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Olá, estudante! Durante a quarentena, não precisamos ficar esperando o tempo passar sem fazer nada, não é verdade? Podemos utilizar os momentos sem aula para organizar muitas coisas. Que tal organizar os estudos? Organizar os conteúdos e aprender a fazer a gestão do tempo para estudar melhor? Neste documento, vamos apresentar um Roteiro de Estudos especialmente pensado para você! Ele está organizado por Área do Conhecimento e, nesta décima quinta semana, daremos continuidade com a área de Ciências Humanas e Sociais Aplicada, que reúne os seguintes componentes curriculares: História, Geografia, Filosofia, Sociologia e Projeto de Vida e Cidadania. Para você saber o que vai rolar durante a semana, apresentamos o calendário semanal, a fim de que possa segui-lo à risca ou escolher a organização que faz mais sentido para você!

DIA/ Horário

SEGUNDA 06/07

TERÇA 07/07

QUARTA 08/07

QUINTA 09/07

SEXTA 10/07

9:00 às 10: 00

História Geografia História Geografia História

11:00 às 12:00

Filosofia Sociologia Filosofia Sociologia Projeto de

Vida e Cidadania

A cada dia o distanciamento social nos exige concentração, resiliência, foco e determinação para superar os acontecimentos e as rotinas tão diferentes que nos deparamos a cada dia. E nada melhor do que iniciar as atividades semanais com desafios. Toda prática de concentração é desafiante! Vamos nessa?

Escolha, se possível, um lugar calmo e silencioso no seu espaço de distanciamento social, sente-se em um lugar confortável, com a coluna reta e as mãos nas pernas.

Feche os olhos, respire fundo como se estivesse sentindo o aroma de seu perfume favorito e solte o ar, lentamente, e pelo nariz por 3 vezes.

Agora, com os olhos fechados perceba os movimentos que seu corpo faz para você respirar, deixe seu corpo leve, relaxado e tranquilo. Mantenha seu corpo relaxado e continue com atenção aos movimentos dele.

O desafio dessa semana é perceber seu interior, ou seja, suas emoções, medos, ansiedades, sonhos, suas potencialidades, e seus saberes. Ainda com os olhos fechados, e com atenção no seu interior você estará experimentando a observação do seu eu e descobrirá com o tempo que nada que procuramos está fora, e sim dentro de nós.

Faça esse exercício durante três ou cinco minutos e cada vez que permitir que outro pensamento chegue retirando a sua atenção, o exercício deve ser reiniciado. O desafio será concluído quando você permanecer por 3 ou 5 minutos em concentração absoluta, sem nenhuma interrupção.

Concluiu? Agora é hora de iniciar os estudos do roteiro.

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CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADA – 3ª SÉRIE

ROTEIRO DE ESTUDOS E ATIVIDADES PARA ESTUDANTES

Modalidade/oferta: Regular Semana XV – 06/07 a 10/07/2020

Data: 06/07/2020

9h às 10h História

Tema: Governo João Goulart: prenúncios do Golpe de 64

Atividade

I. Leia com atenção o texto a seguir:

TEXTO João Goulart

Daniel Neves Silva

João Goulart foi o 24º presidente do Brasil e seu governo estendeu-se de setembro de 1961 a abril de 1964. Muito conhecido como Jango, o político gaúcho assumiu a presidência após a renúncia de Jânio Quadros, em um cenário de grande crise política. O governo de João Goulart foi um dos mais atribulados da história republicana de nosso país. O governo de João Goulart pode ser dividido nas fases parlamentarista e presidencialista. Os principais acontecimentos dele estão relacionados com a discussão em torno das Reformas de Base, reformas estruturais propostas pelo presidente, e da conspiração golpista, que se realizou durante o mandato de Jango e resultou na sua destituição por meio do Golpe Civil-Militar de 1964. Contexto O governo de Jango está inserido no período da Quarta República (1946 a 1964) e ficou conhecido como a primeira experiência democrática do Brasil. Foi um momento de agitação popular, envolvimento maior da população com a política, crescimento econômico, e urbanização. As transformações em curso no Brasil refletiam diretamente no debate político, e a ampliação das demandas políticas por políticas democratizantes fez desse período um dos mais agitados politicamente em nossa história. Uma demonstração clara disso foi o crescimento dos partidos políticos em uma dimensão sem precedentes até então. As demandas da população deram origem a movimentos sociais que exigiam o que era de direito dos brasileiros. Sindicatos de trabalhadores urbanos e rurais espalharam-se em quantidade expressiva por todo o país e encabeçaram a luta dos trabalhadores urbanos por melhores condições. O movimento estudantil também ganhou força na defesa pela democracia, igualdade social e melhoria do sistema escolar no Brasil. Nesse período, consolidou-se com grande força política o trabalhismo — ideologia política, desenvolvida por Getúlio Vargas na década de 1940, que propunha a integração do trabalhador ao discurso político, bem como medidas que promovessem certa igualdade social por meio da atuação do Estado. Esse projeto político concentrava-se no partido criado por Vargas em 1945, o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), e foi ganhando força ao longo das décadas de 1940, 1950 e 1960. Essa afirmação pode ser comprovada por meio dos dados que

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apontam um crescimento substancial na votação do PTB e no número de deputados eleitos por esse partido ao longo da Quarta República. Em oposição ao crescimento do projeto trabalhista estava a União Democrática Nacional (UDN), partido conservador que atuou durante toda a Quarta República, para barrar o avanço das pautas trabalhistas e dos direitos sociais, e que usou do golpismo como arma política. A UDN esteve diretamente relacionada com o Golpe Civil-Militar que derrubou Jango, em 1964, e deu início a uma ditadura no Brasil. Posse de Jango Como mencionado, a ampliação do projeto político trabalhista (do qual Jango fazia parte) foi acompanhada pelo crescimento de uma pauta conservadora encabeçada pela UDN. Jango já havia sofrido considerável pressão de militares e conservadores durante o segundo governo de Getúlio Vargas, e, em 1961, um novo acontecimento colocou holofotes sobre ele. Em 1961, Goulart era vice-presidente do Brasil e estava em uma missão diplomática na China, por ordem do presidente Jânio Quadros. Em 24 de agosto, o presidente anunciou sua renúncia à presidência como parte de uma estratégia que visava um autogolpe. A estratégia de Jânio fracassou, e a polêmica concentrou-se na posse do vice, João Goulart. Imediatamente, ministros militares anunciaram que se Goulart pisasse em solo brasileiro, para tomar posse da presidência, seria preso. Isso deu início a uma grave crise política que durou duas semanas e deixou o Brasil às margens de uma guerra civil. O que conservadores e militares desejavam era que Goulart fosse impedido de assumir a presidência. Entretanto, esse desejo de conservadores e militares foi tido como golpismo, uma vez que a legislação brasileira, à luz da Constituição de 1946, estipulava que a posse da presidência deveria ser transmitida ao vice-presidente. Assim, a posse de João Goulart era legal. O político trabalhista até pensou em renunciar também para que nova eleição fosse convidada, mas a postura dos militares convenceu-o a resistir e lutar pela posse. A ação dos militares e conservadores para impedir a posse de João Goulart mobilizou grupos da esquerda em prol da defesa de Jango, e o destaque vai para a atuação de Leonel Brizola, governador do Rio Grande do Sul, cunhado de João Goulart e um dos quadros mais importantes do trabalhismo brasileiro na época. Leonel Brizola encabeçou a Campanha da Legalidade, que se espalhou pelo país para defender a posse de João Goulart. Brizola orientou Jango a retornar ao Brasil e prometeu resistência armada para garantir a posse de seu cunhado. Entrincheirou-se no Palácio do Piratini, sede do governo no Rio Grande do Sul, e realizou discursos via rádio defendendo a posse de Jango. A atuação de Brizola garantiu apoio internacional em defesa de Goulart, além de apoio popular. O historiador Jorge Ferreira fala que o Comitê Central do Movimento de Resistência Democrática contava com 45 mil voluntários, que, armados, garantiram lutar pela referida posse|1|. Por fim, Brizola e Jango receberam apoio do III Exército, grupo formado por cerca de 40 mil soldados|2|. A possibilidade de guerra civil durante essa crise foi real. A sede da Campanha da Legalidade, o Palácio do Piratini, em Porto Alegre, correu o risco de ser bombardeada por tropas militares que defendiam a saída golpista. A saída

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encontrada pelo Congresso foi enviar Tancredo Neves para o Uruguai, onde estava Jango, a fim de oferecer a este a posse da presidência desde que em um regime parlamentarista, no qual os poderes do presidente são reduzidos. O acordo aconteceu, e João Goulart assumiu a presidência no dia 7 de setembro de 1961. Foi o primeiro e único presidente de nossa história a governar dentro de um sistema parlamentarista. Jango na presidência O governo de João Goulart pode ser dividido em duas fases: a parlamentarista, de setembro de 1961 a janeiro de 1963; e a presidencialista, de janeiro de 1963 a abril de 1964, quando seu governo foi interrompido pelo Golpe Civil-Militar. Fase parlamentarista O parlamentarismo durou por 14 meses do governo de Jango e foi abandonado quando a população manifestou seu desejo pelo presidencialismo no plebiscito realizado em janeiro de 1963. João Goulart teve seu papel neutralizado por conta das limitações que o sistema parlamentarista impunha ao presidente. O parlamentarismo no Brasil foi consideravelmente instável, e isso ficou simbolizado pela pouca duração dos gabinetes ministeriais. Ao todo, nosso país teve três primeiros-ministros, que foram: ● Tancredo Neves (set./1961 a jun./1962) ● Francisco de Paula Brochado da Rocha (jun./1962 a set./1962) ● Hermes de Lima (set./1962 a jan./1963) Nesse primeiro momento do governo, João Goulart teve uma real dimensão dos problemas que o país sofria, uma vez que o endividamento do Brasil era grave e a pressão social por melhorias nas condições de vida era cada vez maior. No contexto da sua posse, camponeses e estudantes eram os dois grupos mais radicalizados, um indicativo dos graves problemas existentes nessas áreas. Outro elemento de tensão era a inflação, que pressionava cada vez mais a renda dos trabalhadores das classes média e baixa. Por fim, João Goulart deveria equilibrar a política brasileira, garantindo a satisfação de seus opositores: os conservadores da UDN e os militares, ambos ávidos pelo golpe. A fase parlamentarista presenciou as negociações do presidente com os Estados Unidos para resolver as dívidas brasileiras, mas elas não tiveram sucesso, uma vez que os norte-americanos estavam receosos com os rumos que o governo de João Goulart tomaria. O presidente dos Estados Unidos, John Kennedy, deu permissão para que o serviço secreto norte-americano desestabilizasse o Brasil a fim de garantir a derrubada de Jango. Na política externa, João Goulart deu continuidade à política independente de seu antecessor. Goulart defendia uma terceira via que não obrigasse o Brasil a alinhar-se obrigatoriamente ou com norte-americanos ou com soviéticos. Ele manteve boas relações com os dois lados e recusou-se a ratificar as sanções impostas pelos Estados Unidos a Cuba, na Conferência de Punta del Este, em 1962. A relação com os Estados Unidos agravou-se com outras medidas do governo Jango, como a nacionalização das minas de ferro, localizadas no estado de Minas

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Gerais. Leonel Brizola, por sua vez, desapropriou uma empresa norte-americana do serviço de telefonia no estado do Rio Grande do Sul. Ainda em 1962, o governo de Jango ratificou a Lei de Remessa de Lucros, um projeto que delimitava que empresas estrangeiras poderiam encaminhar para o exterior somente 10% do seu lucro anual. O Brasil sofreu intensa pressão do embaixador norte-americano para que essa lei não fosse sancionada, uma vez que prejudicava os interesses econômicos de empresas norte-americanas em nosso país. Todos esses acontecimentos azedaram as relações entre Estados Unidos e Brasil. Com isso, os norte-americanos optaram por apoiar um movimento conservador e golpista, a fim de enfraquecer e, consequentemente, derrubar João Goulart. Em 1962, além dos norte-americanos, o grupo de civis e militares brasileiros atuava pelo golpe. O último destaque a ser feito é a respeito da antecipação do plebiscito que decidiria se o Brasil permaneceria no parlamentarismo ou retornaria ao presidencialismo. Esse plebiscito estava marcado para acontecer em 1965, no último ano do governo de João Goulart, entretanto, foi adiantado e realizado em janeiro de 1963. A população decidiu, com 82% dos votos, pelo retorno ao presidencialismo. Fase presidencialista Uma vez reintegrado aos poderes presidencialistas, João Goulart deu curso a um programa de reformas fortemente defendido pelas esquerdas brasileiras no começo da década de 1960. As esquerdas desejavam um amplo programa de reformas estruturais que fossem combater os entraves históricos do Brasil. Assim, o grande destaque do governo durante a fase presidencialista foram os debates das Reformas de Base, um programa de reformas nas seguintes áreas: agrária, tributária, educacional, urbana, eleitoral e bancária. O primeiro grande debate deu-se sobre a questão da reforma agrária, e foi o que travou o governo de Jango. O debate sobre a reforma agrária era impulsionado pelas Ligas Camponesas, uma organização de camponeses que se formou, a partir da década de 1950, para lutar pelo acesso do trabalhador rural à terra. No âmbito político, o debate era intenso, e no campo, a violência proliferou-se quando proprietários atacaram trabalhadores rurais sindicalizados. O debate emperrou-se pela questão da indenização àqueles que teriam terras acima de 500 hectares desapropriadas. Proprietários de terra, a UDN e o PSD exigiam que as indenizações fossem realizadas à vista e em dinheiro. O governo, por sua vez, aceitava somente a indenização por meio de títulos da dívida pública que passassem por correção monetária. Sem uma saída, o debate não avançou e o apoio de Jango foi minguando. Pouco a pouco, elementos do PSD, tradicional aliado do PTB e dos trabalhistas, retiraram seu apoio ao governo. Jango vivia uma situação complicada, pois tinha de lidar com as esquerdas compromissadas a levarem em frente as suas reformas e com uma direita desejosa do golpe. No meio disso tudo estavam os militares divididos entre a esquerda e a direita. Golpismo

