oleiros · alguma vez sair da crise ou efeti- ... “produtos de primeira necessi-dade” na sala...

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Jornal de OLEIROS www.jornaldeoleiros.com · Ano 3, Nº 19, Novembro/Dezembro de 2011 Preço: 0,01€ (inclui IVA) Edição Bimestral INFLUENTE NA REGIÃO DO PINHAL INTERIOR SUL, BEIRA INTERIOR SUL E COVA DA BEIRA Director e Fundador Paulino B. Fernandes LOURANTUNES, Lda Telefone /Fax: 272 682 464 Telemóveis: 966092649 e 964785156 PÁGINA 2 PÁGINA 6 PÁGINA 2 PÁGINA 16 Editorial Paulino B. Fernandes Turismo Sustentável Dr. Fernando Carvalho “De olho na Educação” Dra. Manuela Marques Isabel Domingues - Uma referência PÁGINA 8 Convívio de Professores “ARCO” Associação Recreativa e Cultural de Oleiros - 35º Aniversário - Esta importante Instituição celebrou em 12 de Novembro, 35 anos. Catalizadora da juventude de Oleiros, interveniente em diferentes domínios, do futebol à pesca desportiva, justifica o nosso aplauso. Ao Presidente e Amigo Ramiro Roque enviamos um abraço e votos de sucesso continuado. Jornal de Oleiros O Director e restantes Colaboradores desejam aos nossos Assinantes, Leitores e Amigos um NATAL tranquilo, com expectativas, com união e solidariedade, hoje mais do que nunca necessária. Acreditem, PORTUGAL tem futuro. JORNAL de OLEIROS Oleiros em Movimento Vários acontecimentos marcantes PÁGINAS 3, 4 E 16 Dando expressão ao Clube e afirmando-se dia-a-dia mais eclético, o “ARCOleiros” passou a ter uma equipa de FutSal. É uma boa notícia que comprova a “revolução” positiva que está a ser conduzida pela Direcção do “ARCO”, inegável e que muito saudamos. Recordamos que na 1ª jornada, na deslocação a Alcaria, o “ARCO” venceu por 2-3 criando expectativa para o desenrolar do campeonato agora iniciado. ARCOleiros” também no FutSal

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Jornal deOLEIROSwww.jornaldeoleiros.com · Ano 3, Nº 19, Novembro/Dezembro de 2011 • Preço: 0,01€ (inclui IVA) • Edição Bimestral

InfLuEntE na REgIãO dO PInhaL IntERIOR SuL, BEIRa IntERIOR SuL E COva da BEIRa

Director e FundadorPaulino B. Fernandes

LOURANTUNES, LdaTelefone /Fax: 272 682 464

Telemóveis: 966092649 e 964785156

Página 2

Página 6

Página 2

Página 16

EditorialPaulino B. Fernandes

Turismo SustentávelDr. Fernando Carvalho

“De olho na Educação”Dra. Manuela Marques

Isabel Domingues - Uma referência

Página 8

Convívio de Professores

“ARCO”Associação Recreativa e Cultural de Oleiros

- 35º Aniversário -Esta importante Instituição celebrou em 12 de Novembro, 35 anos.Catalizadora da juventude de Oleiros, interveniente em diferentes domínios, do futebol à pesca desportiva, justifica o nosso aplauso. Ao Presidente e Amigo Ramiro Roque enviamos um abraço e votos de sucesso continuado.

Jornal de Oleiros

O Director e restantes Colaboradores desejam aos nossos Assinantes, Leitores e Amigos um NATAL tranquilo, com expectativas, com união e solidariedade, hoje mais do que nunca necessária.Acreditem, PORTUGAL tem futuro.

JORNAL de OLEIROS

Oleiros em Movimento Vários acontecimentos marcantes

Páginas 3, 4 e 16

Dando expressão ao Clube e afirmando-se dia-a-dia mais eclético, o “ARCOleiros” passou a ter uma equipa de FutSal.É uma boa notícia que comprova a “revolução” positiva que está a ser conduzida pela Direcção do “ARCO”, inegável e que muito saudamos.Recordamos que na 1ª jornada, na deslocação a Alcaria, o “ARCO” venceu por 2-3 criando expectativa para o desenrolar do campeonato agora iniciado.

“ARCOleiros” também no FutSal

2 Jornal de OLeiROs 2011 nOVeMBRO/DeZeMBRO

“País de mão estendida”

Após a apresentação do OE, e a discussão na Assembleia da República, não subsistem dúvi-das da “miséria” que vai invadir o País.

O Governo, foi implacável na discussão e, o que parecia possí-vel – renegociar alguns parâme-tros do acordo com a TROIKA, nomeadamente o alargamento do prazo de aplicação, foi recu-sado e o País empurrado para uma situação que será insusten-tável.

A República instalada no País, não cumpriu as expectativas que criou – defraudou-as mesmo – e os Portugueses não têm motivos para qualquer celebração.

A classe política, com as excep-ções honrosas que sempre exis-tem, tornou-se um “abcesso que deve ser estirpado” – em eleições livres, por isso um VOTO ain-da na Democracia que defen-demos – não no REGIME que lastimamos consequentemente.

Há alternativas.

Os Portugueses um dia terão de decidir e obrigar por REFE-RENDO, a escolha de REGIME em que querem viver.

“ Um Jornal que cumpre o seu ESTATUTO EDITORIAL

Nascemos para defender a re-gião, para divulgar a cultura, para criar condições de mobilização da população para a importância de defender o que nos une.

Temos resistido, mesmo a in-compreensões iniciais, a vaidades que tentaram aproveitar-se sem êxito – nunca o conseguirão – de um ESTATUTO de independên-cia de que nunca abdicaremos, consolidámos aquilo que é um PROJECTO COLECTIVO, agre-gando todos no mesmo esforço. Foi possível juntar tantos Oleiren-ses, sem preocupações políticas, fazendo-os convergir num esforço colectivo em defesa da região.

Todos sabem a quem nos refe-rimos com orgulho acentuado e crescente.

• Um NATAL menos brilhante• Mas não necessáriamente

menos solidário, este um apelo que aqui deixamos a terminar, com os VOTOS de FESTAS FELI-ZES em Família, com os Amigos, em prol da nossa terra.n

Director Email: [email protected]. WEB: www.jornaldeoleiros.com

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na pag 14

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EDITORIALDE “OLHO” NA EDUCAçãO

Manuela Marques

–Cabeleireiro–ManiCure–PediCure––dePilação–unhas de Gel–

Praça da República - Oleiroswww..gloss-cabeleireico.com

Telefone 272 682 50

«Quando questionado sobre se o ensino em Portugal tem profes-sores a mais, o ministro é taxativo: “É preciso dizer isto com clareza: não estamos em época de contratar mais professores do que o estrita-mente necessário. Isto significa que vamos ter uma grande contenção na contratação de professores.”

Numa entrevista centrada sobre os cortes previstos na educação para 2012, e as opções para os al-cançar, são também abordados, entre outros temas, a futura con-tenção na contratação de professo-res, a escolaridade obrigatória até aos 18 anos, as obras de Parque Es-colar, o financiamento e a raciona-lização da rede das instituições do ensino superior…» (fonte http://www.publico.pt/Educação/entre-vista)

Se as duas últimas legislaturas ficaram conhecidas pela persegui-ção que estabeleceram aos docen-tes deste país, esta, sem dúvida, ficará conhecida como a da pou-pança…Poupa aqui, poupa ali, não importa como, quando, onde, só os números interessam. No en-tanto, tanta poupança, e compre-endemos bem, nós cidadãos, os tempos que correm, não vai levar a lado nenhum, muito menos a boas políticas.

Quanto, a situação em que nos encontramos, europeus, me faz pensar no sábio e douto Padre An-tónio vieira e no seu celebérrimo Sermão de Santo António aos Pei-xes, no momento em que no dis-curso refere, falando daqueles que devem dar o exemplo porque têm uma posição que lhes inculca res-ponsabilidades (neste caso falando dos pregadores; embora me pare-ça um símile aplicável a outros ní-veis…): «Vós, …sois o sal da terra: e chama-lhes sal da terra, porque quer que façam na terra o que faz o sal. O efeito do sal é impedir a corrupção; mas quando a terra se vê tão corrupta como está a nossa, havendo tantos nela que têm ofí-cio de sal, qual será, ou qual pode ser a causa desta corrupção? Ou é porque o sal não salga, ou porque a Terra se não deixa salgar.» Pois a mim parece-me que neste nosso mundo, nesta nossa contempora-neidade, o sal não salga e a terra

também não está interessada em deixar-se salgar… Vivemos uma época do – cada um por si e nin-guém pelos outros – e nós educa-dores, sentimos que o sal já não consegue evitar a corrupção, que se alastrou qual doença infeciosa. E essa doença leva-nos a conten-ções de despesa que nos entram nos bolsos a toda a hora: não temos culpa desse vírus que alguém “sol-tou” no mundo, fugido da caixa de Pandora, mas ele devassa-nos com tal sofreguidão que não vemos cura nenhuma para esta maleita.

Como viver, então, nos dias que correm? Como trabalhar com brio, com profissionalismo e ensejo de mudança, quando os nossos traba-lhos, que ainda há pouco se apos-tava certos e seguros, estão agora ameaçados, na iminência de além dos subsídios perdermos também parte do ordenado? …

Os tempos para a educação estão trilhados em caminhos sinuosos, tempestuosos, embora não seja apenas nesta pasta que nos aguar-dam dias menos felizes, mas as novas medidas que o ministro terá de tomar e algumas que manterá com poucas alterações (a avaliação de professores é um exemplo) em nada virão ajudar o sistema.

Penso e atrevo-me a opinar que assim dificilmente conseguiremos alguma vez sair da crise ou efeti-vamente aplicar medidas concre-tas e frutíferas que possam servir de motor ao desenvolvimento eco-nómico, mas também ao desenvol-vimento e formação do cidadão. Cortar em tudo, gastar menos, não pode ser uma única política de

orientação para este país. Como cortar nas despesas de uma esco-la? No material? Os alunos deixa-rão de ter acesso aos considerados “produtos de primeira necessi-dade” na sala de aula? Contratar menos professores, de que forma? Mandar uns quantos embora? Su-ponho que ainda vamos chegar a entrar nas salas de professores e salas de aula das escolas e encon-trar as velhinhas “salamandras” a lenha para nos aquecermos, ten-do de transportar a cavaquinha de casa, apanhada no pinhal (que muitos bem precisam de uma lim-peza e embora se atribuam ren-dimentos sociais e apoios a este e àquele, a verdade é que não se põe ninguém a trabalhar, a produzir, pelo contrário deixa-se “criar bar-riga ao sol” e as matas aí estão ao abandono e mercê dos incêndios) e levar o lanchinho e a marmita como se fazia antigamente. Pro-vavelmente, nem tudo poderá ser mau, quem sabe se no cerne do mais denso pessimismo, nascerá uma semente de esperança. É pre-ciso passar pelo mau, para dar va-lor e saber reconhecer e trabalhar para o bem.

Talvez seja preciso isso mesmo: um regresso ao passado dos nos-sos avós, bisavós e certamente a pobreza, a necessidade conluirão para que mudem as mentalidades e se comece a pensar que afinal o consumismo, o desperdício, a corrupção, a futilidade são males a erradicar da sociedade e, então, talvez o sal volte a cumprir a sua função e todos se deixem “sal-gar”. n

Só Medidas de Poupança…

Foto: Miguel Manso

Jornal de OLeiROs 32011 nOVeMBRO/DeZeMBRO

Alda Barata Salgueiro (Este artigo não segue o novo acordo ortográfico)

O Vilar dos Condes começa a revitalizar-se graças à vontade dos seus moradores e à ajuda da autar-quia que, em conjunto, ergueram um novo alpendre na fonte do Vi-lar Fundeiro.

