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Olá, estudante! Durante a quarentena, não precisamos ficar esperando o tempo passar sem fazer nada, não é verdade? Podemos utilizar os momentos sem aula para organizar muitas coisas. Que tal organizar os estudos? Organizar os conteúdos e aprender a fazer a gestão do tempo para estudar melhor? Neste documento, vamos apresentar um Roteiro de Estudos especialmente pensado para você! Ele está organizado por Área do Conhecimento e, nesta décima quinta semana, daremos continuidade com a área de Ciências Humanas e Sociais Aplicada, que reúne os seguintes componentes curriculares: História, Geografia, Filosofia, Sociologia e Projeto de Vida e Cidadania. Para você saber o que vai rolar durante a semana, apresentamos o calendário semanal, a fim de que possa segui-lo à risca ou escolher a organização que faz mais sentido para você!

DIA/ Horário

SEGUNDA 06/07

TERÇA 07/07

QUARTA 08/07

QUINTA 09/07

SEXTA 10/07

9:00 às 10: 00

História Geografia História Geografia História

11:00 às 12:00

Filosofia Sociologia Filosofia Sociologia Projeto de

Vida e Cidadania

A cada dia o distanciamento social nos exige concentração, resiliência, foco e determinação para superar os acontecimentos e as rotinas tão diferentes que nos deparamos a cada dia. E nada melhor do que iniciar as atividades semanais com desafios. Toda prática de concentração é desafiante! Vamos nessa?

Escolha, se possível, um lugar calmo e silencioso no seu espaço de distanciamento social, sente-se em um lugar confortável, com a coluna reta e as mãos nas pernas.

Feche os olhos, respire fundo como se estivesse sentindo o aroma de seu perfume favorito e solte o ar, lentamente, e pelo nariz por 3 vezes.

Agora, com os olhos fechados perceba os movimentos que seu corpo faz para você respirar, deixe seu corpo leve, relaxado e tranquilo. Mantenha seu corpo relaxado e continue com atenção aos movimentos dele.

O desafio dessa semana é perceber seu interior, ou seja, suas emoções, medos, ansiedades, sonhos, suas potencialidades, e seus saberes. Ainda com os olhos fechados, e com atenção no seu interior você estará experimentando a observação do seu eu e descobrirá com o tempo que nada que procuramos está fora, e sim dentro de nós.

Faça esse exercício durante três ou cinco minutos e cada vez que permitir que outro pensamento chegue retirando a sua atenção, o exercício deve ser reiniciado. O desafio será concluído quando você permanecer por 3 ou 5 minutos em concentração absoluta, sem nenhuma interrupção.

Concluiu? Agora é hora de iniciar os estudos do roteiro.

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CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADA – 2ª SÉRIE EM

ROTEIRO DE ESTUDOS E ATIVIDADES PARA ESTUDANTES

Modalidade/oferta: Regular Semana XV – 06/07 a 10/07/2020

Data: 06/07/2020

9h às 10h História

Tema: Lutas por Independência na América Espanhola

Atividade

I. Caso tenha acesso à internet, assista a videoaula do EMITEC, acessando o link indicado no campo “Onde encontro o conteúdo” e em seguida leia o texto abaixo a fim de responder as questões propostas nesta atividade.

TEXTO Independência da América Espanhola

O processo de independência da América Espanhola ocorreu em um conjunto de situações experimentadas ao longo do século XVIII, onde se observa a ascensão de um novo conjunto de valores que questionava diretamente o pacto colonial e o autoritarismo das monarquias. O iluminismo defendia a liberdade dos povos e a queda dos regimes políticos que promovessem o privilégio de determinadas classes sociais. Sem dúvida, a elite letrada da América Espanhola inspirou-se no conjunto de ideias iluministas. A grande maioria desses intelectuais era de origem criolla, ou seja, filhos de espanhóis nascidos na América desprovidos de amplos direitos políticos nas grandes instituições do mundo colonial espanhol. Por estarem politicamente excluídos, enxergavam no iluminismo uma resposta aos entraves legitimados pelo domínio espanhol, ali representado pelos chapetones. Ao mesmo tempo em que houve toda essa efervescência ideológica em torno do iluminismo e do fim da colonização, a pesada rotina de trabalho dos índios, escravos e mestiços também contribuiu para o processo de independência. As péssimas condições de trabalho e a situação de miséria já tinham, antes do processo definitivo de independência, mobilizado setores populares das colônias hispânicas. Dois claros exemplos dessa insatisfação puderam ser observados durante a Rebelião Tupac Amaru (1780/Peru) e o Movimento Comunero (1781/Nova Granada). No final do século XVIII, a ascensão de Napoleão frente ao Estado francês e a demanda britânica e norte-americana pela expansão de seus mercados consumidores serão dois pontos cruciais para a independência. A França, pelo descumprimento do Bloqueio Continental, invadiu a Espanha, desestabilizando a autoridade do governo sob as colônias. Além disso, Estados Unidos e Inglaterra tinham grandes interesses econômicos a serem alcançados com o fim do monopólio comercial espanhol na região. É nesse momento, no início do século XIX, que a mobilização ganha seus primeiros contornos. A restauração da autoridade colonial espanhola seria o estopim do levante capitaneado pelos criollos. Contando com o apoio financeiro anglo-americano, os criollos convocaram as populações coloniais a se rebelarem contra a Espanha. Os dois dos maiores líderes criollos da independência foram Simon Bolívar e José de San Martin. Organizando exércitos pelas porções norte e sul da América, ambos sequenciaram a proclamação de independência de vários países latino-americanos.

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No ano de 1826, com toda América Latina independente, as novas nações reuniram-se no Congresso do Panamá. Nele, Simon Bolívar defendia um amplo projeto de solidariedade e integração político-econômica entre as nações latino-americanas. No entanto, Estados Unidos e Inglaterra se opuseram a esse projeto, que ameaçava seus interesses econômicos no continente. Com isso, a América Latina acabou mantendo-se fragmentada. O desfecho do processo de independência, no entanto, não significou a radical transformação da situação socioeconômica vivida pelas populações latino-americanas. A dependência econômica em relação às potências capitalistas e a manutenção dos privilégios das elites locais fizeram com que muitos dos problemas da antiga América Hispânica permanecessem presentes ao longo da História latino-americana. Disponível em: https://mundoeducacao.uol.com.br/historia-america/independencia-america-espanhola.htm. Acesso em: 12 jun. 2020. II. Agora é sua vez! Responda às questões propostas. 01. A independência política não foi acompanhada de uma revolução social ou econômica: as velhas estruturas herdadas do passado colonial sobreviveram à guerra de independência e foram conservadas intactas pelos novos Estados soberanos. Assim, a divisão política e a manutenção das estruturas coloniais contribuíram para perpetuar a secular dependência econômica latino-americana, agora não mais em relação à Espanha, mas em relação ao capitalismo industrial inglês. As jovens repúblicas latino-americanas, divididas e enfraquecidas, assumiram novamente o duplo papel de fontes fornecedoras de matérias-primas essenciais agora à expansão do industrialismo e de mercados consumidores para as manufaturas produzidas pelo capitalismo inglês. a) Identifique o regime político predominante implantado pelos movimentos de independência das colônias da América espanhola. b) Relacione dois fatores vinculados à crise do antigo sistema colonial e aos movimentos de independência das colônias americanas. 02. Eu considero o estado atual da América como quando arruinado o Império Romano. Cada desmembramento formou um sistema político, conforme os seus interesses e situação. Nós, que apenas conservamos os vestígios do que em outro tempo fomos, e que, por outra parte, não somos índios, nem europeus, e sim uma meia espécie entre os legítimos proprietários do país e os usurpadores espanhóis.

Simon Bolívar, Carta da Jamaica de 1815, em Escritos Políticos. Campinas: Unicamp, p. 61, 1983 (Adaptado). a) Quem foi Bolívar e qual sua importância nos processos de independência das colônias hispano-americanas? b) A qual processo político Bolívar se refere? c) De que maneira Bolívar se refere aos criollos no texto? d) Qual o papel político dos criollos nas independências das colônias espanholas? 03. É uma ideia grandiosa pretender formar de todo o Novo Mundo uma única nação com um único vínculo que ligue as partes entre si e com o todo. Já que tem

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uma só origem, uma só língua, mesmos costumes e uma só religião, deveria, por conseguinte, ter um só governo que confederasse os diferentes Estados que haverão de se formar; mas tal não e possível, porque climas remotos, situações diversas, interesses opostos e caracteres dessemelhantes dividem a América.

Simon Bolívar. Carta da Jamaica [06.09.1815]. In: Simon Bolívar: política, 1983.

O texto foi escrito durante as lutas de independência na América hispânica. Pode-se dizer que: a) ao contrário do que afirma na carta, Bolívar não aceitou a diversidade americana e, em sua ação política e militar, defendeu a união com a Espanha. b) ao contrário do que afirma na carta, Bolívar combateu as propostas de independência e unidade da América. c) conforme afirma na carta, Bolívar defendeu a unidade americana e se esforçou para que a América hispânica se associasse ao Brasil na luta contra a hegemonia norte-americana no continente. d) conforme afirma na carta, Bolívar aceitou a diversidade geográfica e política do continente, mas tentou submeter a Espanha à força militar hispano-americana. e) conforme afirma na carta, Bolívar declarou diversas vezes seu sonho de unidade americana, mas, em sua ação política e militar, reconheceu que as diferenças internas eram insuperáveis.

Onde encontro o conteúdo

Texto. Independência da América Espanhola. Disponível em: https://mundoeducacao.uol.com.br/historia-america/independencia-america-espanhola.htm. Acesso em: 12 jun. 2020. Lutas por Independência na América Espanhola. Disponível em: http://pat.educacao.ba.gov.br/emitec/disciplinas/exibir/id/6161. Acesso em: 15 jun. 2020. Este conteúdo também pode ser encontrado no livro da 2ª série do E. M de História, adotado por sua escola.

Objetivo

Mostrar o processo de formação de nações no mundo ocidental contemporâneo, em suas estruturas, sistemas e relações, entre os séculos XVIII e XIX.

Depois da atividade

Agora vamos continuar nossa atividade, revendo alguns pontos sobre o tema estudado. Vamos lá! Escreva um pequeno texto argumentativo, de até 20 linhas, se posicionando sobre a Independência das colônias espanholas na América. Vamos relembrar um pouco sobre texto argumentativo, tema estudado na atividade de Linguagens do dia 12/05/2020 (Produção textual).

TEXTO Texto dissertativo/Argumentativo

O texto dissertativo-argumentativo é aquele que defende um ponto de vista por meio de argumentos e, em alguns casos, propostas de solução.

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As principais características do texto dissertativo-argumentativo são: Presença de uma tese (ponto de vista) – em geral, no primeiro parágrafo do texto; Desenvolvimento com argumentos que comprovem a tese; Conclusão em forma de síntese ou com propostas de solução para os problemas discutidos no texto; Uso da norma-padrão da língua portuguesa. O texto dissertativo-argumentativo tem sua estrutura dividida em três – introdução, argumentação e conclusão – e cada uma delas tem suas particularidades, conforme explicaremos a seguir: Introdução: O primeiro parágrafo do texto dissertativo-argumentativo deve conter duas partes – a apresentação do tema e a explicitação da tese. Argumentação: Os parágrafos intermediários das dissertações escolares são reservados para a comprovação da tese apresentada na introdução. Um argumento é composto duas partes: a fundamentação e a análise do fundamento. Conclusão: O último parágrafo do texto dissertativo-argumentativo pode ser feito de duas maneiras: em forma de síntese ou com proposta de solução. Disponível em: file:///D:/Downloads/roteirodeestudo-2aserieem-linguagens-semana7%20(1).pdf Acesso em: 02 jul. 2020. Pronto! Agora, se possuir acesso à internet, poste em suas redes sociais e convide seus seguidores para discutir sobre o conteúdo de sua postagem. Use a #educacaobahia.

Gabarito Questão 03: E

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Data: 06/07/2020

11h às 12h Filosofia

Tema: Os Direitos Humanos/ A condição humana entre a universalidade e a diversidade.

Atividade

I. Caso tenha acesso à internet assista a videoaula do EMITEC, acessando o link indicado no campo “Onde encontro o conteúdo” e/ou em seguida leia os Textos 01 e 02 abaixo a fim de responder as questões propostas nesta atividade.

