(sessÃo ordinÁria 20 12 2013) - cm-estarreja.pt · qual foi a resposta do sr. presi-dente da...

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1 ----SESSÃO ORDINÁRIA NÚMERO UM ------------------ ----ATA NÚMERO TRÊS ----------------------------- ----Aos vinte dias do mês de dezembro de dois mil e treze, nesta cidade de Estarreja e Salão Nobre dos Paços do Concelho, pelas vinte e horas e trinta e cinco minutos, reuniu a Assembleia Muni- cipal de Estarreja em sessão ordinária, sob a Presidência do senhor José Eduardo Alves Valente de Matos, Presidente da Assembleia Municipal e com a presença dos senhores deputados: José Gon- çalo Sarmento de Rebocho Silva e Costa – PS; Car- los Augusto Oliveira Valente - PPD/PSD-CDS-PP; Diamantino Alberto Garrido Correia – PS; Arminda Paula Moutela Brandão - PPD/PSD-CDS-PP; António Amador da Silva Esteves – CDU (PCP-PEV); Patricia Raquel da Silva Garrido Rodrigues Couto – PS; Carlos Albérico Amorim Alves - PPD/PSD-CDS-PP; José Augusto da Luz Matos - PPD/PSD-CDS-PP; Ricardo Jorge Lopes Fernandes – PS; Alexandra Adelaide Pires Mortágua - PPD/PSD-CDS-PP; Luís Miguel da Silva Mendonça – PS; Carla Sónia de Sá Cabique Martins – CDU (PCP-PEV); Lúcia Maria de Almeida Araújo – PS; Miguel Ângelo de Almeida Fragoso Santos - PPD/PSD-CDS-PP; Joana Raquel Figueiredo Líbano - PPD/PSD-CDS-PP; Joel António

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1

----SESSÃO ORDINÁRIA NÚMERO UM ------------------

----ATA NÚMERO TRÊS -----------------------------

----Aos vinte dias do mês de dezembro de dois mil

e treze, nesta cidade de Estarreja e Salão Nobre

dos Paços do Concelho, pelas vinte e horas e

trinta e cinco minutos, reuniu a Assembleia Muni-

cipal de Estarreja em sessão ordinária, sob a

Presidência do senhor José Eduardo Alves Valente

de Matos, Presidente da Assembleia Municipal e

com a presença dos senhores deputados: José Gon-

çalo Sarmento de Rebocho Silva e Costa – PS; Car-

los Augusto Oliveira Valente - PPD/PSD-CDS-PP;

Diamantino Alberto Garrido Correia – PS; Arminda

Paula Moutela Brandão - PPD/PSD-CDS-PP; António

Amador da Silva Esteves – CDU (PCP-PEV); Patricia

Raquel da Silva Garrido Rodrigues Couto – PS;

Carlos Albérico Amorim Alves - PPD/PSD-CDS-PP;

José Augusto da Luz Matos - PPD/PSD-CDS-PP;

Ricardo Jorge Lopes Fernandes – PS; Alexandra

Adelaide Pires Mortágua - PPD/PSD-CDS-PP; Luís

Miguel da Silva Mendonça – PS; Carla Sónia de Sá

Cabique Martins – CDU (PCP-PEV); Lúcia Maria de

Almeida Araújo – PS; Miguel Ângelo de Almeida

Fragoso Santos - PPD/PSD-CDS-PP; Joana Raquel

Figueiredo Líbano - PPD/PSD-CDS-PP; Joel António

2

Marques pereira – PS; António Manuel da Silva

Esteves - PPD/PSD-CDS-PP; Rui Jorge de Oliveira

Pinho e Silva – PS; Américo Rodrigues Soares –

CDU (PCP-PEV) e os Presidentes das Juntas de Fre-

guesia de: Avanca, Beduído e Veiros, Canelas e

Fermelã, Pardilhó, Salreu, com a seguinte ordem

do dia:------------------------------------------

---

----1.- Aprovação das actas nºs 1 e 2, de

18.10.13 e 22.11.2013, respectivamente;----------

----2.- Período Antes da Ordem do Dia;-----------

----3.- Período da Ordem do Dia:-----------------

----3.1.- Apreciação de informação escrita do

Exmo. Senhor Presidente da Câmara Municipal acer-

ca da actividade do município e da respectiva

situação financeira;-----------------------------

-----

----3.2.- Discussão e votação da proposta camará-

ria de “Grandes Opções do Plano e Orçamento para

2014”.-------------------------------------------

----3.3.- Autorização genérica para dispensa de

autorização prévia favorável da Assembleia Muni-

cipal à Assunção de Compromissos Plurianuais no

Exercício Económico 2014;------------------------

----4.- Período de Intervenção do Público.-------

3

----Apresentou justificação para a respectiva

falta, considerada aceite pela Mesa, o deputado

Hélder Fernando de Matos Rodrigues (PPD/PSD-CDS-

PP), tendo sido substituído por José Domingos de

Matos Sousa.-------------------------------------

----Estiveram presentes, o Senhor Presidente da

Câmara e os seguintes Vereadores: Adolfo Figuei-

redo Vidal, João Carlos Teixeira Alegria e Cata-

rina Ascensão Nascimento Rodrigues.--------------

----Declarada aberta a reunião pelo senhor Presi-

dente, acompanhado pelo Primeiro e Segunda Secre-

tários da Mesa, deu início aos trabalhos, ques-

tionando a bancada dos eleitos pelo PS sobre a

constituição como Grupo Municipal, pois na ante-

rior sessão apenas eles o não tinham formalizado,

o que foi correspondido com a entrega de tal

decisão.-----------------------------------------

--

----1.- Aprovação das actas nºs 1 e 2, de

18.10.13 e 22.11.2013, respectivamente;----------

----Foi dispensada a leitura das atas das reu-

niões em epígrafe, cujos textos foram previamente

distribuídos por todos os Membros da Assembleia e

das deliberações aprovadas em minuta, de acordo

4

com a disposição legal que permite tal procedi-

mento. ------------------------------------------

----ATA Nº 1, DE 18.10.13:-----------------------

----Colocada à votação, a mesma foi aprovada por

maioria, com uma abstenção de (José Domingos de

Matos Sousa), por não ter estado presente nessa

sessão. -----------------------------------------

----ATA Nº 2, DE 22.11.13:-----------------------

----DIAMANTINO ALBERTO CORREIA (PS): Refere que

falta a intervenção do deputado Ricardo Fernan-

des, que a remeteu. A Mesa referiu que não rece-

beu a intervenção escrita, no entanto a mesma

será incluída na ata.----------------------------

--

----Colocada à votação, a ata foi aprovada por

maioria, com uma abstenção de (José Domingos de

Matos Sousa), por não ter estado presente nessa

sessão e um voto contra de Diamantino Correia,

num total de 26 membros presentes.---------------

----DIAMANTINO ALBERTO CORREIA (PS): – Em decla-

ração de voto – Eu, Diamantino Alberto Garrido

Correia, membro eleito pelo PS para a Assembleia

Municipal de Estarreja, declaro que voto contra a

aprovação da Acta nº 2, de 22 de Novembro de

2013, relativa à Sessão Extraordinária nº1, pelas

5

razões que passo a apresentar: A Acta deve repro-

duzir o conteúdo das intervenções dos diferentes

membros, independentemente da sua extensão e não

deve estar condicionada ao espaço de um pequeno

parágrafo. - A minha primeira intervenção nessa

Assembleia Extraordinária vem referida na Acta da

seguinte forma: “Questionou sobre os proprietá-

rios dos prédios rústicos em área florestal…”.

