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Capa | 12 Profissão | 20 ANO XXII | EDIÇÃO 156 | FEVEREIRO - MARÇO - ABRIL 2016 | JORNAL DE DISTRIBUIÇÃO GRATUITA | ABO.ORG.BR UMA PUBLICAÇÃO DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ODONTOLOGIA Profissão | 18 Biossegurança no ambiente odontológico: segurança e saúde para profissional e paciente Mercado | 15 Alinhadores removíveis ganham força no mercado como alternativa aos tradicionais Eventos | 10 CDs debatem temas relacionados a gestão e profissão em simpósio no Ciosp Profissão | 19 Fórmula com nanopartículas de prata aparece como opção simples e barata ao tratamento da cárie Odontologia para todos ABO-PA leva atendimento odontológico à população de ilhas ribeirinhas na região de Belém do Pará. O atendimento é gratuito e conta com o trabalho de profissionais e acadêmicos voluntários que fazem parte do projeto Sorrisos Ribeirinhos. Mercado | 17 Segmento de escovas tem participação representativa em congresso internacional e apresenta novidades Eventos | 06 Rede ABO participa do 34 o Ciosp Odontologia ativa na saúde do atleta Em ano de Jogos Olímpicos no Rio, o esporte é o centro das atenções de todo o País. A odontologia segue o mesmo movimento e a maior prova disso é o recente reconhecimento da Odontologia do Esporte como nova especialidade clínica pelo CFO. O Jornal da ABO traz uma análise deste cenário, onde o cirurgião-dentista ganha novas possibilidades de atuação, com novos desafios de aprendizado, especialização e reciclagem de conhecimento. Eventos | 05 Classe odontológica discute sustentabilidade Patricia Bruni Patricia Bruni Eventos | 05 Representantes de instituições reúnem-se para debater odontologia hospitalar em fórum Divulgação iStock

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Page 1: Odontologia ativa na saúde do atleta - ABO...possível conquistar novos espa-ços. Outro fator em comum en-tre as duas frentes é que ambas fundamentalmente dizem res-peito à saúde

Capa | 12

Profissão | 20

ANO XXII | EDIÇÃO 156 | FEVEREIRO - MARÇO - ABRIL 2016 | JORNAL DE DISTRIBUIÇÃO GRATUITA | ABO.ORG.BR UMA PUBLICAÇÃO DA

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ODONTOLOGIA

Profissão | 18

Biossegurança no ambiente odontológico: segurança e saúde para profissional e paciente

Mercado | 15

Alinhadores removíveis ganham força no mercado como alternativa aos tradicionais

Eventos | 10

CDs debatem temas relacionados a gestão e profissão em simpósio no Ciosp

Profissão | 19

Fórmula com nanopartículas de prata aparece como opção simples e barata ao tratamento da cárie

Odontologia para todosABO-PA leva atendimento odontológico à população de ilhas ribeirinhas na região de Belém do Pará. O atendimento é gratuito e conta com o trabalho de profissionais e acadêmicos voluntários que fazem parte do projeto Sorrisos Ribeirinhos.

Mercado | 17

Segmento de escovas tem participação representativa em congresso internacional e apresenta novidades

Eventos | 06

Rede ABO participa do 34o Ciosp

Odontologia ativa na saúde do atletaEm ano de Jogos Olímpicos no Rio, o esporte é o centro das atenções de todo o País. A odontologia segue o mesmo movimento e a maior prova disso é o recente reconhecimento da Odontologia do Esporte como nova especialidade clínica pelo CFO.

O Jornal da ABO traz uma análise deste cenário, onde o cirurgião-dentista ganha novas possibilidades de atuação, com novos desafios de aprendizado, especialização e reciclagem de conhecimento.

Eventos | 05

Classe odontológica discute sustentabilidade

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Eventos | 05

Representantes de instituições reúnem-se para debater odontologia hospitalar em fórum

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Edição 156 | Fevereiro/ Março/ Abril 20164 Editorial

A Associação Brasileira de Odontologia – ABO – é uma entidade de uti-lidade pública, sem fins lucrativos, dedicada à defesa da classe odon-tológica e da saúde oral da população brasileira. Está representada nas 27 unidades federativas por meio de seções es-taduais e em 294 municí-pios por suas regionais.

O Jornal da ABO é uma publicação bimestral de circulação nacional da Associação Brasileira de Odontologia. Rua Vergueiro, 3153, cjs. 82/ 83 – CEP 04101-300 – tel.: (11) 5083-4000. Produção: Agência Cadaris – cadaris.com.br. E-mail [email protected]. Di-retora de Redação: Maristela Harada – Mtb 28.082. Editora: Maristela Harada. Editora Assistente: Balbina Arantes. Redação: Ana Paula Machado, Balbina Arantes, Christiane Santos e Natália Koyama. Projeto Gráfico: Maurício Trentini Stoppa. Impressão: Plural Gráfica. Tiragem 30.000 exemplares. Distribuição gratuita. Circulação nos meses de janeiro, março, maio, julho, setembro e novembro.

[email protected]

A ABO não se responsabiliza pelos serviços e produtos das empresas que anunciam no Jornal da ABO, as quais estão sujeitas às normas de mercado e do Código de Defesa do Consumidor. Artigos assinados ou conceitos emitidos são de responsabilidade exclu-siva dos autores. A reprodução, total ou parcial, do conteúdo desta publicação, sem prévia autorização, é vedada pela Lei de Direitos Autorais vigente no país.

DIRETORIA NACIONAL – ABO

Conselho Executivo Nacional (CEN)

Presidente

Luiz Fernando Varrone

Vice-presidente

Jander Ruela Pereira

Secretário-geral

Marcelo Januzzi Santos

Tesoureiro-geral

Sérgio Bastos Abraham

CORPO EDITORIAL ABO Nacional

Administrador:

Lazinho Campos

Eventos ...........................................................................05

Odontologia do esporte ..............................................12

Mercado ..........................................................................15

Profissão ..........................................................................18

Relax ................................................................................22

Saúde bucal e saúde do corpoNunca é demais repetir: saúde é uma coisa só. Corpo e boca são parte do mesmo organis-mo e o papel dos profissionais de saúde, não importa de qual área, é buscar o bem-estar inte-gral de seus pacientes. Vivemos em uma época em que a tecno-logia e a comunicação conec-tam cada vez mais as pessoas e facilitam o compartilhamen-to do conhecimento. Por isso, muitos cirurgiões-dentistas têm interagido e aprendido mais e, com isso, vêm percebendo a importância do seu trabalho para a saúde do corpo de um

modo geral.Nesta edição 156 do Jornal da ABO trazemos como matéria de capa a odontologia do espor-te, especialidade recentemente reconhecida pelo CFO. Assim como a odontologia hospita-lar, nova habilitação e tema da capa de nossa edição anterior, a odontologia do esporte repre-senta um campo promissor de trabalho para os CDs, onde é possível conquistar novos espa-ços. Outro fator em comum en-tre as duas frentes é que ambas fundamentalmente dizem res-peito à saúde bucal integrada à

saúde geral. Tudo isso demanda também mais preparo e atualiza-ção dos profissionais interessa-dos em atuar nas áreas. O trabalho em equipe multi-profissional tem sido cada vez mais uma realidade na vida dos cirurgiões-dentistas. Vejo que isso agrega muito, tanto em ter-mos de carreira quanto para a área da saúde. A figura tradicio-nal do CD como um profissional solitário, que atende apenas iso-lado dentro de seu consultório, precisa ser repensada. Quando um profissional de odontologia interage bem com outros profis-

sionais de saúde e compreende melhor o trabalho de todos, os pacientes só têm a ganhar.A Rede ABO está ativamente inserida no debate sobre as novas especialidades e habilita-ções e nosso maior objetivo é proporcionar meios para regu-lamentação e para que os CDs estejam cada vez mais prepara-dos e conscientes de seu papel na saúde integral dos pacien-tes. Desta forma, buscaremos soluções concretas que sejam boas tanto para os profissionais quanto para a saúde da popula-ção brasileira.

Luiz Fernando Varrone, Presidente da ABO Nacional

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ABO - SEÇÃO ACREPRES.: ROBSON HENRIQUE REISEnd. Pres. Cons.: Rua Raimundo Gama, 85 – Prox. PV Rio Branco - Cep: 69900-000 - Rio Branco-ACE-mail do Presidente: [email protected]: [email protected].: (68) 8108-1111

ABO - SEÇÃO ALAGOASPRES.: TAIGUARA C. CAVALCANTIEnd. Entid: Av. Roberto Mascarenhas de Brito,s/nº - Jatiuca - Maceió/AL - CEP: 57037-240E-mail do Presidente: [email protected]: [email protected].: (82) 3235-1008 / 3235-1409

ABO - SEÇÃO AMAPÁPRES.: PRISCILLA BUENO FLORES DA SILVAEnd. Avenida Maria Quitéria, 282 - Trem– Macapá/AP - CEP: 68900-280E-mail do Presidente: [email protected]: [email protected].: (96) 3242-9300

ABO - SEÇÃO AMAZONASPRES.: ALBERTO TADEU DO N. BORGESEnd. Entid.: R. Maceió, 861 - Adrianópolis - Manaus/AM - CEP: 69057-010E-mail do Presidente: [email protected]@bol.com.brE-mail: [email protected].: (92) 3584-6068 / 3584-6066

ABO - SEÇÃO BAHIA PRES.: MARIA ANGÉLICA BEHRENS PINTOEnd.: R. Altino Serbeto de Barros, 138 - Itaigara - Salvador/BA - CEP: 41830-492E-mail: [email protected] E-mail do Presidente: [email protected] Tel.: (71) 2203-4066/4067 Fax: (71) 2203-4055

ABO - SEÇÃO CEARÁPRES.: JOSÉ EMILSON MOTTA JÚNIOR End. Entid.: R. Gonçalves Ledo, 1630 – Joaquim Tavora - Fortaleza/CE - CEP: 60110-261E-mail Presidente: [email protected]; presidê[email protected] Page: www.abo-df.org.brE-mail: [email protected]; [email protected]@abo-ce.org.br - Tel.: (85) 3311-6666

ABO – SEÇÃO DISTRITO FEDERAL PRES.: MANOEL JOSE LUIS DA SILVA Endereço: SGAS Quadra 616 lote 115 - L2 Sul - Brasília/DF - CEP: 70200-760 E-mails: [email protected], [email protected], [email protected] do Presidente: [email protected].: (61) 3445-4800 Fax: (61) 3445-4848

ABO - SEÇÃO ESPÍRITO SANTO PRES.: JOÃO BATISTA GAGNO INTRAEnd. Entid.: R. Henrique Rato, 40 - Fátima - Serra/ES - CEP: 29160-812E-mail: [email protected]; [email protected] - Tel.: (27) 3395-1460

ABO - SEÇÃO GOIÁS PRES.: ALESSANDRO MOREIRA FREIREEnd. Av. Itália, 1184 - Quadra 23 - Lotes 8/9 - Jardim Europa - CEP: 74325-110E-mail: [email protected].: (62) 3236-3100 - Fax.: (62) 3236-3126 Secretário(a): Tereza

ABO - SEÇÃO MARANHÃO PRES.: OSMAR CUTRIM FROZEnd. Entid.: Av. Ana Jansen, 73 - São Francisco - São Luís/MA - CEP: 65076-200E-mail: [email protected].: (98) 3227-1719

ABO - SEÇÃO MATO GROSSO PRES.: MAURICIO MARCELO HARLOSEnd.: R. Padre Remeter, 170 - CEP: 78000-150E-mail: [email protected] E-mail do Presidente: [email protected].: (65) 3623-9897 Cel.: (65) 9225-2580

ABO - SEÇÃO MATO GROSSO DO SULPRES.: CARLOS MAGNO DE O. RODRIGUESEnd. Entid.: Rua da Liberdade, 836 –Monte Líbano – Campo Grande/MS – CEP: 790004 – 150E-mail do Presidente: [email protected]@aboms.org.brE-mail: [email protected].: (67) 3383-3842

ABO - SEÇÃO MINAS GERAIS PRES.: CARLOS AUGUSTO J. MACHADOEnd. Entid.: R. Tenente Renato César, 106 - Cidade Jardim - Belo Horizonte/MG - CEP: 30380-110E-mail do Presidente: [email protected]: [email protected].: (31) 3298-1800

ABO - SEÇÃO PARÁ PRES.: CARLOS MARCELO LUCAS FOLHAEnd. Entid.: Av. Marquês de Herval, 2298 - Pedreira - Belém/PA - CEP: 66087 - 320E-mail: [email protected]; [email protected].: (91)3277-3212/ 3276-3682/ 0500 Secretário(a) Carla.