Há cerca de dois anos alguns dos filhos da terra, que a visitam regularmente, reuniram-se e pen-saram, eles próprios, em reabili-tar o Largo da Fonte. O primeiro passo seria substituir o coberto do lavadouro público por madeira e telha; só que concluíram tratar-se de uma tarefa não propriamente para amadores; resolveram então recorrer ao presidente da junta de freguesia da Madeirã. Depois de esclarecido, este apresentou o projecto à câmara de Oleiros que o aprovou. Finalmente, nos iní-cios de Outubro, o novo coberto ficou pronto, e sinceramente fi-cou muito bem enquadrado e é bonito, mas o mais inesperado e até comovente é ver, ao lado do lavadouro, o jardim da Tia Maria!

Ou seja a Tia Maria tinha ali um espaço onde, durante dezenas de anos fez o seu estendal. Como já ultrapassou os 80 e as forças lhe vão faltando para grandes lava-gens, resolveu colaborar com a iniciativa da reabilitação do lar-go: Reuniu todos os seus vasos no espaço onde estendia a roupa fez um jardim e, para rematar em sin-tonia, restaurou uma velha escada de madeira que habilidosamente

pendurou na parede. Um dos seus familiares, achando graça à inicia-tiva da criativa senhora, gravou numa placa de xisto, que ali fixou: «O jardim da Tia Maria».

Esta notícia não é mais do que um” fait divers”, mas a informa-ção nela contida, é um bom exem-plo de otimismo e de solidarieda-de. Quem passa olha, gosta e acha graça, mas olhar não é a mesma coisa que ver. O Importante é ver

e perceber o sentimento que este-ve subjacente à atitude.

Há muitas aldeias, por esse país fora, a precisarem da Fé destas Tias Marias!

Agradecemos à junta de fre-guesia da Madeirã e à câmara de Oleiros o bom acolhimento que nos tem dedicado e agradecemos também à Tia Maria o seu (e ago-ra também nosso) belo jardim do Largo da Fonte - cartão-de-visita

do Vilar Fundeiro. Para que o Largo da Fonte fique

perfeito será preciso o presidente da Junta, o senhor Isidro Farinha, reunir-se com os donos dos mu-ros circundantes à fonte, que se encontram totalmente desfeitos, e encontrar um consenso no senti-do de os refazer, pois, se não for ainda no atual mandato, estou em crer que nunca virão a ser recons-truídos, e seria uma pena. n

a fonte do vilar fundeirotem um novo telheiro e um jardim

Portugueses, residentes no mundo, particularmente na Europa, desejam conhecer industriais portugueses, produtores que desejem expandir os seus negócios aproveitando sinergias de

portugueses instalados no mundo.

. Diga-nos o que fabrica e o que pretende exportar;

. Descreva capacidades prévias iniciais;

. Garantimos a privacidade da informação;

Escreva-nos para: [email protected]

EXPORTAR É UMA EXIGÊNCIA

Celebrando o Ano Internacional das Florestas, a Associação Trilhos do Estreito associou-se a esta efe-méride tendo levado a efeito no pretérito dia 26 de Novembro o seu 12.º Passeio Turístico de Todo o Terreno “Trilho do Estreito”. Com um apontamento especial nesta

edição, o qual pretendeu apelar à valorização da floresta, palco deste já mítico evento, houve lugar para o concurso de fotografia “Foto Sín-tese” onde em jeito de síntese da jornada, cada participante pode re-gistar fotograficamente a paisagem florestal percorrida durante o Pas-

seio. A participação neste concurso foi facultativa, pelo que os adeptos do TT interessados em concorrer apenas tiveram de munir-se pre-viamente da sua máquina fotográ-fica. As melhores fotografias serão premiadas. Mais informações em www.trilhosdoestreito.pt n

XII Passeio turístico de tt “trilho do Estreito”

- um enorme sucesso - Aproveitando a celebração do Dia das Bruxas, coincidindo este ano com um dos dias da V Mos-tra do Medronho e da Castanha, teve lugar em Oleiros, na noite de 31 de Outubro, no recinto fechado onde decorreu a Mos-tra de Produtos Locais, a Noite Medronha.

A iniciativa só foi possível graças ao empenho do Bar Ca-lado e do Amigo Pedro, o qual também estava representado na Mostra com a divulgação, entre outros, do Caipironho.

A ideia passou pela recriação de uma tradição com origem Celta, segundo a qual uma bru-xa serve uma bebida alcoólica elaborada essencialmente com aguardente de medronho quei-mada e açúcar, denominando-se “Queimada do Outro Mun-do”.

Segundo a tradição, existe um esconjuro para pronunciar aquando da sua elaboração e reza

a história que protege contra feiti-ços e mantém afastados de quem bebe os espíritos e demais seres do mal. n

noite Medronha em Oleiros

A equipa de Pequenos Grandes Nadadores das Piscinas Municipais de Oleiros destacou-se no Campeonato de Natação do Pinhal Interior Sul com 3 medalhas de Bronze, 1 medalha de Prata e 1 medalha de Ouro.

Parabéns à equipa dos Pequenos Grandes Na-dadores (José Pedro Graça, Ricardo Mateus, Ale-xandra Mateus e Maria Regina).

atletas Oleirenses destacados no Campeonato de natação

do Pinhal Interior Sul

4 Jornal de OLeiROs 2011 nOVeMBRO/DeZeMBRO

Sítio das PlantasComercialização de Plantas, Lda.

Dispomos de serviço de Restaurante e Residencial Pôr do Sol 2com Salas para todos os tipos de eventos (incluindo casamentos e batizados)

Sítio dos Poços, EN n.º 366, Azambuja, 2050-145 Aveiras de Cima

Venda

ao Público

e Revenda

A peça de teatro produzida pela equipa da Biblioteca Municipal de Oleiros (BMO) “Sementes Mágicas: o Medronho e a Castanha” acaba de se lançar numa tournée por algumas Bi-bliotecas do Distrito de Castelo Bran-co. Após uma actuação em Penama-cor, no passado dia 8 de Novembro, a equipa da BMO prepara-se agora para levar a peça ao palco da Biblio-teca Municipal de Vila de Rei, no pró-ximo dia 7 de Dezembro. Recorde-se que esta peça resulta de um trabalho de equipa que começa assim a sua digressão além fronteiras. Com este acontecimento, solidifica-se a coope-ração existente entre as várias Biblio-tecas Municipais da região.

Esta iniciativa revelou-se um su-cesso e contou com o apoio de todos os elementos que fazem parte desta

infra-estrutura municipal, revelan-do um trabalho de grupo cuidado aproveitando o talento colectivo que se verifica. O argumento desta peça é uma adaptação da autoria de Tel-

ma Veríssimo, estando a cenografia a cargo de Sónia Castanheira, o figu-rino da autoria de Helena Lopes e a representação da responsabilidade de Ana Luzia Martins. n

A Biblioteca Municipal de Oleiros leva a efeito nos próximos meses a sua iniciativa Hora do Conto com as histórias “Os Ovos Misteriosos (dia 23 de Novembro) e “O país da Música” (dia 7 de Dezembro).

Esta é uma iniciativa que se destina aos alunos do Ensino Pré-Esco-lar do Concelho. n

A Junta de Freguesia de Olei-ros está a promover o I Concurso de Montras da Vila de Oleiros, o qual decorrerá de 24 de Dezem-bro a 1 de Janeiro e é destinado ao comércio local. n

Medronho e Castanha em tournée - Cooperação

entre Bibliotecas do distrito

Mega-aula de hidroginástica

Vai ter lugar no dia 15 de De-zembro, nas Piscinas Municipais de Oleiros, uma Mega-aula de Hi-

droginástica gratuita, destinada a toda a população que queira ex-perimentar esta modalidade.n

hora do Conto na Biblioteca Municipal

I Concurso de Montras da vila de Oleiros

(e Concurso de Árvores de natal)

Mariano Rajoy cumpre velho so-nho

Não por mérito próprio, Ma-riano Rajoy várias vezes tentou e nunca conseguiu ser Presidente do Governo em Espanha. A crise euro-peia, ajudo-o a cumprir este velho sonho, uma crise que obriga a mu-danças para dar alguma satisfação aos povos - que acreditam e devem acreditar – que estas mudanças po-dem ser favoráveis.

Rajoy teve sempre a pesar sobre si a figura de José Maria Aznar, tal como Zapatero teve Filipe Gonza-lez e, ambos, nunca conseguiram libertar-se destas figuras tutelares, um pouco como em Portugal com os casos de Mário Soares ou Fran-cisco Sá Carneiro.

Mas, enfim, resta a esperança, num momento de grande turbu-lência e expectativa. Conseguirão a Espanha e a Itália com o peso de serem a 3ª e 4ª economias da Euro-pa evitar o fim da União Europeia e do Euro?

É o que veremos em breve.

Nesta “batalha” em que Portu-gal e Grécia já nada contam e os caminhos que estão a seguir pre-nunciam um “desastre imenso”, ficamos com a esperança (temos de ter…) que algum novo líder apare-ça com a capacidade de decisão e ideias que levem Merkel e Sarko-

zy a mudar de rumo, tardiamente, mas ainda a tempo.

Voltando a Espanha, vemos um PSOE varrido para percentagens inusitadas, sacrificando Rubalca-ba numa derrota que Zapatero não desejou sofrer, saindo antes do de-saire anunciado. n

“Cambio” em Espanha

Jornal de OLeiROs 52011 nOVeMBRO/DeZeMBRO

Agência de OleirosPraça do Município, 30

Telefone 272680000 - Fax 272680007

Contabilidade . salários . irs/irC . Pocalrua Cabo da devesa, 6160-412 oleiros

email: [email protected] • Telefone 272 682 795

RURALIDADES

Inês Martins

Engenheira Agrónoma

A 11 de Dezembro assinala-se o Dia Internacional das Montanhas, instituído em 2002, pela Organiza-ção das Nações Unidas, com o ob-jectivo de consciencializar a opinião pública para a importância da sua preservação. O Geopark Naturtejo, um projecto intermunicipal que engloba seis concelhos, assinalou esta efeméride pela primeira vez, no ano passado, em Oleiros.

Mas como se definem as mon-tanhas? Estas representam os ecossistemas terrestres mais ricos do planeta, com grande biodiver-sidade de fauna e flora e com pai-sagens sublimes. Por este e outros motivos, desempenham uma im-portante função na vida de todos nós. Refira-se, a título de exemplo, que as montanhas e terras altas co-

brem 25% da superfície terrestre e que armazenam um elemento vi-tal: a água doce.

A estas zonas correspondem po-pulações com um modo de vida assente na chamada cultura de mon-tanha, a qual se enquadra normal-mente em áreas com muito verde, ar puro e um clima típico. Esta en-volvente associa-se a bonitas pai-sagens, algum romantismo e mui-to desporto de natureza, atributos muito importantes para os adeptos do turismo de montanha, muito em voga hoje em dia. Este tipo de turismo pratica-se tendo em vista o bem-estar, a simples observação de paisagens ou prática de modali-dades desportivas como o alpinis-mo, a escalada, a caminhada ou o esqui.

Apesar de serem regiões tão ape-tecíveis turisticamente, estas são classificadas como zonas desfavo-recidas às quais de associam fenó-menos de despovoamento e de-sertificação. Diversificar as fontes de rendimento destas populações é um imperativo para garantir a sobrevivência e a recuperação das áreas montanhosas.

Por norma, estas são zonas ide-ais para pastagens (onde o mo-saico agro-silvo-pastoril deve ser uma opção estratégica), ao mesmo tempo que oferecem produtos di-ferenciados de elevada qualidade que se traduzem numa mais-valia para os territórios.

Sabendo que a montanha se defi-ne como a “evasão da rotina”, esta poderá representar um importan-

te vector de atracção de turistas oriundos dos grandes centros ur-banos, os quais procuram este tipo de destinos para alguns dias de descanso e lazer. Desta forma rea-

bilitam-se os territórios, ao mesmo tempo que se garante a sua huma-nização e animação por períodos mais alargados de tempo. n

Cultura de Montanha

6 Jornal de OLeiROs 2011 nOVeMBRO/DeZeMBRO

O FAROL

António Graça

Nota: O presente texto não segue as regras do novo acordo ortográfico

Não tem auto-estradas sem porta-gens, não tem saúde grátis, não tem educação grátis, etc., etc.

Nos anos que se seguiram ao 25 de Abril, foi incutido no pensamento dos portugueses que só tinham direi-tos, liberdades e garantias, quanto a deveres… nada!