Pergunto: Questionei sobre o quê? O tamanho dos

prédios? O nº de eucaliptos de cada um? O preço

do metro quadrado? A minha intervenção tinha por

base questionar o executivo sobre a política de

majoração ou minoração de taxas relativamente aos

prédios rústicos com atividade agrícola, em espe-

cial os que têm uma componente florestal, que

pudesse promover uma ação de limpeza e desmata-

ção, incluídas numa estratégia de prevenção con-

tra incêndios. Qual foi a resposta do Sr. Presi-

dente da Câmara? Pela Acta, nenhuma. Mas, efeti-

vamente respondeu. E disse “ … que não tinha

nenhum plano sobre este assunto mas que devia

constar esta possibilidade no documento para

poder alterar as taxas quando se implementar

algum plano nesta área...” _ Sobre a minha segun-

da intervenção, diz na Acta: “ Propõe que se veja

6

numa próxima Assembleia o que foi dito pela Câma-

ra para corrigir…” Pergunto agora, que estou na

posição de munícipe e leitor da Acta: “ O que é

que está para se ver, afinal? Que aspetos é que

estão para corrigir? Pois bem, são esses aspetos

que não veem na Acta e como tal não podem ser

escrutinados no futuro por ninguém, já que por

esta Acta, são desconhecidos! Termina este ponto

dizendo que fiz “ … comparações entre o que diz a

Câmara e o que diz o relatório“. Ora, como não

comparei todo o relatório, deveria constar da

Acta aquelas situações que considerei mais impor-

tantes e que referi na minha intervenção. _ O

mesmo critério de redação da Acta foi aplicado às

intervenções dos meus camaradas José Gonçalo Cos-

ta, Luís Miguel Mendonça e Rui Jorge Silva. O meu

camarada Ricardo Fernandes, inclusivamente,

entregou uma intervenção escrita que não consta

da mesma Acta.--------------

----O Presidente da Mesa relembra que quem quer

que as suas intervenções fiquem transcritas, deve

entregar ou enviar via email, caso contrário a

ata será sempre, como resulta da lei, apenas um

resumo do essencial. ----------------------------

----2.- Período Antes da Ordem do Dia;-----------

7

----JOEL MARQUES PEREIRA (PS):- Em intervenção

escrita - “ O Cine-Teatro de Estarreja proporciona

à população uma vasta oferta cultural, ao nível

da música, dança, cinema ou teatro, conseguindo

mesmo atrair espectadores de todo o Distrito de

Aveiro e de outros pontos do país. A aposta em

artistas de renome nacional, mas também de talen-

tos internacionais, é algo a elogiar. No entanto,

a qualidade tem o seu preço, existem custos de

manutenção do espaço e, nem sempre a bilheteira

esgota. Com isto, quer-se dizer que em alguns

espectáculos, haverá prejuízo. Para aqueles que

conhecem o dia-a-dia das Associações e grupos

estarrejenses, o manter as portas abertas em tem-

po de crise, é um grande desafio. Neste sentido,

o Partido Socialista gostaria de apresentar as

seguintes sugestões, para maior eficiência na

gestão do Cine-Teatro, mas também no apoio aos

grupos e instituições locais: - Convidar todas as

Associações e grupos locais, com ênfase na área

recreativa e cultural, a dar um espectáculo neste

edifício; - Entregar às mesmas Associações e gru-

pos, metade da receita de bilheteira; - Contratar

artistas nacionais e internacionais a preços mais

competitivos com a realidade actual; - Permitir,

8

através de concurso, que qualquer cidadão tenha a

oportunidade de actuar nos “cafés-concerto”.

Sobre a Juventude - Os jovens portugueses enfren-

tam hoje uma terrível doença: o desemprego. Ainda

que a Câmara Municipal de Estarreja possua pro-

gramas como o Cartão Jovem Municipal ou as Bolsas

de Estudo para alunos do Ensino Superior, os

jovens adultos até aos 30 anos, são esquecidos. A

Feira da Juventude, Formação e Protecção Civil, é

destinada sobretudo a jovens até aos 18 anos de

idade e consiste apenas na apresentação de esco-

las profissionais e Universidades. Então e os

jovens que já têm um curso de formação superior?

Ou que após o 12º ano, decidiram entrar no merca-

do de trabalho? Este projecto deveria chamar-se

Feira da Juventude, Formação, Protecção Civil e

Emprego. As empresas do Concelho de Estarreja

deveriam ser convidadas a estar presentes para

apresentar ao público aquilo que produzem e o que

procuram num trabalhador. Fica ainda mais uma

sugestão: voltar a introduzir as Bolsas de Está-

gios Profissionais, em colaboração com o Institu-

to de Emprego e Formação Profissional. - Propos-

tas do Partido Socialista (PS) no Conselho Muni-

cipal da Juventude de 18 Dezembro 2013. - Tornar

9

o Pólo da Biblioteca de Pardilhó activo e funcio-

nal, incentivando os jovens a frequentar este

espaço, através da criação de exposições e pales-

tras temáticas; - Criação de Actividades Extra-

Curriculares gratuitas ou com custos reduzidos,

nas 5 freguesias do Concelho, e não apenas na

Sede do mesmo. - Protocolo com Empresas de Forma-

ção Profissional e com o Instituto de Emprego, de

forma a lançar formação financiada para jovens

até aos 30 anos, com formação superior e desem-

pregados; - Criação de Página Oficial na Rede

Social Facebook (Município de Estarreja), para

divulgação de notícias e actividades da Câmara e

Juntas de Freguesia (9 em 19 concelhos do Distri-

to de Aveiro possuem página oficial). - Dar

conhecimento à Assembleia Municipal, dos assuntos

e propostas mencionadas no Conselho Municipal da

Juventude”.-------------

----ANTÓNIO AMADOR ESTEVES (CDU):- Em intervenção

escrita – “As últimas eleições autárquicas, trou-

xeram para a CDU, um avanço, em votos, e percen-

tagem nas Assembleias de freguesia; Câmara Muni-

cipal e Assembleia Municipal. Fruto da conjuntura

Nacional, da repulsa das medidas de empobrecimen-

to do país por parte da troika e do governo

10

PPD/CDS e certamente do assumir da CDU como uma

força confiável, com projectos, candidatos credí-

veis e obra feita no poder autárquico. Este

reforço, não foi suficiente, para nos dar o poder

da gestão autárquica nem para mudar o poder

local. Assim assumimo-nos como força de oposição.

Mas oposição construtiva tal como referimos na

campanha eleitoral., “ Apoiaremos sempre os pro-

jectos que sejam bons para Estarreja, independen-

temente da força que a apresentar. Não negociamos

lugares, avaliamos propostas.” E assim será. Con-

tem connosco nos projectos, prementes para Estar-

reja, de criação de emprego (com direitos), no

apoio ao comércio local, às pequenas e micro

empresas, ao desporto e cultura na defesa da

escola pública e de qualidade, do SNS e do Hospi-

tal de Salreu ou novo hospital, na conservação da

natureza e reabilitação da ria, no apoio social

aos idosos e crianças, na defesa do poder autár-

quico e na devolução dos executivos das juntas às

freguesias espoliadas. Àqueles que nos elegeram,

por opção política, por protesto ou simpatia pes-

soal, queremos aqui reafirmar o nosso compromisso

de trabalho honesto e desinteressado para o bem

da nossa terra, mas também cá estaremos na defesa

11

do regime de liberdade, no qual o povo decida do

seu destino e um estado democrático, representa-

tivo e participado. Na defesa do desenvolvimento

económico assente numa economia mista. Na defesa

de uma política social que garanta a melhoria das

condições de vida. Na defesa de uma política cul-

tural que assegure o acesso generalizado à livre

criação e fruição culturais e a defesa de uma

pátria independente e soberana com uma política

de paz e amizade com todos os povos”. -----------

---

----AMÉRICO RODRIGUES SOARES (CDU): – Em inter-

venção escrita – “Caríssimos, dado que o tema

principal da Assembleia Municipal de hoje é a

discussão e votação das Grandes Opções do Plano e

Orçamento para 2014, farei, no período de “antes

da ordem do dia”, algumas considerações ao Orça-

mento de Estado para 2014, orçamento que tem

merecido comentários, dos mais violentos, por

parte de pessoas lúcidas, dos mais diversos qua-

drantes políticos e bem conhecidas de todos nós.

A não ser os elementos dos aparelhos partidários

da maioria no governo, ninguém aparece em defesa

deste orçamento e da política que lhe está subad-

jacente. É um orçamento que segue as directrizes

12

dos anteriores orçamentos, esses orçamentos que

conduziram o país à miséria, os orçamentos da

austeridade cega, ainda mais violenta que a exi-

gida ao governo pela tróica. Essa austeridade que

acaba de ser posta em causa pela directora-geral

do FMI, Christine Lagarde que acaba de admitir

"erro" na política de austeridade imposta a Por-

tugal e à Grécia ao aplicarem os programas de

ajustamento num espaço de tempo demasiado curto.

