(sessÃo ordinÁria 20 12 2013) - cm-estarreja.pt · qual foi a resposta do sr. presi-dente da...
TRANSCRIPT
1
----SESSÃO ORDINÁRIA NÚMERO UM ------------------
----ATA NÚMERO TRÊS -----------------------------
----Aos vinte dias do mês de dezembro de dois mil
e treze, nesta cidade de Estarreja e Salão Nobre
dos Paços do Concelho, pelas vinte e horas e
trinta e cinco minutos, reuniu a Assembleia Muni-
cipal de Estarreja em sessão ordinária, sob a
Presidência do senhor José Eduardo Alves Valente
de Matos, Presidente da Assembleia Municipal e
com a presença dos senhores deputados: José Gon-
çalo Sarmento de Rebocho Silva e Costa – PS; Car-
los Augusto Oliveira Valente - PPD/PSD-CDS-PP;
Diamantino Alberto Garrido Correia – PS; Arminda
Paula Moutela Brandão - PPD/PSD-CDS-PP; António
Amador da Silva Esteves – CDU (PCP-PEV); Patricia
Raquel da Silva Garrido Rodrigues Couto – PS;
Carlos Albérico Amorim Alves - PPD/PSD-CDS-PP;
José Augusto da Luz Matos - PPD/PSD-CDS-PP;
Ricardo Jorge Lopes Fernandes – PS; Alexandra
Adelaide Pires Mortágua - PPD/PSD-CDS-PP; Luís
Miguel da Silva Mendonça – PS; Carla Sónia de Sá
Cabique Martins – CDU (PCP-PEV); Lúcia Maria de
Almeida Araújo – PS; Miguel Ângelo de Almeida
Fragoso Santos - PPD/PSD-CDS-PP; Joana Raquel
Figueiredo Líbano - PPD/PSD-CDS-PP; Joel António
2
Marques pereira – PS; António Manuel da Silva
Esteves - PPD/PSD-CDS-PP; Rui Jorge de Oliveira
Pinho e Silva – PS; Américo Rodrigues Soares –
CDU (PCP-PEV) e os Presidentes das Juntas de Fre-
guesia de: Avanca, Beduído e Veiros, Canelas e
Fermelã, Pardilhó, Salreu, com a seguinte ordem
do dia:------------------------------------------
---
----1.- Aprovação das actas nºs 1 e 2, de
18.10.13 e 22.11.2013, respectivamente;----------
----2.- Período Antes da Ordem do Dia;-----------
----3.- Período da Ordem do Dia:-----------------
----3.1.- Apreciação de informação escrita do
Exmo. Senhor Presidente da Câmara Municipal acer-
ca da actividade do município e da respectiva
situação financeira;-----------------------------
-----
----3.2.- Discussão e votação da proposta camará-
ria de “Grandes Opções do Plano e Orçamento para
2014”.-------------------------------------------
----3.3.- Autorização genérica para dispensa de
autorização prévia favorável da Assembleia Muni-
cipal à Assunção de Compromissos Plurianuais no
Exercício Económico 2014;------------------------
----4.- Período de Intervenção do Público.-------
3
----Apresentou justificação para a respectiva
falta, considerada aceite pela Mesa, o deputado
Hélder Fernando de Matos Rodrigues (PPD/PSD-CDS-
PP), tendo sido substituído por José Domingos de
Matos Sousa.-------------------------------------
----Estiveram presentes, o Senhor Presidente da
Câmara e os seguintes Vereadores: Adolfo Figuei-
redo Vidal, João Carlos Teixeira Alegria e Cata-
rina Ascensão Nascimento Rodrigues.--------------
----Declarada aberta a reunião pelo senhor Presi-
dente, acompanhado pelo Primeiro e Segunda Secre-
tários da Mesa, deu início aos trabalhos, ques-
tionando a bancada dos eleitos pelo PS sobre a
constituição como Grupo Municipal, pois na ante-
rior sessão apenas eles o não tinham formalizado,
o que foi correspondido com a entrega de tal
decisão.-----------------------------------------
--
----1.- Aprovação das actas nºs 1 e 2, de
18.10.13 e 22.11.2013, respectivamente;----------
----Foi dispensada a leitura das atas das reu-
niões em epígrafe, cujos textos foram previamente
distribuídos por todos os Membros da Assembleia e
das deliberações aprovadas em minuta, de acordo
4
com a disposição legal que permite tal procedi-
mento. ------------------------------------------
----ATA Nº 1, DE 18.10.13:-----------------------
----Colocada à votação, a mesma foi aprovada por
maioria, com uma abstenção de (José Domingos de
Matos Sousa), por não ter estado presente nessa
sessão. -----------------------------------------
----ATA Nº 2, DE 22.11.13:-----------------------
----DIAMANTINO ALBERTO CORREIA (PS): Refere que
falta a intervenção do deputado Ricardo Fernan-
des, que a remeteu. A Mesa referiu que não rece-
beu a intervenção escrita, no entanto a mesma
será incluída na ata.----------------------------
--
----Colocada à votação, a ata foi aprovada por
maioria, com uma abstenção de (José Domingos de
Matos Sousa), por não ter estado presente nessa
sessão e um voto contra de Diamantino Correia,
num total de 26 membros presentes.---------------
----DIAMANTINO ALBERTO CORREIA (PS): – Em decla-
ração de voto – Eu, Diamantino Alberto Garrido
Correia, membro eleito pelo PS para a Assembleia
Municipal de Estarreja, declaro que voto contra a
aprovação da Acta nº 2, de 22 de Novembro de
2013, relativa à Sessão Extraordinária nº1, pelas
5
razões que passo a apresentar: A Acta deve repro-
duzir o conteúdo das intervenções dos diferentes
membros, independentemente da sua extensão e não
deve estar condicionada ao espaço de um pequeno
parágrafo. - A minha primeira intervenção nessa
Assembleia Extraordinária vem referida na Acta da
seguinte forma: “Questionou sobre os proprietá-
rios dos prédios rústicos em área florestal…”.
Pergunto: Questionei sobre o quê? O tamanho dos
prédios? O nº de eucaliptos de cada um? O preço
do metro quadrado? A minha intervenção tinha por
base questionar o executivo sobre a política de
majoração ou minoração de taxas relativamente aos
prédios rústicos com atividade agrícola, em espe-
cial os que têm uma componente florestal, que
pudesse promover uma ação de limpeza e desmata-
ção, incluídas numa estratégia de prevenção con-
tra incêndios. Qual foi a resposta do Sr. Presi-
dente da Câmara? Pela Acta, nenhuma. Mas, efeti-
vamente respondeu. E disse “ … que não tinha
nenhum plano sobre este assunto mas que devia
constar esta possibilidade no documento para
poder alterar as taxas quando se implementar
algum plano nesta área...” _ Sobre a minha segun-
da intervenção, diz na Acta: “ Propõe que se veja
6
numa próxima Assembleia o que foi dito pela Câma-
ra para corrigir…” Pergunto agora, que estou na
posição de munícipe e leitor da Acta: “ O que é
que está para se ver, afinal? Que aspetos é que
estão para corrigir? Pois bem, são esses aspetos
que não veem na Acta e como tal não podem ser
escrutinados no futuro por ninguém, já que por
esta Acta, são desconhecidos! Termina este ponto
dizendo que fiz “ … comparações entre o que diz a
Câmara e o que diz o relatório“. Ora, como não
comparei todo o relatório, deveria constar da
Acta aquelas situações que considerei mais impor-
tantes e que referi na minha intervenção. _ O
mesmo critério de redação da Acta foi aplicado às
intervenções dos meus camaradas José Gonçalo Cos-
ta, Luís Miguel Mendonça e Rui Jorge Silva. O meu
camarada Ricardo Fernandes, inclusivamente,
entregou uma intervenção escrita que não consta
da mesma Acta.--------------
----O Presidente da Mesa relembra que quem quer
que as suas intervenções fiquem transcritas, deve
entregar ou enviar via email, caso contrário a
ata será sempre, como resulta da lei, apenas um
resumo do essencial. ----------------------------
----2.- Período Antes da Ordem do Dia;-----------
7
----JOEL MARQUES PEREIRA (PS):- Em intervenção
escrita - “ O Cine-Teatro de Estarreja proporciona
à população uma vasta oferta cultural, ao nível
da música, dança, cinema ou teatro, conseguindo
mesmo atrair espectadores de todo o Distrito de
Aveiro e de outros pontos do país. A aposta em
artistas de renome nacional, mas também de talen-
tos internacionais, é algo a elogiar. No entanto,
a qualidade tem o seu preço, existem custos de
manutenção do espaço e, nem sempre a bilheteira
esgota. Com isto, quer-se dizer que em alguns
espectáculos, haverá prejuízo. Para aqueles que
conhecem o dia-a-dia das Associações e grupos
estarrejenses, o manter as portas abertas em tem-
po de crise, é um grande desafio. Neste sentido,
o Partido Socialista gostaria de apresentar as
seguintes sugestões, para maior eficiência na
gestão do Cine-Teatro, mas também no apoio aos
grupos e instituições locais: - Convidar todas as
Associações e grupos locais, com ênfase na área
recreativa e cultural, a dar um espectáculo neste
edifício; - Entregar às mesmas Associações e gru-
pos, metade da receita de bilheteira; - Contratar
artistas nacionais e internacionais a preços mais
competitivos com a realidade actual; - Permitir,
8
através de concurso, que qualquer cidadão tenha a
oportunidade de actuar nos “cafés-concerto”.
