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Oficina de Trabalho “Parâmetros para estimativa de necessidade de leitos e internações hospitalares” Brasília 03 e 04 de agosto 2016

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Oficina de Trabalho “Parâmetros para estimativa de necessidade

de leitos e internações hospitalares”

Brasília

03 e 04 de agosto 2016

METODOLOGIA PARA ESTIMAÇÃO DO NÚMERO DE LEITOS

Definições

Paciente Dia

Unidade de medida que representa a assistência prestada a um paciente internado durante um dia hospitalar. Notas técnicas: O dia da saída só será computado se a saída do paciente ocorrer no mesmo dia da internação. Variação gramatical: pacientes-dia.

Fonte: Portaria nº 312, de 30 de abril de 2002

Dia hospitalar

• “É o período de 24 horas compreendido entre dois censos hospitalares consecutivos”.

• Termos relacionados: censo hospitalar diário • Notas técnicas: ‘Em um hospital específico, o horário de

fechamento do censo deve ser o mesmo todos os dias e em todas as unidades do hospital, embora o horário de fechamento do censo possa variar de hospital para hospital. Para garantir maior confiabilidade do censo, os hospitais devem fechar o censo hospitalar diário no horário que for mais adequado para as rotinas do hospital, desde que respeitando rigorosamente o mesmo horário de fechamento todos os dias para aquele hospital”.

Portaria nº 312, de 30 de abril de 2002

Leitos operacionais

São os leitos em utilização e os leitos passíveis de serem utilizados no momento do censo, ainda que estejam desocupados.

Termos equivalentes: leitos disponíveis

Portaria nº 312, de 30 de abril de 2002

Leito Dia

“Unidade de medida que representa a disponibilidade de um leito hospitalar de internação por um dia hospitalar. Termos relacionados: leito hospitalar de internação, dia hospitalar” Nota técnica: Os leitos-dia correspondem aos leitos operacionais ou disponíveis, aí incluídos os leitos extras com pacientes internados, o que significa que o número de leitos-dia pode variar de um dia para outro de acordo com o bloqueio e desbloqueio de leitos e com a utilização de leitos extras. Variação gramatical: leitos-dia.

Portaria nº 312, de 30 de abril de 2002

Média de Permanência • Relação entre o total de pacientes-dia e o total de pacientes

que tiveram saída do hospital em determinado período, incluindo os óbitos. Representa o tempo médio em dias que os pacientes ficaram internados no hospital.

• Termos equivalentes: duração média da internação. • Nota técnica

(1): Esta fórmula só deve ser usada para hospitais com internações de curta permanência. Para hospitais de longa permanência deve-se utilizar no numerador a somatória dos dias de internação de cada paciente que teve alta ou foi a óbito. O cálculo da média deve ser realizado para períodos maiores, uma vez que existe o risco de que a média de permanência seja maior que o período adotado. Por outro lado, existe também a tendência de se utilizar a mediana que, ao invés da média, não é influenciada por valores aberrantes

Portaria nº 312, de 30 de abril de 2002

Média de Permanência Nota técnica

“(2): O cálculo de algumas estatísticas hospitalares, como a média de permanência, é afetado pela forma de tratamento das transferências internas no censo hospitalar. No caso da média de permanência para cada unidade hospitalar, para evitar a duplicação da internação ou a divisão da permanência do paciente, toda a permanência da internação deve ser atribuída à unidade da qual o paciente teve alta. Nessa situação, um grande viés é introduzido nas estatísticas de unidades que têm grande volume de pacientes transferidos, como é caso do CTI. Para essas unidades, as estatísticas devem ser feitas separadamente, incluindo todos os pacientes que passaram pela unidade”.