ABO - SEÇÃO PARAÍBA PRES.: GUSTAVO GOMES AGRIPINOEnd. Entid.: Av. Rui Barbosa, 38 – Torre – João Pessoa/PB – CEP: 58040-490E-mail do Presidente: [email protected]: [email protected].: (83) 3224-7100 / 3243-3487

ABO - SEÇÃO PARANÁ PRES.: CELSO MINERVINO RUSSOEnd. Pres. Cons.: Rua Buenos Aires, 444Batel – Curitiba/PR – CEP: 80250-070E-mail: [email protected].: (41) 3028-5800 / 3028-5839 Secretário(a) Thais

ABO - SEÇÃO PERNAMBUCO PRES.: ALEXANDRE MARTINS RIZUTOEnd. Entid.: Rua Dois Irmãos, 165 - Apipucos - Recife/PE - CEP: 52.071-440E-mail do Presidente: [email protected]: [email protected] Tel.: (81) 3441-0678 / 3266-2862 /3267-2748 / 3442-8141

ABO - SEÇÃO PIAUÍ PRES.: ANTÔNIO F. DE MELO TORRESEnd. Entid.: R. Dr. Arêa Leão, 545 Sul CP 280 - Centro - Teresina/PI - CEP: 64001-310E-mail do Presidente: [email protected]: [email protected] Tel.: (86) 3221-9374 / 3221 4647

ABO - SEÇÃO RIO DE JANEIROPRES.: IVAN DO AMARAL PEREIRAEnd. Entid.: R. Barão de Sertório, 75 - Rio Comprido - Rio de Janeiro/RJ - CEP: 20261-050E-mail do Presidente: [email protected]: [email protected] Tel: (21) 2504-0002

ABO - SEÇÃO RIO GRANDE DO NORTE PRES.: HARRISON DE ALMEIDA DANTASEnd. Entid.: Av. Jaguarari, 2791 - Candelária - Natal/RN - CEP: 59064-500E-mail do presidente: [email protected] Tel: (84) 3222-3812/3202-9431 Contato: Sandra Cel.: (84) 9188-3038

ABO - SEÇÃO RIO GRANDE DO SUL PRES.: LINA EDA MARTINELLI S. DE LIMAEnd. Entid.:Rua Furriel Luiz Antonio de Vargas, 134 - Porto Alegre/RSE-mail da presidente: [email protected] Tel: (51) 3330-8866

ABO - SEÇÃO RONDÔNIA PRES.: ANTONIO CARLOS POLITANOEnd. Entid:. R Senador Álvaro Maia, 3471, esquina com Venezuela - Embratel - Porto Velho/RO - CEP: 76820-860E-mail do Presidente: [email protected] [email protected]: [email protected]: (69)3221-5655

ABO - SEÇÃO RORAIMA PRES.: GALBANIA POLICARPO DE SÁEnd. Entid. : Rua Barão Do Rio Branco, 1309 – Centro – Boa Vista/RR – CEP: 69301-130E-mail do Presidente: [email protected]: [email protected]; Tel. (95)3224-0897 / (95) 8111 - 0424

ABO - SEÇÃO SANTA CATARINA PRES.: LESSANDRO KIELINGEnd.: Rua Dom Pedro I, 224 - Capoeira - Florianópolis/SC - CEP: 88090-830E-mail: [email protected]@abosc.com.brTel: (48) 3248-7101

ABO - SEÇÃO SÃO PAULO PRES.: JOSÉ SILVESTREEnd. Entid.: R. Olavo Egídio, 154 1 Andar – Santana – São Paulo/SP – Cep: 02037-000E-mail: [email protected]@[email protected]@[email protected]: (11) 2950-3332 / 2959-3689

ABO - SEÇÃO SERGIPEPRES.: LUCIANO PACHECO DE ALMEIDAEnd. Pres. Cons. Av. Ministro Geraldo Barreto Sobral, 2131 – Sala 1302 - Jardins – Aracaju/SE – 49026-010E-mail do Presidente: [email protected]: [email protected] Tel: (79) 3214-4640

ABO - SEÇÃO TOCANTINS PRES.: JOSÉ CLAUDIO LÓISEnd. Entid.: Av. LO 15 602 Plano Diretor Sul– Conj. 02 – Lote 02 -Palmas/TO – CEP: 7022-008E-mail do Presidente: [email protected]: [email protected] Tel.: (63) 3214-2246

Endereços Índice

Expediente

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5Eventos

Representantes da odontologia hospitalar (OH) se reuniram no primeiro dia do 34º Ciosp para um fórum que fomentou o deba-te sobre o cenário atual da ha-bilitação. Na ocasião, estiveram presentes representantes dos Conselhos Regionais de Odon-tologia (CROs) de todo o Brasil, líderes das comissões, assim como o coordenador nacional de saúde bucal do Ministério da Saúde, Dr. Ademir Fratric Bacic, e Gilberto Pucca, atual diretor do departamento de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador, da Secretaria de Vigilância Sanitária.

Segundo o Dr. Keller De Mar-

tini, um dos nomes à frente da câmara técnica de odontolo-gia hospitalar do Crosp, este é um momento de alinhamento de protocolos e regulamen-tação. Com a Resolução 162, divulgada pelo Conselho Fe-deral de Odontologia (CFO) em 2015, a habilitação passou a ser reconhecida e normas e diretrizes para credenciamen-to dos cirurgiões-dentistas fo-ram estipuladas. Porém, ainda há muito que ser discutido. Para ele, a área precisa de pro-fissionais bem formados que possam atuar em equipes mul-tidisciplinares. “Para isso, além de regulamentar e estabelecer

protocolos, precisamos rever o número de horas exigido nos cursos”, afirmou.

Os movimentos em prol de re-gulamentação ganham força com o apoio das principais insti-tuições de odontologia do país, presentes também no fórum. Se-gundo o presidente da ABO, Dr. Luiz Fernando Varrone, este é um momento em que a OH ain-da está buscando ganhar forças. “A ABO está se movimentando para discutir e trazer à tona os principais obstáculos que a ha-bilitação enfrenta”, disse.

O presidente do Conselho Re-gional de Odontologia de São Paulo (Crosp), Dr. Cláudio

Com o objetivo de chamar a atenção dos cirurgiões-dentistas sobre seu importante papel em relação ao meio ambiente e sus-tentabilidade, foi realizado o 2º Simpósio de Odontologia Sus-tentável. O evento aconteceu du-rante o Ciosp 2016 e evidenciou a necessidade de conscientização dos CDs a respeito de práticas di-árias que podem poupar o plane-ta e os recursos naturais.

Quem coordenou o encontro

foi o Dr. Claudio Fernandes, co-ordenador do Núcleo de Odon-tologia Sustentável da UFF, em Nova Friburgo. Segundo ele, em sua apresentação, ao mes-mo tempo em que o CD tem o papel de levar mais saúde a população, também deve fazer parte de suas responsabilidades reduzir as exigências dos recur-sos naturais finitos. “Hoje temos demandas que não cabem nos recursos que temos disponíveis,

por isso devemos nos conscien-tizar e consumir melhor”, disse.

Segundo pesquisa da Unesp apresentada no Simpósio, o ci-rurgião-dentista em seu consul-tório consome sete vezes mais água do que a população de forma geral. Além disso, a odon-tologia também pode provocar a contaminação do solo por re-síduos de mercúrio, com o uso da amálgama.

O evento foi marcado pelas pa-lestras de dois profissionais in-ternacionais. Pam Clark, expert em gestão de resíduos de mer-cúrio odontológico e da Agên-cia de Meio Ambiente da ONU, falou com autoridade sobre o impacto ambiental do amál-gama odontológico. Também explicou como deve ser feito o manejo correto da substância para não representar riscos e destacou que, para que o tra-balho do CD não seja em vão, é fundamental que o sistema de coleta também seja eficiente.

Outro tema abordado foi Água. Uso, desuso e abuso da odon-tologia, ministrado por Gerhard Seeberger, membro do Europe-an Hydatrion Institute. Entre os destaques, a importância de for-mas de economia nos processos odontológicos.

O simpósio foi coordenado pelo Dr. Fernandes e pela conselheira do Crosp e professora da Uni-versidade de São Paulo (USP) Mary Caroline Skelton-Macedo. Durante abertura, participaram

várias autoridades. Entre elas, os presidentes da Federação Den-tária Internacional (FDI), Patrick Hescot, da Associação Brasileira de Odontologia (ABO), Luiz Fer-nando Varrone, da ABNT, Joffre Moraes, o coordenador de Saú-de Bucal do Ministério da Saúde, Ademir Fratric Bacic, o gerente geral de Tecnologia de Produtos para a Saúde – GGTPS da Anvi-sa, Leandro Pereira, o gerente de Segurança Química do Depar-tamento de Qualidade Ambien-tal do Ministério do Meio Am-biente, Henrique Costa Pereira, o representante da Apliquem Brasil Recicle, Mário Sebben e o introdutor da Reabilitação Oral no Brasil, Olympio Faissol, assim como representantes da Abimo. Os presidentes do CFO e Crosp também participaram. “Temos que chamar os dentistas à responsabilidade dos dentis-tas, pois antes cuidávamos ape-nas de dentes, mas agora temos que ter uma visão mais holística e isto inclui a sustentabilidade”, declarou o presidente da Rede ABO, Luiz Fernando Varrone.

O 34º Ciosp abriu o calendário de eventos odontológicos no Brasil. Mais de 90 mil visitantes percorreram os três pavilhões do Expo Center Norte durante os quatro dias de evento. Segundo a organização, o saldo ultrapassou em 25% o público esperado.

A abertura oficial aconteceu no dia 27 de janeiro, às 10 horas, quando representantes da classe odontológica reuniram-se para dar início ao evento. Segundo o coordenador executivo do Ciosp, Dr. Waldyr Romão, esta edição precisou vencer alguns desafios para acontecer. “O Ciosp é um evento de peso, mas que teve que trabalhar para ganhar públi-

co e expositores em ano de cri-se. Estamos satisfeitos, pois ele superou as nossas expectativas”, disse o coordenador.

Este ano a programação este-ve toda concentrada no Expo Center Norte e buscou maior aproximação entre acadêmicos e mercado. A programação cien-tífica buscou contemplar todas as áreas da odontologia e levou capacitação aos profissionais. Todas as aulas foram realizadas nas salas de convenção do local e os cursos de hands-on ganha-ram um espaço entre os estandes da feira que reuniu as principais marcas do mercado.

Houve destaque também para

a programação social, que rece-beu artistas como Maria Gadú, Sandra de Sá, Fabio Junior e Fre-jat no happy hour do Ciosp.

Na busca pela excelência – O evento contou com a presença de autoridades da odontologia mundial. Entre os nomes acadê-micos, professores renomados internacionalmente, assim como representantes dos principais órgãos da odontologia mundial e brasileira, como a Federação Dentária Internacional (FDI) e a Federação Odontológica Latino Americana (Fola).