TEXTO 01 Direitos Humanos

O princípio da universalidade dos Direitos Humanos defende a aplicação de tais direitos de maneira homogênea e mundial, tendo por fundamento a dignidade da pessoa humana, característica inerente a sua condição de ser humano. Muito disso é devido ao fenômeno relativamente recente da globalização aliado à flexibilização da soberania estatal. Aqueles autores, como Antônio Augusto Cançado Trindade, que defendem o princípio da universalidade dos Direitos Humanos não reconhecem regionalismos e afirmam ser imperativa a defesa destes direitos de forma homogênea e igualitária em todos os países e regiões do mundo, como afirma o mencionado jurista em seu texto “Desafios e Conquistas do Direito Internacional dos Direitos Humanos no início do século XXI” (1968): “(…) a universalidade dos direitos humanos decorre de sua própria concepção, ou de sua captação pelo espírito humano, como direitos inerentes a todo ser humano, e a ser protegidos em todas e quaisquer circunstâncias. Não se questiona que, para lograr a eficácia dos direitos humanos universais, há que tomar em conta a diversidade cultural, ou seja, o substratum cultural das normas jurídicas; mas isto não se identifica com o chamado relativismo cultural. Muito ao contrário, os chamados “relativistas” se esquecem de que as culturas não são herméticas, mas sim abertas aos valores universais, e tampouco se apercebem de que determinados tratados de proteção dos direitos da pessoa humana já tenham logrado aceitação universal. ” (CANÇADO, 1968, p.418). Propõem a existência de um “mínimo ético irredutível”, caracterizado por um grupo de Direitos Humanos tidos como inerentes à condição de ser humano e, para tanto, aplicável a todos, independentemente de raça, cor, nacionalidade ou religião, como também defendem os autores Marília Ferreira da Silva e Erick Wilson Pereira. Segundo tal argumento: “(…) em havendo valores comuns compartilhados por toda a humanidade, simplesmente por serem todos homens, por natureza, é imposição da pós-modernidade que alcancem a evolução de seus direitos de modo a se compatibilizarem com todo o mundo, sem levar em consideração particularismos nacionais ou regionais, bases religiosas ou culturais, em virtude de que a essência humana é a mesma em qualquer circunstância, é universal.” (FERREIRA DA SILVA, Marília e WILSON PEREIRA, Erick; 2013, p. 10) Fica claro, assim, o ponto de vista dos autores sobre a universalidade dos direitos humanos e sua relação com a diversidade cultural. Leva, assim, a entender que a internacionalização dos Direitos Humanos implica, inevitavelmente, na universalidade dos mesmos.

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Disponível em: https://ambitojuridico.com.br/cadernos/direitos-humanos/a-universalidade-dos direitos-humanos-e-o-multiculturalismo/. Acesso em: 16 de jun. de 2020. (Texto adaptado do tema: A universalidade dos direitos humanos e o multiculturalismo.).

TEXTO 02 As Três Gerações dos Direitos Humanos

A primeira geração dos direitos humanos ocorreu na época da Revolução Francesa, com as novas ideias de liberdade e autonomia individuais, lentamente gestadas desde o século XVII. No século seguinte, as ideias iluministas ampliaram as reivindicações com base na autonomia do sujeito e na garantia de sua dignidade. A segunda geração dos direitos humanos teve início no século XIX, período em que a Europa fervilhava ideias anarquistas, comunistas e socialistas. Elas criticavam os ideais liberais e denunciavam como enganosa a alegação de que o povo teria participação na política. Para os revolucionários, a suposta liberdade burguesa só era possível à custa da miséria da classe operária, muitas vezes submetidas a condições cruéis e desumanas de trabalho e sem a acesso nenhum dos três Poderes. Contra a liberdade burguesa, reivindicavam a igualdade material e social de todos os indivíduos. A questão que tomava corpo era, portanto, o confronto entre liberdade e igualdade. As lutas que adentraram ao século XX exigiram do Estado assegurar a todo e qualquer cidadão direitos econômicos, sociais e culturais, entre eles o acesso gratuito e de qualidade à educação e à saúde, além de fomentar o desenvolvimento cultural e artístico. Vários direitos sociais foram incorporados nos documentos, por exemplo: limitação de jornada de trabalho, garantias contra o desemprego, proteção da maternidade, estabelecimento de idade mínima para trabalhos industriais e noturnos, etc. A ampliação do conceito de cidadania teve em vista o direito de participação ativa no exercício dos Poderes estatais (Legislativo, Executivo, Judiciário). E mais, a liberdade de usufruir uma gama de direitos, como liberdade de pensamento, de expressão, culto religioso, associação e iniciativa comercial, entre outros – e que, portanto, deveriam ser respeitados pelo Estado. A terceira geração dos direitos humanos nasceu no século XX, com ênfase nos direitos coletivos. Assim explica a socióloga Maria Victória Benevides Soares: “Referem-se esses [direitos coletivos] à defesa ecológica, à paz, ao desenvolvimento, à autodeterminação dos povos, à partilha do patrimônio científico, cultural e tecnológico. Direitos sem fronteiras, ditos de “solidariedade planetária”. Assim sendo, testes nucleares, devastação florestal, poluição industrial e contaminação de fontes de águas potáveis, além do controle exclusivo sobre patentes de remédios e das ameaças das nações ricas aos povos que se movimentam em fluxos migratórios (por motivos políticos ou econômicos), por exemplo, independentemente de onde ocorram, constituem ameaça aos direitos atuais e das gerações futuras.”

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SOARES, Maria Victoria Benevides. Cidadania e Direitos humanos. In: CARVALHO: José Sérgio (Org.) Educação, Cidadania e Direitos Humanos. Petrópolis, 2004, p. 61. II. Agora é sua vez! Registre em seu caderno as respostas das questões a seguir: 01. No texto 01, o autor quer demonstrar que “a Declaração dos Direitos Humanos não serve para nada mais do que enumerar quais seriam os direitos a serem respeitados caso todas as sociedades fossem justas, igualitárias, com um bom nível de desenvolvimento social e econômico, ou seja, idealmente perfeitas”. E faz algumas reflexões: a) “Seria o caso, então, de fortificar o órgão de aplicação de tais leis, para que ele obtivesse autonomia suficiente para defender os Direitos Humanos, interferindo na autonomia dos Estados, facilitando o acesso das pessoas físicas à Justiça Internacional”? Justifique sua resposta. b) “Seria tal ação de competência da ONU (Organização das Nações Unidas) ”? Justifique sua resposta. 02. A ideia de que nascemos iguais, embora sejamos tão diferentes uns dos outros, ainda é, nos dias atuais, algo fácil ou difícil de ser compreendido? Justifique. 03. Identifique as três gerações de direitos humanos, localizando-as no tempo e conforme suas características principais.

Onde encontro o conteúdo

SOARES, Maria Victoria Benevides. Cidadania e Direitos humanos. In: CARVALHO: José Sérgio (Org.) Educação, Cidadania e Direitos Humanos. Petrópolis, 2004, p. 61. ARANHA, M. L.; ARRUDA, M.H. Filosofando: Introdução à Filosofia. 6. Edição. São Paulo: Moderna, 2016. Volume único, Cap. 18. pág. 242 a 254. A universalidade dos direitos humanos e o multiculturalismo. Disponível em: https://ambitojuridico.com.br/cadernos/direitos-humanos/a-universalidade-dos direitos-humanos-e-o-multiculturalismo/. Acesso em: 16 de jun. de 2020. Vídeo Aula EMITEC. Filosofia, cidadania e os direitos humanos. Disponível em: http://pat.educacao.ba.gov.br/emitec/disciplinas/exibir/id/5702. Acesso: 16 jun. 2020. Este conteúdo também pode ser encontrado no livro da 2ª série do E. M de Filosofia, adotado por sua escola.

Objetivo

Explorar a existência de relações entre Filosofia e vida cotidiana, de modo que problemas correntes como o do sofrimento e da felicidade, da justiça e da violência, da certeza e do erro, possam ser reconhecidos como passíveis de abordagem filosófica.

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Depois da atividade

Vamos aprofundar um pouco mais no tema? Que tal criarmos uma linha do tempo a fim de trazer os principais marcos da história dos Direitos Humanos? Você pode buscar estas informações em seu livro de Filosofia, ou caso tenha acesso à internet assista ao vídeo intitulado A história dos direitos humanos. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=quQQrPC7WME. Acesso em: 16 de jun. 2020. Além da linha do tempo, você pode optar também pela confecção de um álbum ilustrativo, com imagens e textos sobre a Universalidade dos Direitos Humanos.

Bom Trabalho! Caso deseje compartilhe suas produções em suas redes sociais. Use a #educacaobahia.

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Data: 07/07/2020

9h às 10h Geografia

Tema: Brasil/ Regionalização e Planejamento ( Parte 01)

Atividade

I. Leia, atentamente, o texto abaixo e em seguida responda as questões propostas nesta atividade.

TEXTO O processo de divisão regional do território brasileiro

Wagner de Cerqueira e Francisco

O Brasil é um país que possui grande extensão territorial (8.514.876 Km2), sendo considerado um país continental. Essa grande área já passou por diversas divisões administrativas. Posteriormente, com o intuito de adaptar às características econômicas, culturais, físicas e sociais dos Estados em uma mesma região, o território nacional passou por diversas regionalizações. Confira as distintas regionalizações do Brasil: Figura 1 - Divisão regional de 1913

Essa proposta de divisão regional do Brasil surgiu para ser utilizada no ensino de Geografia. Os critérios utilizados foram apenas os elementos – clima, vegetação e relevo. Dividia o país em cinco regiões: Setentrional, Norte Oriental, Oriental e Meridional. Em 1940, o Instituto de Geografia e Estatística (IBGE) elaborou uma nova proposta de divisão para o país que, além dos elementos físicos, considerou os aspectos socioeconômicos. A região Norte era composta pelos estados do Amazonas, Pará, Maranhão e Piauí e pelo território do Acre. Goiás e Mato Grosso formavam com Minas Gerais, a região Centro. Bahia, Sergipe e Espírito Santo formavam a região Leste. O Nordeste era composto por Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Paraíba e Alagoas. Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo e Rio de Janeiro pertenciam à região Sul. Figura 2 - Divisão regional de 1945

De acordo com a divisão regional estabelecida em 1945, o Brasil passou a ter sete regiões: Norte, Nordeste Ocidental, Nordeste Oriental, Centro-Oeste, Leste Setentrional, Leste Meridional e Sul. Na porção norte do Amazonas foi criado o território de Rio Branco, atual estado de Roraima; no norte do Pará foi criado o Estado do Amapá. Mato Grosso perdeu uma porção a noroeste (batizado como território de Guaporé) e outra ao sul (chamado território de Ponta Porã). O Sul, Paraná e Santa Catarina foram cortados a oeste, criando o território de Iguaçu.

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Ponta Porã e Iguaçu foram extintos, e os Estados do Maranhão e do Piauí passaram a integrar a região Nordeste. Bahia, Sergipe, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro formavam a região Leste. Brasília foi criada em 1960, e o Distrito Federal, capital do país, foi transferido do Sudeste para a Região Centro-Oeste. Em 1962, o Acre tornou-se estado autônomo e o território de Rio Branco recebeu o nome de Roraima. Em 1970, o Brasil recebeu o desenho regional atual. Foi criada a região Sudeste, composta pelos estados de São Paulo e Rio de Janeiro, sendo agrupados a Minas Gerais e Espírito Santo. O Nordeste recebeu Bahia e Sergipe. Todo o território de Goiás, ainda não dividido, pertencia ao Centro-Oeste. Mato Grosso foi dividido alguns anos depois, dando origem ao estado de Mato Grosso do Sul. Figura 3 - Divisão regional atual A regionalização atual é de 1970, adaptada em 1990, em virtude das alterações da Constituição de 1988. Com as mudanças realizadas, ficou definida a divisão brasileira que permanece até os dias atuais. O Estado do Tocantins foi criado após o desmembramento do norte de Goiás e incorporado à região Norte; Roraima, Amapá e Rondônia tornaram-se estados autônomos; Fernando de Noronha deixou de ser federal e foi incorporado ao estado de Pernambuco. Disponível em: https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/o-processo-divisao-regional-territorio-brasileiro.htm. Acesso em: 15 jun. 2020 (Trecho). II. Agora é sua vez! Responda às questões propostas. 01. Em 1967, o geógrafo Pedro Pinchas Geiger elaborou uma divisão regional do Brasil, criando as regiões geoeconômicas. A principal particularidade dessa regionalização é o fato de ela não obedecer aos limites territoriais das unidades federativas do país, pois: a) a preocupação do elaborador eram os limites naturais do país. b) as divisas dos estados não coincidem com as dinâmicas econômicas. c) foi realizada a partir de dados historiográficos da ocupação populacional. d) as divisões regionais não eram muito bem definidas na época de sua elaboração. e) os limites dos estados impediam uma análise integral do território

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02. A principal característica socioeconômica que difere o Complexo Regional da Amazônia das demais regiões geoeconômicas brasileiras é: a) a concentração das atividades no setor primário, com destaque para o extrativismo. b) o intensivo adensamento demográfico na segunda metade do século XX. c) a presença da Zona Franca de Manaus, um importante polo industrial. d) a existência de áreas comerciais de integração com os países ao norte. e) a maior ocupação militar em razão da necessidade de preservação ambiental. 03. (UNEAL) O Brasil está dividido em três regiões geoeconômicas que refletem as diferentes formas de ocupação humana ao longo do tempo histórico: Nordeste, Centro-Sul e Amazônica. Analise os aspectos que caracterizam essas regiões: I. O Nordeste é a principal área de refluxo (saída) de pessoas nas migrações internas do país. II. A região Centro-Sul é a mais industrializada, povoada e urbanizada do país. III. A Amazônia é a região menos povoada do Brasil e sofre grandes impactos ambientais. IV. A região nordestina apresenta muitas marcas da colonização e, por praticamente três séculos, foi a região mais rica do Brasil. Está correto o contido em: a) I e II. b) I, II e III. c) I, II e IV. d) I, III e IV. e) I, II, III e IV. 04. De acordo com a leitura do texto, responda qual a importância de se desenvolver um processo de regionalização.