Sobre a Juventude - Os jovens portugueses enfren-
tam hoje uma terrível doença: o desemprego. Ainda
que a Câmara Municipal de Estarreja possua pro-
gramas como o Cartão Jovem Municipal ou as Bolsas
de Estudo para alunos do Ensino Superior, os
jovens adultos até aos 30 anos, são esquecidos. A
Feira da Juventude, Formação e Protecção Civil, é
destinada sobretudo a jovens até aos 18 anos de
idade e consiste apenas na apresentação de esco-
las profissionais e Universidades. Então e os
jovens que já têm um curso de formação superior?
Ou que após o 12º ano, decidiram entrar no merca-
do de trabalho? Este projecto deveria chamar-se
Feira da Juventude, Formação, Protecção Civil e
Emprego. As empresas do Concelho de Estarreja
deveriam ser convidadas a estar presentes para
apresentar ao público aquilo que produzem e o que
procuram num trabalhador. Fica ainda mais uma
sugestão: voltar a introduzir as Bolsas de Está-
gios Profissionais, em colaboração com o Institu-
to de Emprego e Formação Profissional. - Propos-
tas do Partido Socialista (PS) no Conselho Muni-
cipal da Juventude de 18 Dezembro 2013. - Tornar
9
o Pólo da Biblioteca de Pardilhó activo e funcio-
nal, incentivando os jovens a frequentar este
espaço, através da criação de exposições e pales-
tras temáticas; - Criação de Actividades Extra-
Curriculares gratuitas ou com custos reduzidos,
nas 5 freguesias do Concelho, e não apenas na
Sede do mesmo. - Protocolo com Empresas de Forma-
ção Profissional e com o Instituto de Emprego, de
forma a lançar formação financiada para jovens
até aos 30 anos, com formação superior e desem-
pregados; - Criação de Página Oficial na Rede
Social Facebook (Município de Estarreja), para
divulgação de notícias e actividades da Câmara e
Juntas de Freguesia (9 em 19 concelhos do Distri-
to de Aveiro possuem página oficial). - Dar
conhecimento à Assembleia Municipal, dos assuntos
e propostas mencionadas no Conselho Municipal da
Juventude”.-------------
----ANTÓNIO AMADOR ESTEVES (CDU):- Em intervenção
escrita – “As últimas eleições autárquicas, trou-
xeram para a CDU, um avanço, em votos, e percen-
tagem nas Assembleias de freguesia; Câmara Muni-
cipal e Assembleia Municipal. Fruto da conjuntura
Nacional, da repulsa das medidas de empobrecimen-
to do país por parte da troika e do governo
10
PPD/CDS e certamente do assumir da CDU como uma
força confiável, com projectos, candidatos credí-
veis e obra feita no poder autárquico. Este
reforço, não foi suficiente, para nos dar o poder
da gestão autárquica nem para mudar o poder
local. Assim assumimo-nos como força de oposição.
Mas oposição construtiva tal como referimos na
campanha eleitoral., “ Apoiaremos sempre os pro-
jectos que sejam bons para Estarreja, independen-
temente da força que a apresentar. Não negociamos
lugares, avaliamos propostas.” E assim será. Con-
tem connosco nos projectos, prementes para Estar-
reja, de criação de emprego (com direitos), no
apoio ao comércio local, às pequenas e micro
empresas, ao desporto e cultura na defesa da
escola pública e de qualidade, do SNS e do Hospi-
tal de Salreu ou novo hospital, na conservação da
natureza e reabilitação da ria, no apoio social
aos idosos e crianças, na defesa do poder autár-
quico e na devolução dos executivos das juntas às
freguesias espoliadas. Àqueles que nos elegeram,
por opção política, por protesto ou simpatia pes-
soal, queremos aqui reafirmar o nosso compromisso
de trabalho honesto e desinteressado para o bem
da nossa terra, mas também cá estaremos na defesa
11
do regime de liberdade, no qual o povo decida do
seu destino e um estado democrático, representa-
tivo e participado. Na defesa do desenvolvimento
económico assente numa economia mista. Na defesa
de uma política social que garanta a melhoria das
condições de vida. Na defesa de uma política cul-
tural que assegure o acesso generalizado à livre
criação e fruição culturais e a defesa de uma
pátria independente e soberana com uma política
de paz e amizade com todos os povos”. -----------
---
----AMÉRICO RODRIGUES SOARES (CDU): – Em inter-
venção escrita – “Caríssimos, dado que o tema
principal da Assembleia Municipal de hoje é a
discussão e votação das Grandes Opções do Plano e
Orçamento para 2014, farei, no período de “antes
da ordem do dia”, algumas considerações ao Orça-
mento de Estado para 2014, orçamento que tem
merecido comentários, dos mais violentos, por
parte de pessoas lúcidas, dos mais diversos qua-
drantes políticos e bem conhecidas de todos nós.
A não ser os elementos dos aparelhos partidários
da maioria no governo, ninguém aparece em defesa
deste orçamento e da política que lhe está subad-
jacente. É um orçamento que segue as directrizes
12
dos anteriores orçamentos, esses orçamentos que
conduziram o país à miséria, os orçamentos da
austeridade cega, ainda mais violenta que a exi-
gida ao governo pela tróica. Essa austeridade que
acaba de ser posta em causa pela directora-geral
do FMI, Christine Lagarde que acaba de admitir
"erro" na política de austeridade imposta a Por-
tugal e à Grécia ao aplicarem os programas de
ajustamento num espaço de tempo demasiado curto.
O que é ainda mais grave no meio de tudo isto, é
que reconhecido o erro, insistimos com as mesmas
políticas e as mesmas medidas. Isto é criminoso!
Parafraseando o Prof. Freitas do Amaral, que no
programa televisivo “Prós e Contras” da semana
passada dizia: “Não há Democracia nas decisões da
EU. Quem manda é a Alemanha, que submete tudo e
todos aos seus interesses. Estamos a empobrecer
Portugal, onde já não existe classe média. Pre-
tende-se criar mão-de-obra escrava e o mais grave
de tudo isto é que o governo português colabora
nestas jogadas.” Mais um orçamento de Estado para
matar os que têm vindo a resistir às sucessivas
medidas brutais que este governo ultraliberal e
contra a Constituição, tem vindo a implementar ao
longo de todo o seu mandato. Este orçamento, mais
13
uma vez, vai retirar (roubar) aos pobres para dar
aos ricos. Reduz salários a quem trabalha, pen-
sões de reforma aos reformados, desemprega os
empregados e paga para dar estaleiros a empresas
falidas. Em contra partida, dá o produto do roubo
aos grandes empresários. Tudo isto em nome da
revitalização da ECONOMIA! São as famílias que
pagam a crise, os grandes empresários e os bancos
ganham com ela! Este Orçamento contém cortes de
3,9 mil milhões de euros, o equivalente a 2,3% do
Produto Interno Bruto (PIB), sendo que cerca de
80% do ajustamento será feito do lado da despesa.