Com o foco em odontologia de

excelência, o 34º Ciosp trou-xe para discussão os assuntos os clínicos de destaque, assim como temas relacionados à saú-de coletiva e seu caráter social. A odontologia sustentável ganhou espaço na programação, assim como os debates promovidos pela Secretaria Municipal de Saú-de de São Paulo.

A Drª. Ana Estela Haddad, odon-topediatra, coordenadora do programa São Paulo Carinhosa e primeira-dama da cidade de São Paulo, destaca a importância da abertura dada às políticas públi-cas no Ciosp, que ela considera um evento tradicional e histórico por sua grandeza. “Temos refle-

tido e discutido sobre a prática odontológica, o aspecto multi-profissional, seja na odontologia hospitalar ou na atenção primá-ria, e também a integração da área com outros profissionais da saúde”, declarou.

O evento também contou com o apoio do coordenador nacional de Saúde Bucal, representando o Ministério da Saúde, Dr. Ade-mir Fratric Bacic. “Toda iniciativa que consegue juntar a categoria é vista de forma extremamente positiva. E aqui vemos reunidos mercado, trabalhos científicos, a saúde pública inserida, além de lideranças e os principais atores da odontologia”, afirmou.

Odontologia brasileira reunida no Ciosp 2016

Alinhamento de protocolos e regulamentação em OH

Cirurgiões-dentistas discutem sustentabilidadeIm

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Classe odontológica se reúne no Ciosp para discutir os rumos da odontologia hospitalar

Odontologia reunida para discutir a importância da sustentabilidade

Miyake, diz que estas regula-mentações que buscam as co-missões são fundamentais, mas que também é preciso que a classe esteja bem preparada para atender à nova demanda. “Abre-se uma excelente opor-

tunidade para o CD na área da saúde, e é preciso que honre-mos o nome da odontologia fazendo o serviço de maneira adequada e mostrando a impor-tância da odontologia nos hos-pitais”, afirmou.

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Edição 156 | Fevereiro/ Março/ Abril 20166 Eventos

A Associação Brasileira de Odontologia (ABO) esteve pre-sente no 34º Ciosp, realizado de 27 a 30 na capital paulista. Além de um estande localizado na feira comercial, a Rede ABO foi representada no evento por sua

diretoria, que prestigiou soleni-dades oficiais e participou ati-vamente de simpósios e fóruns de grande importância para questões atuais da odontologia.

Durante os quatro dias, ci-rurgiões-dentistas, parceiros

nacionais e internacionais e estudantes de odontologia ti-veram a oportunidade de fa-zer contato com a Rede ABO e conhecer as realizações e projetos futuros da institui-ção. No estande, estavam dis-

poníveis informações sobre os benefícios para associados e sobre como trabalha a maior rede de educação continuada de odontologia do mundo.

A Rede ABO também aprovei-tou o evento para reforçar seu

relacionamento com empresas

parceiras, presentes. Também

estabeleceu contato com ou-

tras entidades do setor, a fim

de fortalecer a odontologia

brasileira.

Rede ABO no Ciosp 2016

Lazinho Campos, administrador da ABO Nacional; José Silvestre, presidente da ABO-SP; Luiz Fernando Varrone, presidente da Rede ABO; Daniela Nascimento, gerente administrativa da ABO-SP

Gorki Espinoza Ruiz, presidente da Fola; Luiz Fernando Varrone, presidente da Rede ABO; Patrícia Bella Costa, diretora de Relações Profissionais da Colgate-Palmolive Brasil; Ricardo Ramos, presidente e gerente geral da Colgate-Palmolive Brasil; Jander Ruela Pereira, vice-presidente da ABO Nacional; Lusiane Borges, cirurgiã-dentista e consultora de Biossegurança em Saúde

O presidente da Rede ABO representou a instituição junto a outros nomes importantes da odontologia brasileira na sessão solene de abertura do 34º Ciosp

Denise Abranches, coordenadora do Serviço de Odontologia do Hospital São Paulo - Hospital Universitário da Universidade Federal de São Paulo; Ana Estela Haddad, professora associada da Fousp e primeira-dama do município de São Paulo; Luiz Fernando Varrone, presidente da Rede ABO; Maria Lúcia Zarcos Varellis, conselheira do Crosp

Nilton De Bortoli Júnior, sócio-presidente da Implacil; Patrícia Vênus Veríssimo, cirurgiã-dentista; Luiz Fernando Varrone, presidente da Rede ABO; Aluízio Canto, diretor de Marketing da Implacil

Estante da ABO no 34º Ciosp

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Ruy Baumer, coordenador titular do BioBrasil – Comitê da Bioindústria da Fiesp; Emil Razuk, ex-presidente do Crosp; Luiz Fernando Varrone, presidente da Rede ABO; Gilberto Alfredo Pucca Júnior, diretor de Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador do Ministério da Saúde;, Juscelino Kojima, primeiro vice-presidente da APCD; Márcio Bosio, diretor Institucional da Abimo; Knud Sorensen, vice-presidente odontológico Abimo - IC Saúde; Wilson Chediek, tesoureiro da FNO e presidente da Comissão de Ética do Crosp; Jofre Moraes, gerente da Área Seguratória da Abimo; Gerhard Seeberger, VP de Finanças da FDI; Cláudio Fernandes, professor adjunto UFF

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7Eventos

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Luiz Fernando Varrone, presidente da Rede ABO; Ademir Fratic Bacic, coordenador geral de Saúde Bucal do Ministério da Saúde; Gilberto Alfredo Pucca Júnior, diretor de Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador do Ministério da Saúde; Everaldo Nazaré, cirurgião-dentista

Jander Ruela Pereira, vice-presidente da Rede ABO; Bianca Mittelstädt, diretora administrativa da FGM; Luiz Fernando Varrone, presidente da Rede ABO

Amélia Mamede, diretora do Departamento de Prevenção e Promoção à Saúde da Rede ABO; Adriana Olandim, supervisora de Novos Projetos da Speedgraph; Luiz Fernando Varrone, presidente da Rede ABO; Maurício Di Roberto, diretor da Speedgrapg; Jander Ruela Pereira, vice-presidente da Rede ABO

Jander Ruela Pereira, vice-presidente da Rede ABO; Carlos Kemel, professional manager Oral Health - PG Brazil; Luiz Fernando Varrone, presidente da Rede ABO; Carlos Marcelo Lucas Folha, presidente da ABO-PA e 1º tesoureiro da ABO Nacional; Henrique Cruz Pereira, consutor Oral-B; Cíntia Antunes, consultora Oral-B

Jander Ruela Pereira, vice-presidente da Rede ABO; Luiz Fernando Varrone, presidente da Rede ABO; Caetano Biagi, Pedro Pessoa, Carlos Marcelo Lucas Folha, presidente da ABO-PA e 1º tesoureiro da ABO Nacional

Luiz Fernando Varrone, presidente da Rede ABO; Gilberto Nomelini, diretor-presidente da Gnatus; Amélia Mamede, diretora do Departamento de Prevenção e Promoção à Saúde da Rede ABO

Carlos Marcelo Lucas Folha, presidente da ABO-PA; Luiz Fernando Varrone, presidente da Rede ABO; Giancarlo Schneider, presidente da Kavo; Jander Ruela Pereira, vice-presidente da Rede ABO

Guilherme Napoleão, da Editora Napoleão; Jander Ruela Pereira, vice-presidente da Rede ABO; Leonardo Napoleão, da Editora Napoleão; Luiz Fernando Varrone, presidente da Rede ABO

Jander Ruela Pereira, vice-presidente da Rede ABO; Rafael Decurcio, professor da ABO-GO; Luiz Fernando Varrone, presidente da Rede ABO

Cláudio Fernandes, professor adjunto da UF; Gerhard Seeberger, VP de Finanças da FDI; Olímpio Faissol, da IAOMT; Pam Clark, da Unep Expert; Leandro Pereira, da Anvisa; Patrick Hescot, presidente da FDI; Cláudio Miyake, presidente do Crosp; Luiz Fernando Varrone, presidente da Rede ABO; Jofre Moraes, gerente da Área Seguratória da Abimo; Ademir Fratic Bacic, coordenador geral de Saúde Bucal do Ministério da Saúde; Diego Costa, do Ministério do Meio Ambiente; Francisco Carrera, da IEVA

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Edição 156 | Fevereiro/ Março/ Abril 20168 Eventos

Tocantins recebe 2o Meeting InternacionalO 2º Meeting Internacional Odonto-lógico do Tocantins, organizado pela ABO-TO, já está com as inscrições abertas. O evento abordará diversas especialidades odontológicas e acon-tecerá entre os dias 26 e 29 de outu-bro, no Centro de Convenções Parque do Povo, na cidade de Palmas.

Entre os principais palestrantes já confirmados estão o Dr. Ronaldo Hi-rata, Dr. Ewerton Nocci, Dr. Mário Zuolo, Dr. Alexandre Lemos, Drª. Ni-

zia Teles, Dr. Luiz Gustavo Barrote, Dr. Juliano Maximo, Dr. Carlos Ar-changelo e Dr. Rodrigo Resende.

Paralela ao Meeting acontece a 1ª Feira Comercial de Odontologia do Tocan-tins, que trará as principais novidades do mercado em equipamentos, mate-riais e literatura odontológica. Todos os visitantes terão acesso livre à feira.

Para mais informações e inscrições, acesse: www.meeting.abo-to.org.br. Ou ligue para (63) 3214-2246.

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9Eventos

Com diversos cursos minis-trados por grandes nomes da odontologia nacional e inter-nacional, o 23° Congresso Per-nambucano de Odontologia (Copeo), foi considerado um sucesso por seus organizado-res. O evento contou com di-versos cursos ministrados por grandes nomes da Odontolo-gia nacional e internacional. O evento reuniu cirurgiões-den-tistas e estudantes de Odonto-logia, além de profissionais de áreas afins de todo o País.

Uma das novidades desta edi-

ção foi que os congressistas puderam participar de todas as atividades do evento por meio do uso de um passaporte cien-tífico com valor acessível, que garantiu o acesso de todos à programação na íntegra, sem custo adicional.

Para a Drª Cátia Guerra, presiden-te do evento, além do conteúdo científico, houve oportunidade de refletir sobre os desafios que se colocam hoje na Odontologia. “O objetivo foi valorizar a clas-se de profissionais da área com vários debates sobre as mais di-

versas especialidades e avanços tecnológicos do setor” disse.

Segundo o presidente da ABO- PE. Alexandre Rizuto, o evento, que é considerado o maior do Norte e Nordeste do Brasil, foi uma oportunidade única de ad-quirir e trocar conhecimentos. “Só temos que agradecer a to-dos os parceiros e toda a equipe da ABO-PE que se empenharam em fazer o melhor e o resultado foi conferido nos três dias do evento”, destacou o Dr. Rizuto.

O evento promoveu também as seguintes atividades paralelas:

2º Congresso de Odontologia do Trabalho do Nordeste; 2º Congresso Internacional de Odontologia de Pernambuco; 18º Congresso Norte-Nordeste de Odontologia; 11º Congresso de Odontologia Militar do Nor-deste; 8º Encontro de Técnicos em Prótese Dentária de Pernam-buco; 6ª Mostra de Saúde Bucal Coletiva; 2ª Jornada de Odonto-geriatria da Sociedade Brasilei-ra de Geriatria e Gerontologia de Pernambuco; 4º Fórum Per-nambucano de Odontologia em Ambiente Hospitalar e UTI; 2ª

Jornada de Anatomia Aplicada da Cabeça e Pescoço; 3º En-contro de Auxiliares e Técnicos de Odontologia; 2º Encontro Norte-Nordeste de Especialis-tas em Periodontia; 2º Encontro Norte-Nordeste de Especialis-tas em Dentística; 1º Encontro Nordestino da Odontologia do Esporte; 11º Congresso Brasilei-ro de Câncer Bucal.