Onde encontro o conteúdo

Disponível em: https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/o-processo-divisao-regional-territorio-brasileiro.htm. Acesso em: 15 jun. 2020 (Trecho) Disponível em: https://exercicios.mundoeducacao.uol.com.br/exercicios-geografia-brasil/exercicios-sobre-regioes-geoeconomicas-brasil.htm#resposta-1333. Acesso em: 15 jun. 2020 Disponível em: https://comodesenharbemfeito.com.br/mapa-do-brasil-para-colorir/. Acesso em: 22 jun. 2020 Este conteúdo também pode ser encontrado no livro da 2ª série do E. M de Geografia, adotado por sua escola.

Objetivo Analisar e compreender o processo de regionalização no Brasil.

Depois da atividade

Agora, desenhe ou imprima um mapa do Brasil e separe as regiões da regionalização atual por cores diferentes. Não esqueça de fazer a legenda. Consulte seu livro de geografia a fim de apoiá-lo nesta atividade ou caso tenha acesso a internet acesse o link: https://comodesenharbemfeito.com.br/mapa-do-brasil-para-colorir/. Depois de realizar a proposta desta atividade, se possível, socialize em suas redes sociais suas produções e convide seus colegas a interagir. Use #educacaobahia. Bom Trabalho!

Gabarito Questão 01: B Questão 02: A Questão 03: E

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Data: 07/07/2020

11h às 12h Sociologia

Tema: Democracia/ Direitos individuais x direitos sociais

Atividade

I. Leia atentamente o texto a seguir e em seguida responda o que se pede:

Democracia e Direito Roniel Sampaio Silva

A democracia está intimamente relacionada com o direito. Não existe democracia sem a garantia básica de direitos individuais, sociais e políticos. Não há como se discutir democracia sem discutir a relação entre direitos, sobretudo, a relação entre confronto de direito sociais e individuais. Vale mais o direito individual de ir e vir ou o direito social dos movimentos sociais de manifestação política? Assim farei uma breve discussão sociológica sobre isso. Em primeiro lugar é preciso fazer uma breve conceituação dos tipos de direitos na perspectiva de Thomas Humprey Marshall: 1- Direito individual: É o que você tem como indivíduo a vida, a propriedade e a inviabilidade da casa e a se defender perante a justiça. 2- Direitos sociais: São os que você tem como ser social a exemplo da educação, da saúde, do transporte, da moradia e etc. 3- Direitos políticos: Naturalmente, dizem respeito ao exercício político como: votar, ser votado e reivindicar. Há de se convir que não existe direito ilimitado ou absoluto. Todo direito é relativo ou contextualizado na medida em que o que é direito de um passa a ser dever de outro. Mesmo os direitos individuais mais básicos como a vida, são relativizados. Por exemplo, quando determinada pessoa ameaça a vida de outros ele pode ter sua vida subtraída para garantir que outras vidas sejam poupadas. Assim os direitos são confrontados. O direito à vida da pessoa que está disposta a tirar a vida de outras não se sobrepõe ao direito dos ameaçados em viver. Eis um exemplo de confronto do direito individual à vida de um eventual psicopata com o também direito à vida das demais pessoas. Ativismo e direito Quanto há confronto de direitos fica patente que a justiça precisa avaliar o confronto de direitos para garantir a democracia. Nesse balanço o direito individual parece estar num patamar superior ao dos direitos coletivos na perspectiva de resistência aos movimentos sociais. Para fins de melhor entendimento vou ilustrar isso com duas situações. A primeira diz respeito à sinalização da justiça de que o teste do bafômetro não pode ser compulsório sob alegação de que ninguém pode constituir prova contra si mesmo. Ou seja, vale mais o seu direito individual do que o direito coletivo das demais pessoas. A segunda diz respeito ao direito de manifestação política que é combatido quase sempre violentamente pelas autoridades sob a alegação de que tais multidões atrapalham o trânsito. Nesse caso também fica evidente que mais vale o direito

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individual de ir e vir de um motorista em particular, vale mais do que qualquer direito político de reivindicar por direitos sociais tais como educação, saúde, segurança pública. Ou ainda para exigir a punição de corruptos. De onde pode ter vindo essa disparidade descomunal entre a relação de direitos individuais e sociais? Isso pode ter se dado pela junção de dois fatores importantes. 3Primeiro, num país como o nosso, nem todos têm acesso a justiça, seja porque não têm educação adequada, ou porque não têm capital para constituir advogado. O que revela que sequer temos direito individual de maneira satisfatória, exceto um grupo seleto e privilegiado da sociedade. Segundo, e por extensão, é que há uma forte tendência em pender a análise do direito uma perspectiva que privilegia o direito individual. Na Inglaterra houve uma preocupação tão demasiada com a garantia dos direitos individuais para inibir a ação de um Estado violento que a grande preocupação se deu em torno dos direitos individuais, o qual constituiu a base do Estado Liberal. Em seguida, direitos sociais e por fim, direitos políticos. No Brasil essa configuração, segundo José Murilo de Carvalho se deu de maneira diferenciada atropelada uma vez que os direitos coletivos foram uma das últimas preocupações do estado. Nesse sentido, o direito coletivo ficou sempre aquém das políticas públicas e o direito individual ficou num patamar sacralizado. Nosso país não está preparado para grandes movimentos populares. Na verdade, nunca esteve. Existe uma fobia social à movimentos sociais que é incitada pela grande mídia, a qual cria um antagonismo entre polícia e manifestantes, muitas vezes na inversão ridícula de que apenas os policiais são trabalhadores. É nessa hora que a mídia utiliza duas estratégias básicas para tentar diluir os movimentos que podem vir a ameaçar seus interesses. Primeiro tentam questionar a legalidade do movimento colocando o direito individual de ir e vir como superior aos direitos sociais e políticos. “Isso é contra a lei! ” Daí as autoridades convocam a política, para que a democracia brasileira prime pelo seu patamar maior: o direito individual absoluto. Nesse sentido, muitos juízes parecem compactuar com essa interpretação quando indiciam manifestante com base nessa interpretação. A segunda estratégia diz respeito a questionar a legitimidade. “Não é isso que o povo quer! ” Daí tentam de todos os artifícios descredibilizar a adesão popular do movimento, alegando que se tratam de conspiração política eleitoral e usam os mais vis adjetivos para desqualificar manifestantes. A inversão midiática enfatiza o alvoroço temporário da manifestação como ameaça ao direito individual. Ocorre que as autoridades aliadas à grandes empresas e através do Estado criam mecanismos que atrapalham seu direito de ir e vir permanentemente, silenciosamente, a longo prazo. Ou seja, se os movimentos sociais atrapalham seu direito individual provisoriamente em favor de um direito coletivo permanente, a violência estatal burocrática legal atrapalha seu direito individual permanentemente. A argumentação legal costuma se basear na ordem. Ordem para quem? E até quando? O transtorno é passageiro, mas o benefício é a longo prazo. O direito de se deslocar-se de carro na avenida é individual e restrito e é atrapalhado provisoriamente. Porém o direito de ter um transporte coletivo de qualidade é coletivo e melhorado permanentemente. Não se melhora apenas o deslocar-se espacialmente, melhora-se o deslocar-se utilizando-se da democracia.

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Ocorre que nas discussões de hoje a balança acaba pesando para a individualização de uma sociedade que clama por demandas coletivas. Se o patamar das demandas individuais foram sempre engrandecidos, as demandas populares serão sempre suplantadas para garantir os direitos individuais, não de todos, não de uma minoria, legitimando uma pirâmide cruel de desigualdades, econômicas, sociais e políticas. Disponível em: https://cafecomsociologia.com/democracia-direitos-individuais-x/ Acesso em: 16 jun. 2020. II. Agora é sua vez! Responda às questões propostas. 01. Quais os direitos individuais que você conhece? E quais os coletivos? 02. O direito de ir e vir é uma garantia que está expressa na nossa Constituição. Em um período de pandemia e isolamento social até que ponto você acha que esse direito tem prevalência sobre qualquer outro? 03. Exemplifique situações que o direito individual não deve prevalecer sobre o coletivo. 04. Quando você pensa em justiça social, qual direito deve prevalecer? O individual ou o coletivo? Explique a razão.

Onde encontro o conteúdo

ARAUJO, Silvia; BRIDI, Ma Aparecida; MOTIM, Benilde Lenzi. Sociologia: um olhar crítico. Contexto. 2009. DAVIS, Ângela. Mulheres, raças e Classes. São Paulo: Nova Fronteira. 2006 DIMENSTEIN, Gilberto et al. Dez lições de Sociologias para um Brasil cidadão. Vol. Único. São Paulo. FTD. 2008. HARPPER, Lee. O sol é para todos. São Paulo: José Olímpio, 2006 JOHNSON, Allan G. Dicionário de Sociologia: guia prático de linguagem sociológica. Rio de Janeiro: Zahar, 1997. SILVA, Afrânio; et al. Sociologia em movimento. São Paulo: Moderna, 2013. TOMAZI, Nelson Dacio. Sociologia para o ensino Médio. São Paulo, Atual, 2007. Este conteúdo também pode ser encontrado no livro da 2ª série do E. M de Sociologia, adotado por sua escola. Caso tenha acesso à internet, confira os links abaixo: O que são direitos Sociais? Disponível em: https://www.politize.com.br/direitos-sociais-o-que sao/#:~:text=DIREITOS%20INDIVIDUAIS%20OU%20DIREITOS%20SOCIAIS%3F&text=Reconhecem%20a%20todos%20os%20brasileiros,qualidade%20igualit%C3%A1ria%20de%20se%20viver. Acesso em: 16 jun. 2020. Discurso Marthin Luther King (legendas português). Disponível em: https://youtu.be/yCLCyvF9p7g . Acesso em: 16 jun. 2020.

Objetivos

Identificar as dimensões, civil, política e social, visando o exercício da cidadania. Reconhecer as novas formas de participação política e de exercício da cidadania.

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Compreender que os direitos humanos se constituem como instrumentos de combate a diferentes formas de violência no mundo contemporâneo.

Depois da atividade

Agora com base no texto apresentado sobre Direitos Humanos crie uma tirinha ou charge bem criativa e reflexiva sobre algum destes direitos. Assim você poderá escolher direitos na esfera individual, social ou política para realizar sua produção.

Bom Trabalho!

Caso tenha acesso à internet poderá também publicá-la em suas redes sociais a fim de promover uma discussão interessante sobre o tema com seus amigos e familiares. Não esqueça de usa#educacaobahia! Caso tenha acesso à internet e a fim de aprofundar seus conhecimentos sobre o tema sugerimos a você a acessar os links a seguir:

Música “A Lei” de Raul Seixas, no link https://www.letras.mus.br/raul-seixas/90574/. Disponível no YouTuber. Acesso em: 16 jun.2020.

Ideia central da música: a música se chama “A Lei” e foi composta em 1988 por Raul Seixas, precursor do rock brasileiro, fala sobre o que ele entendia sobre o que são direitos do homem.

Filme: Carandiru (2002). Disponível no link https://www.facebook.com/watch/?v=152752619383502. Acesso em: 16 jun. 2020.