Assim, tiveram o direito de entre-gar o país aos interesses dos partidos, que tiveram a liberdade de eleger, e de lhes confiar o futuro da nação, sem terem, contudo, a garantia de se-rem bem governados.

Após a entrada na União Europeia, e a partir dos governos de Cavaco Sil-va (inclusive), começaram a pensar, como, aliás lhes foi transmitido, que passariam a ter o mesmo nível de vida dos restantes povos da Comu-nidade, tal ilusão foi sendo aumenta-da através da política do betão; mais auto-estradas, IC’s, centros culturais, estádios de futebol, etc.., obras que os portugueses, na sua boa fé, acredi-taram que os igualariam ao nível de vida dos restantes europeus.

Mais recentemente, começaram a construir-se auto-estradas e outras vias nas quais não circulam veícu-los, ou circulam tão poucos que não justificam os elevados investimentos feitos, aeroportos onde não aterram aviões, estádios de futebol sem utili-zação.

Durante o último governo, só a loucura ou os interesses pessoais de alguns dos seus membros, permite explicar a obstinação demonstrada em construir várias linhas de TGV, um novo aeroporto, mais auto-estra-das e na multiplicação das tristemen-te célebres PPP( Parcerias Público-Privadas).

O facto é que, desde Abril de 74 e com particular relevo, nos últimos seis anos, o orçamento do Estado tem sido sempre deficitário, ou seja, os eleitos para governar andam há dé-cadas a acumular dívidas para o país, agindo como governantes de um país produtor de petróleo. O acumular, por si só, não seria trágico, trágica é a dimensão a que se chegou.

Esta falsa prosperidade, teria de ter um final desagradável, porque, quer queiram ou não, nada do que se consome ou utiliza é gratuito, tudo tem um preço a ser pago, mais cedo ou mais tarde.

Esse final parece ter chegado e, obviamente, obriga a um esforço monumental para tentar equilibrar as contas do país.

Nesse sentido, e, para que o país possa honrar os seus compromissos internos e externos, são necessárias medidas estruturais, por vezes du-ras, mas, medidas que contribuam efectivamente para tirar o país da

espiral negativa para a qual foi em-purrado

O actual governo, que não é, cla-ramente, responsável pela situação-caótica que herdou, anunciou um conjunto de medidas a executar no Orçamento de 2012, medidas essas que, em nosso entender, pecam pela falta de um plano de desenvolvi-mento da economia, ainda que limi-tado pelas condições impostas pelo programa de assistência financeira assinado com a “troika”.

A austeridade e os cortes, só por si, não resolvem quase nada, antes po-dem vir a agravar a situação.

Uma das alavancas para o cresci-mento da economia, seria o aumento das exportações e a internacionaliza-ção das empresas portuguesas.

Pretendendo traçar uma estraté-gia para o estafado tema da interna-cionalização das empresas nacionais, o governo nomeou uma comissão de seis sábios, entre os quais se conta-vam os ministros das finanças e da economia.

Os sábios reuniram-se e, o mais que conseguiram produzir foi um re-latório, no qual descreveram o bom ambiente das reuniões e os almoços que tiveram, ao que parece de boa qualidade. Quanto à estratégia…NADA? Consta que não consegui-ram chegar a um consenso sobre o

assunto. É triste. Mas, este episódio é apenas mais uma prova de que o Estado não deve meter-se onde não é chamado e de que os sábios não sabem dar respostas às questões do dia-a-dia.

De facto, quem exporta e quem deve projectar as estratégias de in-ternacionalização são as empresas. Portanto, as estratégias empresariais deverão ser definidas por pessoas li-gadas às empresas, nomeadamente às PME. O Estado deverá funcionar apenas como facilitador dessas es-tratégias.

Para onde vai o nosso dinheiro?Veio recentemente a público a

questão das subvenções vitalícias dos políticos, que custam actual-mente aos portugueses cerca de 8 milhões de euros/ano.

Questão sem dúvida polémica, agravada pelos sacrifícios enormes que estão a ser impostos aos portu-gueses.

Os valores em causa são, no actual contexto do país, escandalosamente elevados, e injustificáveis, se aten-dermos a que uma boa parte dos beneficiários, que abrangem todos os partidos representados na AR( excepto o BE), aufere outros rendi-mentos elevadíssimos por cargos que ocupam em empresas privadas, a maior parte delas com ligações

aos cargos que desempenharam em funções governamentais. Parece que o actual governo, apesar de todas as dificuldades que já se apregoam, quer pôr fim à acumulação destes rendimentos. Aguardemos.

Outra questão polémica é a dos subsídios de alojamento. Levantada questão, o ministro Miguel Mace-do afirmou que renunciaria a esse subsídio, mas que o mesmo é um direito que lhe assiste. Mas, já dizia Cícero:”Nem tudo o que é lícito é honesto”.

Pergunto ao Senhor Ministro: E os subsídios de férias e de Natal? Não são direitos que assistem aos traba-lhadores?

Haja decência.Estas situações mostram que a

“sociedade civil”, como paternal-mente lhe chamam os políticos, tem de ter uma capacidade de in-tervenção e fiscalização para além dos actos eleitorais. Seria do maior interesse, e deixamos aqui o desafio, a constituição de um Movimento de Defesa dos Contribuintes, estrutu-ra completamente apartidária, cuja missão será, em termos genéricos, alertar publicamente os cidadãos para os actos que possam vir a lesar as suas expectativas enquanto contri-buintes

Até breve n

Quem não tem dinheiro

Nos últimos artigos publicados neste jornal tem sido abordado o tema do Turismo, na sua vertente “sustentável”, cujo conceito será pertinente desenvolver para melhor compreensão e enquadramento.

Assim, fazendo uma breve pers-pectiva histórica, é possível identi-ficar a seguinte evolução, nomeada-mente na segunda metade do século passado:

- A primeira fase coincidiu com a crise económica da década de se-tenta, que colocou o Ocidente mais desenvolvido perante a realidade da escassez dos recursos, das desigual-dades sociais, dos desequilíbrios ter-ritoriais na distribuição da riqueza e do perigo da dependência externa.

Podemos identificar, como refe-rência histórica, a realização da pri-meira Cimeira da Terra, no âmbito da ONU, em Estocolmo/1972.

- No início da década de oitenta, a ONU retomou o debate sobre o tema. Nesse sentido, a primeira-ministra da Noruega, Harlem Brun-dtland foi mandatada para chefiar a Comissão Mundial sobre o Meio

Ambiente e Desenvolvimento, que elaborou um documento chamado “Nosso Futuro Comum”, também conhecido como “Relatório Brun-dtland” e publicado em 1987.

Este trabalho define, sucintamen-te, o desenvolvimento sustentável como “o desenvolvimento que sa-tisfaz as necessidades actuais, sem comprometer a capacidade das ge-rações futuras de suprir as suas pró-prias necessidades”.

- Na década de noventa, com base nas mesmas preocupações, surge, pela primeira vez, o conceito de “Tu-rismo Sustentável” na declaração emanada pela “Conferência do Rio – Agenda XXI”, realizada pela ONU em 1992 no Rio de Janeiro. O mesmo conceito viria a ser adoptado pela União Europeia, através das políti-cas de integração do ambiente nos sectores chave da economia, decor-rentes do 5º Programa de Ambiente “Em Direcção a um Desenvolvimen-to Sustentável”.

Estas fases são facilmente identi-ficadas nos países mais desenvol-vidos do Ocidente, nomeadamente na Europa do Norte e Central. Nos países europeus do Sul, caracteriza-dos por uma evolução económica e social mais lenta e procurados por um tipo de turismo de massas (“Sol e Praia”), o conceito de “sustentá-vel” só começa a ganhar alguma evi-dência nos últimos anos, após vários

erros cometidos nos locais de acolhi-mento (excesso de oferta e descarac-terização dos destinos), começando a afirmar-se destinos alternativos, com uma oferta diferenciada.

Com efeito, só durante a última década começaram a surgir no nos-so país estratégias regionais planea-das em que o turismo “sustentável” assume um papel importante na óptica do desenvolvimento local. Trata-se de uma actividade que faz uso de recursos locais, pouco apro-veitados e com fracas potencialida-des económicas, possibilitando uma exploração mais eficiente desses re-cursos. O seu efeito multiplicador na economia promove a dinamização e modernização de outros sectores produtivos, tem reflexos na cultura, na gastronomia e no artesanato, e proporciona as condições necessá-rias à criação de infra-estruturas e equipamentos.

Através desta breve perspectiva histórica é possível concluir que se trata de uma tendência consistente, já consolidada em países mais de-senvolvidos e com bons exemplos em alguns locais do nosso país.

Turismo Sustentável e o Concelho

Tal como na generalidade das regiões do interior do nosso país, é urgente inverter a tendência que se

tem vindo a verificar nas últimas dé-cadas, relativamente ao decréscimo da população residente, com todas as consequências advenientes. E, no actual contexto económico, o turismo sustentável pode representar uma excelente oportunidade para o conce-lho de Oleiros. Trata-se de uma região com potencial considerável, que não sofreu os excessos do “crescimento” e manteve a grande maioria das suas características genuínas.

Contudo, como tem sido referido, esta vertente do turismo está corre-lacionada com diversas actividades locais, a montante e a jusante, inter-dependentes entre si, que são im-prescindíveis no processo.

O sector primário da economia, que inclui actividades produtivas como a agricultura, a pecuária e a pesca, é determinante para que se possa falar em sustentabilidade. Terá, por isso, que se organizar no sentido de dar resposta às necessi-dades de consumo locais. De facto, neste modelo sustentável, não pa-rece razoável “importar” o que é possível produzir no concelho, dis-pondo-se das condições necessárias para esse efeito.

Aliás, “produzir local e consumir lo-cal” é um dos princípios da sustenta-bilidade, defendido por todas as or-ganizações que se preocupam com o tema. Para além das vantagens eco-lógicas e económicas óbvias, é a úni-

ca forma de garantir a genuinidade dos produtos gastronómicos que dão hoje notoriedade ao concelho. E a genuinidade, em termos turísticos, é um factor crítico de sucesso!

É verdade que isso implica uma organização diferente da explora-ção agrícola, nomeadamente porque há aspectos fiscais e de segurança alimentar a ter conta. São, contudo, ultrapassáveis e economicamente viáveis, desde que garantam a quali-dade necessária e a quantidade que o mercado é capaz de absorver. A ho-telaria, a restauração, o comércio, as instituições de saúde, assistenciais e os estabelecimentos de ensino repre-sentam já uma procura relevante.

A recente realização da “Mostra de Produtos Locais”, incluída na 5ª Mostra do Medronho e da Castanha promovida pela Câmara Municipal, comprova a existência de uma estra-tégia de desenvolvimento integrado do concelho. Os produtos apresenta-dos, de excelente qualidade, genuí-nos e inovadores, justificam a aposta e comprovam que é possível seguir por esse caminho.

São, contudo, ainda insuficientes para que Oleiros se possa afirmar como destino turístico sustentável. Mas representam já uma boa amos-tra, são um incentivo e um convite aos empreendedores (que sempre surgem nas épocas de crise como a que vivemos...). n

turismo Sustentável – evolução do conceito

Fernando Carvalho

Jornal de OLeiROs 72011 nOVeMBRO/DeZeMBRO

Serafim Marques Economista

CRÓNICAS DE LISBOA

A democracia é uma doutrina política, por oposição a outras, assente numa forma de governa-ção em que os “gestores da coisa pública” são mandatados pelos cidadãos eleitores, gozando da soberania democrática. Se para muitos cidadãos a sua intervenção demovrática cinge-se às eleições, muitos outros e não só os políticos e governantes, vão expressando opiniões que, assentes no valor da pluralidade, podem ser muito di-vergentes. Contudo, se todos po-dem opinar sobre a vida pública, no exercício do direito à diferença, nem todos terão o saber e o talento para o fazer, para não dizer “terem moral”. No exercício da democracia todos são iguais? Pura utopia, por-que no estado actual de desenvolvi-mento da humanidade tal igualdade não existe. Muitas são as diferenças e se assim é, as opiniões serão sem-pre o reflexo do desenvolvimento intelectual e cívico de cada um, para alem dos seus interesses partidários, corporativos ou classistas de quem as emite.