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O golpismo da extrema-direita foi uma ameaça que rondou a política brasileira durante a Quarta República. Getúlio Vargas, JK e o próprio João Goulart tinham sentido na pele os efeitos do golpismo dessa extrema-direita, a qual se concentrava na UDN. O grande expoente desse grupo era Carlos Lacerda, eleito governador da Guanabara (estado criado em 1960 e que correspondia à cidade do Rio de Janeiro depois da transferência da capital para Brasília). A conspiração pelo golpe nasceu assim que João Goulart assumiu como presidente do Brasil e reuniu diferentes grupos, fosse de civis, fosse de militares. Assim, grandes empresários reuniram-se com grandes nomes das Forças Armadas e, financiados e apoiados pelos Estados Unidos, conspiraram para a derrubada de Goulart. O Golpe Civil-Militar de 1964 foi o resultado dessa conspiração. Um indicativo disso ocorreu em 1962, quando o Instituto Brasileiro de Ação Democrática (Ibad) financiou centenas de candidaturas de deputados estaduais, federais e governadores com viés conservador. O dinheiro utilizado pelo Ibad foi disponibilizado pela CIA, a inteligência norte-americana. Essa foi uma demonstração de que os Estados Unidos não estavam satisfeitos com o governo de João Goulart e queriam desestabilizar a política brasileira para garantir um cenário político de maior subserviência aos interesses norte-americanos. A ação do Ibad foi descoberta, e a instituição foi fechada por corrupção eleitoral após uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) confirmar as irregularidades cometidas. O Ibad não era a única instituição que atuava de maneira secreta para desestabilizar o governo de João Goulart, havia também o Instituto de Pesquisa e Estudos Sociais (Ipes). O Ipes era formado por pessoas do grande empresariado brasileiro, representantes de empresas estrangeiras, jornalistas e militares que atuaram na criação de uma extensa narrativa contra o governo, apelando para um discurso anticomunista. Para isso, eram produzidos materiais didáticos e audiovisuais e eventos eram organizados tendo em vista difundir esse viés conservador. Além disso, o Ipes serviu de espaço para que os militares e o grande empresariado reunissem-se a fim de arquitetar o plano de derrubada de João Goulart e formar um novo governo que garantisse atender os interesses econômicos estrangeiros. Além disso, tinha-se em vista garantir o desenvolvimento econômico do país com base em uma plataforma conservadora e autoritária. Tratava-se, portanto, de um projeto de dominação política do Brasil em longo prazo. Além disso, a campanha da imprensa contra o governo de João Goulart foi implacável, a exemplo dos jornais O Globo, Jornal do Brasil e Folha de S. Paulo, e das emissoras Tupi e Globo. Os meios de comunicação tiveram papel crucial na difusão da campanha que defendia a destituição de João Goulart por meio de um golpe. A aproximação de militares e do empresariado na conspiração contra João Goulart fazia parte de uma ideologia veiculada pela Escola Superior de Guerra (ESG), uma instituição, surgida no interior das Forças Armadas (FFAA), que pregava essa junção como garantia do desenvolvimento econômico do Brasil. Historicamente, tal ideologia no interior das FFAA reforçava uma dominação da política pelos militares por meio de uma postura autoritária. No contexto da Guerra Fria, essa ideia foi reforçada, e a luta contra um “inimigo interno” voltou-se para o

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trabalhismo e os grupos de esquerda, contrários à agenda conservadora e autoritária. Radicalização política O cenário brasileiro, como podemos perceber, era de radicalização. Grupos da direita tramavam um golpe e a implantação de um regime autoritário, e grupos da esquerda defendiam que as reformas debatidas fossem implantadas de qualquer maneira. João Goulart governava em situação muito difícil e não poderia vacilar ou demonstrar enfraquecimento na posição de presidente. Entretanto, ele vacilou em dois momentos, e isso prejudicou sua posição e sua imagem. O primeiro caso ocorreu com a Rebelião dos Sargentos, e o segundo, com a proposta de estado de sítio. Em setembro de 1963, cerca de 600 militares das FFAA rebelaram-se por conta da determinação do STF que os proibiu de disputar cargos políticos nas eleições de 1962. Essa rebelião aconteceu em Brasília, tomando pontos importantes da cidade e aprisionando o ministro do STF e o presidente da Câmara. Rapidamente o movimento foi debelado, mas mostrou que conquistar a capital era algo fácil e demonstrou a fraqueza do presidente quando ele não se pronunciou sobre o assunto. A proposta de estado de sítio aconteceu em outubro de 1963. Jango foi orientado por ministros militares a decretar estado de sítio por conta das declarações de Carlos Lacerda a um jornalista norte-americano. Na entrevista, Lacerda acusou Jango de ser totalitário, convocou os EUA a intervir na situação do Brasil, além de afirmar que os militares debatiam o que fazer com o presidente. Os ministros que orientaram Jango a decretar o estado de sítio queriam utilizar desse mecanismo para prender Carlos Lacerda por suas declarações. O presidente refletiu sobre o pedido e o encaminhou para aprovação no Congresso. João Goulart foi criticado tanto pela direita, que o acusava de tramar um golpe, quanto pela esquerda, que acreditava que essa medida levaria à repressão dos movimentos sociais. Até mesmo Leonel Brizola criticou esse ato de João Goulart, e, dias depois, o presidente retirou o pedido de estado de sítio. Golpe Civil-Militar Em 1964, a situação de João Goulart era complicada, e ele decidiu-se pela aposta. Optou por adotar uma via à esquerda e convocou um comício para garantir à população o seu compromisso com as Reformas de Base. Esse foi o Comício da Central do Brasil, realizado no dia 13 de março de 1964. O anúncio de que o presidente reforçaria seu apoio à reforma agrária fez com que o grande grupo aliado de Jango, o PSD, rompesse com a presidência. O Comício da Central do Brasil selou o destino de João Goulart. Jorge Ferreira fala que esse discurso “unificou os conspiradores de direita, civis e militares, em suas ações para depor o presidente, e também atuou entre os liberais, lançando entre eles sérias desconfianças sobre as reais intenções de Goulart”|3|. A reação dos grupos conservadores à atitude do presidente foi imediata, e, no dia 19 de março, realizou-se, em São Paulo, a Marcha da Família com Deus pela Liberdade, que contou com a participação de cerca de 500 mil pessoas, parcela da

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população tida como expressiva. A marcha manifestou o temor que as pessoas tinham da suposta “ameaça comunista” e defendeu a realização de um golpe pelos militares. No fim de março, uma revolta na Marinha estourou e o presidente anistiou todos os envolvidos. Isso irritou os militares porque, na visão deles, a anistia aos envolvidos com a rebelião passava a mensagem de desrespeito à hierarquia e à disciplina dos militares. A imagem de Jango com os militares foi definitivamente avariada. Os militares, liderados por Humberto Castello Branco, planejavam tomar o poder em meados de abril, a partir de uma rebelião militar que contaria com o apoio militar dos Estados Unidos, se fosse necessário. A crise nos meios militares era tão intensa que o golpe saiu de onde não era esperado e veio sem planejamento. Na madrugada do dia 31 de março de 1964, o general Olímpio Mourão, comandante da 4ª Região Militar, em Juiz de Fora, deu início a uma rebelião. As tropas lideradas por ele partiram para o Rio de Janeiro com o intuito de depor João Goulart da presidência. O estado de Minas Gerais havia se rebelado contra o presidente, e o seu governador, Magalhães Pinto, apoiava a rebelião militar. João Goulart teve possibilidades de resistir e finalizar a rebelião, mas decidiu não resistir para evitar o derramamento de sangue, e os golpistas tomaram o poder facilmente. Além disso, não houve resistência de nenhum dos grupos de esquerda mais influentes do Brasil. As Ligas Camponeses, o Partido Comunista, o Comando Geral dos Trabalhadores e Leonel Brizola sequer esboçaram reação. A ação dos militares seguiu-se pelos dias seguintes e levou à deposição de João Goulart da presidência por meio de uma sessão parlamentar presidida por Auro de Moura. Poucos dias depois, o general Humberto Castello Branco foi eleito presidente do Brasil, e os militares já deram o tom do que seriam os próximos 21 anos do Brasil: opositores foram perseguidos, políticos foram cassados e a tortura consolidou-se como prática. Aqueles que esperavam que o golpe seria apenas transitório, como Carlos Lacerda, Magalhães Pinto, Ademar de Barros e outros, frustraram-se. Os militares não quiseram largar o poder, e o apoio dado por esses políticos ao golpe voltou-se contra alguns deles. Em seguida, os militares instituíram o Ato Institucional nº 1: era o início da Ditadura Militar. |1| FERREIRA, Jorge. João Goulart: uma biografia. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2014. p. 236. |2| SCHWARCZ, Lilia Moritz e STARLING, Heloísa Murgel. Brasil: uma biografia. São Paulo: Companhia das Letras, 2015. p. 435. |3| FERREIRA, Jorge. João Goulart: uma biografia. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2014. p. 429. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/historiab/joao-goulart.htm. Acesso em: 15 jun. 2020. II. Responda as questões a seguir, assinalando a alternativa correta: 01 (Cesgranrio) - Após a renúncia de Jânio Quadros, em 25 de agosto de 1961, os ministros militares julgaram inconveniente à segurança nacional o regresso do

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presidente João Goulart (então no estrangeiro) ao Brasil, a fim de tomar posse. Temendo a deflagração de uma guerra civil ou golpe militar, o Congresso contornou a crise aprovando um Ato Adicional à Constituição de 1946, para limitar os poderes do novo presidente. Por esse Ato Adicional: a) Foi instaurado o sistema parlamentarista de governo. b) O vice-presidente não seria mais considerado presidente do Congresso Nacional. c) Admitia-se a pena de morte para os casos de subversão. d) Instalava-se a Revolução de 1964 e) Estabeleceu-se o Ato Institucional nº 5, e o Congresso entrou em recesso. 02 - O governo João Goulart representou um período de intensa tensão política no Brasil, levando o país à beira de uma guerra civil. Associe corretamente, em uma única alternativa, as duas colunas abaixo, que tratam sobre este período.

1 - Marcha da Família com Deus Pela Liberdade

I - Medidas de alteração constitucional, agrária, fiscal e administrativa.

2 - Comício da Central do Brasil II - Movimento a favor da posse de João Goulart como presidente após a renúncia de Jânio Quadros.

3 - Reformas de Base III - Ação que buscava influenciar a opinião pública contra as medidas tomadas por João Goulart.

4 - Campanha da Legalidade IV - Ação que buscava criar apoio popular às Reformas de Base.

a) 1-IV; 2-III; 3-I; 4-II b) 1-II; 2-IV; 3-I; 4-III c) 1-III; 2-IV; 3-I; 4-II d) 1-II; 2-III; 3-I; 4-IV 03 - A Marcha da Família com Deus pela Liberdade foi realizada em São Paulo, no dia 19 de março de 1964. Possuía o apoio do Instituto de Pesquisa e Estudos Sociais, instituição financiada pelos Estados Unidos. Qual era a causa defendida pelos idealizadores dessa marcha? a) concretização dos projetos de reforma agrária. b) redução salarial para combater a inflação. c) reação da sociedade contra a suposta ameaça comunista. d) a continuidade do governo de João Goulart. e) implantação da monarquia no Brasil.

Onde encontro o conteúdo

Texto – SILVA, Daniel Neves. "João Goulart"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/historiab/joao-goulart.htm. Acesso em: 15 jun. 2020. Videoaula: Prenúncios do Golpe de 64 - De Jânio a Jango. Produção: SANTOS, Orlando et. al. Apresentação: LOPES, Rodrigo; REIS, Selma. Ensino Médio, História, Humanas, 3ª. Série. EMITec – Ensino médio com intermediação tecnológica. Secretaria da Educação/Bahia. Plataforma Anísio Teixeira. Disponível em:

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http://pat.educacao.ba.gov.br/emitec/disciplinas/exibir/id/6988. Acesso em: 15 jun. 2020. Utilize também o livro didático de História adotado por sua unidade escolar. Questões objetivas Questão 01 – Exercícios sobre o governo João Goulart. Mundo da Educação. Disponível em https://exercicios.mundoeducacao.uol.com.br/exercicios-historia-brasil/exercicios-sobre-governo-joao-goulart.htm. Acesso em: 15 jun. 2020. Questão 02 – Exercícios sobre o governo João Goulart. Mundo da Educação. Disponível em https://exercicios.brasilescola.uol.com.br/exercicios-historia-do-brasil/exercicios-sobre-governo-joao-goulart.htm#questao-3. Acesso em: 15 jun. 2020. Questão 03 – Exercícios sobre o governo João Goulart. Mundo da Educação. Disponível em https://exercicios.mundoeducacao.uol.com.br/exercicios-historia-brasil/exercicios-sobre-governo-joao-goulart.htm#questao-4579. Acesso em: 15 jun. 2020.

Objetivo

Identificar as várias fases e as características da Ditadura Militar no Brasil, incluindo o significado da censura aos movimentos políticos e culturais e o uso da violência como forma de repressão política.

Depois da atividade

Caso tenha acesso a internet, assista a videoaula: Prenúncios do Golpe de 64 - De Jânio a Jango. Produção: SANTOS, Orlando et. al. Apresentação: LOPES, Rodrigo; REIS, Selma. Ensino Médio, História, Humanas, 3ª. Série. EMITec – Ensino médio com intermediação tecnológica. Secretaria da Educação/Bahia. Plataforma Anísio Teixeira. Disponível em: http://pat.educacao.ba.gov.br/emitec/disciplinas/exibir/id/6988. Acesso em: 15 jun. 2020. Resumo da videoaula: O populismo, herança de Getúlio Vargas, foi meio de fazer política para JK e depois dele Jânio Quadros, embora por este último, ele tenha sido na verdade objeto de decisões controversas que o forçaram à renúncia e ao encaminhamento, via EUA e militares brasileiros, de estratégias para impedir o vice-presidente João Goulart, um reformista, de governar o Brasil. A junção de setores conservadores, como classe média, empresariado e até a Igreja Católica, deu o tom das manifestações contrárias às Reformas de Base. Assim abriu-se precedente para um Golpe militar que estabeleceu uma ditadura no Brasil ao longo de 25 anos. Após assistir à videoaula, ou fazer a leitura do conteúdo em seu livro didático de História, faça um mapa mental sobre a temática “O populismo – herança de Getúlio Vargas”, para reforçar seu aprendizado. Vale também utilizar qualquer outro texto que fale sobre o tema!