A nível macroeconómico, para 2014, o Governo
espera que Portugal cresça 0,8%, que o défice
desça para os 4% e que a dívida pública caia para
os 126,6%, mas o desemprego continuará a subir
para os 17,7%. Estas previsões são, regra geral,
mais optimistas do que as da Organização para a
Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE),
sendo que o Fundo Monetário Internacional (FMI) e
a Comissão Europeia, já alertaram para os riscos
que comportam. Nos relatórios sobre a oitava e a
nona avaliações ao programa português, tanto o
FMI como a Comissão Europeia alertaram para os
riscos que se colocam às previsões apresentadas
14
pelo Governo e à capacidade de pôr em prática os
esforços de consolidação orçamental. O FMI adver-
tiu para a possibilidade de o Tribunal Constitu-
cional chumbar mais medidas do Governo, mostran-
do-se preocupado com "os riscos legais em torno
da consolidação orçamental". O FMI tinha razão em
estar preocupado, pois ontem recebemos com satis-
fação, a notícia do parecer do Tribunal Constitu-
cional sobre a inconstitucionalidade da lei da
convergência. Já Bruxelas afirmou que o cresci-
mento da economia portuguesa no segundo trimestre
foi conseguido, em grande parte, devido a "facto-
res não repetíveis" e dúvida da sustentabilidade
da redução da taxa de desemprego. O governo
insiste em diabolizar o Tribunal Constitucional e
no desrespeito da nossa lei fundamental, a Cons-
tituição da República Portuguesa que jurou defen-
der. Isto é um péssimo exemplo, que o coloca fora
da lei e lhe retira toda a legitimidade e a con-
fiança dos Portugueses. Que confiança nos merece
um Orçamento que viola a Constituição?”- --------
----------
----CARLOS ALBÉRICO ALVES (COLIGAÇÃO PSD/PP): -
Em intervenção escrita – “Como todos sabemos, o
Baixo Vouga Lagunar (BVL) debate-se com problemas
15
antigos que afetam a agricultura local e põem em
causa a sobrevivência dos agricultores e o equi-
líbrio dos ecossistemas em presença. São necessá-
rios investimentos que, de uma vez por todas,
resolvam correta e definitivamente um conjunto de
problemas que têm conduzido à progressiva degra-
dação dos solos agrícolas em resultado da invasão
da água salgada. Todos os invernos, as cheias e a
pressão das águas, põem os agricultores em alvo-
roço, provocam a realização de obras de emergên-
cia, sempre imprescindíveis, mas insuficientes
para resolver o problema de fundo! Estas situa-
ções levam à desmotivação dos agricultores, ver-
dadeiros “gestores” do território, ao abandono da
atividade potenciando ainda o surgimento de atos
de vandalismo (roubos de comportas, roubos de
animais...) que conjuntamente com aqueles provo-
cam o agravar da situação. Em campanha eleitoral,
todos, convictamente, alertaram para a situação,
todos trouxeram para a atualidade as suas preocu-
pações com o abandono do BVL. Mas não bastou esse
esforço feito em Agosto e Setembro de 2013. Não
podemos aguardar por novo ciclo eleitoral para
voltarmos a desfraldar as bandeiras do BVL, por-
que, sendo assim, será tarde demais, nada haverá
16
a fazer! A CME, por notícias recentes saídas na
comunicação social local, regional e nacional,
não deixou cair o assunto. Não só, e mais uma
vez, assume a realização de ações que competem a
outros - por forma a minimizar potenciais riscos
- como continua a colocar o problema do BVL na
atualidade noticiosa. Embora, importantes, só por
si, estas ações não são suficientes! É fulcral a
realização da obra de terminar o Dique do Baixo
Vouga. É importante que os Órgãos Autárquicos
(juntas de freguesia, Camara Municipal e Assem-
bleia Municipal), façam o que lhe compete e man-
tenham a pressão política e social, por forma a
manter o BVL na agenda politica Nacional. É
necessário que os partidos com assento nesta AM
pressionem os Grupos Parlamentares na Assembleia
da Republica para que a obra passe do papel à
realidade. Como todos sabem: - Estão já concluí-
dos os estudos de base necessários para que o
projeto e as obras se possam desenvolver; - Exis-
te já anteprojeto de infraestruturas primárias,
estudo de impacto ambiental, declaração de impac-
to ambiental favorável, estudo de viabilidade
socioeconómica e programas de monitorização ini-
ciados dos valores ambientais em presença para um
17
projeto que visa o fecho completo do dique de
proteção contra a entrada de água salgada das
marés, a construção de uma estrutura de valas a
céu aberto com a dupla funcionalidade de drenagem
e de rega, bem como o adensamento de sebes e o
arranjo da rede viária; - Em janeiro de 2012, a
AR já aprovou por unanimidade de todas as forças
politicas com assento no hemiciclo, duas moções
que recomendam ao governo a realização da obra; -
O projeto figura igualmente nas opções estratégi-
cas prioritárias da Comunidade Intermunicipal da
Região de Aveiro;- Recentemente, em julho deste
ano de 2013, na Comissão parlamentar da AR da
Agricultura e Pescas, perante a Direção Regional
de Agricultura e Pescas do Centro, na pessoa do
Eng.º Magalhães Crespo, foi reconhecida a impor-
tância das obras a realizar, sendo um assunto que
só não divide como “une” os interesses de todas
as forças partidárias; - A Politica Agrícola
Comum, nomeadamente a que se refere ao novo QCA
2013 - 2020, prevê um valor de incentivos finan-
ceiros muito significativos para este tipo de
obras. Estamos pois em altura de decisões que nos
comprometem e responsabilizam no tempo presente e
no futuro. Ou fazemos TODOS o que nos compete a
18
este nível, porque è AGORA A HORA, ou podemos
perder definitivamente a possibilidade de salvar
o BVL, o qual, a ser feito o investimento a que
nos propomos, tem enormíssimas potencialidades ao
nível agrícola, ambiental e turístico!”----------
----JOSÉ BORGES (PRESIDENTE DA JUNTA DE FREGUESIA
DE AVANCA): - Em intervenção escrita – “De forma
simples, espero que esclarecedora, desejo referir
aqui um assunto, que nada tem a ver com os assun-
tos que aqui vão ser analisados e votados. Mas
acho-o de grande pertinência e entendo por isso
devê-lo partilhar e colocá-lo nesta Assembleia.
Todos os presentes conhecem a ADRA, repito para
não haver equívoco, a ADRA! De quem depende a
maioria da população do nosso concelho, no que
respeita ao fornecimento de água da rede e sanea-
mento. Pois é, nestes cerca de dois meses, após a
tomada de posse do Executivo da Junta de Avanca,
temos sido contactados com frequência por cida-
dãos que pedem informação e desejam saber se nas
ruas onde residem existe rede de saneamento e se
podem ligar as suas casas à mesma. No que se
refere a Avanca, a Junta de Freguesia possui uma
relação com cerca de 45 arruamentos onde é possí-
vel fazer a ligação, cuja relação foi enviada
19
pela Câmara há cerca 4 ou 5 anos. Destes arrua-
mentos alguns, só em parte tinham ou tem sanea-
mento. Devo também esclarecer que Avanca tem cer-
ca de 150 ruas com toponímia. Com o dever de
informar e não possuindo elementos, decidimos
solicitar à ADRA, através de email, o fornecimen-
to de uma lista onde constassem todas as ruas de
Avanca, com rede de saneamento e prontas a acei-
tar as ligações das habitações. Como a resposta
tardasse, insistimos e foi-nos agendada para o
dia 14 de Novembro uma reunião na ADRA - Aveiro.