Em período de crise como aque-la que vivemos e que ainda se agravará mais com as medidas de austeridade para 2012, adquire es-pecial importância a informação e o esclarecimento à população,

quer da situação (herdada do pas-sado e com reflexos no presente e no futuro) e também das medidas escolhidas para combater a crise. Se assim não for, os portugueses sentem que os sacrifícios exigidos são uma “vingança” deste governo e que, afinal, são piores do que o governo anterior. Ironia do nosso destino.

Infelizmente e como é próprio das democracias, logo surgem os “fa-zedores de opinião” que em vez de esclarecerem e unirem os portugue-ses em torno dos sacrifícios que nos libertem, no futuro, destas crises es-truturais, acabam por nos dividir com as suas opiniões que embora sejam fruto da sua liberdade de opinião, são, muitas delas, envenenadoras e agitadoras. Face às duras medidas de austeridade anunciadas pelo Governo, de todos os quadrantes surgiram agitadores, muitos deles com enormes responsabilidades passadas ou actuais, pelos cargos que desempenham ou exerceram.Temos assistido, assim, a uma catadupa de críticas, incluindo também o incitamento a acções de contestação e protesto. Se nos surpreendem as opiniões públicas divergentes vindas de figuras da área dos partidos do governo, já aquelas vindas de responsáveis do

PS deveriam encher de vergonha os seus autores, porque esquecem-se que este partido tem muita respon-sabilidade pelo estado a que o nosso país chegou e que exigiu deste gover-no que tomasse estas medidas tão impopulares e que , garantidamente, não o fez por vingança. Falam para contentar os seus militantes, sen-do nesse aspecto pouco diferentes dos partidos mais à esquerda (PCP e BE) e agora ainda mais depois da “ajuda” dada pelo senhor Pre-sidente da República, por este ter criticado, pública e inoportuna-mente, uma das medidas do Go-verno, enfraquecendo-o e acaban-do por “dar razão” a estes e aos outros agitadores.

Dos sindicatos e centrais sindi-cais, não seria de esperar outras atitudes, porque estas instituições precisam deste tipo de acções, para se manterem vivas, mesmo que es-sas reivindicações não sejam opor-tunas e muito menos as greves que se anunciam. Afinal, se o país está mal, as greves ainda agravarão mais a nossa economia, como são os tris-tes exemplos e imagens que nos têm chegado da Grécia.

Se os responsáveis da Igreja ca-tólica têm sido prudentes nas críti-cas, mas sem esquecer as chamadas de atenção para as consequências

nos mais desprotegidos, já o Bispo das Forças Armadas D. Januário Torgal Ferreira tem assumido, em público (e em pleno altar no dia do exército, por exemplo) e através da imprensa, afirmações e atitudes de apelo e quase incitamento à agi-tação social. Ficou-lhe muito mal a linguagem utilizada (por exemplo “terrorismo político”)!

Contudo, a mais radical crítica e atitude partiu dum “capitão de Abril (Vasco Lourenço) que não se coi-biu de usar termos (por exemplo chamar “bando de mentirosos” aos governantes democraticamente elei-tos) e dizer que o país está a viver um “PREC de direita” (lembrando-se, tal-vez do PREC de 1975, de má memória para os portugueses!) e incitar à de-sobediência das forças armadas (“se as manifestações de protesto forem reprimidas, os militares devem pôr-se ao lado das populações” – disse). É (muito) preocupante quem ainda pense assim, decorridos estes anos todos desde o 25 de Abril!

Que responsabilidades têm to-dos estes (tipos de) agitadores, muitos deles que tiveram o poder para evitar que o nosso país te-nha chegado a este estado e nada fizeram? Contudo, a “autorida-de” das suas palavras (não diria moral), veiculadas pelos canais

de comunicação de grande audi-ência, exerce uma forte influên-cia no povo que ouve e lê essas críticas e opiniões divergentes e, porque é menos entendido nestas questões de défice, dívida, endivi-damento, etc., fica confuso e revol-tado. Ande-se pela rua e oiça-se o “zé povinho”, aquele que de tudo sabe e de tudo gosta de opinar, em vez de fazer um esforço para aprender. É, por isso, facilmente influenciável por tudo que vai ou-vindo ou lendo, muitas vezes de forma avulsa e, sem a preparação necessária para entender a gestão pública, sente-se desconfortável com os políticos, mesmo com aqueles que elegeu.

Os verdadeiros homens (sejam po-líticos, sindicalistas, etc) distinguem-se pela grandeza das acções que pra-ticam, mas também pelas palavras que proferem e a sua oportunidade. Sem a coragem para resolver os pro-blemas dos país, com medidas que, infelizmente , são muito duras, mas sem alternativas, o nosso futuro con-tinuará adiado e ameaçado, mas só unidos, num grande consenso nacio-nal que o País necessita neste perío-do da nossa história, nós portugue-ses, venceremos os enormes desafios que temos pela frente. Que cada um cumpra a sua missão! n

Os agitadores

Nas próximas semanas muito vamos ouvir sobre o Orçamento de Estado (OE) para 2012. O OE consiste na alocação das receitas do Estado às várias despesas/in-vestimentos, como por exemplo educação (custo de operação das escolas e universidades, salários de professores, etc.), saúde (despesas dos hospitais e centros de saúde, salários de médicos e enfermeiros, etc.) ou segurança (custos com es-quadras, salários de polícias, etc.).

A desagregação do OE pelas diferentes rúbricas é similar, em termos conceptuais, ao que faze-mos nas nossas casas. Quer seja conscientemente ou não, todos nós temos que alocar as nossas receitas (tipicamente o nosso salário) aos custos que suportamos: a escola das crianças, a renda da casa, des-pesas com alimentação, transporte e outras despesas.

Entre outros aspectos, na discus-são do OE importa principalmente perceber a dimensão das receitas e dos custos e investimentos em que o Estado incorrerá.

É fundamental avaliar correcta-mente os efeitos das alterações pro-postas no OE. A título de exemplo, o eventual aumento do IVA para a restauração deve ter em atenção que, se por um lado a taxa de IVA aumenta, por outro lado o núme-ro de restaurantes e de refeições a poderá diminuir significativamen-te, resultando em ultima análise numa possível perda efectiva de receitas com o IVA.

No final, tal como em nossa casa, é necessário equilibrar os custos in-corridos com as receitas do Estado. Assim como em nossa casa, existe sempre a hipótese de recorrer ao cartão de crédito. Infelizmente as condições que os financiadores do

Estado requerem hoje em dia são muito penalizadoras, uma vez que existe a percepção que o Estado apresenta progressivamente mais risco.

O OE deve ser entendido como um instrumento de importância vital, pois dele dependerá, entre outros aspectos, o rendimento disponível das famílias, os im-postos que teremos que pagar, a evolução da taxa de desemprego e os incentivos para investir em Portugal.

Há quem defenda que o melhor ministro das finanças, o responsá-vel último pelo OE, independente-mente de qual seja a cor do gover-no, deveria ser uma mãe de família portuguesa, dada a sua enorme experiencia, sobretudo nos últimos anos, de fazer maravilhas com os escassos rendimentos de que dis-põe. Fica a ideia / sugestão. n

Henrique Martins Lemos

" Orçamento de estado para 2012 "

AUSTERIDADE! Qual o sig-nificado desta palavra que de um momento para o outro en-trou sem avisar no vocabulário dos portugueses?

Trata-se de um substantivo do género feminino que significa severidade, dureza e penitência. Tudo palavras pouco simpáti-cas com as quais os portugueses terão que lidar nos próximos tempos.

A situação do país é grave? Muitíssimo grave. São necessá-rias medidas rigorosas, duras e impopulares para tentar dar a volta à crise e fazer a economia voltar a crescer.

Porém, o que realmente in-teressa e que os portugueses legitimamente questionam é se

serão estas as medidas que vão resolver a crise.

O Estado é demasiado gor-do. Existe um sem número de empresas do Estado, empresas municipais e gestores públicos a gastarem balúrdios. Assim, as medidas a tomar terão que passar por fundir organismos e reduzir ordenados chorudos.

Os sacrifícios tem que ser re-partidos por todos os cidadãos, vivemos todos no mesmo país e passamos todos pela mesma crise.

Temos que acreditar que os Romanos não tinham razão quando diziam que “lá para os lados da Ibéria há um povo que não se governa nem se dei-xa governar”. n

apontamentos

Miguel Marques

8 Jornal de OLeiROs 2011 nOVeMBRO/DeZeMBRO

A Mostra de Produtos Locais que decorreu em Oleiros, de 29 de Outubro a 1 de Novembro revelou uma vez mais os produtos do con-celho, de onde se destaca o genuí-no artesanato local, tudo “made in Oleiros”.

À entrada da tenda, para além do Cantinho dos Petiscos, com ge-nuínas iguarias de Oleiros, onde não faltaram as castanhas assadas; a Associação Recreativa e Cultural de Vale do Souto (ARCVASO) exi-bia um alambique a destilar aguar-dente de medronho ao vivo, numa iniciativa bastante pedagógica que fez as delícias de quem visitou esta V Mostra do Medronho e da Cas-tanha.

No interior da tenda, os expo-sitores exibiam alguns produtos locais como os GeoDoces comer-cializados pela Padeirinha do Pi-nhal, licores, geleias; o Caipironho do Bar Calado; peças em linho das Tecedeirinhas do Orvalho e de Carminda Alves; artesanato em madeira do Ti Mário Antunes; cerâmica e pintura decorativa de Rosa Afonso; os “tropeços” (ban-cos de cortiça típicos produzidos por João Mendes da Gaspalha; casas em xisto de Isidro Farinha; rodilhas feitas por Maria Neves; castanheiros, medronheiros e ou-tras plantas da Planta Verde; lico-res da Comissão de Melhoramen-tos da Gaspalha; peças fiadas em lã de ovelha de Lynn Halstead da freguesia da Madeirã, aguardente de medronho da Silvapa; a afama-da Broa da Isna e outros produtos como castanhas, bolos fintos, mel, pãezinhos caseiros, todos promo-vidos pela Associação Isna Sport

Clube Alvélos.Na ocasião, para além da re-

presentação da Associação de Produtores de Alvélos e Moradal, também o Rali Rota do Medronho, organizado pela Escuderia de Cas-telo Branco, teve honras de desta-que com a promoção da sua próxi-ma edição, agendada para os dias 10 e 11 de Março de 2012.

Durante aqueles dias, a anima-ção foi uma aposta e este ano es-teve a cargo de Tiago Silva, Abí-

lio Alves, Sociedade Filarmónica Oleirense, Amigos da Concertina e Rancho Folclórico e Etnográfico de Oleiros.