Sinopse do Filme: Carandiru, uma das mais marcantes dos últimos anos e que merece uma atenção especial não apenas pelas atuações, mas também pelo enredo. Com direção de Hector Babenco e a presença de atores como Rodrigo Santoro, Lázaro Ramos, Wagner Moura e Luiz Carlos Vasconcelos, a história é baseada no livro homônimo de Dráuzio Varella, no qual o médico relata suas experiências durante os anos em que trabalhou no ambulatório de um dos maiores presídios do Brasil. O enredo se baseia nas relações que Dr. Dráuzio (Luiz Carlos Vasconcelos) constrói com seus pacientes, nos relatos que ouve deles e no dia a dia da prisão. O filme mostra de forma bastante realista a precariedade do sistema prisional brasileiro, os altos índices de violência e a superlotação das cadeias — uma realidade que todo profissional de direito precisa conhecer.

Livro: A autobiografia de Martin Luther King. Resumo da Obra: considerado um dos percussores dos direitos civis nos Estados Unidos nos estimula a pensar como surgem os direitos individuais e coletivos. O grande líder foi retratado em primeira pessoa em A autobiografia de Martin Luther King, organizado por Clayborne Carson, historiador da Universidade Stanford e diretor do Martin Luther King Jr. Research and Education Institute. O livro contém textos inéditos autobiográficos, incluindo cartas e diários não publicados, assim como filmes e gravações, do grande líder norte-americano.

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Data: 08/07/2020

9h às 10h História

Tema: Primeiro Reinado/ Constituição de 1824 a Abdicação de D. Pedro I

Atividade

I. Caso tenha acesso à internet assista a videoaula do EMITEC, acessando o link indicado no campo “Onde encontro o conteúdo” e em seguida leia o texto abaixo a fim de responder as questões propostas nesta atividade.

TEXTO

O Primeiro Reinado (1822/1831)

O Primeiro Reinado é caracterizado pela organização do Estado Nacional Brasileiro, que pode ser dividido nas seguintes etapas: as guerras de independência, o reconhecimento externo de nossa independência, a elaboração da primeira Constituição e a abdicação de D. Pedro I. Para garantir a independência e manter a unidade territorial D. Pedro I teve que enfrentar a resistência de algumas províncias, governadas por portugueses e que se mantiveram leais às Cortes portuguesas. As províncias foram a Bahia, Pará, Piauí e Maranhão. Outra província que se opôs foi a Cisplatina. A guerra da Cisplatina, que se iniciou em 1823, só terminou em 1828 com a proclamação de sua independência (é o atual Uruguai). As guerras de independência contrariam a visão tradicional de que a independência brasileira foi pacífica. Em virtude da ausência de um exército nacional organizado, as guerras de independência contaram com o apoio das milícias civis - com forte participação popular - e auxílio de mercenários ingleses e franceses, destacando-se Lord Cochrane, John Grenfell, John Taylor e Pierre Labatut. Com a derrota das forças militares contrárias à independência a unidade territorial foi mantida e D. Pedro I coroado imperador em dezembro de 1822. O primeiro país a reconhecer oficialmente a independência do Brasil foram os Estados Unidos da América, no ano de 1824. O reconhecimento deu-se obedecendo aos princípios da Doutrina Monroe, que pregava e defendia a não intervenção da Europa - através da Santa Aliança - nos assuntos americanos. "A América para os americanos" era o lema da Doutrina Monroe. Desta forma, os Estados Unidos da América garantiam sua supremacia política na região. No ano de 1825 foi a vez de Portugal reconhecer a independência de sua antiga colônia. A Inglaterra atuou como mediadora entre o Brasil e Portugal. Em troca do reconhecimento, Portugal exigiu uma indenização de dois milhões de libras, que auxiliariam o Reino lusitano a saldar parte de suas dívidas com os britânicos. Como o Brasil não possuía este montante, a Inglaterra tratou de emprestar. Assim, o dinheiro exigido por Portugal nem saiu da Inglaterra e, de quebra, o Brasil tornou-se seu dependente financeiro. Graças à mediação inglesa no reconhecimento de nossa independência, esta obteve importantes regalias comerciais com a assinatura de um tratado, no ano de 1827, que reafirmava os tratados de 1810. O acordo garantia tarifas alfandegárias preferenciais aos produtos ingleses, o que prejudicou o desenvolvimento

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econômico brasileiro. O novo acordo estabelecia a extinção do tráfico negreiro ­cláusula que não foi concretizada. Assim, o Brasil continuava a ser um exportador de produtos primários, importador de produtos manufaturados e dependente financeiramente da Inglaterra. Após a independência do Brasil, tornou-se necessário organizar o novo Estado, através de uma Constituição. Neste momento, a vida política no novo país estava dividida em dois grupos. O Partido Português, que articulava a recolonização do Brasil, e o Partido Brasileiro, dividido em duas facções: os conservadores, liderados pelos irmãos Andrada e que defendiam uma monarquia fortemente centralizada; e os liberais, que defendiam uma monarquia onde os poderes do rei fossem limitados. No ano de 1823, uma Assembleia Constituinte - composta por 90 deputados - apresentou um projeto constitucional que mantinha a escravidão, restringia os poderes do imperador e instituía o voto censitário: o eleitor ou o candidato teria de comprovar um determinado nível de renda. A renda seria avaliada pela quantidade anual de alqueires de mandioca produzidos. Dado a isto, este projeto constitucional ficou conhecido como a "Constituição da Mandioca". Não gostando de ter os seus poderes limitados, D. Pedro I fechou a Assembleia Constituinte. Procurando impedir sua dissolução, a Assembleia ficou reunida na noite de 11 para 12 de novembro, episódio conhecido como Noite da Agonia. Dissolvida a Assembleia, D. Pedro convocou um grupo de dez pessoas - Conselho de Estado - que ficou encarregado de elaborar um novo projeto constitucional. O projeto será aprovado em 25 de março de 1824. A seguir, os principais aspectos da primeira Carta do Brasil:

Estabelecimento de uma monarquia hereditária;

Instituição de quatro poderes: poder Executivo, exercido pelo imperador e seus ministros; poder Legislativo, exercido por deputados eleitos por quatro anos e senadores nomeados em caráter vitalício; poder Judiciário, formado por juízes e tribunais, tendo como órgão máximo o Supremo Tribunal de Justiça e o poder Moderador, de atribuição exclusiva do imperador e assessorado por um Conselho de Estado. Pelo poder Moderador, o imperador poderia interferir nos demais poderes. Na prática, o poder político do imperador era absoluto;

O país foi dividido em províncias, dirigidas por governadores nomeados pelo imperador;

O voto era censitário, tendo o eleitor ou candidato de comprovar uma determinada renda mínima; o voto seria a descoberto (não secreto);

Eleições indiretas;

Oficialização da religião católica e subordinação da Igreja ao controle do Estado.

Assim, a Constituição outorgada em 1824, impedia a participação política da maioria da população e concentrava os poderes nas mãos do imperador, através do exercício do poder Moderador. O excessivo autoritarismo do imperador, explicitado com o fechamento da Assembleia Constituinte e com a outorga da Constituição centralizadora de 1824, provocaram protestos em várias províncias brasileiras, especialmente em

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Pernambuco, palco da primeira manifestação do Primeiro Reinado. Trata-se da Confederação do Equador. A Confederação do Equador O nordeste brasileiro, no início do século XIX, encontrava-se em grave crise econômica. Somada aos ideais revolucionários de 1817 (Revolução Pernambucana) ocorre em Pernambuco um movimento republicano, de caráter separatista e popular. Entre os líderes do movimento temos as figuras de Manuel de Carvalho Pais de Andrade, Cipriano Barata, padre Gonçalves Mororó e Frei Caneca. O movimento recebeu apoio de outras províncias nordestinas (Rio Grande do Norte, Ceará e Paraíba). Os rebeldes proclamaram a independência e fundaram uma república, denominada Confederação do Equador (dada à localização geográfica das províncias rebeldes, próximas à linha do Equador) e adotaram, de forma provisória, a Constituição da Colômbia. A repressão ao movimento, determinada pelo imperador, foi violenta e seus principais líderes condenados à morte. A Abdicação de D. Pedro I Vários foram os fatores que levaram à abdicação de D. Pedro I. O Primeiro Reinado apresentava uma difícil situação financeira em decorrência da balança comercial desfavorável, contribuindo para as altas taxas inflacionárias. Um grande descontentamento em relação à figura do imperador, em virtude de seu autoritarismo, como o fechamento da Assembleia Constituinte, a imposição da Constituição de 1824, a repressão à Confederação do Equador. Contam-se ainda, a desastrosa Guerra da Cisplatina e a participação do imperador na sucessão do trono português. A imprensa brasileira inicia uma série de críticas ao governo imperial, resultando no assassinato do jornalista Líbero Badaró, grande opositor de D. Pedro I. No ano de 1831, em Minas Gerais, o imperador enfrentou sérias manifestações, sendo recebido com faixas negras em sinal de luto pela morte do jornalista. Retornando à capital do Império, seus partidários promoveram uma festa em homenagem ao imperador, desagradando a oposição e ao povo. Inicia-se uma luta entre partidários e opositores ao imperador, denominada "Noite das Garrafadas". Após sucessivas mudanças ministeriais, procurando conter as manifestações, D. Pedro I abdicou, na madrugada de 7 de abril de 1831, em favor de seu filho D. Pedro de Alcântara. Em Portugal, após enfrentar o irmão D. Miguel, será coroado rei de Portugal, com o título de Pedro IV. A abdicação de D. Pedro I consolidou o processo de independência, ao afastar o fantasma da recolonização portuguesa. Daí nos dizeres de Caio Prado Jr., "o 7 de abril, completou o 7 de setembro".

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Como seu legítimo sucessor possuía apenas cinco anos de idade, inicia-se um período político denominado Período Regencial. Disponível em: https://www.mundovestibular.com.br/estudos/historia/primeiro-reinado. Acesso em: 15 jun. 2020. II. Agora é sua vez! Responda às questões propostas. 01. As três afirmações a seguir referem-se ao contexto histórico do reconhecimento da independência brasileira, conquistada em 1822. Avalie as afirmações, assinalando V para a(s) verdadeiras e F para a(s) falsa(s), se houver. ( ) O reconhecimento por parte dos EUA, em 1824, obedeceu aos princípios da Doutrina Monroe, segundo os quais os norte-americanos deveriam apoiar os movimentos de emancipação no continente e combater toda pretensão europeia de intervenção ou recolonização na América. ( ) Para o reconhecimento formalizado em 1825, Portugal exigiu do Brasil uma compensação de dois milhões de libras. ( ) Uma importante condição imposta pela Inglaterra nas negociações com o Brasil foi a promessa de extinção do tráfico de escravos africanos, condição que, embora gerasse discordância, acabou por ser aceita. 02. (Unir-RO) O texto abaixo foi extraído da Constituição do Império outorgada em 1824. Art. 91. Têm votos nestas eleições primárias: 1º Os cidadãos brasileiros que estão no gozo de seus direitos políticos; 2º Os estrangeiros naturalizados; Art. 92. São excluídos de votar nas assembleias paroquiais: [...] 5º Os que não tiverem renda líquida anual de 100$rs por bens de raiz, indústria, comércio ou empregos. Com base no texto, analise as afirmativas, assinalando V para a(s) verdadeira(s) e F para a(s) falsa(s). ( ) O Império nasceu como uma democracia plena na qual os direitos políticos de todos foram assegurados. ( ) O Império nasceu como um estado desigual no qual apenas as pessoas com posses e status social podiam votar e ser votadas. ( ) A maioria da população do Brasil durante o Império podia votar e ser votada. ( ) A maioria da população no Brasil Império ficou excluída do direito a voto. 03. A Constituição de 1824, elaborada por “homens probos e amantes da dignidade imperial e da liberdade dos povos”, segundo o Imperador Pedro I, continha uma novidade em relação ao projeto de constituição de 1823: a criação do Poder Moderador. Defina o Poder Moderador. 04. Termos da abdicação de D. Pedro I: Usando do direito que a Constituição me concede, declaro que hei muito voluntariamente abdicado na pessoa do meu mui amado e prezado filho o Sr. Pedro de Alcântara. Boa Vista – 7 de abril de 1831, décimo de Independência e do Império – D. Pedro I.

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MENDES JÚNIOR, Antonio et al. Brasil história – texto e consulta. Império. São Paulo: Brasiliense, 1977. p. 200.

Identifique alguns acontecimentos que contribuíram para a abdicação de D. Pedro I.

Onde encontro o conteúdo

Primeiro Reinado no Brasil (1822-1831). Disponível em: http://pat.educacao.ba.gov.br/emitec/disciplinas/exibir/id/6478. Acesso em: 15 jun. 2020. Este conteúdo também ode ser encontrado no livro de História da 2ª série do E. M, adotado por sua escola.

Objetivo

Discutir a estrutura e organização do Estado brasileiro após a independência política.