Gabarito Questão 01. A Questão 02. C Questão 03. C

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Data: 06/07/2020

11h às 12h Filosofia

Tema: Bioética e os fundamentos filosóficos da ecologia

Atividade

I. Leitura filosófica dos textos 01 e 02, a seguir:

TEXTO 01 BIOÉTICA e escolhas morais

Debora Diniz e Dirce Guilhem

“A bioética preocupa-se [...] com todas as situações de vida, especialmente dos seres humanos, que estejam em meio a diferentes escolhas morais quanto aos padrões de bem-viver. Mas, diferentemente dos discursos filosóficos que a antecederam, especialmente o da ética médica, a proposta de mediação dos conflitos morais sugerida pela bioética caracteriza-se pelo espírito não normativo, não imperativo e, especialmente, por sua harmonia com uma das maiores conquista do Iluminismo: o respeito à diferença moral da humanidade. A bioética é, então, parte de um desses projetos de tolerância na diversidade. Com o reconhecimento da pluralidade moral da humanidade e, consequentemente, da ideia de que diferentes crenças e valores regem temas como o aborto, a eutanásia ou a clonagem, tornou-se imperativa a estruturação de uma nova disciplina acadêmica que refletisse sobre esses conflitos cotidianos, comuns não apenas à prática médica. E é sob esse espírito tolerante que a bioética se protege da tentação de eleger certezas morais definitivas para a humanidade. A resposta final para os conflitos não está em nenhum proponente da bioética ou corrente teórica, mas no próprio desenrolar da história moral das sociedades e dos indivíduos. Esse seguramente não é um objetivo fácil de ser perseguido a começar pelo fato de que os pesquisadores da bioética, assim como todos os outros seres humanos moralizados, estão imersos e certos da superioridade de alguns valores morais em detrimento de outros. Em nome de tais valores, muitas vezes será possível encontrar pesquisadores da bioética dispostos ao confronto em nome da defesa de suas crenças. Sendo assim, lidar com os temas bioéticos não é uma tarefa agradável. A essência dos conflitos morais é, além da diferença, o sofrimento. Boa parte das disputas morais que os pesquisadores da bioética dedicam-se a pensar está embebida no sofrimento, na dor da angústia, da imoralidade, um sentimento tão degradante quanto o da perda da próprio dignidade. Se por um lado não é fácil para os defensores da santidade da vida humana – aqueles que acreditam e defendem a intocabilidade da vida dos seres humanos - viver em uma sociedade onde as mulheres realizam o aborto ou onde as pessoas são autônomas para decidir sobre sua própria morte, por outro, também não é uma experiência moral nada agradável alguém ser obrigado a preservar uma gestação ou ainda a própria vida em nome de valores morais estranhos a si próprios. Com raríssimas exceções, a características dos temas bioéticos é exatamente essa falta ou ainda a impossibilidade de consenso moral. [...] Por princípio, nenhuma legislação sobre a eutanásia, por exemplo, irá respeitar todos os interesses morais de uma determinada sociedade. E a dificuldade não está apenas na escolha legislativa a ser feita, isto é, na proibição ou não da eutanásia, mas no fato de os indivíduos moralizados resistirem viver em uma sociedade onde seus valores não são hegemônicos. Infelizmente, uma das características que

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acompanham o processo de moralização dos grupos sociais é a pulsão imperialista de cada código moral. Por isso, a possibilidade de a eutanásia não ser penalizada é uma hipótese intolerável para os grupos contrários a ela. [...] Nesse sentido, o papel fundamental da bioética é reconhecer que é preciso sair ao encontro de estratégias de mediação para o conflito moral que tenham por espírito condutor a máxima tolerante e pacífica deixada pelo humanismo, em vez de assumir para si o imobilismo imposto pela impossibilidade de atingir a verdade absoluta e válida para todos. Não é preciso que todos os personagens morais tenham as mesmas crenças, basta apenas que saibam se respeitar e tolerar mutuamente. Sendo assim, qualquer legislação que contemple essas qualidades fundamentais da bioética deverá levar em consideração o pluralismo e a diferença moral das sociedades, e não apenas as crenças e valores de determinados grupos. No exemplo sobre a eutanásia, uma possibilidade de saída seria o reconhecimento do direito individual de escolha sobre o morrer. Ou seja, viver em uma sociedade onde a eutanásia fosse uma opção eticamente possível não seria o mesmo que viver sob a ditadura eugênica do nazismo, em que a regra imperante era o extermínio de indesejáveis, ou mesmo em sociedades que consideram a santidade da vida um valor a ser respeitado. A bioética, antes de tudo, refere-se a direitos e conquistas, não a imposições ou restrições em nome de valores considerados éticos e moralmente bons para alguns.” DINIZ, Debora; GUILHEM, Dirce. BIOÉTICA e escolhas morais in: O que é bioética. São Paulo: Brasiliense, 2008. p. 114-119.

TEXTO 02

Comitês de Ética

Na década de 1970, surgiram os primeiros comitês de ética a fim de reunir pessoas de diferentes áreas com disponibilidade para o diálogo e a formulação clara de dilemas médico-morais e suas implicações. Nas discussões sobre bioética, o diálogo estabelece-se em condições delicadas devido ao conflito de valores. Os horizontes ideológicos e culturais nunca são homogêneos, sobretudo em debates sobre aborto, eutanásia, descarte de embriões humanos, experiências com pessoas e animais. Disponível em: http://spasso-g-ografico.blogspot.com/2019/03/bioetica-filosofia-3-ano.html. Acesso em 9 jun. 2020. II. Responda os questionamentos e proposta de produção filosófica, tendo como referência as informações contidas no enunciado das questões, a leitura e reflexão dos textos 01 e 02, e o tema da aula. 01 (Enem 2014) - Panayiotis Zavos “quebrou” o último tabu da clonagem humana – transferiu embriões para o útero de mulheres, que os gerariam. Esse procedimento é crime em inúmeros países. Aparentemente, o médico possuía um laboratório secreto, no qual fazia seus experimentos. “Não tenho nenhuma dúvida de que uma criança clonada irá aparecer em breve. Posso não ser eu o médico que irá criá-la, mas vai acontecer”, declarou Zavos. “Se nos esforçarmos, podemos ter um bebê clonado daqui a um ano, ou dois, mas não sei se é o caso. Não sofremos pressão para entregar um bebê clonado ao mundo. Sofremos pressão para entregar um bebê clonado saudável ao mundo.”

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CONNOR, S. Disponível em: www.independent.co.uk. Acesso em: 14 ago. 2012 (adaptado). A clonagem humana é um importante assunto de reflexão no campo da bioética que, entre outras questões, dedica-se a: a) refletir sobre as relações entre o conhecimento da vida e os valores éticos do homem. b) legitimar o predomínio da espécie humana sobre as demais espécies animais no planeta. c) relativizar, no caso da clonagem humana, o uso dos valores de certo e errado, de bem e mal. d) legalizar, pelo uso das técnicas de clonagem, os processos de reprodução humana e animal. e) fundamentar técnica e economicamente as pesquisas sobre células-tronco para uso em seres humanos. 02 - SEGRE (1999) definiu bioética como a parte da ética, ramo da filosofia que enfoca as questões referentes à vida humana (portanto a saúde) e tendo a vida como objetivo de estudo, trata também da morte (inerente à vida). Qual o desafio bioético atual no sentido de ampliar a participação e a capacitação da comunidade para adoção de estilos de vida saudáveis e preservação do meio ambiente e outras questões relativas à vida? 02 - Analise o Texto 02 - Comitês de Ética e elabore argumentos de defesa ou rejeição relacionados à criação do Comitê de Ética. Por que nos dias atuais os Comitês de Ética ainda encontram dificuldades para tratar de questões relacionadas à bioética? 03 - Analise a sentença: “É um paradoxo, mas tolerância ilimitada pode levar ao desaparecimento da tolerância.”

Onde encontro o conteúdo

Texto 01 - DINIZ, Debora; GUILHEM, Dirce. BIOÉTICA e escolhas morais in: O que é bioética. São Paulo: Brasiliense, 2008. p. 114-119. (Coleção Primeiros Passos). Texto 02 - Os comités de ética. In: Bioética. Espaço geográfico. Disponível em: http://spasso-g-ografico.blogspot.com/2019/03/bioetica-filosofia-3-ano.html. Acesso em 9 jun. 2020. Livro - ARANHA, M. L.; ARRUDA, M.H. Filosofando: Introdução à Filosofia. 6. Edição. São Paulo: Moderna, 2016. p. 169-173. Utilize também o livro didático de Filosofia adotado por sua unidade escolar. Música/Letra. Paciência. Lenine. Letras. Disponível em: https://www.letras.mus.br/lenine/47001/. Acesso em 9 jun. 2020. Questão 01 Objetiva – Exercícios – Clonagem. InfoEscola. https://www.infoescola.com/biologia/clonagem/exercicios/. Acesso em 9 jun. 2020.

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Caso tenha internet, acesse os links disponibilizados para aprofundamento conceitual do conteúdo. Videoaula: Bioética e os fundamentos filosóficos da ecologia. Produção: SALES, Adalgisa et. al. Apresentação: COELHO, Margareth; BALTHAZAR, Fátima. Ensino Médio, Filosofia, Humanas, 3ª. Série. EMITec – Ensino médio com intermediação tecnológica. Secretaria da Educação/Bahia. Plataforma Anísio Teixeira. Disponível em: http://pat.educacao.ba.gov.br/emitec/disciplinas/exibir/id/5629. Acesso em: 9 jun. 2020.

Objetivo

Compreender a bioética como debate filosófico intrínseco à preservação da vida humana e da ética frente ao debate atual sobre aborto, células embrionárias, eutanásia, eugenia, entre outros.

Depois da atividade

Caso tenha internet, acesse o link a seguir e faça a leitura da canção “Paciência” de Lenine e em seguida ouça com atenção a música.

Paciência – Lenine

Mesmo quando tudo pede Um pouco mais de calma Até quando o corpo pede Um pouco mais de alma

A vida não para Enquanto o tempo

Acelera e pede pressa Eu me recuso, faço hora

Vou na valsa A vida é tão rara

Enquanto todo mundo Espera a cura do mal

E a loucura finge Que isso tudo é normal

Finjo ter paciência O mundo vai girando Cada vez mais veloz

A gente espera do mundo E o mundo espera de nós

Um pouco mais de paciência Será que é tempo

Que lhe falta pra perceber?

Será que temos esse tempo Pra perder?

E quem quer saber? A vida é tão rara

Tão rara

Mesmo quando tudo pede Um pouco mais de calma Até quando o corpo pede Um pouco mais de alma Eu sei, a vida não para

A vida não para não Será que é tempo

Que lhe falta pra perceber? Será que temos esse tempo

Pra perder? E quem quer saber?

A vida é tão rara Tão rara

Mesmo quando tudo pede Um pouco mais de calma Até quando o corpo pede Um pouco mais de alma Eu sei, a vida é tão rara

A vida não para não Disponível em: Paciência. Lenine. Letras. https://www.letras.mus.br/lenine/47001/ Acesso em: 9 jun. 2020. Em seguida, faça uma análise sobre a letra da música “Paciência” de Lenine.

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Você acha que a música pode ser um instrumento para estimular as pessoas a refletirem sobre suas visões de mundo? Para você, viver é mais do que existir? Compartilhe o resultado das reflexões e discussões, usando a #educacaobahia ao postar um resumo/comentário sobre essa atividade em suas redes sociais. Vale a pena compartilhar com seus familiares também promovendo uma roda de conversa.

Gabarito Questão 01. A.

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Data: 07/07/2020

9h às 10h Geografia

Tema: O capitalismo comercial e industrial

Atividade

I. Leia o texto com atenção a seguir:

TEXTO O que é capitalismo industrial?

Daniela Versiane Também conhecido como Industrialismo, o Capitalismo Industrial foi um sistema econômico que surgiu na Revolução Industrial e durou do século XVIII à XIX. Em seu período de duração, as principais características que o geriu foram a liberdade econômica e a globalização com integração dos mercados. Além destes fatores, destacam-se também a industrialização intensa e o surgimento de novas tecnologias. O Capitalismo Industrial foi o sucessor do capitalismo comercial. Neste, os países optavam por evitar o livre comércio, por meio de medidas protecionista. Dentre as ações, pontos como a aplicação de tarifas ou até mesmo a proibição do transporte de mercadorias. Capitalismo Industrial: principais características O capitalismo industrial se iniciou na Grã-Bretanha no século XVIII. Neste país, o crescimento econômico moderno teve um maior avanço por tê-lo alcançado primeiro. Onde no mesmo período, correntes de pensamentos ligadas ao liberalismo econômico começaram a surgir. Veja quais foram as principais características que marcaram esta época: - Industrialização intensa e novos setores produtivos sendo formados; - Criação de novas tecnologias e novos produtos; - Aumento da produtividade; - Desenvolvimento dos meios de transporte; - Crescimento da população urbana; - Diminuição da intervenção estatal; - Aumento da desigualdade social; - Especialização e divisão de trabalho para cada indivíduo; - Trabalho assalariado e aumento da média salarial e a diminuição das horas de trabalho. Os dois últimos fatores foram acontecendo com o tempo. Esta fase do capitalismo proporcionou o desenvolvimento da globalização por meio da impulsão dos mercados, da abertura e também a integração entre eles. Além de acompanhar o início da Revolução Industrial. Capitalismo Industrial: origens Foi no período do mercantilismo, também conhecido como capitalismo comercial, que o capitalismo se originou. Naquela época, o controle do Estado sobre as atividades econômicas era grande. Além disso, a economia tinha a agricultura e a exploração de metais como seus cernes.

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Dessa forma, a partir do economista Adam Smith, em conjunto do pensamento liberal, o capitalismo industrial começou a ser caracterizado pela menor intervenção estatal. Além da formação de mercados mais livres. Paralelamente, as pessoas começaram a trocar as zonas rurais pelas zonas urbanas, intensificando ainda mais a industrialização. Além disso, as máquinas começaram a ser utilizadas em produção de larga escala. Fazendo com que a mão de obra deixasse de ser o principal meio produtivo. O movimento, que se iniciou na Inglaterra, logo influenciou parte da Europa ocidental, Estados Unidos e Japão. Foram nestes países que aconteceu a Segunda Revolução Industrial, no século XIX, e também se deu o início do processo de industrialização. Dessa forma, o capitalismo industrial foi substituído pelo capitalismo financeiro ou monopolista. Assim sendo, empresas da fase anterior se tornaram multinacionais e começaram a procurar maiores investimentos, em conjunto com os bancos. Disponível em: https://editalconcursosbrasil.com.br/blog/economia_o-que-e-capitalismo-industrial/ Acesso em: 17 jun. 2020. II. Responda as questões a seguir: 01 - Um fator que contribuiu decisivamente para o processo de industrialização na Inglaterra do século XVIII foi: a) A acumulação de capital resultante da exploração colonial praticada pela Inglaterra através do comércio. b) A concorrência tecnológica entre ingleses e americanos, que estimulou o desenvolvimento econômico. c) A expulsão das tropas napoleônicas do território inglês, que uniu os interesses nacionais em torno de um esforço de desenvolvimento. d) O movimento ludista na Inglaterra com a destruição das máquinas consideradas obsoletas, ao incentivar a invenção de novas máquinas. e) A abertura de mercados na Alemanha e na França para a Inglaterra, por meio de um acordo comercial conhecido por Pacto de Berlim. 02 - Podem ser apontadas como características da Primeira Revolução Industrial: a) A substituição da manufatura pela indústria, a invenção da máquina-ferramenta, a progressiva divisão do trabalho e a submissão do trabalhador à disciplina fabril. b) O aprimoramento do artesanato, a crescente divisão do trabalho, um forte êxodo urbano e o aumento da produção. c) A substituição do artesanato pela manufatura e o consequente aumento da produção acompanhado pelo recrudescimento da servidão. d) A total substituição do homem pela máquina e o aumento do nível de vida da classe trabalhadora. e) A modernização da produção agrícola, o êxodo rural e uma diminuição do nível geral da produção. 03 – Qual grande fase do capitalismo veio depois da fase industrial? Justifique sua resposta.

