outras regiões como a da Beira Alta e do Convento de Arouca, podemos afirmar que Oliveira de Azeméis, a nível de gastronomia, tem iguarias originalmente suas. Ao pão de Ul verdadeiro ex- libris oliveirense, junta-se a vitela assada no forno de lenha, o arroz de feijão e rojões, as papas de S. Miguel, bem com os doces, como os caladinhos, as rabanadas ou os famosos de beijinhos de Azeméis.

Ana de Jesus Silva, a senhora que apregoava

«Olha as cavaquinhas, olha os zamacóis,

beijinhos de azeméis…» em todos os jogos

da União Desportiva Oliveirense, faleceu,

aos 84 anos, no Hospital de Oliveira de Azeméis.

Joel Alexandre

Festas, feiras e romarias

Relativamente às festas e romarias, não há uma só freguesia das dezanove que não festeje o

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santo ou santos da sua devoção. São, sobretudo, manifestações da cultura e das crenças ancestrais das populações para celebrar datas importantes, como a das colheitas, ou para agradecer aos santos padroeiros a bênção da realização das suas modestas aspirações.

As festas em honra de Nossa Senhora de La-Salette são as mais populares, realizadas na nossa cidade na primeira semana do mês de Agosto.

Outras festas bonitas são a primeira comunhão e a comunhão solene.

Os ranchos folclóricos fazem parte das tradições culturais.

Em relação às feiras, são várias as que se realizam no nosso concelho e já há alguns anos: em César, mensalmente, no dia 18, reuniam-se no frondoso largo da Gândara, agricultores, vaqueiros e comerciantes, os quais juntavam ao espécie mercantil o convívio; a feira dos 27, em Nogueira do Cravo, teve grande projeção no comércio de gado, em toda a região (esta feira é relembrada todos os meses no dia 27 com a montagem de algumas tendas); de alguns anos para cá, recriou-se o mercado à moda antiga no largo da Câmara Municipal e no Jardim Publico, onde se podem comprar artigos de artesanato, brinquedos feitos de madeira, hortaliças, animais vivos, comer rojões, padas de Ul, regueifas e outras doçarias. Temos ainda todas as quartas e sábados tendas de vários comerciantes montadas no recinto do mercado, junto ao Jardim Público.

Telmo

Biblioteca Municipal de Ferreira de Castro

O nome atribuído a esta Biblioteca Municipal é o justo reconhecimento dos méritos de Ferreira de Castro enquanto escritor universalista que foi, e a

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merecida homenagem e o tributo da Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis à sua notável estatura humana.

Em Dezembro do ano de 2003 a Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis e o Instituto Português do Livro e das Bibliotecas, atual Direção Geral do Livro e das Bibliotecas, estabeleceram um contrato-programa com vista à criação de uma verdadeira biblioteca de leitura pública.

No âmbito deste contrato foram adquiridos novos equipamentos e recursos diversos, bem como uma importante colecção documental devidamente atualizada e em múltiplos suportes.

O Município de Oliveira de Azeméis possui assim uma acolhedora biblioteca, infra-estrutura cultural imprescindível a um desenvolvimento integrado, onde a informação, a cultura, o ensino e o lazer contribuem para a melhoria da qualidade de vida dos munícipes.

A Biblioteca é um espaço de descoberta, pesquisa e divertimento, no qual todas as pessoas são convidadas a entrar e usufruir do seu ambiente acolhedor e tranquilo.

Os leitores podem consultar ou ler livros, ver filmes, ouvir música, trabalhar, pesquisar e até jogar. É possível ainda requisitar os livros e participar nas atividades da Biblioteca. Os livros são identificados com cores e números diferentes, de acordo com o tema.

Diogo

Pavilhão Salvador Machado

O ano de 1983 assinalou o lançamento da primeira pedra e o de 1986 o da sua inauguração. Ao longo dos seus longos anos de existência o pavilhão da União Desportiva Oliveirense foi já palco de competições do calendário

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desportivo internacional e viveu alguns momentos de glória, principalmente do hóquei em patins.

Receberá, neste ano de 2013, o mundial de futsal feminino.

Estádio Carlos Osório

O Estádio Carlos Osório é o recinto desportivo onde a Oliveirense realiza os seus encontros já há 65 anos.

O estádio situa-se entre o centro da cidade de Oliveira de Azeméis e o famoso Parque de Nossa Senhora de La-Salette. Situa-se, ainda, no distrito de Aveiro e tem uma capacidade atual de apenas 1670 lugares sentados. Em tempos, possuiu iluminação artificial para jogos oficiais. O recinto é propriedade exclusiva do clube e honra o nome de Carlos Osório, uma vez que foi essa identidade quem cedeu os terrenos para a construção do mesmo.

Este estádio também ficou bastante conhecido pelas piores razões em 2009 já que as péssimas condições do relvado, resultantes do temporal que se fez abater num inverno rigoroso no norte do país levou ao cancelamento do jogo frente ao FC Porto, a contar para a quarta eliminatória da Taça de Portugal, no mês de Novembro. Também as desastrosas condições de segurança nesse mesmo jogo foram alvo de bastantes críticas.

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