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Oficina de Língua Portuguesa Temáticas: Estilo, Coerência e Coesão

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Temáticas:Estilo, Coerência e Coesão

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Page 1: Oficina de Língua Portuguesa

Oficina de Língua Portuguesa

Temáticas: Estilo, Coerência e Coesão

Page 2: Oficina de Língua Portuguesa

Caderno de Teoria e Prática 05

Objetivo:Reconhecer, relacionar e compreender conteúdos e atividades voltados para as temáticas Estilística, Coerência e Coesão.

Page 3: Oficina de Língua Portuguesa

Fundamentação Teórica

Estilística Coerência Textual Coesão Textual Relações lógicas no texto

Page 4: Oficina de Língua Portuguesa

Retomadas

Conversar sobre os recursos linguísticos e discursivos apresentados em um texto.

Objetivo alcançado.

Avaliação Oral e Escrita.

Page 5: Oficina de Língua Portuguesa

Atividades

1. Apresentação da Teoria do Caderno 52. Leitura da Crônica – E o noivo estava de

tênis – Luis Fernando Verissimo. Conversa sobre o título. Perceber a intenção do autor – Finalidade. Análise dos recursos linguísticos,

estilísticos e discursivos disponíveis na crônica

Observar como o autor seleciona as palavras.

Page 6: Oficina de Língua Portuguesa

A Estilística é a disciplina que estuda a linguagem que se cria com os elementos da Língua. (Estudo do estilo)

O Estilo - o resultado da escolha dos recursos expressivos capazes de produzir os efeitos de sentido motivados pela emoção e afetividade do falante. (Gênero)

Gramática estuda os elementos da língua e estilística estuda a linguagem que se cria com esses elementos.

Page 7: Oficina de Língua Portuguesa

A Estilística em dois níveis:

Nível fonético refere se aos valores expressivos de natureza sonora.Nível léxico estuda aspectos expressivos das palavras ligadas aos seus componentes semânticos e morfológicos.

Estilística associada a sintaxe - combina as palavras na frase, e a enunciação, que pesquisa no enunciado as marcas dos vários elementos com ela relacionados: situação, contexto sócio-histórico, locutor, receptor, referente.

Page 8: Oficina de Língua Portuguesa

A estilística estuda os valores relacionados a:

sonoridade, significação, formação das palavras, à constituição da frase e do discurso.

Page 9: Oficina de Língua Portuguesa

Coerência Textual

É o resultado da articulação das ideias de

um texto; é a estrutura lógico-semântica

que faz com que numa situação discursiva

palavras e frases componham um todo

significativo para os interlocutores.

Page 10: Oficina de Língua Portuguesa

Coerência textual Para ser coerente, o texto deve

apresentar uma relação lógica e harmônica entre suas ideias, que devem ser ordenadas e interligadas de maneira clara, formando, assim, uma unidade na qual as partes tenham nexo.

Page 11: Oficina de Língua Portuguesa

Fatores que contribuem para a coerência textual:

Contexto situacional. Os interlocutores em si, suas crenças e

intenções comunicativas, o relacionamento social entre os interlocutores.

Função comunicativa do texto (finalidade)

Página 94 do TP 5

Page 12: Oficina de Língua Portuguesa

Coesão textual

A Coesão é um mecanismo linguístico que articula as informações de um texto, relacionando sentenças com o que veio antes e que virá depois, ou seja, um conjunto de recursos que orientam a construção da continuidade do texto.

Page 13: Oficina de Língua Portuguesa

Os elementos que marcam a continuidade dos sentidos do texto são chamados elos ou laços coesivos.

Coerência X Coesão A coerência se constrói na relação

entre o texto e o seu contexto. A coesão se constrói entre as partes do texto. O fenômeno da coesão textual é solidário ao da coerência.

Page 14: Oficina de Língua Portuguesa

Coesão textual

Para que um texto apresente coesão, devemos escrever de maneira que as ideias se liguem umas às outras, formando um fluxo lógico e contínuo. Quando um texto está coeso, temos a sensação de que sua leitura acontece com facilidade.

Page 15: Oficina de Língua Portuguesa

1. Coesão referencial

Alcançamos a coesão referencial utilizando expressões que retomam ou antecipam nossas ideias:

# onde: "lugar" e pode substituir outras palavras.

São Paulo é uma cidade onde a poluição atinge níveis muito altos.

# cujo: pode estabelecer uma relação de posse entre dois substantivos.

Verissimo é um escritor cujas obras lemos com prazer.

Page 16: Oficina de Língua Portuguesa

2. Coesão lexical Permite evitar a repetição de palavras e, também,

unir partes de um texto.

Pode ser alcançada utilizando-se: # de sinônimos: palavras semelhantes que

podem ser usadas em diferentes contextos, mas sem alterar o que o texto pretende transmitir.