Para além do envolvimento do comércio local nesta iniciativa, ou-tra nota positiva será o surgimento de novos produtos locais, os quais, ano após ano, começam a “dar fru-tos” e a demonstrar que em Olei-ros se produz com qualidade e ino-vação - acrescentando nós, Oleiros tem futuro. n

Oleiros revela os seus estupendos produtos locais

O Padre Manuel Antunes, je-suíta e ilustre pedagogo, foi on-tem homenageado em Lisboa, na Casa da Comarca da Sertã (CCS). O jantar de homenagem contou com a presença de diversos ami-gos, antigos alunos e admirado-res do Padre Manuel Antunes e da sua obra, entre sócios da CCS e família, sendo o Município da Sertã representado pela Vereado-ra Claudia André.Na ocasião foi apresentada a “Obra Completa do Padre Manuel Antunes”, edi-tada em 14 volumes pela Funda-ção Calouste Gulbenkian, cuja coordenação geral esteve a cargo do Doutor José Eduardo Franco, Presidente da Direcção do Insti-tuto Europeu de Ciências da Cul-tura Padre Manuel Antunes.Usa-ram da palavra o Prof. Doutor Marcelo Rebelo de Sousa, o Prof. Doutor Manuel José do Carmo Ferreira (Presidente da Sociedade Científica da Universidade Cató-lica Portuguesa), o Prof. Doutor Raul Miguel Rosado Fernandes e o Padre António Vaz Pinto, Di-

rector da revista Brotéria.A ini-ciativa foi abrilhantada pela par-ticipação da banda de música de investigação “Ai Deus e u é”, do CLEPUL - Centro de Literaturas e Culturas Lusófonas e Europeias da Faculdade de Letras da Uni-versidade de Lisboa, composta por Florentino Franco na guitar-ra, Luiz Eduardo Oliveira na gui-tarra e voz, Ana Catarina Rocha na voz e melódica, Marta Mare-cos Duarte no adufe, sintetizador e voz, com participação especial de Susana Alves, na voz.Doutor Honoris Causa pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde leccionou, o Padre Manuel Antunes nasceu na Sertã a 3 de Novembro de 1918 e fale-ceu a 18 de Janeiro de 1985, em Lisboa. No 20° aniversário da sua morte realizou-se um Congres-so Internacional subordinado ao tema Padre Manuel Antunes: Interfaces da Cultura Portuguesa e Europeia, tendo a Casa da Co-marca da Sertã participado acti-vamente na sua organização. n

“homenagem ao Padre Manuel

antunes”

A Presidente da Câmara Muni-cipal de Vila de Rei, Irene Barata, procedeu, no dia 8 de Novembro, à entrega das chaves às novas cinco famílias, que irão habitar nos 36 fo-gos a custos controlados.

No decorrer da cerimónia, reali-zada no edifício dos Paços do Con-celho, Irene Barata referiu que “a Autarquia de Vila de Rei continua com o seu objectivo de proporcio-nar aos seus Munícipes as melhores condições de habitabilidade. Desta forma, ao conseguirmos dar aloja-mento a custos controlados aos Vi-larregenses e aos que trabalham no nosso Concelho, esperamos ainda combater o despovoamento do In-terior.”

Os 36 fogos a Custos Controlados vêm oferecer habitação condigna a famílias com parcos rendimentos que não possuíam as melhores con-dições de habitação e a jovens que procuram a sua primeira residên-cia, sendo a sua atribuição realizada através de hasta pública. n

VILA DE REI

Município de vila de Rei aloja mais cinco famílias

Ana Neves [email protected]

Realizou-se no passado dia três de Outubro, no restaurante Maria Pinha, o almoço anual dos professores aposentados que lec-cionaram no nosso Concelho.

É num ambiente muito agradá-vel que se mencionam episódios marcantes na vida de cada um.

São lembradas vivências mui-to diferentes das actuais, onde tentando transpor horizontes li-mitados se despertavam nos alu-

nos interesses e competências, num desafio que cada um tenta-va superar da melhor forma.

São homenageados ainda os que partiram e entre eles, o De-legado Escolar Professor Fran-cisco Matos que a todos acolhia com afabilidade e pedagogia nos primeiros passos da docência.

Deixaram todos muito de si nas nossas terras e gentes.

Até para o ano! n

Convívio de

Professores

Jornal de OLeiROs 92011 nOVeMBRO/DeZeMBRO

vILaR dO BaRROCOSaRnadaS S. SIMãOSOBRaL

ORvaLhOMOStEIRO (antIna IgREja MatRIz)

MadEIRã

OLEIROSISnaEStREItO

CaMBaSaMIEIRa

juntas de freguesia de Oleiros desejam fEStaS fELIzES

ÁLvaRO

10 Jornal de OLeiROs 2011 nOVeMBRO/DeZeMBRO

António Justo

Com o pecado nasceu a cultura

a ruptura é o princípio do progresso

O cinismo hodierno quer-se bran-quear apresentando o pecado como algo fora de moda e que o reconhecê-lo constituiria um acto opressor. Pen-sa que ao destruir a consciência da culpa se livra dela. Vê no Deus cria-dor um velho desmancha-prazeres. Por isso faz guerra a Deus no equívo-co de que acabando com Ele acabam com a culpa, com o mal. Ainda acre-dita, com Rousseau, que o Homem no seu estado natural é bom e que só a cultura o estragou e corrompeu. “O homem é bom por natureza. É a so-ciedade que o corrompe” , dizia ele. Esta visão corresponde à atitude re-gressiva de Adão que, depois de se-guir o acto racional da companheira Eva, teve remorsos e para evitar o in-cómodo do medo quis desculpar-se para voltar à “visão beatífica” animal de que gozava antes de seguir a ra-cionalidade de Eva. Revela-se imatu-ro para assumir a coragem da culpa, aquela que o tornou Homem.

Sem culpa/dívida não temos ho-mem nem cultura. A culpa torna-se numa dívida à vida transmitida e quem acordou o Homem para a cultura foi Eva, através dum acto proibido. Por isso o parceiro ainda sonâmbulo terá que a seguir sempre, na esperança duma natureza des-perta. O Homem no estado natural não passaria do tempo em que era hominídeo, sem cortar o cordão um-bilical com a natureza. Ignora o salto do animal irracional para o animal racional, na alegoria de Eva, que ao distanciar-se da natureza se desco-briu como ser diferente do ambiente que a circundava. Ao descobrir-se diferente reconheceu o criador que a projecta para lá do horizonte da mãe terra e a ajuda a evoluir e a dis-tanciar-se da irmandade hominídea para a reconhecer e seguir o próprio caminho. Já não lhe chega o tecto das estrelas sobre a cabeça; à imagem do criador que criou a terra, o Homem cria a cultura e com ela um tecto me-tafísico que o distingue dos irmãos animais e o ajuda a orientar-se nela. A natureza precisa duma atmosfera que a protege e o Homem precisa duma metafísica que lhe dá perspec-tiva. Como o Sol no céu da natura as-

sim Deus no céu da cultura. O Verbo criou o mundo e o Homem criou a palavra, seu horizonte. Todos falam mas no falar é que se distinguem. No que entendemos sobre a natureza e as coisas é que está a diferença. Esta identifica-nos mas não é suficiente para nos definir; implica a outra par-te de nós que é a diferença que nos torna diferentes. Fatal é o facto da teoria da evolução se ficar pela dife-renciação. Aqui parece que Rousseau não compreendeu que a maldade/culpa humana é natural, que não é mais que a dívida da razão à natu-reza irracional. A tarefa está em reco-nhecer natura e cultura como metá-fora, como a chance de, com elas, nos tornarmos nós com o todo.

Hoje reconhecemos a dependên-cia mútua do bem e do mal que fa-zemos. O cristianismo aponta para o aparente hiato entre natura e cultura que se realiza na irmanação de es-pírito e matéria na encarnação. Tem sempre presente a relação eu-tu-nós, não se limitando ao eu e ao outro. No cristianismo, pecado é a perturbação da relação com Deus, isto é a per-turbação da relação comunitária do eu-tu-nós. A crença em Deus é uma procura dele, o direccionar-se do em-brião humano para o ser em botão. A verdade acontece na procura e não no saber. Este serve só a individua-ção, como se viu em Eva. O problema da árvore do conhecimento do bem e do mal, penso que estará no facto de só se terem ficado pela dicotomia do saber. Ao comer da maça (da razão) descobrem-se nus, abrem os olhos. A proibição acentua a liberdade de po-der transgredir. A História da cultu-ra humana passa a ser um processo contínuo de tentativa e erro numa dinâmica de procura-tentativa-erro-decisão e assim por diante. Deus criou o mundo e o homem e com este criou a cultura e com ela a sua pers-pectiva. Em Adão e Eva encontra-se a “pré-história” e a “história” na pas-sagem do inconsciente para o cons-ciente. A criança é desculpada (vive de graça, não peca, não tem culpa) enquanto não comer do fruto proibi-do, enquanto não alcançar o” uso da razão”. Em Eva a humanidade alcan-

ça a consciência de indivíduo. Esta experiência é dura como podemos ler nos Géneses, porque a individu-alidade da pessoa se reconhece na desobediência a Deus, na dívida do indivíduo ao todo. A consciência do “pecado original” pressupõe a visão realista do ser humano e da nature-za, uma natureza na tensão de saber-se separada para se poder unir.

Com Caim a humanidade alcança um outro grau de consciência, a cons-ciência do poder. Também este estado de consciência é doloroso e associa-do à culpa porque se adquire à custa do assassínio de seu irmão Abel. Se um progresso humano acontece no distanciamento de Deus o progresso social dá-se na culpa de se afirmar à custa do irmão. Caim (agricultor) de-senvolve a consciência de ser político reconhecendo os conflitos de interes-ses entre os seus interesses de agricul-tor e os interesses de Abel (pastor) e o mundo da mãe. Para se afirmar na sociedade rural e pastorícia, age egois-ticamente matando o irmão Abel.

O pecado original (rebelião contra Deus – consciência da individuação) de Adão e Eva associa-se, depois, ao desenvolvimento da consciência de sociedade, o pecado social (político) de Caim e Abel (rebelião contra o Irmão, contra o grupo social). O Ho-mem sente-se de princípio condicio-nado ao mal ao pecado/culpa. Para ser ele corta a relação com Deus e depois dessolidariza-se socialmente matando o irmão e consequentemente abando-nando a mãe. O progresso pressupõe o abandono do seio materno e da tra-dição que o protegia; deixa de ser uma comunidade solidária. Daí o seu sen-timento de culpa. Perde a inocência de pertencer a um todo harmonioso e indivisível. A inveja leva-o a assumir o poder. Culpa é uma dívida à vida transmitida. A razão procura dar um sentido ao caos. Para isso divide e se-para para distinguir e afirmar-se.

O pecado é uma estrada para a verdade

A religião honesta não ameaça

porque sabe que o que se encontra

dentro também se encontra fora. Re-conhece na pessoa que o último juiz está nela, para os cristãos na sua natura de Cristo. O afirmar da luz não justifica a negação da sombra nem vice-versa. O Sol no seu tra-jecto (movimento que ele provoca fora dele – na sua periferia) implica a noite. Do Sol surgiu a noite dos seres, a sua sombra; esta é mais que a sua (dele) expressão, mais que o brilho que dele reflecte.

As estações do ano constituem uma parábola da vida revelada no livro (tempo) da vida. Sem as pur-gações (a tempestade e a escuridão) do Outono e do Inverno, sem o des-canso que a noite dá ao dia, a vida desapareceria tal como as cores no branco. Somos mais que força direc-cionada. Toda a comunidade, toda a instituição tem um conteúdo (valo-res, experiência) a transmitir através duma pedagogia, duma didáctica. Identificar o conteúdo com a peda-gogia seria equívoco ou maldade.

Já o apóstolo Paulo dizia “Oh feliz culpa” alertando assim as pes-soas para os bons frutos a colher do erro. O erro é a estrada para a verdade. A religião estimula a cons-ciência a procurar e quer questionar para na espiritualidade experimen-tar o inefável.

O espírito crítico é muito impor-tante para todo o desenvolvimento desde que se aplique para nós o mesmo critério que se aplica para os outros, desde que integrado num processo de responsabilidade. O adolescente tem a impressão que os pais (a religião) proíbem tudo. Este sentimento está ao serviço da sua individuação e sem ele não se tornaria adulto. Uma imperfeição não justifica a outra, mas, no mun-do feito de imperfeições, é legítima a aspiração a uma imperfeição mais adequada. Problemático seria se o adolescente, para se afirmar, tivesse de rejeitar os pais. Na arena pública digladiam-se embriagados da pró-pria razão. Tudo na fuga à culpa que liberta. Tudo peca contra o ou-tro. Ninguém se confessa.

Verdade e falsidade são dois polos do mesmo problema que

passam pela opinião, pela percep-ção intelectual. Os livros sagrados procuram expressar experiências de vida e do sagrado em letras, num código de regras, como se vê nos dez mandamentos. Revelam também o perigo que as normas também têm, o perigo de esconde-rem horizontes novos. “O Homem não foi feito para o Sábado, mas o Sábado para o Homem”, advertia o Mestre de Nazaré.