Portaria nº 312, de 30 de abril de 2002

Taxa de Ocupação Hospitalar - TxOH ou “ρ” (ro)

“Relação percentual entre o número de pacientes-dia e o número de leitos-dia em determinado período, porém considerando-se para o cálculo dos leitos dia no denominador os leitos instalados e constantes do cadastro do hospital, incluindo os leitos bloqueados e excluindo os leitos extras. Termos equivalentes: taxa de ocupação hospitalar instalada, percentagem de ocupação”. Nota técnica: “Caso o hospital faça uso constante de leitos extras, a taxa de ocupação hospitalar estará acima de 100%, o que é uma informação importante do ponto de vista gerencial”.

Portaria nº 312, de 30 de abril de 2002

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

Taxa de internação (por 100)

Média de permanencia (dias)

População (milhões)

Leitos utilizados (milhares)

Fonte: MS/SIHSUS-2011 e IBGE (Banco de dados GT PARAMETROS -NESCON/UFMG)

Taxa de Internação Hospitalar do SUS, média de permanência, população e leitos utilizados, por

grupo etário. Brasil 2011

Número de internações anuais esperadas em leitos

gerais (NIe)

Onde: NIe é o número de internações esperadas para a especialidade/ tipo de leito no período Pope é a população de referência para aquela especialidade/ tipo de leito 𝑻𝑰𝒆 é a Taxa de Internação esperada para o período FRe é o fator de ajuste para a taxa de recusa esperada para aquela especialidade/ tipo de leito.

𝑵𝑰𝒆 = 𝑷𝒐𝒑𝒆 ∗ 𝑻𝑰𝒆 ∗ 𝑭𝑹𝒆

Equação para estimar o número de leitos necessários para internações de determinado tipo/especialidade

= número de leitos de determinado tipo/especialidade

= número de internações anuais esperadas d o tipo/especialidade = tempo médio de permanência (em dias) do tipo/especialidade ρ = taxa de ocupação esperada do tipo/especialidade Fnr e = fator de ajuste para incorporação de internações de não residentes .

𝐍𝐋𝐞 =𝐍𝐈𝐞. 𝐓𝐌𝐏𝐞

𝟑𝟔𝟓. 𝛒 𝐅𝐧𝐫𝐞

Definição do fator de ajuste para internação de não residentes em leitos gerais

NLe =NIe. TMPe

365. ρ 𝐹𝑛𝑟e

Fator de ajuste para internação de não residentes

Fnr e = fator ajuste para incorporação de internações de não residentes no tipo de leito/especialidade

Inr e = número de internações de não residentes no tipo de leito/especialidade

Ir e = número de internações de residentesn o tipo de leito/especialidade

OU:

𝑭𝒏𝒓e = (𝟏𝟎𝟎

𝑷𝑰𝒓e)

PIr 𝐞 = percentual de internações de residentes no tipo de leito/especialidade

NLe =NIe. TMPe

365. ρ 𝐹𝑛𝑟e

𝐹𝑛𝑟e = (𝐼𝑟e+𝐼𝑛𝑟

𝐼𝑟ee)

Capital

% de

internações

de residentes

Capital

% de

internações

de residentes

Capital

% de

internações

de residentes

Porto Velho 77,51 Fortaleza 70,55 Rio de Janeiro 81,02

Rio Branco 78,45 Natal 48,25 São Paulo 85,72

Manaus 97,87 João Pessoa 53,05 Curitiba 63,59

Boa Vista 75,32 Recife 37,96 Florianópolis 44,59

Belém 68,93 Maceió 57,31 Porto Alegre 56,94

Macapá 84,71 Aracaju 37,65 Campo Grande 79,77

Palmas 58,24 Salvador 73,45 Cuiabá 62,94

São Luís 65,29 B. Horizonte 56,35 Goiânia 60,13

Teresina 59,47 Vitória 25,35 Brasília 38,85

Fonte: SIH (BD Projeto Parâmetros)

EXEMPLO:

Proporção de internações de residentes nas capitais brasileiras em 2012

NLe =NIe. TMPe

365. ρ 𝐹𝑛𝑟e

Definição da taxa de ocupação (ρ)

NLe =NIe. TMPe

365. ρ 𝐹𝑛𝑟e

Taxa de ocupação (ρ)

• Para a escolha da taxa de ocupação (ρ) usada devem ser considerado o

porte dos hospitais e a tipologia dos leitos, uma vez que taxas de ocupação

variam de acordo com cada uma dessas variáveis e a taxa de recusa (fila)

que se admite.