Depois da atividade

Depois da realização da atividade, escreva um pequeno texto argumentativo, de até 20 linhas, se posicionando sobre a crise política e econômica do I Reinado que culminou com a abdicação de D. Pedro I. Pronto! Agora, se possuir acesso à internet, poste em suas redes sociais e convide seus seguidores, contatos e amigos para discutir sobre o conteúdo de sua postagem. Use a #educacaobahia.

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Data: 08/07/2020

11h às 12h Filosofia

Tema: O uso público das verdades religiosas e o respeito à diversidade

Atividade

I. Caso tenha acesso à internet assista as videoaulas do EMITEC, acessando os links indicados no campo “Onde encontro o conteúdo” e em seguida vamos realizar uma atividade interdisciplinar envolvendo Filosofia e Língua Portuguesa, conforme proposta abaixo. A atividade sugerida nesta proposta é uma adaptação de redação do vestibular da FUVEST (2017). A ideia é que após a análise do texto* abaixo você possa elaborar uma redação com foco nas reflexões sobre tolerância, igualdade e emancipação humana. Vamos lá!?

TEXTO Resposta à pergunta: O que é Esclarecimento?

Immanuel Kant

Esclarecimento é a saída do homem de sua menoridade, da qual ele próprio é culpado. A menoridade é a incapacidade de servir-se de seu próprio entendimento sem direção alheia. O homem é o próprio culpado dessa menoridade quando ela não é causada por falta de entendimento, mas, sim, por falta de determinação e de coragem para servir-se de seu próprio entendimento sem a tutela de um outro. Sapere aude!** Ousa fazer uso de teu próprio entendimento! Eis o lema do Esclarecimento. A preguiça e a covardia são as causas de que a imensa maioria dos homens, mesmo depois de a natureza já os ter libertado da tutela alheia, permaneça de bom grado a vida inteira na menoridade. É por essas mesmas causas que, com tanta facilidade, outros homens se colocam como seus tutores. É tão cômodo ser menor. Se tenho um livro que faz as vezes de meu entendimento, se tenho um diretor espiritual que assume o lugar de minha consciência, um médico que por mim escolhe minha dieta, então não preciso me esforçar. Não tenho necessidade de pensar, se é suficiente pagar. Outros se encarregarão, em meu lugar, dessas ocupações aborrecidas. A imensa maioria da humanidade considera a passagem para a maioridade, além de difícil, perigosa, porque aqueles tutores de bom grado tomaram-na sob sua supervisão. Depois de terem, primeiramente, emburrecido seus animais domésticos e impedido cuidadosamente essas dóceis criaturas de darem um passo sequer fora do andador de crianças em que os colocaram, seus tutores mostram- -lhes, em seguida, o perigo que é tentarem andar sozinhos. Ora, esse perigo não é assim tão grande, pois aprenderiam muito bem a andar, finalmente, depois de algumas quedas. Basta uma lição desse tipo para intimidar o indivíduo e deixá-lo temeroso de fazer novas tentativas. * Para o excerto aqui apresentado, foram utilizadas as traduções de Floriano de Sousa Fernandes, Luiz Paulo Rouanet e Vinicius de Figueiredo. ** Sapere aude: cit. lat. de Horácio, que significa “Ousa saber”. Estes são os parágrafos iniciais de um célebre texto de Kant, nos quais o pensador define o Esclarecimento como a saída do homem de sua menoridade, o que este alcançaria ao tornar-se capaz de pensar de modo livre e autônomo, sem a tutela de

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um outro. Publicado em um periódico, no ano de 1784, o texto dirigia-se aos leitores em geral, não apenas a especialistas. Em perspectiva histórica, o Esclarecimento, também chamado de Iluminismo ou de Ilustração, consiste em um amplo movimento de ideias, de alcance internacional, que, firmando-se a partir do século XVIII, procurou estender o uso da razão, como guia e como crítica, a todos os campos da atividade humana. Passados mais de dois séculos desde o início desse movimento, são muitas as interrogações quanto ao sentido e à atualidade do Esclarecimento. Disponível em: https://acervo.fuvest.br/fuvest/2017/fuv2017_2fase_dia1.pdf. Acesso em: 16 jun. 2020. Comentário: No trecho do texto, o filósofo alemão Immanuel Kant solicita uma reflexão acerca das possibilidades de explorar a razão como forma de o homem sair de sua condição preguiça de pensar, onde prefere seguir aquilo que outros pensam por ele, e buscar sua própria maioridade intelectual e a emancipação humana de modo geral. Aqui você vai precisar estabelecer uma relação entre essa busca de emancipação humana, ou seja, da condição humana de apoiar suas ações no uso de sua racionalidade com o exercício da tolerância e respeito à igualdade entre os seres humanos. II. Agora é sua vez! Com base nas ideias presentes no texto de Kant, acima apresentado, e valendo-se tanto de outras informações que você julgue pertinentes quanto dos dados de sua própria observação da realidade, redija uma dissertação em prosa, na qual você exponha o seu ponto de vista sobre o tema: O homem saiu de sua menoridade? Lembre-se de ao longo do texto fazer a relação com os temas: emancipação humana, tolerância e igualdade. Instruções Gerais: • A dissertação deve ser redigida de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa; • Escreva, no mínimo, 20 linhas, com letra legível. Não ultrapasse o espaço de 30 linhas de seu caderno de anotação; • Dê um título a sua redação.

Onde encontro o conteúdo

AULA - Tema: Tolerância, Igualdade e Emancipação Humana. Disponível em: http://pat.educacao.ba.gov.br/emitec/disciplinas/exibir/id/7391. Acesso: 16 jun. 2020. AULA - Tema: Autonomia da Razão e Mito do Progresso. Disponível em <http://pat.educacao.ba.gov.br/emitec/disciplinas/exibir/id/7325>. Acesso: 16 jun. 2020. LIVRO: ARANHA, M. L.; ARRUDA, M.H. Filosofando: Introdução à Filosofia. 6. Edição. São Paulo: Moderna, 2016. Volume único, Cap. 10. pág. 128/129. LIVRO: COTRIM, Gilberto; FERNANDES Mirna. Fundamentos de Filosofia. São Paulo: Saraiva, 2017. Volume único, Cap. 15. Pág. 277 a 285.

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Este conteúdo também ode ser encontrado no livro de Filosofia da 2ª série do E. M., adotado por sua escola.

Objetivo

Compreender os momentos da História da Filosofia e trechos de obras, como lugares privilegiados de discussão de questões filosóficas que, recorrentes, mantêm-se contemporâneas e passíveis de enfrentamentos diferenciados.

Depois da atividade

Considerando que devemos insistir no uso da racionalidade na busca da maioridade, tal como apresentada por Kant, e, considerando que ainda hoje presenciamos manifestação de intolerância e uma série de desrespeito à condição de igualdade de tratamento e oportunidades garantidos na Declaração dos Direitos, crie um cartaz, com imagens e textos denunciando essas situações e convocando as pessoas a pensar sobre o absurdo que elas representam. Caso tenha acesso a internet, você poderá buscar tutoriais e páginas da internet para saber como elaborar “cartaz online”, existem muitos deles disponíveis na internet. Sugestão acesse o site :https://spark.adobe.com/pt-BR/make/posters/. OBS: Este cartaz pode ser on-line. Caso utilize imagens da internet, não se esqueça de colocar o link e a data de acesso. Se a frase não for de sua autoria, você precisa dar os créditos ao autor. Caso não tenha acesso a internet, use sua criatividade e faça você mesmo(a). Para isto seguem algumas informações sobre a construção de um cartaz. Algumas dicas para a construção de cartazes:

Letras em tamanho legível;

Imagens relacionadas ao tema do cartaz;

Evitar informações e imagens desnecessárias, focando no essencial;

Título do cartaz. Disponível em: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=56103Acesso em: 02 jul. 2020. A fim de aprofundar um pouco mais seus estudos sobre o tema assista ao vídeo intitulado O que é esclarecimento autonomia em Kant. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=47YXgNoBtL4. Acesso: 16 jun. 2020

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Data: 09/07/2020

9h às 10h Geografia

Tema: Brasil/ Subtema: Regionalização e Planejamento ( Parte 02)

Atividade

I. Leia atentamente o texto abaixo e em seguida responda ao que se pede. Você já escutou diversas vezes a palavra região e até mesmo já deve ter estudado sobre elas, não é mesmo? Mas, e a palavra regionalizar? Você já ouviu alguém falar sobre isso? Sabe o que significa? Vamos descobrir agora mesmo o significado dessa palavra, os tipos de regionalização e sua importância.

TEXTO

O que é regionalizar? Priscila Melo

A palavra regionalizar significa dividir ou classificar em regiões. Mas essa divisão não pode ser feita de qualquer jeito, pois são seguidos alguns critérios específicos que podem ser as semelhanças dos espaços ou algumas características que determinados lugares possuem em comum. Cada região se diferencia das outras por ter algumas características próprias e não é apenas a localização geográfica que pode influenciar na forma de organização do espaço. Há vários tipos de critérios que podem ser levados em consideração para que seja feita a regionalização, entre eles temos os critérios: econômicos, políticos, sociais, culturais, históricos e muitos outros. Exemplo de regionalização Para facilitar a compreensão vamos ver um exemplo mais comum que provavelmente acontece no seu cotidiano: Se você está na escola e na sua sala tem 30 alunos, durante a aula de História a professora divide a turma em 6 grupos de 5 integrantes cada. Para a definição desses grupos, a professora pode utilizar os mais variados critérios, ela pode escolher os grupos a partir do sexo (feminino e masculino), pelo comportamento (tímidos e desinibidos), pelas notas, entre outros. Esse tipo de classificação acaba sendo uma forma de regionalização, pois essa divisão da classe em grupos que possuem características distintas segue os mesmos princípios da regionalização do espaço geográfico. Tipos de regionalização A regionalização pode ser de vários formatos, pois na verdade as regiões não existem de fato no espaço. Elas são criadas para facilitar a organização e estudar as características que marcam as sociedades e os lugares. O governo brasileiro vem tentando encontrar a melhor forma de regionalizar o nosso país há algumas décadas e utiliza diversas metodologias para fazer isso. Entre esses diversos formatos de regionalização, há dois deles que são utilizados com mais frequência, veja agora um pouco sobre cada um deles:

Regionalização político-administrativa Essa divisão é muito utilizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). São utilizados critérios humanos como formação étnica e distribuição territorial da população. De acordo com a regionalização tradicional do nosso país,

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o território brasileiro fica subdividido em cinco macrorregiões: Norte, Sul, Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste.

Regionalização geoeconômica A regionalização geoeconômica é responsável por tratar dos aspectos econômicos que estão agregados aos estados. Nesta divisão temos a Região Amazônica, Nordeste e Centro-Sul. Disponível em: https://www.estudokids.com.br/regionalizar-o-que-e-exemplo-e-tipos-de-regionalizacao/. Acesso em: 15 jun. 2020. II. Agora é sua vez! Responda às questões propostas. 01. Explique qual a importância de ser realizada a regionalização? Justifique sua resposta. 02. (UFPI – adaptada) Observe o mapa de divisão regional do Brasil e, em seguida, assinale a proposição correta:

Figura 1 - Divisão regional brasileira

a) O número 5 assinala a região Sul, onde se concentram numerosos descendentes de europeus, que utilizaram a terra mantendo a cobertura vegetal original, adotando um sistema de agricultura extensiva e de autoconsumo. b) O número 1 corresponde à região de maior área, onde as condições naturais permitiram o estabelecimento de uma floresta temperada homogênea e que vem apresentando crescente extensão de áreas devastadas, porque ainda não utiliza modelos de desenvolvimento sustentável. c) O número 2 indica a região que teve menor importância econômico-social no período colonial e que, após o período áureo da mineração, voltou às condições de pobreza dos primeiros séculos de colonização. d) O número 4 identifica a região que apresenta maior índice de industrialização, com destaque para as cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, que polarizam as demais regiões brasileiras. e) O número 3 assinala a região Centro-Oeste, que passou a crescer após a construção de Brasília, mesmo apresentando condições naturais adversas, advindas da presença do bioma caatinga.

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03. “Aprendi, na década de 60, que o Estado de São Paulo fazia parte da região Sul. Minas estava na região Leste, assim como a Bahia, o Rio, o Espírito Santo e Sergipe. Certo dia, um professor, já na década de 70, disse que São Paulo estava no Sudeste, bem como o Espírito Santo, o Rio de Janeiro e Minas Gerais. Fiquei chocado. Os Estados mudaram de posição e eu nem havia percebido”.

