oficinas kinoforum - pesquisa 2011

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2º RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO ADRIANA CAMPOS BRENO ZUNICA OFICINAS KINOFORUM DE REALIZAÇÃO AUDIOVISUAL SÃO PAULO, 2011 CAMILA BIGIO MARCELO PHINTENER MAURICIO BACIC OLIC

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As Oficinas Kinoforum têm como principal objetivo levar a linguagem e a produção audiovisual para toda a cidade, priorizando as regiões denominadas como periféricas, nas quais o acesso a essa arte ainda é limitado ou nulo.O projeto, portanto, visa colaborar com a formação de público para a sétima arte – e dispositivos correlatos - e, a partir da sensibilização deste, colaborando também, na construção de uma visão crítica em relação a esses produtos – sendo a formação de visão

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2º RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO

ADRIANACAMPOS

BRENOZUNICA

OFICINAS KINOFORUMDE REALIZAÇÃO AUDIOVISUAL

SÃO PAULO, 2011

CAMILABIGIO

MARCELOPHINTENER

MAURICIOBACIC OLIC

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ADRIANA CAMPOSBacharel e licenciada em Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo (USP) desde de 2002 atua em pesquisa e formação para projetos sociais sob a perspectiva das esferas da educação, saúde e cultura, voltados para crianças, adolescentes e jovens em instituições como Instituto Sou da Paz, A Cor da Letra, Ato Cidadão, Associação Kinoforum, CEPEDOC (FSP-USP), Instituto Sidarta, entre outros.

BRENO ZUNICAGraduando em História pela Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH-USP). Atua como pesquisador e siste-matizador em projetos educacionais voltados a educação, infância e Juventude.

CAMILA BIGIOFormada e licenciada em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP). Pós-graduada em Psicanálise Winnicottiana. Desde 2002 atua na área da saúde, pesquisas e de projetos sociais na coordenação de equipes e for-mação de crianças, jovens e adultos em instituições como : Instituto da Criança do HCFMUSP, Associação Fé e Alegria; Associação Arte Despertar, Instituto Sidarta, entre outros

MARCELO PHINTENERsociólogo, pesquisador. Foi pesquisador/bolsista CNPq no NEPUR (Núcleo de Estudos e Pesquisas Urbanos da PUC-SP de 1996 a 2001). Autor, com outros pesquisadores, da série Atlas da Exclusão Social, volumes II, III, IV e V, editados pela Cortez, e de Reestruturação Produtiva: perspectivas de desenvolvimento local com inclusão social, editado pela Vozes. Em parceria com a pesquisadora Marcella Cassiano, é autor de Aspectos psicossociais da (i)migração: uma síntese. Revista China em Estudo/Depto. de Línguas Orientais e Literatura China – DLO – FFLCH – USP. Um dos autores da coletânea Microcontos, editado pela Blog Books, 2010.

MAURICIO BACIC OLICMestre em antropologia e bacharel em Ciências Sociais pelas: Pontifícia Uni-versidade Católica (PUC) e Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho (UNESP), respectivamente, atuou em projetos voltados para educação e juventude. É também autor de artigos publicados em Revistas como Cadernos de Campo e Pontourbe (departamento de antropologia USP).

Equipe de Pesquisa

Page 3: Oficinas Kinoforum - Pesquisa 2011

1.1. Oficinas Kinoforum – Apresentação1.2. Objetivos do relatório1.3. Metodologia

2.1. Oficinas e filmes produzidos2.2. Distribuição das Oficinas já realizadas

3.1. Gênero e Faixa Etária3.2. Mercado de Trabalho e Condições Socioeconômicas3.3. Escolaridade

4.1. Impressões sobre as Oficinas4.2. A Vida após as Oficinas4.3. Percepções sobre o Cinema

5.1. Perfil dos entrevistados5.1.1. Expectativa e Aprendizado5.1.2. Formação e Trabalho5.1.3. Coletivos5.1.4. Imagens e Lembranças: o Antes e Depois das Oficinas5.1.5. Depoimentos

6.1. Análise da Experiência6.1.1. Expectativas6.1.2. Aprendizados6.1.3. Conceitos6.1.4. Formação6.1.5. .Trabalho6.1.6. Coletivos6.1.7. Imagens/Lembranças das Oficinas6.1.8. Antes e Depois6.1.9. Depoimentos

10.1. Questionários10.1.1. Questionários da etapa quantitativa da pesquisa10.2. Tabelas10.2.1. Anexo 110.2.2. Anexo 210.2.3. Anexo 310.2.4. Anexo 410.2.5. Anexo 5

1. Introdução

2. Realizações das Oficinas Kinoforum

3. Perfil dos alunos

4. As Oficinas na vida dosparticipantes e das comunidades

5. Pesquisa Qualitativa (2006 á 2011)

6. Pesquisa Qualitativa (2001 á 2006)

7. Impressões das instituições

8. Conclusão

9. Proposta de futuras Ações

10. Anexos

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0825

272829

30

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35

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63

Sumário

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[ 4 ]

1.1. Oficinas Kinoforum – Apresentação

As Oficinas Kinoforum têm como principal objetivo levar a linguagem e a pro-dução audiovisual para toda a cidade, priorizando as regiões denominadas como periféricas, nas quais o acesso a essa arte ainda é limitado ou nulo.

O projeto, portanto, visa colaborar com a formação de público para a sétima arte – e dispositivos correlatos - e, a partir da sensibilização deste, colaborando também, na construção de uma visão crítica em relação a esses produtos – sendo a formação de visão crítica um dos aspectos mais importantes para o exercício pleno da cidadania.

Fomentando e articulando novos pontos de vista para seu público, mas também, para o próprio audiovisual que, então, passa a contar com uma expressão po-pular. Assim, para Associação Kinoforum, tornar o cinema acessível, tanto em sua apreensão como em sua produção, é também um meio para a melhoria das comunidades nas quais se insere.

Buscando incentivar o trabalho coletivo, as discussões acerca da realidade social retratada em filmes e, as novas formas das comunidades e os próprios partici-pantes falarem sobre seus lugares e sobre si, as Oficinas há 10 (dez) anos desen-volvem sua atuação em todo território da metrópole paulistana e fora dele. Por fim, com a projeção de curtas-metragens nas comunidades selecionadas, a Ki-noforum busca levar o Festival Internacional de Curtas Metragens de São Paulo para toda a cidade, ampliando a rede de acesso como também, de divulgação e distribuição deste produto audiovisual.

Tendo em vista esse objetivo, as Oficinas se direcionam para indivíduos com interesse no campo audiovisual, sem necessidade de experiência prévia na área. O projeto pretende atender especialmente a população carente das comunida-des da periferia da cidade de São Paulo, não somente no aspecto econômico, mas, sobretudo, no âmbito sociocultural. Por isso as Oficinas são itinerantes, buscando seu público em suas próprias comunidades. Isso não quer dizer que as Oficinas sejam restritas aos moradores da região, pelo contrário, são aceitos alunos de toda a cidade – e de fora dela - em todas as edições.

Nas Oficinas, ocorrem aulas práticas e teóricas. A partir disso, em grupos, são iniciados os trabalhos de desenvolvimento de argumentos e roteiros coletivos. Depois, os alunos passam à gravação dos filmes. Além da direção e produção dos vídeos, os jovens operam os equipamentos de câmera e acessórios. Na última fase de produção, os grupos participam do processo de edição, que acontece nas próprias comunidades. Tanto na etapa de gravação quando na de edição, os gru-pos de alunos são orientados por profissionais da área audiovisual e, além disso, contam com monitoria de ex-alunos do projeto. Ao fim deste processo, todos os vídeos são exibidos para as comunidades que os produziram. Desse modo, todos os alunos têm contato com os vários momentos e especialidades que fazem parte da realização audiovisual.

Além das Oficinas básicas (módulo I), a Kinoforum oferece oficinas de aperfei-çoamento (módulo II) para aqueles que já participaram anteriormente. E já fo-ram oferecidas oficinas de animação e de making of. Todas elas têm como ponto de chegada a produção de filmes por parte dos alunos. E por sua vez, os filmes produzidos nas Oficinas são exibidos via Internet (site KinoOikos.com onde também estão disponíveis para download), em diferentes festivais e mostras e,

1. Introdução

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[ 5 ]em algumas salas que compõem o circuito do Festival Internacional de Curtas Metragens de São Paulo desde 2001.

As Oficinas Kinoforum são oferecidas pela Associação Cultural Kinoforum que realiza o Festival Internacional de Curtas Metragens de São Paulo há 22 anos. O projeto já contou com o patrocínio da Petrobras, Comgás, Eletrobras Furnas, além da Lei de Incentivo a Cultura. Recebeu apoio da JVC, Apple, Alternativa, Centro Cultural São Paulo e tem ainda o apoio da Quanta. Além disso, o pro-jeto tem o apoio de instituições das comunidades atendidas.

1.2. Objetivos do Relatório

Em seus 10 (dez) anos de existência, as Oficinas Kinoforum rodaram a cidade de São Paulo e outras cidades do Estado levando consigo o acesso ao audiovi-sual. Muitos são os resultados dessa iniciativa ao longo deste período, sendo os mais palpáveis os muitos vídeos produzidos por pessoas que até então, em sua maioria jamais tinham tomado contato com essa linguagem. Entretanto, há re-sultados não tão palpáveis que cabem serem retratos.

Portanto, a Associação Cultural Kinoforum, a fim de mensurar tais resultados, desde 2001, vem sistematizando momentos de avaliação, nos quais os alunos são convidados a participar respondendo a questionários que visam abarcar as possi-bilidades de aprendizados e principalmente, o impacto da experiência proposta no público participante.

Trata-se, então, das impressões dos alunos; de possíveis mudanças em suas con-cepções; das relações com as instituições parceiras nas comunidades; das difi-culdades e surpresas no processo do aprendizado de uma nova linguagem; das possibilidades e impossibilidades de mudanças nas comunidades mediante o audiovisual etc. Assim, constrói-se uma avaliação do projeto tendo como refe-rência seus próprios objetivos acima citados.

O segundo objetivo desse relatório – e também da sua primeira edição, realizada em 2006 sobre o período 2001 a 2006 -, é propor, a partir dos pontos positivos e negativos levantados pela análise, novas possibilidades para a continuidade das Oficinas. Assim, este 2º relatório, a partir do recorte temporal de 2006 a 2011 prioriza a continuidade do processo avaliativo.

Partindo dos objetivos, esse 2º relatório (capítulo 2) faz um levantamento das realizações concretas das Oficinas: locais em que ocorreram, Oficinas e filmes realizados e núcleos audiovisuais criados pelos alunos; (capítulo 3) traça um perfil dos participantes das oficinas visando, principalmente, seu perfil socio-econômico; (capítulo 4) analisa as impressões dos alunos sobre as Oficinas e o audiovisual, e analisa as possibilidades de continuidade abertas pelas ofici-nas para seus alunos. Ainda, (capítulo 5) analisa as impressões dos alunos que participaram da 1º pesquisa para verificar a permanência dos aprendizados e o impacto da experiência em suas vidas; (capítulo 6) Analisa as relações estabele-cidas entre a Kinoforum e as instituições parceiras das comunidades; (capítulo 7) estabelece um diálogo entre os resultados obtidos com a pesquisa e discursos acerca das temáticas: audiovisual e acesso a cultura e seus produtos; (capítulo 8) sugere algumas propostas de ações diante do contexto analisado.

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[ 6 ]1.3. Metodologia

A metodologia de pesquisa utilizada para aferição das impressões dos alunos que participaram das Oficinas Kinoforum entre 2006 e 2011, seguiu o método de pesquisa quantitativa, ou seja, os dados foram coletados por meio de um questionário de múltiplas questões fechadas de autopreenchimento que testou as seguintes hipóteses, divididas em dois eixos:

1º Eixo: Impacto das Oficinas na vida de seus participantes:

Formam e/ou contribuem com ampliação de repertório cultural e/ou social dos jovens participantes; dão ou ampliam o acesso aos produtos culturais/ audiovisuais e; seu desenho espacial leva os jovens participantes a conhecerem e/ou interagirem melhor com o espaço urbano (deslocamento: comunidade- espaço urbano); estimulam e/ou contribuem para a busca de uma melhor formação educacional formal ou informal; as oficinas contribuem no processo de aquisição de habilidades para mercado de trabalho e para seu desenvolvimento pessoal e social.

2º Eixo: Impacto das Oficinas nas comunidades de seus participantes:

1) Os conhecimentos/aprendizados adquiridos e/ou construídos pelos jovens partici-pantes, durante as oficinas, geram ou fortalecem ações comunitárias/sociais;

2) Seu desenho espacial leva os jovens participantes a se reconhecerem pertencente, conhecerem e/ou interagirem melhor com a comunidade (deslocamento espaço urbano--comunidade);

3) A comunidade estimula e favorece o desenvolvimento e a continuidade de iniciati-vas na área de audiovisual.

Vale indicar que este recorte temporal (2006 a 2011) também, contou com a realização de uma pesquisa qualitativa com a intenção de aprofundar a inves-tigação em torno dos resultados obtidos pelas oficinas frente aos participantes deste período.

Em relação à pesquisa direcionada para coleta de dados frente aos participan-tes das oficinas entre os anos de 2001 a 2006, optou-se somente pela pesquisa qualitativa que, por meio de um questionário de questões abertas, indagou os jovens participantes acerca da experiência e aprendizados adquiridos nas ofi-cinas e como esses eram utilizados no cotidiano dos jovens, tanto no trabalho – independente de atuarem ou não em ocupações da área audiovisual -; quanto nas escolhas de lazer e na própria leitura de mundo.

Ao todo, participaram da pesquisa quantitativa aproximadamente 90 alunos. Em relação às pesquisas qualitativas contamos com 14 do universo participante da pesquisa direcionada ao recorte de 2006 a 2011 e, 12 do universo participante da pesquisa direcionada ao recorte de 2001 a 2006.

A amostra da pesquisa quantitativa corresponde a 20% do universo total de alu-nos no recorte de 2006 a 2011. E para sua construção foram selecionadas como variáveis de controle (1) o gênero dos alunos, (2) a idade.

A pesquisa também contou com um instrumento de coleta de dados junto às instituições participantes no período de 2006 a 2011 a fim de verificar a hipótese de que as Oficinas Kinoforum colaboram para o processo de transformação e abertura de novas possibilidades, principalmente no âmbito de suporte pedagó-

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[ 7 ]gico, para as instituições parceiras locais. Para isso, foram selecionadas institui-ções que participaram da realização do módulo I das oficinas ao longo dos últi-mos cinco anos, tendo como variável de controle as regiões dessas instituições.

Vale ressaltar que a metodologia empregada neste relatório além de buscar a con-firmação ou a não confirmação das hipóteses, pretendeu promover um diálogo entre discursos já existentes em torno da inserção de projetos educativos/audio-visuais tanto nas áreas denominadas periféricas quanto direcionadas ao público jovem. Assim, acredita-se situar a experiência das Oficinas Kinoforum dentro deste cenário em que as análises se voltam para as transformações do espaço urbano e principalmente, para distribuição de bens culturais aos sujeitos que há tempos se encontram à margem das mudanças e progressos sociotecnológicos.

Este Relatório avaliativo (referente ao período de 2006 a 2011), portanto, visa contribuir com o debate em torno da disseminação do saber tanto específico – realização audiovisual – quanto do conhecimento e formação do pensamento crítico entre outros aspectos imprescindíveis para leitura de mundo na contem-poraneidade.

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[ 8 ]2. Realizações das Oficinas Kinoforum

Como já citado neste relatório, os resultados mais palpáveis das Oficinas Ki-noforum são os filmes realizados por seus alunos. No total já foram produzidos 210 vídeos, em mais de 50 (cinqüenta) oficinas entre os formatos Módulo I, Módulo II, Making of e Animação. Parte dessas produções foi exibida em festivais nacionais e internacionais, sendo todos eles exibidos nas comunidades nas quais foram produzidos e nas edições do Festival Internacional de Curtas Metragens de São Paulo.

2.1. Oficinas e Filmes Produzidos

* Todos os vídeos realizados pelos participantes das Oficinas Kinoforum de Realização são exibidos em sessões especiais no Festival Internacional de Curtas-Metragens de São Paulo.

Temporada 2001 (Projeto Piloto)

OFICINA 1 – MÓDULO Ilocal de realização: Jardim Monte Azul – São Paulo/SP instituições parceiras: Centro Cultural Monte Azul

Organização não governamental, orientada pelo pensamento antroposófico, que atua prioritariamente pelo desenvolvimento integral do Ser Humano.Beneficia diretamente mais de cinco mil famílias através do trabalho de três núcleos estabelecidos na periferia da cidade de São Paulo. Seus programas agregam colabora-dores e voluntários, brasileiros e estrangeiros, num modelo de atuação multiplicador e disseminador para muito além dessas comunidades.A Monte Azul é um organismo vivo com um cerne espiritual, cujo trabalho renova incessantemente o potencial transformador de cada um de nós e do outro.

filmes realizados:• Tato• Uma Menina Como Outras Mil

• Rumo • Vira-Vira

OFICINA 2 – MÓDULO Ilocal de realização: COHAB Raposo Tavares – São Paulo/SPinstituições parceiras: Centro Cultural da COHAB Raposo Tavares

O Espaço Cultural Cohab Raposo Tavares é um projeto para estímulo, valorização, acesso e desenvolvimento de produção cultural dentro do Bairro Cohab Raposo Tava-res. Busca congregar desde atividades de formação específica, como oficinas profissiona-lizantes, até atividades de caráter artístico como dança, teatro, música, circo; promo-vendo uma ampla contribuição à qualidade de vida da comunidade.

filmes realizados:• Maravilha Tristeza• Fascinação • O Que é Que a Cohab Tem

• As Causas Impossíveis do Santo Expedito

Participação em festivais:7º Festival Brasileiro de

Cinema Universitário, 2002;6ª Mostra de Cinema

de Tiradentes, 2003;11º Festival Brasileiro de

Cinema Universitário, 2006.

Participação em festivais:Festival Brasileiro de Cinema Universitário, 2002

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[ 9 ]OFICINA 3 – MÓDULO Ilocal de realização: Freguesia do Ó – São Paulo/SPinstituições parceiras: Casa de Cultura da Freguesia do Ó

As Casas de Cultura oferecem cursos/oficinas, exposições e acervo histórico de sua região.

filmes realizados:• Super-Gato Contra o Apagão• Mangue Paulistano

• O Impulso • Mentiras Verídicas

OFICINA 4 – MÓDULO Ilocal de realização: Paraíso – São Paulo/SPinstituições parceiras: Centro Cultural São Paulo

Localizado próximo à região central da cidade, o CCSP é um dos espaços mais democráticos de São Paulo, oferecendo uma excelente e diversa programação cultural, realizando mostras, abrigando espetáculos para todas as idades e, ainda, organizando inúmeras oficinas de arte dança, teatro, audiovisual e artes plásticas, de forma gratui-ta ou a custo muito acessível a todos.

filmes realizados:• 507,00 por Hora • Um Mal Invisível

• Em Busca de Identidade • O Contra-Tempo

Temporada 2002

OFICINA 5 – MÓDULO Ilocal de realização: Cidade Tiradentes – São Paulo/SP instituições parceiras: Movimento cultural Cidade Tiradentes

O Movimento Cultural Cidade Tiradentes (MOCUTI) iniciou suas atividades de auto organização e sensibilidade em 1991 e passou a existir oficialmente em outubro de 1997.

filmes realizados:• Vitória • Assim que É• Defina-se

• Cataclisma•Lágrimas de Adaobi

OFICINA 6 – MÓDULO Ilocal de realização: Lapa – São Paulo/SP instituições parceiras: Espaço Cultural Tendal da Lapa

As Casas de Cultura são equipamentos públicos de referência cultural. Centro gerador e articulador de cultura, através da formação, reflexão, exibição, produção, memória e fruição da diversidade cultural presente na cidade de São Paulo.

filmes realizados:• Tempo-Tempo• Cidade• Um Filme de Cinema

• Homo Infimus• Roleta

Participação em festivais:Festival Brasileiro de

Cinema Universitário, 2002;6ª Mostra de Cinema de Tiradentes, 2003.

Participação em festivais:Festival Guarnicê, 2003;

ZoomCineEsquemaNovo, 2003;6ª Mostra de Cinema de Tiradentes, 2003.