• Mesmo dentro de um mesmo hospital, o pool de leitos de cada tipo pode

funcionar independentemente como se fosse um hospital próprio, ou seja,

pequenos hospitais dentro de um hospital de grande porte.

• Da mesma forma, se uma cidade possui uma central única de internação e

se todas as internações precisam necessariamente passar pela central para

serem efetivadas, pode-se tratar o pool de leitos da cidade como um

sistema unificado.

• A taxa de ocupação nunca deve ser superior a 85%, pois números superiores

a esse valor provocam taxas de recusa muito altas.

NLe =NIe. TMPe

365. ρ 𝐹𝑛𝑟e

Taxa de ocupação (ρ) para se ter recusa inferior a 0,1%

Fonte: Jones,2011

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

0 200 400 600 800 1000

Taxa

de

Ocu

paç

ão ρ

(%

)

Número de leitos

NLe =NIe. TMPe

365. ρ 𝐹𝑛𝑟e

Taxa de Ocupação (ρ) para hospitais com até 100 leitos (recusa de ????)

y = 18,726ln(x) - 9,4039 R² = 0,9882

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

0 20 40 60 80 100

Taxa

de

Ocu

paç

ão Id

eal

Quantidade de leitos

Hospitais até 100 leitos

Taxa de Ocupação (ρ) para hospitais com mais de 100 leitos (recusa de ????)

y = 7,4508ln(x) + 42,484 R² = 0,9701

70

75

80

85

90

95

100

0 200 400 600 800 1000

Taxa

de

Ocu

paç

ão Id

eal

Quantidade de leitos

Hospitais de 100 a 1000 leitos

PARÂMETRO Taxas médias de ocupação ρ (%) por número de leitos

Número de Leitos

Taxa de recusa

0.10% 1% 3% 5% 10% 20%

10 a 20 39.50 52.00 61.00 65.50 71.08 82.25

21 a 30 52.00 63.50 71.25 75.25 79.58 88.25

31 a 40 58.50 69.50 76.50 80.25 83.83 91.00

41 a 50 63.00 73.50 79.75 83.25 86.42 92.75

51 a 60 66.50 76.25 82.25 85.25 88.17 94.00

61 a 70 69.00 78.50 84.25 86.75 89.42 94.75

71 a 80 71.00 80.25 85.50 88.25 90.58 95.25

81 a 09 73.00 81.50 86.50 89.50 91.58 95.75

91 a 100 74.50 82.50 87.50 90.25 92.25 96.25

101 a 200 79.00 86.00 90.25 92.25 93.92 97.25

201 a 300 84.50 90.50 93.50 95.00 96.17 98.50

Acima de 300 86.00 92.00 94.50 96.00 97.00 99.00

Média Ponderada 61.98 71.90 78.22 81.50 84.82 91.45

Fonte: Jones (2011)

Exemplo: Média de leitos e taxa de ocupação ideal para Belo Horizonte

Tipo de leito Leitos Atuais

Número de Hospitais > 10

leitos Média de Leitos ρ Ideal (%)

Neonatalogia 166 6 28 52.77

Pediatria Clinica 556 10 56 65.84

Adulto Clinico 1788 15 119 78.10

Pediatria Cirurgico 130 4 33 55.79

Adulto Cirurgico 1628 13 125 78.47

Obstetricia 282 10 28 53.13

Psquiatria 419 4 105 77.70

Outras 306 4 77 71.82

UTI Neo 154 6 26 51.37

UTI Ped 99 6 17 43.09

UTI Adulto 493 14 35 57.29

Disponibilidade física dos leitos

• A taxa de ocupação ρ utilizada na equação representa a fração do tempo em que o leito é utilizado por pacientes. O restante do tempo o leito estaria vazio, mas disponível.