Além disso, o evento contou com uma feira comercial odon-tológica, onde os participantes puderam prospectar, interagir e realizar negócios.

A programação do 34º Ciosp contou com importantes even-tos paralelos, em que foram discutidos temas relevantes do setor, com destaque para o 4º Encontro Nacional de Au-xiliares e Técnicos de Saúde Bucal (Enat), nos dias 29 e 30 de janeiro.

Realizado pela primeira vez em 2011, no Rio de Janeiro, este encontro passou a inte-grar a grade do Ciosp em 2015.

Segundo Edélcio Francisco Anselmo, presidente do Enat e diretor do departamento as-sessor ASB/TSB da APCD, ao final de 2008 houve a aprova-ção da Lei nº 11.889, que re-gulamenta o exercício destas profissões, mas ainda existe muito a ser desenvolvido. “A conscientização deve aumen-tar tanto por parte do ASB e do TSB, quanto por parte do cirurgião-dentista”, destaca.

Segundo Anselmo, existem al-guns desafios pela frente. Um deles é motivar os técnicos e os auxiliares a melhorarem sua imagem perante a própria clas-se odontológica. Outra meta é conseguir definir pisos salariais, plano de benefícios e demais parâmetros do contrato de trabalho. Um auxiliar precisa realizar um curso de capacita-ção de, pelo menos, 300 horas, enquanto que a formação para técnico dura cerca de 1320 ho-

ras, em instituições de ensino reconhecidas pelo CFO “Por muito tempo, prevaleceu a fi-gura da recepcionista de con-sultório até a regulamentação mudar este cenário”, afirma.

O Enat 2016 contou com pales-tras realizadas por CDs e por técnicos e auxiliares, que pu-deram compartilhar suas expe-riências. Atendimento inova-dor em saúde, biossegurança, riscos ocupacionais em Odon-

tologia e a importância destes profissionais para o sucesso do atendimento odontopediátrico foram alguns dos temas da pro-gramação. Uma novidade des-ta edição foi a exposição de painéis com trabalhos científi-cos e práticos realizados pelo ASB ou TSB, tanto nos cursos como nos locais de trabalho, dentro da estratégia dos orga-nizadores de promover a troca de conhecimento.

Copeo 2016 é destaque na odontologia do Norte e do Nordeste

Mais valorização para Técnicos e Auxiliares de Saúde Bucal

Solenidade de abertura do 23º Copeo. Na foto: Dr. Rubens Barros de Azevedo, presidente da Sociedade Brasileira de Dentistas Escritores (SBDE); Drª. Lina Eda Martinelli de Lima, representando as Seccionais e Regionais da ABO; Dr. Ranilson de Amorim Alves, vice-presidente do Sindicato dos Odontologistas no Estado de Pernambuco (SOE-PE); Dr. Paulo César Oliveira Santos, coordenador estadual de Saúde Bucal; Felipe Francismar, vereador; Dr. Alexandre Martins Rizuto, presidente da ABO-PE; Dr. Luiz Fernando Varrone, presidente da ABO Nacional; Drª. Catia Maria Fonseca Guerra, presidente do 23º Copeo; Dr. Rogério Dubosselard Zimmermann, representando o Conselho Federal de Odontologia (CFO); Dr. Ademir Fratric Bacic, coordenador Nacional de Saúde Bucal; Drª. Ana Beatriz Vasconcelos Lima Araújo, coordenadora Municipal de Saúde Bucal; Dr. Alfredo de Aquino Gaspar Júnior, presidente do Conselho Regional de Odontologia (CRO-PE); Ten. Cel. Dentista ERA Pylyp Nakonechnyj, presidente da Academia Brasileira de Odontologia Militar (ABOMI)

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Edição 156 | Fevereiro/ Março/ Abril 201610 Eventos

O cenário atual e o futuro da odontologia do trabalho foram debatidos em um evento reali-zado em janeiro na capital pau-lista. O 3º Encontro Nacional de Odontologia do Trabalho con-tou com a presença de impor-tantes nomes da odontologia nacional, como o presidente do Conselho Federal de Odontolo-gia (CFO), Dr. Ailton Morilhas,

e também o ex-coordenador nacional de saúde bucal, Dr. Gil-berto Alfredo Pucca Junior.

Na oportunidade, foram levan-tadas as questões sobre o futuro da especialidade baseadas no tema: A importância da visão expandida do cirurgião-dentista do trabalho em vigilância à saúde do trabalhador. O foco era deba-ter a atuação do CD especialista

nos Centros de Referência para a Saúde do Trabalhador (CRST), além de destacar a importância do trabalho multiprofissional.

Além das palestras e das discus-sões promovidas, ficou aprova-da pelos presentes a formação de um Observatório Transdisci-plinar de Odontologia do Tra-balho (OTOT). A novidade vem com a missão de capacitar os

profissionais, com a premissa da saúde oral como parte funda-mental da saúde integral do tra-balhador. O observatório deve servir como uma fonte constan-te de informação e estará dispo-nível aos profissionais da área.

O Dr. Pucca, atualmente na direção do departamento de Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador do Ministério da

saúde (DVAST-MS), frisou o constante esforço das institui-ções em prol da odontologia do trabalho para consolidar a especialidade no contexto da saúde do trabalhador.

Segundo o presidente do CFO, este encontro foi um marco para a especialidade que já vê a possibi-lidade de estar incluída no SUS.

Odontologia do trabalho em foco

Consultórios e clínicas odontológicos como business

Uma das novidades do 34º Ciosp foi um espaço que, durante todo o evento, recebeu um ciclo de apresentações e debates sobre temas variados e de interesse dos profissionais de Odontolo-gia. O Simpósio Odontologia, Vida & Negócios foi realizado em uma arena com capacidade para 150 pessoas dentro do es-paço do Ciosp, com entrada gra-tuita para os congressistas.

Na oportunidade, os profissio-nais e acadêmicos presentes pu-deram ter contato com grandes especialistas em finanças, negó-cios, convênios, clínicas priva-das e serviço público para de-bater temas relevantes e atuais. O objetivo era sanar as dúvidas dos CDs preocupados com o futuro do seu negócio, com sua imagem e planos de vida. Os ci-clos de apresentações e debates aconteceram durante todos os quatro dias do congresso, com três módulos diários e duração de duas horas cada um, na Are-

na #ValorizaOdonto, localizada na feira comercial. O simpósio contou com o apoio da Dental Cremer, que montou o espaço e convidou palestrantes.

De acordo com Rodrigo Guer-reiro B. Moraes, coordenador de divulgação e mídias do con-gresso, durante a preparação do Ciosp, percebeu-se que o congresso não pode se restringir apenas à parte comercial ou à grade científica. Daí surgiu a ne-cessidade de promover trocas propositivas. “O grande tema do Ciosp é a construção de uma odontologia de excelência e nosso simpósio contribuiu ao permitir a discussão das pers-pectivas profissionais, a realiza-ção pessoal e o papel do dentis-ta na sociedade”, explicou.

Esta diversidade de assuntos é evidenciada pela programa-ção, na qual se destacaram as palestras: Rumos para uma vida clínica de excelência, por Mar-celo Kyrillos; Como cuidar dos

Novos passos para projeto social da Rede ABOOs coordenadores do projeto nacional da Rede ABO, Um Sor-riso do Tamanho do Brasil, reuniram-se em São Paulo no início deste ano para definir os próximos passos das ações. Com o su-cesso das atividades realizadas em outubro de 2015, espera-se que este ano a adesão ao projeto seja ainda maior por parte das ABOs de todo o Brasil.

Programe-se:

Especialização em Odontopediatria1º Semestre de 2016 – ABO-PEObjetivo: capacitar o profissional para prevenção à saúde bucal, no atendimento clínico, desde o recém-nascido até o adolescente e reconhecer e interceptar precocemente, os desvios de normalidade. Telefone: (81) 3267-2748E-mail: [email protected]

Calendário de cursos da ABO 2016Aperfeiçoamento em Disfunção Temporomandibular e Dor Orofacial1º Semestre de 2016 – ABO-ESObjetivo: promover o conhecimento e a habilidade do cirurgião-dentista para diagnosticar e conduzir os pacientes com Disfunção Temporomandibular e Dor Orofacial.Telefone: (27) 3395-1460E-mail: [email protected]

Arena foi dedicada ao debate de negócios, plano de vida e de carreira dos CDs

Os profissionais e acadêmicos presentes no 34º Ciosp tiveram a oportunidade de debater temas relevantes sobre a profissão em arena localizada na feira comercial

bastidores da vida do cirurgião-dentista?, por Fernando Fialho Versignasi; A história de vida da Cirurgiã-Dentista que amava o mundo PET, por Priscila Fel-berg; Canais de mídia dirigidos à

Odontologia, por Felipe Cabral; Vida clínica e no funcionalismo público para mulheres Cirurgiãs- Dentistas Thaís Staut Zukeran.

Fernanda Avelar, coordenadora da Arena #ValorizaOdonto pela

Dental Cremer, se diz satisfeita pela oportunidade que a empre-sa teve de apoiar um simpósio que dá voz ao dentista e permite o compartilhamento de histórias que inspiram.

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11Eventos

O 2º Meeting de Odontologia do Esporte, evento paralelo ao 34º Ciosp, aconteceu em clima de comemoração. Os organiza-dores e participantes estavam muito satisfeitos com o reco-nhecimento da Odontologia do Esporte como especiali-dade, por meio da Resolução CFO 160/2015.

Segundo Reinaldo Brito Dias, coordenador do meeting, este evento é fundamental nesta nova etapa. Para ele, o empenho

é cada vez maior para dissemi-nar os conceitos técnicos-cien-tíficos para que o CD exerça a nova especialidade. O paciente - atleta precisa estar sempre no máximo de sua capacidade fí-sica e psicológica. “Além disso, tem crescido o reconhecimento no meio esportivo de que a saú-de bucal afeta a saúde geral e vice-versa”, explicou.

Neide Coto, professora da disci-plina de Odontologia do Espor-te na Faculdade de Odontologia

(FO/USP) e integrante do comitê organizador do meeting, desta-cou a edição de 2015 do mee-ting ressaltou o caráter multidis-ciplinar da especialidade, com a presença de palestrantes de diferentes áreas médicas: psi-cologia, nutrição, fisioterapia e medicina do esporte.

Em sua apresentação, Maria Elisabeth Machado P. Silva, nutricionista e doutora em Saúde Pública, destacou a questão da boca como en-

trada do alimento, por meio de uma análise entre prática esportiva, alimentação e os impactos na saúde bucal. Ela destacou que a mastigação é fundamental para o aproveita-mento dos nutrientes e o de-senvolvimento do atleta. “Te-mos ainda alguns alimentos e suplementos utilizados por es-portistas que alteram a acidez bucal e os que são potencial-mente cariogênicos, entre ou-tros aspectos”, esclareceu.

O uso da toxina botulínica, do laser, das substâncias de preenchimento facial, espe-cialmente do ácido hialurôni-co, nos tratamentos estéticos e funcionais foi debatido no Congresso Mundial de Estéti-ca Orofacial, que chegou à sua segunda edição. O evento foi realizado em paralelo ao 34º Ciosp e reuniu representan-tes das principais instituições odontológicas, profissionais e estudantes. O foco foram as técnicas minimamente in-vasivas que podem ser em-pregadas nos tratamentos de reabilitação oral, na correção do sorriso gengival e de assi-metrias faciais, no bruxismo, na correção de volumes fa-ciais, entre outras aplicações.