(MELGAR, E. O IBGE e os Estados do Brasil. Folha de S. Paulo, 08/05/2003). Essa “mudança de posição” dos estados brasileiros, conforme registrado pelo autor, ocorreu porque: a) Houve uma nova perspectiva em relação ao IBGE sobre o território brasileiro, que deixou de ser predominantemente interiorano para ocupar melhor o litoral. b) A nova região Sudeste representava melhor as zonas mais industrializadas do país e com posição geográfica semelhante. c) A integração do Espírito Santo ao Sudeste era necessária em razão do seu acelerado grau de urbanização e concentração populacional. d) Estava em curso, na década de 1970, a redistribuição industrial brasileira em direção às regiões Sul e Norte.

Onde encontro o conteúdo

Disponível em: https://www.estudokids.com.br/regionalizar-o-que-e-exemplo-e-tipos-de-regionalizacao/. Acesso em: 15 jun. 2020. Disponível em: https://beduka.com/blog/exercicios/geografia-exercicios/exercicios-sobre-divisao-regional-do-brasil/. Acesso em; 15 jun. 2020.

Objetivo Entender a importância do processo de regionalização e suas aplicações.

Depois da atividade

Vamos tentar registar algumas informações em seu caderno? A proposta é elaborar uma carta pessoal, a ser endereçada a algum parente que more numa região geográfica diferente da sua, ou seja, nesta carta você deve trazer os principais aspectos de sua região, como: localização; estados circunvizinhos; características do clima, fauna, flora; pontos turísticos, dentre outras informações que julgar pertinente. Com o mundo informatizado, muito possivelmente, você nunca deve ter escrito uma carta pessoal, né mesmo! Vamos apresentar aqui algumas dicas para a escrita de sua carta pessoal.

TEXTO Características de uma carta pessoal

[...] O ato de escrever uma carta tornou-se uma raridade nos últimos tempos, já que a comunicação, na maioria das vezes, tem ocorrido via redes sociais e aplicativos como Whatsapp e Telegram. No entanto, é importante conhecermos as características de uma carta e como escrevê-la corretamente, pois ela ainda é um instrumento de comunicação bastante útil. Você pode escrever uma carta pessoal quando deseja comunicar com alguém próximo, como um familiar ou amigo, a fim de contar as novidades e trocar

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informações. Este gênero textual não apresenta muitas regras fixas, portanto, é muito simples escrever uma carta corretamente. [...] Não há regras sobre o assunto a ser tratado na carta. Por ser um texto dirigido a pessoas mais próximas, [...].

É comum ocorrer a presença de aspectos narrativos ou descritivos.

Geralmente é entregue em mãos ou enviada pelo correio.

A carta pessoal deve ser manuscrita.

A linguagem a ser utilizada na sua carta deve acompanhar o grau de intimidade estabelecido em sua relação com o destinatário. A linguagem costuma ser pessoal, informal, com o uso de termos coloquiais.

O tamanho da carta deve variar entre médio e grande. A carta pessoal deve seguir esta estrutura:

Local e data, escritos normalmente à esquerda (Por exemplo: São Paulo, 24 de julho de 2017);

Vocativo;

Corpo do texto;

Despedida e assinatura. É importante ressaltar que o vocativo e a despedida também variam de acordo com o grau de intimidade existente entre o remetente e o destinatário. Alguns exemplos de vocativos são: “Meu querido”, “Minha querida amiga Fulana”, “Meu caro” e outros. Já a despedida pode variar entre Até breve, Cordialmente, Abraços, Saudades etc. Para finalizar, você pode assinar a sua carta com o primeiro nome ou até mesmo com o apelido. Lembre-se que isso também dependerá do grau de intimidade com o destinatário Disponível em: https://www.estudokids.com.br/aprenda-como-escrever-uma-carta-corretamente/Acesso em 02 jul. 2020. Capriche em sua produção, pois a ideia é você apresentar as principais características de sua região. Bom Trabalho! Caso tenha acesso à internet, aprofunde seus conhecimentos acessando ao link do vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=vzCduN8gwMM. Acesso em: 15 jun. 2020.

Gabarito Questão 02: D Questão 03: B

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Data: 09/07/2020

11h às 12h Sociologia

Tema: Racismo

Atividade

I. Caso tenha acesso à internet assista as videoaulas do EMITEC, acessando os links indicados no campo “Onde encontro o conteúdo” e em seguida leia atentamente o texto abaixo.

TEXTO Racismo

Juliana Bezerra

O Racismo é a crença em que uma raça, etnia ou certas características físicas sejam superiores a outras. O racismo pode se manifestar tanto em nível individual, como em nível institucional, através de políticas como a escravidão, o apartheid, o holocausto, o colonialismo, o imperialismo, dentre outros. Embora o racismo associe-se ao preconceito contra os negros, ele pode se manifestar contra qualquer raça ou etnia, sejam asiáticos, indígenas, etc. Convém lembrar que a prática do racismo, no Brasil, é considerada um crime inafiançável, com pena de até 3 anos de prisão. Tipos de Racismo Vejamos agora os principais tipos de racismo: 1. Racismo Individual O racismo individual é expresso em atitudes discriminatórias individuais, através de estereótipos, insultos e rejeição a uma pessoa que não possua as mesmas características étnicas que a sua. Desta maneira, temos expressões como "é preto, mas é limpinho" ou "índio bom é índio morto" que revelam o profundo desprezo a todo um grupo. 2. Racismo Institucional O racismo institucional é aquele exercido pelas instituições, como o Estado, a Igreja, as empresas privadas e públicas, no qual certos grupos étnicos, como negros ou índios, são marginalizados e rejeitados, seja direta ou indiretamente. Um dos maiores exemplos foi o apartheid, na África do Sul, quando os negros estavam proibidos de frequentar os mesmos lugares que os brancos. Igualmente, nos Estados Unidos, havia leis desse tipo, que impediam os negros a estudarem nas mesmas escolas que os brancos, por exemplo. 3. Racismo Cultural Resulta na crença que existe superioridade entre as culturas existentes, no amplo sentido que "cultura" engloba, religião, costumes, línguas, dentre outras. O racismo cultural foi usado como justificativa para colonizar e dominar territórios desde a Antiguidade. Na época moderna, esse tipo de racismo pode incluir elementos do racismo institucional e individual. 4. Racismo Comunitarista (Diferencialista) O conceito de comunitarismo ganhou força nos anos 80, em contraposição ao individualismo. Esta filosofia defende que a comunidade é mais importante que o indivíduo em si. Dessa maneira, o racismo comunitarista está ligado ao pensamento contemporâneo e ao nacionalismo. Ele torna-se racista na medida

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que sempre privilegia a sua comunidade em detrimento de outra. Como consequência, o racismo comunitarista se dirige a um grupo como uma aldeia indígena, uma comunidade quilombola, e não só aos indivíduos específicos. 5. Racismo Ecológico (Ambiental) O racismo ecológico é detectado quando as populações periféricas não recebem o mesmo tratamento que uma área central. Um exemplo disso são as desapropriações realizadas de maneira arbitrária para dar lugar às represas ou instalações de eventos esportivos. Ou quando uma empresa de país desenvolvido vende um produto para um país em desenvolvimento que não cumpre as mesmas regras do seu país de origem. Também a destruição do meio ambiente, afetando grupos e comunidades baseados na aplicação desigual da legislação é considerada como racismo ambiental. Uma das atitudes racistas é o isolamento social Movimentos racistas pelo mundo As pessoas denominadas racistas baseiam-se na ideologia da superioridade racial. Estas ideias ganharam força no século XIX através do Positivismo e, mais tarde, no século XX, foram aproveitadas pelo Fascismo. Mesmo com todos os estudos indicando que a raça de um indivíduo não tem relação com inteligência ou caráter, certas pessoas continuam a acreditar nisto. O pior é quando estas pessoas se reúnem e começam a tomar atitudes violentas contra os grupos que elas classificam de "inferiores". Alguns movimentos racistas pelo mundo atual são os Neonazistas e Skinheads. Esses grupos perseguem, espancam e matam pessoas consideradas diferentes, seja pela raça, cor, cultura ou mesmo por preferências sexuais, religiosas, etc. Como combater o racismo? O racismo deve ser combatido diariamente, primeiro em atitude individuais e depois, de forma social. O mais importante é reconhecer que vivemos numa sociedade racista e isto é muito fácil de comprovar respondendo a estas perguntas.

O Brasil tem quase 50% da população que se declara negra: no Congresso Nacional temos 50% dos parlamentares negros? Existem 50% de médicos negros em hospitais? Assim, seria interessante uma auto avaliação começando pelo nosso vocabulário. Deveríamos tirar da nossa linguagem expressões como "denegrir", "preto de alma branca", "moreninha do cabelo Bombril", e tantas outras. Igualmente, conhecer outras culturas, costumes, pessoas e religiões. Quantas personalidades negras ou indígenas você admira? Ao ter contato com saberes diferentes dos quais estamos acostumados, abrimos nossa cabeça e percebemos que os seres humanos são bem parecidos. Disponível em: https://www.todamateria.com.br/racismo/. Acesso em: 08 jun. 2020. II. Agora é sua vez! Construa uma campanha publicitária que tenha como tema o combate ao Racismo. Como estamos em distanciamento social você pode divulgar essa campanha nas suas redes sociais, por algum meio digital. Os alunos que não possuem redes sociais e/ou internet, construam cartazes ou folders para que, quando acabar o isolamento, possam ser divulgados em sua escola ou comunidade. Utilize a sua criatividade e mãos à obra!

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Exemplo de uma campanha publicitaria: CDL de Florianópolis lança campanha “Floripa de Máscara” com ilustrações do artista Luciano Martins

17 de Abril de 2020 Ação visa incentivar o uso de máscaras caseiras para pessoas sem sintomas da Covid-19

CDL de Florianópolis lança campanha “Floripa de Máscara” com ilustrações do artista MARTINS, Luciano. Disponível em https://acontecendoaqui.com.br/propaganda/cdl-de-florianopolis-lanca-campanha-floripa-de-mascara-com-ilustracoes-do-artista-luciano. Acesso em: 08 jun. 2020.

Onde encontro o conteúdo

Videoaula do EMITEC. As relações étnico-raciais: reflexões necessárias. Disponível em: http://pat.educacao.ba.gov.br/emitec/disciplinas/exibir/id/7473. Acesso em: 12 jun. 2020. Videoaula do EMITEC. Relações Étnico Raciais e Ações Afirmativas. Disponível em: http://pat.educacao.ba.gov.br/emitec/disciplinas/exibir/id/5628. Acesso em 15 jun. 2020. ARAUJO, Silvia; BRIDI, Ma Aparecida; MOTIM, Benilde Lenzi. Sociologia: um olhar crítico. Contexto. 2009. DAVIS, Ângela. Mulheres, raças e Classes. São Paulo: Nova Fronteira. 2006. DIMENSTEIN, Gilberto e outros. Dez lições de Sociologias para um Brasil cidadão. Vol. Único. São Paulo. FTD. 2008. HARPPER, Lee. O sol é para todos. São Paulo: José Olímpio, 2006. JOHNSON, Allan G. Dicionário de Sociologia: guia prático de linguagem sociológica. Rio de Janeiro: Zahar, 1997. RIBEIRO, Djamila. Pequeno Manual Antirracista. São Paulo: Companhia das Letras, 2019. SILVA, Afrânio; et al. Sociologia em movimento. São Paulo: Moderna, 2013.

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TOMAZI, Nelson Dacio. Sociologia para o ensino Médio. São Paulo, Atual, 2007. Este conteúdo também pode ser encontrado em seu livro didático da 2ª série do E. M de Sociologia, adotado por sua escola. Caso tenha acesso à internet, acesse os sites relacionados logo abaixo: ÂNGELIS, Rebeca. Entenda o que é racismo institucional. Disponível em: https://www.uninassau.edu.br/noticias/entenda-o-que-e-racismo-institucional-1. Acesso em: 13 jun. 2020 CHAGAS, Inara. Por que o índice de negros em cargos políticos é baixo? Disponível em:https://www.politize.com.br/indice-de-negros-em-cargos-politicos-e-baixo/. Acesso em: 13 jun. 2020. PORFÍRIO, Francisco. "Racismo"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/racismo.htm. Acesso em 13 de junho de 2020. SODRÉ, Lu. Dos EUA à Austrália: manifestações antirracistas se multiplicam pelo mundo. Disponível em: https://www.brasildefato.com.br/2020/06/03/dos-eua-a-australia-manifestacoes-antirracistas-seguem-pelo-8-dia-consecutivo. Acesso em: 05 jun. 2020. Sugestões de filmes sobre o tema: A negação do Brasil. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=S5bgipo2Dic. Acesso em: 15 jun. 2020. 12 ANOS DE ESCRAVIDÃO: Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=sYtoWIioKz4. Acesso em: 15 jun. 2020. Selma: Uma luta pela Igualdade. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=bSk_5hDADNA. Acesso em: 15 jun. 2020. Escute: A carne: Elza Soares. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=Lkph6yK6rb4. Acesso em: 01 jun. 2020. Mandume: Emicida. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=mC_vrzqYfQc. Acesso em: 06 jun. 2020. Um corpo no mundo: Luedji Luna. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?time_continue=110&v=V-G7LC6QzTA&feature=emb_logo. Acesso em: 06 jun. 2020. War: Bob Marley. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=m0PwWx2bv6Q. Acesso em: 06 jun. 2020.