• Entretanto, na maioria dos hospitais os leitos nem sempre estão disponíveis, pois alguns leitos podem ser “fechados” por diversos motivos, como falta de pessoal, obras no hospital, estragos de equipamentos ou disponibilização do leito para planos de saúde privados. Assim sendo, para tornar a Equação (1) mais realista, faz-se necessária a introdução do conceito de Disponibilidade Física (DF) do leito.

• Esse conceito informa a fração de tempo na qual o equipamento, nesse caso o leito, está, de fato, disponível para o uso pelo SUS. Logo, ρ deve ser relativo ao tempo disponível, e não às horas-calendário.

Disponibilidade física dos leitos

• Não existem dados sobre a disponibilidade física nos sistemas de informação usuais.

• Ela pode ser estimada através de modelos de simulação com base em dados históricos de algumas cidades que dispõem deste tipo de informação.

• Assim, para a estimação a equação se transforma na seguinte:

𝑁𝐿𝑒 =

𝑁𝐼𝑒 . 𝑇𝑀𝑃𝑒

365. 𝜌. 𝐷𝐹

1. Tipos de leitos

LEITOS GERAIS • Leitos Neonatais (internações neonatais); • Leitos Pediátricos Clínicos (internações pediátricas clínicas); • Leitos Pediátricos Cirúrgicos (internações pediátricas cirúrgicas); • Leitos Clínicos Adulto (internações clínicas para maiores de 15 anos); • Leitos Cirúrgicos Adulto (internações cirúrgicas para maiores de 15 anos); • Leitos Obstétricos; • Leitos Psiquiátricos; • Leitos de Outras Especialidades;

LEITOS DE UTI e UCI • Leitos UTI Neonatal; • Leitos UCI Neonatal (convencional e “canguru”) • Leitos UTI Pediátrica; • Leitos UTI Adulto. • Leitos UCI Adulto

2. Definição do número de internações anuais esperadas (NIe) em leitos gerais

2.1.1.População de referência para as internações em leitos gerais, por tipo de leito/especialidade.

Tipo de leito População de referência

Obstetrícia N

o estimado de gestantes SUS = N

o de nascidos vivos SINASC por residência da

mãe * Fator de Correção do subregistro * proporção mulheres 15-49 sem plano de saúde com cobertura de obstetrícia

Neonatologia N

o de nascidos vivos SUS = N

o de nascidos vivos SINASC * Fator de Correção do

subregistro * proporção de menores de 1 ano sem plano de saúde

Pediatria

Pediatria clínica População < 15 anos SUS = População < 15 anos * proporção < 15 anos sem plano de saúde

Pediatria cirúrgica População < 15 anos População < 15 anos * proporção < 15 anos sem plano de saúde

Adulto Clínica - 15 a 59 anos População 15 a 59 anos * proporção 15 a 59 anos sem plano de saúde

Clínica - 60 a e mais População 15 a 59 anos * proporção 15 a 59 anos sem plano de saúde

Cirurgia - 15 a 59 anos População 60 anos e mais * proporção 60 anos e mais sem plano de saúde

Cirurgia – 60 a e mais População 60 anos e mais * proporção 60 anos e mais sem plano de saúde

Psiquiatria População 15 anos e +mais * proporção 15 anos e mais sem plano de saúde