“São recursos que oferecem um amplo leque de utiliza-ções e que estão se consoli-dando como excelentes tera-pêuticas em todas as áreas da odontologia”, avaliou Lucia-no Artioli Moreira, presiden-te deste congresso e da Aca-demia Brasileira de Estética Orofacial. Ele explica que foi montada uma grade paralela com seminário, workshops e palestras, com o objetivo de contribuir com a capacitação do CD, um profissional que já tem um sólido conhecimento das funções musculares e da anatomia da região da cabe-ça e pescoço, ou seja, ele pode incorporar com rapidez estas terapêuticas avançadas no consultório, se investir em cursos e treinamentos de excelência.

Daniel Machado, palestrante e integrante da comissão orga-nizadora do congresso, escla-receu que a legislação federal permite ao CD aplicar estas técnicas nos tratamentos. En-tretanto, o especialista ressal-tou que nenhum profissional deve realizar estes procedi-mentos sem estar devidamen-te habilitado e com domínio das diferentes tecnologias.

Entre os workshops desta-caram-se os ministrados por Paola Maria Messina (Itália), com o tema Preenchimen-to facial: locais, técnicas e escolha do preenchedor; e Tratamento de olheiras e ri-nomodelação com ácido hia-lurônico, conduzido por An-drés Gaete Navarro (Chile). Já Ismael Drigo Cação falou sobre Laser e Leds - Luz como aliada na terapia facial.

Avanços regulatórios para nova especialidadeCongresso debate estética orofacial

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Edição 156 | Fevereiro/ Março/ Abril 201612 Capa

Odontologia especializada em atletasApostar na especialização em odontologia do esporte pode ser um bom negócio para o CD

Basta uma busca rápida pelos sites de pesquisa na internet para encontrar histórias de atletas que viram seu rendi-mento prejudicado por lesões e doenças do sistema estoma-tognático. Entre os casos mais recentes de futebol está o joga-dor Maílson do clube gaúcho Juventude, que, em fevereiro, ao se chocar com o goleiro ad-versário, perdeu dois dentes e quebrou o maxilar e o nariz, o que o tira da competição local por alguns meses. Outro que teve que sair às pressas do estádio foi Miller Bolaños do Grêmio, obrigado a abandonar um clássico por ter quebrado a mandíbula, em março. Até mesmo Neymar teve seu nome estampado na mídia no fim do ano passado por interromper o treino ao sentir dores no dente.

Sem dúvidas, em casos como estes acima – do mais sim-ples ao mais complexo – há a necessidade de interven-ção direta e imediata de um CD para minimizar os danos e contribuir para uma recupera-ção mais eficiente. No fim de 2015, a odontologia do esporte

(OE) passou a ser especialida-de, com o reconhecimento do Conselho Federal de Odonto-logia (CFO). Apesar de não ser uma novidade no meio odonto-lógico, este braço da profissão ganha ênfase por propor atua-ção diferenciada e expandir o campo de trabalho do CD. Mas para chegar lá é preciso seguir as normas do CFO, investir na formação e estar aberto à inter-disciplinaridade.

Neste ano em que o Brasil re-cebe as Olimpíadas e Paralim-píadas, é fundamental compre-ender a importância da OE e o cenário em que ela está inserida (veja box na página ao lado). A especialidade hoje não é mais relacionada apenas ao uso dos protetores bucais. Especialistas da área odontológica e médica já defendem que a saúde bu-cal tem interferência direta no tratamento de lesões no corpo todo, assim como pode interfe-rir na postura do atleta e causar queda de rendimento.

Com a resolução 160/2015 do CFO, especialistas acreditam que a área torna-se uma opção ainda mais promissora para os

profissionais. Segundo o pre-sidente da Academia Brasilei-ra de Odontologia do Esporte (Abroe), Dr. Gustavo Ferreira, o reconhecimento da especia-lidade, além de fomentar estu-

dos científicos que comprovem os benefícios da OE, contribui para que estas informações cheguem aos CDs, aos médicos e, finalmente, ao atleta. Ele con-sidera isto como uma mudança cultural. “O primeiro movimen-

to é que eles [os atletas] já en-tenderam que a saúde geral está ligada à saúde bucal e agora co-meçam a tomar conhecimento do profissional especializado e passam a procurá-lo”, avalia.

O ideal é que todo atleta, amador ou profissional, tenha atendimento odontológico ro-tineiro e não apenas em casos de urgência. “É indispensável o acompanhamento odontoló-gico dos atletas”, afirma o mé-dico Seleção Brasileira de Fute-bol e do Clube Atlético Mineiro, Dr. Rodrigo Lasmar. “Os clubes deveriam ter um setor de odon-tologia com um prontuário de cada jogador, seu histórico e exames prévios para que seja feito um trabalho adequado de prevenção e identificação precoce de alterações, o que é muito eficaz”, avalia.

Este trabalho deve ser especia-lizado e integrado ao da equipe médica, com exames preventi-vos, atendimentos durante as competições e pós-eventos. Tudo isso visando sempre a prevenção e tratamento de lesões na face e na parte oral. “O atendimento nos locais de

evento também são formas de prevenção, pois a minha atua-ção é fazer o máximo no me-nor tempo possível para não ter sequelas que possam levar à perda do dente, não ter uma fratura mais séria, por exem-plo, de mandíbula ou da face”, explica o Dr. Alexandre Barbe-rini, professor coordenador do ambulatório de odontologia do esporte do Centro de Exce-lência da FIFA na Unifesp, CD no S.C. Corinthians Paulista, Red Bull Brasil e do Instituto do Atleta (INA).

No Brasil, a grande maioria dos clubes que abrigam as mais di-versas modalidades esportivas ainda não dispõe de equipes especializadas para o cuidado da saúde orofacial. Dentre as instituições brasileiras que já buscam se adequar à realidade da OE estão o Botafogo de Fute-bol e Regatas, do Rio de Janeiro, o clube paulista S.C. Corinthians e o Red Bull Brasil. Eles têm equipes especializadas consoli-dadas, que fazem o acompanha-mento constante de atletas de diversos níveis e modalidades.

Segundo o Dr. Barberini, mais

Maioria dos clubes brasileiros não oferece

atendimento odontológico especializado

Diretrizes para especializaçãoCom o reconhecimento da nova especialidade pelo Conselho Federal de Odontologia (CFO), os profissionais que já têm atua-ção na área devem solicitar o re-gistro de especialista. Para que isto seja possível, é necessário seguir as normas para registro e inscrição de especialidades

estabelecidas pelo Conselho na Resolução 164/2015.

O Artigo 3º do documento dá o prazo de 180 dias após a data de sua publicação para o cirurgião-dentista se inscrever como especialista no Conselho Regional de Odontologia (CRO) de sua região. Para fazer este re-

querimento, são feitas algumas exigências quanto à experiência de atuação na área e teste de co-nhecimento.

O profissional que busca a re-gulamentação da especialidade deverá comprovar dez anos de experiência em odontologia do esporte. Para isso, deve reunir

contratos de trabalho e outros documentos que demonstrem esta atuação. Além disso, é pre-ciso ter atuação acadêmica de ao menos cinco anos em curso de graduação em Odontologia reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC) e ser respon-sável por alguma disciplina rela-

cionada à especialidade. Outra exigência é a realização de uma prova escrita e oral, aplicada pela comissão examinadora.

Já os profissionais que desejam ingressar neste novo campo, é preciso procurar os cursos de especialização credenciados pelo Conselho.

Contusão no maxilar do jogador Miller Bolaños, do Grêmio, é um dos casos mais recentes de traumatismo odontológico no esporte

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de 80% dos atletas recebem pouco ou não recebem trata-mento adequado em suas equi-pes. A presença da OE é mais comum no acompanhamento de atletas que praticam espor-tes de contato, como boxe e MMA, basquete, rúgbi e hóquei, por exemplo, e aos poucos está entrando no futebol também.

O Dr. Gustavo Ferreira expli-ca que, ainda é comum que os clubes disponibilizem ao esportista um plano odonto-lógico, mas que o efeito não costuma ser o esperado. Além de os atletas não procurarem por atendimento, os CDs não têm preparo para as particula-ridades deste tipo de paciente. “Se o profissional não souber questões específicas da área vai acabar prejudicando o atle-ta, por exemplo, com o uso de medicamentos inadequados e que são apontados em exames antidoping”, pondera.

Intervenção no rendimento do atleta – Apesar da semelhança com tratamentos comuns de consultório, os especialistas de-fendem que a diferença está no público, e não no trabalho. “O atleta não é paciente comum”, diz o Dr. Hilton Gurgel, asses-sor da Associação Brasileira de Odontologia (ABO) para assun-

tos da odontologia do esporte. “O CD trabalha em um organismo alterado, de certa forma, o que exige ainda mais o equilíbrio da saúde como um todo”, comenta.

Ao se pensar na saúde do cor-

po de forma integral, é preciso olhar para os efeitos da saúde bucal em todo o organismo, mesmo que o foco da odonto-logia do esporte seja a preven-ção e tratamento de lesões do sistema estomatognático. “Pos-síveis doenças odontológicas podem ser a causa de lesões musculoesqueléticas e da difi-culdade em sua recuperação, que interfere diretamente na performance esportiva”, expli-ca o médico Rodrigo Lasmar. O

chefe do Departamento Médico do Flamengo, Dr. Márcio Tan-nure, reforça a importância dos exames de prevenção. “Toda avaliação pré-temporada de-veria começar com um exame odontológico”, afirma.

O Dr. Alexandre Barberini ex-plica que um foco de infecção pode atrapalhar a cura de uma lesão porque o sistema imuno-lógico, que já é comprometido pela própria prática do espor-te, fica sobrecarregado e a re-cuperação será mais lenta. Isto acontece, por exemplo, em ca-sos de doença periodontal, que demanda longos tratamentos e pode até inviabilizar a atuação do atleta. “É importante que o CD esteja atento ao calendário de competições dos atletas e saiba como e quanto poderá fazer o atendimento para não comprometer resultados”, diz.

Por ter ampla atuação, o ideal é trabalhar com uma equipe odontológica em que diver-sas especialidades interajam, como endodontia, periodon-tia, cirurgia, radiologia, entre outras. E independente do tra-tamento, o profissional terá de conhecer as particularidades do esporte em questão para não prejudicar a atuação do atleta, assim como atuar junto de outros profissionais, como

médicos, nutricionistas, psicó-logos e fisioterapeutas.

Entre as principais atividades do CD do esporte estão: ava-liações da saúde bucal dos atletas; acompanhamento de treinos e jogos; atendimento inicial de urgência de acidentes na região orofacial (até mesmo cortes na face ficam por conta

do CD); administração correta de medicamentos para evitar o doping positivo; diagnóstico ferimentos não dentários re-lacionados ao traumatismo e outras doenças sistêmicas que manifestem sinais na região bu-cal; encaminhamento do atleta para tratamentos médicos e de outras especialidades odonto-lógicas. Também é responsa-

Capa

Focos de infecção na boca

podem afetar recuperação de lesões no organismo

Odontologia nos jogos olímpicosO maior evento esportivo do mundo está chegando ao Brasil e em agosto começam as Olim-píadas Rio 2016, seguidas das Paralimpíadas, em setembro. Ao todo serão 28 dias de com-petição em, respectivamente, 42 e 23 modalidades esporti-vas, com a presença de 14.850 atletas vindos do mundo intei-ro. Não há lugar melhor para a odontologia do esporte senão neste ambiente. Porém, a atu-ação do CD especialista não será uma exigência neste caso,

apesar de ser bem-vinda.