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Onde encontro o conteúdo

VERSIANE, Daniela. O que é Capitalismo Industrial? Concursos Brasil. Disponível em: https://editalconcursosbrasil.com.br/blog/economia_o-que-e-capitalismo-industrial/ Acesso em: 17 jun. 2020. Utilize também o livro didático de Geografia adotado por sua unidade escolar. Questão 01 – Questões sobre revoluções industriais. Disponível em: https://suportegeografico77.blogspot.com/2017/10/questoes-sobre-revolucoes-industriais.html Acesso em: 17 jun. 2020. Questão 02 - Questões sobre revoluções industriais. Disponível em: https://suportegeografico77.blogspot.com/2017/10/questoes-sobre-revolucoes-industriais.html Acesso em: 17 jun. 2020. Filme: Germinal. Direção Claude Berry. Drama, Bélgica, 1993, 158 min. Disponível em: https://www.dailymotion.com/video/x17heks Acesso em: 17 jun.2020.

Objetivo Compreender o surgimento e a formação do capitalismo industrial.

Depois da atividade

Depois da leitura e resolução das atividades, que tal socializar as suas respostas desta atividade de Geografia? Para isso utilizem as redes sociais com a #educaçaobahia Dica: Um bom filme para complementar seus estudos é Germinal. Este filme caracteriza perfeitamente o processo de produção do trabalho do modelo capitalista, a expansão do chamado capital, mostrando assim de uma forma bem clara os opostos entre as necessidades humanas e as materiais. Disponível em: https://www.dailymotion.com/video/x17heks Acesso em: 17 jun. 2020.

Gabarito Questão 01: A. Questão 02: A.

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Data: 07/07/2020

11h às 12h Sociologia

Tema: Divisão do trabalho por Émile Durkheim/ Solidariedade Mecânica e Orgânica

Atividade

I. Leia com atenção o texto a seguir: Durkheim foi um precursor da Sociologia do trabalho. As suas concepções influenciaram e ainda influenciam bastante no Brasil, daí uma das razões para compreender suas ideias. Dedicou o seu trabalho intelectual a preocupação da forma como as sociedades poderiam manter sua integridade e coerência na modernidade, já que os tradicionais laços sociais e religiosos não são mais assumidos com o aparecimento de novas instituições sociais. Seu primeiro trabalho sociológico importante foi a obra intitulada Da Divisão do Trabalho Social (1893). Na discussão sobre a divisão do trabalho, segundo o seu entendimento a categoria da sociedade diz muito sobre a divisão do trabalho. Seu entendimento da sociedade como um organismo vivo prioriza o coletivo em detrimento do individual. Para ele, as ações humanas só podem ser analisadas sistematicamente em conjunto. Para ele os tipos de solidariedade nas sociedades explicam esse fato.

Tipos de Solidariedade Para Durkheim, os laços que unem os indivíduos à sociedade são designados pelo termo solidariedade. Com base nessa noção, ele caracteriza duas formas de organização social: sociedades tradicionais (pré-capitalistas) e modernas (capitalistas).

Segundo Durkheim, em sociedades simples a solidariedade é mecânica e a divisão do trabalho é baixa. Solidariedade mecânica caracteriza as sociedades pré-capitalistas, nas quais há um baixo (ou nenhum) grau de consciência individual, a coesão social é estabelecida pela consciência coletiva que controla a sociedade. Há uma pequena divisão de tarefas e funções presentes nessas sociedades. A coesão social se designa pelos laços tradicionais decorrentes do compartilhamento dos mesmos valores culturais responsáveis por determinar certo padrão moral a ser seguido. No decorrer do processo histórico, a solidariedade mecânica diminui e uma nova forma de organização e coesão social toma o espaço tendo como característica a especialização do trabalho e causa o enfraquecimento da consciência coletiva. Nessa fase as diversas profissões e os diversos profissionais não acolhem mais a base moral ou tradicional como elemento de coesão social. Os indivíduos nas

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grandes cidades passam a ser reconhecidos pela profissão que ocupam, ou seja, a sua função na sociedade. O enfraquecimento da coesão social possibilita uma diferença social mais acentuada (ampliação da consciência individual), que desencadeia maior diversidade de pensamentos e crenças, diminuindo o grau de semelhança entre os membros e amplia liberdade individual. A solidariedade orgânica ocorre em sociedades complexas, como as sociedades modernas, nelas a especialização e divisão do trabalho se intensifica e amplia a consciência individual. O contexto da solidariedade orgânica é o que caracteriza a sociedade capitalista, por possuir ampla divisão de trabalho, entretanto, com funções interdependentes entre os indivíduos, em termos econômicos e tecnológicos, mas, acima de tudo, moral. Segundo Durkheim, um relevante problema advindo da divisão do trabalho está na questão moral, ou seja, manter a coesão social e a sociedade funcionando harmonicamente. A grande divisão do trabalho na sociedade capitalista produz formas intensas de individualismo e perda da consciência coletiva assim como parte de sua capacidade agregadora. Para Durkheim o enfraquecimento da consciência coletiva levaria a sociedade a situações de anomia, onde a crise se institui em relação às regras e normas necessárias na manutenção da sociedade coesa. Logo, para Durkheim, a sociedade capitalista moderna e contemporânea teria maiores possibilidades do desenvolver estados anômicos, em função do individualismo crescente e da perda da força da consciência coletiva. Conceitos segundo Durkheim: Anomia - ausência ou desintegração das normas sociais. Coesão social - grau de consenso dos membros de um grupo social ou a percepção de pertencer a um projeto ou situação comum. Coerção social - a coerção social é caracterizada pela pressão e/ou repressão que a sociedade exerce sobre o indivíduo. Consciência coletiva - um conjunto cultural de ideias morais e normativas, a crença em que o mundo social existe até certo ponto à parte e externo à vida psicológica do indivíduo. Solidariedade - os laços que unem os indivíduos à sociedade.

Observe que na configuração dos dois tipos de solidariedades - mecânica e orgânica - passa o entendimento da divisão do trabalho influenciada e influenciando a coesão social. No entanto, devemos nos questionar da importância do trabalho nas sociedades e, por conseguinte, sobre como ocorre a divisão social nas duas circunstâncias. Ainda nos perguntar a respeito do significado do trabalho para cada tipo de solidariedade. Disponível em: https://www.coladaweb.com/sociologia/tipos-de-solidariedade#:. Acesso em: 28 jun. 2020. (Texto adaptado).

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II. Após a leitura do texto sobre os Tipos de Solidariedade, responda as questões a seguir: 1. Faça uma redação explicando as configurações da divisão social do trabalho na sociedade moderna e contemporânea e disponibilidade do trabalho todos os indivíduos. 2. Diferencie a solidariedade Mecânica da Orgânica. 3. Defina o que estabelece a anomia nas sociedades do tipo de solidariedade orgânica segundo Durkheim. 4. Explique por que a Consciência Coletiva se enfraquece nas sociedades com solidariedade Orgânica.

Onde encontro o conteúdo

MOUTINHO, Wilson Teixeira. Tipos de Solidariedade. LIMA, Rita de Cássia Pereira. Sociologia do desvio e interacionismo. In: Tempo social, v. 13, n. 1, São Paulo, maio 2001. Disponível em: https://www.coladaweb.com/sociologia/tipos-de-solidariedade#:~:text=Solidariedade%20mec%C3%A2nica,coletiva%20que%20controla%20a%20sociedade. Acesso em: 28 jun. 2020. (Texto adaptado). Para saber mais: textos/suportes complementares: Utilize também o livro didático de Sociologia adotado por sua unidade escolar. Texto: PIRES, Denise Elvira. Divisão do Trabalho. Disponível em: http://www.sites.epsjv.fiocruz.br/dicionario/verbetes/divsoctra.html Acesso em: 10 jun.2020. RIBEIRO, Paulo Silvino. "Émile Durkheim: os tipos de solidariedade social"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/Emile-durkheim-os-tipos-solidariedade-social.htm. Acesso em: 1 jun. 2020. Vídeo: Coesão social, anomia, consciência coletiva e coerção social. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=o3V_I7JkDu4 Acesso em: 10 jun. 2020. Filme: Título Original: Les Misérables Título no Brasil: “Os Miseráveis” Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=C72-tIc_nlI. Direção: Raymond Bernard Gênero: Drama Ano de Lançamento: 1934 Duração: 277 min. Sinopse e detalhes. Título original: Les Misérables. Título no Brasil: “Os Miseráveis”. Disponível em: http://www.adorocinema.com/filmes/filme-170219/ Acesso em: 10 jun. 2020.

Objetivo Identificar processos de modernização e transformações das relações de trabalho.

Depois da atividade

Enriqueça a sua compreensão sobre o assunto, assistindo o filme “Os Miseráveis” Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=C72-tIc_nlI. Reflete sobre a organização da sociedade e as relações de trabalho. O filme é um clássico do cinema, é um romance de Victor Hugo publicado em 1862. Importante assisti-lo para fazer comparação entre o mundo do trabalho na atualidade. Descreve a vida

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das pessoas pobres em Paris e na França provincial do século XIX, o autor se concentra mais particularmente no destino do condenado Jean Valjean. Caso não tenha acesso a internet reflita sobre as condições das pessoas na sociedade que não conseguem emprego. Faça uma reflexão sobre as condições em que vive. Você concorda que essa sociedade é a Sociedade do Trabalho? Justifique a sua resposta. Registre suas anotações em seu caderno. Converse com os seus familiares sobre a sua compreensão do filme. Se tiver acesso às redes sociais, compartilhe as suas ideias utilizando a #educacaobahia Sinopse do filme: No tribunal de Faverolles, França, Jean Valjean (Fredric March) é condenado a passar 10 anos nas galés, por roubar comida. Após cumprir a pena é posto em liberdade condicional, sendo que se não se apresentar regularmente descumprirá os termos da condicional e ficará preso por toda a vida. Logo Valjean se sente marginalizado por todos que encontra, pois carrega o "passaporte amarelo" que o identifica como um ex-presidiário. Valjean só é ajudado pelo bispo Bienvenu (Cedric Hardwicke), mas em vez de se mostrar grato ele rouba toda a prataria do bispo. Logo é preso, pois as peças de prata tinham o brasão do bispo. Quando Valjean é levado pelos soldados até a presença de Bienvenu, este diz que deu a prataria para Valjean e ainda diz que ele esqueceu de levar os castiçais. Esta demonstração de bondade faz Valjean voltar a crer nas pessoas. Após alguns anos, Valjean torna-se um próspero empresário, o prefeito da cidade e um homem respeitado pela sua bondade, chegando até mesmo a adotar Cosette (Rochelle Hudson). Ele é realmente um pai, em parte para se redimir de ter se expressado mal e ter deixado Fantine (Florence Eldridge), a mãe de Cosette, ter sido despedida da sua fábrica, que ficou em razão disto com a saúde muito abalada e ter perdido por anos a guarda da filha. Um dia Valjean vê um aldeão preso embaixo de uma carroça pesada, e com uma força que parece ser sobre-humana, a levanta usando suas costas, o que permite que homem seja salvo. O chefe de polícia do local, Javert (Charles Laughton), que cumpre a lei ao pé da letra sem a menor clemência, assiste este feito, que o faz lembrar que um prisioneiro de galé que ele encontrou uma vez. Ele investiga o passado do prefeito e o identifica como Jean Valjean, um criminoso procurado pois nunca se apresentou para cumprir os termos da condicional. Porém fica confuso quando um prisioneiro retardado que será julgado afirma ser Jean Valjean. Quando o julgamento estava em andamento alguns prisioneiros afirmam que ele é Valjean, mas o verdadeiro Jean Valjean, que estava no tribunal, diz que o acusado é inocente, pois ele é Jean. Isto fará Javert iniciar uma caçada sem tréguas para prender Valjean, pois a lei tem de ser cumprida.

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Data: 08/07/2020

9h às 10h História

Tema: Período Militar no Brasil (1964-1985)

Atividade

I. Leia com atenção o texto a seguir:

TEXTO Golpe Militar de 1964

Daniel Neves Silva

O Golpe de 1964, também conhecido como Golpe Civil-Militar de 1964, foi realizado pelas Forças Armadas do Brasil contra o então presidente João Goulart. Esse golpe contou com o apoio de uma parcela dos quadros civis do país e foi articulado entre 31 de março, quando se iniciou a rebelião militar, e 9 de abril, quando foi publicado o Ato Institucional nº 1 (AI-1). Resumo: O Golpe Militar conduzido entre 31 de março e 2 de abril de 1964 foi uma conspiração realizada pelos militares contra o governo de João Goulart. O conchavo contra esse presidente aconteceu por conta da insatisfação das elites com os projetos realizados nesse governo, em especial as Reformas de Base. Além disso, contou com a participação americana, pois os Estados Unidos entendiam que a política de João Goulart não atendia aos interesses americanos. Sendo assim, financiaram instituições e campanhas de políticos conservadores a fim de minar o governo de Jango. Com a deposição de João Goulart realizada pelo golpe parlamentar, oficializou-se o Golpe Militar de 1964. Os militares, então, apresentaram à nação o Ato Institucional nº 1, que criava mecanismos jurídicos para justificar a tomada de poder. Pouco tempo depois, por meio de eleição indireta, o marechal Humberto Castello Branco foi eleito presidente. O que foi o Golpe Militar? O Golpe Militar foi uma conspiração realizada pelos militares brasileiros e por grupos conservadores da elite econômica do país contra o presidente João Goulart, empossado no cargo em 1961, quando Jânio Quadros renunciara à presidência. Com a mobilização de tropas, os militares tomaram o controle de locais estratégicos do país e, apoiados por parlamentares, derrubaram de maneira inconstitucional o presidente do Brasil. Pouco tempo depois, um presidente foi escolhido por eleição indireta. O golpe de 1964 deu início à Ditadura Militar, que se estendeu até 1985. Por que os militares tomaram o poder em 1964? Nesta parte, entenderemos todo o processo histórico que levou os militares a organizarem um golpe contra a democracia brasileira e a destituírem o presidente João Goulart. Entenderemos, assim, as tensões que existiam na sociedade e na política brasileira e os choques de interesses que havia entre o governo e a elite econômica do país, aliada aos militares. Antecedentes: o governo de João Goulart O Golpe de 1964 foi resultado direto da crise política que atingiu o Brasil a partir de 1961, principalmente durante o governo de João Goulart. No entanto, é importante pontuar que já havia um golpismo pairando os quadros políticos do Brasil,

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conforme demonstrado durante os governos de Getúlio Vargas e em um período anterior ao governo de JK. A crise política no governo de João Goulart iniciou-se pouco antes de sua posse. O político gaúcho teve de enfrentar uma forte oposição à sua nomeação como presidente, que aconteceu depois da renúncia de Jânio Quadros. Assim, surgiu uma crise política que deu início à campanha da legalidade, deixando o país sob a ameaça de uma guerra civil. A solução encontrada foi permitir a posse de João Goulart sob um regime parlamentarista, que limitava os poderes políticos do presidente. Esse período estendeu-se de setembro de 1961 a janeiro de 1963 e foi substituído pelo presidencialismo, sistema escolhido pela população em plebiscito. O governo de João Goulart foi caracterizado por uma forte radicalização ideológica do país que culminou em uma conspiração golpista organizada por grupos conservadores, dando início ao Regime Militar. Quando Jango assumiu, seus dois grandes desafios foram controlar a inflação e pagar a dívida externa. O governo de João Goulart ficou conhecido por organizar um projeto de reformas estruturais chamado Reformas de Base. Esse plano visava a organizar reformas em diversos aspectos, incluindo áreas cruciais, como agrária, educacional, bancária, urbana, etc. Entre as pautas reformistas defendidas nas Reformas de Base, o projeto que mais gerou debates foi a reforma agrária. De março a agosto de 1963, o projeto da reforma agrária foi debatido exaustivamente entre os parlamentares. Os desgastes gerados por esse debate fizeram com que o governo perdesse sua base de apoio entre os parlamentares do PSD, que passaram para oposição. O entrave aconteceu porque os parlamentares que defendiam os interesses dos grandes proprietários não se entenderam com o governo em relação à forma como a indenização para os lotes desapropriados aconteceria. Outra questão que repercutia no cenário político brasileiro era a Lei de Remessa de Lucros, que havia sido aprovada em 1962 e esperava ser sancionada pelo presidente. Essa lei determinava que empresas estrangeiras não poderiam enviar para fora do país mais de 10% do lucro obtido. Esse projeto desagradou profundamente ao governo dos Estados Unidos. A interferência americana na política brasileira O papel dos Estados Unidos no golpe de 1964 é outro ponto extremamente importante. O grande interesse americano era desestabilizar o governo de João Goulart – enxergado como extremamente esquerdista. O envolvimento dos Estados Unidos na política brasileira aconteceu por meio do financiamento clandestino de grupos que atuavam na desestabilização do governo de Jango. Além disso, os americanos financiavam também campanhas eleitorais de políticos conservadores, com o objetivo de que barrassem os projetos de Jango. Como destaques, podemos citar o Instituto de Pesquisa e Estudos Sociais (Ipes) e o Instituto Brasileiro de Ação Democrática (Ibad), ambos financiados pela CIA (Inteligência Americana). Nas eleições de 1962, por exemplo, candidaturas de mais de 800 políticos receberam financiamento do Ibad. É importante ressaltar que esse tipo de ação era proibido pelas leis brasileiras.