𝑁𝐼𝑒 = 𝑃𝑜𝑝𝑒 ∗ 𝑇𝐼𝑒 ∗ 𝐹𝑅𝑒

2.1.2. Forma de cálculo das taxas de internações em leitos gerais, por tipo de leito/especialidade.

Tipo de leito Taxa de internação

Obstetrícia TIObst = 1,0

Neonatologia TI Neonat = No de internações da população residente com idade de 0 a 27 dias / No de

nascidos vivos SUS por local de residência da mãe

Pediatria

Pediatria clínica TI Pediat Clínica = No de internações da população residente < 15 anos em leitos

pediátricos e clínicos/População SUS < 15 a

Pediatria cirúrgica TI Pediat Clírurgica = No de internações da população residente < 15 anos em leitos

cirúrgicos / População SUS < 15 anos

Adulto

Clínica - 15 a 59 anos TI Clínica – 15 a 59 anos = No de internações da população residente de 15-59 anos em leitos

clínicos / População SUS 15- 59 anos

Clínica - 60 anos e mais TI Clínica – 60 e + anos = No de internações da população residente de 60 anos ou mais em

leitos clínicos / População SUS de 60 anos ou mais

Cirurgia - 15 a 59 anos TI Cirúrgica – 15 a 59 anos = No de internações da população residente de 15- 59 a em leitos

cirúrgicos / População SUS 15 a 59 anos

Cirurgia - 60 anos e mais TI Cirúrgica – 60 e + anos = No de internações da população residente de 60 anos e + em leitos

cirúrgicos / População SUS 60 e + anos

Psiquiatria TI Psiquiatria = No de internações da população residente de 15 anos e + em leitos

psiquiátricos / População SUS 15 anos e +

𝑁𝐼𝑒 = 𝑃𝑜𝑝𝑒 ∗ 𝑇𝐼𝑒 ∗ 𝐹𝑅𝑒

PARÂMETRO Faixa de variação para as taxas de internação esperadas, por tipo de

leito/especialidade.

Tipo de leito geral Taxa de internação (por mil) esperada*

Mínima Máxima

Neonatologia 82,4 168,0

Pediatria clínica 27,8 48,8

Pediatria cirúrgica 8,4 19,4

Clínica 15 a 59 anos 13,8 24,6

Clínica 60 anos ou mais 72,4 116,8

Cirúrgica 15 a 59 anos 44,9 72,6

Cirúrgica 60 anos ou mais 21,8 35,7

Psiquiátrico 15 anos ou mais 1,7 8,7

Nota: * Faixa de variação definida pelo percentil 25 e 75 das capitais

brasileiras.

2.1.3. Fator de ajuste para taxa de recusa de internações em leitos gerais, por tipo de leito/especialidade

Tipo de leito Taxa de recusa Fator de Recusa

Obstetrícia 32,95 1,33

Neonatalogia 38,06 1,38

Pediatria clínica 18,16 1,18

Pediatria cirúrgica 21,22 1,21

Clínica adulto 37,63 1,38

Cirúrgica adulto 24,02 1,24

Psiquiatria 3,49 1,03

UTI neonatal 37,77 1,38

UTI pediátrica 25,19 1,25

UTI adulto 34,90 1,35

Média 29,07 1,29

Fonte: Pedidos da Central de Regulação de Belo Horizonte em 2012. Percentual calculado em relação ao total das internações

EXEMPLO:

Taxa de recusa ESTIMADA nas internações em Belo Horizonte, 2012

𝑁𝐼𝑒 = 𝑃𝑜𝑝𝑒 ∗ 𝑇𝐼𝑒 ∗ 𝐹𝑅𝑒

Definição do número de internações anuais esperadas em leitos de UTI (NIUTIe)

Número de internações anuais esperadas em leitos

de UTI (NIUTI)

Onde:

NIUTI = número de internações anuais esperadas naquele tipo de UTI,

NIUTI e = número de internações anuais esperadas em leitos gerais das

especialidade que vão para aquele tipo de UTI, e

pe = proporção esperada de pacientes internados em leitos gerais de

determinada especialidade que são internados em UTI.