Há que ter em conta a realidade do pecado e da culpa não se fixando nele. O facto da jerarquia eclesiástica ser constituída por pessoas (limi-tadas) não nos isenta das próprias limitações na crítica ou louvor que façamos. (Abstenho-me de referir aqui os pecados da instituição Igre-ja porque esta já é o bombo da festa dos de má consciência e de grupos intolerantes organizados que domi-nam a praça pública). O óptimo é inimigo do bom; ele tornaria a vida insuportável e negá-la-ia. Verdade é que sem partidos não há democracia por muito imperfeitos e repartidos que estes se encontrem e por muito inteiros que a perfeição os queira.

As instituições, como o indiví-duo, correm o risco de, ao fugirem do perigo, caírem na armadilha do medo ou de abusarem da sua situ-ação. O medo não está na religião mas no sistema sensorial do cérebro, no sistema mais arcaico do cérebro. Ao contrário, a oração e a meditação mobilizam reservas cerebrais liberta-doras dos medos artificiais. O erro, o mal são elementos essenciais à evo-lução e ao desenvolvimento. (A tare-fa do consciente será descobrir jogos que o contorne sem o provocar). O Criador embutiu alguns erros na natureza para podermos fazer o mal quando fazemos o certo…

Só vemos o que os nossos olhos permitem ver; o que é grave é iden-tificarmos o que se vê com a reali-dade como se esta não fosse mais ampla. Deus definiu-se como o “tornar-se” e nós, “feitos à sua ima-gem” se nos definimos só como “o ser” (a crosta) limitamo-nos a ser a tinta da palavra escrita mas não a Palavra/acontecer. n

O Que Se vê daqui

António Mendes [email protected]

Com o fim de semana grande do final de Outubro, muitas foram as Associações que aproveitaram para realizar actividades, algumas delas inseridas na V Mostra do Medronho e da Castanha. Esta situação levanta, em minha opinião, duas questões. A primeira é que é importante que as Associações integrem as actividades que o Município organiza, e desta

forma quero enaltecer a Sociedade Filarmónica Oleirense, o Rancho Folclórico e Etnográfico de Oleiros e a Pinhal Total, que com a sua partici-pação engrandeceram ainda mais a V Mostra do Medronho e da Castanha.

A segunda, é que parece-me im-portante que as Associações coope-rem umas com as outras, não só em organizações conjuntas de activida-des como também em tentar fazer com que as actividades de uma As-sociação não coincidam com as de outra. Aqui parece-me mesmo um ponto essencial, pois tentamos sem-pre fazer coincidir as nossas activida-

des com fins de semana maiores ou em alturas festivas, de modo a ter o maior número de pessoas nas nossas organizações.

Exista outra situação, que já aqui referi, que são as Assembleias Ge-rais de aprovação dos Relatórios de Contas. Penso que consta dos Estatutos das mais variadas Asso-ciações, que se deve realizar uma Assembleia Geral Ordinária em cada ano para esse efeito, e como os Estatutos são as regras que as Asso-ciações devem seguir, espanta-me que os Presidentes da Assembleia Geral não façam cumprir esses Es-

tatutos, e caso a Direcção não peça para marcar essa Assembleia Geral, devem fazer cumprir esses mesmos Estatutos. Não vejo grande sentido em passar um mandato inteiro sem apresentar as contas aos sócios bem como também não faz sentido apro-var dois e três Relatórios de Contas na mesma Assembleia Geral. Penso que os sócios dessas Associação têm direito a saber das contas e merecem esse respeito por parte dos Órgãos Sociais, isto para além de ser uma obrigação.

Quero dar os Parabéns à Asso-ciação Humanitária dos Bombeiros

Voluntários de Oleiros pelo seu 63º Aniversário, assim como à Sociedade Filarmónica Oleirense pelo seu 117º Aniversário. Às duas, muitas Felici-dades e muitos anos de Vida.

Uma palavra também de Para-béns à equipa de Pesca Embarcada ao Achigã da ARCO, pelo excelente resultado alcançado no Campeonato Nacional, bem como o desejo de uma boa participação no Campeonato do Mundo.

A terminar, e como já só vos devo voltar a escrever no próximo ano, quero desejar um excelente Natal e um Bom Ano de 2012 para todos. n

Jornal de OLeiROs 112011 nOVeMBRO/DeZeMBRO

Dr. António Moreira

Ao longo dos séculos o Povo Português tem dado abundantes provas de ser um dos mais genero-sos, laboriosos e solidários de todo o mundo,

Desde o século XV, quando as lideranças nacionais deliberaram lançar-se na gesta heróica dos Des-cobrimentos.

Os nossos Marinheiros de en-tão, os nossos HERÓIS DO MAR, enfrentando sacrifícios e perigos tremendos, entregaram-se, ge-nerosamente, de forma galante e admirável, ao serviço da Pá-tria, cumprindo rigorosamente as missões confiadas, levando o nosso País aos quatro cantos do Mundo.

Também os nossos soldados en-

tre 1961/1974, quando a Pátria os chamou, confiando-lhes a missão de virarem as armas contra os nos-sos Irmãos Africanos, tudo larga-ram para a servir.

Para trás deixaram os campos, as enxadas, as fábricas, as famílias, as escolas, para se apresentarem, aos magotes, nas unidades de re-crutamento, e mobilização para aí receberem treino militar, um saco cheio de nada, uma magra ração de combate, um “pré” de miséria e uma guia de marcha para uma das frentes de guerra.

Aí, sendo obrigados, combate-ram, com galhardia, mas com Hu-manismo e nobreza de carácter, tratando o nosso Inimigo de então, aqueles nossos Irmãos, de forma

civilizada, abstendo-se sempre de toda e qualquer violência desne-cessária e gratuita.

Admirável é também o compor-tamento de todas as unidades mi-litares e das forças de segurança, GNR e PSP, em todas as missões a que são chamadas por esse mundo fora, desde os Balcãs, África, mé-dio oriente, Afeganistão, etc.etc.

Como admirável é a qualidade dos nossos trabalhadores e dos nossos emigrantes, que obtêm re-conhecimento, em todos os Países que adoptaram para sua segunda Pátria, e aí “ganharem as suas vi-das”.

A solidariedade, aliás recíproca, com todo o Mundo Lusófono é uma realidade, dificilmente senti-

da por outras potências coloniais.Quem poderá esquecer o nosso

abração fraterno e solidário aos nossos Irmãos Timorenses, em 1999, quando estavam a ser esma-gados pela Indonésia, levantando-se toda a NAÇÃO PORTUGUESA em massa, como uma onda gigante em sua defesa, a que o Mundo não mais pôde virar a cara.

Se assim é, como foi possível chegarmos a este inicio da 2ª dé-cada do século XXI, tão pobres e humilhados?

Hoje temos 700.000 desemprega-dos mais de 2.000.000 de pobres, mais de 300.000 nossos concida-dãos a viver abaixo do limiar da pobreza, isto é, na miséria abso-luta. Infelizmente, hoje assistimos

ao triste espectáculo que é de ver muitos Portugueses, pelas horas da madrugada, para não serem reconhecidos, à procura de ali-mentos em contentores do lixo, em especial, nas grandes cidades, Lisboa, Porto, Coimbra, Braga Se-túbal, Faro, etc., uma tremenda hu-milhação para os próprios, e uma vergonha para todos nós.

Paralelamente temos um elevado e preocupante número de políticos que enriqueceram brutal e rapida-mente, como é público e notório, à custa do erário público, que suga-ram, com toda a espécie de tráfico de influências, subornos, corrup-ção e outras jogadas de bastidor.

Afinal que País é este que esta-mos a construir? n

Pobre povo…aonde te levaram

Há 22 anos a desenvolver e a dis-tribuir Soluções Tecnológicas, a JP Sá Couto é líder de uma iniciativa de referência global, sendo pionei-ra na Educação baseada nas novas tecnologias.

Como o maior OEM mundial a implementar plataformas educativas (Intel Learning Series), podemos di-zer que trabalhamos com tecnologias, mas o nosso produto final vai muito mais além. A parte mais importante do que fazemos não se prende com a distribuição de computadores portá-teis pelas crianças, mas com a criação de projectos integrados de Educação. No ensino e na aprendizagem, pro-curamos potenciar o desenvolvimen-to humano, num mundo que cresce cada vez mais rápido, ao ritmo da evolução tecnológica.

Estamos presentes em mais de 20 países, e cada um deles pode comprovar que criamos produtos e serviços personalizados para cada contexto educativo, em ple-na sala de aula. Trabalhamos no

sentido de reduzir o fosso digital na área da Educação entre países e em cada país, para que assim se promova a igualdade de acesso às melhores ferramentas pedagó-gicas. A cada nova parceria, ca-minhamos para o sucesso de um Plano Tecnológico Global, com li-teracia informática para as popu-lações e computadores para todas as necessidades.

Operando directamente ou atra-vés dos nossos parceiros locais em cada país, alcançámos este ano um marco importante: mais de 3 mi-lhões de computadores Magalhães distribuídos em todo o mundo.

Também em 2011, a JP Sá Couto foi distinguida como o Parceira do Ano da iniciativa Microsoft “Shape The Future”. Este projecto preten-de orientar os Governos e levá-los a investir nas Tecnologias da Edu-cação, reforçando a posição da JP Sá Couto no desenvolvimento de oportunidades para as novas ge-rações.

O ano de 2012 aproxima-se, e novos projectos começam a definir-se.

O próximo grande passo da JP Sá Couto será o lançamento de dois novos produtos. Colocando o Maga-lhães 4 Convertível em destaque, a JP Sá Couto pretende levar a Educação três passos à frente, com um notebook, um tablet e um leitor de e-books. Tudo num só equipamento. n

J. P. Sá Couto cresce no mundo

Portugueses que vencem e criam futuro

A impressionante viagem do Pa-dre António de Andrade pelo Tibe-te (um importante contributo para a História, com mais de 400 anos, o qual foi relatado na época em 16 línguas), vai ser transmitida através da série documental "Himalaias - Viagem dos Jesuítas Portugueses", cujo primeiro episódio será emitido no dia 20 de Novembro, pelas 19,30 horas na RTP 2.

A série documental de 4 episó-dios baseia-se na adaptação do livro Viagem ao Tecto do Mundo (Editorial Presença), da autoria de Joaquim Magalhães de Castro, o qual retrata a ida dos primeiros oci-dentais ao Tibete, numa reveladora viagem pelos mais sagrados locais do planeta.

Os restantes três episódios serão transmitidos, à mesma hora, nos

Domingos seguintes. Ou seja, dia 27 de Novembro e dias 4 e 11 de Dezembro.

* O Jornal de Oleiros saúda a impressionante capacidade de dádiva e empenho da "nossa Es-cola de Oleiros". À Illma Directo-ra, Dra Isabel e à Sua Equipa uma saudação especial e o privilégio que destamos de os contar como Amigos. n

Padre antónio de andrade em série documental na RtP 2

A Associação Isna Sport Clube Alvélos (ISCA) tem patente, na sua sede, du-rante o mês de Dezembro, a exposição temática “A

Campanha da Resina”.A produção está a cargo

do Centro de Ciência Viva da Floresta. n

a não perder na “ISna”

Os 7 restaurantes do concelho e todo o comércio local que aderiu à V Mostra do Medronho e da Cas-tanha, com a realização da mostra gastronómica e com a decoração das suas montras, estão de parabéns pelo empenho e criatividade revelados.

Todos demonstraram estar à al-tura do desafio, comprovando que o saber-fazer de Oleiros atrai visi-tantes. Estão no bom caminho e me-recem uma nota especial que deixa-mos com gôsto. n

Fonte: Opinião Pública em Oleiros

nota de destaque e congratulação

12 Jornal de OLeiROs 2011 nOVeMBRO/DeZeMBRO

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Jornal de OLeiROs 132011 nOVeMBRO/DeZeMBRO

Equipa de Pesca Embarcada do “aRCOleiros” apurada para o Mundial dos Eua

Realizou-se no fim de semana 15 e 16 de Outubro no Alqueva a 5ª e 6ª(s) jornadas do Campeonato Nacional de Pesca Embarcada ao Achigã e, a equipa de Oleiros saía para estas 2 últimas provas no 5º lugar do campeonato, mas devi-do ao pouco conhecimento desta massa de àgua ao contrário de muitas equipas previam-se mui-tas dificuldades para equipa do “ARCOleiros”.