A Bíblia não esclarece se Adão e Eva chegaram a se casar, formalmente. ... Na ausência de um padre, o próprio Criador, na qualidade de maior autoridade presente — algo assim como o comandante de um navio em alto-mar __, deve ter oficiado a cerimônia.

Page 17: Oficina de Língua Portuguesa

3. Coesão sequencial Trata-se de estabelecer relações lógicas

entre as ideias do texto. Para tanto, utilizamos os chamados conectivos (preposições e conjunções).

# Consequência (ou conclusão): por isso, logo, portanto, pois, de modo que, assim.

Ela é muito competente, por isso conseguiu a vaga.

# Causa: porque, pois, visto que, já que,. Ela conseguiu a vaga, já que é muito

competente.

Page 18: Oficina de Língua Portuguesa

# Oposição: entretanto, mas, porém, no entanto, todavia, apesar, contudo.

Foi o primeiro casamento feliz, apesar daquele incidente desagradável com a serpente.

# Condição: se, caso, desde que, contanto que. Você pode ir brincar na rua, desde que faça todo

o dever.

# Finalidade: para que, a fim de que, com o objetivo de, com o intuito de.

Com o intuito de conseguir a vaga na faculdade, Sílvia estudava oito horas todos os dias.

Page 19: Oficina de Língua Portuguesa

Relações lógicas no texto

Para produzir sentidos, ser coerente, um texto deve fornecer informações adequadas para que o leitor/ouvinte seja capaz de construir uma representação do mundo textual.

As relações lógicas oferecem “pistas” sobre como essas informações devem ser organizadas.

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Relações lógicas

As Relações lógicas de tempo tem a função de localizar os fatos ou eventos referidos pelo texto em “tempos” relacionados ao momento da interação.

Podem ser marcadas pela flexão verbal, por expressões substantivas e pronominais – esta semana, próximo ano. Por advérbios – agora, amanhã.

Page 21: Oficina de Língua Portuguesa

Relação lógica de identidade estabelece a comparação entre elementos linguísticos que designam o mesmo objeto de discurso.

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Relação lógica de identidade

Em uma língua natural a comparação nunca é absoluta e total, pois o contexto de uso é relevante para criar sentido ou provocar uma certa finalidade discursiva.

Exemplo: guri, moleque e menino...

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Relação lógica de Negação – representa a exclusão, a rejeição de possibilidade de uma informação, um fato ou uma idéia.

As expressões linguísticas mais utilizadas podem ter a expressão mínima de um prefixo.

(não, nenhum, nada, ninguém, nem, nego que, refuto que, deixe de...).

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Significados implícitos Ao construir ou ler um texto fazemos

uso de “pistas” que ativam conhecimento ou informam sobre o assunto.

Page 25: Oficina de Língua Portuguesa

Há “pistas” que orientam como Há “pistas” que orientam como articular estes conhecimentos, ou seja, articular estes conhecimentos, ou seja, marcas linguísticas que desencadeiam marcas linguísticas que desencadeiam relações lógicas no texto.relações lógicas no texto.É nas relações lógicas de implicação É nas relações lógicas de implicação que construímos o significados que construímos o significados implícitos.implícitos.

Page 26: Oficina de Língua Portuguesa

Referências Bibliográficas VERISSIMO, Luis Fernando. Mais Comédias para ler na escola.Rio de

Janeiro:Objetiva, 2008. I.LAGINESTRA, Maria Aparecida. II.PEREIRA, Maria Imaculada Pereira.

III.Série A Ocasião faz o escritor:Caderno do Professor:Orientação para produção de Texto - Olimpíada de Língua Portuguesa. São Paulo: Cenpec, 2010.

DUBOIS, Jean e outros. Dicionário de Linguística. São Paulo: Ed. Cultrix, 2007.

KOCH, Ingedore Grunfeld Villaça. A coesão textual. 17.ed.-São Paulo: Contexto, 2002.

I.KOCH, Ingedore Grunfeld Villaça. II. TRAVAGLIA, Luiz Carlos. A coerência textual. 14.ed.- São Paulo: Contexto, 2002.

ANTUNES, Irandé. Lutar com palavras: coesão e coerencia – São Paulo: Parábola Editorial, 2005.

Programa Gestão da Aprendizagem Escolar – Gestar II. Língua Portuguesa: Caderno de Teoria e Prática 5 – TP5: Estilo, coerência e coesão. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2008.

http://www.filologia.org.br/ixcnlf/5/08.htmhttp://www.filologia.org.br/ixcnlf/5/08.htm Fonte: http://vestibular.uol.com.br/ultnot/resumos/ult2772u52.jhtmFonte: http://vestibular.uol.com.br/ultnot/resumos/ult2772u52.jhtm

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Equipe de Organização

Luziane Pereira Castro Marisa Martins Roseli Bitzcof de Moura Sádia Maria Soares Azevedo Rocha

Agosto, 2011