No dia indicado, eu e o Senhor Secretário lá nos
deslocamos à ADRA e nas suas instalações reunimos
com o Senhor Director Eng.º Brás Duarte e com a
Eng.ª Inês. Resumindo a reunião, que foi útil e
elucidativa, concluímos que a ADRA apenas possuía
vários mapas sinalizados, mas nenhum com a des-
criminação das ruas e, como tinha-mos conhecimen-
to que a ADRA estava a cobrar taxa de saneamento
a moradores que supostamente não tinham à sua
porta a rede de saneamento, quisemos ali confir-
mar essa mesma situação. Não foi difícil concluir
que há habitações em Avanca, que não estando
ligadas ao saneamento por o mesmo não existir, os
seus moradores estão a pagar a taxa de saneamen-
20
to. Achamos muito estranho e até injusto, e ques-
tionamos como fazer nesta situação. A resposta
foi que as pessoas que estejam a pagar saneamento
e não tenham à sua porta a rede devem reclamar, a
fim de serem ressarcidas dos valores que foram
indevidamente pagando. Pois é! Posso ou poderemos
concluir, que haverá pessoas que ainda não deram
conta que estão a pagar indevidamente a taxa de
saneamento, e sendo certo que alguns apresentarão
reclamação, a questão é que muita gente devido ao
reduzido consumo de água nem dá conta da taxa de
saneamento que pagam! Outros haverá até, que se
acomodam, porque reclamar dá trabalho e faz per-
der muito tempo! Apresento aqui este caso, por
achar que deve ser do conhecimento desta Assem-
bleia, da Câmara Municipal e dos meus caríssimos
colegas e Presidentes das Juntas de Freguesia,
que têm também obrigação de informar e esclarecer
as populações e também, porque considero injusto
que se cobre uma taxa por um serviço que não é
prestado e se me é permitido, solicito que esta
Assembleia confiando nesta informação, tome ade-
quada atitude, no sentido de ser impedido, que
pessoas principalmente as mais indefesas e incau-
tas, continuem como que por obrigação e de forma
21
ilegal a criar riqueza a empresas que não tendo
escrúpulos não respeitam minimamente as pessoas,
nem as regras sociais!”--------------------------
---------
----JOSE GONÇALO COSTA (PS):- faz uma intervenção
como líder do GM do PS, informando que estão dis-
poníveis para ajudar e colaborar, mas não para
serem coniventes para o não investimento ou para
as subidas do IRS e do IMI. ---------------------
----JOSÉ DA LUZ MATOS (COLIGAÇÃO PSD/PP): - Na
CIRA se fala sobre a AdRA de relance e que se
pode ter uma Assembleia Extraordinária, porque há
coisas que não tem funcionado bem e nunca houve
nenhum administrador que explicasse o que quer
que seja. Sobre as atas todos estivemos aqui e
sabemos o que se passou e no comunicado que sur-
giu do PS sobre o IRS, que inclusive falou depois
de mim, quando eu não podia fazer consideração
sobre uma proposta do PS que não existia. Portan-
to a coligação não interviu no ponto 3 e gostava
que o PS corrigisse o que publicou. -------------
----CARLA SÓNIA CABIQUE MARTINS(CDU): – Questiona
o Presidente da Câmara se a Câmara e Assembleia
Municipal não receberam uma “Carta Aberta em
defesa da Escola Pública”, remetida pela FENPROF
22
– Federação Nacional dos Professores.------------
--
----JOSÉ ANTÓNIO MARQUES (PRESIDENTE DA JUNTA DE
FREGUESIA DE BEDUIDO E VEIROS): – Comenta sobre
um incêndio num prédio devoluto no Esteiro que
dava abrigo aos sem abrigo. Este já tinha sido
sinalizado pois até tinha estado lá com uma
Assistente Social. Agradece ter o José Borges ter
acompanhado no caso da AdRA.---------------------
----DIAMANTINO MANUEL SABINA (PRESIDENTE DA
CÂMARA): – Sobre a Cine-Teatro – este é uma refe-
rência Nacional e Regional, há um programador que
atende aos variados gostos culturais. Concorda
sobre o abrir a um maior leque e lê o que está no
plano sobre o Cine-Teatro. Sobre os conselhos
sobre a Juventude esses conselhos são bons e
todos já foram registados. Sobre a questão da
AdRA é sempre aflitiva e a situação que descreveu
é ilegal. E sobre os cadastros, a Câmara Munici-
pal tem e quando quiser estamos disponíveis.
Sobre a carta aberta, desconhece. Sobre a questão
referida pelo José António há uma Rede Social e
estamos abertos a essa situação. ----------------
--------
23
----3.1.- Apreciação de informação escrita do
Exmo. Senhor Presidente da Câmara Municipal acer-
ca da actividade do município e da respectiva
situação financeira; ----------------------------
-----
----JOSÉ DA LUZ MATOS (COLIGAÇÃO PSD/PP): - Refe-
riu que o estilo da informação mudou radicalmente
e considera que a mudança é boa pois ficamos mais
bem informados. Fala sobre o lançamento da sétima
edição Terras da Antuã e que marca a diferença
com muita colaboração e relatos históricos muito
importantes do Concelho. Também foi muito impor-
tante porque foi uma mudança de ciclo do Dr. Bis-
mark para a Dra. Rosa Maria e louva os colabora-
dores que se dedicaram e colaboraram sem qualquer
contrapartida).----------------------------------
----JOSE GONÇALO COSTA (PS):- Comenta que são
poucos os Estarrejenses que conhecem esta revista
Terras da Antuã. Enalteceu esta informação escri-
ta, pois é importante que os cidadãos e os mem-
bros da assembleia acedem ao que é feito e acha
que este deve ser um exemplo. Refere que tem duas
ou três perguntas a fazer sobre a parte Social do
Eco-Parque, o Projecto Rampa e a reunião com o
Secretário Estado da Saúde.----------------------
24
----LUIS MIGUEL MENDONÇA (PS): – Teceu alguns
comentários sobre as obras municipais e enumera
várias obras que dizem que estão suspensas e fica
admirado porque algumas são muito rápidas.-------
----AMÉRICO RODRIGUES SOARES (CDU): - Comenta
sobre a mudança radical no relatório. Há coisas
que não interessam numa visão macro, referindo
que não vai dizer que é melhor ou pior que os
anteriores, apenas que é diferente. Questiona
sobre o teor da conversa do Sr. Presidente da
Câmara com o Ministério da Saúde. ---------------
----------- ----DIAMANTINO MANUEL SABINA
(PRESIDENTE DA CÂMARA): – Fala sobre a Informação
Municipal e considera ser interessante saber-se o
que fazem as divisões e secções da Câmara. Sobre
as Terras do Antuã – estas actividades sempre
foram publicadas e divulgadas, neste caso há 7
anos e sempre com salão cheio. Sobre a Área
Social e de Negócios do Eco-Parque vão haver lá
formações e há a preocupação em dinamizar. Sobre
o Rampa, é um projecto imaterial e foi dinamizado
junto das escolas e foram muitos os projetos e é
um facto de que somos um dos mais acessíveis do
país, pois 30% de barreiras já foram resolvidas.
Sobre o Hospital e a demissão do Presidente do
25
Conselho de Administração, tive dados de que isso
ia acontecer. E a reunião com o Secretário foi
exactamente para insistir na preocupação sobre o
Hospital. Acha que há falta de comunicação, não
se sabe qual é a estratégia e precisamos saber.