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Em relação ao Ipes, tratava-se de uma instituição de fachada que produzia publicamente estudos sobre a sociedade brasileira em forma de pequenos vídeos e livros. Secretamente, o Ipes foi o maior núcleo golpista na época e contou com o envolvimento de empresários de multinacionais, membros da cúpula militar e jornalistas que atuavam para derrubar o governo de Jango. Por fim, houve também o envolvimento direto do exército americano no golpe de 1964. O governo dos Estados Unidos já negociava com o núcleo golpista, encabeçado por Humberto Castello Branco, há muito tempo. Essas negociações levaram à Operação Brother Sam, na qual uma tropa americana ficaria responsável para invadir o país caso o golpe não desse certo. O golpe de 1964 A situação política no país agravava-se à medida que o governo Jango perdia apoio político e que os dois polos da nossa política radicalizavam-se. Entre os eventos que demonstravam o enfraquecimento do governo, destacam-se a rebelião dos sargentos em setembro de 1963 e a derrota da proposta do governo de impor Estado de Sítio no país em outubro de 1963. O enfraquecimento das bases de apoio a Jango levou-o a reforçar seu compromisso com o reformismo e com as esquerdas. No comício da Central do Brasil, em 13 de março de 1964, Jango discursou a favor das Reformas de Base e assumiu o compromisso de realizá-las a todo custo. Esse posicionamento foi enxergado como a guinada definitiva do governo à esquerda. A resposta conservadora veio de forma imediata por meio da Marcha da Família com Deus pela Liberdade, que aconteceu em São Paulo e mobilizou milhares de pessoas. O golpe em si foi iniciado em 31 de março de 1964 com uma rebelião liderada por Olímpio Mourão Filho, que liderava a 4ª Região Militar em Juiz de Fora. As tropas de Olímpio Mourão marcharam em direção ao Rio de Janeiro com o objetivo de destituir o governo. A rebelião de Olímpio não fazia parte dos preparativos organizados por Humberto Castello Branco e pelo Ipes – ambos foram pegos desprevenidos. De toda forma, esses dias do golpe também ficaram marcados pela inércia de Jango. Os acontecimentos dos dias seguintes levaram o presidente do Senado a convocar uma reunião extraordinária no dia 2 de abril de 1964. Nessa reunião, Auro de Moura decretou vaga à presidência do país, fato que consolidou, politicamente, o golpe no país. Além de Auro de Moura, o Golpe Militar contou com o apoio de nomes como Carlos Lacerda, Magalhães Pinto, Ademar de Barros, etc. Ranieri Mazzilli assumiu a presidência de maneira provisória. Enquanto isso, a Junta Militar que se formou começou a organizar as bases para o início da ditadura no país. Em 9 de abril de 1964, foi emitido o Ato Institucional nº 1. Dois dias depois, Humberto Castello Branco foi eleito indiretamente presidente do país. O AI-1 afirmava o seguinte a respeito daqueles que haviam realizado o golpe e tomado o poder no país: A revolução vitoriosa se investe no exercício do Poder Constituinte. Este se manifesta pela eleição popular ou pela revolução. Esta é a forma mais expressiva e mais radical do Poder Constituinte. Assim, a revolução vitoriosa, como Poder

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Constituinte, se legitima por si mesma. Ela destitui o governo anterior e tem a capacidade de constituir o novo governo1. Iniciava-se, assim, a Ditadura Militar, que se estendeu por 21 anos, encerrando-se somente em 1985. Golpes militares no Brasil e na América A segunda metade do século XX foi marcada pela deflagração de inúmeras ditaduras no continente americano. A existência de um governo militar e autoritário não foi, portanto, uma exclusividade brasileira. Vários países tiveram, em diferentes momentos, ditaduras militares iniciadas com golpes. No Brasil e na Bolívia, os golpes aconteceram em 1964; na Argentina, houve golpes em 1966 e 1976; no Uruguai, em 1973; no Chile, o golpe foi dado em 1973; no Peru, em 1968; e na Guatemala e no Paraguai, em 1954. Consequências do Golpe Militar de 1964 O Golpe de 1964 teve como grande consequência a instalação de uma ditadura, que se estendeu por 21 anos em nosso país. Nesse período, a Ditadura Militar ficou marcada como um regime repressor que perseguia cidadãos que se posicionavam contra o governo. Além disso, impunha censura sobre a produção cultural e intelectual do país. A Ditadura também ficou marcada como um período extremamente corrupto, uma vez que não havia liberdade para investigar os atos do governo. A desigualdade social disparou e índices da economia – como a dívida externa – agravaram-se bastante. (1) Ato Institucional nº. 1. Disponível em https://www.historiadomundo.com.br/idade-contemporanea/golpe-de-64.htm. Acesso em: 15 jun. 2020. II. Responda as questões a seguir: 01 (EMITec/Ba-2019) - Analise a charge a seguir e indique a alternativa que faz as conexões necessárias entre o passado e o presente, para interpretá-la:

Figura 1 – Intervenção militar “avulsa”

Fonte: Duke

Descrição da Imagem: A charge mostra dois personagens em uma lanchonete separados pelo balcão de atendimento com uma caixa registradora e uma bandeja de lanches ao lado e prateleira com produtos ao fundo. O cliente está em pé de

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calça e camisa, lendo um cardápio, o outro é o atendente da lanchonete que está atrás do balcão vestindo sua farda de trabalho. O cliente pede “Eu queria uma intervenção militar avulsa!”, e o atendente lhe responde “Desculpe, só temos o combo: intervenção militar + ditadura + censura + estado de exceção + fim das liberdades individuais + fim da democracia + tortura!” a) A charge faz um apelo à intervenção militar no Brasil contemporâneo, como a solução mais eficiente para as questões políticas e sociais que o Brasil não tem conseguido solucionar dentro do Estado Democrático de Direito, e remete ao crescimento sentido pelo país nas décadas de 1960 e 1970, em que vigorou a Ditadura. b) A charge é uma crítica ideológica, que tenta manchar o sucesso político experimentado pelo Brasil, durante os anos de governos militares. Como crítica ideológica, não deve ser considerada como algo importante e com uma base coerente de informações, o que podemos perceber pelo exagero na resposta do atendente ao cliente. c) A charge apresenta uma crítica às ações de parte da sociedade no Brasil, que reivindica uma nova intervenção militar, como meio de solucionar a corrupção generalizada, ao tempo em que lembra que uma intervenção militar nunca vem desacompanhada de outros processos bastante negativos, como a tortura e a perda de direitos. d) A charge atualiza o passado, e representa no cliente que pede a intervenção militar no Brasil, os estudantes e professores brasileiros que forma às ruas em 1964, na Marcha da Família com Deus pela Liberdade, pedir o apoio dos militares contra o perigo comunista e a continuidade do governo de João Goulart. e) A charge traz informações descontextualizadas sobre o período militar no Brasil, uma vez que uma intervenção militar não necessariamente tenha que vir acompanhada do fim do regime democrático, pois a história nos mostra que, durante o regime militar, os presidentes generais eram eleitos pela Junta Militar em um processo democrático. 02 (EMITec/Ba-2019) - Analise atentamente a charge a seguir, depois responda ao que lhe é solicitado:

Figura 2 - "Brasil, ame-o ou deixe-o"

Fonte: Ziraldo

Descrição da imagem: A charge tem dois momentos. No primeiro um senhor vestido de terno, com bigode em postura autoritária, apontando o dedo para o chão, ordena a outro sujeito que se abaixa para beijar o solo, exclamando “Ame-o ou...”. Em seguida completa a sentença chutando o sujeito que estava abaixado, que é lançado longe, enquanto o senhor exclama “Deixe-o”.

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A situação mostrada na charge faz parte do seguinte contexto, em vigor durante o período ditatorial brasileiro. a) As situações de exílio voluntário que muitos opositores do regime militar se obrigaram a experimentar, indo embora do país, por não concordarem com o governo. b) Campanha feita pelo próprio governo militar, com a mensagem de que só deveriam permanecer no Brasil, os que amassem o país obedecendo ao regime. c) Publicidade feita pela Guerrilha Urbana, convocando estudantes para pegar em armas e lutar contra os militares por amor ao Brasil. d) Propaganda do momento do golpe, em que o sujeito que está abaixado beijando o solo representava o presidente João Goulart, deposto pelo golpe de 64. e) Aprovação da Lei na Anistia, que permitia que voltassem ao Brasil, os perseguidos políticos do regime militar que haviam sido exilados no exterior.

Onde encontro o conteúdo

Texto – SILVA, Daniel Neves. Golpe Militar de 64. História do Mundo. Disponível em https://www.historiadomundo.com.br/idade-contemporanea/golpe-de-64.htm. Acesso em: 15 jun. 2020. Utilize também o livro didático de História adotado por sua unidade escolar. Figura 1 – Intervenção militar “avulsa”. Disponível em: https://www.diariodocentrodomundo.com.br/intervencao-militar-avulsa-por-duke/. Acesso em: 24 maio 2019. Figura 2 – “Brasil: ame ou deixe-o”. Disponível em: https://suburbanodigital.blogspot.com/2018/03/charge-de-ziraldo-brasil-ame-o-ou-deixe-o.html. Acesso em: 29 jun. 2020. Videoaula: Ditadura Militar no Brasil – 1964 a 1985. Produção: LOPES, Rodrigo, et. al. Apresentação: LOPES, Rodrigo; REIS, Selma. Ensino Médio, História, Humanas, 3ª. Série. EMITec – Ensino médio com intermediação tecnológica. Secretaria da Educação/Bahia. Plataforma Anísio Teixeira. Disponível em: http://pat.educacao.ba.gov.br/emitec/disciplinas/exibir/id/8532. Acesso em: 15 jun. 2020.

Objetivo

Analisar o período da ditadura militar no Brasil, desde o golpe até a reabertura, sob a ótica da Guerra Fria e dos interesses norte-americanos junto à elite econômica do país.

Depois da atividade

Caso tenha acesso a internet, assista à videoaula Ditadura Militar no Brasil – 1964 a 1985. Disponível em http://pat.educacao.ba.gov.br/emitec/disciplinas/exibir/id/8532. Acesso em: 15 jun. 2020.

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Resumo: As reformas de Base de Jango foram a gota d'água, para os interessados em manter o Brasil em uma posição geopolítica de subserviência aos Estados Unidos no contexto da Guerra Fria. O golpe que se precipitaria dez anos antes, impedido pelo suicídio de Getúlio Vargas, agora se concluiria com o aval de todos os setores conservadores do Brasil, as classes médias, a igreja católica, o empresariado e os militares. Afastava-se assim o perigo de medidas liberais que direcionariam a política nacional para algo que se aproximava do que, no pensamento da época, era o socialismo. A partir daí as liberdades civis e políticas seriam cassadas uma a uma, mergulhando o Brasil em vinte e um anos de obscurantismo político. Após assistir o vídeo, trace um paralelo entre os apoios da sociedade civil ao Golpe Militar em 1964 e as manifestações pedindo intervenção militar no Brasil atual.

Gabarito Questão 01. C. Questão 02. B.

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Data: 08/07/2020

11h às 12h Filosofia

Tema: O Panoptismo de Foucault: estamos todos vigiados?