Festival Brasileiro deCinema Universitário, 2002;

Mostra BR Geração Futura, 2003;6ª Mostra de Cinema de Tiradentes, 2003.

Toronto Film Festival (Canadá), 2003;Guelf Festival (Canadá), 2003;

6ª Mostra de Cinema de Tiradentes, 2003;11º Festival Brasileiro de

Cinema Universitário, 2006.

Mostra BR Geração Futura, 2003.

Participação em festivais:Festival Brasileiro de

Cinema Universitário, 2002.

Participação em festivais:6ª Mostra de Cinema de Tiradentes, 2003

Festival Brasileiro deCinema Universitário, 2002.

Page 10: Oficinas Kinoforum - Pesquisa 2011

[ 10 ]OFICINA 7 – MÓDULO Ilocal de realização: Jardim São Remo – São Paulo/SP instituições parceiras: Programa Avizinhar – USP; Circo Escola São Remo; Instituto Criança Cidadã

O Jardim São Remo é uma comunidade da região oeste da cidade, ao lado da Uni-versidade de São Paulo. O Programa Avizinhar é uma iniciativa institucional da Universidade de São Paulo com objetivo de promover a inclusão sócio-econômica das comunidades de baixa renda que vivem nas imediações da Cidade Universitária “Ar-mando de Salles Oliveira”, na cidade de São Paulo. O Programa se viabiliza através de ações educativas e culturais, de capacitação para o trabalho e para a cidadania des-tinadas à jovens e adolescentes. O atendimento às crianças é realizado em parceria com o Circo Escola São Remo/Instituto Criança Cidadã e com o Projeto Esporte Talento do Centro de Prática Esportiva da USP.

filmes realizados:• Interior Favela• Um Passeio Inusitado

• Corrupção• Beco Sem Saída

OFICINA 8 – MÓDULO Ilocal de realização: Diadema – SPinstituições parceiras: Casa do Hip Hop

A Casa do Hip-Hop é um dos 10 Centros Culturais ligados ao Depto de Cultura da Prefeitura de Diadema, realizando atividades gratuitas de formação e difusão cultu-ral destinada à população do bairro e imediações. Este trabalho objetiva proporcionar o acesso à Cultura através de oficinas de iniciação artística, eventos de difusão em música, teatro, dança e leitura. Desenvolve um trabalho com Hip Hop com oficinas de break - dança de rua, dança soul, graffiti, discotecagem, composição e rima (Rap). No local é mantido um acervo com livros, revistas, teses e fotos sobre a Cultura Negra e o Movimento Hip-Hop.

filmes realizados:• Matiz • Imigrantes• A Hora

• Resistência• Politicopagem

OFICINA 9 – MÓDULO Ilocal de realização: Santos – SP instituições parceiras: Oficina Cultural Regional Pagu

A Oficina Cultural Regional Pagu inclui projetos sociais em suas ações, viabilizadas através de parcerias com secretarias de ação social e organizações populares.

filmes realizados:• Morte em Santos • Muito Prazer, Mulher!

• Coisa Ruim • Rua da Loucura

OFICINA 10 – MÓDULO Ilocal de realização: Centro – São Paulo/SP instituições parceiras: Centro Cultural Banco do Brasil – CCBB

O Banco do Brasil se preocupa em oferecer espetáculos de qualidade de forma acessível à população. Demonstra seu compromisso com a sociedade brasileira, por meio de seus Centros Culturais e do Circuito Cultural Banco do Brasil, itinerante pelas principais

Mostra BR Geração Futura, 2003.

Participação em festivais:6ª Mostra de Cinema de Tiradentes, 2003.

Participação em festivais:26º Festival Guarnicê de

Cinema e Vídeo do Maranhão, 2003.

Participação em festivais:2º Curta Santos, 2003.

Page 11: Oficinas Kinoforum - Pesquisa 2011

[ 11 ]cidades do país, divulgando o que há de melhor na música, cinema, teatro, dança, ar-tes plásticas e literatura. Também realiza atividades criativas, oficinas e eventos que possibilitam a formação cultural do público.

filmes realizados:• Os Descendentes da 3º Dinastia• Valores de Bolsa

• Espandongado• As Aventuras de Paulo Triunfo

OFICINA 11 – MÓDULO II(oficina de desenvolvimento de projetos – piloto) local de realização: Lapa – São Paulo/SP instituições parceiras: Centro Cultural Tendal da Lapa

As Casas de Cultura são equipamentos públicos de referência cultural. Centro gerador e articulador de cultura, através da formação, reflexão, exibição, produção, memória e fruição da diversidade cultural presente na cidade de São Paulo.

filmes realizados:• Tele Visões• O Outro Lado da Moeda

• Úlalapa

_

Temporada 2003

OFICINA 12 – MÓDULO I local de realização: Heliópolis – São Paulo-SPinstituições parceiras: União de Núcleos Associação e Sociedade dos Mo-radores de Heliópolis e S. J. Climaco – UNAS

A União de Núcleos Associação e Sociedade dos Moradores de Heliópolis e S.J. Climaco (UNAS) foi fundada no início da década de 80 e tem como missão Promover a Cida-dania, a melhoria da qualidade de vida e o desenvolvimento integral da comunidade. Nossos projetos são traçados com base em três eixos estratégicos: Influir na Geração e Implementação das Políticas Públicas; Promover Formação e Desenvolvimento Ins-titucional, e têm como base a pedagogia libertadora e a construção de novas relações pessoais e sociais. Tem como tripé: A Autonomia, Responsabilidade e Solidariedade.

filmes realizados:• Armando o Barraco• A Favela é Assim

• Dia-a-Dia

OFICINA 13 – MÓDULO I local de realização: Vila Brasilândia – São Paulo-SP instituições parceiras: Associação Cantareira; Projeto Sala 5;Paróquia Santa Terezinha – Pastoral da Juventude

A Associação Cantareira é uma organização não governamental com a finalidade de atuar nas áreas da Comunicação, Educação Popular, Capacitação Profissional de jovens e educadores(as) populares, Educação Ambiental e Assessoria aos Movimentos Populares.O Instituto Sala 5 Tem como missão incentivar jovens a gerarem oportunidades frente aos problemas que os afligem, através de um processo composto por três fases: Formação, Intervenção Comunitária e Empreendedorismo.A Pastoral da Juvetude é responsável pela articulação e organização da ação com a ju-ventude. Visa desenvolver um processo global de formação a partir da fé para formar líderes capacitados a atuarem na PJ, em outros ministérios da igreja e em seu meio

Participação em festivais:8 FAM – Florianópolis AudiovisualMercosul;

26 º Festival Guarnicê deCinema e Vídeo do Maranhão, 2003;

ZoomCineEsquemaNovo, 2003;13º Mostra Curta Cinema, 2003.

Participação em festivais:Toronto Latino Film & Video Festival, 2003;

11º Festival Brasileiro deCinema Universitário, 2006.

Toronto Latino Film & Video Festival, 2003;

Mostra do Audiovisual Paulista, 2003.

Page 12: Oficinas Kinoforum - Pesquisa 2011

[ 12 ]específico, comprometidos com a libertação integral do homem e da sociedade, levando uma vida de comunhão e participação.

filmes realizados:• Cão de Fogo• Estupra mas não Mata?

• Terror na Escola. • Um Filme de Paulo Coelho

OFICINA 14 – MÓDULO I local de realização: Paraisópolis – São Paulo-SP instituições parceiras: Barracão dos Sonhos

O Barracão dos Sonhos (Oficina de Percussão Barracão dos Sonhos) foi fundado por Dinho Rodrigues, e é situado na comunidade de Paraisópolis, região do Morumbi. A entidade tem proporcionado diversas atividades buscando a educação, conscientiza-ção e profissionalização, principalmente através da música. Desde 2010 é Ponto de Cultura.

filmes realizados:• Gestando • O Paraíso não é aqui

• A Pira (Morro para Viver) • Cai na Real

OFICINA 15 – MÓDULO IIlocal de realização: Paraíso- São Paulo-SP instituições parceiras: Centro Cultural São Paulo

Localizado próximo à região central da cidade, o CCSP é um dos espaços mais de-mocráticos de São Paulo, oferecendo uma excelente e diversa programação cultural, realizando mostras, abrigando espetáculos para todas as idades e, ainda, organizando inúmeras oficinas de arte dança, teatro, audiovisual e artes plásticas, de forma gratui-ta ou a custo muito acessível a todos.

filmes realizados:• O Último da Fila • Sentença

• Osvaldo São Paulo

OFICINA 16 – MÓDULO I local de realização: Santos – SP instituições parceiras: Secretarias da comunicação (SECOM) e Cultura (SECULT); Oficina Cultural Regional Pagu; Museu da Imagem e do Som de Santos (MISS)

A Oficina Cultural Regional Pagu inclui projetos sociais em suas ações, viabilizadas através de parcerias com secretarias de ação social e organizações populares. O MISS – Museu da Imagem e do Som de Santos, um equipamento da Secretaria Municipal de Cultura e gerido pela COCINE – Coordenadoria de Cinemas e apresenta como proposta de ocupação que a entidade tenha como preocupação e fundamento, o resgate, o resguardo, a catalogação e a perpetuação da vida cultural e artística de Santos e região, utilizando-se dos preceitos da linguagem multimidiática para tal. E tudo isto em duas plataformas: a real, em seu espaço físico, e a virtual, dentro dos novos moldes de cyber museu.

filmes realizados:• Partidas e Chegadas• Waltdisney Apresenta

• Cara e Coroa• Visões Ocultas

_Temporada 2004

Participação em festivais:CineEsquemaNovo #6, 2004;

Toronto Latino Film & Video Festival, 2003.

Participação em festivais:Mostra do Audiovisual Paulista 2004;

13º Mostra Curta Cinema, 2003;11º Festival Brasileiro de

Cinema Universitário, 2006.

Participação em festivais:Mostra do Audiovisual Paulista, 2002;

Toronto Latino Film & Video Festival, 2003.

Participação em festivais:Mostra do Audiovisual Paulista, 2003;

1º Festival de Belém deCinema Brasileiro, 2004.

Toronto Latino Film & Video Festival, 2003;

1º Festival de Belém de Cinema Brasileiro.

Page 13: Oficinas Kinoforum - Pesquisa 2011

[ 13 ]OFICINA 17 – MÓDULO I local de realização: Jardim São Luis – São Paulo/SPinstituições parceiras: Casa dos Meninos

A Casa dos Meninos é uma entidade social sem fins lucrativos que atende crianças e jovens, de 7 a 21 anos, membros da comunidade e de 32 favelas. Promovem eventos artísticos e culturais, cursos de inglês e informática, oficinas de percussão, expressão artística, violão, capoeira e teatro. Estimulam desde 2001 a formação de um cineclube com participantes das oficinas e exibições na comunidade com o intuito de debater o cinema. Tem como principal objetivo permitir que todos se vejam, se reconheçam e se mobilizem por transformações em favor do bem comum.

filmes realizados:- Não é o que é- Alheio

- Do Lado de K da Ponte- “Celebridadi”

OFICINA 18 – MÓDULO Ilocal de realização: São Sebastião – SPinstituições parceiras: Projeto “São Sebastião tem Alma” – ECOCINE; Universidade Aberta do Mar

A Sociedade Civil “São Sebastião Tem Alma” atua desde 1989 nas regiões litorâneas em projetos nas áreas de meio ambiente, comunicação, educação e cultura, tendo como parceiros a comunidade científica, ongs, pescadores, agricultores e artesãos. Organiza desde 2002 o festival ECOCINE, festival nacional de obras audiovisuais com téma-tica ambiental que alia preservação da natureza e da cultura. A Universidade Aberta do Mar (UAM) resultou da necessidade de ordenar estas ações desenvolvidas na zona costeira dentro de uma estrutura de pesquisa, ensino e extensão capaz de dar conti-nuidade aos trabalhos desenvolvidos, aliando produção científica e saber tradicional, por meio da utilização deste arcabouço teórico e conhecimento prático na implantação de projetos.

filmes realizados:• Cadê o Caiçara? • Pipoco No Topo

• Maré

OFICINA 19 – MÓDULO Ilocal de realização: Interlagos – São Paulo/SPinstituições parceiras: CEDECA

Aposta contra toda desesperança e contra todo cinismo do senso comum – no potencial da infância e da juventude, buscando dignidade humana a partir da d e f e s a dos direitos da criança, do adolescente e do jovem, construindo experiências de resis-tência no meio das inúmeras favelas e loteamentos clandestinos das regiões da Capela do Socorro e de Parelheiros, Zona Sul de São Paulo.

filmes realizados:• O Sofrimento de Uma Mãe • Sonho de Várzea

• As Conseqüências de Um Erro

OFICINA 20 – MÓDULO I – FESTA DO JONGOlocal de realização: Guaratinguetá – SPinstituições parceiras: Associação Cultural Cachuera!; ProgramaEscola Família

A Associação Cultural Cachuera! destina-se à pesquisa e divulgação da cultura po-

Participação em festivais:1º Festival de Jovens Realizadoresde Audiovisual do Mercosul, 2004;

11º Festival Brasileiro deCinema Universitário, 2006.

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[ 14 ]pular tradicional brasileira e à promoção de eventos na área. Tem como finalidade pesquisar e documentar as manifestações desta cultura, com intuito de organizar e conservar acervos em áudio, fotografia, vídeo, texto e recursos digitais, tornando-os acessíveis a consulta pública. O Programa Escola da Família é um projeto da Secretaria da Educação que funciona nas escolas durante o final de semana, com o objetivo de promover a qualidade de vida e ampliar os horizontes culturais de milhares de crianças, jovens e adultos, semeando e cultivando atitudes positivas por uma cultura de paz nas escolas.

filmes realizados:• Jongo Vivo! • A Lenda de Maria Augusta

• Jongo do Amanhã

OFICINA 21 – ANIMAÇÃOlocal de realização: Pinheiros – São Paulo/SPinstituições parceiras: A Cor da Letra

A Cor da Letra é um centro de estudos, pesquisa e assessoria, que realiza atividades de divulgação e implantação de diversos projetos de leitura. Realiza também a capa-citação de grupos de jovens para atuarem em projetos sociais, documentação, formação profissional e ações culturais.

filmes realizados:• Sobre Frutas e Garotas • Um Amor Salgadinho

• Blues de Sarjeta

OFICINA 22 – MÓDULO IIlocal de realização: Paraíso – São Paulo/SPinstituições parceiras: Centro Cultural São Paulo

Localizado próximo à região central da cidade, o CCSP é um dos espaços mais de-mocráticos de São Paulo, oferecendo uma excelente e diversa programação cultural, realizando mostras, abrigando espetáculos para todas as idades e, ainda, organizando inúmeras oficinas de arte dança, teatro, audiovisual e artes plásticas, de forma gratuita ou a custo muito acessível a todos.

filmes realizados:• Aqui Fora • Roda Real

• Ou Dá ou Desce

OFICINA 23 – MAKING OF15º festival de curtasmetragens de são paulo

filmes realizados:• Bastidores• Realizadores

• Público• Curta o Formato

Temporada 2005

OFICINA 24 – MÓDULO I local de realização: Belenzinho – São Paulo/SPinstituições parceiras: Associação dos Moradores do Casarão

Participação em festivais:11º Festival Brasileiro de

Cinema Universitário, 2006.

Participação em festivais:V Festival Brasileiro

Estudantil de Animação

Participação em festivais:Festival de Atibaia

Internacional do Audiovisual 2006,pelo qual foi indicado ao Festival

de Cinema de Contis, França;11º Festival Brasileiro de

Cinema Universitário, 2006.

Mostra do Filme Livre, 2006;11º Festival Brasileiro de

Cinema Universitário, 2006.

Page 15: Oficinas Kinoforum - Pesquisa 2011

[ 15 ]A Associação dos Moradores do Casarão (Antigo Mutirão Casarão) é uma entidade sem fins lucrativos que existe desde 1991 e que inicialmente lutava por melhores con-dições de moradia para os habitantes de cortiços que residiam próximos à região central de São Paulo. Através da construção em mutirão de 182 apartamentos foi possível rea-lizar outros projetos que atendem a diferentes faixas etárias e são gratuitos, tais como: atividades esportivas, programa de saúde, atividades lúdicas, culturais e, seu maior projeto, a transformação do antigo cortiço em Centro de Cultura e Convivência, o que permitirá aos moradores do bairro do Belém contar com um equipamento cultural, de formação e capacitação profissional.

filmes realizados:• Gritos da alma• Sabia que isso faz mal?

• Sonrria, Bolívia • Filhos do trem

OFICINA 25 – MÓDULO Ilocal de realização: Santo André/ SPinstituições parceiras: Movimento em Defesa dos Direitos dos Moradores em Favelas de Santo André e Projeto Criança Cidadã

O MDDF tem como missão representar os moradores em favelas e núcleos habita-cionais junto aos poderes e órgãos públicos, autarquias, empresas públicas e privadas, defendendo os direitos e interesses dos moradores e prestando serviços gratuitos.O Projeto Criança Cidadã atua na área de educação e apoio à família de crianças e adolescentes moradores de núcleos habitacionais em Santo André. Oferece atividades sócio-educativas em horário alternado ao da escola e atendimento junto à família, à comunidade e à escola.

filmes realizados:• Capuava Unida• Making Of?

• Vidinha • Hormônios à flor da pele

OFICINA 26 – MÓDULO Ilocal de realização: Atibaia/ SPinstituições parceiras: Instituto de Arte e Cultura Garatuja

O Garatuja é um espaço de criação e difusão artística direcionado a diferentes formas de expressão. Situa-se na cidade de Atibaia, interior paulista, sendo resultado da soma de duas experiências: a de Márcio Zago, artista plástico, e de Élsie da Costa, bailarina e pesquisadora da cultura popular. Ambos respondem pela direção artística.

filmes realizados:• A bomba• Maníacos do Parque

• João 100 Medo• Crepúsculo

OFICINA 27 – MÓDULO I local de realização: Jardim Ângela – São Paulo/ SPinstituições parceiras: Projeto RAC; CAPS-AD

Projeto RAC – Redescobrindo o Adolescente na Comunidade oferece acompanhamento psicossocial e sócio-educativo para adolescentes e suas famílias, caracterizados em si-tuação de risco pessoal e social. Oferece cursos gratuitos de Cabeleireiro, Montagem e manutenção de microcomputadores, pizzaiolo, inglês, teatro, música, hip-hop.O CAPS - Álcool e Drogas do Jd. Ângela - Centro de Atenção Psicossocial para Alcool e Drogas, é um órgão da Secretaria Municipal de Saúde que conta com uma equipe de psicólogos, psiquiatra, assistente social, enfermeira e agentes comunitários. Oferece tratamento para dependentes químicos e acompanhamento para seus familiares.

Participação em festivais:13º Festival de Cinema e Vídeo de Cuiabá.

Page 16: Oficinas Kinoforum - Pesquisa 2011

[ 16 ]

Participação em festivais:9 ª Mostra de Cinema de Tiradentes.

Participação em mostras e festivais:Mostra Outros Olhares,

Outras Vozes CCBB Rio, 2005;CineCufa, 2007;

11 Festival Brasileiro deCinema Universitário, 2006.

Participação em mostras e festivais:20º Mostra do Audiovisual Paulista, 2006;

10ª Mostra de Cinema de Tiradentes, 2006;8° Festivalzinho – “Vitória Cine Vídeo” 2007,

Cine Galpão Itinerante – “Vitória Cine Vídeo” 2007;3º Festival de Jovens Realizadores

do MERCOSUL, 2007.

20º Mostra do Audiovisual Paulista, 2006;10ª Mostra de Cinema de Tiradentes, 2006;

CurtaSe 6, 2006;3º Festival de Jovens Realizadores

do MERCOSUL, 2007.

9 ª Mostra de Cinema de Tiradentes.

Participação em mostras e festivais:9 ª Mostra de Cinema de Tiradentes.

20º Mostra do Audiovisual Paulista, 2006.

filmes realizados:• O lado B da periferia • Mal quisto, mal visto

• Motos • Malditos

OFICINA 28 – MÓDULO Ilocal de realização: Jaguaré – São Paulo/ SPinstituições parceiras: Projeto Cala-boca já Morreu

A ONG Cala a Boca Já Morreu é uma entidade que atua na área de educomuni-cação, desenvolvendo uma proposta de aprendizado contínuo, preocupando-se com a formação sobre o poder dos meios de comunicação social. Realiza oficinas de Rádio, Vídeo e Jornal integrando também usuários da saúde mental com a comunidade local, propiciando assim oportunidades para que as pessoas aprendam a conviver com as diferenças.

filmes realizados:• Dói, mas passa • Organicidade

• Recorte Paulistano• Para todos?