O que é ainda mais grave no meio de tudo isto, é

que reconhecido o erro, insistimos com as mesmas

políticas e as mesmas medidas. Isto é criminoso!

Parafraseando o Prof. Freitas do Amaral, que no

programa televisivo “Prós e Contras” da semana

passada dizia: “Não há Democracia nas decisões da

EU. Quem manda é a Alemanha, que submete tudo e

todos aos seus interesses. Estamos a empobrecer

Portugal, onde já não existe classe média. Pre-

tende-se criar mão-de-obra escrava e o mais grave

de tudo isto é que o governo português colabora

nestas jogadas.” Mais um orçamento de Estado para

matar os que têm vindo a resistir às sucessivas

medidas brutais que este governo ultraliberal e

contra a Constituição, tem vindo a implementar ao

longo de todo o seu mandato. Este orçamento, mais

13

uma vez, vai retirar (roubar) aos pobres para dar

aos ricos. Reduz salários a quem trabalha, pen-

sões de reforma aos reformados, desemprega os

empregados e paga para dar estaleiros a empresas

falidas. Em contra partida, dá o produto do roubo

aos grandes empresários. Tudo isto em nome da

revitalização da ECONOMIA! São as famílias que

pagam a crise, os grandes empresários e os bancos

ganham com ela! Este Orçamento contém cortes de

3,9 mil milhões de euros, o equivalente a 2,3% do

Produto Interno Bruto (PIB), sendo que cerca de

80% do ajustamento será feito do lado da despesa.

A nível macroeconómico, para 2014, o Governo

espera que Portugal cresça 0,8%, que o défice

desça para os 4% e que a dívida pública caia para

os 126,6%, mas o desemprego continuará a subir

para os 17,7%. Estas previsões são, regra geral,

mais optimistas do que as da Organização para a

Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE),

sendo que o Fundo Monetário Internacional (FMI) e

a Comissão Europeia, já alertaram para os riscos

que comportam. Nos relatórios sobre a oitava e a

nona avaliações ao programa português, tanto o

FMI como a Comissão Europeia alertaram para os

riscos que se colocam às previsões apresentadas

14

pelo Governo e à capacidade de pôr em prática os

esforços de consolidação orçamental. O FMI adver-

tiu para a possibilidade de o Tribunal Constitu-

cional chumbar mais medidas do Governo, mostran-

do-se preocupado com "os riscos legais em torno

da consolidação orçamental". O FMI tinha razão em

estar preocupado, pois ontem recebemos com satis-

fação, a notícia do parecer do Tribunal Constitu-

cional sobre a inconstitucionalidade da lei da

convergência. Já Bruxelas afirmou que o cresci-

mento da economia portuguesa no segundo trimestre

foi conseguido, em grande parte, devido a "facto-

res não repetíveis" e dúvida da sustentabilidade

da redução da taxa de desemprego. O governo

insiste em diabolizar o Tribunal Constitucional e

no desrespeito da nossa lei fundamental, a Cons-

tituição da República Portuguesa que jurou defen-

der. Isto é um péssimo exemplo, que o coloca fora

da lei e lhe retira toda a legitimidade e a con-

fiança dos Portugueses. Que confiança nos merece

um Orçamento que viola a Constituição?”- --------

----------

----CARLOS ALBÉRICO ALVES (COLIGAÇÃO PSD/PP): -

Em intervenção escrita – “Como todos sabemos, o

Baixo Vouga Lagunar (BVL) debate-se com problemas

15

antigos que afetam a agricultura local e põem em

causa a sobrevivência dos agricultores e o equi-

líbrio dos ecossistemas em presença. São necessá-

rios investimentos que, de uma vez por todas,

resolvam correta e definitivamente um conjunto de

problemas que têm conduzido à progressiva degra-

dação dos solos agrícolas em resultado da invasão

da água salgada. Todos os invernos, as cheias e a

pressão das águas, põem os agricultores em alvo-

roço, provocam a realização de obras de emergên-

cia, sempre imprescindíveis, mas insuficientes

para resolver o problema de fundo! Estas situa-

ções levam à desmotivação dos agricultores, ver-

dadeiros “gestores” do território, ao abandono da

atividade potenciando ainda o surgimento de atos

de vandalismo (roubos de comportas, roubos de

animais...) que conjuntamente com aqueles provo-

cam o agravar da situação. Em campanha eleitoral,

todos, convictamente, alertaram para a situação,

todos trouxeram para a atualidade as suas preocu-

pações com o abandono do BVL. Mas não bastou esse

esforço feito em Agosto e Setembro de 2013. Não

podemos aguardar por novo ciclo eleitoral para

voltarmos a desfraldar as bandeiras do BVL, por-

que, sendo assim, será tarde demais, nada haverá

16

a fazer! A CME, por notícias recentes saídas na

comunicação social local, regional e nacional,

não deixou cair o assunto. Não só, e mais uma

vez, assume a realização de ações que competem a

outros - por forma a minimizar potenciais riscos

- como continua a colocar o problema do BVL na

atualidade noticiosa. Embora, importantes, só por

si, estas ações não são suficientes! É fulcral a

realização da obra de terminar o Dique do Baixo

Vouga. É importante que os Órgãos Autárquicos

(juntas de freguesia, Camara Municipal e Assem-

bleia Municipal), façam o que lhe compete e man-

tenham a pressão política e social, por forma a

manter o BVL na agenda politica Nacional. É

necessário que os partidos com assento nesta AM

pressionem os Grupos Parlamentares na Assembleia

da Republica para que a obra passe do papel à

realidade. Como todos sabem: - Estão já concluí-

dos os estudos de base necessários para que o

projeto e as obras se possam desenvolver; - Exis-

te já anteprojeto de infraestruturas primárias,

estudo de impacto ambiental, declaração de impac-

to ambiental favorável, estudo de viabilidade

socioeconómica e programas de monitorização ini-

ciados dos valores ambientais em presença para um

17

projeto que visa o fecho completo do dique de

proteção contra a entrada de água salgada das

marés, a construção de uma estrutura de valas a

céu aberto com a dupla funcionalidade de drenagem

e de rega, bem como o adensamento de sebes e o

arranjo da rede viária; - Em janeiro de 2012, a

AR já aprovou por unanimidade de todas as forças

politicas com assento no hemiciclo, duas moções

que recomendam ao governo a realização da obra; -

O projeto figura igualmente nas opções estratégi-

cas prioritárias da Comunidade Intermunicipal da

Região de Aveiro;- Recentemente, em julho deste

ano de 2013, na Comissão parlamentar da AR da

Agricultura e Pescas, perante a Direção Regional

de Agricultura e Pescas do Centro, na pessoa do

Eng.º Magalhães Crespo, foi reconhecida a impor-

tância das obras a realizar, sendo um assunto que

só não divide como “une” os interesses de todas

as forças partidárias; - A Politica Agrícola

Comum, nomeadamente a que se refere ao novo QCA

2013 - 2020, prevê um valor de incentivos finan-

ceiros muito significativos para este tipo de

obras. Estamos pois em altura de decisões que nos

comprometem e responsabilizam no tempo presente e

no futuro. Ou fazemos TODOS o que nos compete a

18

este nível, porque è AGORA A HORA, ou podemos

perder definitivamente a possibilidade de salvar

o BVL, o qual, a ser feito o investimento a que

nos propomos, tem enormíssimas potencialidades ao

nível agrícola, ambiental e turístico!”----------

----JOSÉ BORGES (PRESIDENTE DA JUNTA DE FREGUESIA

DE AVANCA): - Em intervenção escrita – “De forma

simples, espero que esclarecedora, desejo referir

aqui um assunto, que nada tem a ver com os assun-

tos que aqui vão ser analisados e votados. Mas

acho-o de grande pertinência e entendo por isso

devê-lo partilhar e colocá-lo nesta Assembleia.