No 1º dia a equipa da ARCO pesou 4.780kg (5 maiores exem-plares) tendo conseguido neste dia 2 peixes acima do kilo e meio ficando neste dia em 9º lugar be-neficiando das equipas da frente não fazerem melhor. No 2ª dia a dupla de Oleiros pesou 4.970kg e um 7º lugar nesse dia.

De salientar que neste dia a equipa pescou um peixe com per-to de 3 kg o maior da prova.

Contas feitas a equipa da ARCO somou 56 pontos equivalendo ao 3º lugar do campeonato, ganho por Jaime Rica/Fernando Cruz de Évora com 35 pontos, no 2º lugar Jaime Sacadura/Joao Sacadura de Lisboa com 43 pontos e, no 3º posto a dupla Oleirense .

Esta classificaçao permite à du-pla de Oleiros representar a Selec-ção Nacional no Campeonato do Mundo do próximo ano a decor-rer nos EUA ou na Venezuela.

Os atletas agradecem a total abertura e disponibilidade da di-recção da ARCO na participação de uma equipa neste campeona-to.

Nuno Mateus um dos atletas pescadores da equipa realça o im-portante apoio da Camara Munici-pal, junta de freguesia, Pirotecnia Oleirense , Pesca & Companhia e a todos que de uma maneira ou outra ajudaram na realizaçao des-te campeonato.

“Não podia deixar de dar uma palavra a minha esposa e filho os grandes sacrificados com as au-sencias prolongadas”, disse-nos este Amigo.

O Jornal de Oleiros congratula-se com esta importante classifi-cação da Equipa do “ARCO” que sempre mereceu o nosso apoio entusiástico e felicita os campe-ões, desejando que a participação no Campeonato do Mundo seja auspiciosa. n

DESPORTO

No próximo dia 11 de Dezembro o Município de Oleiros celebra o Dia In-ternacional da Montanha. Esta é uma oportunidade de chamar a atenção para a importância das florestas para a vida, de salientar as oportunidades e fragilidades do desenvolvimento das comunidades de montanha e de estabelecer parcerias internacionais que trarão uma mudança positiva para estas comunidades, estratégias que são imprescindíveis a Oleiros. O tema proposto para este ano pela Or-ganização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) é “Montanhas e Florestas”. Desta for-ma, faz-se a ligação com a celebração do Ano Internacional das Florestas, chamando a atenção para “a relevân-cia das florestas de montanha e o seu importante papel numa Economia Verde e nas medidas de adaptação às Alterações Climáticas”.

As montanhas de Oleiros são uma referência na paisagem do Geopark Naturtejo classificado pela UNES-CO, que se começa a conhecer como potenciadoras de distinção turística e valorização da identidade dos olei-renses. Paisagens geológicas muito antigas apreciadas, aproveitadas e transformadas pelo Homem desde há, pelo menos, 5000 anos. Do Cal-colítico e Idade do Bronze chega-nos a Arte Rupestre que se encontra no

alto das serras do Cabeço Rainha e Vermelha, contornos dos pés de viajantes ou habitantes que por aqui passaram e desejaram deixar a sua marca nas rochas para as gerações vindouras. A justificação mais plau-sível para estes achados? As extensas paisagens que daí se avistam e que impressionaram, elevando à condi-ção de espaço sagrado, quem aqui sentiu a necessidade de o transmitir à eternidade. Nestes altos suaves cobertos de urze varrida pelo vento, aparentemente desertos, quiseram estes mesmos povos, pela justifica-ção apresentada, sepultar os seus mortos, celebrando-os na paisagem com a alvura do quartzo leitoso que constitui amontoados conhecidos como mamoas. Destes monumentos megalíticos, deve salientar-se a ma-moa de Selada da Póvoa, pela sua grande dimensão e a de Vale de Mós, escavada e estudada, assim como a Arte Rupestre, pela equipa de arque-ólogos da Associação de Estudos do Alto Tejo liderada por João Caninas e Francisco Henriques.

A transformação da paisagem e o aproveitamento dos recursos geo-lógicos em Oleiros terão sido ante-riores ao Período Romano. Da tese de mestrado do arqueólogo Carlos Batata identificam-se numerosas minas, de atribuição difícil, algumas

lendárias, como a Cova da Moura do cimo da Serra do Cabeço Rainha. Os trabalhos mineiros chegaram ao século 20 e têm o seu clímax formal associado às duas grandes guerras, centrando-se a acção agora nos vales, em Álvaro, Borralhal e Fragas do Ca-valo. Ainda se lembram da mina de estanho que existiu nas margens do Rio Zêzere na Barca de Álvaro, entre 1937 e 1944, das empreitadas de lava-gem das areias nas “cales” ou “calei-ras” e do transporte do minério para Álvaro em cestos ou padiolas? Existi-rão fotos e testemunhos na primeira pessoa destas práticas perdidas no fundo da albufeira do Cabril, onde se encontravam “algumas pepitas de ouro de tamanho bastante apreciá-vel”? No Borralhal restam silêncios, amontoados de escombros à boca das galerias e parte de uma vagone-ta de minério corroída pelas águas ácidas da mina. Esta era uma mina de cobre. Concessionada em 1953, chegou a ser explorada pela Compa-nhia União Fabril até 1957. Do vasto espólio, de máquinas e ferramentas mineiras, inventariado em 1955, o que restará para contar a sua histó-ria? Por fim, as Fragas do Cavalo. Estas minas de volfrâmio foram des-cobertas em 1910 por João Cardoso, farmacêutico de Cardigos. As duas concessões existentes funcionaram

no seu apogeu até 1920, cruzando-se a sua história com a das grandes mi-nas da Panasqueira. Retomaram-se os trabalhos em 1939, com a “febre do ouro negro” que varreu toda a Beira Interior. Ainda são impressionantes os trabalhos desenvolvidos ao longo da grande encosta, com numerosas galerias distanciadas verticalmente de 20 metros em comunicação com chaminés verticais distanciadas de 30 metros, destinadas à ventilação e ao reconhecimento do jazigo entre dois pisos. O minério aparecia disperso na ganga ou em bolsadas de volframite em dois filões principais, de baixa possança. A fragilidade do subsolo era compensada com o escoramento em pinho e rochas arrancadas do in-terior da terra, que ainda mantêm as galerias desobstruídas. No outro lado do barranco situa-se o que resta da lavaria e escritórios da mina que, decorrente do caos que se seguiu à Revolução de Abril, foram quei-mados e saqueados, mas que ainda demonstram bem a importância das minas e as técnicas empregues na sua exploração. Os trabalhos pararam de vez em 1957, porque a companhia de seguros se recusou a fazer seguro ao pessoal em virtude do flagelo da silicose. Que mais as populações da área poderão con-tribuir para conhecer o contexto

das minas do Cavalo para uma im-portante página da história contem-porânea de Portugal, que só agora se começa a vislumbrar? No próximo dia 11 de Dezembro, a visita a alguns destes locais poderá trazer novas his-tórias e descobertas que enriquecem Oleiros e as suas paisagens.

Para que os estudos em curso pos-sam ter um maior sucesso, contamos com o apoio de todos os Oleirenses, das suas recordações e histórias, foto-grafias e objectos esquecidos que pos-samos conhecer para não deixar desa-parecer esta memória colectiva. n

Carlos Neto de Carvalho Joana Rodrigues Geopark Naturtejo da Meseta Meridional

as montanhas de Oleiros: entre paisagens ricas de antiguidade e as riquezas das entranhas da terra

14 Jornal de OLeiROs 2011 nOVeMBRO/DeZeMBRO

FLORESTAS

A queda do anterior governo era quase inevitável.

A situação de pré-bancarrota a que as finanças públicas che-garam impunha uma mudança de política e de políticos e a de-finição de um novo rumo para o país.

Pela boca de Passos Coelho ouvimos o anunciar desse novo rumo. Ganhou folgadamente as eleições não apenas pelo facto de todos já estarmos fartos do anterior governo e da fantasia que diariamente nos vendia, mas também – concedamos-lhe esse privilégio - pela coragem de algumas afirmações que fez durante a campanha eleitoral e pelas mudanças que anunciou introduzir e acreditámos ser ca-paz. Hoje, no entanto, decorri-dos alguns meses sobre a eleição do novo governo os portugueses começam já a interrogar-se, uma vez mais, sobre que futuro os es-pera.

Ninguém de bom senso acre-ditaria que conseguiríamos sair desta situação sem fazer alguns sacrifícios. Apesar disso, o que nos foi dito e prometido por Pas-sos Coelho não tem correspon-dido ao que na realidade tem feito.

Todos estávamos convencidos que as verdadeiras “gorduras” do Estado de que tanto falava e às quais ia por termo, eram as infindáveis parceria público-privadas, institutos e fundações de duvidosa e mais que ques-tionável utilidade pública, mor-domias de determinados cargos públicos, salários principescos pagos por todos nós, etc, etc, etc.

Afinal não. Aquilo que Passos Coelho entende ou, pelo menos até agora, tem entendido por “gorduras” resume-se, quase ex-clusivamente, aos funcionários públicos e pensionistas.

Estes constituem a obesidade

do Estado que é necessário e ur-gente diminuir, ficando-se todas as outras por “magrezas” perfei-tamente aceitáveis que é conve-niente manter.

Aquilo que há uns tempos atrás Passos Coelho achava um disparate (diminuição de salá-rios e pensões, corte de subsí-dios de férias e Natal, aumento generalizado dos impostos, e por aí fora…) passou agora a ser imprescindível para endireitar as finanças do país. Tudo o resto – aquilo que de facto deveria ser anulado ou seriamente remode-lado – fica para depois, se é que há um depois…

Por certo que haveria e há ou-tras alternativas. Mas prevaleceu a tentação do mais fácil, e a falta de coragem e vontade política para romper de uma vez por to-das com o passado e com tudo aquilo que de injusto e iníquo se encontra instalado.

Pretendendo, talvez, ser mais papista que o Papa ou, por ou-tras palavras, melhor aluno do que lhe era exigido pela “Troi-ka”, Passos Coelho foi mais e mais adiante. Cabe-lhe receber, enquanto aluno, o diploma de passagem com distinção, tocan-do aos portugueses o pagamen-tos das propinas.

Parece, afinal, ter apenas ha-vido uma mudança de políticos. As políticas de exigir que sejam sempre os mesmos a pagar os erros da incompetência política que temos tido mantiveram-se e, tudo o leva a crer, estão para ficar.

É perfeitamente legítimo que nos indignemos com as opções até agora tomadas, como legíti-mo é, sobretudo, que nos inter-roguemos se, ao menos, valerá a pena. n

António Romão de Matos

Os primeiros passos

de PassosANEFA reúne com Grupos Par-

lamentaresProDeR – o princípio do fim!No passado mês de Outubro, a

ANEFA foi recebida pelos diver-sos Grupos Parlamentares, com o objectivo de apresentar as suas preocupações e visão para o sec-tor florestal.

Da falta de sustentabilidade à fraca capacidade de investimen-to, a Direcção da ANEFA realçou a necessidade de implementar medidas e políticas que visem dinamizar e incentivar o sector florestal em Portugal, potencian-do o seu valor económico, social e ambiental.

A redefinição da estratégia para as Zonas de Intervenção Florestal, e a realização do cadastro rústico, foi tema transversal às várias reu-niões, sendo a generalidade dos deputados a favor da criação de um registo único das proprieda-des, mais simples e funcional, indo ao encontro da proposta já avança-da pela ANEFA à nova tutela.

A problemática associada à ex-pansão do Nemátodo da Madei-ra do Pinheiro, a necessidade da criação de um alvará para traba-lhos agro-florestais e a correcta afectação das verbas do Fundo Florestal Permanente, foram igualmente assuntos abordados, e alvo de várias críticas, face ao de-sinvestimento a que se assiste no sector florestal.

Neste âmbito, a ANEFA apre-sentou ainda as suas preocupa-ções relativas ao Programa de

Desenvolvimento Rural, tema central destes encontros.