OFICINA 29 – MÓDULO II local de realização: Paraíso – São Paulo/ SPinstituições parceiras: Centro Cultural São Paulo

Localizado próximo à região central da cidade, o CCSP é um dos espaços mais de-mocráticos de São Paulo, oferecendo uma excelente e diversa programação cultural, realizando mostras, abrigando espetáculos para todas as idades e, ainda, organizando inúmeras oficinas de arte dança, teatro, audiovisual e artes plásticas, de forma gratui-ta ou a custo muito acessível a todos.

filmes realizados:• Cactos• Índios e Palhaços

• Amanhã

OFICINA 30 - MODULO Ilocal de realização: Cotia/SPinstituições parceiras: Assistência Social Santo Antônio – ASSA

Entidade sem fins lucrativos, que desenvolve atividades nas áreas cultural e social, atendendo o público da terceira idade, crianças e adolescentes. As atividades oferecidas, como movimento corporal, yoga, dança de salão, ginástica, teatro, cinema e traba-lhos manuais, proporcionam a socialização, melhoria da qualidade de vida, resgate da auto-estima e o exercício da cidadania.

filmes realizados:• Como se rouba a cena no cinema• Pronto para recomeçar

• Cabresto• As faces de Mateus

OFICINA 31 - MÓDULO I local de realização: Grajaú – São Paulo/SPinstituições parceiras: Projeto Anchieta

O Grupo Itápolis Ação e Reintegração Social / Projeto Anchieta é uma organização sem fins lucrativos. Atende famílias em situação de vulnerabilidade social, com infra-estrutura de educação, meio ambiente, cultura, desenvolvimento comunitário, profis-sionalização e saúde.

Page 17: Oficinas Kinoforum - Pesquisa 2011

[ 17 ]Participação em mostras e festivais:20º Mostra do Audiovisual Paulista, 2006;

10ª Mostra de Cinema de Tiradentes, 2006;3º Festival de Jovens Realizadores

do MERCOSUL,2007.

Participação em mostras e festivais:Curta Cinema 2006

20º Mostra do Audiovisual Paulista, 2006;10ª Mostra de Cinema de Tiradentes, 2006;

Festival Visões Periféricas, menção afetiva, 2007.3º Festival de Jovens Realizadores

do MERCOSUL,2007.

20º Mostra do Audiovisual Paulista, 2006;10ª Mostra de Cinema de Tiradentes, 2006.

Participação em mostras e festivais:20º Mostra do Audiovisual Paulista, 2006;

10ª Mostra de Cinema de Tiradentes, 2006.

Participação em mostras e festivais:20º Mostra do Audiovisual Paulista, 2006;

10ª Mostra de Cinema de Tiradentes, 2006.CurtaSe 6, 2006;

20º Mostra do Audiovisual Paulista, 2006;10ª Mostra de Cinema de Tiradentes, 2006;

Festival Visões Periféricas, menção afetiva, 2007.

20º Mostra do Audiovisual Paulista, 2006.

20º Mostra do Audiovisual Paulista, 2006.

20º Mostra do Audiovisual Paulista, 2006.

20º Mostra do Audiovisual Paulista, 2006.

filmes realizados• Acorda!• Vê se você escuta!

• Mato ou morro• Caminhos

OFICINA 32 – MÓDULO Ilocal de realização: Real Park – São Paulo/SP instituições parceiras: Ação Pankararu e Projeto Casulo

A Ong Ação Pankararu, localizada na favela do Real Parque, foi fundada em 2003 por um grupo de índios Pankararu, com o objetivo de alavancar projetos visando aten-der as demandas da comunidade indígena e da comunidade da favela do Real Parque. O Projeto Casulo é um programa que visa o desenvolvimento comunitário do Real Parque e do Jardim Panorama, zona sudoeste da cidade de São Paulo, com atuação está focada na educação e na cultura, entendidas em seu sentido ampliado, e nos jovens, em virtude da notória escassez de políticas públicas que os contemplem, da falta de perspectivas na sociedade atual e das potencialidades ainda pouco valorizadas deste segmento etário.

filmes realizados:• Raiz Pankararu• Na visão dos Pankararu

• O movimento• X-LOBO

Temporada 2006

OFICINA 33 – MÓDULO Ilocal de realização: Sapopemba – São Paulo/SPinstituições parceiras: Associação Cultural Constelação (A.C.C.C.)

A Associação Cultural Constelação reúne artistas de diversas camadas da sociedade civil, escolas, ONGs, empresas e espaços. Seu objetivo é desenvolver projetos artísti-cos, educacionais, culturais, ambientais, informática para crianças e adolescentes em situação de risco social e treinamento e profissionalização para jovens. Desde 2005 tornou-se um Ponto de Cultura em Sapopemba, promovendo cursos de Artes Plásticas, Teatro, cartoon, Web Designer.

filmes realizados:• Especiais • Sampa isso é sampismo

• Grafite• Memórias de uma vida

OFICINA 34 – MÓDULO Ilocal de realização: Parque Santo Antônioinstituições parceiras: Casa do Zezinho

A Casa do Zezinho é uma entidade não governamental, localizada entre os bairros Capão Redondo, Parque Santo Antônio e Jardim Ângela, na zona Sul da cidade de São Paulo. A Casa abre a todos os Zezinhos um espaço de ação e de realizações especialmente para crianças e jovens do bairro. É lugar de reconhecimento, de respeito, de inclusão e de amigos.

filmes realizados:• Paixão fulminante • Tribos

• Como nossos pais• Vida na favela

Page 18: Oficinas Kinoforum - Pesquisa 2011

[ 18 ]

Participação em mostras e festivais:20º Mostra do Audiovisual Paulista, 2006;

10ª Mostra de Cinema de Tiradentes, 2006.CurtaSe 6, 2006;

Participação em mostras e festivais:XV Festival de Vídeo

de Teresina – FESTVIDEO, 2007;21ª Mostra do audiovisual Paulista 2007;

1º Festival da cidadede Nova Iguaçu - IGUACINE, 2008;

I Festival Ratoeira, 2008.

Participação em mostras e festivais:XV Festival de Vídeo

de Teresina – FESTVIDEO, 2007;21ª Mostra do audiovisual Paulista 2007;

I Festival Ratoeira, 2008.7ª Mostra do Filme Livre, 2008.

XV Festival de Vídeo de Teresina – FESTVIDEO, 2007;

21ª Mostra do audiovisual Paulista 2007;I Festival Ratoeira, 2008.

7ª Mostra do Filme Livre, 2008.

20º Mostra do Audiovisual Paulista, 2006;10ª Mostra de Cinema de Tiradentes, 2006.

20º Mostra do Audiovisual Paulista, 2006.

OFICINA 35 - MÓDULO II local de realização: Paraíso – São Paulo/SP instituições parceiras: Centro Cultural São Paulo

Localizado próximo à região central da cidade, o CCSP é um dos espaços mais de-mocráticos de São Paulo, oferecendo uma excelente e diversa programação cultural, realizando mostras, abrigando espetáculos para todas as idades e, ainda, organizando inúmeras oficinas de arte dança, teatro, audiovisual e artes plásticas, de forma gratui-ta ou a custo muito acessível a todos.

filmes realizados:• Um grito • Vênus Vitrine

• Outros olhos

Temporada 2007

OFICINA 36 – MÓDULO Ilocal de realização: Casa Verde – São Paulo/SPinstituições parceiras: G.R.E.S União Imperial

A Escola de Samba União Imperial, fundada há 25 anos, se destaca por sua presença no carnaval paulista e pelas aulas de percussão, Bateria Show, apresentações artísticas, bailes e diversos eventos.

filmes realizados:• Roda Baiana!• Skindô!

• O enredo do meu samba • Toma Sambiste

OFICINA 37 – MÓDULO Ilocal de realização: Perus – São Paulo/SP instituições parceiras: Centro Pastoral Santa Fé e Associação Residencial por Mutirão Nova Esperança

O Centro Pastoral Santa Fé é uma obra, sem fins lucrativos, que se configura com o apostolado social da Companhia de Jesus ( Jesuítas), oferece uma formação integral aos adolescentes e jovens mais necessitados, para que sejam líderes comunitários em vista da transformação social.

filmes realizados:• Cultura 360º • Do sertão à garoa

• Gravidade • O resgate de Perus

OFICINA 38 – MÓDULO Ilocal de realização: Vila Buarque – São Paulo/SPinstituições parceiras: IPSO/Ponto de Cultura Vila Buarque

O Instituto de Pesquisas e Projetos Sociais e Tecnológicos - IPSO é uma entidade civil sem fins lucrativos e apartidária. Tem como finalidade a realização de estudos, pesquisas e projetos que contribuam para a formulação e o conhecimento de novos pa-radigmas do pensamento e da ação, no âmbito dos desafios político-econômicos que acompanham as transformações tecnológicas em curso e o seu impacto sobre as formas de organização social, cultural e do trabalho.O Ponto de Cultura Vila Buarque surgiu para desenvolver um projeto de atividades culturais e sociais nas áreas de rádio, vídeo, cinema e internet.

Page 19: Oficinas Kinoforum - Pesquisa 2011

[ 19 ]Participação em mostras e festivais:21ª Mostra do audiovisual Paulista 2007;

I Festival Ratoeira, 2008.7ª Mostra do Filme Livre, 2008.

Mostra Taguatinga, 2008.

Participação em mostras e festivais:Curta Antes do Centro Cultural

Banco do Nordeste, 2007.

Curta Antes do Centro CulturalBanco do Nordeste, 2007.

Participação em mostras e festivais:1º Festival de Curtas de Mairiporã, 2007;

Mostra Ticket de CinemaBrasileiro nas Periferias, 2007.

Participação em mostras e festivais:FLÔ – Festival do Livre Olhar, 2007;

Mostra Ticket de CinemaBrasileiro nas Periferias, 2007;

21ª Mostra do audiovisual Paulista 2007;7ª Mostra do Filme Livre, 2008.

I Festival Ratoeira, 2008.

1º Festival de Curtas de Mairiporã, 2007;Programa Oficinas Kinoforum no Curta Antesdo Centro Cultural Banco do Nordeste, 2007;

7ª Mostra do Filme Livre, 2008.Mostra Taguatinga, 2008;I Festival Ratoeira, 2008.

Curta Antes do Centro CulturalBanco do Nordeste, 2007;

21ª Mostra do audiovisual Paulista 2007;I Festival Ratoeira, 2008.

21ª Mostra do audiovisual Paulista 2007;7ª Mostra do Filme Livre, 2008.

Mostra Taguatinga, 2008.

filmes realizados:• Vitrine do Prazer • Gira Pomba Gira

• O mingau que virou tutu • Se essa rua fosse minha

OFICINA 39 – MÓDULO Ilocal de realização: Parelheiros – São Paulo/SPinstituições parceiras: Fundação Mokit Okada e E.E Paulino Nunes Esposo

A Fundação Mokiti Okada cria e desenvolve projetos que promovam na vida huma-na, a conquista da verdadeira saúde, prosperidade e paz. Atua nas áreas de Educação, Arte e Cultura, e projetos de Assistência Social e Pesquisa.

filmes realizados:• Como você gostaria que fosse o mundo? • Contratempo

• Contrariando as estatísticas• Preserve essa idéia!

OFICINA 40 – MÓDULO Ilocal de realização: Jardim São Carlos – São Paulo/SP instituições parceiras: Batakerê

O Batakerê realiza atividades educativas e artísticas desde 2003 propondo formar agentes culturais que promovam a transformação da realidade através da arte. Ofere-cem oficinas de dança, capoeira, percussão, fabricação de instrumentos e aulas de música.

filmes realizados:• P… que o pariu! • Auto Azar

• Chapeuzinho Controverso • Passagem

OFICINA 41 - MÓDULO IIlocal de realização: Paraíso – São Paulo/SP instituições parceiras: Centro Cultural São Paulo

Localizado próximo à região central da cidade, o CCSP é um dos espaços mais de-mocráticos de São Paulo, oferecendo uma excelente e diversa programação cultural, realizando mostras, abrigando espetáculos para todas as idades e, ainda, organizando inúmeras oficinas de arte dança, teatro, audiovisual e artes plásticas, de forma gratui-ta ou a custo muito acessível a todos.

filmes realizados:• Foto em branco • Pueril

• Quase viúvos

Page 20: Oficinas Kinoforum - Pesquisa 2011

[ 20 ]

Programa Oficinas Kinoforum no Curta Antesdo Centro Cultural Banco do Nordeste 2007;

18° Festival Internacional deCurtas-Metragens de São Paulo 2007;

14° Vitória Cine Vídeo 2007;1° Festival de Curtas de Mairiporã 2007;

Festival FLÔ - Festival do Livre Olhar 2007;21º Mostra Audiovisual Paulista 2007;

11º Filmfest Schleswig-HolsteinAugenweide, 2007;

18º Internationales FilmfestEmden Norderney, 2007;

37º Filmfestival MOLODIST, 2007;23º International INTERFILM

Short Film Festival, 2007;Sony AXN Filmfestival, 2007;

7ª Mostra do Filme Livre, 2008;Filmfest Würzburg 2008;

9º Landshuter Kurzfilmfestivals, 2008;Shortfilm Slam, 2008;

I Festival Ratoeira, 2008;Kultufest Festival, 2008;

III CineCreed-Mostra de Filmes Digitais, 2011.

Participação em festivais:Cine Cufa, 2009;

Festival de Jovens Realizadoresdo MERCOSUL 2009.

Participação em festivais:Cine Cufa, 2009;

Festival de Jovens Realizadoresdo MERCOSUL 2009.

Cine Cufa, 2009.

Cine Cufa, 2009.

Cinefavela 2008,Prêmio CineFavela de Curta Metragem.

PROJETO DAYDREAM

Ampliando seus horizontes, as Oficinas Kinoforum realizaram parte das grava-ções do curta “Táxi para o devaneio”, em parceria com o projeto multimídia alemão Daydream (www.weneedyourtalent.com). A parte brasileira do curta foi dirigida por Ansgar Ahlers, idealizador do projeto Daydream e Dirk Manthey, trabalhando com uma equipe brasileira de ex-alunos das Oficinas. A outra parte foi rodada em Berlim e Kiel (Alemanha), com Eder Augusto, diretor formado pelas Oficinas, e uma equipe alemã.

• Táxi para o devaneio

Temporada 2008

OFICINA 42 – MÓDULO Ilocal de realização: Sacomã – São Paulo/SP instituições parceiras: Casa de Cultura Chico Science

A Casa de Cultura Chico Science é um equipamento cultural da Subprefeitura do Ipiranga. Tem por objetivo o acesso e inclusão à cultura, proporcionando aos seus fre-qüentadores um espaço diferenciado para produção e participação em ações culturais. Semestralmente realizam diversas oficinas nas áreas de música, teatro, dança e artes plásticas, além de realizar festivais, shows e mostras, buscando desta forma fomentar a atividade artística da região.

filmes realizados:• Arte na rua Keller • É Quente!

• Ganhando o Pão • É Dose

OFICINA 43 - MÓDULO Ilocal de realização: Mauá/SP instituições parceiras: Nova Era Novos Tempos

A Associação Nova Era Novos Tempos, foi fundada em 2002 por um grupo de pessoas sensibilizadas com a desestrutura educacional, com a carência de recursos de apoio à criança, ao adolescente e à família, conscientes que somente através da educação esse quadro poderia ser transformado. A missão da associação é promover a inclusão social, inclusão digital e cidadania à família carente através de programas, cursos, apoio edu-cacional, psicológico, psicopedagógico e assistência social.

filmes realizados:• Pelas calçadas• O segredo das armas

• Contos da gruta• Transtorno

OFICINA 44 - MÓDULO Ilocal de realização: Jundiaí/SP instituições parceiras: Fund. Antonio-Antonieta Cintra Gordinho

A Fundação Antonio-Antonieta Cintra Gordinho, com foco na área educacional, ofe-rece cursos de formação humana e formal até nível técnico básico, para população de baixa renda. Nesta oficina foram produzidos 1 documentário e 3 curtas de ficção, cujos roteiros foram desenvolvidos a partir de relatos dos sonhos dos próprios realizadores.

Page 21: Oficinas Kinoforum - Pesquisa 2011

[ 21 ]Participação em festivais:Mostra de Vídeo de Santo André, 2009;

Festival de Jovens Realizadoresdo MERCOSUL 2009.

Participação em festivais:MOSCA 6 – Mostra Audiovisual de Cambuquira.

Participação em festivais:5ª Mostra Goiana de Filmes Independentes, 2010;

Mostra Espantomania, 2010.

Participação em festivais:Favela é Isso aí, 2009;

CineCufa, 2009.

Mostra Geração-Festival do Rio, 2009.

Festival CineSul, 2010;Festival de Cinema de Várzea.

Curta Santos, 2009;3º Iguacine – Festival de Cinema

da cidade de Nova Iguaçu;MOSCA 6 – Mostra Audiovisual de Cambuquira.

5º Festival de Jovens Realizadoresde Audiovisual do MERCOSUL;

CineCufa, 2009.

Cinefavela 2008,Prêmio CineFavela de Curta Metragem;

Favela é Isso aí, 2009;CineCufa, 2009.

filmes realizados:• Ícaro da Silva • verAcidade?

• De repente E.T. • Fazenda Ermida

OFICINA 45 - MÓDULO IIlocal de realização: Paraíso – São Paulo/SP instituições parceiras: Centro Cultural São Paulo

Localizado próximo à região central da cidade, o CCSP é um dos espaços mais democráticos de São Paulo, oferecendo uma excelente e diversa programação cultural, realizando mostras, abrigando espetáculos para todas as idades e, ainda, organizando inúmeras oficinas de arte dança, teatro, audiovisual e artes plásticas, de forma gratui-ta ou a custo muito acessível a todos.

filmes realizados:• Baianinho • Pêmba

• Sortudo!?

_

Temporada 2009

OFICINA 46 - MÓDULO Ilocal de realização: Lajeado – São Paulo/SP instituições parceiras: CENPEC (Projeto Jovens Urbanos)

O Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (CENPEC) é uma organização da sociedade civil, sem fins lucrativos, que tem como objetivo o desenvolvimento de ações voltadas à melhoria da qualidade da educação pública e à participação no aprimoramento da política social. O Programa Jovens Urbanos é responsável pela formação de jovens de 16 até 20 anos que habitam as metrópoles. Sua metodologia formativa tem como objetivo promover o desenvolvimento de sensibilidades e o envolvimento reflexivo dos jovens com os ter-ritórios da cidade, oferecendo oportunidades para que conheçam e explorem espaços onde estão concentradas práticas juvenis, artísticas, tecnológicas, relativas ao mundo do trabalho, das políticas, das ciências, de promoção da saúde, de lazer e de esportes.

filmes realizados:• Enchente – Reflexão dos seus Atos • Voz do Torcedor • OPS...!

OFICINA 47 – MÓDULO IIlocal de realização: Paraíso – São Paulo/SP instituições parceiras: Centro Cultural São Paulo

Localizado próximo à região central da cidade, o CCSP é um dos espaços mais de-mocráticos de São Paulo, oferecendo uma excelente e diversa programação cultural, realizando mostras, abrigando espetáculos para todas as idades e, ainda, organizando inúmeras oficinas de arte dança, teatro, audiovisual e artes plásticas, de forma gratui-ta ou a custo muito acessível a todos.

filmes realizados:• Fale Comigo • Moderna Idade • Clausura –

Page 22: Oficinas Kinoforum - Pesquisa 2011

[ 22 ]

Participação em festivais:3 Festival Favela é Isso Aí

Imagens da Cultura Popular Urbana, 2011.

Participação em festivais:3 Festival Favela é Isso Aí

Imagens da Cultura Popular Urbana, 2011.