Objetivo

Discutir as diversidades indenitárias e seus significados históricos no início do século XXI, a fim de combater qualquer forma de preconceito e violência em nossa sociedade contemporânea. Refletir sobre o respeito e valorização da diversidade étnico-cultural como formas de combate ao racismo nas esferas locais e globais.

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Depois da atividade

Com o intuito de aprofundar um pouco mais sobre as discussões sobre esta temática, leia o texto a abaixo e em escreva um texto crítico, com no mínimo 20 linhas, a respeito das manifestações antirracistas que começaram nos EUA e se estendendo para o Brasil e o Mundo. Deixe claro sua opinião sobre o tema proposto para esta produção escrita!

TEXTO Black Lives Matter!

Amai-vos uns aos outros, que dificuldade extrema para aplicarmos esta máxima, e o racismo é o descompromisso atrevido e doloroso a esta máxima. A morte do segurança negro George Floyd por um policial branco gerou uma indignação global, provocando a maior manifestação antirracista desde da década de 60. A passeata de caráter pacifico, em alguma oportunidade resultou em conflitos fruto, segundo manifestantes, da infiltração de baderneiros, distantes da finalidade da manifestação, que objetivava demonstrar as autoridades americanas e ao mundo que precisamos mudar esta visão de inferioridade do povo negro, submetido a agressões de toda ordem, culminando com o assassinato do cidadão norte americano, negro. Em função da ação dos manifestantes, num protesto que unem negros e brancos, com gestos simbólicos e pacíficos, a ação policial tronou-se agressiva, com toque de recolher, e o presidente Trump prometeu usar o exército, quando momento pedia diálogo. O Chefe de Polícia do Texas dissera que se o presidente não tinha nada para falar o melhor era ficar calado, e completara “AQUI NÃO É ´HOLLYWOOD, ISTO É VIDA REAL”. O Presidente foi até uma igreja e exibiu uma Bíblia aos manifestantes, estes jogaram-se no chão entoando a frase dita por Floyd antes da sua morte – “não consigo respirar”. Em vários locais esta postura era repetida, colocando-se um joelho ao chão. O irmão de Floyd, presente à manifestação, emocionado, dissera que sempre há manifestações, mas o problema de assassinato de negros continua ocorrendo, cobrando mudanças. BLACK LIVES MATTER diziam os cartazes soando, para todo o mundo, e o nosso racismo de todo dia? Que faremos ou o que estamos fazendo? Amamos uns aos outros? O racismo, a sua extinção, é o compromisso de todos nós. À frente das manifestações americanas estavam jovens negros e brancos, pedindo um outro mundo, quando será? Estamos ávidos para o dia em que a cor da pele seja apenas uma questão de detalhe desprezível, pois o que importa é o caráter. SODRÉ, Jaime. Black Lives Matter. Disponível em http://portalsoteropreta.com.br/black-lives-matter-por-jaime-sodre/. Acesso em: 11 jun. 2020.

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Data: 10/07/2020

9h às 10h História

Tema: As crises sociais e política do período regencial/ Os excluídos dessa História

Atividade

I. Caso tenha acesso à internet assista a videoaula do EMITEC, acessando o link indicados no campo “Onde encontro o conteúdo” e em seguida leia atentamente o texto abaixo a fim de responder o que se pede:

TEXTO Período Regencial (1831 – 1840)

Após a abdicação de Dom Pedro I, inicia-se no Brasil um período de instabilidade política, confrontos sócio-políticos e revoltas sociais, conhecido como Período Regencial, no qual haverá um conflito mais acentuado das Elites Brasileiras que defendiam visões políticas diferentes. Em 1840 foi executado o plano para salvar os bens dos grandes proprietários – a diminuição da maior idade, caracterizando o Golpe da Maioridade, resultando na Coroação de D. Pedro em Imperador D. Pedro II, no que duraria quase meio século. Assim termina o Período Regencial, marcado por Revoltas Regenciais e por Conflitos Políticos, Período de forte instabilidade política e social, caracterizado pelo Avanço Liberal e Regresso Conservador – após esse período inicia-se no Brasil um período oposto a esse, um período de forte estabilidade social e política – O II Império.

As Revoltas Regenciais (1835 – 1845)

A Cabanagem (1835 – 1840) Revolta essa que ocorreu no Grão-Pará, de caráter popular dentre fatores eram: A miséria, a opressão das Elites e o descaso do Governo e ansiavam por melhores condições de vida e a autonomia da província. Um de seus líderes Félix Clemente Malcher, junto a outros, promoveram a invasão de Belém. Malcher nomeia o tenente Francisco Pedro Vinagre como Comandante de Armas. Malcher proclama a República Paraense e declara Fidelidade ao Imperador (Pedro de Alcântara que seria o próximo Imperador), o que gera intensos conflitos, provocando sua deposição do governo e sua posterior morte. Após Malcher ser morto Vinagre assume o poder impondo importantes medidas. Vinagre toma importantes medidas como o Confisco de terras de portugueses e sua distribuição, mas através de suborno, ele aceita um governador para o Pará indicado pela Regência. Contudo, fatores adversos, fazem com que as elites que apoiavam o movimento, retirassem o seu apoio e o movimento vem a sucumbir em 1840, após intensos conflitos e um cerco promovido pelo Exército oficial e por mercenários, matando aproximadamente 40 mil pessoas, quase a metade da província na época. Revolta dos Farrapos (1835 – 1845) Conhecida também como Revolução Farroupilha, foi uma revolta de caráter elitista, conduzida pelos estancieiros (latifundiários pecuaristas) que ocorreu no Sul do país – Rio Grande do Sul. Os fatores para o estopim foi a Concorrência do Charque (carne-seca) Uruguaio e Argentino, principalmente uruguaio (devido a melhor qualidade proporcionada pela mão de obra assalariada e a especificidade na produção) e sua entrada no Brasil com enorme facilidade o que prejudicava os produtores do Brasil. Esses reivindicavam medidas protecionistas do Governo ao charque brasileiro, para evitar a entrada desordenada do Charque estrangeiro e a diminuição do imposto sobre o charque gaúcho. O charque Uruguaio também

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chegava ao Brasil com preço baixo devido ao subsídio dado pelo governo Uruguaio ao principal produto fabricante do charque – O Sal. Por isso os brasileiros também defendiam ser subsidiados pelo governo na compra do Sal. Dentro do cenário político do Rio Grande do Sul se encontravam os Estancieiros Liberais Separatistas e Republicanos (chamados de chimangos) e as Elites adeptas à Monarquia (chamados de caramurus). Devido a todos os motivos como as pesadas taxações impostas ao charque e aos couros e à suspensão do pagamento das dívidas do governo imperial, os estancieiros liderados por Bento Gonçalves, Canabarro e Garibaldi em 1835, tomaram Porto Alegre e em 1836 proclamaram à República Rio Grandense. A revolução se estende até Santa Catarina onde os revoltosos em 22 de julho de 1839 proclamam a República Juliana, que teve curta duração. Após as enumeras conquistas e vitórias as forças governamentais aumentaram a pressão a partir de 1840, mas só em 1842, com a nomeação de Luís Alves de Lima e Silva, barão de Caxias, para presidente da província e comandante das tropas imperiais, é que foi selada a sorte dos rebeldes. Após vitórias importantes dos revoltosos sobre os exércitos imperiais, o Barão de Caxias inicia um processo de isolamento dos revoltosos o que vem a enfraquece-los. Em 1845, Bento Gonçalves se dispôs a negociar o armistício. Um conselho de guerra farroupilha aceitou as condições propostas pelo governo imperial. No dia 29 de fevereiro foi assinada a ata de pacificação. Os chefes revolucionários conseguiram anistia, incorporação às forças do Exército, liberdade para os escravos que lutaram do lado rebelde e a concessão de patente de oficial para os líderes do movimento tudo isso fica caracterizado como o episódio “Paz de Pancho Verde” em 1845. Não foram duramente reprimidos como as revoluções populares, devido a que eram elites e não podiam sofrer como pobres. No final das contas tiveram seus direitos reivindicados atendidos pelo Governo. Sabinada (1837 – 1838) Ocorrida na Bahia, foi um movimento composto pela classe média de Salvador e com o apoio do Exército. Descontentes com a falta de autonomia da província e com os descasos e desleixo da administração regencial, os revoltosos liderados por Francisco Sabino (daí a origem do nome da Revolta) propunham o fim da regência no Brasil e começaram a implantar seus planos. Proclamaram em Salvador a república baiana em 1837, mais a revolta ficou restrita à capital da Bahia. O governo legal instalou-se na cidade baiana de Cachoeira, com o apoio dos grandes proprietários. Os rebeldes, que não possuíam barcos para se movimentar sequer pelo recôncavo, viram-se separados de seus partidários em Itaparica e Feira de Santana, enquanto eram sitiados pelo brigadeiro João Crisóstomo Calado, que recebera reforços da corte, de Sergipe e de Pernambuco. Em três dias de combates, os legalistas perderam 600 homens, os sabinos 1.258, e outros 2.989 foram feitos prisioneiros. Salvador foi incendiada e Francisco Sabino condenado à morte. Comutada a sentença, o líder rebelde foi exilado em Goiás, onde tentou novo levante, que lhe valeu a punição de transferência para Mato Grosso, onde morreu. Sintetizando: Devido a falta de respaldo popular, o movimento se enfraqueceu, onde as tropas oficiais apoiadas pelos latifundiários que retiraram o apoio ao movimento por ele ter se caracterizado em “exagero radical”, cercaram e derrotaram os revoltosos da região.

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A Balaiada (1838 – 1841) Essa revolta se passa no Maranhão e tem dentro dos motivos, a miséria provocada pela crise do algodão e pelo aumento de impostos e preços, somados ao descaso das autoridades. Ansiavam por melhorias sociais, econômicas e políticas. Foi uma Revolta de caráter Popular mais que foi usada por uma parte especial da Elite – Os Liberais. Também se encontrava os Conflitos Políticos entre: Cabanos (Conservadores) X Bem-Te-Vis (Liberais). Os Cabanos (Conservadores) conseguiram ascender ao poder após a ascensão de Araújo Lima à Regência Una, o que marginaliza os Bem-Te-Vis (Liberais). Contudo, eclode a Revolta Popular, com o apoio dos Bem-te-vis aos Balaios. Os Balaios crescem muito e ameaçam o controle até então exercido pelos Bem-Te-Vis, que retiram o apoio aos Balaios e apoiam a repressão, assim os Balaios sucumbem diante do Exército Oficial. Revolta Malês Revolta de caráter popular, conduzida por escravos “acima do normal”, isso porque eram letrados e tinham instrução religiosa – eram mulçumanos. Influenciados por Revoltas Escravas como a Rebelião escrava do Haiti em 1791 e por uma sociedade secreta negra – Ogboni; se revoltaram com tropas do exército em plana Salvador, onde o conflito e o movimento rapidamente foram suprimidos pelo poder de fogo do Exército Oficial. Seus principais líderes foram mortos, outros condenados ao chicote e a prisão. Disponível em: https://fh-historiando.blogspot.com/2011/09/normal-0-21-false-false-false.html. Acesso em: 15 jun. 2020. II. Agora é sua vez! Responda às questões propostas. 01. Diante do trono vazio defrontavam-se as províncias, com a propriedade territorial lhes ditando a contextura política, sequiosas de comandar o governo-geral, espreitadas por um gigante tolhido, mas ameaçador: o elemento monárquico, agarrado, em parte, ao manto roto de D. Pedro I e às fraldas do imperador menino. Identifique o período de nossa história a que se refere o texto e ofereça subsídios adequados a compreensão dos mo­tivos para as agitações políticas e sociais. 02. Durante o período das regências e início do Segundo Reinado, diversas rebeliões colocaram em risco a estabilidade política do Império e as relações de dominação existentes. A respeito dessas rebeliões podemos afirmar, assinalando verdadeiro ou falso, que: ( ) a Guerra dos Farrapos foi um movimento que pretendia a independência do Rio Grande do Sul, organizado pelos produtores de gado e charqueadores, contando com uma pequena base popular de apoio. ( ) a prolongada rebelião de escravos na Bahia em 1835 (Levante Malê), que pretendia a independência da Bahia, espalhou-se por diversos estados nordestinos,

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recebendo a adesão dos sertanejos e exigindo auxílio de tropas de estados vizinhos para sufocá-la. ( ) submetidos à escravidão e/ou intensa exploração, índios, negros e mestiços se revoltaram contra os grandes proprietários no Maranhão entre 1838 e 1841 (Balaiada), implantando uma efêmera república. 03. Sobre as insurreições ocorridas durante o Período Regencial, relacione o movimento social com sua respectiva característica. 1. Balaiada 2. Sabinada 3. Farroupilha 4. Cabanagem ( ) Rebelião iniciada em 1835 na província do Grão-Pará, que levou as camadas populares ao poder. ( ) Revolta ocorrida na Bahia em 1837, com predominância das camadas médias urbanas de Salvador. ( ) Revolta de sertanejos (vaqueiros e camponeses) e negros escravos, que abalou o Maranhão de 1838 a 1841. ( ) A mais longa revolta da história do Império brasileiro, ocorrida no Rio Grande do Sul, de 1835 a 1845.