Sobre as obras suspensas, foi devido aos níveis
freáticos e por isso tecnicamente não foi possí-
vel continuar.-----------------------------------
-------
----3.2.- Discussão e votação da proposta camará-
ria de “Grandes Opções do Plano e Orçamento para
2014”.-------------------------------------------
----O Presidente da Mesa informou que houve uma
reunião da Comissão de Economia e Finanças com o
Eng. Adolfo Vidal e com a Drª Alexandra Almeida,
da Divisão Económica e Financeira. --------------
----AMÉRICO RODRIGUES SOARES (CDU): – Em interven-
ção escrita – “Sr. Presidente da AM, começo por
lamentar que para um assunto tão importante como
é a discussão e votação da proposta camarária de
“Grandes Opções do Plano e Orçamento para 2014”,
disponha o grupo parlamentar da CDU de apenas 5
minutos e meio. Isto significa que à CDU se pede
que vote sem discutir…….O GOPO para 2014 apresen-
tado a esta Assembleia, é aquilo que se esperava
26
e já aqui referido pela CDU aquando da discussão
da fixação das taxas do IMI e da fixação da taxa
de participação do Município no IRS – 2014 e que
votamos contra. Resumindo, não existe investimen-
to que justifique o esforço enorme que se pede
aos Munícipes. Permitam-me que refira apenas
alguns números que ressaltam da leitura do orça-
mento: Este orçamento, de 17.500 mil €, é o mais
baixo dos últimos 10 anos e apresenta uma redução
de 15,46% relativamente ao de 2013, ou seja,
inferior em 3.200 mil €. Verificamos que o valor
previsional das receitas correntes (13.045 K€)
aumentou 5,47%, enquanto que as receitas previ-
sionais de capital (4.455 K€) caíram 46,81%. Este
aumento das receitas correntes é conseguido atra-
vés da carga fiscal que recai sobre os Munícipes,
directamente através do IMI, ou indirectamente
através do IRS e do IVA. A participação fixa da
câmara de Estarreja no IRS aumentou 1,86%. As
despesas de investimento baixaram 39,84% relati-
vamente a 2013, ou seja, passaram de 7.948 K€
para 4.782 K€. Tal como pressupúnhamos aquando da
discussão das taxas de IMI e da participação fixa
no IRS, se as despesas de investimento foram
reduzidas em cerca de 40%, porquê o aumento pre-
27
visional das receitas correntes, indo ao bolso
dos Munícipes? Isto é nem mais nem menos que a
política que o governo que não respeita a Consti-
tuição seguiu no Orçamento do Estado para 2014.
Na presente situação de crise de que não se vis-
lumbra o fim, é imoral ir buscar desnecessaria-
mente dinheiro ao bolso de quem muitas vezes não
o tem para poder dar de comer aos filhos. Já se
diz por aí, que quem tem casa própria no concelho
de Estarreja, passa a pagar também uma renda à
Câmara! Todavia, na “Mensagem do Presidente” que
consta nas “Grandes Opções do Plano e Orçamento”
há efectivamente uma mensagem de esperança. Diz-
se: “A sustentabilidade é a palavra de ordem nos
investimentos do futuro….” “Este Orçamento Muni-
cipal marca esse início. Um primeiro passo numa
viagem que prevemos promissora. Viagem que nos
levará ao que queremos e pelo que pretendemos
lutar…” “Um Município desenvolvido, moderno e
sustentável!” Para isso, o Sr. Presidente, indica
o caminho que nos conduzirá ao objectivo, ou
seja, um “Município desenvolvido, moderno e sus-
tentável”, e para tal destaca as medidas: - O
desenvolvimento económico e Eco- Parque Empresa-
rial de Estarreja, tendo já afectado verbas neste
28
orçamento para aquisição de terrenos no Eco-
Parque Empresarial de forma a poder responder de
forma rápida e ágil à procura por parte de inves-
tidores. - Aqui tenho uma questão, se não se con-
segue vender os terrenos que integram o actual,
para quê estar a pagar juros do capital a inves-
tir e que ficará imobilizado não sabemos por
quantos anos? A rentabilização do Eco-Parque
Empresarial de Estarreja, servido pelas duas
principais auto-estradas de Portugal, pela prin-
cipal via férrea, a 30 Kms do porto de Aveiro, a
60 Kms do porto de Leixões e do aeroporto Sá Car-
neiro, a 15 Kms da A25, principal eixo de ligação
a Espanha, merece um novo modelo de gestão para
ser rentabilizado! - Tem também no horizonte a
Reabilitação Urbana, com o objectivo de renovar a
fachada urbana, fixar moradores e rejuvenescer o
comércio local. O Sr. Presidente diz que tem no
horizonte! - No quinquagésimo aniversário do Mer-
cado de Estarreja, a Câmara vai avançar para a
“elaboração do projecto de requalificação, numa
lógica de integração económica e da reabilitação
urbana, ganhando assim escala, dimensão e enqua-
dramento, em linha com a estratégia regional para
o Quadro Comunitário de Apoio 2014-2020”. Muito
29
bem, então vamos ter projecto, e o resto? - Lan-
çamento próximo da empreitada de requalificação
das Ribeiras de Veiros e do Mourão (2ª fase),
projecta-se a aposta no Turismo, na sua vertente
ambiental, tendo como foco o BIORIA, que conti-
nuará a ser aposta clara do Município…. - A rea-
lização em 2014 da Feira OBSERVARIA, ….. - Elabo-
ração do projecto de beneficiação do antigo Esta-
leiro da Ribeira da Aldeia, e sua transformação
no centro de interpretação da construção naval. -
Turismo Industrial…. Para mim é um Novo conceito!
- Reforço de verbas para fazer face aos prejuízos
causados pelo avanço da água salgada. E então
para quando a conclusão do Projecto Agrícola do
baixo Vouga? - Relativamente à Política Social,
aumentam os valores propostos para o Projecto de
Habitação de Freguesia e para o Programa Casa
Melhor. - Dinamização Cultural, Carnaval e Des-
porto. Sr. Presidente, isto é muito pouco e não é
com este orçamento e com este programa que vai
conseguir o tal objectivo de termos “Um Município
desenvolvido, moderno e sustentável! Da leitura
atenta de todo o documento constata-se:- Uma par-
te considerável do concelho está excluída das
acções previstas no orçamento, digamos que a
30
preocupação está na cidade, mais umas coisinhas
para Avanca e Pardilhó e o resto é paisagem. -
Esquece-se uma parte importante da nossa popula-
ção, aqueles que vivem da agricultura. Porque não
promover uma Feira Agro-Industrial anual ou bia-
nual, para promover a agricultura e a indústria
que se praticam no concelho de Estarreja. - Para
quando estender o saneamento básico a todo o con-
celho. - Nem uma frase em defesa do Hospital Vis-
conde de Salreu e de acções no sentido do arran-
que do prometido Novo Hospital. Não esquecer que
o hospital é fundamental como infra-estrutura de
apoio ao Eco-Parque Empresarial. - Esquecemos já
o prometido heliporto; não se mexe uma palha para
o conseguir. - Refere-se o aproveitamento turís-
tico da CicloRia, mas não se refere a reabertura
do percurso pedonal e clicável ao longo de todo o
percurso do rio Antuã no concelho de Estarreja.