Todos os presentes conhecem a ADRA, repito para

não haver equívoco, a ADRA! De quem depende a

maioria da população do nosso concelho, no que

respeita ao fornecimento de água da rede e sanea-

mento. Pois é, nestes cerca de dois meses, após a

tomada de posse do Executivo da Junta de Avanca,

temos sido contactados com frequência por cida-

dãos que pedem informação e desejam saber se nas

ruas onde residem existe rede de saneamento e se

podem ligar as suas casas à mesma. No que se

refere a Avanca, a Junta de Freguesia possui uma

relação com cerca de 45 arruamentos onde é possí-

vel fazer a ligação, cuja relação foi enviada

19

pela Câmara há cerca 4 ou 5 anos. Destes arrua-

mentos alguns, só em parte tinham ou tem sanea-

mento. Devo também esclarecer que Avanca tem cer-

ca de 150 ruas com toponímia. Com o dever de

informar e não possuindo elementos, decidimos

solicitar à ADRA, através de email, o fornecimen-

to de uma lista onde constassem todas as ruas de

Avanca, com rede de saneamento e prontas a acei-

tar as ligações das habitações. Como a resposta

tardasse, insistimos e foi-nos agendada para o

dia 14 de Novembro uma reunião na ADRA - Aveiro.

No dia indicado, eu e o Senhor Secretário lá nos

deslocamos à ADRA e nas suas instalações reunimos

com o Senhor Director Eng.º Brás Duarte e com a

Eng.ª Inês. Resumindo a reunião, que foi útil e

elucidativa, concluímos que a ADRA apenas possuía

vários mapas sinalizados, mas nenhum com a des-

criminação das ruas e, como tinha-mos conhecimen-

to que a ADRA estava a cobrar taxa de saneamento

a moradores que supostamente não tinham à sua

porta a rede de saneamento, quisemos ali confir-

mar essa mesma situação. Não foi difícil concluir

que há habitações em Avanca, que não estando

ligadas ao saneamento por o mesmo não existir, os

seus moradores estão a pagar a taxa de saneamen-

20

to. Achamos muito estranho e até injusto, e ques-

tionamos como fazer nesta situação. A resposta

foi que as pessoas que estejam a pagar saneamento

e não tenham à sua porta a rede devem reclamar, a

fim de serem ressarcidas dos valores que foram

indevidamente pagando. Pois é! Posso ou poderemos

concluir, que haverá pessoas que ainda não deram

conta que estão a pagar indevidamente a taxa de

saneamento, e sendo certo que alguns apresentarão

reclamação, a questão é que muita gente devido ao

reduzido consumo de água nem dá conta da taxa de

saneamento que pagam! Outros haverá até, que se

acomodam, porque reclamar dá trabalho e faz per-

der muito tempo! Apresento aqui este caso, por

achar que deve ser do conhecimento desta Assem-

bleia, da Câmara Municipal e dos meus caríssimos

colegas e Presidentes das Juntas de Freguesia,

que têm também obrigação de informar e esclarecer

as populações e também, porque considero injusto

que se cobre uma taxa por um serviço que não é

prestado e se me é permitido, solicito que esta

Assembleia confiando nesta informação, tome ade-

quada atitude, no sentido de ser impedido, que

pessoas principalmente as mais indefesas e incau-

tas, continuem como que por obrigação e de forma

21

ilegal a criar riqueza a empresas que não tendo

escrúpulos não respeitam minimamente as pessoas,

nem as regras sociais!”--------------------------

---------

----JOSE GONÇALO COSTA (PS):- faz uma intervenção

como líder do GM do PS, informando que estão dis-

poníveis para ajudar e colaborar, mas não para

serem coniventes para o não investimento ou para

as subidas do IRS e do IMI. ---------------------

----JOSÉ DA LUZ MATOS (COLIGAÇÃO PSD/PP): - Na

CIRA se fala sobre a AdRA de relance e que se

pode ter uma Assembleia Extraordinária, porque há

coisas que não tem funcionado bem e nunca houve

nenhum administrador que explicasse o que quer

que seja. Sobre as atas todos estivemos aqui e

sabemos o que se passou e no comunicado que sur-

giu do PS sobre o IRS, que inclusive falou depois

de mim, quando eu não podia fazer consideração

sobre uma proposta do PS que não existia. Portan-

to a coligação não interviu no ponto 3 e gostava

que o PS corrigisse o que publicou. -------------

----CARLA SÓNIA CABIQUE MARTINS(CDU): – Questiona

o Presidente da Câmara se a Câmara e Assembleia

Municipal não receberam uma “Carta Aberta em

defesa da Escola Pública”, remetida pela FENPROF

22

– Federação Nacional dos Professores.------------

--

----JOSÉ ANTÓNIO MARQUES (PRESIDENTE DA JUNTA DE

FREGUESIA DE BEDUIDO E VEIROS): – Comenta sobre

um incêndio num prédio devoluto no Esteiro que

dava abrigo aos sem abrigo. Este já tinha sido

sinalizado pois até tinha estado lá com uma

Assistente Social. Agradece ter o José Borges ter

acompanhado no caso da AdRA.---------------------

----DIAMANTINO MANUEL SABINA (PRESIDENTE DA

CÂMARA): – Sobre a Cine-Teatro – este é uma refe-

rência Nacional e Regional, há um programador que

atende aos variados gostos culturais. Concorda

sobre o abrir a um maior leque e lê o que está no

plano sobre o Cine-Teatro. Sobre os conselhos

sobre a Juventude esses conselhos são bons e

todos já foram registados. Sobre a questão da

AdRA é sempre aflitiva e a situação que descreveu

é ilegal. E sobre os cadastros, a Câmara Munici-

pal tem e quando quiser estamos disponíveis.

Sobre a carta aberta, desconhece. Sobre a questão

referida pelo José António há uma Rede Social e

estamos abertos a essa situação. ----------------

--------

23

----3.1.- Apreciação de informação escrita do

Exmo. Senhor Presidente da Câmara Municipal acer-

ca da actividade do município e da respectiva

situação financeira; ----------------------------

-----

----JOSÉ DA LUZ MATOS (COLIGAÇÃO PSD/PP): - Refe-

riu que o estilo da informação mudou radicalmente

e considera que a mudança é boa pois ficamos mais

bem informados. Fala sobre o lançamento da sétima

edição Terras da Antuã e que marca a diferença

com muita colaboração e relatos históricos muito

importantes do Concelho. Também foi muito impor-

tante porque foi uma mudança de ciclo do Dr. Bis-

mark para a Dra. Rosa Maria e louva os colabora-

dores que se dedicaram e colaboraram sem qualquer

contrapartida).----------------------------------

----JOSE GONÇALO COSTA (PS):- Comenta que são

poucos os Estarrejenses que conhecem esta revista

Terras da Antuã. Enalteceu esta informação escri-

ta, pois é importante que os cidadãos e os mem-

bros da assembleia acedem ao que é feito e acha

que este deve ser um exemplo. Refere que tem duas

ou três perguntas a fazer sobre a parte Social do

Eco-Parque, o Projecto Rampa e a reunião com o

Secretário Estado da Saúde.----------------------

24

----LUIS MIGUEL MENDONÇA (PS): – Teceu alguns

comentários sobre as obras municipais e enumera

várias obras que dizem que estão suspensas e fica

admirado porque algumas são muito rápidas.-------

----AMÉRICO RODRIGUES SOARES (CDU): - Comenta

sobre a mudança radical no relatório. Há coisas

que não interessam numa visão macro, referindo

que não vai dizer que é melhor ou pior que os

anteriores, apenas que é diferente. Questiona

sobre o teor da conversa do Sr. Presidente da

Câmara com o Ministério da Saúde. ---------------

----------- ----DIAMANTINO MANUEL SABINA

(PRESIDENTE DA CÂMARA): – Fala sobre a Informação

Municipal e considera ser interessante saber-se o

que fazem as divisões e secções da Câmara. Sobre

as Terras do Antuã – estas actividades sempre

foram publicadas e divulgadas, neste caso há 7

anos e sempre com salão cheio. Sobre a Área

Social e de Negócios do Eco-Parque vão haver lá

formações e há a preocupação em dinamizar. Sobre

o Rampa, é um projecto imaterial e foi dinamizado

junto das escolas e foram muitos os projetos e é

um facto de que somos um dos mais acessíveis do

país, pois 30% de barreiras já foram resolvidas.