Onde encontro o conteúdo

As Crises Sociais e Política do Período Regencial: os Excluídos dessa História. Disponível em: http://pat.educacao.ba.gov.br/emitec/disciplinas/exibir/id/8320. Acesso em: 15 jun. 2020. Este conteúdo também pode ser encontrado no livro didático da 2ª série de História, adotado por sua escola.

Objetivo

Analisar, numa perspectiva histórica, os fenômenos sociais, culturais, políticos e econômicos do mundo contemporâneo.

Depois da atividade

a) b) No Mapa do Brasil, insira as siglas dos

Estados, Distrito Federal e depois identifique a localização das Revoltas Regenciais. Elabore uma legenda para seu trabalho.

c)

d) Disponível em: https://www.infoescola.com/ geografia/mapa-do-brasil/Acesso em 11 jun. 2020.

e)

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Data: 10/07/2020

11h às 12h Projeto de Vida e Cidadania

Tema: A Lei Maria da Penha e sua influência na redução da violência contra a mulher.

Atividade

I. Leia atentamente o texto abaixo e em seguida responda o que se pede:

TEXTO O que é a Lei Maria da Penha?

A Lei Maria da Penha (lei nº 11.340/06) é uma lei criada para reprimir a violência familiar ou doméstica contra as mulheres. A lei trouxe regulamentações específicas em relação à punição e tratamento da violência doméstica e familiar. Para quem a lei é válida? A Lei Maria da Penha pode ser aplicada para qualquer mulher que seja vítima de abusos ou agressões e que esteja em condição de fragilidade em relação ao seu agressor. É importante saber que a lei pode ser aplicada a todas as mulheres, independentemente de orientação sexual, sejam heterossexuais ou homossexuais. Isso quer dizer que o agressor não precisa ser obrigatoriamente um homem, o que vale para que a lei seja aplicada é a condição de que a vítima seja mulher. A aplicação da lei também engloba as mulheres transexuais que são vítimas de violência. A lei pode ser aplicada não só para as esposas ou companheiras que vivem na mesma casa, também pode enquadrar ex-casais que já vivem separados. Da mesma forma pode ser usada se o agressor for um namorado ou ex-namorado da vítima. A Lei Maria da Penha pode ser aplicada em outros casos em que a mulher é frágil em relação ao agressor. Pode ser aplicada, por exemplo, para mulheres idosas, para crianças, entre pais e filhas, etc. Pode ser aplicada desde que a vítima seja mulher e que a relação entre a vítima e o agressor seja de intimidade ou de afeto. Quais as penas previstas pela Lei Maria da Penha? O agressor que descumprir as medidas de proteção determinadas pelo juiz (crime de descumprimento de medidas protetivas de urgência) pode ser condenado de 3 meses a 2 anos de prisão. As penas em relação à agressão devem ser determinadas de acordo com o Código Penal. A pena também varia de acordo com o crime praticado pelo agressor. Veja alguns exemplos: 1. Ameaça: de 1 a 6 meses; 2. Lesão corporal: de 3 meses a 1 ano; 3. Lesão corporal grave: de 1 a 5 anos; 4. Maus-tratos: de 2 meses a 1 ano; 5. Sequestro: de 1 a 3 anos; 6. Exploração sexual: de 2 a 5 anos; 7. Estupro: de 6 a 10 anos; 8. Lesão corporal seguida de morte: de 4 a 12 anos; 9. Homicídio: de 12 a 30 anos. Depois do registro da ocorrência o caso deve ser enquadrado nos crimes previstos no Código Penal. Os casos são julgados nos Juizados Especializados de Violência Doméstica contra a Mulher. Uma das novidades trazidas pela lei é a proibição de que nos casos de violência contra a mulher sejam aplicadas penas de cesta básica

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ou de pagamento de multa como substituição da pena de prisão. Como funciona a Lei Maria da Penha? A lei é dividida da seguinte forma:

Definição do conceito e das formas de violência doméstica e familiar;

Medidas de prevenção à violência doméstica;

Assistência da mulher em situação de violência;

Medidas de urgência que devem ser adotadas. Quais as formas de violência doméstica e familiar previstas na lei? A Lei Maria da Penha engloba todos os tipos de violência doméstica e familiar nos quais uma mulher pode ser vítima:

Violência física: qualquer tipo de agressão, abuso ou outras violências físicas;

Violência sexual: estupro, proibição de uso de métodos de prevenção da gravidez ou obrigação de prostituição;

Violência psicológica: qualquer dano causado ao emocional da vítima, como humilhações, perseguições, ameaças, chantagens ou exposição e divulgação de imagens na internet;

Violência moral: atos que prejudiquem a moral da vítima, como injúrias, calúnias ou difamações;

Violência patrimonial: destruição ou roubo de bens, documentos, instrumentos de trabalho ou dinheiro.

Medidas de prevenção à violência doméstica. Para prevenir que aconteçam mais casos de violência contra a mulher a lei prevê algumas medidas de prevenção, como: publicação de estudos e estatísticas sobre violência doméstica, realização de campanhas educativas para prevenção da violência contra a mulher. Além disso a lei determina que devem ser feitos convênios e parcerias entre órgãos do governo e a capacitação das polícias quanto às questões de gênero, especialmente sobre as violências em que a mulher é a vítima. Assistência da mulher em situação de violência Para a mulher vítima de violência a lei prevê atendimento médico e psicológico pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A mulher deve ser incluída em um cadastro do governo feito especialmente para mulheres que estejam em situação de violência familiar, para que sua segurança seja garantida. Em caso de violência sexual, no atendimento devem ser prestados serviços relativos à contracepção emergencial e ao tratamento de doenças sexualmente transmissíveis. Medidas de urgência que devem ser adotadas A lei definiu que, se for possível, o atendimento deve ser feito por mulheres, desde o atendimento da ocorrência na delegacia de polícia até o atendimento médico e psicológico. Além disso, o atendimento deve buscar preservar a integridade da vítima, tanto física quanto emocional, e deve ser feito por especialistas em casos de violência doméstica. A lei também estabeleceu que a mulher vítima de violência, os seus familiares e as testemunhas devem ser protegidos de qualquer contato com o agressor. São as principais medidas de atendimento à mulher determinadas pela lei:

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Proteção policial, se for necessário;

Encaminhamento da mulher para atendimento médico;

Transporte da vítima e de seus filhos para um local de segurança, se houver risco de vida;

Acompanhamento policial para a retirada de seus bens pessoais da residência. O que acontece depois da denúncia?

Depois que a vítima faz a denúncia o juiz pode tomar as providências previstas na lei imediatamente, caso entenda que se trata de um caso de urgência. Como uma medida de proteção à vítima a lei também estabeleceu que o juiz pode determinar a prisão preventiva do agressor em qualquer momento do inquérito criminal ou do processo judicial. Também podem ser determinadas medidas de proteção em relação ao agressor, como:

Afastamento do lar;

Suspensão da posse legal de arma, se o agressor tiver uma;

Proibição de aproximação da mulher ou de seus familiares;

Suspensão de visitas aos filhos menores de idade;

Proibição de frequentar lugares em que possa colocar a mulher em risco. Como surgiu a Lei Maria da Penha? A Lei Maria da Penha surgiu a partir de um caso de violência doméstica grave sofrido por Maria da Penha Maia Fernandes. A criação da lei foi uma resposta do governo brasileiro a esta condenação, na tentativa de diminuir e combater os casos de violência doméstica no país. Como consequência do processo que buscava a condenação do agressor o Brasil foi condenado pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA) por não ter meios suficientes para combater a violência contra as mulheres. O que mudou com a Lei Maria da Penha? A publicação da Lei Maria da Penha é um grande avanço no combate à violência contra a mulher no Brasil porque é a primeira lei que estabelece medidas específicas para reprimir e punir a violência contra a mulher. A lei foi criada para atender as normas de proteção das mulheres vítimas de violência, conforme é previsto na Constituição Federal e em Tratados Internacionais. Os principais Tratados assinados pelo Brasil são:

Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Violência contra a Mulher (1979).

Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher (1994).

Aos poucos a lei vem conseguindo alguns efeitos na diminuição da violência contra a mulher. De acordo com dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), desde a publicação da lei as taxas de violência doméstica contra a mulher caíram aproximadamente 10%. Como denunciar as agressões? Para denunciar uma agressão de violência doméstica existe o número 180 (Central de Atendimento à Mulher em Situação de Violência) que atende ligações de todo Brasil. Na Central de Atendimento são

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recebidas as denúncias e é feito o encaminhamento da vítima até à rede de atendimento mais próxima. As denúncias também podem ser feitas nas Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (DEAM). É possível pesquisar os telefones e endereços das delegacias de cada estado no site do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) Disponível em: https://www.todapolitica.com/lei-maria-da-penha/. Acesso em: 20 jun. 2020. II. Agora é sua vez! Propomos agora um exercício para que você, estudante, possa entender um pouco mais sobre as formas de combate à discriminação e a violência contra a mulher e também adquirir conhecimentos sobre de que maneira se pode aprimorar o combate a intolerância no plano dos direitos e da equidade. Todas as perguntas o levarão a uma autorreflexão. Para isso, seja sincero e responda os questionamentos abaixo, no seu caderno. Não avalie suas respostas com rigidez, pois não existem respostas certas ou erradas. Antes de você começar a responder as questões, reflita sobre na defesa dos direitos humanos das mulheres e realize um debate junto a familiares e pessoas próximas sobre o tripé da exploração, discriminação e violência contra as mulheres e tente entender os fatores que levam a perversa relação na tentativa de intimidação que tenta ideologicamente determinar uma relação de inferioridade das mulheres na hierarquia social. Essa percepção é muito importante para seja possível o aprimoramento dos direitos e da equidade. 01. Você entende o que é a violência doméstica? 02. Como identificar que a violência está ocorrendo dentro da sua casa ou em sua comunidade? 03. A violência doméstica é um crime reconhecido pela lei brasileira? 04. O que é a Lei Maria da Penha? Como ela pode ser aplicada? 05. A partir da compreensão da Lei Maria da Penha, o que fazer em caso de Abuso ou Violência Doméstica? 06. A partir da leitura do texto, identifique como a Lei Maria da Penha ajuda nos casos de combate a violência doméstica.

Onde encontro o conteúdo

BUTLER, Judith. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003. CATONNÉ, Jean Philippe. A sexualidade, ontem e hoje. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2001. SKEIKA, Jhony. História das mulheres. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=_PJ0zyTF414. Acesso em: 16 jun. 2020. Entenda a Lei Maria da Penha. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=UtfbPJ5aur0. Acesso em: 16 jun. 2020.

Objetivo Analisar criticamente a violência contra mulher na sociedade atual, refletindo sobre movimentos em prol da defesa feminina contra agressões.

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Depois da atividade

Analise a figura abaixo e reflita sobre o que a imagem representa sobre a violência masculina contra mulheres. Em seguida, faça um folder ou uma cartilha contendo as principais formas de violência sofridas pelas mulheres em nossa sociedade atual, bem como informações sobre a lei “Maria da Penha” com intuito de informar sobre este problema tão grave em nossa sociedade.

Disponível em: https://nacoesunidas.org/onu-mulheres-e-cartunistas-divulgam-charges-para-criticar-desigualdades-de-genero/ Acesso em: 16 jun. 2020. Caso tenha acesso à internet, poderá levar a discussão sobre a violência doméstica e a Lei Maria da Penha em uma campanha em redes, disponibilizando sua produção (cartilha ou folder), bem como telefones locais de apoio as mulheres vítimas de violência. Você estará contribuindo para amplie as discussões em seus grupos de amigos e familiares no sentido de promover o combate efetivo contra a violência e em prol da equidade! Use a #educacaobahia.