Seria um óptimo contributo para o turismo ambien-
tal e permitiria o acesso para limpeza das mar-
gens do rio e do parque florestal adjacente e
acesso fácil em caso de incêndio. - Não se refe-
rem medidas preventivas concretas de incêndios no
nosso parque florestal. - Refere alguns contribu-
tos para as Colectividades e Associações Despor-
31
tivas, mas esqueceu-se da ADS – Associação Des-
portiva de Santiais. - Devido a jogadas eleito-
rais, avançou-se com a inauguração de obras
durante o período eleitoral, obras essas que vão
ser pagas com o orçamento de 2014. Isto não é
isenção…. Mais, muito mais fica por dizer…… Este,
nunca seria um orçamento da responsabilidade de
CDU. A coligação ganhou as Eleições e este é o
primeiro mandato do Sr Presidente. Lamentamos que
este orçamento venha na linha dos orçamentos
inconstitucionais troikianos, cujos resultados
serão certamente os previsíveis: mais desemprego,
falências, miséria e fome….. será tempo perdido,
um falhanço! Este executivo ainda está no estado
de graça. As próximas eleições autárquicas ainda
vêem longe, mas certamente o eleitorado julgará a
governação desta coligação”. --------------------
--------------
----CARLOS ALBÉRICO ALVES (COLIGAÇÃO PSD/PP): -
Em intervenção escrita – “Quando iniciei a prepa-
ração desta minha intervenção fui ler a que pro-
feri aquando da apreciação do orçamento e GOP
para 2013. Aquilo que disse do orçamento de 2013
quase que poderia repetir agora na discussão des-
32
te documento de 2014. Se no ano passado foi a
quarta vez que baixou o orçamento, agora será a
5.ª vez. Em 5 anos o orçamento baixou 16 M €, ou
seja, uma redução média de 3,2 M € ano. Era
expectável! É prudente! É responsável! A conjun-
tura económica Nacional e Internacional influen-
ciaram os orçamentos de anos anteriores e
influencia o atual a que se junta o facto de nos
encontrarmos (à data), num ano de encerramento de
QCA e no limiar de um ano que será de preparação
de projetos ao novo QCA que, só será regulamenta-
do, esperamos, no segundo semestre de 2014, ou
até, no último trimestre do ano! Por outro lado,
o facto de o OE transferir para os Municípios
menos verbas, particularmente ao nível do capi-
tal, também influencia em queda os valores do
orçamento municipal. Em 2012, referi que não era
nenhum DRAMA que o orçamento de 2013 fosse o mais
baixo da última década. REPITO-O! Não é nenhum
DRAMA que o orçamento volte a baixar, reforçando
assim os alicerces de uma nova fase de investi-
mento que se iniciará em 2015. Não é nenhum sinal
de conformismo, nem de rendição, é um sinal de
33
RESPONSABILIDADE. Os orçamentos da CME são cada
vez mais colados à realidade. As taxas de execu-
ção já ultrapassam os 80%. Não corremos riscos de
a IGF, ou qualquer outra inspeção, nos acusar de
sobre orçamentação. Não há sobre orçamentação com
taxas de execução de 80% em orçamentos desta
dimensão. Acredito que não voltaremos a baixar o
valor do orçamento. Acredito que nenhum outro
orçamento se situe abaixo de 17,5 M €. De facto,
há um aspeto político a ter em conta para não
baixar mais os orçamentos. Efetivamente, se por
um lado acredito que se estão a criar as condi-
ções para o arranque de um novo ciclo de investi-
mentos Municipais (colados ao novo QCA), por
outro o Dr. Diamantino e o executivo quererão
continuar a dizer que a coligação PSD-CDS, desde
que em 2002 regressou ao poder Autárquico, nunca
teve um orçamento inferior ao PS. Mesmo este
orçamento "sem rasgo, sem chama, de desilusão",
como o classificou o PS, e que é o mais baixo que
alguma vez a coligação apresentou a esta Assem-
bleia, é MAIOR que o MAIOR orçamento que o PS
algum dia elaborou (que foi de 16,8 M € em 2000).
34
Como todos sabemos, as despesas correntes, pela
sua natureza, (salários, bens e serviços necessá-
rios ao funcionamento das organizações) não são
fáceis de reduzir. De qualquer maneira, entre
2008 e 2013, as despesas correntes baixaram 1,5 M
€ e este ano voltam a baixar. E não é fácil bai-
xar as despesas correntes, quando "o esforço de
rigor e de dedicação que o Vereador Abílio Sil-
veira dedicou à gestão Financeira da CME" (e aca-
bei, novamente de citar o PS), inventando onde
poupar cêntimos para termos a boa situação finan-
ceira que hoje possuímos. Pois, pese essas cir-
cunstâncias, pese o aumento dos custos com com-
bustíveis, eletricidade, comparticipações para a
ADSE..., continuamos a cortar ainda mais nas des-
pesas correntes! Na pág. 71 das GOP e Orçamento
para 2014, lê-se: “... Prevê-se um acréscimo de
2,5 % das despesas com pessoal, dado que o ante-
rior orçamento incorporou o pressuposto de o OE
de 2013 suspender o pagamento do subsídio de
férias dos funcionários públicos, o qual foi anu-
lado pela declaração de inconstitucionalidade.
Neste ano económico, prevê-se o pagamento de tal
35
subsídio". Parece-nos pois claras as razões para
o aumento dos encargos com o pessoal em 2,55 %
(114.000 €). A mantermos os pressupostos de ela-
boração do orçamento de 2013, os encargos com o
pessoal desceriam novamente. Gostaria mais uma
vez de salientar o facto de o orçamento prever
um valor avultado de poupança corrente (2,2 M €).
É um indicador excelente, um indicador que
demonstra o rigor e qualidade com que se orçamen-
ta. No caso, e já antecipando a aplicação do novo
regime financeiro das Autarquias Locais (ou seja,
o n.º 2 do artigo 40 da Lei 73/2013), a poupança
corrente prevista permite amortizar 1,2 M € de
empréstimos de MLP e ainda disponibilizar 1 M €
para investimentos. Mas mais importante é que,
depois, na EXECUÇÃO, se mantem o pressuposto e
constata-se que ano após ano as receitas corren-
tes permitem não só financiar as despesas corren-
tes, mas ainda financiar investimento. A aprecia-
ção das contas de Novembro de 2013, garante-nos
que iremos novamente concretizar uma poupança
corrente de quase 2 M €. Trata-se pois de um
orçamento prudente nas receitas, contido nas des-
36
pesas, responsável para com os munícipes e soli-
dário para com o País. É um orçamento que permi-
tirá, garantidamente, e a exemplo de 2013, uma
taxa de execução superior a 80 %, próxima dos 85
%. Finalmente, e porque não quero só elogiar,
devendo efetuar reparos quando estes se justifi-
cam gostaria de me solidarizar o PS e "lamentar
o curto espaço de tempo que foi concedido aos
vereadores da oposição para apreciarem um orça-
mento desta natureza. Para quem tem outra ativi-
dade profissional, que não a de vereador a tempo
inteiro, dois dias, torna impraticável uma apre-
ciação com rigor e o detalhe pretendido". Foi
isso que aconteceu, Sr Presidente, não deu ao PS
o tempo necessário para analisar o documento com
rigor e detalhe. Só por isso, estou em crer, o
PS votou contra as GOP e Orçamento para 2014”. --
----RUI JORGE SILVA (PS): – Em intervenção escri-
ta – “Esta Assembleia está perante o Orçamento
mais baixo aqui apresentado nos últimos 10 anos,
este é o primeiro facto que se pode constatar e
sobre o qual devemos tirar algumas ilações. O
orçamento que este executivo apresenta para o ano
37
de 2014 traduz-se num decréscimo na ordem dos
15,5% em relação a 2013, o que se traduz numa
previsão de saldo de 3 milhões 200 mil euros face
às previsões iniciais de 2013. (O Orçamento 2014
é de 17 milhões e 500 mil euros face ao 2013 que
era de 20 milhões e 700mileuros); Esta tendência
de decréscimo é ainda mais gravosa se a comparar-
mos com os últimos anos, por exemplo: em relação
a 2012, a descida é de cerca de 27% e se a compa-
rarmos com o ano de 2009, por exemplo a descida é
na ordem dos 48%, vejamos então, o executivo do
“querer mais para Estarreja” em 2014, quer quase
metade do orçamento de há 5anos. Podem justificar
este orçamento como sendo um orçamento “realista”
e que foi pensado com os dois pés bem assentes no
chão. O Orçamento que sustenta segundo palavras
do próprio presidente da Autarquia, um plano de
atividades muito ambicioso e que serviu de justi-
ficação para mais um vereador, é afinal uma mira-
gem, onde está essa ambição? Nos planos não se
vê. Ter os pés assentes no chão, não é o mesmo
que os ter totalmente enterrados. A ambição não
tem que ter um preço nem um valor em colunas de
excell, é possível fazer mais e melhor sem aumen-
tar endividamento, mas para isso é preciso ter o
38
que não existe neste plano, Ambição, Criatividade
e Mestria. Mas poder-se-ia pensar que uma redução
orçamental desta natureza, assenta num decréscimo
significativo das despesas correntes, mas tal não
acontece. Já nas receitas de capital e no que se
refere às vendas de bens de investimento, a pre-
visão de receita é praticamente igual a 2013. O
que não deixa de transparecer uma ideia de estag-
nação, pois ainda recentemente se passou a mensa-
gem que a grande aposta seria uma vez mais o Eco-
Parque e a venda dos seus terrenos. Mas a reali-
dade fica uma vez mais aquém do que se pode ler
ou ouvir, pois se o valor previsto há dois anos
atrás, no orçamento de 2012, foi de cerca de 1
milhão e 400 mil euros tendo, no final, sido
arrecadados apenas 24 mil euros (equivalente a
1,72% do previsto). Em 2013, e tendo por base o
ano anterior, o orçamento apresentava um valor de
335 mil e 500 euros. Como tal quando lemos as
palavras do Sr. Presidente nas notas introdutó-
rias: «Damos o destaque que prometemos ao desen-
volvimento económico, e o Eco-Parque Empresarial
de Estarreja é um dos principais protagonistas
desta nossa caminhada. Apostamos na atração de
empresas e criação de emprego e assumimo-lo como
39
principal motor de desenvolvimento económico
local e regional», só podemos concluir que os
executivos que ao longo dos últimos doze anos não
conseguiram atrair nenhum investimento à escala
de alguns que por aqui andaram a negociar, se as
coisas não mudaram e não funcionaram na altura,
como é que agora na secção dos investimentos
podemos defender a compra de mais terrenos para o
eco parque? O que mudou? Nada, a política mantêm-
se só na área das intenções e das expetativas.