O Comitê Organizador dos Jo-gos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 tem como parceira a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, que dispo-nibilizará CDs da rede para prestar atendimento aos atle-tas. Entretanto, a atenção será para casos urgentes que pos-sam eventualmente acontecer durante os jogos. “A odontolo-gia do esporte é relativamente nova e precisamos de espe-

cialistas capacitados em diver-sas áreas, como endodontia, prótese, cirurgia, radiologia e periodontia. Se estes especia-listas também forem CDs do esporte, muito melhor”, diz o coordenador da Odontologia do Comitê, Dr. Eduardo Muniz Barretto Tinoco.

Os atendimentos serão pres-tados na policlínica da Cidade Olímpica. Haverá um cirurgião- dentista disponível para aten-dimento no local das compe-

tições apenas das federações que solicitarem a presença do profissional. São exemplos as competições de basquete e rúgbi, além das lutas. “Quan-do a prevalência de trauma é baixa, como é o caso de mo-dalidades sem contato físico, a organização não disponibiliza dentista no local”, explica o. Dr. Tinoco.

O Dr. Roberto Vital, coorde-nador médico do Comitê Pa-ralímpico Brasileiro (CPB),

explica que todos os atletas inscritos nos jogos devem re-alizar exames de participação e que, entre eles, deveria es-tar a avaliação odontológica como prevenção de traumas. “Temos que prevenir qualquer alteração na parte dentária que possa interferir no rendimen-to do atleta, e se houver algu-ma alteração temos que fazer correção imediata, como é o exemplo de uma simples cárie dentária”, declara o médico.

Durante os Jogos, os atendimentos odontológicos serão prestados na policlínica da Cidade Olímpica

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Avaliação na pré-temporada pode ajudar na performance dos atletas

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Edição 156 | Fevereiro/ Março/ Abril 201614 Capa

Protetores bucais: além da prevençãoA odontologia do esporte está ganhando campo. Ainda com foco em prevenção de trauma-tismos na região bucal e da face, passa a defender a influência direta da saúde bucal no rendi-mento do atleta e na recuperação de lesões musculares. Apesar de não se tratar mais apenas de pro-tetores bucais, eles não deixam de ser essenciais. Com o desen-volvimento da especialidade, es-tes acessórios se mostram cada vez mais funcionais e se tornam aliado do atleta também para possíveis correções de postura.

O Dr. Alexandre Barberini, que é professor coordenador do ambulatório de odontologia do esporte do Centro de Excelência da FIFA na Unifesp e dentista do esporte no S.C. Corinthians Pau-lista, Red Bull Brasil e do Instituto do Atleta (INA), está entre os pio-neiros da odontologia do esporte no Brasil e conversou como Jor-nal da ABO sobre mitos, impor-tância do uso de protetores e as novidades desta área.

Como sugeriu o seu interesse pe-los protetores bucais e atuar na odontologia do esporte?

Quando comecei a trabalhar com traumatismo, percebi que o prognóstico destes casos era muito ruim e que se falava mui-to pouco da prevenção. Então comecei a pensar como e onde eu conseguiria desenvolver um trabalho de prevenção e perce-bi que o esporte era uma opção bastante evidente. Se eu conse-guisse fazer com que um atleta usasse um protetor, um capace-te diferenciado, uma proteção na mandíbula, eu conseguiria desenvolver um trabalho de pre-venção. Foi aí que passei a incluir nas minhas aulas na graduação

o traumatismo dentário. A partir disso, comecei a estudar muito mais os protetores bucais.

Quais são os tipos de protetores voltados à prevenção ao trauma-tismo no esporte?

O cirurgião-dentista atua na parte oral, mas também em toda a re-gião da face. Então, toda a fratura nesta região também fazer parte do trabalho do dentista do es-porte, com atendimento do cirur-gião bucomaxilofacial. Por isso, quando falamos em prevenção do trauma, falamos desde capa-cete, máscara facial e os prote-tores bucais. As máscaras e os protetores são confeccionados pelos dentistas, e é nosso papel incentivar o uso dos acessórios de proteção da face e da boca.

Quais são os protetores bucais mais indicados?

O protetor bucal deve ser feito e ajustado pelo dentista do espor-te. Nós não podemos indicar, por exemplo, nenhum protetor de estoque ou que o atleta pos-sa comprar em qualquer lugar. E se ele for feito em outro lugar sem o acompanhamento do CD responsável pelo atleta, o pro-fissional não tem como ajustar depois. O dentista faz o molde e alguns já têm seu próprio labo-ratório. Tudo o que ele precisa, além do conhecimento, é ter uma máquina de pressão espe-cífica para alguns procedimen-tos. Então teremos um protetor bucal de alta qualidade.

Como é feita a indicação dos protetores bucais? Ela é feita de acordo com cada modalidade do esporte?

Cada esporte vai apresentar ris-cos diferentes, mais ou menos intensos. Então, o protetor bucal

para MMA, por exemplo, é bem mais grosso. Chega a ter de cinco a seis centímetros de espessu-ra e, às vezes, pode até ser fei-to com um material mais rígido por dentro. Isto porque o atleta que luta MMA vai receber soco, chute, joelhada, cotovelada. E as chances de causar traumatismos são maiores. O protetor vai dissi-par a força recebida e redistribuir pelo próprio material, que é um plástico EVA (Etil Vinil Acetato) de alta qualidade, e evitar que os dentes quebrem.

O protetor bucal é indicado para todas as modalidades do esporte?

Dentro da Associação Dental Americana, a indicação é feita apenas para algumas modalida-des. As categorias de luta, por exemplo, exigem o uso dos atle-tas que competem. Mas alguns esportes o uso não é necessário porque os riscos são menores, como é o caso da natação. Mas no polo aquático, por exemplo, já tem que usar porque tem mui-to contato físico. No futebol é indicado, mas os jogadores ain-da não têm este costume. O que fazemos é introduzir nas cate-gorias de base para que os mais novos já comecem a se acostu-mar e que, quando chegarem ao profissional, não tenha mais pro-blemas. Lá no Red Bull mesmo é como se fosse um projeto piloto, reforçamos o uso do protetor desde pequeno para quem joga em qualquer posição, mas princi-palmente para goleiros porque o índice de traumatismo na face é muito grande.

Quanto tempo dura um protetor bucal?

O protetor dura, em média, um ano, o que é uma vida útil boa.

Agora estamos fazendo um tra-balho em que colocamos um chip dentro do protetor para avaliar o uso dele. O chip veri-fica quanto tempo e quanto o atleta usou o protetor. Com isso, vamos avaliar o seguinte: dentro daquele período de tantas horas vamos saber qual é o estado do protetor, o quanto ele desgastou, etc. O que tem de mais recente sobre protetores são os chips de avaliação, e já temos empre-sa brasileira distribuindo o chip. Porém, ainda estamos em fases de testes.

O protetor bucal pode atrapalhar o rendimento do atleta por difi-cultar a respiração, por exemplo?

É mito dizer que os protetores bucais atrapalham a respiração do atleta, desde seja usado o protetor correto, moldado pelo dentista, e não o de estoque. Na minha tese de mestrado em odontologia eu comprovo, por meio de avaliação de atletas na esteira usando o protetor bucal, que só atrapalham a respiração os protetores que são compra-dos em loja, sem adaptação às necessidades individuais do es-portista. Mas quando usam os moldados, a respiração é quase igual a quando não estão usan-do proteção.

Os protetores podem ofere-cer outras funcionalidades ao atleta além da prevenção de traumatismos?

Sim, hoje a odontologia do es-porte não é mais apenas trauma-tismo e protetor bucal. Quando o esportista tem um problema articular na boca, que é o caso da disfunção temporomandi-bular (DTM), por exemplo, aca-ba gerando um desequilíbrio muscular. Esse é um desequi-

líbrio cervical, do trapézio até a coluna lombar. O dentista do esporte também faz um traba-lho que é diagnóstico da boca e dos pés, pela barapodometria, que indica a qualidade da pos-tura do atleta. Quando coloca-mos um dispositivo intraoral, ele acaba balanceando a boca e reflete em melhora postural lá embaixo, nos pés. Também realizamos a eletromiografia, que avalia a melhor posição da mandíbula em relação maxilo. Nestes casos de descompensa-ção, vamos colocar um prote-tor bucal feito sob medida para balancear a postura, o que aca-ba otimizando a performance do atleta.

Dr. Alexandre Barberini é professor coordenador do ambulatório de odontologia do esporte do Centro de Excelência da Fifa do departamento de ortopedia da disciplina de medicina esportiva CET/Unifesp/EPM; professor assistente de pós-graduação em odontologia do esporte e traumatismo dentário na Fundação Faculdade de Odontologia (Fundecto), filiada à Faculdade de Odontologia da USP (Fousp); membro fundador e diretoria científica da Academia Brasileira de Odontologia do Esporte (Abroe); sócio-diretor da DioSport; dentista do esporte do Instituto do Atleta (INA), no S. C. Corinthians e no Red Bull Brasil; especialista e mestre em endodontia pela Fousp.

bilidade do CD a indicação do protetor bucal, extremamente importante para evitar trau-matismos bucomaxilofaciais e perda dos dentes (veja mais na entrevista abaixo).

Novas descobertas e perspec-tivas – Recentemente, surgi-ram estudos comprovando a relação da postura corporal com a postura da boca, re-lacionada à posição das ar-ticulações ou a má oclusão. “Quando existe um problema articular na boca isto gera um desequilíbrio muscular que, por sua vez tem influência no equilíbrio cervical do trapézio até a coluna lombar”, explica o Dr. Barberni.

O exame que identifica esta alteração é a barapodometria e uma das soluções para ba-lancear a postura é o uso de um dispositivo intraoral, que pode ser até mesmo o protetor

bucal moldado pelo CD. “Nes-te caso, por meio de exames verificamos a melhor posição da mandíbula em relação ao maxilo e podemos colocar um protetor com este fim”, diz o CD do esporte.

Ainda relacionada à postura, está a síndrome do respirador bucal, quando ao respirar pela boca, acontece queda na re-sistência aeróbica, o que altera equilíbrio e força, além de pro-vocar sonolência acentuada.

Tudo isto é prova de que o tra-balho do CD especialista em odontologia do esporte deve fazer parte do dia a dia dos atletas e instituições esportivas. Apenas um profissional capaci-tado e atualizado poderá não apenas realizar o atendimento adequado, mas também com-preender a importância dos procedimentos em relação à saúde geral do atleta.

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Uso de protetor bucal é quase um padrão atualmente em esportes de contato. Na foto, Stephen Curry, do Golden State Warrior, eleito melhor jogador da temporada passada de basquete na NBA

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15Mercado

Alternativa aos braquetes tradicionaisAparelhos removíveis são opção para pacientes que buscam resultados rápidos

Cada vez mais pacientes bus-cam uma forma de alinhar os dentes sem comprometer a aparência, o que não é possí-vel com o uso do aparelho or-todôntico fixo clássico, com bráquetes de metal. Graças aos avanços da tecnologia odonto-lógica associada à estética, hoje é viável realizar este tipo de tratamento com um aparelho removível diferente que, além de oferecer mais conforto e discrição, promete trazer mais assertividade ao trabalho dos CDs com o benefício do plane-jamento virtual.

Segundo o Dr. Luciano Carva-lho, doutor em ortodontia, o CD deve apresentar aos pacientes a variedade de aparelhos que po-dem ser utilizados para que es-colham o que mais condiz com suas prioridades financeiras e de tratamento, já que os alinha-dores podem apresentar um custo mais elevado que os brá-quetes tradicionais. “É impor-tante ouvir o que os pacientes dizem sobre suas necessidades e sua rotina e, com base nisso, apresento várias opções que podem atendê-las” explica.