Sobre o Hospital e a demissão do Presidente do

25

Conselho de Administração, tive dados de que isso

ia acontecer. E a reunião com o Secretário foi

exactamente para insistir na preocupação sobre o

Hospital. Acha que há falta de comunicação, não

se sabe qual é a estratégia e precisamos saber.

Sobre as obras suspensas, foi devido aos níveis

freáticos e por isso tecnicamente não foi possí-

vel continuar.-----------------------------------

-------

----3.2.- Discussão e votação da proposta camará-

ria de “Grandes Opções do Plano e Orçamento para

2014”.-------------------------------------------

----O Presidente da Mesa informou que houve uma

reunião da Comissão de Economia e Finanças com o

Eng. Adolfo Vidal e com a Drª Alexandra Almeida,

da Divisão Económica e Financeira. --------------

----AMÉRICO RODRIGUES SOARES (CDU): – Em interven-

ção escrita – “Sr. Presidente da AM, começo por

lamentar que para um assunto tão importante como

é a discussão e votação da proposta camarária de

“Grandes Opções do Plano e Orçamento para 2014”,

disponha o grupo parlamentar da CDU de apenas 5

minutos e meio. Isto significa que à CDU se pede

que vote sem discutir…….O GOPO para 2014 apresen-

tado a esta Assembleia, é aquilo que se esperava

26

e já aqui referido pela CDU aquando da discussão

da fixação das taxas do IMI e da fixação da taxa

de participação do Município no IRS – 2014 e que

votamos contra. Resumindo, não existe investimen-

to que justifique o esforço enorme que se pede

aos Munícipes. Permitam-me que refira apenas

alguns números que ressaltam da leitura do orça-

mento: Este orçamento, de 17.500 mil €, é o mais

baixo dos últimos 10 anos e apresenta uma redução

de 15,46% relativamente ao de 2013, ou seja,

inferior em 3.200 mil €. Verificamos que o valor

previsional das receitas correntes (13.045 K€)

aumentou 5,47%, enquanto que as receitas previ-

sionais de capital (4.455 K€) caíram 46,81%. Este

aumento das receitas correntes é conseguido atra-

vés da carga fiscal que recai sobre os Munícipes,

directamente através do IMI, ou indirectamente

através do IRS e do IVA. A participação fixa da

câmara de Estarreja no IRS aumentou 1,86%. As

despesas de investimento baixaram 39,84% relati-

vamente a 2013, ou seja, passaram de 7.948 K€

para 4.782 K€. Tal como pressupúnhamos aquando da

discussão das taxas de IMI e da participação fixa

no IRS, se as despesas de investimento foram

reduzidas em cerca de 40%, porquê o aumento pre-

27

visional das receitas correntes, indo ao bolso

dos Munícipes? Isto é nem mais nem menos que a

política que o governo que não respeita a Consti-

tuição seguiu no Orçamento do Estado para 2014.

Na presente situação de crise de que não se vis-

lumbra o fim, é imoral ir buscar desnecessaria-

mente dinheiro ao bolso de quem muitas vezes não

o tem para poder dar de comer aos filhos. Já se

diz por aí, que quem tem casa própria no concelho

de Estarreja, passa a pagar também uma renda à

Câmara! Todavia, na “Mensagem do Presidente” que

consta nas “Grandes Opções do Plano e Orçamento”

há efectivamente uma mensagem de esperança. Diz-

se: “A sustentabilidade é a palavra de ordem nos

investimentos do futuro….” “Este Orçamento Muni-

cipal marca esse início. Um primeiro passo numa

viagem que prevemos promissora. Viagem que nos

levará ao que queremos e pelo que pretendemos

lutar…” “Um Município desenvolvido, moderno e

sustentável!” Para isso, o Sr. Presidente, indica

o caminho que nos conduzirá ao objectivo, ou

seja, um “Município desenvolvido, moderno e sus-

tentável”, e para tal destaca as medidas: - O

desenvolvimento económico e Eco- Parque Empresa-

rial de Estarreja, tendo já afectado verbas neste

28

orçamento para aquisição de terrenos no Eco-

Parque Empresarial de forma a poder responder de

forma rápida e ágil à procura por parte de inves-

tidores. - Aqui tenho uma questão, se não se con-

segue vender os terrenos que integram o actual,

para quê estar a pagar juros do capital a inves-

tir e que ficará imobilizado não sabemos por

quantos anos? A rentabilização do Eco-Parque

Empresarial de Estarreja, servido pelas duas

principais auto-estradas de Portugal, pela prin-

cipal via férrea, a 30 Kms do porto de Aveiro, a

60 Kms do porto de Leixões e do aeroporto Sá Car-

neiro, a 15 Kms da A25, principal eixo de ligação

a Espanha, merece um novo modelo de gestão para

ser rentabilizado! - Tem também no horizonte a

Reabilitação Urbana, com o objectivo de renovar a

fachada urbana, fixar moradores e rejuvenescer o

comércio local. O Sr. Presidente diz que tem no

horizonte! - No quinquagésimo aniversário do Mer-

cado de Estarreja, a Câmara vai avançar para a

“elaboração do projecto de requalificação, numa

lógica de integração económica e da reabilitação

urbana, ganhando assim escala, dimensão e enqua-

dramento, em linha com a estratégia regional para

o Quadro Comunitário de Apoio 2014-2020”. Muito

29

bem, então vamos ter projecto, e o resto? - Lan-

çamento próximo da empreitada de requalificação

das Ribeiras de Veiros e do Mourão (2ª fase),

projecta-se a aposta no Turismo, na sua vertente

ambiental, tendo como foco o BIORIA, que conti-

nuará a ser aposta clara do Município…. - A rea-

lização em 2014 da Feira OBSERVARIA, ….. - Elabo-

ração do projecto de beneficiação do antigo Esta-

leiro da Ribeira da Aldeia, e sua transformação

no centro de interpretação da construção naval. -

Turismo Industrial…. Para mim é um Novo conceito!

- Reforço de verbas para fazer face aos prejuízos

causados pelo avanço da água salgada. E então

para quando a conclusão do Projecto Agrícola do

baixo Vouga? - Relativamente à Política Social,

aumentam os valores propostos para o Projecto de

Habitação de Freguesia e para o Programa Casa

Melhor. - Dinamização Cultural, Carnaval e Des-

porto. Sr. Presidente, isto é muito pouco e não é

com este orçamento e com este programa que vai

conseguir o tal objectivo de termos “Um Município

desenvolvido, moderno e sustentável! Da leitura

atenta de todo o documento constata-se:- Uma par-

te considerável do concelho está excluída das

acções previstas no orçamento, digamos que a

30

preocupação está na cidade, mais umas coisinhas

para Avanca e Pardilhó e o resto é paisagem. -

Esquece-se uma parte importante da nossa popula-

ção, aqueles que vivem da agricultura. Porque não

promover uma Feira Agro-Industrial anual ou bia-

nual, para promover a agricultura e a indústria

que se praticam no concelho de Estarreja. - Para

quando estender o saneamento básico a todo o con-

celho. - Nem uma frase em defesa do Hospital Vis-

conde de Salreu e de acções no sentido do arran-

que do prometido Novo Hospital. Não esquecer que

o hospital é fundamental como infra-estrutura de

apoio ao Eco-Parque Empresarial. - Esquecemos já

o prometido heliporto; não se mexe uma palha para

o conseguir. - Refere-se o aproveitamento turís-

tico da CicloRia, mas não se refere a reabertura

do percurso pedonal e clicável ao longo de todo o

percurso do rio Antuã no concelho de Estarreja.