Enquanto isso vemos zonas industriais bem perto
da nossa que apresenta taxas de ocupação de quase
90%.
Já do lado das receitas correntes podemos consta-
tar um aumento do valor previsional na ordem dos
5,47%. Este acréscimo faz-se sobretudo à conta da
carga fiscal sobre os munícipes, através do
aumento dos impostos municipais (sobretudo IMI
cerca de 5% e que tem por base as avaliações rea-
lizadas pelas Finanças). Esta postura de cautela
financeira do executivo só dá razão ao sentido de
voto contra que os vereadores e os deputados do
PS têm vindo a fazer quando da discussão das
taxas municipais. Uma vez mais numa altura de
dificuldades como a que vivemos, em que os cida-
40
dãos estão a ser os mais sacrificados devido em
grande parte às políticas de cortes cegos que
lhes é imposta pelo governo, a Autarquia, em vez
de dar um sinal claro de apoio aos estarrejenses
e de atacar o governo que lhe impõe também difi-
culdades acrescidas, opta antes por sacrificar os
seus cidadãos. É uma opção que ficou demonstrada
na última assembleia com um voto de qualidade e
que estamos certos que hoje vamos aqui assistir à
segunda parte. Nas despesas de capital, cabe
realçar que o investimento municipal volta a bai-
xar significativamente (cerca 31,5%), represen-
tando um decréscimo de mais de 3 milhões de euros
em relação a 2013. Ou seja, a expressão clara do
desinvestimento no município. Acima de tudo o que
pedimos é que não iludam os estarrejenses com
percentagens, porque estas são mais importantes
pelo que escondem do que pelo que mostram, pois
quando se anunciam taxas de execução elevadas,
seria mais importante explicar que as despesas
correntes rondam os 78% e as despesas de investi-
mento 52%. Esperemos que para o ano não estejamos
aqui a discutir execuções inferiores a 90%, pois
se assim for com este orçamento já de si pouco
ambicioso, é sinal que estamos a baixar demasiado
41
a fasquia, e assim puder continuar a dizer que
conseguimos mais uma vez ultrapassá-la…”.--------
----JOSE GONÇALO COSTA (PS): - Referiu que há
desinvestimentos nas obras em 40%, mas aumento no
pessoal. Critica o corte nas AEC´S, na redução de
comparticipação das refeições escolares e de
transporte. No entanto, duplica-se o valor para o
Festarreja e comenta os valores para o St.º Antó-
nio. A Câmara Municipal orçamentou o Garcicup
para os 7.500, mas há associações que não têm
subsídios desse valor para o ano inteiro. Ques-
tiona sobre o encontro anual de Cinema de Avanca
e questiona onde estão os projetos. -------------
--
----DIAMANTINO ALBERTO CORREIA (PS): – Em inter-
venção escrita – “Quais são os valores globais
atribuídos a cada uma das freguesias no âmbito da
Delegação de Competências? Neste capítulo, o que
vai modificar no modo de proceder do Executivo
para evitar que as Assembleias de Freguesia este-
jam, ano após ano, a retificar o plano de execu-
ção de obras por Delegação de Competências da
Câmara Municipal? É que parece simples orçamentar
um investimento e dizer: “ Esta obra é da compe-
tência da Junta… “, mas depois a obra arrasta-se
42
ao longo dos anos, o dinheiro não aparece para a
fazer e ficam as Juntas com a fama de não se
fazer a obra “ que a Câmara havia delegado… “. E
se há coisa que as Juntas de Freguesia já demons-
traram é que, em muitos aspetos, são muito melho-
res que a Câmara Municipal a executar obra e a
cumprir prazos! - O Executivo Camarário parece
agora ter encontrado um novo caminho de desenvol-
vimento que é o Turismo Industrial. Gostaria de
saber o que é esta atividade, onde se vai aplicar
e com que objectivos”. --------------------------
------
-----JOSÉ DA LUZ MATOS (COLIGAÇÃO PSD/PP): -
Refere que o PS defendeu baixar os impostos do
IRS e IMI, mas isso baixa a receita, daí uma con-
tradição. Onde é que vai buscar receita? Se se
baixasse 1% o valor daria menos 130.000€. Não
houve alternativas de onde se iria buscar o
dinheiro. Há uns anos atrás apresentou-se um
orçamento elevado e votaram contra porque era
alto, mas agora votaram contra, porque é o mais
baixo. Isso foi uma boa medida e vamos ter que
ter uma taxa de execução altíssima. Os anos que
ai vêm serão anos péssimos para todos os municí-
pios e as leis que surgirem limitam imenso a
43
actuação. Refere que o estado diminuiu as trans-
ferências para as autarquias, o que implica o
recurso aos impostos diretos. Refere também que
têm existido obras que vão passando de um ano
para os outros e que isto deve ser corrigido. ---
------------------------------- ----ADOLFO
FIGUEIREDO VIDAL (VEREADOR DA CME):- Receitas
correntes e capital são provenientes de transfe-
rências do Estado e do QREN. Temos uma diminuição
de 47% nas transferências do Orçamento do Estado
e final do QREN. - Sobre o Eco-Parque, vamos
avançar com um plano estratégico e com um novo
regulamento para a venda dos terrenos. - Sobre o
Mercado - antes da obra temos que ter um projec-
to. - Sobre o Baixo-Vouga, já temos feito muito
mais que a nossa obrigação, mas estamos aqui para
isso. Este deverá ser um projecto essencial. -
Sobre a feira agrícola acha interessante a ideia.