Participação em festivais:6º Festival CineFavela de Cinema;

3 Festival Favela é Isso AíImagens da Cultura Popular Urbana, 2011.

Temporada COMGÁS

OFICINA 48 – MÓDULO Ilocal de realização: Americanopolis – São Paulo/SP instituições parceiras: Aldeia do Futuro e Soc. Amigos de Americanópolis

A Aldeia do Futuro tem como missão promover atividades educativas, desenvolvendo o potencial de adolescentes, jovens e mulheres de baixa renda, propiciando-lhes uma referência social e profissional, perspectiva de futuro, capacitação funcional e fortaleci-mento de valores que possam transferir para a comunidade.A Associação Educacional, Cultural e Esportiva Americanópolis, fundada em 1962, desenvolve projetos na área cultural e esportiva para atender aos jovens da região e recebe diariamente cerca de 100 jovens através do Telecentro Americanópolis, projeto em andamento desde 2007.

filmes realizados:• Pra Sempre Colorado • O Compositor

• Mary Ellen• Time of Love

OFICINA 49 – MÓDULO Ilocal de realização: Pirituba– São Paulo/SPinstituições parceiras: IACE – Inst. De Ação Cultural e Ecológica

OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público), que busca conscienti-zar a população em relação às causas ambientais e sociais, através da educação, ativi-dades lúdicas, música, artes cênicas e multimídia.

filmes realizados:• Pulmões Urbanos• E se fosse você?

• Sujeira causa doideira• Comedor de papel

OFICINA 50 – MÓDULO Ilocal de realização: Butantã – São Paulo/SP instituições parceiras: Centro Educacional Unificado (CEU) Butantã

Centro Educacional Unificado (CEU) Butantã - um complexo educacional, esportivo e cultural com programação variada para todas as idades. Os CEUs garantem acesso a equipamentos públicos de lazer, cultura, tecnologia e práticas esportivas, contribuindo com o desenvolvimento das comunidades locais.

filmes realizados:• Olho no lance • Coma Cultural

• Lados Opostos• Sentido Byte

OFICINA 51 – MÓDULO Ilocal de realização: Artur Alvim – São Paulo/SP instituições parceiras: Centro Cultural ArenArt

Centro Cultural ArenArt é uma associação cultural formada por professores, pais, ex-alunos e colaboradores com o intuito de promover ações educativas em processos de grupo na produção e apresentação de espetáculos teatrais para a comunidade.

filmes realizados:• O Plano• ½ Kg de Melissa–

• Namoro para Lua • Dame La Hora

Page 23: Oficinas Kinoforum - Pesquisa 2011

[ 23 ]Temporada 2010

OFICINA 52 - MÓDULO IIlocal de realização: Paraíso – São Paulo/SP instituições parceiras: Centro Cultural São Paulo

Localizado próximo à região central da cidade, o CCSP é um dos espaços mais de-mocráticos de São Paulo, oferecendo uma excelente e diversa programação cultural, realizando mostras, abrigando espetáculos para todas as idades e, ainda, organizando inúmeras oficinas de arte dança, teatro, audiovisual e artes plásticas, de forma gratui-ta ou a custo muito acessível a todos.

filmes realizados:• Entre • Feito

• Luana Lua

Temporada Furnas

OFICINA 53 – MÓDULO Ilocal de realização: Grajaú – São Paulo/SP instituições parceiras: Comunidade Cidadã e CECISP

Fundada em 2004, a partir de uma oficina promovida pela Pastoral da Juventude, a Comunidade Cidadã é formada por jovens que desejam transformar a realidade, através do exercício da cidadania e do engajamento da comunidade.O Cineclube Grajáu é um espaço do projeto Circuito Popular de Cinema, com toda estrutura montada, que garante uma programação audiovisual permanente na zona sul de São Paulo. É uma iniciativa do CECISP- Centro Cineclubista de São Paulo.

filmes realizados:• 8 Mil• Passaredo

• Samba-canção • Virando o Jogo

OFICINA 54 – MÓDULO Ilocal de realização: Vila Alpina – São Paulo/SP instituições parceiras: MDF e CCJ

O MDF (Movimento de Defesa do Favelado) nasceu em 1979 da luta dos mora-dores das favelas por saneamento básico. Atua hoje em 40 favelas e tem 6 projetos sociais para crianças, adolescentes, jovens e adultos organizando com eles as principais reivindicações.O CCJ (Centro de Capacitação da Juventude) iniciou suas atividades em 1975. A organização é composta por jovens e entre as frentes de sustentação à juventude estão os subsídios populares e cursos de lideranças.

filmes realizados:• Poderia Ser Diferente • Precisa-se

• Você vê o que eu vejo• WWW. Conectado

Participação em festivais:Festival Visões Periféricas 2011.

Participação em festivais:3 Festival Favela é Isso Aí

Imagens da Cultura Popular Urbana, 2011.

Page 24: Oficinas Kinoforum - Pesquisa 2011

[ 24 ]Temporada 2011

OFICINA 55 - MÓDULO II local de realização: Paraíso – São Paulo/SP instituições parceiras: Centro Cultural São Paulo

Localizado próximo à região central da cidade, o CCSP é um dos espaços mais de-mocráticos de São Paulo, oferecendo uma excelente e diversa programação cultural, realizando mostras, abrigando espetáculos para todas as idades e, ainda, organizando inúmeras oficinas de arte dança, teatro, audiovisual e artes plásticas, de forma gratui-ta ou a custo muito acessível a todos.

filmes realizados• Cotidianos • Pscyho Lover

• Vamos jogar

Page 25: Oficinas Kinoforum - Pesquisa 2011

[ 25 ]

2.2.

Dis

tribu

ição

dis

trita

l das

Ofic

inas

Page 26: Oficinas Kinoforum - Pesquisa 2011

[ 26 ]

Page 27: Oficinas Kinoforum - Pesquisa 2011

[ 27 ]

3.1. Gênero e Faixa Etária

Com os dados coletados na pesquisa pode-se observar, em primeiro lugar, que o perfil da faixa etária do público atingido pela oficina é de jovens entre 18 e 25 anos (64%), enquanto apenas 5% dos entrevistados tinham menos de 17 anos e os outros 31% possuem de 26 a 38 anos (gráfico 1).

A forte presença de participantes contextualizados na faixa etária correspondente a juventude ficou atestada pela média de idade de aproximadamente 24 anos (23,8%) dos participantes. No que diz respeito à questão de gênero, o gráfico 2 indica a presença maior do público feminino (54%) do que o masculino nas oficinas (46%).

Dentro do universo da pesquisa pode-se observar que apenas 24% dos entre-vistados possuíam algum tipo de vínculo com as instituições parceiras locais (que, em parceria, cedem o espaço físico para realização das oficinas nos bairros e cidades em que se inserem), enquanto 76% dos ingressantes nos cursos não mantinham nenhum contato direto com estas instituições (gráfico 3).

Nas entrevistas, os participantes que não possuíam vínculo com as instituições parceiras locais indicaram diversos meios pelo qual se interessaram em parti-cipar das oficinas tal como: indicações de profissionais que atuam em projetos sociais nos bairros, propaganda em meios impressos e digitais e a divulgação na comunidade foram algumas das estratégias que aproximaram os jovens das ofi-cinas. No entanto, três tópicos chamaram atenção sobre como os participantes tomaram ciência do projeto (tabela 1):

• 38,8% dos jovens disseram que conheceram a oficina por meio de amigos (co-nhecidos) que já participaram das oficinas. Este número mostra a importância do papel dos jovens que já passaram pela oficina na divulgação do projeto em suas redes de sociabilidade.

• 28,2% dos entrevistados disseram tomar conhecimento das oficinas através da Internet, em especial o site da oficina. Ao serem questionados sobre o que fazem na hora de lazer, 26,3% das respostas apontaram para o uso da internet como a atividade mais praticada entre os entrevistados. Isto mostra a crescente impor-tância dos meios digitais como instrumento privilegiado de divulgação e contato com pessoas que residam em diferentes localidades da cidade, em especial em bairros carentes e distantes do centro.

• Os dados mostram ainda que 22,4% dos participantes tomaram conhecimento da oficina através da divulgação na própria comunidade. Dado este importante, pois aponta que, mesmo com a crescente influência da Internet como instru-mento de comunicação, a propaganda nos bairros permite que a divulgação na comunidade possa atingir um público que não tem acesso a Internet e/ou ao site da oficina atingindo assim um universo mais amplo e heterogêneo. Essa disseminação de informação ratifica a idéia de distribuição de capital simbólico na própria comunidade.

3. Perfil dos Alunos

3. possui vínculo com essa instituição?

tabela 1

2. sexo

1. faixa etária (em anos)

46%masculino

48%empregado

54%feminino

26%desempregado

26% autônomo

Até 17 De 26 a 38 De 18 a 25 5% 31% 64%

Como tomou conhecimentodas Oficinas Kinoforum Quant.

Amigos/ conhecidos que já participaram 38,8 %

Internet /Site da Oficina 28,2 %

Divulgação na própria comunidade 22,4 %

Através da Professora ClaudiaDalla Verde na Anhembi Morumbi 1,2 %

CCJ / CDL - Contato com a Vania 1,2 %

Covite da Instituição 1,2 %

Divulgação do Programa JovensUrbanos no Instituto IPJ 1,2 %

Indicação 1,2 %

Monitoria da Oficna “Faça Você Mesmo”da Mostra do Filme Livre 1,2 %

Pela mãe que trabalha no MDF 1,2 %

Revista Raiz 1,2 %

Uma amiga que soube atravésde um professor e me convidou 1,2 %

24% sim 76% não

4. situação no mercado de trabalho

Page 28: Oficinas Kinoforum - Pesquisa 2011

[ 28 ]

8

3.2. Mercado de Trabalho e Condições Socioeconômicas

No que diz respeito ao mercado de trabalho, o gráfico 4 aponta que 26% dos entrevistados encontram-se desempregados, enquanto 74% possuem uma ocu-pação, sendo que 48% são empregados e 26% são autônomos. Este número de desempregados é mais elevado que os índices apresentados pelos progenitores dos entrevistados, pois como indica os gráficos 5 e 6 a taxa de desemprego dos pais é de 8% e o das mães é ainda menor (5%). Não se trata de jovens arrimos de família, contudo, também não se refere ao jovem que tem sua inatividade subsidiada pela família.

No entanto, a porcentagem de autônomos é parecida entre pai, mãe e filho, pois 25% dos pais e 22% das mães encontram-se nesta situação (contra 26% dos filhos entrevista). Já na porcentagem de empregados, pai e mãe estão na casa dos 30% (38% e 32% respectivamente), enquanto os filhos estão com uma porcentagem maior (48%). Esta disparidade entre os dados de menor desemprego dos pais, po-rém, maior inserção no mercado de trabalho por parte dos filhos, justifica-se pela situação de aposentadoria (pai 24% e mãe 13%) e da posição de dona(o) de casa (pai 3% e mãe 27%) condições estas inexistentes entre os filhos (gráfico 5 e 6).

A renda familiar dos entrevistados é mantida em 40% dos lares por duas pessoas, outras 16% são mantidas por quatro ou mais pessoas. Os outros 44% estão divi-didos igualitariamente em lares mantidos por uma ou três pessoas (gráfico 7).

O gráfico 8 aponta para o rendimento familiar tomando como base o salário mínimo. Os dados mostram que praticamente metade das famílias (49%) dos entrevistados vive com de 01 a 04 salários mínimos, que corresponde - com base no critério de análise de classe sociais de Marcelo Nery (FGV/RJ) -, às classes sociais E/D. 37% das famílias pertencem a classe C, pois vivem com 04 a 07 salários mínimos, enquanto 13% pertence a classe B, que corresponde a renda familiar de 07 a 13 salários mínimos.

Logo, pode-se observar que grande parte dos participantes do projeto Oficinas Kinoforum não faz parte de núcleos familiares abastados (só 1% dos entrevista-dos possui uma renda acima de 20 salários mínimos), contudo, também não se encontram em situação de miséria, tanto que, como mostra o gráfico 9, prati-camente 86% da família dos entrevistados não recebe qualquer tipo de bolsa ou auxílio do poder público, assim como 99% das residências possuem construção de alvenaria (gráfico 10).

Os gráficos abaixo buscam ampliar o panorama da situação sócio econômica dos entrevistados. No gráfico 11 pode-se observar que 50% dos domicílios são pró-prios (este índice possui forte tendência a estar atrelado com fenômeno urbano de autoconstrução em áreas de ocupação ou loteamentos populares. No primeiro caso, a maior possibilidade é de tais casas não serem regularizadas. Contudo, a pesquisa não se debruçou a investigar tal variável profundamente), enquanto ou-tros 32% são alugados. Já o gráfico 12 mostra que 42% dos entrevistados vivem em apartamentos, este dado vai ao encontro da crescente tendência nos grandes centros urbanos de as pessoas viverem em prédios, seja por questões econômicas, seja por questões de segurança. Por fim, o gráfico 13 aponta que 72% dos en-trevistados vivem em bairros onde há existência de favelas.

5 e 6. situação do pais no mercado de trabalho

9. tipo de auxílio

10. tipo de construção

7. quantas pessoas trabalham na família

8. renda familiar (em salários mínimos)

aposentado

4

De 7 a 11 salários

85,9% Nenhum membro da minha família recebe qualquer tipo de bolsa ou auxílio 3,5% Seguro Desemprego 2,4% Bolsa Família 1,2% Meus irmãos são bolsistas em universidade par-ticular mas não moram comigo 1,2% Bolsa Kairos 1,2% Bolsa Trabalho 1,2% Bolsa de Estudos (PROUNI) 1,2% Meu tio recebe pensão do meu avô falecido 1,2% Bolsa Aprender com Cultura Extensão da Universidade de São Paulo 1,2% Renda Cidadã

Mais de 20 salários

desempregado

2

autonômo

3

De 4 a 7 salários

empregado

1

empresário/empregadordono de casa

5

De 1 a 4 salários

24%

10%

13%

38%

22%

40%

32%

3%

2%

1%

8%

8%

5%

2%

4%

27%

25%

22%

22%

pai mãe

alvenaria (concreto, tijolos) madeira, tábuas

13%

1%

37%

49%

11. situação do domicílio

12. tipo do domicílio

alugada

sobrado

em financiamento

+famílias no mesmo quintal

cedida

apartamento

própria

térrea

6%

1%

7%

50%

99%

42%

32%

30%

12%

21%

13. há favela no bairro

72% sim 28% não

Page 29: Oficinas Kinoforum - Pesquisa 2011

[ 29 ]

5%

6%

3%

2%

1%

1%

3.3. Escolaridade

No que diz respeito ao grau de instrução dos participantes das oficinas, o gráfico 14 aponta que 32% dos entrevistados possuem no máximo ensino médio (26% completo e 6% incompleto), enquanto 68% estão ou já cursaram uma faculdade, índice este elevado de escolaridade. Deste contingente de universitários, 38% estão cursando a graduação, 26% já terminaram a faculdade e 4% estão realizando uma pós-graduação (1% stricto senso e 3% lato senso). No momento da realização da pesquisa, 61% dos entrevistados estavam cursando uma faculdade (gráfico 15).

Segundo os dados do gráfico 16, o ingresso dos participantes das oficinas no ensino superior aconteceu, majoritariamente, entre os anos de 2006–2011 (77%), sendo que os anos de 2009 e 2010 foram os que tiveram as maiores porcenta-gens, 17% e 19% respectivamente. Estes números se devem, em grande medida, à média de idade dos entrevistados, de aproximadamente 24 anos, assim os 23% que ingressaram antes de 2006 fazem parte da faixa etária na casa dos trinta anos.

O gráfico 17 aponta que 13% dos entrevistados cursaram uma universidade pública, enquanto 55% ingressaram em instituições particulares. No entanto, um dado interessante deste gráfico diz respeito à quantidade de entrevistados (26%) que ingressaram em uma faculdade particular em razão de receberam algum tipo de bolsa que os isentam de pagar as mensalidades, ou seja, um quarto de todos entrevistados (tanto os que ingressaram como os que não fize-ram faculdade) tiveram acesso a este benefício, majoritariamente, incentivado pelo Estado.

Em parte, este tipo de auxílio para ingresso na universidade justifica a presença maior das novas gerações nestas instituições, do que a geração de seus pais, como mostra os gráficos 18 e 19. Os dados mostram que apenas 22% dos pais e 25% das mães ingressaram em uma faculdade contra 61% dos filhos.

15. cursou ou está cursando alguma faculdade

18. grau de instrução da mãe

16. em que ano ingressou na faculdade

entre 2001 e 2011

19. grau de instrução do pai

14. grau de instrução

17. sua faculdade é

pós-graduado latu senso ou cursando

pós-graduado latu senso ou cursando

ensino fundamental incompleto (antigo 1ª grau)

ensino fundamental incompleto (antigo 1ª grau)

não sei / desconheço

não sabe ler e escrever

pós-graduado strito sensu ou cursando

superior incompleto ou cursando

superior incompleto ou cursando

ensino médio completo (antigo 2º grau)

ensino médio completo (antigo 2º grau)

até a 4ª série

até a 4ª série

superior completo

superior completo

ensino fundamental completo (antigo 1º grau)

ensino fundamental completo (antigo 1º grau)

ensino médio incompleto (antigo 2º grau)

ensino médio incompleto (antigo 2º grau)

32% não cursei faculdade

13% pública29% particular

26% particular

com bolsa ou

outro tipo de

financiamento

61% sim 39% não

17%

2%7%

11%13%8%

2%

19%

38%

33%

27%

26%

12%

14%

26%

12%

12%

6%

12%

12%

1%

10%

7%7%

4%

15%

3%

12%

12%

2%

01 0602 0703 0804 0905 10 11

pós-graduado latu senso ou cursando

pós-graduado strito sensu ou cursando

superior incompleto ou cursando

ensino médio completo (antigo 2º grau)

superior completo

ensino médio incompleto (antigo 2º grau)

Page 30: Oficinas Kinoforum - Pesquisa 2011

[ 30 ]

4.1. Impressões sobre as Oficinas

Durante a pesquisa, ao questionar os entrevistados sobre os motivos que os le-varam a participar das oficinas, observa-se que o desejo em conhecer e aprender sobre a área audiovisual (32,6%), de trabalhar na área de cinema e vídeo (29,2%) e de produzir um filme (15,7%) foram as respostas mais presentes nas entrevis-tas. Estes dados mostram o crescente interesse dos jovens em conhecer o campo audiovisual, pois embora ele esteja presente no cotidiano das pessoas por inter-médio, em especial, dos meios de comunicação, a oportunidade em conhecer o audiovisual não apenas como um produto de consumo, mas a sua produção tem despertado o interesse desse público.

Do total de entrevistados, 10% fizeram as oficinas em 2006, 12% em 2007, 9% em 2008 e 2009, 30% em 2010 e 30% em 2011. O gráfico 20 mostra que para ampla maioria dos participantes, as oficinas supriram expectativas que ante-cediam os cursos (95%), tanto para aqueles que já tinham um conhecimento no campo do audiovisual (55%), como para os que estavam tendo o primeiro contato com cinema e vídeo (45%), como mostra o gráfico 21:

Estes dados iniciais sobre as expectativas do curso indicam, portanto, que as oficinas tiveram êxito em lidar com um público heterogêneo no que diz respeito a gênero, idade e ao conhecimento prévio dentro do campo audiovisual. Assim, homens e mulheres com idades díspares, e com graus variados de familiarida-de com o audiovisual supriram suas expectativas ao participarem das Oficinas Kinoforum.

Contudo, embora a pesquisa aponte para o êxito da oficina, isto não quer dizer que não houve dificuldades durante o curso. Assim, ao questionar sobre os per-calços enfrentados, a principal queixa recaiu sobre a dificuldade em conciliar o trabalho com as atividades (24,8%) seguido por questões técnicas – operação de equipamentos, roteiro, entrevistas, lugares para filmagens, etc. – (19,5%)1 .

Para outros 18,6% dos entrevistados a maior dificuldade foi o meio de transpor-te para chegar às oficinas, enquanto que para 10,6% tomar decisões em grupo foi o principal obstáculo. Um dado interessante é que 5,3% dos entrevistados revelaram que pais, familiares ou companheiros se opunham a participação nos cursos, provavelmente por entenderem que uma oficina de audiovisual não po-deria contribuir para formação profissional ou por ser algo fora da realidade destes participantes.

19,5% dos entrevistados disseram ainda não ter tido nenhuma dificuldade, e apenas 1,8% não conseguiram compreender bem as aulas. Estes números mos-tram que os cursos conseguiram transmitir de modo didático um conhecimento que para a maioria dos estudantes era um assunto no qual, a priori, não tinham nenhum saber prévio.