Os bráquetes quase transpa-rentes ou os posicionados por trás dos dentes com a face vol-tada para a língua são alterna-tivas que conquistam cada vez mais adeptos. Porém alguns inconvenientes como manchas

no aparelho transparente, do-res, cortes na boca, danos ao esmalte e à raiz do dente e dificuldades de higienização continuam sem solução. Por isso, com o aprimoramento da tecnologia para uso na saúde e estética bucal, os alinhadores removíveis tornam-se cada vez mais comuns e hoje são a pri-meira opção para grande parte dos pacientes da ortodontia.

Um dos diferenciais dos alinha-dores alternativos é a possibili-dade de um planejamento mais preciso por meio de softwares específicos que utilizam a tec-nologia CAD-CAM, que é o caso do Invisalign, por exemplo. Isso permite que o ortodontista preveja os movimentos que o dente deverá fazer ao longo do tratamento.

Apesar de ainda não atuar em movimentos necessários na raiz dos dentes, por exemplo, este tipo de aparelho permite movimentações maiores e, em alguns casos, chegam a ser fer-ramentas para casos cirúrgicos. “Este é um método que veio para ficar e, para mim, é uma grande vantagem porque con-sigo avaliar previamente de for-ma virtual todos os movimentos que acontecerão durante o tra-tamento”, afirma o Dr. Carvalho.

Para Hugo Rosin, diretor execu-tivo da DVI Radiologia Odonto-

lógica, especialista em radiolo-gia e em ortodontia, as maiores vantagens dos alinhadores invi-síveis frente aos bráquetes são o conforto e a discrição, já que passam quase que despercebi-dos, além de facilitar a higieni-zação, pois é possível removê- lo durante as refeições. Po-rém, o ordotontista alerta que o sucesso do tratamento está relacionado à disciplina do pa-

ciente. “Diferentemente do apa-relho fixo tradicional, o sucesso do tratamento com o alinhador depende muito do comprome-timento do paciente, que deve usar o produto por várias horas por dia”, afirma.

Uma das empresas que dispo-nibilizam uma alternativa de tratamento é a australiana Myo-brace, que produz aparelhos

removíveis confeccionados em silicone com base em um siste-ma que afirma ser diferente de outras formas de tratamento or-todôntico. Segundo a marca, o alinhador visa apenas o alinha-mento dos dentes, mas, foca, principalmente, em corrigir a causa dos dentes tortos e do desenvolvimento incorreto dos maxilares. O tratamento usa técnicas da ortodontia miofun-cional para corrigir os hábitos orais incorretos (conhecidos como hábitos miofuncionais), que são a principal causa de dentes tortos, e usa forças leves e intermitentes para o alinha-mento dentário.

O aparelho Myobrace é ofere-cido em diferentes opções de modelos e tamanhos e exige o uso somente à noite e duas horas durante o dia, para não prejudicar a estética e o confor-to na realização das atividades diárias do paciente. Segundo Daniela Bittencourt, da empre-sa OrthoMundi, distribuidora da Myobrace no Brasil, o siste-ma trabalha melhor em pacien-tes que ainda estejam na fase de crescimento, entre os seis e dez anos de idade. “O trata-mento efetivo pode ser feito em qualquer idade, mas os hábitos passam a ficar mais difíceis de serem corrigidos em pacientes mais velhos”, afirma.

Para os profissionais interessa-

dos, a empresa oferece cursos e treinamentos, entretanto o CD pode indicar o produto aos pacientes mesmo antes de rea-lizá-los. Não é necessário cre-denciamento para que o profis-sional realize o tratamento com seus pacientes.

Já a Invisalign, de origem norte- americana, usa tecnologia de imagem de computador 3-D para transformar suas molda-gens em alinhadores persona-lizados, transparentes e remo-víveis. A ideia é não interferir tanto no dia a dia do paciente. Por não ser fixo, pode ser retira-do na hora das refeições, o que facilita também a higiene bucal.

A Invisalign trabalha com orto-dontistas credenciados e pro-mete aos profissionais consul-tas mais rápidas, previsão do resultado final, menos trabalho clínico, economia em materiais e instrumentais e aumento do público-alvo para ortodontia. Pelo site damarca o profissional pode conhecer melhor o pro-duto e realizar um pré-cadastro para a realização de um curso de credenciamento. A empresa também proporciona suporte clínico gratuito para os profis-sionais credenciados.

Para mais informações, aces-se: http://myobrace.com.br e http://invisalign.com.br.

Aparelhos convencionais com braquetes de metal agora competem com alternativas mais discretas e confortáveis

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Fabricantes garantem conforto e discrição

na correção ortodôntica

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Edição 156 | Fevereiro/ Março/ Abril 201616 Mercado

Soluções digitais para a odontologia

Após fusão, nasce a Alliage

Unitite é apresentado ao Brasil

A Sirona apresentou novos siste-mas durante o 34º Ciosp. O Cerec SW 4.4, para a área de restaura-ções, promete mais rapidez e segurança nos resultados dese-jados pelos profissionais e por seus pacientes. As ferramentas de design foram aprimoradas e as imagens são salvas auto-maticamente. Já na ortodontia,

a empresa traz o Cerec Ortho. O software utiliza um proces-so seguro de digitalização para criar um modelo arco mandibu-lar. De acordo com a marca, o sistema escaneia cerca de 40% mais rápido do que os métodos convencionais e depois do esca-neamento ser feito, ele pode ser utilizado para o planejamento do

tratamento e exportado para fa-bricantes de aparelhos ortodôn-ticos por meio do portal Sirona Conect. Na implantodontia, a Si-rona apresenta o Cerec Guide 2 que contribui tanto com a etapa de planejamento como também no momento da instalação da prótese. Este ainda está em pro-cesso de registro no Brasil.

A Dabi Atlante e a Gnatus apre-sentaram em janeiro, durante o 34º Ciosp, a nova marca deriva-da de sua fusão, a Alliage. No fi-nal do ano passado, o Conselho Administrativo de Defesa Eco-nômica (Cade), cuja função é zelar pela livre concorrência no mercado, aprovou a união entre as empresas. Desta forma, ambas se comprometeram a determina-das operações, como encerrar a relação de exclusividade mantida com distribuidores dos produtos

e na oferta de assistência técnica e a vender a marca Gnatus.

Segundo a Alliage o intuito da fusão é formar uma companhia ainda mais forte e preparada para desenvolver e lançar pro-dutos e serviços para o mercado odontológico. A nova empresa já nasce liderando o setor de equipamentos odontológicos. E, segundo nota divulgada pela empresa, há uma expectativa que os produtos sejam exporta-dos para 150 países em 2016.

A S.I.N. Sistema de Implante apresenta ao Brasil uma tecno-logia inovadora de implantes dentários, o Unitite. Após estu-dos pré-clínicos e clínicos de mais de cinquenta pesquisa-dores independentes durante mais de cinco anos, o produto é

apresentado pela marca com o intuito de ampliar ainda mais a quantidade de produtos de alta qualidade e eficiência.

Segundo a empresa, o Unitite representa uma nova geração no setor que, baseado na har-monização entre macrogeome-

tria implantar e nano ativação de superfícies, prova ser capaz de acelerar o processo de os-seointergração. Sua superfície foi desenvolvida na Suécia, em Gotemburgo, e uma de suas ca-racterísticas é a espessura de 20 nanômetros.

Enxerto ósseo Lumina-Bone

Foco na odontopediatria

Enxaguante bucal livre de álcool A Colgate apresenta seu novo enxaguante bucal Colgate Plax Soft Mint que, segundo a mar-ca, mata até 99,9% dos germes, proporciona gengiva 64% mais saudável e deixa o hálito fresco. Sua fórmula com flúor e livre de álcool ajuda na redução da inci-dência de cáries e, por não con-ter álcool, acaba sendo menos agressivo à mucosa bucal. De acordo com a Colgate, mesmo

sendo suave o enxaguante bucal protege a boca por 12 horas.

Pensando em um atendimento agradável e chamativo para os pacientes da odontopediatria, a Indusbello apresenta sua li-nha de produtos odontológicos Bambini. Foram utilizadas cores fortes e vibrantes com o objeti-vo de ser atrativa para o público

infantil. Dentre os produtos a marca apresentou o Pocketfun, disponível em várias cores e com tampa giratória 360º, para acomodação e transporte de aparelhos ortodônticos, mol-deiras, protetor bucal esportivo, entre outros.

O Lumina-Bone, da fabricante Critéria, é um produto que atua como um estimulador para neoformação óssea e, com capacidade hidrofílica, o que, segundo a empresa, propor-ciona facilidade de manuseio

na aplicação. Indicado para procedimentos cirúrgicos de preenchimento e ganho de volume estético, o produto é disponibilizado em grânulos, blocos e cilindros de diversos tamanhos.

Lançamento para o segundo semestreO novo Listerine Cuidado Total Zero, da Johnson & Johnson, chegará ao mercado no segun-do semestre de 2016. O enxa-guante bucal contém cloreto de zinco, flúor, quatro óleos essenciais e, agora, fórmula zero álcool. De acordo com a fabricante, a versão une seis benefícios em um só produto. Promove gengivas mais protegi-das, hálito fresco, prevenção da placa bacteriana e redução da

formação do tártaro. Além dis-so, possui sabor mais suave.

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17Mercado

Novidades em escovas no Ciosp

Materiais de moldagem para diversos usos

Protética é uma das áreas que podem ganhar com as novidades

Na 34º edição do Congresso In-ternacional de Odontologia de São Paulo (Ciosp), realizado no mês de janeiro, várias marcas trouxeram como destaque suas novidades e seus portfólios em escovas. Entre os lançamentos e divulgações do evento esta-vam produtos da Colgate, da Curaprox e da Edel+White.

A Colgate apresentou aos con-gressistas seu mais recente lan-çamento, a escova super pre-mium Professional Lab Series. Segundo a marca, a escova ul-tra macia permite a remoção da placa bacteriana com máximo conforto sem agredir a gengiva. O novo produto possui duas características técnicas que prometem alta concentração de cerdas ultra macias para uma melhor escovação e uma cabe-ça ultra compacta e arredonda-da, para maior alcance dos den-tes posteriores. Com um design moderno e ergonômico, a Pro-fessional Lab Series foi criada em uma paleta de cores vivas e vibrantes e está disponível em quatro combinações de cores

de cabos e cerdas: amarelo e laranja, rosa e azul, azul e verde e transparente e rosa.

Já as escovas de 5.460 cerdas ultra macias da marca Cura-prox recentemente ganharam uma edição especial inspirada na obra do escultor e pintor italiano Michelangelo. A linha traz modelos de escovas com menção à obra-prima Davi, um dos trabalhos mais importantes e famosos do artista. Segundo a marca, os modelos são exclu-sivos. Isso se deve ao processo de injeção de duas cores de plástico no cabo que forma de-senhos aleatoriamente, como em uma impressão digital.

A Curaprox, além de apresen-tar as escovas de seu catálogo, em parceria com a marca Holi Coats, levou ao Ciosp linhas de jalecos com cores inspi-radas nas escovas dentais da marca suíça. Além da habitual cor branca dos jalecos, a linha Curaprox by Holicoats também apresenta tons vibrantes como laranja, pink, turquesa e fúcsia. Os jalecos têm como público

cirurgiões-dentistas e demais profissionais da área da saúde, como os que atendem na área da pediatria e buscam criar um ambiente mais descontraído no consultório.

Outra marca suíça marcou pre-sença no evento. A Edel+White apresentou a linha de escovas Flosserbrush Soft e Ultrasoft, indicado a prêmios internacio-nais de design. A linha é conhe-cida por ter o cabo ergonômico emborrachado, mais largo e flexível, além da cabeça com-pacta que promete alcançar áreas de difícil acesso. A marca também destacou a escova de dentes portátil Flosserbrush To Go, que garante sugere a com-binação entre o conforto da portabilidade e a ação de higie-ne das suas cerdas; as escovas interdentais que, segundo o fa-bricante, são duráveis e fáceis de usar graças a um núcleo de alta resistência e design com in-clinação exclusiva destinado a um melhor alcance; e a Unitufo, para limpeza de áreas de difícil acesso.