Atividade

I. Leitura filosófica do texto a seguir:

TEXTO O Panoptismo em Vigiar e Punir de Michel Foucault

Pedro Henrique Argolo Costa

[...] As relações sociais modernas têm para Foucault como característica a atuação de tal poder tríplice, exercido sobre os sujeitos por meio de vigilância individual, controle e correção. O Panopticon de Bentham é a representação arquitetônica típica de tal período: um edifício em forma de anel, dividido em pequenas celas, no qual tudo o que era feito pelo indivíduo estava exposto ao olhar de um vigilante, que ninguém poderia ver. Este tipo de poder pode receber o nome de panoptismo, que não repousa mais sobre o inquérito, mas sobre o exame. Dessa maneira, afirma o autor: A multidão, massa compacta, local de múltiplas trocas, individualidades que se fundem, efeito coletivo, é abolida em proveito de uma coleção de individualidades separadas. Do ponto de vista do guardião, é substituída por uma multidão enumerável e controlável; do ponto de vista dos detentos, por uma solidão sequestrada e olhada (p. 190-191). O Panóptico automatiza o poder ao infundir naquele que é observado uma sensação consciente de uma vigilância permanente: arquitetura que cria e mantém uma relação de poder, portanto, que não mais depende daquele que o exerce; os vigiados são presos em um sistema no qual eles mesmos são portadores das relações que os submetem. Em outras palavras, aquele que “[...] está submetido a um campo de visibilidade, e sabe disso, retoma por sua conta as limitações do poder; fá-las funcionar espontaneamente sobre si mesmo; [...] torna-se o princípio de sua própria sujeição” (p. 192). O Panóptico dá ao poder a oportunidade de empreender novas experiências, modificar o comportamento de indivíduos, domesticá-los através de técnicas democraticamente controladas. A ampliação e organização do poder se faz visando ao recrudescimento das próprias forças sociais: aumento da produção, expansão da indústria, desenvolvimento da economia, potencialização da instrução. O panoptismo coloca em funcionamento uma forma de disciplina diferente da chamada disciplina-bloco. Enquanto esta se baseia na instituição fechada, destinada à marginalização e à suspensão do tempo e do diálogo, a disciplina-mecanismo empreendida por essa nova técnica procura tornar o poder mais ágil, de atuação mais sutil, mais eficaz. Pode-se falar em uma verdadeira inversão funcional das disciplinas, segundo o próprio autor. Anteriormente assentados na tentativa de neutralizar os perigos fixando as populações agitadas, os mecanismos de poder procuram, cada vez mais, produzir indivíduos úteis. Ademais, a multiplicação da disciplina é correlata à sua desinstitucionalização, “[...] as disciplinas maciças e compactas se decompõem em processos flexíveis de controle, que se pode transferir e adaptar” (p. 199). O espetáculo cede espaço à vigilância. Na verdade, esta última deve funcionar como uma forma de regulação inversa à primeira em uma sociedade na qual a

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comunidade e a vida pública perdem espaço e são substituídas pela prevalência do indivíduo privado, por um lado, e pelo Estado, por outro: “[...] sob a superfície das imagens, investem-se os corpos em profundidade; atrás da grande abstração da troca, processa-se o treinamento minucioso e concreto das forças úteis; os circuitos da comunicação são os suportes de uma acumulação e centralização do saber [...]” (p. 205). Talvez seja aquela a frase, se não a mais importante, sem dúvida a mais filosófica do livro. Nela, todos os termos empregados guardam uma estreita relação entre si e remetem a teorias diversas. A figura do Grande Irmão se organiza em torno do conceito de normalidade, tal como o elemento metafórico do Panopticon, empregado por Foucault para representar a sociedade disciplinar, estrutura-se a partir da norma. Definindo-se o que é ou não normal, o que é ou não aceitável, cabe a ele vigiar perpetuamente aqueles sob seu poder e, com o auxílio do aparelho estatal desenvolvido para esta finalidade e com o saber surgido concomitantemente, corrigir, punir e, por fim, normalizar comportamentos desviantes. Nas sociedades disciplinares, o diferente se tornou sinônimo de perigoso; os anormais devem ser, portanto, perseguidos. O próprio conceito de sanidade mental é pensado a partir de relações de poder: “A sanidade mental era estatística. Tratava-se simplesmente de aprender a pensar como eles pensavam. Apenas...!” (ORWELL, 2009, p. 323). Disponível em: https://jus.com.br/artigos/28147/o-panoptismo-em-vigiar-e-punir-de-michel-foucault-1926-1984. Acesso em Acesso: 09 jun. 2020. II. Responda os questionamentos, proposta de produção filosófica e análise da charge, tendo como referência as informações contidas no enunciado das questões, a leitura e reflexão do texto e o tema da aula. 01 (Enem 2010) - A lei não nasce da natureza, junto das fontes frequentadas pelos primeiros pastores: a lei nasce das batalhas reais, das vitórias, dos massacres, das conquistas que têm sua data e seus heróis de horror: a lei nasce das cidades incendiadas, das terras devastadas; ela nasce com os famosos inocentes que agonizam no dia que está amanhecendo. FOUCAULT. M. Aula de 14 de janeiro de 1976. In. Em defesa da sociedade. São Paulo: Martins Fontes. 1999. O filósofo Michel Foucault (séc. XX) inova ao pensar a política e a lei em relação ao poder e à organização social. Com base na reflexão de Foucault, a finalidade das leis na organização das sociedades modernas é: a) combater ações violentas na guerra entre as nações. b) coagir e servir para refrear a agressividade humana. c) criar limites entre a guerra e a paz praticadas entre os indivíduos de uma mesma nação. d) estabelecer princípios éticos que regulamentam as ações bélicas entre países inimigos. e) organizar as relações de poder na sociedade e entre os Estados. 02 (Enem 2013) - O edifício é circular. Os apartamentos dos prisioneiros ocupam a circunferência. Você pode chamá-los, se quiser, de celas. O apartamento do inspetor ocupa o centro; você pode chamá-lo, se quiser de alojamento do inspetor. A moral reformada; a saúde preservada; a indústria revigorada; a instrução

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difundida; os encargos públicos aliviados; a economia assentada, como deve ser, sobre uma rocha; o nó górdio da Lei sobre os Pobres não cortado, mas desfeito – tudo por uma simples ideia de arquitetura! BENTHAM, J. O panóptico. Belo Horizonte: Autêntica, 2008.

Essa é a proposta de um sistema conhecido como panóptico, um modelo que mostra o poder da disciplina nas sociedades contemporâneas, exercido preferencialmente por mecanismos: a) religiosos, que se constituem como um olho divino controlador que tudo vê. b) ideológicos, que estabelecem limites pela alienação, impedindo a visão da dominação sofrida. c) repressivos, que perpetuam as relações de dominação entre os homens por meio da tortura física. d) sutis, que adestram os corpos no espaço-tempo por meio do olhar como instrumento de controle. e) consensuais, que pactuam acordos com base na compreensão dos benefícios gerais de se ter as próprias ações controladas. 03. Produção textual: A partir da citação de Foucault transcrita a seguir, escreva um pequeno texto sobre a relação entre as instituições disciplinares e o poder. É sabido que o século XVII criou vastas casas de internamento; não é muito sabido que mais de um habitante em cada cem da cidade de Paris viu-se fechado numa delas, por alguns meses. É bem sabido que o poder absoluto fez uso de cartas régias e de medidas de prisão arbitrárias; é menos sabido qual a consciência jurídica que poderia animar essas práticas. [...] sabe que os loucos foram postos sob o regime desse internamento, e que um dia serão descobertos nas salas do Hospital Geral [...]. FOUCAULT, Michel. História da loucura na idade Clássica. 9. Ed. São Paulo: Perspectiva, 2010. p. 48. 04. Analise a charge a seguir e responda: a) Como o indivíduo na contemporaneidade pode ser panopticamente controlado? b) Dê exemplos de modelos na sociedade contemporânea onde se opera o panoptismo?

Figura 01 – Quadrinhos dos anos 10

Fonte: Germinal.Wordpress

Onde encontro o conteúdo

Texto – COSTA, Pedro Henrique Argolo. O Panoptismo em Vigiar e Punir de Michel Foucault. Jus.com.br. Disponível em: https://jus.com.br/artigos/28147/o-panoptismo-em-vigiar-e-punir-de-michel-foucault-1926-1984. Acesso em Acesso: 09 jun. 2020.

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Utilize também o livro didático de Filosofia adotado por sua unidade escolar. Figura 01 – Quadrinhos dos anos 10. Disponível em: https://germinai.files.wordpress.com/2011/10/enem-2011.jpg. Acesso em: 10 jun. 2020. ARANHA, M. L.; ARRUDA, M.H. Filosofando: Introdução à Filosofia. 6. Edição. São Paulo: Moderna, 2016. p.152 e 153. Questão 01 – Educação – ENEM 2010 – Questão 34. Disponível em: http://educacao.globo.com/provas/enem-2010/questoes/34.html. Acesso em: 9 jun. 2020. Questão 02 – Educação – ENEM 2013 – Questão 34. Disponível em: http://educacao.globo.com/provas/enem-2013/questoes/24.html. Acesso em: 9 jun. 2020. Vídeo: Panoptismo. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=4ASEbdkolho. Acesso em: 22 jun. 2020. Videoaula: Disciplina, biopoder e biopolítica em Foucault. Produção: SALES, Adalgisa et. al. Apresentação: COELHO, Margareth; BALTHAZAR, Fátima. Ensino Médio, Filosofia, Humanas, 3ª. Série. EMITec – Ensino médio com intermediação tecnológica. Secretaria da Educação/Bahia. Plataforma Anísio Teixeira. Disponível em: http://pat.educacao.ba.gov.br/emitec/disciplinas/exibir/id/8520. Acesso em: 10 jun. 2020.

Objetivo

Analisar o poder como dispositivo disciplinar, caracterizando as relações entre saber, poder, política e a verdade.

Depois da atividade

Caso tenha acesso a internet, assista ao vídeo sobre Panoptismo, disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=4ASEbdkolho. Acesso: 22 jun. 2020. Panoptismo: É a característica da atual sociedade capitalista, através da qual os indivíduos são vigiados, punidos, recompensados e normatizados. O conceito de sistema panóptico foi criado no final do século XVIII pelo filósofo inglês Jeremy Bentham. Jeremy estudou o sistema penitenciário e criou a penitenciária circular, em que o observador central poderia vigiar todos os pontos em que houvesse presos. Acreditava que esse sistema poderia ser utilizado como método de disciplina em escolas e no trabalho, tendo o olhar e o espaço como instrumentos de controle. Agora que você já sabe o que significa panoptismo, crie charges relacionadas a modelos de sociedade de controle. Quem será que vai realizar a charge mais interessante? Para compartilhar a atividade em suas redes sociais, use a #educacaobahia

Gabarito Questão 01 - E. Questão 02 - D.

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Data: 09/07/2020

9h às 10h Geografia

Tema: O capitalismo comercial e industrial

Atividade

I. Leia com atenção o texto a seguir:

TEXTO Fluxos da sociedade global

Rodolfo F. Alves Pena Os avanços promovidos pela Revolução Técnico-Científica Informacional acarretaram uma maior expansão do sistema capitalista pelo mundo, transcendendo todas as suas fronteiras e ampliando os seus horizontes de ação. Assim, consolidou-se o processo de globalização – visto, por muitos, como uma mundialização –, que permitiu a instauração da chamada “Aldeia Global”. A globalização, sob vários aspectos (econômico, político, urbano, territorial etc.), atua por meio da consolidação de um sistema informacional, que se estrutura a partir da formação de redes geográficas, ou seja, por um sistema interconectado de pontos e ligações entre eles. A partir disso, podemos entender a relação de nós interconectados entre si ou a composição de fixos e fluxos que estruturam a economia mundial. De toda forma, o processo de globalização seria inimaginável se não houvesse os fluxos internacionais que estruturam a sua existência. Entende-se por fluxos da sociedade global a cadeia interconectada entre as diferentes partes do mundo que permite a circulação – nem sempre livre – de elementos econômicos, informações e pessoas. Portanto, os fluxos podem ser considerados, em muitas abordagens, como a materialização da globalização no espaço geográfico. Fluxos econômicos Os fluxos econômicos na sociedade global apresentam-se por meio do deslocamento de capitais, empresas, mercadorias e investimentos. Com os avanços proporcionados no âmbito dos meios de transporte e comunicação, a economia mundializou-se e passou a integrar todas as diferentes partes do mundo, embora de maneira desigual e hierárquica. Não obstante, os principais fluxos que acontecem no âmbito atual do Capitalismo Financeiro e Informacional são os de capitais. Todos os dias uma quantidade muito grande de dinheiro circula em todo o mundo na forma de bits de computador, sem, na maioria dos casos, materializar-se totalmente. Na verdade, estima-se que a maior parte de todo o capital existente não se encontre mais na forma de dinheiro impresso. Os chamados “capitais especulativos” encontram-se no centro desse processo. Muitas vezes, os investidores preferem concentrar-se em títulos, juros de dívidas públicas e privadas, ações e outros para valorização e posterior arrecadação. Com isso, o retorno é mais rápido, embora a ausência de investimentos na produção proporcione uma série de prejuízos em termos internacionais. A circulação de “capitais produtivos” também é bastante relevante para a economia global. Ela ocorre por meio de investimentos em determinados setores da atividade econômica, tais como fábricas, comércios, lojas etc. Outra forma é o deslocamento das próprias empresas, que migram para países onde os fatores

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locacionais são mais vantajosos. Em algumas indústrias de empresas multinacionais, a produção é dividida em várias fábricas, cada uma localizada em uma parte do mundo, com a montagem acontecendo em um local igualmente distinto. Fluxo de pessoas Por extensão aos avanços tecnológicos provocados ao longo do século XX e início do século XXI, o fluxo internacional de pessoas também vem se intensificando na era da globalização atual. A expansão desse fluxo acontece de duas formas: o turismo e a migração. O turismo, não por acaso, é a atividade do setor terciário que mais vem crescendo no planeta, com milhões de pessoas se deslocando todos os anos sob os mais diferentes interesses. Com isso, as cidades receptoras e também os meios de transporte vão se adequando a essa realidade, o que resulta na modernização de seus respectivos sistemas de recepção, deslocamento e hospedagem, gerando cifras milionárias em termos de lucros e produção de riquezas. As migrações internacionais também se intensificam no planeta e configuram-se sob muitos aspectos. Muitas migram por razões humanitárias, sociais, econômicas e afetivas, muito embora existam muitas barreiras estabelecidas pelos países para conter esse processo. É muito comum a migração de pessoas de um país para outro (muitas vezes por meios ilegais) em busca de maior geração de renda e oportunidades. Portanto, como podemos observar, os fluxos que estruturam a sociedade global e suas redes internacionais são compostos por interações econômicas, informacionais e demográficas. Estas, por sua vez, permitem a expansão mundial de outros elementos, tais como os costumes culturais ou regionais, religiões e as práticas sócio espaciais de um modo geral. Disponível em: https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/fluxos-sociedade-global.htm Acesso em: 16 jun. 2020 (Texto adaptado). II. Responda as questões a seguir: 01 - Sobre os diferentes tipos e usos dos transportes no Brasil e no mundo, considere as afirmações a seguir: I. Recomendado para distâncias menores, porém com custos mais elevados. A vantagem está em transportar o produto do início ao fim, ou seja, retira-o de seu local de produção e entrega-o ao seu destino final sem a necessidade de outros meios de transporte. II. Utilizado para grandes distâncias, envolvendo principalmente o deslocamento de pessoas e mercadorias de custo (e lucro) mais elevado. Apresenta um elevado custo, porém uma velocidade maior. III. Recomendado para países de grande extensão territorial, apresentando altos custos em sua estruturação e baixos custos em sua manutenção. Transporta pessoas e mercadorias, consumindo uma quantidade de energia relativamente pequena. As proposições acima representam, respectivamente, as descrições dos transportes:

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a) rodoviário, ferroviário e hidroviário b) ferroviário, rodoviário e aéreo c) marítimo, pluvial e aéreo d) aéreo, manual e hidroviário e) rodoviário, aéreo e ferroviário. 02 - As ferrovias são frequentemente indicadas como a melhor opção para o escoamento de cargas e, até mesmo, de pessoas em todo o território nacional. Entre as vantagens que esse tipo de transporte oferece para o país, podemos assinalar, EXCETO: a) Baixo custos de manutenção e consumo. b) Participação no deslocamento de todo o percurso da mercadoria a ser entregue. c) Desafogamento do trânsito nas rodovias. d) Melhorias na relação entre cargas transportadas e combustível consumido. e) Menor quantidade estatística de acidentes e perdas de carga. 03 – Como podemos estabelecer uma relação dos meios de transporte com a situação dos fluxos na atualidade? Justifique sua resposta.