- Sobre a Associação Desportiva de Santiais, esta
é subsidiada como as outras. - Por um lado criti-
cam o decréscimo do orçamento mas passaram anos a
criticar a sobreorçamen-tação! Afinal em que
ficamos? As despesas correntes têm vindo a dimi-
nuir e as despesas com o pessoal também, embora
isso nem sempre deva ser visto como um bom sinal,
44
pois implica diminuição de poder de compra de uma
faixa sensível da população. Aconselha a verem o
rácio sobre n.º de trabalhadores face ao número
de habitantes do Concelho. Sobre a componente de
apoio político ao executivo, o valor é o mais
baixo desde 2005. - Sobre as AEC´s estas são
financiadas pelo Ministério da Educação e quem
cortou foi o Governo. - Sobre a comparticipação
dos transportes e alimentação, não é verdade que
tenhamos cortado em termos de apoio, presta-se
exatamente o mesmo serviço, mas por menos dinhei-
ro. - Sobre o apoio ao Garcicup nós quisemos
sinalizar de forma clara esse apoio porque a ati-
vidade não movimentou só jovens, mas a economia
local. E ao Cine-Clube foi atribuído um apoio
de 32.500€ em 2013. – Sobre as freguesias, o
valor mantêm-se, mas reforça-se com os arruamen-
tos.- Sobre Turismo Industrial –temos turismo
ambiental e porque não casar estas duas coisas? -
-----------------------------------
----O Presidente da Mesa deu informação sobre o
parecer da Comissão Municipal da Juventude.------
----O ponto foi colocado a votação, obtendo-se o
seguinte resultado: oito votos contra do PS de
(Gonçalo Costa, Diamantino Garrido, Joel Pereira,
45
Luís Mendonça, Lúcia Araújo, Rui Silva, Ricardo
Fernandes e Patrícia Couto; cinco abstenções de
(Manuel Almeida, José Borges, Américo Soares,
Carla Martins e António Esteves; 13 votos a
favor. Num total de 26 deputados presentes. -----
-- ----CARLA SÓNIA CABIQUE MARTINS(CDU): – Decla-
ração de voto – “Em relação à proposta camarária
de “Grandes Opções do Plano e Orçamento para
2014” a abstenção do grupo parlamentar da CDU não
pode ser considerada como um voto de apoio. Uma
vez que defendemos como princípio de que quem
ganha governa, e sendo este, o primeiro plano
deste executivo, daremos o beneficio da dúvida. O
nosso voto de descontentamento foi dado já, com o
voto contra sobre as taxas de IMI e IRS, sendo
que neste momento as mesmas estão plasmadas no
referido plano, trabalhando o executivo baseado
nos mesmos. As prioridades dadas no plano não se
coadunam com aquelas que defendemos como princí-
pio, nem as nossas políticas e princípios se
assemelham às da coligação que venceu as elei-
ções, mas como referimos anteriormente, foram
estas políticas e princípios que o povo de Estar-
reja escolheu”. ---------------------------------
---------
46
----3.3.- Autorização genérica para dispensa de
autorização prévia favorável da Assembleia Muni-
cipal à Assunção de Compromissos Plurianuais no
Exercício Económico 2014;-----------------------
----ADOLFO FIGUEIREDO VIDAL (VEREADOR DA CME):-
Explica que esta autorização genérica tem haver
com a Lei dos Compromissos e o carácter pluria-
nual dos mesmos, desde que que não estejam defi-
nidos no PPI ou PAM e que não ultrapassem o valor
de 100.000€;trimestralmente é trazida ao conheci-
mento da Assembleia Municipal a discriminação dos
compromissos assumidos ao abrigo dessa autoriza-
ção genérica da Assembleia.----------------------
----Colocado a votação, o ponto foi aprovado por
unanimidade dos presentes. ----------------------
----4.- Período de Intervenção do Público.------
----O Presidente da Mesa questionou se alguém do
público quer intervir. --------------------------
---- Usando a palavra Arménio Lopes Ramos - BI
1919844, de 02/06/2004, Aquivo de Aveiro, resi-
dente em Pardilhó – Questiona a Câmara Municipal
a explicar quais as obras que vão ser executadas
em cada freguesia. E que algumas delegações
seriam interessantes, como a deslocação de fun-
cionários às freguesias para as pessoas pagarem
47
algumas taxas.-----------------------------------
----
----DIAMANTINO MANUEL SABINA (PRESIDENTE DA
CÂMARA): – Esclarece que a discussão sobre as
obras para o orçamento municipal fez-se com as
Juntas, cuja competência resulta resulta da lei,
e não com as Assembleias de Freguesia. Sobre os
pagamentos das taxas, esta questão tem sido
levantada e já se está a tentar resolver esta
situação, dado alguns valores serem diminutos.---
----
----Seguidamente, o Presidente da Mesa deu conta
de uma Moção apresentada pelo Grupo Municipal da
Coligação PPD/PSD,CDS/PP – “Ocorreu no passado
dia 16 de Dezembro a aprovação, pelos ministros
da Agricultura da União Europeia, da Politica
Agrícola Comum (PAC) para o período 2014 a 2020,
naquele que foi o culminar de um longo processo
negocial entre a Comissão, Parlamento Europeu e
os estados membros. Para Portugal estão previstos
cerca de 8.000 M€, sendo que para a componente de
Desenvolvimento Rural (onde se integrarão os
investimentos respeitantes ao Regadio), estão
previstos cerca de 3.600 M€. Com esta nova reali-
dade, em conjugação com as 2 resoluções aprovadas
48
por unanimidade na Assembleia da República e com
o facto da Comunidade Intermunicipal da Região de
Aveiro (CIRA) ter colocado o Projeto Agrícola do
Vouga nas suas opções estratégicas para
2014/2020, estão criadas condições nunca antes
atingidas para que, finalmente, se dê sequência e
conclusão ao Projeto, atribuindo-lhe o financia-
mento devido que se estima em 20 M€. Assim, a
Assembleia Municipal de Estarreja, reunida no dia
20 de Dezembro de 2013, delibera exigir ao Gover-
no e particularmente ao Ministério da Agricultu-
ra, que defina como prioritário o Projeto Agríco-
la do Vouga e o integre nos instrumentos de
financiamento da nova PAC em Portugal. Do teor
desta moção deverá ser dado conhecimento a todas
as bancadas parlamentares da Assembleia da Repú-
blica e à Comunidade Intermunicipal da Região de
Aveiro.” ----------------------------------------
----
----Colocada a Moção à votação, foi a mesma apro-
vada por unanimidade dos presentes.--------------
----Mais foi decidido, por unanimidade, aprovar
as deliberações em minuta, para efeitos de execu-
ção imediata.------------------------------------
49
----Finalmente, o Presidente da Mesa informou que
aquela seria a última sessão da Assembleia Muni-
cipal em que participa por força da sua dupla
eleição para o Secretariado Executivo Intermuni-
cipal da Região de Aveiro. Reconhece que, após as
reservas iniciais de passar da Câmara para a
Assembleia, já estava a gostar desta função, mas
a recente Lei 75/2013, de 12 de Setembro, impõe
que desempenhe o referido cargo em exclusividade
profissional (voltando a suspender na Ordem dos
Advogados) e não podendo exercer outros cargos
políticos. Isto é, tendo sido o único Cidadão
português que não podia concorrer à Câmara de
Estarreja, agora volta a ser duplamente limitado.
Explicitou que o recém-criado Secretariado Execu-
tivo corresponde a uma necessidade detectada na
gestão dos crescentes e complexos projectos
intermunicipais, face à impossibilidade dos 11
Presidentes de Câmara fazerem tudo. Trata-se, por
outro lado, de um enorme desafio na descentrali-
zação de Portugal, pois não havendo regiões, cabe
às CIM e Áreas Metropolitanas forçarem esse ina-
diável caminho, há muito percorrido na Europa.
Sabe da dificuldade do cargo, a que a lei impõe
24 competências próprias, mas destaca a necessi-
50
dade da dimensão profissional dessa ponte entre
os Municípios, as Entidades, de que destaca a
Universidade de Aveiro, Empresas, Instituições e
Cidadãos. Por fim, agradece a colaboração dos
Membros da Assembleia, Presidentes de Junta e,
sempre da Câmara nestes 3 meses, incitando que o
funcionamento mais simples e enxuto da Assembleia
Municipal é um dever de todos, estreitando a
relação com a comunidade.------------------------
--
----Não havendo mais assuntos a analisar ou
decidir, o Presidente da Assembleia deu por
encerrados os trabalhos, eram zero horas e cinco
minutos. ----------------------------------------
----
----Para constar e devidos efeitos, se lavrou a
presente ata que, depois de submetida a aprovação
da Assembleia, vai ser assinada pelos Membros da
Mesa. -------------------------------------------
_________________________________________________