De acordo com declarações pú-blicas do Governo, a taxa actual de compromisso das verbas do ProDeR é de 89%, dado que não foi consensual nas diversas audi-ências com os Grupos Parlamen-tares. No entanto, uma questão foi unânime: O ProDeR tem os dias contados…no caso florestal, mesmo antes de começar!

De facto, não se compreende como no passado mês de Junho, com 57% do ProDeR comprome-tido e 33% executado, tenha sido solicitado o empenhamento de to-dos na realização de extensão flo-restal, incentivando as empresas a promover a realização de pro-jectos florestais, e agora, 4 meses depois, se fale em 89% de taxa de compromisso.

Sabendo das potencialidades do sector, da sua importância na economia e sociedade, e tendo em consideração que parte das Medi-das Florestais estão em candida-tura apenas desde Junho do cor-rente ano, a ANEFA questiona-se sobre as implicações destes cortes no panorama económico nacio-nal, e nas negociações de futuros Quadros Comunitários.

Não será demais relembrar que é a floresta que ajuda a cobrir o défice nacional das importações de bens alimentares no valor de mais de 3,5 mil milhões de euros, no entanto, a estratégia nacional tem continuamente sido subjuga-da a lobbys que tendem a colocar

à margem as necessidades reais do sector florestal.

Preocupada com esta questão e sem um esclarecimento asser-tivo por parte dos Deputados com quem reuniu, a Direcção da ANEFA solicitou um pedido de esclarecimento à Ministra da Agricultura, sobre esta anunciada negação ao desenvolvimento flo-restal, no entanto até à data não teve qualquer resposta.

As questões continuam por res-ponder.

A floresta como fileira estratégi-ca que é, pode ser simplesmente condenada e penalizada no seu investimento?

E se 89% das verbas do ProDeR estão comprometidas, o que po-derá ser esperado nos próximos 2 anos ainda neste Quadro Comu-nitário? n

Joana Faria Eng.ª Florestal ANEFA - Associação Nacional de Empresas Florestais, Agrícolas e do Ambiente www.anefa.pt www.forural.com

associação nacional de Empresas florestais,

agrícolas e do ambiente

A EDP Distribuição acaba de concluir uma nova linha para abastecimento a Isna, localidade do concelho de Oleiros.

Segundo esta empresa, esta nova saída da subestação ( SE ) de Oleiros, cuja linha beneficiou do aumento da secção de 30 para 90 mm2, teve um custo na ordem dos 65 mil Euros e contribui, sig-nificativamente, para a melhoria da qualidade do serviço prestado pela EDP Distribuição à zona de Isna.

Até agora esta zona era alimen-tada através de uma linha com um já razoável extenso período de vida, estando esta, permanen-temente, sujeita a condições cli-máticas extremamente adversas.

Ainda de acordo com a empresa elétrica, essa constatação aconse-lhou à substituição dessa mesma linha por uma outra, integralmen-te nova, com a aplicação de uma tecnologia muito mais recente e cujas potencialidades asseguram uma maior e melhor capacidade de resposta às previsíveis intem-

péries e, consequentemente, às necessidades da população.

Refere a EDP Distribuição que, paralelamente, a obra agora con-

cluída assegura, também, uma melhor capacidade de resposta de alimentação de energia elétrica à Vila de Oleiros. n

Isna com melhor serviço

EdP distribuição conclui nova linha

Jornal de OLeiROs 152011 nOVeMBRO/DeZeMBRO

CONTACTOS ÚTEIS

• Jornal de Oleiros - 922 013 273• Agrupamento de Escolas

do concelho de Oleiros – 272 680 110

• Bombeiros Voluntários de Oleiros – 272 680 170

• Centro de Saúde – 272 680 160

• Correios – 272 680 180• G.N.R – 272 682 311

Farmácias• Estreito – 272 654 265• Farmácia – Oleiros – 272 681 015• Farmácia – Orvalho – 272 746 136

Postos de Abastecimento• Galp (Oleiros) – 272 682 832• Galp (Ameixoeira) – 272 654 037• Galp (Oleiros) – 272 682 274• António Pires Ramos

(Orvalho) – 272 746 157

Infra-Estruturas• Câmara

Municipal – 272 680 130• Piscinas Municipais/

/Ginásio – 272 681 062• Posto de Turismo/Espaço net

– 272 681 008• Casa da Cultura/

/Biblioteca – 272 680 230• Campo

de Futebol – 272 681 026• Pavilhão Gimnodesportivo

(Oleiros) – 272 682 890

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DESPORTO

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Baseado no modelo Subbuteo, o Indexball é um novo conceito de Futebol de Mesa, assentando essen-cialmente na concepção do Manage-ment de uma equipa, privilegiando assim os aspectos tácticos do jogo aos aspectos estritamente técnicos, presentes na concepção moderna do Futebol de Mesa Subbuteo.

Na concepção moderna do Fute-bol de Mesa Subbuteo, o jogo assenta basicamente num modelo defensivo, baseado num elevado número de figuras colocadas sob a linha defen-siva, saindo-se para o jogo de ataque com unicamente 2 a 3 figuras, para além de que, na concepção moderna do Futebol de Mesa Subbuteo, todas as figuras são indiferenciadas, não existindo portanto uma indexação efectiva com o Futebol.

Na concepção Indexball, para além de que todas as figuras obrigatoria-mente terem que ser devidamente identificadas, pois na concepção In-

dexball todas as figuras estão indexa-das a verdadeiros jogadores de fute-bol, permitindo assim ao seu técnico, o Teamanager, dispô-las pelo campo respeitando uma táctica e um modelo de jogo em semelhança com o verda-deiro Futebol, tornando o modelo de jogo mais “aberto” e emotivo, incre-mentando assim substancialmente a dinâmica das partidas.

Naturalmente que esta nova con-cepção de jogo contempla algumas alterações às regras base do Subbuteo, essencialmente pelo facto de que, se a linha defensiva ficar substancialmen-te diminuída, obriga ao incremento substancial das dificuldades no jogo na posição de atacante relativamente às regras base Subbuteo. n

Saiba mais em www.indexball.com

IndEXBaLL - um novo modelo de futebol de mesa

O serviço de língua portuguesa da Euronews está em risco. Foi no dia 1 de Novembro de 1999 que a aventura começou. Nesse ano, 16 jornalistas mudaram-se de armas e bagagens para a cidade de Lyon, em França. Actualmente são mais de 30 os profissionais portugueses que trabalham regularmente na estação de televisão que afirma produzir informação com uma perspectiva europeia.

O serviço português funciona 24 horas por dias, com noticiários to-dos os trinta minutos. Além da ac-tualidade internacional, a progra-mação inclui rubricas de economia, desporto, ciência e cultura. Para os jornalistas portugueses o mais im-portante é a visibilidade internacio-nal que Portugal ganha com a sua presença numa verdadeira babel noticiosa.

A acção destes profissionais con-tribui para a difusão de inúmeras reportagens sobre o nosso país, nas mais diferentes áreas, e com os in-terlocutores lusófonos em fóruns internacionais a pronunciarem-se, geralmente, em português. Contra-riamente a estações como a CNN ou a BBC, que dispõem de diferen-tes serviços linguísticos indepen-dentes uns dos outros, a Euronews difunde a mesma programação em 11 línguas diferentes. Ou seja, uma reportagem sobre a Mariza ou a Fundação Champalimaud pode ser vista em alemão, árabe, espanhol, francês, inglês, italiano, persa, por-

tuguês, russo, turco e ucraniano, e ser recebida em 350 milhões de la-res em 155 países.

Em Agosto, o Ministro Adjun-to e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, declarou em sede parlamentar ter pedido à RTP para “repensar” o contrato com a Euro-news. O serviço de língua portu-guesa custa cerca de 1,6 milhões de euros anuais aos cofres do Estado, enquanto os serviços mais recentes, como o turco ou ucraniano, custam aos respectivos países 5 a 6 milhões de euros. O serviço de língua portu-guesa é regido por um contrato en-tre a RTP e a Euronews. O vínculo actual termina em Janeiro de 2013, mas a estação pública portuguesa pode denunciar o contrato anteci-padamente se assumir o custo da rescisão. O 12º aniversário da equi-pa portuguesa teve, assim, um sa-bor agridoce. Os “veteranos” estão, no entanto, habituados a este tipo de notícias. Não é a primeira vez que o serviço se encontra ameaçado em virtude de uma reestruturação na RTP. Mas esta é a primeira vez que tal acontece com Portugal a viver uma crise financeira e depen-dente da ajuda externa.

De acordo com o European Me-dia & Marketing Survey (Verão de 2011), produzido pelo Synovate Research Group, a Euronews é a estação internacional de notícias mais conhecida dos portugueses, à frente de marcas como a Sky News, CNN e BBC, e também a mais vista.

Segundo a Euronews, o serviço em língua portuguesa está disponível em quase 100 milhões de lares em todo o mundo: Europa (60M), Áfri-ca (22,6M), Médio Oriente (12,1M), América Latina (1,6M), Austrália (1M), Ásia (0,6M) e América do Norte (0,2M). E claro, está presente nos países lusófonos: Angola, Bra-

sil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Mo-çambique e São Tomé e Príncipe. O futuro da língua portuguesa na Euronews está em suspenso. Cabe ao governo português a última pa-lavra.

Por Susete Sampaio em Lyon, França. n

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Canal internacional Euronews pode deixar de emitir em português

16 Jornal de OLeiROs 2011 nOVeMBRO/DeZeMBRO

Isabel Domingues com 53 anos, nasceu em 9 de Abril de 1958, é um exemplo de capacidade de luta e afirma-ção que deve ser destacado.

Aos 12 anos integrava já a Sociedade Filarmónica Oleirense onde fez a estreia em 8 de Dezembro de 1970 no Procissão da senhora da Conceição.

O primeiro instrumento, um trompete, foi adquirido pelo pai, Celestino de Jesus em Monfortinho, e com esta prenda do pai se iniciou na música.

Na altura, a Filarmónica tinha cerca de 20 elementos e ela era a única mulher.

Era um tempo difícil, por isso, de festa em festa, per-noitavam em diferentes ca-sas e ela tinha o privilégio de o poder fazer também - o

pai sabia bem que a filha era responsável - mesmo antes de ter farda, já transportava o estandarte da Filarmónica com orgulho.

Pelo caminho foi também dirigente por diversas vezes e salienta "que a Filarmó-nica, pugnou sempre por melhores condições para os seus membros" e fala com entusiasmo da nova sede já em construção.

Trabalhando na Câmara, criou os dois filhos que a acompanharam mais tarde nesta Sociedade e depois, o Duarte (a estudar em Caste-lo Branco) nos Bombeiros, ou seja - sempre ligados a tudo o que em Oleiros é exemplo a seguir -.

O Jornal de Oleiros envia um abraço à Família Amiga e, desta forma, cumpre o de-

sígnio de ligação à sociedade Oleirense que tantos exem-plos de dedicação possui e a eles voltaremos sempre que possível. n

ISaBEL dOMInguES, referência a não perder

Realizou-se no passado dia 22 de Outubro a cerimónia de inauguração do Centro de Convívio da Freguesia da Amieira, o qual funciona nas instalações da antiga Esco-

la primária de Amieira, cujo edifício foi alvo de obras de requalificação.

Na ocasião estiveram pre-sentes o presidente da Câ-mara Municipal de Oleiros,

Comendador José Santos Marques, o presidente da Junta de Freguesia de Amiei-ra, Francisco Rodrigues Ma-teus e a liga dos Amigos da Freguesia da Amieira. n

foi inaugurado o Centro de Convívio da freguesia

da amieira

A Associação Pinhal Total, em parceria com o Município de Oleiros, levou a efeito no passado dia 30 de Outubro a sua V Maratona de BTT Rota do Medronho, uma inicia-tiva integrada na V Mostra do Medronho e da Castanha, promovida pelo Município de Oleiros e Associação de

Desenvolvimento Local Pi-nhal Maior.

Este dia esteve reservado ao desporto na floresta com a realização desta activida-de e da Caminhada "Rota da Castanha", iniciativas que no total reuniram cerca de 100 participantes. n

Pinhal total promoveu com sucesso v Maratona de Btt Rota do Medronho

A Câmara de Oleiros deseja Festas Felizes e um Bom Novo Ano