Onde encontro o conteúdo

Texto – PENA, Rodolfo F. Alves. Fluxos da sociedade global. Mundo Educação. Disponível em: https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/fluxos-sociedade-global.htm Acesso em: 16 jun. 2020 (Texto adaptado). Utilize também o livro didático de Geografia adotado por sua unidade escolar. Questão 01 - Exercícios sobre transportes. Brasil Escola. Disponível em: https://exercicios.brasilescola.uol.com.br/exercicios-geografia/exercicios-sobre-transportes.htm#questao-1. Acesso em 16 jun. 2020. Questão 02 - Exercícios sobre transportes. Brasil Escola. Disponível em: https://exercicios.brasilescola.uol.com.br/exercicios-geografia/exercicios-sobre-transportes.htm#questao-3. Acesso em 16 jun. 2020.

Objetivo Entender como os fluxos de mercadorias e pessoas fortalecem o sistema capitalista.

Depois da atividade

Convidamos você a socializar suas respostas em nossas redes sociais; utilizando a #educacaobahia. Bom trabalho!!! Para complementar seus estudos, pesquise em sua casa, nos mais variados produtos, a origem de fabricação dos mesmos; perceba se há variedade de locais onde eles foram fabricados. Na posse de um mapa, marque os locais de origem dos produtos.

Gabarito Questão 01: E. Questão 02: B.

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Data: 09/07/2020

11h às 12h Sociologia

Tema: Transformações na Divisão Social do Trabalho

Atividade

I. Leia com atenção o texto a seguir:

TEXTO Divisão Social do Trabalho

Juliana Bezerra Entende-se por Divisão Social do Trabalho as atribuições (individuais ou coletivas) produtivas nas estruturas socioeconômicas. Nessa perspectiva, cada sujeito possui uma função na estrutura social, da qual emana seu status perante a sociedade. Resumo das Características Uma característica essencial da divisão social do trabalho é a sua capacidade de aumentar a produtividade. Isso porque a especialização aumenta a eficiência produtiva e permite a comercialização de produtos com maior qualidade e menor preço. Contudo, como os produtores efetivam-se em atividades específicas, a divisão social do trabalho passou a distinguir o trabalho mental (intelectual) do material (físico). Isso tudo levou ao surgimento de uma elite social. Esta, por sua vez, se encastela na ideologia da competência técnico-científica para legitimar aquela divisão social do trabalho. Devemos ter em mente que a “divisão do trabalho” diz respeito ao modo como os seres humanos se organizam para distribuir as tarefas cotidianas. Desta divisão, derivam outras, como a divisão sexual do trabalho, a divisão capitalista do trabalho, a divisão internacional do trabalho e, para o que nos interessa aqui, a divisão social do trabalho. Numa fase inicial das sociedades humanas, a divisão do trabalho era definida por critérios sexuais e de faixa etária. Entretanto, o incremento da agricultura levou divisões sociais no trabalho ainda mais significativas. Isso aprofundou aqueles critérios sexuais e também diferenciou o trabalhador agrícola daquele dedicado exclusivamente à criação de animais. Aqui, está a gênese da propriedade privada. Como as atividades agrícolas e pastoris impedem que estes trabalhadores se dediquem a produção dos instrumentos necessários a sua sobrevivência, surgem os artesãos. Estes, trocam seus produtos manufaturados por gêneros alimentícios. E, destas trocas, surge outra divisão social do trabalho, a saber, a atividade mercantil. Vale citar aqui que o desenvolvimento do comércio aprofundou a distinção entre os trabalhadores rurais e urbanos, onde se destacavam os setores comerciais, administrativos e artesanais. Por fim, sob a égide do Capitalismo, a especialização produtiva ganha uma complexidade cada vez maior, até atingir os parâmetros da divisão internacional de trabalho. Nela, o trabalhador é um especialista e uma pequena parte do processo produtivo. Émile Durkheim e a Divisão Social do Trabalho Para Durkheim (1858-1917), os princípios da divisão do trabalho são mais morais do que econômicos. São os fatores que unem os indivíduos numa sociedade, pois geram um sentimento de solidariedade entre aqueles que realizam as mesmas funções.

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Outro fator importante é que este pensador analisava a sociedade como uma metáfora do corpo humano. Nessa ideia, a divisão social do trabalho seria responsável por manter a harmonia deste sistema de órgãos que compõe o organismo. Além disso, Émile afirmou que quanto maior e mais complexa for uma sociedade, maior será a divisão social do trabalho presente na mesma. Para ele, é o crescimento populacional e as transformações na sociedade pós-industrial são responsáveis pela divisão do trabalho. Karl Marx e a Divisão Social do Trabalho Para Karl Marx (1818-1883), a divisão do trabalho em especialidades produtivas gera uma hierarquia social na qual as classes dominantes (burguesia) subjugam as classes dominadas, ao estabelecer as instituições legitimadoras e ao deter os meios de produção. Essa dominação é tensa e gera um conflito chamado de "luta de classes". Ademais, para ele, a especialização das atividades produtivas nas sociedades complexas gerou uma divisão do trabalho social como uma forma vital de sobrevivência. E assim, ao superar as suas necessidades básicas, a humanidade cria outras. Max Weber e a Divisão Social do Trabalho Max Weber (1864-1920) defendia que a sociedade, mesmo sendo composta de partes, pode ser afetada pelas ações individuais. Além disso, percebeu uma nítida diferença entre a divisão social do trabalho entre Católicos e Protestantes. Os protestantes eram austeros e valorizavam o trabalho, além de possuírem uma doutrina religiosa mais alinhada ao Capitalismo. Isso culminou na tendência ao empreendedorismo, típica nas sociedades protestantes. Outro fator primordial em Weber é sua visão da Burocracia enquanto modo racional da divisão do trabalho. Nela, os cargos ocupados por um burocrata com funções e atribuições específicas, são subordinadas a outro cargo mais elevado, onde se dá a distinção social no trabalho. Disso, a burocracia notoriamente auxilia a classe dominante ao estabelecer a divisão do trabalho entre dominantes e dominados. Disponível em: https://www.todamateria.com.br/divisao-social-do-trabalho/#:. Acesso em: 10 jun. 2020. II. Após a leitura do texto, responda as questões a seguir: 01 - Explique as particularidades das análises sobre a divisão do trabalho apresentadas por, Karl Marx e Max Weber Durkheim. 02 - Crie argumentos para uma paródia usando as palavras: divisão social do trabalho; harmonia; funções; solidariedade; sociedades complexas; classes sociais; sobrevivência; classes dominantes; classes dominadas; especialização das atividades; pós-industrial; ações individuais; burocracia

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Onde encontro o conteúdo

BEZERRA, Juliana. Divisão Social do Trabalho. Toda Matéria. Disponível em: https://www.todamateria.com.br/divisao-social-do-trabalho/#:~:text=Entende-se%20por%20Divis%C3%A3o%20Social,seu%20status%20perante%20a%20sociedade. Acesso em: 10 jun. 2020. RIBEIRO, Paulo Silvino. Émile Durkheim: os tipos de solidariedade social. Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/Emile-durkheim-os-tipos-solidariedade-social.htm. Acesso em: 10 jun. 2020. Utilize também o livro didático de Sociologia adotado por sua unidade escolar. Para saber mais: Videoaula: Divisão Social do Trabalho para Karl Marx e Emile Durkheim Produção: RODRIGUES, Adilma et. al. Apresentação: RODRIGUES, Adilma, LOPES, Oyama. Ensino Médio, Sociologia, Humanas, 3ª. Série. EMITec – Ensino médio com intermediação tecnológica. Secretaria da Educação/Bahia. Plataforma Anísio Teixeira. Disponível em: http://pat.educacao.ba.gov.br/emitec/disciplinas/exibir/id/4820. Acesso em: 10 jun. 2020. Videoaula: Divisão Social do Trabalho Produção: RODRIGUES, Adilma et. al. Apresentação: MUSTAFÁ, César, VAZ, Lorena. Ensino Médio, Sociologia, Humanas, 3ª. Série. EMITec – Ensino médio com intermediação tecnológica. Secretaria da Educação/Bahia. Plataforma Anísio Teixeira. Disponível em: http://pat.educacao.ba.gov.br/emitec/disciplinas/exibir/id/6664. Acesso em: 10 jun. 2020.

Objetivo Identificar processos de modernização e transformações das relações de trabalho.

Depois da atividade

Amplie a sua compreensão sobre o assunto, assistindo as vídeoaulas propostas e/ou fazendo a pesquisa utilizando seu livro didático de Sociologia, elaborando a produção de um resumo/comentário escrito. 1. Divisão Social do Trabalho para Karl Marx e Emile Durkheim. Disponível em: http://pat.educacao.ba.gov.br/emitec/disciplinas/exibir/id/4820. Acesso em: 1 jun. 2020. Sinopse: Trata-se de uma aula sobre Divisão Social do Trabalho na aula de Sociologia do EMITec. Na aula há explicações, exemplos e discussões sobre o assunto. 2.Divisão Social do Trabalho. Disponível em: http://pat.educacao.ba.gov.br/emitec/disciplinas/exibir/id/6664 Acesso em: 1 jun. 2020. Sinopse: Trata-se de uma aula sobre Divisão Social do Trabalho na aula de Sociologia do EMITec. Na aula há explicações, exemplos e discussões sobre o assunto. Caso tenha acesso à internet, compartilhe as suas ideias nas redes sociais, utilizando a #educacaobahia.

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Data: 10/07/2020

9h às 10h História

Tema: A Ditadura Militar no Brasil: violências e resistências

Atividade

I. Leia com atenção o texto a seguir:

TEXTO Mito: “na Ditadura Militar, as cidades não eram violentas”

Maurício Horta

A verdade: durante a ditadura, a violência urbana cresceu sem parar, e a taxa de homicídio atingiu o nível de epidemia. “Há um novo crime na praça: mais ambicioso e mais duro. E um novo criminoso, que trocou a cachaça pela maconha, a faca pelo revólver”, dizia a matéria de capa da Veja de 23 de abril de 1969. As principais capitais sentiam crescer a violência urbana – em São Paulo, assaltos a banco saltaram de um em 1965 para 37 em 1968; em um ano, roubos pularam de 150 para 400, e homicídios dolosos, de 280 para 350. “E os menores? Com 14 anos, ou até menos, já há bandidos perigosos, hábeis motoristas, quase sempre bem armados; matam, roubam e, quando detidos, caem nos institutos de menores, de onde quase sempre conseguem fugir”. De 1920 a 1960 a taxa de homicídios esteve sob controle, numa média de 5 mortos a cada 100 mil habitantes – isso apesar de o número de paulistanos ter pulado de 580 mil para 3,8 milhões. Até que a taxa começou a acelerar na década de 1960 [veja gráfico]. Em 1968, já eram 10,4 mortos por 100 mil – nível que a OMS considera epidêmico. Desde então, continuou subindo até atingir seu cume em 1999, com 64,3 homicídios a cada 100 mil. Não por coincidência, a escalada se acelerou no final da ditadura, quando policiais formaram grupos de extermínio, aplaudidos pela população como heróis por matarem bandidos. Transformação Até os anos 1960, a maior parte dos homicídios paulistanos acontecia dentro de casa. Era sinal de que a maioria não passava de crimes passionais ou de desentendimentos entre parentes ou conhecidos. Crimes mais bizarros se concentravam na Boca do Lixo, atual Cracolândia, ou nas mãos de vilões míticos, como o Bandido da Luz Vermelha. Em todo caso, o homicida era considerado um pária social, responsável por ações incompreensíveis e condenáveis.

Figura 01 – Revista Veja

Fonte: Superinteressante

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Na ditadura, a Veja relatou o crescimento da violência urbana em quatro capas. Já eram dessa época os arrastões a prédios, os vigilantes privados e os anúncios de revólver em promoção. Mas o homicídio ganhou um novo significado na São Paulo do fim dos anos 1960. “A figura do bandido, em oposição à do trabalhador, tornou-se ameaçadora a ponto de seu extermínio ser desejado ou tolerado”, afirma Bruno Paes Manso, pesquisador do Núcleo de Estudos da Violência da USP. O homicídio tornou-se um método de limpeza e controle social, e o homicida, um herói em defesa da comunidade. No final da década de 1960, o então delegado da Polícia Civil Sérgio Fleury formou o primeiro grupo paulista explicitamente destinado ao extermínio de bandidos comuns – o Esquadrão da Morte. Entre 1969 e 1971, matou mais de 200 suspeitos, e convenceu muitos de que “bandido bom é bandido morto”. O grupo agia de madrugada. Tirava presos comuns das celas e executava-os numa estrada vazia. Para divulgar a obra, acomodava o desenho de uma caveira ao lado do corpo e chamava a imprensa. Numa pesquisa da Veja em 1970, 60% dos paulistas se disseram favoráveis ao esquadrão. Os grupos de extermínio não agiram sozinhos. Em 1975, com a guerrilha de esquerda já desmontada, a PM passou a atuar no patrulhamento ostensivo das periferias paulistanas. Sua ferramenta de controle territorial era a morte. Nos anos 1980, surgiram também os justiceiros privados, que, com o respaldo de comerciantes locais e da polícia, começaram a matar em bairros periféricos. Avalanche O extermínio teve um efeito colateral imprevisto – aumentou a criminalidade nas periferias. Isso por dois motivos. Primeiro, o homicídio inicia uma cadeia de vinganças. Numa pesquisa de 2012, Manso descobriu que uma rixa iniciada em 1993 no Jardim Ângela, na zona sul de São Paulo, levou a 156 mortos em cinco anos. Outro fator é que a imagem de corpos largados nas ruas, enterros de amigos e de parentes e conversas sobre tiroteios tornam o homicídio um meio possível para resolver disputas ou reagir a ameaças. “Conflitos banais, como o galanteio à namorada de terceiros, brigas em bar ou olhares enviesados podem ser suficientes para despertar o medo da morte”, afirma Manso. E quem teme morrer se previne matando antes. O auge da violência urbana só viria 14 anos depois do fim da ditadura. Mas isso não fez da ditadura uma época de paz nas ruas. Foi um período de violência urbana crescente. Acima de tudo, foi a incubação de uma geração de jovens prontos para matar uns aos outros. A Escalada Evolução da taxa de homicídios em São Paulo (mortos por 100 mil habitantes)

Figura 02 – Evolução homicídios – São Paulo

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Fonte: O Estado de São Paulo – 14/10/2012

Disponível em: https://super.abril.com.br/historia/mito-na-ditadura-militar-as-cidades-nao-eram-violentas/. Acesso em: 15 jun. 2020. II. Responda as questões a seguir: 01. Realize a leitura do trecho do texto do Jornal Folha de São Paulo, logo abaixo, e em seguida responda ao que se pede. “Há 45 anos foi dado um Golpe Militar no Brasil. Apoiado pelas classes médias urbanas, o regime ditatorial durou 20 anos. Os governos militares foram decisivos para que se formassem bolsões de pobreza e miséria nas periferias das grandes capitais do país. Em seu editorial do dia 17 de fevereiro de 2009, o jornal Folha de São Paulo publicou uma expressão que mostra, entre outras coisas, o aparelhamento da grande imprensa com o apoio dado aos militares do regime ditatorial brasileiro, entre 1964 e 1984. A expressão criada pela FSP foi “DitaBRANDA“. O objetivo era ironizar os efeitos trágicos que o regime trouxe à democracia brasileira, dizendo que foram amenos. A expressão acabou se tornando um tiro no pé, e provocou uma grande reação em cadeia, em vários setores da sociedade brasileira.” Disponível em: http://acertodecontas.blog.br/artigos/algumas-palavras-e-casos-sobre-o-regime-militar-brasileiro/. Acesso em: 30 maio 2019. A) Realize um comentário acerca da expressão utilizada pelo Jornal Folha de São Paulo B) Quais as possíveis consequências do período militar para a sociedade? Para isso, faça uso, também, do texto base que se encontra no inicio dessa atividade. 02 (EMITec/BA-2019). Analise a charge a seguir:

Figura 05 – Arena rides again – Laerte

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Fonte: BocaMaldita

Descrição da imagem: A charge é dividida em quatro quadrinho, e tem como personagens um grupo de populares e dois militares. No primeiro quadrinho, os dois militares com farda de general observam a chegada do grupo de pessoas que os cumprimentam e dizem “Olá militares, nós refundamos a ARENA! No quadrinho seguinte, já cercando os militares, que as olham curiosos, estas pessoas continuam a falar “Vocês nos deram exemplo! Vamos lutar por reformas conservadoras! E por verbas para as forças armadas! No terceiro quadrinho, elas estão indo embora, dizem “Até!” se despedindo, e um dos militares, ainda curiosos, acena levemente com a mão. No último quadro, observando a sós os militares conversam entre si “Cara, que medo!” ao que o outro responde “Eu também!”. A partir da interpretação da charge e fazendo conexões com a atualidade, analise as proposições a seguir: I- Existe hoje uma tentativa de resgate do conservadorismo atribuído aos militares durante o regime militar, que além de ser equivocada, não encontra nem mesmo o consenso de apoio dos próprios militares. II- Ressuscitar partidos políticos colaboracionistas da época dos militares, como a ARENA, não tem sentido sem um motivo concreto, uma vez que vivemos uma realidade pluripartidária. III- O crescimento do conservadorismo hoje em dia, parte dos mesmos setores que organizaram a Marcha da Família com Deus pela Liberdade em 1964, empresariado, elites e classe média. Está(ão) correta(s): a) Apenas a proposição I. b) As proposições I, II e III. c) Apenas a proposição II. d) Apenas as proposições I e III. e) Apenas a proposição III. 03. A partir da leitura da matéria acima, trace relações entre o crescimento da violência durante a ditadura militar no Brasil e o crescimento da violência do Estado contra os civis, mostrado no texto, relacionando com os dias atuais. Há semelhanças? Cite um exemplo.

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Onde encontro o conteúdo

HORTA, Maurício. Mito: “na Ditadura Militar, as cidades não eram violentas”. Super Interessante. Disponível em: https://super.abril.com.br/historia/mito-na-ditadura-militar-as-cidades-nao-eram-violentas/. Acesso em: 15 jun. 2020. Utilize também o livro didático de História adotado por sua unidade escolar. Ditadura militar: miséria, violência, resistência e decadência. https://memoriasindical.com.br/formacao-e-debate/ditadura-militar-miseria-violencia-resistencia-e-decadencia/. Acesso em: 15 jun. 2020. Figura 01 – Revista Veja. Super Interessante. Disponível em: https://super.abril.com.br/historia/mito-na-ditadura-militar-as-cidades-nao-eram-violentas/. Acesso em: 29 jun. 2020. Figura 02 – Evolução homicídios – São Paulo. Super Interessante. Disponível em: https://super.abril.com.br/historia/mito-na-ditadura-militar-as-cidades-nao-eram-violentas/. Acesso em: 15 jun. 2020. Figura 03 – Vladimir Herzog morto – São Paulo. Ditadura militar 1964 – o plano, resistências, memórias e legados. Disponível em: http://lemad.fflch.usp.br/node/5326. Acesso em: 29 jun. 2020. Figura 04 – Charge Latuff Vladimir Herzog. Acerto de contas. Disponível em: http://acertodecontas.blog.br/artigos/algumas-palavras-e-casos-sobre-o-regime-militar-brasileiro/. Acesso em: 29 jun. 2020. Figura 05 – Arena rides again – Laerte. BocaMaldita. Disponível em: https://www.bocamaldita.com/arena-rides-again-por-laerte/. Acesso em: 30 maio 2019. Texto complementar: “Eleições 2020: Milícias nas Urnas”. O Estadão. Disponível em: https://www.estadao.com.br/infograficos/politica,eleicoes-2020-milicias-nas-urnas,1069309. Acesso em: 29 jun. 2020.

Objetivo

Analisar o período da ditadura militar no Brasil, desde o golpe até a reabertura, sob a ótica da Guerra Fria e dos interesses norte-americanos junto à elite econômica do país, identificando fenômenos sociais ocorridos.

Depois da atividade

Caso tenha acesso a internet, acesse a matéria “Eleições 2020: Milícias nas Urnas” do Jornal O Estadão. Disponível em: https://www.estadao.com.br/infograficos/politica,eleicoes-2020-milicias-nas-urnas,1069309. Após a leitura, faça conexões com o Texto - Mito: “na Ditadura Militar, as cidades não eram violentas”, base deste roteiro, retratando o aumento da violência no período militar. Anote em seu caderno quais as semelhanças e/ou relações das duas abordagens. Existem conexões? Justifique sua resposta.

Gabarito Questão 02. B.

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Data: 10/07/2020

11h às 12h Projeto de Vida e Cidadania

Tema: Desafios do Ensino a Distância durante a COVID 19.

Atividade

I. Leia com atenção o texto a seguir:

TEXTO Obstáculos do ensino à distância na rede pública

durante a pandemia de Covid-19 Igor Tarcízio

Com a pandemia do novo coronavírus (Covid-19), escolas suspenderam as aulas presenciais e passaram a buscar formas alternativas de manter o processo de ensino-aprendizagem durante a quarentena: usam principalmente aplicativos e plataformas on-line. A estratégia adotada, no entanto, expõe a desigualdade e as dificuldades enfrentadas pelos estudantes e professores de colégios públicos: acesso limitado à internet, falta de computadores e de espaço em casa, problemas sociais, sobrecarga de trabalho docente e baixa escolaridade dos familiares. Os principais problemas serão apresentados se baseando na reportagem, realizada pelo G1 e serão apresentados a seguir: Problemas de Estrutura: Os principais problemas decorrentes da estrutura ou falta dela são, os problemas de acesso a computadores e de conexão com internet, falta de espaço apropriado para o estudo em casa. Alguns jovens moram na zona rural e enfrentam dificuldades para frequentar presencialmente a escola, sem sinal de telefone e de internet, o problema se agrava o que acaba os afastando completamente. O colégio não consegue entrar em contato com eles, e também não tem estrutura e nem recursos humanos para procurar fisicamente cada família e levar material impresso na porta das casas. Segundo a pesquisa, divulgada em 2019, apenas 44% dos domicílios da zona rural brasileira têm acesso à internet. Na área urbana, o índice é bem mais alto: 70% dos lares estão conectados. O estudo, feito anualmente pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic), é um dos principais no país no segmento de acesso a tecnologias. As diferenças ficam ainda mais evidentes ao se analisar cada classe social: entre os mais ricos (classes A e B), 96,5% das casas têm sinal de internet; nos patamares mais baixos da pirâmide (classes D e E), 59% não consegue navegar na rede. Sem computador A ausência de um computador, tablet ou notebook, mais apropriados para acesso aos conteúdos, é um outro problema percebido. De acordo com a pesquisa em domicílios, entre a população cuja renda familiar é inferior a 1 salário mínimo, 78% das pessoas com acesso à internet usam exclusivamente o celular. É necessário pensar em quem não tem acesso à internet ou só usa celular. Copiar conteúdo de uma tela de 4 polegadas é muito difícil, ainda mais para as crianças. Uma sugestão apontada por um docente que participou da pesquisa foi a de preparar e entregar um material impresso.

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Dificuldades para os professores usarem seu celular pessoal Outra queixa se dá por parte dos professores que assim como os alunos, reclamam da falta de equipamentos adequados para a educação remota e da necessidade do uso dos seus celulares pessoais para essa finalidade. Para docentes que foram entrevistados o ideal seria que as secretarias estaduais de educação disponibilizassem equipamentos para os professores. Já que os celulares em alguns casos, não têm memória suficiente para instalar aplicativos – e as famílias enfrentam problemas em entender como os programas funcionam. Outro problema apontado é em relação a privacidade já que o celular indevidamente passa a servir como instrumento de trabalho o que não é adequado e tampouco por questão de privacidade e segurança podem garantir ao professor a tranquilidade já que passam a receber mensagens durante todo o dia, em aparelho que é pessoal. Falta de espaço nas residências Aspecto evidenciado na pesquisa também foi a falta de espaço adequado sendo que parte desses jovens para algumas famílias residem em estruturas de moradia humildes em algumas vezes com famílias numerosas e o aprendizado para concentração necessita de silêncio e de espaço, e em algumas famílias as crianças fazem barulho e também precisam fazer uso do celular para outras necessidades. Outro ponto constatado foi o problema de acesso ao sinal de internet que oscila bastante e é interrompido interferindo nas aulas. Outros pontos percebidos Um dos problemas também percebidos foi a relação família-escola já que para alguns estudantes foi constatada a dificuldade de alguns professores em entrar em contato com os pais dos estudantes. Problemas de baixa escolaridade dos familiares desses estudantes que acabam não percebendo e nem podendo contribuir para o aprendizado domiciliar; Problemas de esgotamento emocional dos docentes, que ficam disponíveis vinte e quatro horas as vezes para retirada de dúvidas e atendimento de possíveis necessidades, além da excessiva carga de tarefas, reuniões e outras cobranças complementares. Também por não terem sido adequadamente preparados para o exercício das aulas online e com isso apresentarem dificuldades em adaptar esses conteúdos de forma clara e interessante. Problemas sociais decorrentes do contexto da maior parte dos estudantes da rede pública tais como: falta de merenda, evasão escolar e maior exposição à violência (sexual, física ou psicológica); Disponível em: https://www.socialismocriativo.com.br/obstaculos-do-ensino-a-

distancia-na-rede-publica-durante-a-pandemia-de-covid-19/. Acesso em: 16 jun.

2020. (Texto adaptado)

II. Responda as questões, conforme as orientações. Após a leitura do texto, nosso desafio agora é o de responder as questões a seguir: Propomos um exercício para que você possa desenvolver um pouco mais o aprendizado sobre os principais desafios em relação ao ensino a distância e a possibilidade de superação dos principais problemas abordados a partir do texto

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estudado e também adquirir conhecimentos sobre de que maneira se pode aprimorar o aprendizado em condições das aulas a distância. Todas as perguntas o levarão a uma autorreflexão. Para isso, seja sincero e responda os questionamentos abaixo no seu caderno. Não avalie suas respostas com rigidez, pois não existem respostas certas ou erradas. Antes de você começar a responder as questões, reflita sobre a importância do ensino remoto, suas vantagens e possibilidades futuras e as perspectivas do uso das chamadas tecnologias da informação e comunicação aplicadas ao aprendizado e como elas podem trazer benefícios a todos quando se supera essas adversidades vistas a partir do texto tratado. Tendo como referência o texto e sua compreensão a respeito do tema, desenvolva suas respostas. 1. O que é o ensino a distância? 2. Algumas das dificuldades apresentadas no texto, são presentes no seu

cotidiano? 3. Se sim, o que você tem feito ou pode fazer para superar essa adversidade? 4. Sua família participa do seu aprendizado na escola ou no ensino a distância? Se

sim, de que maneira isso acontece? 5. Como você acessa as aulas utilizando a tecnologia da informação? 6. A partir da leitura do texto, nos pontos tratados como problema, qual ou quais

as soluções que você consegue observar como passíveis de solução para que o conteúdo para ser estudado se torne mais interessante, prático e facilite sua compreensão? Qual sua proposta de solução para os problemas vistos no texto?

Onde encontro o conteúdo

TARCÍZIO, Igor. Obstáculos do ensino à distância na rede pública durante a pandemia de Covid-19. Socialismo Criativo. Disponível em: https://www.socialismocriativo.com.br/obstaculos-do-ensino-a-distancia-na-rede-publica-durante-a-pandemia-de-covid-19/. Acesso em: 16 jun. 2020. (Texto adaptado) Para saber mais: SANTOS, Raquel Gomes. Os paradigmas da educação. São Paulo: Universidade de São Paulo, 3 ago. 2009. Disponível em: http://stoa.usp.br/raqags/files/-1/9400/paradigmas da_educa%C3%A7ao.pdf. Acesso em: 16 jun. 2020. MORAN, José Manuel. Ensino e aprendizagem inovadores com tecnologias audiovisuais e telemáticas. In: MORAN, José Manuel; MASSETO, Marcos T.; BEHRENS, Marilda Aparecida. Novas tecnologias e mediação pedagógica. Campinas: Papirus, 2000. TENENTE, Luiza. Sem internet, merenda e lugar para estudar: veja obstáculos do ensino à distância na rede pública durante a pandemia de Covid-19. Disponível em: https://g1.globo.com/educacao/noticia/2020/05/05/sem-internet-merenda-e-lugar-para-estudar-veja-obstaculos-do-ensino-a-distancia-na-rede-publica-durante-a-pandemia-de-covid-19.ghtml. Acesso em: 16 jun. 2020.

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Instituto Singularidades. Disponível em: https://institutosingularidades.edu.br/. Acesso em: 16 jun. 2020. Figura 1 – ENEM 2020 – Disponível em: https://brainly.com.br/tarefa/27396432. Acesso em: 29 jun. 2020.

Objetivo

Discutir a realidade de estudantes e professores para o uso e aplicação de novas tecnologias em sala aula, refletindo sobre medidas que podem ser tomadas para minimizar as dificuldades de acesso em função das desigualdades sociais e econômicas.

Depois da atividade

1. Caso tenha acesso à internet, você poderá provocar um debate em seu perfil nas redes sociais (Facebook, Instagram, Twitter), sobre o uso das tecnologias de informação e os desafios do aprendizado dos conteúdos a partir da Educação a Distância (EaD). Caso não tenha acesso a Internet planeje em seu caderno de anotações uma campanha publicitária que aborde a EaD como forma de aprendizado em uma discussão no sentido de promover o desenvolvimento dessa modalidade de ensino em casa - nesse momento de pandemia - e utilizando as Tecnologias de Informação e Comunicação disponíveis. 2. Observe com atenção a figura a seguir:

Figura 1 – ENEM 2020

Fonte: Brainly

Após a análise da figura reflita sobre o que a imagem representa em relação ao aprendizado e sobre os principais desafios a serem enfrentados em relação aos problemas elencados a partir da charge e do Texto disponível no início da atividade. Elabore um pequeno texto acerca da sua compreensão quanto aos fatores implicados no uso das tecnologias e as condições de vida e de desigualdade sociais e econômicas em nosso país. Se tiver internet, compartilhe a sua produção nas redes sociais, utilizando a #educacaobahia.