Seria um óptimo contributo para o turismo ambien-

tal e permitiria o acesso para limpeza das mar-

gens do rio e do parque florestal adjacente e

acesso fácil em caso de incêndio. - Não se refe-

rem medidas preventivas concretas de incêndios no

nosso parque florestal. - Refere alguns contribu-

tos para as Colectividades e Associações Despor-

31

tivas, mas esqueceu-se da ADS – Associação Des-

portiva de Santiais. - Devido a jogadas eleito-

rais, avançou-se com a inauguração de obras

durante o período eleitoral, obras essas que vão

ser pagas com o orçamento de 2014. Isto não é

isenção…. Mais, muito mais fica por dizer…… Este,

nunca seria um orçamento da responsabilidade de

CDU. A coligação ganhou as Eleições e este é o

primeiro mandato do Sr Presidente. Lamentamos que

este orçamento venha na linha dos orçamentos

inconstitucionais troikianos, cujos resultados

serão certamente os previsíveis: mais desemprego,

falências, miséria e fome….. será tempo perdido,

um falhanço! Este executivo ainda está no estado

de graça. As próximas eleições autárquicas ainda

vêem longe, mas certamente o eleitorado julgará a

governação desta coligação”. --------------------

--------------

----CARLOS ALBÉRICO ALVES (COLIGAÇÃO PSD/PP): -

Em intervenção escrita – “Quando iniciei a prepa-

ração desta minha intervenção fui ler a que pro-

feri aquando da apreciação do orçamento e GOP

para 2013. Aquilo que disse do orçamento de 2013

quase que poderia repetir agora na discussão des-

32

te documento de 2014. Se no ano passado foi a

quarta vez que baixou o orçamento, agora será a

5.ª vez. Em 5 anos o orçamento baixou 16 M €, ou

seja, uma redução média de 3,2 M € ano. Era

expectável! É prudente! É responsável! A conjun-

tura económica Nacional e Internacional influen-

ciaram os orçamentos de anos anteriores e

influencia o atual a que se junta o facto de nos

encontrarmos (à data), num ano de encerramento de

QCA e no limiar de um ano que será de preparação

de projetos ao novo QCA que, só será regulamenta-

do, esperamos, no segundo semestre de 2014, ou

até, no último trimestre do ano! Por outro lado,

o facto de o OE transferir para os Municípios

menos verbas, particularmente ao nível do capi-

tal, também influencia em queda os valores do

orçamento municipal. Em 2012, referi que não era

nenhum DRAMA que o orçamento de 2013 fosse o mais

baixo da última década. REPITO-O! Não é nenhum

DRAMA que o orçamento volte a baixar, reforçando

assim os alicerces de uma nova fase de investi-

mento que se iniciará em 2015. Não é nenhum sinal

de conformismo, nem de rendição, é um sinal de

33

RESPONSABILIDADE. Os orçamentos da CME são cada

vez mais colados à realidade. As taxas de execu-

ção já ultrapassam os 80%. Não corremos riscos de

a IGF, ou qualquer outra inspeção, nos acusar de

sobre orçamentação. Não há sobre orçamentação com

taxas de execução de 80% em orçamentos desta

dimensão. Acredito que não voltaremos a baixar o

valor do orçamento. Acredito que nenhum outro

orçamento se situe abaixo de 17,5 M €. De facto,

há um aspeto político a ter em conta para não

baixar mais os orçamentos. Efetivamente, se por

um lado acredito que se estão a criar as condi-

ções para o arranque de um novo ciclo de investi-

mentos Municipais (colados ao novo QCA), por

outro o Dr. Diamantino e o executivo quererão

continuar a dizer que a coligação PSD-CDS, desde

que em 2002 regressou ao poder Autárquico, nunca

teve um orçamento inferior ao PS. Mesmo este

orçamento "sem rasgo, sem chama, de desilusão",

como o classificou o PS, e que é o mais baixo que

alguma vez a coligação apresentou a esta Assem-

bleia, é MAIOR que o MAIOR orçamento que o PS

algum dia elaborou (que foi de 16,8 M € em 2000).

34

Como todos sabemos, as despesas correntes, pela

sua natureza, (salários, bens e serviços necessá-

rios ao funcionamento das organizações) não são

fáceis de reduzir. De qualquer maneira, entre

2008 e 2013, as despesas correntes baixaram 1,5 M

€ e este ano voltam a baixar. E não é fácil bai-

xar as despesas correntes, quando "o esforço de

rigor e de dedicação que o Vereador Abílio Sil-

veira dedicou à gestão Financeira da CME" (e aca-

bei, novamente de citar o PS), inventando onde

poupar cêntimos para termos a boa situação finan-

ceira que hoje possuímos. Pois, pese essas cir-

cunstâncias, pese o aumento dos custos com com-

bustíveis, eletricidade, comparticipações para a

ADSE..., continuamos a cortar ainda mais nas des-

pesas correntes! Na pág. 71 das GOP e Orçamento

para 2014, lê-se: “... Prevê-se um acréscimo de

2,5 % das despesas com pessoal, dado que o ante-

rior orçamento incorporou o pressuposto de o OE

de 2013 suspender o pagamento do subsídio de

férias dos funcionários públicos, o qual foi anu-

lado pela declaração de inconstitucionalidade.

Neste ano económico, prevê-se o pagamento de tal

35

subsídio". Parece-nos pois claras as razões para

o aumento dos encargos com o pessoal em 2,55 %

(114.000 €). A mantermos os pressupostos de ela-

boração do orçamento de 2013, os encargos com o

pessoal desceriam novamente. Gostaria mais uma

vez de salientar o facto de o orçamento prever

um valor avultado de poupança corrente (2,2 M €).

É um indicador excelente, um indicador que

demonstra o rigor e qualidade com que se orçamen-

ta. No caso, e já antecipando a aplicação do novo

regime financeiro das Autarquias Locais (ou seja,

o n.º 2 do artigo 40 da Lei 73/2013), a poupança

corrente prevista permite amortizar 1,2 M € de

empréstimos de MLP e ainda disponibilizar 1 M €

para investimentos. Mas mais importante é que,

depois, na EXECUÇÃO, se mantem o pressuposto e

constata-se que ano após ano as receitas corren-

tes permitem não só financiar as despesas corren-

tes, mas ainda financiar investimento. A aprecia-

ção das contas de Novembro de 2013, garante-nos

que iremos novamente concretizar uma poupança

corrente de quase 2 M €. Trata-se pois de um

orçamento prudente nas receitas, contido nas des-

36

pesas, responsável para com os munícipes e soli-

dário para com o País. É um orçamento que permi-

tirá, garantidamente, e a exemplo de 2013, uma

taxa de execução superior a 80 %, próxima dos 85

%. Finalmente, e porque não quero só elogiar,

devendo efetuar reparos quando estes se justifi-

cam gostaria de me solidarizar o PS e "lamentar

o curto espaço de tempo que foi concedido aos

vereadores da oposição para apreciarem um orça-

mento desta natureza. Para quem tem outra ativi-

dade profissional, que não a de vereador a tempo

inteiro, dois dias, torna impraticável uma apre-

ciação com rigor e o detalhe pretendido". Foi

isso que aconteceu, Sr Presidente, não deu ao PS

o tempo necessário para analisar o documento com

rigor e detalhe. Só por isso, estou em crer, o

PS votou contra as GOP e Orçamento para 2014”. --

----RUI JORGE SILVA (PS): – Em intervenção escri-

ta – “Esta Assembleia está perante o Orçamento

mais baixo aqui apresentado nos últimos 10 anos,

este é o primeiro facto que se pode constatar e

sobre o qual devemos tirar algumas ilações. O

orçamento que este executivo apresenta para o ano

37

de 2014 traduz-se num decréscimo na ordem dos

15,5% em relação a 2013, o que se traduz numa

previsão de saldo de 3 milhões 200 mil euros face

às previsões iniciais de 2013. (O Orçamento 2014

é de 17 milhões e 500 mil euros face ao 2013 que

era de 20 milhões e 700mileuros); Esta tendência

de decréscimo é ainda mais gravosa se a comparar-

mos com os últimos anos, por exemplo: em relação

a 2012, a descida é de cerca de 27% e se a compa-

rarmos com o ano de 2009, por exemplo a descida é

na ordem dos 48%, vejamos então, o executivo do

“querer mais para Estarreja” em 2014, quer quase

metade do orçamento de há 5anos. Podem justificar

este orçamento como sendo um orçamento “realista”