OBS: O número de internações esperadas em leitos gerais de determinada

especialidade corresponde às estimativas obtidas conforme metodologia

descrita

Proporção de internações anuais em leitos gerais de determinado tipo/especialidade internação com UTI

(pUTIe)

Onde:

= proporção esperada de pacientes internados em leitos gerais de

determinada especialidade que são internados em UTI,

= número de internações com UTI naquela especialidade

= número total de internações na especialidade

3. Definição do tempo médio de permanência (TMP) esperado para a especialidade.

NLe =NIe. TMPe

365. ρ. 𝐹𝑛𝑟e

Tempo médio de permanência (TMP) esperado para a especialidade

É o número de pacientes-dia (total de dias de

internação /permanência) no ano, em determinado

tipo de leito/especialidade dividido pelo número de

internações no mesmo tipo de leito/especialidade

NLe =NIe. TMPe

365. ρ 𝐹𝑛𝑟e

PARÂMETRO Faixa de variação do tempo médio de permanência em leitos gerais, por tipo

de leito/especialidade.

Tipo de leito geral Tempo médio de permanência (dias)

Limite inferior Limite superior

Obstetrícia 2,4 3,1

Neonatologia 6,5 8,2

Pediatria clínica 4,6 5,7

Pediatria cirúrgica 2,4 3,9

Clínica 15 a 59 anos 6,5 8,5

Clínica 60 anos ou mais 7,4 9,5

Cirúrgica 15 a 59 anos 4,6 6,5

Cirúrgica 60 anos ou mais 3,6 4,3

Psiquiatria 16,3 21,1

Nota: Faixa de variação definida por percentil 25 e 75 das capitais

OPERACIONALIZAÇÃO

Etapas do processo de estimação dos leitos

1. Análise da situação atual do local objeto da programação

2. Desenho de cenários e escolha dos parâmetros (taxas de internação, tempos médios de

permanência, taxas de ocupação, por tipo de

leito/especialdade).

3. Aplicação da equação de estimação

Estimativas de necessidade de leitos - cenários

CENÁRIO 1 Valor mínimo recomendado

de taxas de internação e tempo médio de

permanência (= Percentil 25 das capitais) & TOH para fila

1%

CENÁRIO 2 Valor mínimo recomendado

de taxas de internação e tempo médio de

permanência (= Percentil 25 das capitais) & TOH para fila

5%

CENÁRIO 3 Valor máximo recomendado taxas de internação e tempo

médio de permanência (= Percentil 75 das capitais) &

TOH para fila 1%

CENÁRIO 4 Valor máximo recomendado taxas de internação e tempo

médio de permanência (= Percentil 75 das capitais) &

TOH para fila 5%

HISTORICO DA PROGRAMAÇÃO HOSPITALAR NO SUS

Especialidade Parâmetro

Cirúrgica (Pop.x 0,08) x 20%

Clinica Médica (Pop.x 0,08) x 33%

Cuidados

Prolongados

(crônicos)

(Pop.x 0,08) x 0,80%

Obstétrica (Pop.x 0,08) x 20,25%

Pediátrica (Pop.x 0,08) x 15%

Psiquiátrica (Pop.x 0,08) x 3,50%

Reabilitação (Pop.x 0,08) x 1,08%

Tisiologia (Pop.x 0,08) x 0,13%

Fator de Ajuste * (pop.x 0,08) x 6,24%

Parâmetro geral

No geral, estima-se que

de 7 a 9% da população

terá necessidade de

internações hospitalares

durante o ano, em

determinada região.