4.2. A vida após as Oficinas:

A presente pesquisa irá deter-se agora no impacto das oficinas na vida dos par-ticipantes, assim como nas possibilidades abertas pelo curso para atuação dos

1 Os dados analisados nesta parte da pesquisa encontram-se nas tabelas que estão anexa-das nos final do relatório.

4. As oficinas na vida dos participantes e na comunidade

20. atingiu as expectativas

21. já tinha algum conhecimento na área de cinema e vídeo antes de partcipar das oficinas

95% sim

55% sim

5% não

45% não

Page 31: Oficinas Kinoforum - Pesquisa 2011

[ 31 ]jovens em suas comunidades tendo como uma das principais ferramentas o au-diovisual.

A primeira questão levantada nas entrevistas versava sobre o que mudou e o que poderá mudar após participar das oficinas. Nas perguntas que se seguem para análise, os entrevistados puderam assinalar diversas alternativas na mesma questão, de modo que o total da porcentagem (100%) irá se referir ao número de respostas e não ao total de entrevistados. Logo, com base nos dados desta questão pode-se observar que as oficinas contribuíram positivamente na am-pliação de repertório em diferentes campos da vida dos participantes, em que se destacam os campos:

1. Artístico-cultural: 39% das respostas indicaram aumento na capacidade criativa e imaginativa, e no aprendizado de uma nova linguagem. Dentro deste campo destaca-se ainda, que os participantes após as oficinas passaram a fre-qüentar salas de cinema e assistir filmes nacionais/ mostras de cinema.

2. Coletivo-comunitário: para 32% dos entrevistados, as oficinas contribuí-ram na aquisição da capacidade de planejar, trabalhar e decidir em grupo, assim como estimulou que os participantes se envolvessem em grupos ou coletivos independentes na área audiovisual, cultural ou educativa. Segundo ainda este contingente de entrevistados, as oficinas fomentaram a capacidade e a vontade de atuar em seu entorno social e a mobilizar atividades culturais em seus bairros.

3. Intelectual: 21% das respostas apontaram para o aprimoramento do olhar crítico sobre programas televisivos, e na aquisição da capacidade para localizar, acessar e usar melhor as informações acumuladas.

4. Profissional: 8% das respostas mostram que depois de participar das oficinas os jovens passaram a trabalhar na área audiovisual, cultural ou educativa.

Em outra questão, foi perguntado aos entrevistados como eles estão dando continuidade ao conhecimento adquirido nas oficinas. Em 25% das respostas (ou seja, um quarto do total) os participantes afirmam que os conhecimentos adquiridos estão sendo usados para fins profissionais na área de cinema e vídeo. Outras 26,3% das respostas acenam para o desejo dos entrevistados de dar con-tinuidade ao aprendizado na área de cinema e vídeo, enquanto que para 13,2% os conhecimentos adquiridos serão usados para aquisição de novos pontos de vista sobre o cinema e programas televisivos. 22,4% acenam ainda para o uso do conhecimento audiovisual como uma nova forma de expressão. O uso deste saber adquirido em prol da comunidade em que vivem aparecem apenas em 12,3% das respostas.

Em outro momento a pesquisa indagou os entrevistados sobre as dificuldades após o término das oficinas. A questão profissional foi a que teve a maior por-centagem de respostas, pois a dificuldade em conseguir uma ocupação remu-nerada na área audiovisual foi assinalada por um pouco mais de um quarto dos entrevistados (26,1%), seguida pela dificuldade em conseguir uma atividade re-munerada em outra área em que possa aplicar indiretamente os conhecimentos adquiridos nas oficinas (17,1%).

Logo, a inserção profissional em áreas que de algum modo dialoguem com o campo audiovisual apresenta-se para os entrevistados como o maior obstácu-lo após o término dos cursos (43,2% das respostas), pois mesmo possuindo a mínima base técnica oferecida pelas oficinas, a maior parte dos entrevistados não consegue ingressar no mercado de trabalho, relacionado direta ou indire-

Page 32: Oficinas Kinoforum - Pesquisa 2011

[ 32 ]tamente ao audiovisual.

Este dado confirma a hipótese de que as oficinas oferecidas pela Associação Ki-noforum não têm a vocação de oferecer cursos cujo objetivo final seja o ingres-so no mercado de trabalho audiovisual, pois como visto anteriormente, apenas 8% dos participantes passaram a trabalhar na área audiovisual. A vocação das oficinas está voltada, especialmente, para o aprimoramento artístico-cultural e intelectual dos participantes, assim como para ação coletiva destes sujeitos em suas respectivas comunidades.

Segundo os entrevistados, o acesso a informações (10,1%) assim como a locais de estudo (11,1%) sobre audiovisual aparecem como dificuldades que os partici-pantes enfrentam para se manterem informados sobre as novidades dentro deste campo. Estes dados mostram a carência que os bairros possuem no que diz res-peito a museus, bibliotecas e outras localidades que possam fornecer atividades que envolvam de algum modo o audiovisual.

Neste contexto, os dados mostram que as salas de cinema aparecem como espa-ço privilegiado para que os jovens mantenham-se informados após as oficinas, já que a expansão de salas de cinema pela região metropolitana de São Paulo (ma-joritariamente dentro de shopping centers) permite uma aproximação dos mo-radores de bairros da periferia com o cinema. Alguns bairros ainda, mesmo não possuindo salas de projeção próximas, são beneficiados pela crescente presença de projetos sociais que levam o audiovisual para as periferias (cf. Alvarenga e Satiko, 20062). Logo, apenas 5% das respostas apontaram que o acesso a locais de exibição de filmes é uma dificuldade enfrentada após as oficinas.

Outra dificuldade enfrentada pelos freqüentadores das oficinas diz respeito à aplicação do conhecimento adquirido para o processo de transformações sociais na comunidade em que vivem (9,5% das respostas) e na articulação no bairro de meios que viabilizem a realização e exibição de curtas metragens (12,1% das respostas). Por sua vez, apenas 2% das respostas apontaram para dificuldades de exibição dos filmes produzidos durante as oficinas nas próprias comunidades, contudo, a dificuldade cresce quanto à oportunidade de exibir os vídeos fora da comunidade (7% das respostas).

Logo, dentro da perspectiva de analisar o alcance das ações comunitárias dos participantes das oficinas, os dados mostram que embora a articulação no bairro não seja o maior dos problemas enfrentados - já que o maior obstáculo reside na questão profissional -, os meios para articulação mais efetiva dos participantes de seus bairros de origem mostra-se, a priori, incipiente na medida em que a dificuldade maior dos entrevistados reside em uma ação mais estruturada no interior das comunidades, e na possibilidade de as produções locais atingirem outros espaços da cidade que não o da sua localidade.

Em artigo sobre a produção de vídeos na periferia e pela periferia, Alvarenga e Satiko (2006), mostram as dificuldades dos jovens da periferia em “ganhar a cidade” para ter acesso às produções audiovisuais, visto que os espaços destina-dos à exibição deste tipo, geralmente, ficam localizadas em pontos centrais da cidade. Distância, custo e comodismo são alguns dos vilões que impossibilitam o deslocamento dos jovens da periferia para o centro. No entanto, com a cres-cente presença de Organizações Não Governamentais e de projetos sociais nas

2 Alvarenga, Clarisse & Satiko, Rose. “De dentro do bagulho: o vídeo a partir da periferia”. In: Sexta-feira nº 08 – dossiê periferia. São Paulo, Editora 34, 2006, p. 183 – 203.

Page 33: Oficinas Kinoforum - Pesquisa 2011

[ 33 ]periferias acabam possibilitando a existência de eventos em que as produções audiovisuais feitas pela periferia sejam projetadas na periferia. Logo, para os participantes das oficinas é mais fácil exibir seus vídeos na comunidade (2% apontaram ter dificuldade) do que fora dela (7% das respostas).

Já no que diz respeito ao mercado de trabalho, ao questionar sobre como a par-ticipação nas Oficinas Kinoforum contribuiu para as atividades desempenhadas em suas profissões, para 16,1% dos entrevistados os cursos não ajudaram em razão de atuarem profissionalmente em áreas diferentes do audiovisual e por não conseguirem utilizar habilidades que extrapolam o campo do cinema, tal como a capacidade de planejar, trabalhar e decidir em grupo, assim como a capacidade de acessar, localizar e usar melhor as informações acumuladas.

Por outro lado, 83,9% dos entrevistados afirmaram que as oficinas ajudaram em suas atividades profissionais, sendo que para 32,3% a contribuição ocorreu por eles já atuarem profissionalmente no campo do audiovisual. Já para 34,2% dos participantes, os conhecimentos adquiridos nos cursos contribuíram em seu co-tidiano profissional mesmo não atuando diretamente com cinema, ou seja, estes participantes conseguiram transcender as habilidades aplicadas dentro do au-diovisual para outros campos da vida social. Segundo ainda 17,2% dos entrevis-tados as oficinas ajudaram, pois mesmo não trabalhando diretamente na área, os produtos audiovisuais são os suportes para as atividades profissionais exercidas.

No que diz respeito à perspectiva dos estudos após as oficinas, pode-se obser-var na tabela 2, que para 55,3% dos entrevistados o curso estimulou a busca pelo ingresso no ensino superior, sendo que para 11,8% o ingresso aconteceu no campo do audiovisual, enquanto que 8,2% dos entrevistados estão cursando fa-culdades em outras áreas. No entanto, 35,3% dos entrevistados embora tenham criado o desejo de freqüentar uma faculdade após realizarem as oficinas, não conseguiram ainda ingressar em uma universidade.

4.3. Percepções sobre o Cinema

Analisando a percepção que os freqüentadores tinham sobre o cinema, pode--se constatar na tabela 3 que, antes das oficinas, o cinema era encarado como uma atividade tediosa e que gerava aborrecimento para praticamente um quarto dos entrevistados (24,3%), já para outros 30,1% ele era visto como um modo de diversão e passatempo. Este tipo de julgamento leva a crer que para mais da metade dos entrevistados o cinema estava ligado mais diretamente a uma pers-pectiva voltada ao entretenimento.

Por outro lado, 35,3% dos entrevistados encaravam o cinema como uma forma de linguagem, enquanto que 8,7% como uma forma cultural. Assim, para outra parcela dos entrevistados (44%) a percepção do cinema não estava vinculada ao entretenimento, e sim como um meio de expressão e comunicação (linguagem) de modos de vida (cultura).

Após as oficinas pode-se observar que a percepção sobre o cinema mudou. Den-tre as alterações destaca-se a significativa redução na visão do cinema tanto como uma atividade tediosa (de 24,3% passou para 0,6%), como uma forma de diversão (de 30,1% passou para 18%). Portanto, podemos afirmar que as oficinas permitiram aos participantes ir além do senso comum que costuma enquadrar o cinema apenas como uma forma de entretenimento. Contudo, é importante ressaltar que, embora a porcentagem que aponta o cinema como diversão – passatempo tenha diminuído depois das oficinas, isto não quer dizer

tabela 2

tabela 3

Em relação àFaculdade / Universidade Quant.

Já cursava uma faculdade antesde entrar na oficina 41,2 %

A oficina me estimulou a ir em busca de Ensino Superior, porém ainda não conse-gui ingressar na universidade

35, %

A oficina me estimulou a ir em busca de Ensino Superior e hoje estou cursando uma faculdade na área de audiovisual

11,8 %

A oficina me estimulou a ir em busca de Ensino Superior e hoje estou cursando uma faculdade, porém não na área de audiovisual

8,2 %

Não cursava e nem pretendo cursaro Ensino Superior 3,5 %

Percepção sobre o Cinema

Antes das oficinas

Depois das oficinas

Linguagem / Cultura 44 % 62,4 %

Diversão / Passatempo 30,3 % 18 %

Mercadoria 1,9 % 9 %

Aborrecimento / Tedioso 24,7 % 0,6 %

Não mudou – 10 %

Page 34: Oficinas Kinoforum - Pesquisa 2011

[ 34 ]que os participantes tenham deixado de encarar o cinema desta forma, pois eles agregaram valor a essa experiência. Ou seja, se antes das oficinas cinema era só divertimento, após os cursos, além de diversão, o cinema passou a ser encarado como uma forma de linguagem, cultura, mercadoria.

Nesta perspectiva, para além do entretenimento, os estudantes das oficinas ti-veram a oportunidade de interagir com o universo audiovisual para além de seu consumo nos programas televisivos e nas salas de cinema. Assim, após as ofici-nas pode-se observar que a percepção do cinema como uma forma de linguagem e cultura cresceu (de 44% foram para 62,4%) devido à possibilidade criada nas oficinas de utilizar o audiovisual como uma ferramenta tecnológica de comuni-cação e expressão de seus desejos e ambições.

Pode-se observar ainda que, após as oficinas, houve um aumento na percepção do cinema enquanto uma mercadoria. Isto se deve, em grande medida, a própria característica “artesanal” das oficinas de realizar, a cada módulo, curtas metra-gens que se apresentam como mercadorias, não no seu sentido econômico de valor de troca (compra e venda), mas no sentido cultural – simbólico de ser um produto e uma obra que materializa visões de mundo e estilos de vida.

Portanto, se antes para uma parcela dos entrevistados o cinema era visto como um produto pronto para ser consumido, em que caberia ao espectador julgar o produto (divertido ou tedioso), após os cursos pode-se notar uma resignificação do entendimento sobre o cinema, em que ao ter contato com os meios de sua produção, os participantes passaram a ver o audiovisual como uma ferramenta “de duas mãos”; pode ser tanto absorvida como também produzida, dando voz aos diversos modos de vida existentes na periferia.

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[ 35 ]5. Pesquisa qualitativa (2006 a 2011)

Com a intenção de aprofundar a análise dos dados coletados acerca do recorte temporal de 2006 a 2011, sobretudo, ao que concerne à participação nas oficinas enquanto a realização da experiência3 - capaz de proporcionar o surgimento e a internalização de habilidades, competências, entre outros conhecimentos nos sujeitos participantes -, a pesquisa além de voltar-se para análise quantitativa, também, se debruçou em compreendê-los pelo viés qualitativo.

Entretanto, vale ressaltar, que os participantes deste viés da pesquisa também compuseram o universo da pesquisa quantitativa. Contudo, a esses foram dispo-nibilizados outro questionário, voltado para coleta específica dos dados.

5.1. Perfil dos entrevistados

Ao todo, responderam ao questionário 14 pessoas, que participaram das Ofici-nas Kinoforum entre o 2º semestre de 2006 e o 1º semestre de 2011. Desses, o perfil se deu da maneira como demonstram, ao lado, as tabelas 4, 5 e 6.

5.1.1. Expectativa e Aprendizado

A busca pelo conhecimento se apresenta como a principal expectativa dos parti-cipantes e, portanto, a variável impulsionadora para entrada desses nas oficinas. O aprendizado sobre a área audiovisual tanto no que concerne ao prático quanto ao teórico – conceitual, se revela à motivação primeira de muitos e não obstante, a mais contemplada depois do processo de formação.

Todavia, a origem do conhecimento adquirido e, portanto, do que aprendem, transcende o âmbito do conhecimento audiovisual, ela abrange esferas mais complexas e transversais. Ou seja, os participantes elucidam em suas respos-tas o surgimento de aspectos como: a) elevação da auto-estima; b) capacidade de trabalhar em equipe e planejamento; c) colaboração na escolha profissional; d) ampliação dos círculos de sociabilidade:

“Foram principalmente adquirir novos conhecimentos e ampliar o conteúdo sobre o

assunto, digo o vídeo, a foto o som, a fusão de tudo”.

Danielle Lima, 20 (participante da Oficina Grajaú, 2010) – sobre antes das oficinas.

“Tive novos pensamentos em relação à área audiovisual, vi o quanto é menos simples

do que pode parecer. Aprendi a aceitar outros pontos de vista mesmo quando não são

a melhor alternativa, mas são precisos. Conheci pessoas que me despertaram vonta-

des de me aprofundar na área”.

Danielle Lima, 20 (participante da Oficina Grajaú, 2010) – depois das oficinas.

“Bom, quando eu me escrevi para participar das oficinas em 2007 no Centro Pastoral

Santa Fé, eu tinha na minha cabeça que a proposta da oficina era somente adquirir

um pouco de conhecimento sobre cinema e fazer um ‘videozinho’. Não imaginava que

aquilo seria o caminho para a minha escolha profissional pois, tinha acabado de sair

da escola e estava decidindo o que iria fazer da minha vida, que caminho seguir e com

3 Bondía, Jorge Larrosa. Notas sobre a experiência e o saber da experiência. Conferência proferida no I Seminário Internacional de Educação de Campi-nas. Campinas. Fumec, 2001.

tabela 4

tabela 5

tabela 6

Ano de participação Nº %

2009 4 28,6 %

2011 3 21,4 %

2006 2 14,3 %

2007 2 14,3 %

2010 2 14,3 %

2008 1 7,1 %

Total 14 100 %

Escolaridade Nº %

Ensino médio completo(antigo 2º grau) 4 28,6 %

Superior completo 4 28,6 %

Superior incompletoou cursando 3 21,4 %

Pós-graduaçãoLato Sensu ou cursando 2 14,3 %

Ensino médio incompleto(antigo 2º grau) 2 7,1 %

Total 14 100 %

Sexo Nº %

Masculino 7 50 %

Feminino 7 50 %

Total 14 100 %

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[ 36 ] certeza a Kinoforum foi sem duvida essencial nessa escolha”.

Janaína Cristina Pinheiro, 22 (participante da Oficina Perus, 2007) – sobre antes das oficinas.

“Depois que tive o primeiro contato com o audiovisual me despertou algo que eu não

tinha percebido me fez enxergar que eu tinha a capacidade de fazer algo bom e que

tivesse orgulho de mostrar para as outras pessoas o filme que realizei. Eu tenho o maior

orgulho deste projeto e vou levar para sempre tudo o que aprendi nesses anos de ofici-

nas e as amizades que fiz”.

Janaína Cristina Pinheiro, 22 (participante da Oficina Perus, 2007) – depois das oficinas.

A obtenção de resultados que transcendem os objetivos centrais do projeto elu-cida a potencialidade do mesmo em estruturar um contexto favorável para o surgimento experiência efetivas que por sua vez, culminam em aprendizados importantes por serem fundamentais para constituição do sujeito autônomo e capaz se perceber e se emponderar frente ao mundo.

5.1.2. Formação e Trabalho

O projeto Oficinas Kinoforum tem claro, na constituição de seus objetivos, a formação voltada para aquisição e/ou ampliação dos conhecimentos teóricos e técnicos da área audiovisual, todavia, não direcionada para a inserção do jovem no mercado de trabalho e sim, para constituição do pensamento critico em tor-no dos produtos audiovisuais.

Entretanto, verifica-se que jovens oriundos das oficinas acabam por ocupar fun-ções, no mercado de trabalho, relacionadas à área, seja em trabalhos efetivos (formais) ou os ditos freelances (informal):

“As aulas do Willian tiveram muita valia para meu aprendizado sobre o cinema e as au-

las práticas ajudaram em diversos pontos, como trabalho em grupo, aprender a mexer

melhor nos equipamentos e mesmo praticar fazer roteiro. Hoje, faço bicos de câmera.”

Henrique Góis de Mello, 26 (participante da Oficina Grajaú, 2010).

“Adquiri conceito e olhar. Descobri nas oficinas a paixão de construir história, minha

verdadeira habilidade, a edição. Trabalho com autoração na Mixer. E como autônomo,

tenho a Fernet Studios, onde faço pequenos trampos de edição e produtos gráficos”.

Paulo dos Santos Cardoso Neto, 19 (participante da Oficina Lajeado, da temporada 2009).

Tal resultado amplifica o contingente de alcance das oficinas, porém não retira desta sua vocação primeira, qual seja, de instrumentalizar os jovens participantes acerca dos códigos e possibilidades dos produtos audiovisuais, sobretudo, para constituição do sujeito em sua integralidade e não somente para a formação de mão-de-obra para o mercado de trabalho. As oficinas constroem, junto com seus participantes, potencialidades que podem ser aplicadas pelos sujeitos em diferentes esferas constituintes da vida em sociedade, pois são necessárias para leitura e compreensão do mundo e, portanto, passíveis de serem aplicadas em qualquer área de atuação do sujeito, principalmente, no mundo do trabalho in-dependente da carreira que venha a seguir.