e que foi pensado com os dois pés bem assentes no

chão. O Orçamento que sustenta segundo palavras

do próprio presidente da Autarquia, um plano de

atividades muito ambicioso e que serviu de justi-

ficação para mais um vereador, é afinal uma mira-

gem, onde está essa ambição? Nos planos não se

vê. Ter os pés assentes no chão, não é o mesmo

que os ter totalmente enterrados. A ambição não

tem que ter um preço nem um valor em colunas de

excell, é possível fazer mais e melhor sem aumen-

tar endividamento, mas para isso é preciso ter o

38

que não existe neste plano, Ambição, Criatividade

e Mestria. Mas poder-se-ia pensar que uma redução

orçamental desta natureza, assenta num decréscimo

significativo das despesas correntes, mas tal não

acontece. Já nas receitas de capital e no que se

refere às vendas de bens de investimento, a pre-

visão de receita é praticamente igual a 2013. O

que não deixa de transparecer uma ideia de estag-

nação, pois ainda recentemente se passou a mensa-

gem que a grande aposta seria uma vez mais o Eco-

Parque e a venda dos seus terrenos. Mas a reali-

dade fica uma vez mais aquém do que se pode ler

ou ouvir, pois se o valor previsto há dois anos

atrás, no orçamento de 2012, foi de cerca de 1

milhão e 400 mil euros tendo, no final, sido

arrecadados apenas 24 mil euros (equivalente a

1,72% do previsto). Em 2013, e tendo por base o

ano anterior, o orçamento apresentava um valor de

335 mil e 500 euros. Como tal quando lemos as

palavras do Sr. Presidente nas notas introdutó-

rias: «Damos o destaque que prometemos ao desen-

volvimento económico, e o Eco-Parque Empresarial

de Estarreja é um dos principais protagonistas

desta nossa caminhada. Apostamos na atração de

empresas e criação de emprego e assumimo-lo como

39

principal motor de desenvolvimento económico

local e regional», só podemos concluir que os

executivos que ao longo dos últimos doze anos não

conseguiram atrair nenhum investimento à escala

de alguns que por aqui andaram a negociar, se as

coisas não mudaram e não funcionaram na altura,

como é que agora na secção dos investimentos

podemos defender a compra de mais terrenos para o

eco parque? O que mudou? Nada, a política mantêm-

se só na área das intenções e das expetativas.

Enquanto isso vemos zonas industriais bem perto

da nossa que apresenta taxas de ocupação de quase

90%.

Já do lado das receitas correntes podemos consta-

tar um aumento do valor previsional na ordem dos

5,47%. Este acréscimo faz-se sobretudo à conta da

carga fiscal sobre os munícipes, através do

aumento dos impostos municipais (sobretudo IMI

cerca de 5% e que tem por base as avaliações rea-

lizadas pelas Finanças). Esta postura de cautela

financeira do executivo só dá razão ao sentido de

voto contra que os vereadores e os deputados do

PS têm vindo a fazer quando da discussão das

taxas municipais. Uma vez mais numa altura de

dificuldades como a que vivemos, em que os cida-

40

dãos estão a ser os mais sacrificados devido em

grande parte às políticas de cortes cegos que

lhes é imposta pelo governo, a Autarquia, em vez

de dar um sinal claro de apoio aos estarrejenses

e de atacar o governo que lhe impõe também difi-

culdades acrescidas, opta antes por sacrificar os

seus cidadãos. É uma opção que ficou demonstrada

na última assembleia com um voto de qualidade e

que estamos certos que hoje vamos aqui assistir à

segunda parte. Nas despesas de capital, cabe

realçar que o investimento municipal volta a bai-

xar significativamente (cerca 31,5%), represen-

tando um decréscimo de mais de 3 milhões de euros

em relação a 2013. Ou seja, a expressão clara do

desinvestimento no município. Acima de tudo o que

pedimos é que não iludam os estarrejenses com

percentagens, porque estas são mais importantes

pelo que escondem do que pelo que mostram, pois

quando se anunciam taxas de execução elevadas,

seria mais importante explicar que as despesas

correntes rondam os 78% e as despesas de investi-

mento 52%. Esperemos que para o ano não estejamos

aqui a discutir execuções inferiores a 90%, pois

se assim for com este orçamento já de si pouco

ambicioso, é sinal que estamos a baixar demasiado

41

a fasquia, e assim puder continuar a dizer que

conseguimos mais uma vez ultrapassá-la…”.--------

----JOSE GONÇALO COSTA (PS): - Referiu que há

desinvestimentos nas obras em 40%, mas aumento no

pessoal. Critica o corte nas AEC´S, na redução de

comparticipação das refeições escolares e de

transporte. No entanto, duplica-se o valor para o

Festarreja e comenta os valores para o St.º Antó-

nio. A Câmara Municipal orçamentou o Garcicup

para os 7.500, mas há associações que não têm

subsídios desse valor para o ano inteiro. Ques-

tiona sobre o encontro anual de Cinema de Avanca

e questiona onde estão os projetos. -------------

--

----DIAMANTINO ALBERTO CORREIA (PS): – Em inter-

venção escrita – “Quais são os valores globais

atribuídos a cada uma das freguesias no âmbito da

Delegação de Competências? Neste capítulo, o que

vai modificar no modo de proceder do Executivo

para evitar que as Assembleias de Freguesia este-

jam, ano após ano, a retificar o plano de execu-

ção de obras por Delegação de Competências da

Câmara Municipal? É que parece simples orçamentar

um investimento e dizer: “ Esta obra é da compe-

tência da Junta… “, mas depois a obra arrasta-se

42

ao longo dos anos, o dinheiro não aparece para a

fazer e ficam as Juntas com a fama de não se

fazer a obra “ que a Câmara havia delegado… “. E

se há coisa que as Juntas de Freguesia já demons-

traram é que, em muitos aspetos, são muito melho-

res que a Câmara Municipal a executar obra e a

cumprir prazos! - O Executivo Camarário parece

agora ter encontrado um novo caminho de desenvol-

vimento que é o Turismo Industrial. Gostaria de

saber o que é esta atividade, onde se vai aplicar

e com que objectivos”. --------------------------

------

-----JOSÉ DA LUZ MATOS (COLIGAÇÃO PSD/PP): -

Refere que o PS defendeu baixar os impostos do

IRS e IMI, mas isso baixa a receita, daí uma con-

tradição. Onde é que vai buscar receita? Se se

baixasse 1% o valor daria menos 130.000€. Não

houve alternativas de onde se iria buscar o

dinheiro. Há uns anos atrás apresentou-se um

orçamento elevado e votaram contra porque era

alto, mas agora votaram contra, porque é o mais

baixo. Isso foi uma boa medida e vamos ter que

ter uma taxa de execução altíssima. Os anos que

ai vêm serão anos péssimos para todos os municí-

pios e as leis que surgirem limitam imenso a

43

actuação. Refere que o estado diminuiu as trans-

ferências para as autarquias, o que implica o

recurso aos impostos diretos. Refere também que

têm existido obras que vão passando de um ano

para os outros e que isto deve ser corrigido. ---

------------------------------- ----ADOLFO

FIGUEIREDO VIDAL (VEREADOR DA CME):- Receitas

correntes e capital são provenientes de transfe-

rências do Estado e do QREN. Temos uma diminuição

de 47% nas transferências do Orçamento do Estado

e final do QREN. - Sobre o Eco-Parque, vamos

avançar com um plano estratégico e com um novo

regulamento para a venda dos terrenos. - Sobre o

Mercado - antes da obra temos que ter um projec-

to. - Sobre o Baixo-Vouga, já temos feito muito

mais que a nossa obrigação, mas estamos aqui para

isso. Este deverá ser um projecto essencial. -

Sobre a feira agrícola acha interessante a ideia.