Portaria 1101

PANORAMA INTERNACIONAL E TENDENCIAS

13,7

9,7

8,3

8,2

7,7

7,1

7,1

6,7

6,6

6,5

6,5

6,2

5,8

5,5

5,4

5,1

4,9

4,9

4,8

4,7

4,6

3,8

3,7

3,5

3,5

3,3

3,3

3,3

3,3

3,2

3,1

2,8

2,5

2,4

2,3

2,3

1,8

1,7

0,7

0,5

0

3

6

9

12

15

2000 2009

Per 1 000 population

Distribuição de leitos per capita nos países analisados pela OCDE

Fonte: “Hospital beds”, in Health at Glance 2011:OECD indicators

Evidencias sobre situação brasileira

1,5

1,7

1,9

2,1

2,3

2,5

2,7

2,9

Brasil Região Norte RegiãoNordeste

Região Sudeste Região Sul Região Centro-Oeste

Leitos por 1.000 habitantes

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012

Evolução dos leitos per capita. Brasil e Regiões, 2005-2012

Tabela 2 – Leitos cadastrados no CNES, SUS e não SUS, variação anual e leitos per capita.

Brasil, 2005 a 2012

2005/Dez 2006/Dez 2007/Dez 2008/Dez 2009/Dez 2010/Dez 2011/Dez 2012/Dez

Total 466.142 467.496 458.916 460.804 461.328 463.156 458.160 455.653

SUS 354.666 353.923 344.152 342.799 338.461 335.482 330.718 326.063

Não-SUS 111.476 113.573 114.764 118.005 122.867 127.674 127.442 129.590

% SUS 76,1% 75,7% 75,0% 74,4% 73,4% 72,4% 72,2% 71,6%

variação anual 2005-06 2006-07 2007-08 2008-09 2009-10 2010-11 2011-12

Total 0,3% -1,8% 0,4% 0,1% 0,4% -1,1% -0,5%

SUS -0,2% -2,8% -0,4% -1,3% -0,9% -1,4% -1,4%

Não-SUS 1,9% 1,0% 2,8% 4,1% 3,9% -0,2% 1,7%

Per capita (toda população) 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012

Total 2,6 2,6 2,5 2,5 2,4 2,4 2,4 2,3

SUS 2,0 1,9 1,9 1,8 1,8 1,8 1,7 1,7

Não-SUS 0,6 0,6 0,6 0,6 0,7 0,7 0,7 0,7

Per capita (população

especifica) 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012

Total 2,6 2,6 2,5 2,5 2,4 2,4 2,4 2,3

SUS 2,4 2,4 2,3 2,3 2,3 2,3 2,3 2,2

Não-SUS 3,4 3,3 3,2 3,0 3,0 3,0 2,8 2,7

0,00%

20,00%

40,00%

60,00%

80,00%

100,00%

120,00%

140,00%

160,00%

≤ 30 31-50 51-100 101-250 251-500 ≥ 501

Variação da Taxa de Ocupação por porte dos hospitais vinculados ao SUS. Brasil, 2012.

Elaboração: SAS/MS

Variação do Tempo Médio de Permanência por porte dos hospitais vinculados ao SUS.

Brasil, 2012.

0

2

4

6

8

10

12

≤ 30 31-50 51-100 101-250 251-500 ≥ 501

Fonte: SAS/MS

Tempo permanência acumulado das internações em leitos gerais cirúrgicos, obstétricos,clínicos e pediátricos.

Brasil, 2011

y = 6E+06ln(x) + 2E+07 R² = 0,7579

-

10.000.000

20.000.000

30.000.000

40.000.000

50.000.000

60.000.000

1

10

19

28

37

46

55

64

73

82

91

10

0

10

9

11

8

12

7

13

6

14

5

15

4

16

3

17

2

18

1

19

0

19

9

20

8

21

7

22

6

23

5

24

4

25

3

26

2

27

1

28

0

Tem

po

acu

mu

lad

o d

e p

erm

anên

cia

(p

acie

nte

s-d

ia a

cum

ula

do

s)

Dias de permanência

Permanência acumulada

Logaritmo (Permanência acumulada)

Tempo permanência acumulado das internações em leitos gerais de especialidades de longa permanência (psiquiátricos,

crônicos, tisiologia, reabilitação). Brasil, 2011

-

2.000.000

4.000.000

6.000.000

8.000.000

10.000.000

12.000.000

14.000.000

16.000.000

0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30 32 34 36 38 40 42 44

Tem

po

acu

mu

lad

o d

e p

erm

anên

cia

(p

acie

nte

s-d

ia a

cum

ula

do

s)

Dias de permanência

Distribuição das internações em leitos gerais (todas as especialidades) segundo tempo permanência.