5.1.3. Coletivos

O surgimento de coletivos, formados por jovens participantes do projeto, vol-tados para ações culturais também se revela como um dado importante, pois se apresenta em plena consonância com a intenção das oficinas de disseminar o conhecimento por ela empregado. Assim, mesmo com as possíveis dificuldades

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[ 37 ]encontradas pelos jovens para constituição de grupos e coletivos – tais como a aquisição de lugares, equipamentos e outros recursos –, o trabalho em equipe, o desejo de multiplicação do conhecimento adquirido e a transformação de seus lugares e vidas pessoais, acabam por ser mobilizadores de configurações associa-tivas que se voltam para criação audiovisual:

“Participei de inúmeros coletivos, mas o que deu mais certo foi o coletivo inominado,

que deu origem ao estúdio de animação que fundamos, a Utererê Studios”.

Juliana da Conceição Borges, 29 (participante da Oficina União Imperial, temporada 2007).

“Sim, faço parte de um coletivo que se chama Os Novos Paulistanos. Envolve cinema,

música e teatro. O coletivo surgiu da idéia de uma amiga atriz, juntamos eu ela e o tata

músico e formamos o coletivo”.

Washington (Bira), 27 (participante da Oficina Sacomã, temporada 2008).

A percepção e a autonomia para o desenvolvimento de ações coletivas direcio-nadas para criação de dispositivos culturais também ratificam a concepção de formação voltada para contemplação da integralidade dos sujeitos, ou seja, de in-divíduos que se perceberem potencialmente capazes e estimulados a se constituí-rem como agentes criadores e pertencentes ao debate e cenário da esfera cultural.

5.1.4. Imagens e Lembranças: o Antes e Depois das Oficinas

As imagens e lembranças do processo de formação das oficinas revelam em seu arcabouço o principio da transformação. Assim, as oficinas não somente pelo conhecimento que traz em si, mas, sobretudo, pelo processo pedagógico que emprega apresenta aos participantes um novo paradigma, que por sua vez sugere a possibilidade de novos caminhos e perspectivas de vida:

“Penso naquela sensação que temos quando as luzes do cinema se apagam e sabemos

que o filme está para começar. Aquela sensação de saber que algo vai acontecer e você

pode ter entrado de um jeito e sair de outro”.

Juliana Nonato Correa, 25 (participante Oficina Americanópolis, 2009).

“Penso logo em um empurrão pra vida!”.

Paula Abreu Fernandes Barros, 20 (participante da Oficina Sacomã, temporada 2006).

A mudança de paradigma também se revela frente à visão que o sujeito pode adquirir em relação ao mundo que o circunda. Assim, a cidade e vida social se apresentam em sua pluralidade de nuances de modo decifrável e possível de leitura crítica:

“Por estabelecer, através da linguagem utilizada, uma comunicação com o público, o

cinema pode também iluminar mentes, mostrar novas idéias e transformar comporta-

mentos retrógrados e arcaicos. E isto é um instrumento fundamental para transforma-

ção social e das comunidades nelas envolvidas”.

Juliana da Conceição Borges, 29 (participante da Oficina União Imperial, em 2007)

– sobre “Cinema e Comunidade”.

“São Paulo uma mistura de cor, cultura e linguagem, rica em conhecimento. Mas triste

é ver que só se encontra essa mistura no centro da cidade. Deixando cada vez mais po-

dre de cultura personagens de minha infância, quando olho para os lados vejo metade

dos meus colegas jogados no mundão”.

Paulo dos Santos Cardoso Neto, 19 (participante da Oficina Lajeado, 2009)

– sobre “Minha Cidade e Seus Personagens”.

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[ 38 ]Portanto, as Oficinas Kinoforum colocam para seus participantes a possibilida-de de abertura de novos caminhos ou de velhos caminhos que podem ser (re)significados pela nova experiência ou pela (re)leitura de experiências já vividas:

“Como eu disse lá no início, antes eu era muito frustrada com minha vida e com o ca-

minho profissional que estava passando. E hoje tenho mais orgulho de mim e daquilo

que eu faço. Não só eu, mais minha família também. Hoje eu sou uma pessoa melhor”.

Juliana da Conceição Borges, 29 (participante da Oficina União Imperial, temporada 2007).

“Acho que as oficinas me ajudaram a trabalhar melhor em equipe, confiar nos outros

e ser mais tolerante”.

Juliana Nonato Correa, 25 (participante da Oficina Americanópolis, temporada 2009).

“É possível melhorar significantemente o mundo com o audiovisual. Se você muda

uma pessoa, já significa alguma coisa”.

Ana Carolina Cassiolato Barão, 22 (participante da Oficina Módulo II, 2011).

Entender-se como agente de mudanças, seja de si mesmo quanto do mundo em que se está inserido sugere a constituição do emponderamento, do se sen-tir capaz de realizar artefatos ou situações substanciosas. Além disto, revela a consciência da alteridade, do se sentir no mundo em relação ao outro, tendo como pressupostos o respeito, a tolerância e dignidade como inerentes a todos os atores sociais.

5.1.5. Depoimentos

“Pretendo, para o próximo ano, realizar projetos para passar tudo que recebi para a

frente. E espero ter mais êxitos que tive neste ano que passou. Então, se tenho alguma

coisa para falar das oficinas, é Obrigada por acreditar em mim, acreditar no meu talen-

to e na minha capacidade de transformação”.

Juliana da Conceição Borges, 29 (Oficina União Imperial, temporada 2007).

“Gostaria de dizer que amo muito vocês de coração. Vocês foram parte muito impor-

tante na minha vida e vou guardar para sempre no meu coração tudo o que vivi”.

Janaina Cristina Pinheiro, 22 (participante da Oficina Perus, temporada 2007).

“Eu gostaria de agradecer a todos e espero que este projeto maravilhoso tenha cada vez

mais força para abraçar todos aqueles que são apaixonados pelo audiovisual e que, na

maioria das vezes, não têm oportunidade nem para se aproximar desse mundo”.

Ana Carolina Cassiolato Barão, 22 (participante da Oficina Módulo II, temporada 2011).

“As oficinas são bacanas, causam uma certa euforia, vontade de agir, dá uma vontade

de ser cineasta!”.

Danielle Lima, 20 (participante da Oficina Grajaú, temporada 2010).

“Agradeço pela oportunidade de participar de um projeto tão bacana e fico feliz de

manter contato, ainda que de vez em quando! Abraços!”

Juliana Nonato Correa, 25 (Oficina Americanópolis, 2009).

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[ 39 ]

6.1. Análise da Experiência

A análise de dados qualitativos coletados entre o público que participou das oficinas de 2001 a 2006 visou averiguar a permanência dos resultados obtidos junto ao público participante.

Para avaliarmos as transformações ocorridas e se de fato os aprendizados torna-ram-se uma experiência4 , selecionamos uma amostra dos participantes que já haviam respondido o questionário quantitativo no ano de 20065 , corresponden-te a avaliação dos 05 (cinco) primeiros anos de existência das Oficinas Kinoforum, e solicitamos que nos respondessem o questionário qualitativo, com perguntas abertas sobre o projeto.

A análise qualitativa foi escolhida como estratégia de coleta de dados por se tratar de uma pesquisa de caráter exploratório que possibilita o aprofundamento das res-postas, e, conseqüentemente, dados mais detalhados e descritivos sobre o projeto.

No total, foram doze questões respondidas por doze participantes, sendo nove do sexo masculino e três do sexo feminino. Em relação ao ano de participação, dois dos entrevistados participaram das oficinas no ano de 2001, três em 2002, três em 2004, um em 2005 e três em 2006. Assim tivemos representantes em quase todos os anos, exceto de 2003.

6.1.1. Expectativas

Segundo os questionários respondidos, a maior motivação para a participação nas Oficinas Kinoforum era aprender e ter contato com área audiovisual, não se restringindo ao âmbito teórico e sim com a expectativa de utilizar os conheci-mentos adquiridos na prática. Como, por exemplo, na produção de curtas-me-tragens, no manejo da parte técnica de uma gravação, e em possíveis atividades futuras, como mostra a fala destacada abaixo:

“Minhas expectativas era conhecer um pouco mais sobre o audiovisual, como é o

processo da realização de um curta e sua linguagem e também conseguir fazer um”.

Juliana Gaiba, 28 (participante da Oficina no Centro Cultural Banco do Brasil, em 2002)

A Associação Cultural Kinoforum realiza atividades e projetos e apóia o de-senvolvimento da linguagem e da produção cinematográfica com destaque para a promoção do audiovisual brasileiro. Suas oficinas têm a preocupação em dar subsídios aos alunos em relação à área áudiovisual e disseminá-la para pessoas com pouco ou nenhum acesso a esse tipo de linguagem.

Assim, pode-se dizer que as expectativas dos alunos correspondem aos objetivos da Kinoforum. Na primeira pesquisa, realizada com os mesmos participantes no ano de 2006, também houve essa consonância entre expectativas dos alunos versus metas das Oficinas Kinoforum, porém, um dado chamou a atenção: uma

4 Bondía, Jorge Larrosa. Notas sobre a experiência e o saber da experiência. Conferência proferida no I Seminário Internacional de Educação de Campi-nas. Campinas. Fumec, 2001.

5 Refere-se a realização da 1ª Pesquisa Avaliativa das Oficinas Kinoforum que coletou e analisou dados entre o período de 2001 á 2006.

6. Pesquisa Qualitativa (2001 a 2006)

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[ 40 ]parcela significativa contava com uma perspectiva de trabalhar na área, ou seja, ingressar no mercado de trabalho do audiovisual.

Nesse segundo questionário, nenhuma resposta apontava para essa direção, o que demonstra uma compreensão e um amadurecimento em relação aos obje-tivos das oficinas, que não estão ligados à profissionalização, mas que indireta-mente fornece e desenvolve recursos pessoais e técnicos que podem auxiliar na busca e no desenvolvimento de habilidades que facilitam a inserção e desempe-nho desses jovens em um trabalho ou em outras atividades que se contemplam o cotidiano dos jovens na esfera social.

“Hoje tenho base para fazer projetos e trabalhos com recursos audiovisuais e essa no-

ção é um diferencial no mercado de trabalho, em trabalhos da faculdade e em todos

os setores da minha vida”.

Gilmar Cintra da Silva, 23 (Oficina Brasilândia, 2003)

6.1.2. Aprendizados

As oficinas extrapolaram a questão da linguagem audiovisual e serviram como ferramenta para que os alunos ampliassem a sua visão de mundo, se aproprias-sem de sua identidade, pensassem diferentes formas de agir, de expressar senti-mentos, de conviver com o outro e, principalmente, com o diferente.

Os principais aprendizados citados referem-se à esfera pessoal, no que tange a questão do seu desenvolvimento. A questão do coletivo, do conviver em grupo trabalhando com suas semelhanças e diferenças, foi um dos destaques nas res-postas obtidas com aplicação do questionário:

“Aprendi a respeitar a opinião criativa de meus colegas e dos alunos”.

Ingrid Rodrigues Gonçalves, 26 (Oficina de Animação, 2004)

“O principal aprendizado foi trabalhar em equipe, principalmente. Meu grupo era bas-

tante heterogêneo e construir um filme com visões tão diferentes uma da outra, foi um

desafio interessante”.

Giovani Barros, 27 (Oficina Belenzinho, 2005)

“Aprendi a ser mais dinâmica, proativa e a trabalhar em grupo. A oficina de produção

me proporcionou um conhecimento maior para lidar com problemas e tentar identifi-

car a melhor forma de resolvê-los”.

Vanessa Sobral, 28 (participante da Oficina Grajaú, de 2006)

No primeiro relatório, a questão da convivência com o grupo foi citada como uma das dificuldades encontradas. A constante negociação de opiniões e pontos de vista, assim como o (re) planejamento contínuo das ações, foi visto por uma parte dos participantes como um aspecto desgastante, e até mesmo como um ponto negativo durante a realização das oficinas. Na presente pesquisa, por sua vez, o trabalho em grupo é visto como forma de crescimento e uma das princi-pais habilidades adquiridas no projeto.

Pode-se dizer, portanto, que o desafio do convívio, da dificuldade e da comuni-cação permitiu que os participantes se tornassem mais flexíveis, reconhecendo seus limites individuais priorizando assim a construção de propostas coletivas.

Todo aprendizado demanda um tempo de elaboração e apropriação. Assim o re-conhecimento do trabalho em grupo como aspecto positivo é revelado e interna-

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[ 41 ]lizado apenas nesse segundo momento de avaliação. Um dos pontos que chama a atenção é a questão do desenvolvimento pessoal e social que se sobressai em relação aos aprendizados estruturais e técnicos do audiovisual.

6.1.3. Conceitos

Do ponto de vista de formação de pessoas críticas, cidadãs e melhores prepa-radas para enfrentar os desafios da contemporaneidade, pode-se dizer que as Oficinas Kinoforum conduzem um processo educativo que leva em conta a rea-lidade e o contexto em que estão inseridos seus públicos. Esta postura permite que o jovem possa construir novas relações consigo mesmo (reflexiva e crítica), com o outro e com o mundo. Este movimento leva a um aprimoramento de sua auto-estima enquanto forma de altivez frente ao mundo, o que permite acreditar que na possibilidade de ampliação de repertórios e perspectivas, assim como na transformação social do meio em que vive.

Porém, o projeto Oficinas Kinoforum deve necessariamente pensar se a lingua-gem audiovisual é um meio ou um fim. Caso seja um meio, temos respostas e constatações mais que suficientes dos benefícios e resultados conquistados pelos participantes com a participação nas oficinas.

Agora, a apropriação dos conceitos da linguagem, o que de fato fica como apren-dizados em termos técnicos e teóricos são os que os participantes acabam usan-do na prática. Foi citado desde no primeiro relatório, que poucos participantes viam o acesso ao audiovisual como fonte de informação, aprendizado ou mesmo de cultura geral.

Pelo fato de as oficinas contarem com um tempo determinado, a assimilação de tantas informações e incorporação destas no repertório dos participantes não se dá de forma integral. Caso se veja a necessidade de um aprofundamento na lingua-gem, poderia se pensar em oficinas de atualização, reciclagem e outros módulos.

Nas questões de nove a quatorze, que investigam um pouco sobre os conceitos da linguagem, algumas respostas apresentam-se pouco elaboradas e aprofunda-das, isso não quer dizer que não houve assimilação do conteúdo, mas que os par-ticipantes respondem de forma mais imediata, o que vem à cabeça no momento da questão e não recorrem ao que de fato viram nas oficinas. Para a apropriação é necessário, além de ser significativa para aquele que recebe a informação, uma revisitada no conteúdo periodicamente. Também temos que levar em conta, que por se tratar de questões abertas, talvez não tenha havido um investimento, uma vontade em responder de forma mais compromissada as questões propostas.

Alguns exemplos: Na questão dez, que dizia “Pensando em sua experiência nas Oficinas Kinoforum e em outras que vivenciou após realizá-la construa uma frase ou pequeno texto sobre o tema Cinema e Comunidade”:

R: O cinema é a alegria da comunidade.

Vanessa Sobral, 28 anos (Oficina Grajaú, 2006)

Na questão doze, “Pensando em sua experiência nas oficinas e em outras que vivenciou após realizá-la, construa uma frase ou pequeno texto sobre o tema “As Oficinas Kinoforum de Realização Audiovisual foram...”

R: Um diferencial na minha vida.

Gilmar Cintra da Silva, 23 anos (Oficina Brasilândia, 2003)

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[ 42 ]Na questão treze, “Pensando em sua experiência nas Oficinas Kinoforum e em outras que vivenciou após realizá-la construa uma frase ou pequeno texto sobre o tema Minha Cidade, Seus Personagens...”

R: A Cidade é Fria como e cinza.

Daniel Hylario, 28 anos (Oficina Cidade Tiradentes, 2002)

Trabalhar a questão da autonomia dos participantes para buscar outras fontes de estudo e instrumentos disponíveis para tal acesso (tais como bibliotecas pú-blicas, sessões gratuitas ou baratas de cinema, sites na internet etc.), incentivar a retomada dos conteúdos vistos também se faz importante nesse processo.

6.1.4. Formação

Dos doze questionários respondidos, onze apresentam ensino superior completo ou incompleto, sendo que um cursa pós-graduação. Apenas um está no Ensino Médio. Não temos dados suficientes para concluir que as Oficinas Kinoforum foram o principal estímulo para a busca de uma formação mais completa, pelo ensino superior. Porém, ao trabalhar com uma série de questões ligadas ao de-senvolvimento pessoal e social, como citado anteriormente, há uma ampliação da visão de mundo e das possibilidades de elevação da escolaridade, e, conse-qüentemente, de conhecimento e repertório sociocultural.

Buscar uma formação e melhores condições para si e para sua família, acreditar que sua realidade pode ser transformada é essencial para que esses participan-tes se coloquem como protagonistas de sua história, escolhendo caminhos que permitam sair do estereótipo e agir em prol de si e de sua comunidade.

A metodologia usada pelas oficinas estimula a iniciativa desses jovens, sempre amparados por um educador que organiza os desejos e necessidades do seu gru-po, porém, os participantes são responsáveis pela pesquisa, elaboração, produção, formação de equipe, resolução de conflitos, superação de obstáculos entre outros. Dessa forma, conseguem acreditar que sua ação é capaz de interferir no cur-so dos acontecimentos e transformar sua atitude de resignação e desesperança. Assim, pode-se dizer que participar do projeto é um dos incentivadores na busca dessa formação mais completa.

6.1.5. Trabalho

Como mencionado em outros momentos neste item, os cursos promovidos pelo projeto não têm intenção de inserir seus alunos no mercado de trabalho do au-diovisual. No entanto, pela identificação e conhecimento adquirido nas oficinas, acabam buscando atividades relacionadas a esse campo.

A maior parte dos entrevistados nesse grupo de pesquisa encontra-se inserida no mercado de trabalho, o que é um fator positivo, pois muitos jovens têm di-ficuldade em encontrar meios de conseguir uma atividade remunerada, exceto por atividades pontuais, as ditas atividades informais - “bicos” – muitas vezes precarizadas no que diz respeito à promoção de direitos trabalhistas. Alguns celetistas, outros como autônomos exercem funções como: editor, arquivista, ge-rente de salas de cinema, pesquisador etc... Mesmo quando seu trabalho não está diretamente relacionado ao audiovisual, alguns usam os conhecimentos práticos e as habilidades adquiridas no seu dia-a-dia.

Page 43: Oficinas Kinoforum - Pesquisa 2011

[ 43 ]“Quando tenho algum protótipo de produto para demonstrar ainda uso o conhecimen-

to de captação – enquadramento - edição da oficina. Claro que o foco é outro, mas o

conhecimento inicial serviu como base para construir o conhecimento mais específico”.

Juliana Gaiba, 28 anos (Oficina no Centro Cultural Banco do Brasil, em 2002)

Consultora de User Experience da Telefônica

“Trabalho em grupo, colaboração, organização e disciplina. Utilizo em atividades em

grupo (sejam amigos ou trabalho”.

Noel, 27 anos (Oficina Grajaú, da temporada 2006)

Callcenter (Atendente); Informal: Fotógrafo e Palhaço

“Hoje, no trabalho, em alguns casos, eu tenho que fazer orçamento, falar com a cria-

ção, com a produção, acredito que a experiência de ter estado do outro lado faz com

que eu me comunique melhor com eles e entenda as suas necessidades” .

Lourenço Menezes Vieira, 26 anos (Oficina de Animação, 2004)

Freelancer e analista de marketing

6.1.6. Coletivos

A proposta dos coletivos é bastante interessante por se tratar de uma associação de pessoas que têm interesses em comum e ser uma forma de difusão de infor-mação e conteúdo, permitindo a troca de experiências e enriquecimento dos trabalhos e conhecimentos. No entanto, necessitam de dedicação, comprometi-mento e organização.

Uma das dificuldades citadas para manter um coletivo é conciliar estudo, traba-lho e o grupo. Sobre isso, muitos demonstraram interesse em fazer parte de um coletivo, porém essas “obrigações” acabam se sobrepondo ao desejo.

“No momento não, mas gostaria de participar. Mas é impossível com a faculdade me

envolver em algo agora”.

Diane Dourado dos Santos, 23 anos (Oficina Perus, em 2007)

Outro ponto é a manutenção de um grupo motivado e comprometido. Uma ou mais lideranças se fazem fundamentais nesse processo, e trabalhar com várias pessoas é um processo difícil, que exige disponibilidade e flexibilidade. Como sugerido, no primeiro relatório, a manutenção de um especialista para dar su-porte e até uma consultoria seria bastante apropriada para manutenção desses coletivos, que acabam se desfazendo por não ter essa figura de apoio e referência.