- Sobre a Associação Desportiva de Santiais, esta

é subsidiada como as outras. - Por um lado criti-

cam o decréscimo do orçamento mas passaram anos a

criticar a sobreorçamen-tação! Afinal em que

ficamos? As despesas correntes têm vindo a dimi-

nuir e as despesas com o pessoal também, embora

isso nem sempre deva ser visto como um bom sinal,

44

pois implica diminuição de poder de compra de uma

faixa sensível da população. Aconselha a verem o

rácio sobre n.º de trabalhadores face ao número

de habitantes do Concelho. Sobre a componente de

apoio político ao executivo, o valor é o mais

baixo desde 2005. - Sobre as AEC´s estas são

financiadas pelo Ministério da Educação e quem

cortou foi o Governo. - Sobre a comparticipação

dos transportes e alimentação, não é verdade que

tenhamos cortado em termos de apoio, presta-se

exatamente o mesmo serviço, mas por menos dinhei-

ro. - Sobre o apoio ao Garcicup nós quisemos

sinalizar de forma clara esse apoio porque a ati-

vidade não movimentou só jovens, mas a economia

local. E ao Cine-Clube foi atribuído um apoio

de 32.500€ em 2013. – Sobre as freguesias, o

valor mantêm-se, mas reforça-se com os arruamen-

tos.- Sobre Turismo Industrial –temos turismo

ambiental e porque não casar estas duas coisas? -

-----------------------------------

----O Presidente da Mesa deu informação sobre o

parecer da Comissão Municipal da Juventude.------

----O ponto foi colocado a votação, obtendo-se o

seguinte resultado: oito votos contra do PS de

(Gonçalo Costa, Diamantino Garrido, Joel Pereira,

45

Luís Mendonça, Lúcia Araújo, Rui Silva, Ricardo

Fernandes e Patrícia Couto; cinco abstenções de

(Manuel Almeida, José Borges, Américo Soares,

Carla Martins e António Esteves; 13 votos a

favor. Num total de 26 deputados presentes. -----

-- ----CARLA SÓNIA CABIQUE MARTINS(CDU): – Decla-

ração de voto – “Em relação à proposta camarária

de “Grandes Opções do Plano e Orçamento para

2014” a abstenção do grupo parlamentar da CDU não

pode ser considerada como um voto de apoio. Uma

vez que defendemos como princípio de que quem

ganha governa, e sendo este, o primeiro plano

deste executivo, daremos o beneficio da dúvida. O

nosso voto de descontentamento foi dado já, com o

voto contra sobre as taxas de IMI e IRS, sendo

que neste momento as mesmas estão plasmadas no

referido plano, trabalhando o executivo baseado

nos mesmos. As prioridades dadas no plano não se

coadunam com aquelas que defendemos como princí-

pio, nem as nossas políticas e princípios se

assemelham às da coligação que venceu as elei-

ções, mas como referimos anteriormente, foram

estas políticas e princípios que o povo de Estar-

reja escolheu”. ---------------------------------

---------

46

----3.3.- Autorização genérica para dispensa de

autorização prévia favorável da Assembleia Muni-

cipal à Assunção de Compromissos Plurianuais no

Exercício Económico 2014;-----------------------

----ADOLFO FIGUEIREDO VIDAL (VEREADOR DA CME):-

Explica que esta autorização genérica tem haver

com a Lei dos Compromissos e o carácter pluria-

nual dos mesmos, desde que que não estejam defi-

nidos no PPI ou PAM e que não ultrapassem o valor

de 100.000€;trimestralmente é trazida ao conheci-

mento da Assembleia Municipal a discriminação dos

compromissos assumidos ao abrigo dessa autoriza-

ção genérica da Assembleia.----------------------

----Colocado a votação, o ponto foi aprovado por

unanimidade dos presentes. ----------------------

----4.- Período de Intervenção do Público.------

----O Presidente da Mesa questionou se alguém do

público quer intervir. --------------------------

---- Usando a palavra Arménio Lopes Ramos - BI

1919844, de 02/06/2004, Aquivo de Aveiro, resi-

dente em Pardilhó – Questiona a Câmara Municipal

a explicar quais as obras que vão ser executadas

em cada freguesia. E que algumas delegações

seriam interessantes, como a deslocação de fun-

cionários às freguesias para as pessoas pagarem

47

algumas taxas.-----------------------------------

----

----DIAMANTINO MANUEL SABINA (PRESIDENTE DA

CÂMARA): – Esclarece que a discussão sobre as

obras para o orçamento municipal fez-se com as

Juntas, cuja competência resulta resulta da lei,

e não com as Assembleias de Freguesia. Sobre os

pagamentos das taxas, esta questão tem sido

levantada e já se está a tentar resolver esta

situação, dado alguns valores serem diminutos.---

----

----Seguidamente, o Presidente da Mesa deu conta

de uma Moção apresentada pelo Grupo Municipal da

Coligação PPD/PSD,CDS/PP – “Ocorreu no passado

dia 16 de Dezembro a aprovação, pelos ministros

da Agricultura da União Europeia, da Politica

Agrícola Comum (PAC) para o período 2014 a 2020,

naquele que foi o culminar de um longo processo

negocial entre a Comissão, Parlamento Europeu e

os estados membros. Para Portugal estão previstos

cerca de 8.000 M€, sendo que para a componente de

Desenvolvimento Rural (onde se integrarão os

investimentos respeitantes ao Regadio), estão

previstos cerca de 3.600 M€. Com esta nova reali-

dade, em conjugação com as 2 resoluções aprovadas

48

por unanimidade na Assembleia da República e com

o facto da Comunidade Intermunicipal da Região de

Aveiro (CIRA) ter colocado o Projeto Agrícola do

Vouga nas suas opções estratégicas para

2014/2020, estão criadas condições nunca antes

atingidas para que, finalmente, se dê sequência e

conclusão ao Projeto, atribuindo-lhe o financia-

mento devido que se estima em 20 M€. Assim, a

Assembleia Municipal de Estarreja, reunida no dia

20 de Dezembro de 2013, delibera exigir ao Gover-

no e particularmente ao Ministério da Agricultu-

ra, que defina como prioritário o Projeto Agríco-

la do Vouga e o integre nos instrumentos de

financiamento da nova PAC em Portugal. Do teor

desta moção deverá ser dado conhecimento a todas

as bancadas parlamentares da Assembleia da Repú-

blica e à Comunidade Intermunicipal da Região de

Aveiro.” ----------------------------------------

----

----Colocada a Moção à votação, foi a mesma apro-

vada por unanimidade dos presentes.--------------

----Mais foi decidido, por unanimidade, aprovar

as deliberações em minuta, para efeitos de execu-

ção imediata.------------------------------------

49

----Finalmente, o Presidente da Mesa informou que

aquela seria a última sessão da Assembleia Muni-

cipal em que participa por força da sua dupla

eleição para o Secretariado Executivo Intermuni-

cipal da Região de Aveiro. Reconhece que, após as

reservas iniciais de passar da Câmara para a

Assembleia, já estava a gostar desta função, mas

a recente Lei 75/2013, de 12 de Setembro, impõe

que desempenhe o referido cargo em exclusividade

profissional (voltando a suspender na Ordem dos

Advogados) e não podendo exercer outros cargos

políticos. Isto é, tendo sido o único Cidadão

português que não podia concorrer à Câmara de

Estarreja, agora volta a ser duplamente limitado.

Explicitou que o recém-criado Secretariado Execu-

tivo corresponde a uma necessidade detectada na

gestão dos crescentes e complexos projectos

intermunicipais, face à impossibilidade dos 11

Presidentes de Câmara fazerem tudo. Trata-se, por

outro lado, de um enorme desafio na descentrali-

zação de Portugal, pois não havendo regiões, cabe

às CIM e Áreas Metropolitanas forçarem esse ina-

diável caminho, há muito percorrido na Europa.

Sabe da dificuldade do cargo, a que a lei impõe

24 competências próprias, mas destaca a necessi-

50

dade da dimensão profissional dessa ponte entre

os Municípios, as Entidades, de que destaca a

Universidade de Aveiro, Empresas, Instituições e

Cidadãos. Por fim, agradece a colaboração dos

Membros da Assembleia, Presidentes de Junta e,

sempre da Câmara nestes 3 meses, incitando que o

funcionamento mais simples e enxuto da Assembleia

Municipal é um dever de todos, estreitando a

relação com a comunidade.------------------------

--

----Não havendo mais assuntos a analisar ou

decidir, o Presidente da Assembleia deu por

encerrados os trabalhos, eram zero horas e cinco

minutos. ----------------------------------------

----

----Para constar e devidos efeitos, se lavrou a

presente ata que, depois de submetida a aprovação

da Assembleia, vai ser assinada pelos Membros da

Mesa. -------------------------------------------

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