Brasil, 2011

Dias de

permanência

Número de

internações

(AIH)

Número

acumulado de

internacoes

Percentual

acumulado de

internações (AIH)

Pacientes-dia

(tempo de

permanência

total)

Tempo de

permanencia

total

acumulado

Percentual

acumulado de

permanência

0 505.485 505.485 4,3% 505.485 505.485 0,8%

1 1.967.536 2.473.021 21,2% 1.967.536 2.473.021 3,8%

2 2.976.699 5.449.720 46,8% 5.953.398 8.426.419 13,0%

3 1.861.358 7.311.078 62,8% 5.584.074 14.010.493 21,6%

4 956.783 8.267.861 71,0% 3.827.132 17.837.625 27,5%

5 562.820 8.830.681 75,8% 2.814.100 20.651.725 31,9%

6 404.643 9.235.324 79,3% 2.427.858 23.079.583 35,6%

7 335.912 9.571.236 82,2% 2.351.384 25.430.967 39,3%

8 253.535 9.824.771 84,4% 2.028.280 27.459.247 42,4%

9 185.672 10.010.443 86,0% 1.671.048 29.130.295 45,0%

10 155.613 10.166.056 87,3% 1.556.130 30.686.425 47,4%

11 127.994 10.294.050 88,4% 1.407.934 32.094.359 49,5%

12 102.792 10.396.842 89,3% 1.233.504 33.327.863 51,4%

Evolução da proporção de população segundo grupos de idade e da relação entre idosos e crianças.

Brasil, Regiões e Unidades da Federação, 2010-2030

0 a 14

anos

15 a 59

anos

60 anos

e mais

0 a 14

anos

15 a 59

anos

60 anos

e mais

0 a 14

anos

15 a 59

anos

60 anos

e mais2010 2030

Brasil 0,255 0,644 0,100 0,176 0,638 0,186 -31% -1% 86% 39 106

Região Norte 0,327 0,612 0,060 0,215 0,667 0,118 -34% 9% 96% 18 55

Região Nordeste 0,284 0,625 0,091 0,192 0,648 0,160 -32% 4% 75% 32 83

Região Sudeste 0,231 0,657 0,112 0,161 0,628 0,211 -30% -4% 88% 49 131

Região Sul 0,230 0,655 0,115 0,162 0,619 0,219 -30% -6% 90% 50 136

Região Centro-Oeste 0,256 0,661 0,082 0,178 0,657 0,165 -31% -1% 101% 32 93

Situação nas UF´s

Mínimo 0,220 0,586 0,044 0,155 0,602 0,101 -37,6% -7,2% 58,8% 12 45

Maximo 0,362 0,684 0,132 0,236 0,674 0,243 -27,5% 13,3% 130,0% 60 156

Fonte: Calculado a partir da projeção da população do Brasil por sexo e idade para o período 2000-2060 realizada pelo IBGE/Diretoria de

Pesquisas. Coordenação de População e Indicadores Sociais. Gerência de Estudos e Análises da Dinâmica

Número de

idodos por 100

criançasBrasil, Regiao, UF

2010 2030 Variação % 2010-2030

0

500

1000

1500

2000

2500

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

Inte

rnaç

ões

Mês

BH Porto Alegre Fortaleza Goiânia Belém

Número Mensal de Internações Pediátricas (28 dias a 14 anos) em capitais selecionadas.

Brasil, 2012