O que pôde ser visto como válido, é que alguns acabam optando por se envolver individualmente em atividades de interesse, sem ter que construir algo pronto em que possam se inserir. Como exemplo, o Lourenço Menezes Vieira, 26 anos (Ofi-cina Animação, 2004), que é voluntário no Centro de Voluntariado de São Paulo.

6.1.7. Imagens/Lembranças das Oficinas

Ao longo desses dez anos ficam as boas memórias. Relatos de momentos engra-çados, de companheirismo e aprendizado são citados pelos participantes.

O balanço é muito positivo, por vermos que esses jovens mesmo depois de tanto tempo relembram com carinho e valorizam cada aula, vivência e experiência que tiveram durante a realização do projeto.

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[ 44 ]Há uma imagem intrigante, colocada por um participante que se refere a um cacto. Podemos pensar que um cacto é aquela que armazena a substância mais importante para sua sobrevivência; a água. Assim, os participantes saem do pro-jeto e guardam dentro de si os conhecimentos, as lembranças, as relações, os aprendizados e não há nada mais importante para o ser humano que sair de uma experiência com toda essa bagagem.

“Os corredores do CCSP, são totalmente ‘kinoforiano’. Acho que cada pedacinho daque-

le lugar carrega uma lembrança dos alunos das oficinas kinoforum”

Vanessa Sobral, 28 anos (Oficina Grajaú, 2006 e módulo II)

“O título ‘Outros Olhos’ - do curta escrito e produzido por Camila ‘Catita’ Alves, Sandro

Acrísio e Noel Filho (Eu). Esta oficina nos mostrou um novo olhar e hoje juntos nós bus-

camos mostrar o Nosso Outro Olhar aos demais”.

Noel, 27 anos (Oficina Grajaú, 2006).

“Vêm à minha cabeça os momentos engraçados, sabe, a gente rindo até cair fazendo

os sons da Coxinha, o papel da luz (esqueci o nome) pegando fogo toda hora durante

a gravação, a correria para gravar tudo a tempo, um escorregando no chão, eu qua-

se deslocando o ombro carregando a bateria da luz... Também, sabe, me lembro de

quando a gente viu a Coxinha se movimentar pela primeira vez, foi mágico... A gente

comemorou, riu, ficamos tão encantados e impressionados que depois de 3 horas de

trabalho a gente conseguiu fazer a Coxinha mexer por 4 segundos! É, se fosse para es-

colher uma imagem, seria quando eu vi a Coxinha animada pela primeira vez! Isso re-

trata o quando foi mágico, o quanto eu aprendi e o quanto eu me diverti nas oficinas!”

Lourenço Menezes Vieira, 26 anos (Oficina de Animação, 2004).

6.1.8. Antes e Depois

Depois de um tempo decorrido da realização das oficinas, há uma clareza da transformação sofrida pelos alunos, que conseguem descrever as mudanças de-correntes da sua participação das oficinas, clareza esta que vem com o tempo para se observar, se perceber e reconhecer seu amadurecimento, erros e conquistas.

Em geral, os participantes têm uma visão positiva de como se enxergam agora, fundamentais para auto-estima, já que ao atribuírem valor a si mesmo, conse-guem se recolocar na família, na comunidade e na sociedade.

“Aprendi a caminhar pelas minhas próprias pernas. Aprendi a respeitar a pluralidade.

Aprendi que sempre existe outro ângulo para se posicionar a câmera/lente”.

Ingrid Rodrigues Gonçalves, 26 anos (Oficina Animação, 2004).

“Ah, antes das oficinas eu era um estudante procurando uma forma de me expressar

por imagens. Todo meu envolvimento com a área começou nas oficinas, e eu construí

um grupo de amigos que foi muito importante pessoalmente e que me fez continuar

pensando em construir imagens”.

Giovani Barros, 27 anos (Oficina Belenzinho, 2005).

Page 45: Oficinas Kinoforum - Pesquisa 2011

[ 45 ]6.1.9. Depoimentos

“Quero parabenizá-los pelo trabalho que vocês têm feito nas oficinas Kinoforum e pedir

que não parem de realizá-lo e também que aumentem o número de filiais das oficinas”.

Eric Sacramento, 18 anos (Oficina Pirituba, 2009).

“Agradeço muito as Oficinas Kinoforum, pois elas foram importantes pra eu traçar o

meu percurso dentro da minha carreira cinematográfica”.

Giovani Barros, 27 anos (Oficina Belenzinho, 2005).

“Assim como o Samba, a Kinoforum não pode morrer! Parabéns Pessoal!!! Vocês

literalmente Mudaram minha Vida para MELHOR!!! Serei eternamente Grato!!! Força

e SUCESSO!!!”.

Noel, 27 anos (Oficina Grajaú, de 2006).

“Obrigado companheiros, força, continuem. Ainda á muito trabalho pela frente”.

Mauricio Elias de Oliveira, 27 anos (Oficina Santos, 2002).

“Olha, que haja muitas outras comemorações de Dez Anos e que chegue a outras

partes do país!”

Lourenço Menezes Vieira, 26 anos, (Oficina de Animação, 2004).

Page 46: Oficinas Kinoforum - Pesquisa 2011

[ 46 ]

Para realização da iniciativa, a Associação Cultural Kinoforum estabelece parce-rias com instituições locais ou que realizam ações diretas nas regiões e comuni-dades em que se inserem as Oficinas. De 2001 a 2011 foram inúmeras parcerias que possibilitaram as condições físicas necessárias para que o acesso à produção audiovisual fosse levado aos diferentes cantos da cidade e do estado.

O 2º Relatório, assim como o anterior, aplicou às instituições parceiras um questionário no qual seus representantes ou dirigentes responderam a estímulos acerca (1) das motivações para o estabelecimento da parceria, (2) das expecta-tivas e, sobretudo, se estas foram alcançadas; (3) dos aspectos que elencariam como positivos (4) entre outros.

Ao todo participaram desta pesquisa 07 (sete) instituições, sendo: 06 (seis) se-diadas na capital paulista – 02 (duas) localizadas na zona leste e 04 (quatro) localizadas na zona sul da cidade – e 01 (uma) localizada no interior do estado – Jundiaí. E assim, como os demais instrumentos de coleta de dados desta dessa pesquisa, a resposta ao mesmo se deu de maneira voluntária e de autopreenchi-mento.

O instrumento referido tratou-se de um questionário estruturado composto por 12 questões ora colocadas com possibilidade de múltiplas respostas fechadas, ora colocadas com a possibilidade de resposta aberta.

Das 07 (sete) instituições participantes 05 (cinco) apontaram terem suas expec-tativas contempladas e outras 02 (duas) colocaram terem ocorridos contingên-cias para que essas não fossem atendidas integralmente:

“Sim, pois as técnicas aprendidas estão sendo utilizadas por educadores do Progra-

ma Jovens Urbanos na atuação com jovens de 16 a 21 anos”.

Comunidade Cidadã.

“Foi muito interessante, mas, infelizmente atendeu em sua maioria alunos de ou-

tras regiões e não de nossa comunidade. Mas, os dois alunos daqui participaram

gostaram tanto que se inscreveram no curso de teatro no ano seguinte e estão

comigo até hoje”.

Centro Cultural ArenArt

Como se pode aferir nos exemplos acima citados, as expectativas podem ser tomadas, a priori, como diferentes, contudo, se voltam para a aquisição do(s) conhecimento(s) especifico(s) do(s) qual(is) o projeto Oficinas Kinoforum é de-tentor e dissemina nos locais em que se realizam. Esta disseminação ocorre, primeiramente, pela formação dos residentes das comunidades. Entre as insti-tuições participantes desta pesquisa, apenas uma alegou ter um público majori-tariamente de fora da instituição:

“09 (nove) jovens, todos militantes do movimento”

Movimento em Defesa do Favelado.

“Jovens participantes do Programa Jovens Urbanos no Lajeado, foram 14 (catorze)

jovens inscritos na oficina”

Programa Jovens Urbanos.

7. Impressões das Instituições

Page 47: Oficinas Kinoforum - Pesquisa 2011

[ 47 ]“Nenhum, porque a data da oficina coincidia com o ENEM, e os alunos da entidade

com idade para participar do curso precisavam da prova para inscrição no pró-Uni”.

Centro Cultural ArenArt

Todavia, não somente via seus moradores, mas também por meio da participa-ção de educadores e trabalhadores das próprias instituições essa disseminação é operada. Deste modo, as oficinas conseguem disseminar tais conhecimentos de maneira dialógica, capaz de estabelecer uma troca entre os pares envolvidos: oficinas – alunos – instituição (comunidade).

A busca por esta troca e, portanto, para aquisição e posterior construção do conhecimento em torno do audiovisual se faz clara quando são questionadas as motivações para receber as Oficinas em seu escopo de ações – mesmo que temporariamente:

“Para ampliar a área de atuação da instituição; Por acreditar que há convergência

entre a proposta das Oficinas e a instituição; Para formar agentes multiplicadores

dos conhecimentos audiovisuais”.

Fundação Antonio – Antonieta Cintra Gordinho

Apenas 1 (uma) das instituições participantes não colocou no conjunto de moti-vações para sediar as Oficinas a formação de agentes multiplicadores. As demais identificam tal intenção e acabaram por se sentir contempladas.

Outro dado que se repete, diz respeito à utilização das técnicas audiovisuais antes das Oficinas. Neste, a quase totalidade das instituições alegaram não ter atividades neste âmbito - apenas (1) indicou possuir ter atividades correlatas - e assim, a realização das Oficinas possibilitou aos participantes conhecerem o processo de realização audiovisual e terem acesso à linguagem cinematográfica – tanto para os participantes quanto para a comunidade.

Para essas instituições, mesmo que pontualmente, a realização das Oficinas vem ao encontro da necessidade de ampliação das ações socioculturais, ao mesmo que articula internamente novas possibilidades de organizar conhecimentos es-pecíficos e abrangentes (educacionais eletivos). As Oficinas, por sua vez, mesmo que não intencionalmente, se colocam como um dispositivo sensibilizador, for-mador e inspirador de (novas) ações.

Ao mesmo tempo em que atua para ampliação do repertório individual, tam-bém estimula em suas instituições parceiras a utilização de um novo suporte educacional passível de ser ensinado por si mesmo, como para articular outros temas e/ou conceitos.

Diante do cenário desenhando, a partir desta coleta de dados, pode-se concluir que as Oficinas, além de bem aceita pelas instituições, operam transformações no campo pedagógico das mesmas.

Page 48: Oficinas Kinoforum - Pesquisa 2011

[ 48 ]

A antropóloga Andréa Barbosa em seu artigo sobre periferia, cinema e violência6 afirma que:

“Nos últimos anos vimos crescer um retorno à produção cinematográfica que te-

matiza a vida nas áreas pobres das cidades brasileiras. Podemos lembrar de filmes

como Orfeu, O rap do pequeno príncipe contra as almas sebosas, Noticias de uma

guerra particular, Uma onda no ar, O invasor, Cidade de Deus, De passagem e Contra

todos (...) Parece existir um grande interesse em construir filmicamente estes espa-

ços que são espaços físicos, mas também espaços sociais” (2006, p. 205).

Geralmente, quando falamos da relação do audiovisual com a periferia e seus personagens, no primeiro momento, a idéia que logo vem à tona é a das produ-ções cinematográficas brasileiras a que se refere Andréa Barbosa. Estas produções audiovisuais têm como característica a representação de “fora para dentro” des-tes territórios, ou seja, as imagens, majoritariamente, foram captadas por pessoas estranhas a este meio, sendo que os moradores destas localidades acabavam por “desempenhar o papel de homens filmados” (Alvarenga e Satiko, 2006, p. 183).

No entanto, como mostram Clarisse Alvarenga e Rose Satiko (2006), nos últi-mos anos esta população que antes era apenas filmada, passa agora a enfrentar o papel de realizadores de suas próprias imagens. São filmes da periferia, na peri-feria e feitos pela periferia. Segundo as autoras, embora as produções audiovisu-ais feitas pela periferia aconteçam em contextos diversos, os meios mais comuns são o oferecimento de oficinas de vídeo ou cinema realizadas por Organizações Não Governamentais e instituições privadas ou públicas destinadas, na maior parte das vezes, ao público jovem de baixa renda.

A presença destas oficinas e cursos, como é o caso do trabalho realizado pela Associação Cultural Kinoforum, faz parte do cenário – aumentando o foco da análise - mais amplo de transformações que vem acontecendo no espaço urbano das grandes cidades, tal como afirmam Vera Telles e Robert Cabanes7:

“Como outras grandes cidades, São Paulo vem passando por transformações de

fundo. Em uma paisagem urbana muito alterada, ganham forma e evidência tan-

gível as transformações que, nas últimas décadas, afetaram Estado, economia e

sociedade. Em seus espaços e artefatos estão cifrados os modos de circulação e

distribuição da riqueza, as mutações do trabalho e das formas de emprego, a revo-

lução tecnológica e os serviços de ponta, os grandes equipamentos de consumo e

os circuitos de ampliação do mercado. Junto com os intensos deslocamentos inter

e intra urbanos, que acompanham as atuais mutações do trabalho e dos espaços

urbanos, são transformações que tem alterado os tempos, espaços e ritmos da ex-

periência urbana. Alteram-se escalas de distância e proximidade, mudam padrões

de mobilidade e acesso aos espaços urbanos e seus serviços, redefinem-se os

agenciamentos da vida cotidiana (...)” (2006, p. 11).

Embora estas transformações tenham atingido os diferentes espaços urbano e so-cial da metrópole, os territórios periféricos sofreram dinâmicas peculiares de fenô-menos de maior amplitude, tal como a violência e o consumo, como mostra Rena-

6 Barbosa, Andréa. “Periferia, cinema e violência”. In: Sexta-feira, vol. 08 – periferia. São Paulo, Editora 34, 2006, p. 205 - 212.

7 Cabanes, Robert e Telles, Vera da Silva. Nas tramas da cidade: trajetórias urbanas e seus territórios. São Paulo, Associação editorial humanitas, 2006.

8. Conclusão

Page 49: Oficinas Kinoforum - Pesquisa 2011

[ 49 ]to Cymbalista em seu artigo “O lugar aonde as pessoas chegam antes da cidade”8:

“(...) os anos de maior crescimento econômico da Região Metropolitana de São

Paulo, as décadas de 1950 a 1970, foram também os de maior expansão periférica

baseada no trinômio loteamento periférico, casa própria e autoconstrução. As peri-

ferias e a pobreza na cidade vem desde então se transformando significativamente

na cidade. A década de 80 foi de grande crise de emprego e renda transformando

definitivamente as periferias de ‘bairro operários’ em territórios de vulnerabilidade

social. A década de 90 foi de surgimento de grandes empreendimentos nas peri-

ferias, como hipermercados e shopping centers, que exploram o potencial de con-

sumo que efetivamente existe mesmo nas periferias mais pobres. Alguns outros

novos elementos têm surgido: o crescimento da violência, o surgimento de grupos

de contracultura, como o hip-hop, o surgimento da sociabilidade promovida pelas

igrejas evangélicas. Definitivamente, a periferia do início do século XXI não é a mes-

ma periferia operária da década de 1970” (2006, p. 47).

É neste contexto de uma maior vulnerabilidade social e do crescimento das atividades informais, ilegais e ilícitas (Telles, 2006) nas periferias, que projetos sociais e Organizações Não Governamentais (ONGs) encontram “a matéria prima para elaboração de suas propostas e permitem um interessante contato entre moradores e pessoas de fora” (Magnani, 2006, p. 41)9. Assim, segundo o antropólogo José Guilherme Magnani, as ONGs e os projetos sociais vêm ocupando o lugar antes exercido pela associação de moradores, mas com novas características, pois as associações representavam uma interface entre os mora-dores e os aparelhos do Estado. As ONGs, por sua vez, até podem passar pelo Estado, mas também buscam outras fontes como instituições internacionais e trazem como novidade:

“(...) não apenas uma estrutura, mas também uma linguagem específica, incorpo-

rada já no discurso e nas estratégias dos próprios moradores (...) se toda ONG tem

que ter um pé fincado na população local, não dispensa, entre seus quadros, pro-

fissionais e estudantes de fora, e assim se faz a ponte. Esta junção é a novidade”

(Magnani, 2006, p. 41).

Portanto, a presente pesquisa ao buscar avaliar o impacto das Oficinas Kino-forum na vida dos participantes e, conseqüentemente, na comunidade em que estão inseridos, observou como os cursos possibilitaram a seus participantes en-trar em contato a “novidade” na qual Jose Guilherme Magnani se refere na ci-tação acima. Novidade esta, entendida dentro do campo do devir, ou seja, como a abertura de um campo de possibilidades que permite ao estudante não ser apenas um técnico de audiovisual, mas transformar-se em um sujeito capaz de produzir afectos e afecções (afetar e ser afetado) no ambiente em que vive e fora dele. Logo, o devir pode ser entendido:

“(...) como o movimento pelo qual um sujeito sai de sua própria condição por meio

de uma relação de afetos que consegue estabelecer com uma condição outra.

Estes afetos não têm absolutamente o sentido de emoções ou sentimentos, mas

simplesmente daquilo que afeta, que atinge, que modifica (...) O devir, assim, é o

que nos arranca não apenas de nós mesmos, mas de toda identidade substancial

possível” (Goldman, 2006, p. 31).

8 Cymbalista, Renato. “O lugar aonde as pessoas chegam antes da cidade”. In: Sexta-feira, vol. 08 – periferia. São Paulo, Editora 34, 2006, p. 44 – 51.

9 Magnani, José Guilherme. “Trajetos e trajetórias: uma perspectiva da an-tropologia urbana”. In: Sexta-feira, vol.08 – periferia. São Paulo, Editora 34, 2006, p. 30 – 43.

Page 50: Oficinas Kinoforum - Pesquisa 2011

[ 50 ]Assim, a presente pesquisa analisou, por um lado, como as experiências viven-ciadas nas Oficinas Kinoforum permitiram aos participantes romper estigmas e construir novas possibilidades de relações no mercado de trabalho, na educação, no lazer, na comunidade e na cidade, através de um novo olhar (afecções) e de novas atitudes (afectos). Por outro lado, o relatório aponta também para os cam-pos de força que agem sobre a vida e a comunidade dos participantes, força esta que ora pode potencializar a experiência, ora aparece como empecilho na prática de novos modos de vida. Esta dualidade é assim exposta por José Guilherme Magnani10 através da categoria nativa de quebrada:

“Desta forma, ‘quebrada’ pode ter duas leituras: uma que aponta para a distância,

as carências, as dificuldades inerentes à vida na periferia, mas também a que per-

mite o reconhecimento, a exibição de laços de quem é desta ou daquela localida-

de, bairro, vila. A alusão ao perigo, por sua vez, traz, surpreendentemente, uma

conotação positiva, pois não é para qualquer um aventurar-se pelas ‘quebradas’

da vida. É preciso ter ‘humildade’, ‘procedimento’, estar relacionado, e esse sentido

está presente entre pichadores, nas letras de rap, nas falas de seguidores de várias

modalidades do hip-hop, como uma forma de valorização de seus estilos de vida,

superando a estigmatização da pobreza, delinqüência e violência geralmente as-

sociada à periferia” (2007, p. 254).

Nesta perspectiva, a pesquisa pôde perceber que as oficinas, em primeiro lugar, incentivam o fluxo de pessoas pela cidade, não apenas alimentando o percurso bairro–centro, mas também os trajetos centro–bairro e bairro–bairro. Esta mo-bilidade tem possibilitado a abertura da quebrada para construção de encontros heterogêneos entre pessoas da mesma e de outras localidades, incentivando as-sim modos singulares de se fazer cidade, seja através do audiovisual ou não.

As Oficinas Kinoforum aparecem neste cenário como um instrumento que pro-picia a aquisição e busca por conhecimento e novos encontros. Assim, embora o desejo por uma colocação profissional no campo audiovisual após os cursos ainda seja um elemento central para os participantes, o desenvolvimento de ha-bilidades mais amplas - como trabalho em grupo, desenvolvimento de olhar crítico e organização melhor das informações acumuladas – mostraram-se fun-damentais para o sucesso das oficinas. Isto porque, pôde se observar nos dados coletados que o mercado audiovisual não consegue absorver completamente o público atingido pelas oficinas. É importante ressaltar que este não é também o objetivo das Oficinas Kinoforum.

Segundo os entrevistados, o distanciamento profissional com o audiovisual acaba levando a uma perda do conhecimento técnico desenvolvido durante os cursos. Nesta perspectiva, a opção de realizar oficinas onde o conhecimento téc-nico coexiste com práticas voltadas ao aprimoramento pessoal e social tem se mostrado eficaz, pois os participantes apontaram que as habilidades adquiridas nos cursos têm contribuído em diferentes instâncias de suas vidas (profissional, educacional, social).

Frente às profundas transformações que São Paulo vem passando nos últimos tempos, podemos pensar que as oficinas promovidas pela Associação Kinofo-rum em diferentes localidades do estado de São Paulo se configuram como pon-tos que não se encerram em si mesmos, ou seja, não são cursos de cunho assis-tencialista que restringem sua ação a transmissão de um determinado conteúdo

10 Magnani, José Guilherme. “Fechando o circuito”. In: Jovens na metrópole: etnografias de circuito de lazer, encontro e sociabilidade. São Paulo, Editora Terceiro nome, 2007, p. 247 – 254.

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[ 51 ]técnico a uma parcela da população em condições de vulnerabilidade social. Ao contrário, as oficinas aparecem como pontos dentro daquilo que os filósofos Gilles Deleuze e Felix Guattari chamaram de rizoma, isto é, uma rede sem começo nem fim tecida pelos próprios participantes, a partir dos aprendizados, encontros e ações (afectos e afecções) potencializados pelos “ponto-oficinas”.

Neste contexto, portanto, de redefinição dos agenciamentos da vida cotidiana, as oficinas têm possibilitado a construção de “uma linha de fuga possível para os jovens das comunidades. Mas essa ao contrário do tráfico, é uma linha de vida, uma vez que implica na recriação dos códigos de comportamento; na reinvenção dos modelos e relações de produção; no redirecionamento da conexão e do acesso através de canais alternativos; na redefinição do consumo” (Barbosa, 2006, p. 17)11.

11 Barbosa, Antonio Rafael. “Humanidade por excesso e as linhas de fuga que se abrem para o gueto”. In: Sexta-feira, vol. 08 – periferia. São Paulo, Editora 34, 2006, p. 9 - 17.

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[ 52 ]

As propostas de ações que aqui seguem são fruto de análises não somente dos dados coletados nesta 2ª Pesquisa, mas também, de outros aspectos que compõe o(s) contexto(s) de realização e inserção das Oficinas Kinoforum. Não há inten-ções que demonstrem um único caminho, mas possibilidades de ampliação de atuação e conseqüentemente, resultados.

É certo que ao longo desses 10 (anos) as Oficinas Kinoforum construíram po-tencialidades e perceberam suas fragilidades em torno do seu fazer técnico e educacional, contudo, observações externas podem colaborar positivamente em seu desenvolvimento.

A primeira proposta diz respeito à combinação de duas variáveis, uma coletada via pesquisa, outra por observação do contexto do Festival de Curtas: em sua 22ª edição, a Associação Kinoforum contou com o apoio/patrocínio da empresa AVON, que atende ao um mercado consumidor majoritariamente feminino. Tal dado entra em consonância com o público das Oficinas mais de 50% composto por mulheres. Assim, estruturar oficinas voltadas para realização audiovisual que incentivem o debate acerca das questões do feminino e gênero, pode ser uma alternativa substanciosa para atender a demanda de especialização e prolonga-mento dos módulos.

Outra proposta diz respeito distribuição geográfica das oficinas. De fato, houve no decorrer das realizações expansões territoriais, sobretudo, no âmbito munici-pal, mas ainda se faz díspar a perpetuação das ações das oficinas – principalmen-te as de módulo I - entre a zona sul e outras regiões da cidade. De acordo com os mapas de distribuição ainda existem muitos territórios nos quais a inserção das oficinas se faria relevante, dentro e fora da cidade (estado).

A terceira e última proposta, diz respeito ao processo avaliativo e ao tempo des-tinado ao mesmo. A preocupação da Kinoforum em avaliar o desenvolvimento das Oficinas é notória, não somente pelas duas Pesquisas Avaliativas realizadas, como também por mecanismos internos de avaliação. Todavia, estruturar uma periodicidade, mecanismos sistemáticos de avaliação e um tempo mais aprofun-dado para: coleta, análise e sistematização de dados. Tais procedimentos leva-riam a visualizações mais claras e abarcariam um contingente maior de variáveis na avaliação de seus percursos e resultado.

9. Propostas de Ações

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[ 53 ]10. Anexos

10.1. Questionários

10.1.1. Questionários da etapa quantitativa da pesquisa

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QUESTIONÁRIO 1

Interesse, participação e perfil dos alunos e ex-alunos nas Oficinas Kinoforum de realização audiovisual Orientações Gerais: - Não é obrigatório o preenchimento do seu nome - Nas questões em que constar uma alternativa "Other", considerar como "Outros"

Nome: ______________________________________________________

Idade: ____

Sexo: ( ) Feminino ( ) Masculino

01. Em que ano você participou das oficinas? (caso tenha participado de mais de uma oficina, assinale o ano em que realizou a primeira)

a) ( ) 2006 b) ( ) 2007 c) ( ) 2008 d) ( ) 2009 e) ( ) 2010 f) ( ) 2011/ está cursando atualmente

02. Qual o nome da instituição na qual aconteceu a oficina que você participou ou está participando?

03. Você possui ou possuía vinculo com essa instituição?

a) ( ) sim b) ( ) não

04. Como tomou conhecimento das oficinas Kinoforum?

a) ( ) amigos/ conhecidos que já participaram b) ( ) divulgação na própria comunidade c) ( ) internet/site da oficina d) ( ) Outros. ________________

05. Porque você se inscreveu na oficina? (assinale mais de uma alternativa caso julgue necessário)

a) ( ) Para conhecer e aprender sobre a área de audiovisual b) ( ) Para trabalhar na área de cinema e vídeo c) ( ) Fazer um filme d) ( ) Para aprender sobre audiovisual e com isso mobilizar a vida cultural de minha

comunidade/bairro. e) ( ) Me interessei, pois tinha conhecimento sobre o assunto da oficina f) ( ) Outros. ________________

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06. Você atingiu sua(s) expectativa(s)?

a) ( ) sim b) ( ) não

07. Você já tinha algum conhecimento na área de cinema e vídeo antes de participar das oficinas?

a) ( ) Sim b) ( ) Não

08. O que mudou depois de você participar da oficina ou o que acha que poderá mudar? (assinale mais de uma alternativa caso julgue necessário)

a) ( ) Adquiri a capacidade de planejar, trabalhar e decidir em grupo b) ( ) Adquiri a capacidade/ vontade de atuar em meu entorno social a partir do conhecimento

adquiridoc) ( ) Adquiri a capacidade para localizar, acessar e usar melhor as informações acumuladas. d) ( ) Passei a assistir os programas de TV com o olhar mais crítico. e) ( ) Aprendi uma nova linguagem. f) ( ) Ampliei minha capacidade criativa e imaginativa. g) ( ) Passei a frequentar salas de cinema. h) ( ) Passei a assistir filmes nacionais e/ou mostras de cinema k) ( ) Comecei a mobilizar atividades culturais em minha comunidade/bairro. l) ( ) Me envolvi em um grupo/ um coletivo independente na área de audiovisual cultural ou

educativam) ( ) Comecei a trabalhar na área de audiovisual cultural ou educativa n) ( ) Não mudou nada. o) ( ) Outros. ________________

09. Como você deu continuidade ou pretende dar continuidade aos conhecimentos adquiridos? (assinale mais de uma alternativa caso julgue necessário)

a) ( ) Trabalhando na área de cinema e vídeo b) ( ) Assistindo TV ou ao cinema com um outro ponto vista. c) ( ) Atuando na comunidade com o conhecimento adquirido d) ( ) Utilizando o audiovisual como uma nova forma de expressão e) ( ) Dando continuidade ao aprendizado sobre cinema e vídeo f) ( ) Não pretendo utilizar e nem dar continuidade g) ( ) Outros. ________________

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87

10. Quais foram ou serão as maiores dificuldades enfrentadas por você após o término das oficinas (assinale mais de uma alternativa caso julgue necessário):

a) ( ) Nenhuma. Pois não tenho interesse em dar continuidade às atividades relacionadas ao audiovisual.

b) ( ) Ter acesso aos locais de exibição de filmes c) ( ) Ter acesso a locais de estudo sobre audiovisual (museus, bibliotecas etc) d) ( ) Exibir o filme produzido nas oficinas em outros locais de exibição fora da comunidade. e) ( ) Exibir o filme produzido nas oficinas em equipamentos da minha comunidade. f) ( ) Articular na comunidade meios de viabilizar a realização e exibição de curtas metragens g) ( ) Conseguir uma ocupação remunerada na área de audiovisual h) ( ) Conseguir uma ocupação remunerada em outra área em que posso aplicar indiretamente

os conhecimentos adquiridos nas oficinas. i) ( ) Acessar informações sobre área do audiovisual, tais como editais de realização entre outros j) ( ) Aplicar o conhecimento adquirido para o processo de transformações sociais da minha

comunidade.

11. Quais foram as dificuldades que você enfrentou durante a sua participação nas oficinas? (assinale mais de uma alternativa caso julgue necessário)

a) ( ) Técnicas: operação de equipamentos, roteiro, entrevistas, lugares para filmagens, atores etc.

b) ( ) Conciliar o emprego com as atividades c) ( ) Pais, familiares ou companheiros não eram a favor d) ( ) Meio de transporte e) ( ) Tomar decisões em grupo g) ( ) Não conseguiu compreender bem todas as aulas ou parte delas. h) ( ) Não teve dificuldades. i) ( ) Outros. ________________

12. Antes das oficinas, cinema para você era (assinale mais de uma alternativa caso julgue necessário):

a) ( ) diversão/ passatempo b) ( ) aborrecimento/ tedioso c) ( ) linguagem d) ( ) cultura e) ( ) mercadoria f) ( ) inacessível. g) ( ) Outros. ________________

13. Depois das oficinas, cinema para você é (assinale mais de uma alternativa caso julgue necessário):

a) ( ) não mudou b) ( ) aborrecimento/ tedioso c) ( ) diversão d) ( ) linguagem d) ( ) cultura e) ( ) mercadoria f) ( ) inacessível.g) ( ) Outros. ________________

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14. Em relação a faculdade/ universidade:

a) ( ) A oficina me estimulou a ir em busca de um ensino superior e hoje estou cursando uma faculdade na área de audiovisual.

b) ( ) A oficina me estimulou a ir em busca de um ensino superior e hoje estou cursando uma faculdade, porém não na área audiovisual

c) ( ) A oficina me estimulou ir em busca de um ensino superior, porém ainda não consegui ingressar na universidade

d) ( ) Já cursava uma faculdade antes de entrar na oficina e) ( ) Não cursava e nem pretendo cursar o ensino superior

15. Atualmente você está trabalhando?

a. ( ) sim b. ( ) não

16. Qual a sua ocupação atual?

17. Ter participado das Oficinas Kinoforum ajudou ou ajuda você nas atividades que desempenha em seu trabalho? (assinale mais de uma alternativa caso julgue necessário)

a) ( ) Sim, ajuda. Pois trabalho na área audiovisual. b) ( ) Sim, ajuda. Não trabalho na área audiovisual diretamente, mas, os conhecimentos

adquiridos me ajudam a criar alternativas criativas para desempenhar meu trabalho. c) ( ) Sim, ajuda. Pois mesmo sem trabalhar diretamente com a criação audiovisual os produtos

audiovisuais são suporte ou subsídios para o que exerço. d) ( ) Não. Pois não trabalho na área audiovisual e não tenho como utilizar os produtos

audiovisuais como suporte ou subsídio para meu trabalho. e) ( ) Não. Pois mesmo trabalhando na área de audiovisual, as oficinas não ensinaram nada novo. f) ( ) Outros. ________________

18.Trabalha ou já trabalhou nas oficinas Kinoforum?

a) ( ) Sim b) ( ) Não

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QUESTIONÁRIO 2

Perfil sócio-econômico12 dos alunos das oficinas Kinoforum de Realização Audiovisual

1. Qual o seu grau de instrução?

a. ( ) Pós-graduado stricto sensu ou cursando b. ( ) Pós-graduado lato sensu ou cursando c. ( ) Superior d. ( ) Superior incompleto ou cursando e. ( ) Ensino Médio completo (antigo 2º Grau) f. ( ) Ensino Médio incompleto (antigo 2º Grau) g. ( ) Ensino Fundamental completo (antigo 1º Grau) h. ( ) Ensino Fundamental incompleto (antigo 1º Grau) i. ( ) Até 4ª série j. ( ) Não sabe ler e escrever

2. Qual o grau de instrução da sua mãe?

a. ( ) Pós-graduado stricto sensu ou cursando b. ( ) Pós-graduado lato sensu ou cursando c. ( ) Superior d. ( ) Superior incompleto ou cursando e. ( ) Ensino Médio completo (antigo 2º Grau) f. ( ) Ensino Médio incompleto (antigo 2º Grau) g. ( ) Ensino Fundamental completo (antigo 1º Grau) h. ( ) Ensino Fundamental incompleto (antigo 1º Grau) i. ( ) Até 4ª série j. ( ) Não sabe ler e escrever

3. Qual o grau de instrução do seu pai?

a. ( )Pós-graduado stricto sensu ou cursando b. ( )Pós-graduado lato sensu ou cursando c. ( ) Superior d. ( ) Superior incompleto ou cursando e. ( ) Ensino Médio completo (antigo 2º Grau) f. ( ) Ensino Médio incompleto (antigo 2º Grau) g. ( ) Ensino Fundamental completo (antigo 1º Grau) h. ( ) Ensino Fundamental incompleto (antigo 1º Grau) i. ( ) Até 4ª série j. ( ) Não sabe ler e escrever

4. Você cursou ou está atualmente cursando alguma faculdade?

a. ( ) sim b. ( ) não

5. Sua faculdade é:

a. ( ) Pública b. ( ) Particular c. ( ) Particular com bolsa ou outro tipo de financiamento d. ( ) Não cursei faculdade

12 Fonte: Adaptado do questionário enviado aos pais pela Escola Municipal de 1º Grau "Dr. Fábio da Silva Prado", fornecido pela Profa. Nanci Sperandio.

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6. Em que ano você ingressou na faculdade?

a. ( ) Antes de 2001 b. ( ) 2001 c. ( ) 2002 d. ( ) 2003 e. ( ) 2004 f. ( ) 2005 g. ( ) 2006 h. ( ) 2007 i. ( ) 2008 j. ( ) 2009 k. ( ) 2010 l. ( ) 2011 m. ( ) Não cursei faculdade

6. Qual a sua renda familiar?

( ) Mais de 20 salários mínimos ( ) De 11 a 20 salários mínimos ( ) De 07 a 11 salários mínimos ( ) De 04 a 07 salários mínimos ( ) de 01 a 04 salários mínimos

7. Quem trabalha na família? (assinale mais de uma alternativa caso julgue necessário)

( ) Pai ( ) Mãe ( ) Filhos maiores de 14 anos ( ) Filhos menores de 14 anos ( ) Cônjuge ( ) Outros. _______________________

9. Ao todo, quantas pessoas trabalham na família?

10. Como você trabalha?

a. ( ) Autônomo b. ( ) Empregador/Empresário c. ( ) Empregado d. ( ) Desempregado e. ( ) Dono de casa f. ( ) Aposentado

11. Como seu pai trabalha?

a. ( ) Autônomo b. ( ) Empregador/Empresário c. ( ) Empregado d. ( ) Desempregado e. ( ) Dono de casa f. ( ) Aposentado

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12. Como sua mãe trabalha?

a. ( ) Autônoma b. ( ) Empregadora/Empresária c. ( ) Empregada d. ( ) Desempregada e. ( ) Dona de casa f. ( ) Aposentada

13. Qual a profissão do seu pai?

14.Qual a profissão da sua mãe?

16. Você ou algum membro da sua família recebe algum tipo de auxílio ou bolsa, governamental ou privada?

a. ( ) Seguro desemprego b. ( ) Bolsa família c. ( ) Renda cidadã d. ( ) Nenhum membro da minha família recebe qualquer tipo de bolsa ou auxílio e. ( ) Outros. ________________

17. Em que bairro você mora?

18. A casa onde você mora é:

a. ( ) Própria b. ( ) Alugada c. ( ) Alugada com 2 famílias d. ( ) Cedida e. ( ) Em financiamento

19. Quantas pessoas moram na sua casa?

20. Tipo de casa

a. ( ) Térrea b. ( ) Sobrado c. ( ) Apartamento d. ( ) Muitas famílias no mesmo quintal

21. Quantos cômodos tem sua casa?

22. Tipo de construção

a. ( ) Alvenaria (tijolo, concreto, etc.) b. ( ) Madeira, tábuas

23. Há favela no bairro?

a. ( ) Sim. b. ( ) Não.

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24. Em sua casa há (assinale mais de uma alternativa caso julgue necessário):

( ) relógio ( ) liquidificador ( ) batedeira ( ) rádio ( ) aparelho de som ( ) mp3 player ( ) televisão ( ) vídeo/DVD ( ) filmadora ( ) geladeira ( ) microondas ( ) freezer ( ) aspirador de pó ( ) computador ( ) máquina de lavar ( ) secadora ( ) lava-louças ( ) bicicleta ( ) moto ( ) carro ( ) telefone fixo ( ) celular

24.Sua rua tem (assinale mais de uma questão caso julgue necessário):

( ) água encanada ( ) correio ( ) luz ( ) banca de jornal ( ) esgoto ( ) orelhão ( ) coleta de lixo ( ) dentista ( ) coleta seletiva de lixo ( ) farmácia ( ) asfalto ( ) teatro ( ) área de lazer ( ) igreja ( ) cinema ( ) indústria ( ) biblioteca ( ) lojas ( ) posto de saúde ( ) bancos ( ) consultório médico ( ) supermercado ( ) delegacia ( ) posto de gasolina ( ) clube ( ) hospital ( ) feira livre ( ) ponto inicial ou terminal de ônibus

25.Qual o meio de transporte mais usado pela família?

( ) carro ( ) trem ( ) ônibus ( ) metrô ( ) Outros. ________________

26. Qual a condição desse meio de transporte?

( ) Péssima ( ) Ruim ( ) Regular ( ) Boa ( ) Ótima

27.Sua rua é (assinale mais de uma alternativa caso julgue necessário):

( ) arborizada ( ) limpa ( ) suja ( ) é feita a limpeza das guias ( ) tem terrenos baldios sem cerca ( ) tem terreno baldio do Estado ou da Prefeitura

28.Sua casa tem:

( ) jardim ( ) espaço livre ( ) não tem espaço ( ) horta ( ) árvores frutíferas

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29.Seu bairro tem centro comunitário, associação de moradores, casa de cultura ou outra instituição semelhante?

a. ( ) Sim b. ( ) Não

30. Algum membro da sua família tem algum problema de saúde?

a. ( ) Pai b. ( ) Mãe c. ( ) Filho(a) d. ( ) Outro e. ( ) Ninguém tem problemas de saúde

31. Onde recebe atendimento médico? ( ) Convênio ( ) SUS ( ) Outros. ________________

32.O que você faz em suas horas de lazer? (assinale mais de uma alternativa caso julgue necessário)

( ) usa internet ( ) lê ( ) conversa na rua ( ) trabalha fora ( ) sai e não dá satisfação ( ) assiste TV sempre ( ) ajuda nos serviços de casa ( ) joga vídeo game ( ) Outros. ________________

33.O que sua família faz para se divertir? (assinale mais de uma alternativa caso julgue necessário)

( ) viaja ( ) vai ao shopping ( ) freqüenta clube ( ) vai ao parque ( ) assiste TV ( ) faz passeios culturais ( ) vai ao cinema ( ) não sai ( ) usa internet ( ) lê ( ) conversa na rua ( ) vai à “balada” ( ) ouve música ( ) joga vídeo game ( ) aluga DVDs ( ) Outro. ____________

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10.2. Tabelas

10.2.1. Anexo 1

10.2.2. Anexo 2

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10.2.3. Anexo 3

10.2.4. Anexo 4

10.2.5. Anexo 5

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