Os visitantes da feira comercial do Ciosp 2016 tiveram acesso a diferentes produtos de des-taque em moldagem. Os fabri-cantes levaram para o público diversas opções de moldagem para diferentes fins, como para impressões de coroas e pontes, implantes dentais e restaura-ções indiretas.

O Qualitygel, produto da Bio-dinâmica, é um alginato para impressão Tipo ll, de presa normal e consistência média, que é apresentado na forma de pó. Quando incorporado à água, o produto adquire uma consistência de gel e é levado à boca na forma plástica não endurecida por meio de uma moldeira. Após o endureci-

mento, o material é removido e preenchido com gesso-pedra ou outro material adequado para que se obtenha o modelo desejado. Segundo a fabrican-te, o material é indicado para moldagens totais ou parciais de tecido mole e duro, traba-lhos de próteses totais ou par-ciais removíveis, confecção de modelos de estudos para trabalhos de ortodontia e tam-bém em moldagens para a con-fecção de restaurações, prepa-ros de coroas e pontes fixas.

A Ivoclar levou ao evento sua nova linha de materiais de moldagem, baseada em po-livinilsiloxanos e desenvolvi-da para cumprir os requisitos atuais das técnicas de impres-

são mais populares. A em-presa afirma que o produto é altamente compatível com a umidade, possui estabilidade dimensional, recuperação elás-tica superior e alta resistência à ruptura. Entre as indicações recomendadas estão: molda-gens finais para restaurações indiretas, moldagens para im-plantes dentais, matrizes para ceroplastias ou para modelos de estudo, moldagens de des-dentados e matrizes para fabri-car restaurações provisórias.

Para saber mais, acesse o site das empresas: www.ivoclarvi-vadent.com.br e www.biodina-mica.com.br.

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Edição 156 | Fevereiro/ Março/ Abril 201618 Profissão

Não importa a idade. Para fica-rem livres das cáries os dentes precisam da ação do flúor, que controla o processo de evolu-ção da doença, desde o início de seu surgimento. Segundo especialistas, o flúor é o úni-co agente efetivo no controle do processo de cárie baseado em evidências e, ministrado na

quantidade adequada, não re-presentará risco à integralidade dos dentes.

A aplicação do flúor desde a escovação infantil passou a ser recomendada pela Acade-mia Americana de Pediatria em 2015, mas no Brasil esta indica-ção já existia desde 2009. Até então, o uso da substância na

higiene bucal, principalmente das crianças, costuma levantar dúvidas no que diz respeito à fluorose. “Entretanto, não havia evidências da relação entre ida-de de início da escovação den-tal com dentifrício fluoretado e a fluorose decorrente”, afirma o Prof. Dr. Jaime Aparecido Cury, professor de Bioquími-

ca e Cariologia pela Faculdade de Odontologia de Piracicaba (Unicamp).

A quantidade mínima ideal de aplicação de flúor nos cremes dentais é igual para todas as idades. “Estudos com base em evidência mostraram que um dentifrício deve ter flúor e sua concentração deve ser de, no

mínimo, 1000 ppm, tanto para o controle de cárie na dentição decídua como na permanente”, explica o Dr. Cury.

Sobre as crianças, o papel de controle de excesso de flúor fica por conta de pais e respon-sáveis: a quantidade ideal de creme dental por escovação é igual a um grão de arroz.

Flúor: o maior aliado no combate à cárie em todas as idades

Segurança e saúde do profissional de odontologiaQue o cirurgião-dentista deve prezar pela saúde e integridade física de seu paciente é consen-so geral. Mas, considerando o constante contato com micror-ganismos patógenos, o risco será sempre maior às equipes de trabalho. Assim, é fundamen-tal garantir que as medidas de biossegurança também sejam aplicadas em benefício próprio.

Os protocolos de biosseguran-ça estabelecidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) preveem os procedi-mentos a serem adotados para evitar o contágio de diversos tipos de doenças e também pre-servar a saúde ocupacional dos profissionais. Entre eles está o

uso de equipamentos de segu-rança individual, procedimentos de esterilização e desinfecção de ferramentas de trabalho e imunização contra doenças.

Os EPIs irão atuar na redução do contato com secreções cor-porais, como sangue e saliva. Entre os principais equipamen-tos estão a luva, máscara, óculos de proteção, gorro e jaleco. “O uso de EPI é indicado durante o atendimento ao paciente, no reprocessamento dos artigos e nos procedimentos de limpeza do ambiente”, diz a Dr.ª Samara Valêncio, cirurgiã-dentista espe-cialista em Odontologia do Tra-balho e Saúde Coletiva.

Segundo a Dr.ª Lusiane Borges,

cirurgiã-dentista e biomédica especialista em Microbiologia, Epidemiologia, Prevenção e Controle de Infecção, os proces-sos de esterilização, ao contrá-rio do que se pensa, não depen-dem apenas da autoclavagem. “Algumas etapas importantes, como lavagem e embalagem, muitas vezes são negligenciadas por ignorância do protocolo e inviabilizam todo o processo. E sabe-se, atualmente, que a etapa da limpeza é a mais importante do protocolo”, explica.

Risco de doenças – Entre as do-enças infectocontagiosas mais comuns nos ambientes odonto-lógicos são a gripe, toxoplasmo-

se, citomegalovírus e outras e outras viroses. Já em acidentes com perfurocortantes, o risco é a transmissão de hepatite C e B e, ainda que baixo, do HIV.

Neste contexto, a imunização do profissional se faz uma fer-ramenta de grande importância. Segundo manual da Anvisa para prevenção e controle de riscos nos serviços odontológicos, é preciso estar atento às carac-terísticas da região e da popu-lação, pois diferentes tipos de vacinas podem ser indicadas. As mais importantes são contra he-patite B, influenza, tríplice viral e duplo tipo adulto.

A Anvisa também reconhece que os CDs estão expostos a ris-

cos de origem química, física e ocupacional (ergonômica e me-cânica). O principal risco quími-co está o contato com o mercú-rio presente da amálgama, e a exposição a ruídos, radiações e umidade se caracterizam como risco físico.

Outros cuidados a ser tomados estão relacionados à postura do profissional durante os pro-cedimentos de trabalho, repeti-ção de movimentos e jornadas exaustivas (risco ergonômico), além de acidentes dentro do consultório, como instrumentais e equipamentos com defeito ou impróprio para procedimento e perigo de incêndio e explosão (risco mecânico).

ABO prestigia nova diretoria da AORPO presidente da ABO Nacional, Dr. Luiz Fernando Varrone, esteve presente na solenidade de posse da nova diretoria da Associação Odontológica de Ribeirão Preto (AORP) no dia 26 de fevereiro. Na foto, da esquerda para a direita: Dr. Nilor Val-debiesco Navarro, vice-presidente da AORP; Dr. Cleomenes Augusto Costa Junior, presidente da AORP; e Dr. Luiz Fernando Varrone, presidente da ABO.

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Um estudo desenvolvido no Centro Nacional de Pesquisa Estratégicas do Nosrdeste (Ce-tene), com a cooperação da área de odontologia da Univer-sidade Federal de Pernambuco (UFPE), parece ter encontra-do uma solução para um dos grandes desafios diários do cirurgião-dentista: pacientes de todas as idades com medo do famoso motor usado no trata-mento de cárie. A fórmula com nanopartículas de prata tem ação bactericida e é de fácil aplicação, além de apresentar baixo custo de produção.

O produto é uma solução líqui-da de aplicação simples, feita diretamente na cárie. Segundo os resultados do estudo, uma única aplicação é capaz de curar a doença e manter o den-te livre por um ano. Quando os períodos entre aplicações são menores, a eficiência aumen-ta e a chance de interromper o processo de diversos tipos de cárie em uma semana pode chegar a 88%.

Segundo o coordenador do projeto, André Galembeck, o grande diferencial desta fórmu-la está no fato de ela ter sido

desenvolvida com nanopartícu-las – 50 mil vezes menores do que a espessura de um fio de cabelo. Além de não compro-meter a cor dos dentes, diminui o valor de produção. “Pelo fato de ser um produto nanotecno-lógico, usamos pouco material e temos grande atividade. Além disso, não estigmatiza o pa-ciente”, afirma o coordenador, referindo-se a outras opções no mercado que, por apresentar grande quantidade de prata – 600 vezes mais, deixam os den-tes pretos.

O produto desenvolvido pela

equipe do Cetene tem colora-ção amarelada, mas em pou-co tempo o dente volta a ficar branco e o composto continua agindo por até 12 meses.

Por enquanto a fórmula serve apenas como tratamento e ainda não está regulamentada pela An-visa (até o fechamento desta edi-ção). O químico explica que já existem dados que comprovam o impedimento da adesão de bactérias no esmalte do dente, o que significa efeito preventivo. “Agora estamos trabalhando em formulações para tentar aplicá--las em enxaguatórios e cremes

dentais”, conta o coordenador. “Nosso objetivo é que esta seja mais uma arma para ajudar o cirurgião-dentista no combate à carie”, diz Galembeck.

Sem a necessidade da broca, o atendimento torna-se, inclu-sive, mais acessível. “Segundo uma pesquisa divulgada pelo IBGE, em 2011, o Brasil tem 17 milhões de crianças com me-nos de 12 anos que nunca tive-ram acesso a esse tratamento. Fizemos um trabalho em uma escola pública dentro das salas de aula mesmo, nas próprias cadeiras”, conta o químico.

O livro oficial do Ciosp 2016 chegou ao público em um for-mato diferenciado: três manuais completos sobre a prática da odontologia que têm como pú-blico tanto o clínico quanto o es-pecialista. Os fascículos trazem ao profissional diversos temas relacionados ao seu cotidiano.

Construção do sorriso – Prótese e Estética, Manutenção e con-trole do sorriso – Endodontia, Periodontia e Diagnóstico das Lesões Bucais e Reabilitação do sorriso – Inter-relação Pró-tese Implante são os títulos das obras coordenadas pelo Dr. Waldyr Romão Junior, coorde-

nador executivo do 34º Ciosp, e Renato Miotto Palo, responsá-vel também pela coordenação científica do evento.

As publicações têm artigos de especialistas renomados de diversas áreas como prótese, estética, periodontia, semio-logia e implantodontia. As ilustrações servem como guia para as etapas clínicas. Com esta divisão é possível que o profissional compre apenas os fascículos com os temas de maior interesse.

Segundo os organizadores, esta é uma forma de ajudar o

cirurgião-dentista em seu co-tidiano, disponibilizando um passo a passo que pode servir para consulta diária. Assim, na publicação estão abordados os procedimentos mais comuns em um consultório como, por exemplo, restaurações anterio-res e posteriores, colagem de fragmentos, sistemas de trata-mento endodôntico, procedi-mentos periodontais e outros. Os passo a passo são feitos a partir de casos clínicos. O CD tem acesso a fotos de cada eta-pa dos procedimentos.

O livro foi publicado pela edi-tora Napoleão, lançado durante

o 34º Ciosp e já está disponível para venda. Para saber como adquirir os exemplares, en-

tre em contato com a editora: www. editoranapoleao.com.br/ (19) 3466-2063.

Profissão

Nanopartículas para o tratamento de cárie

Manual prático para o dia-a-dia do CD

Coordenador de saúde bucal do MS fala sobre cenário atual da áreaA Coordenadoria-Geral de Saúde Bucal tem um novo representante desde o fim do ano passado. O Dr. Ade-mir Fratric Bacic assumiu o cargo de coordenador em novembro de 2015 e falou com o Jornal da ABO sobre sua visão do trabalho e como pretende seguir com os pro-jetos que beneficiam a saúde bucal brasileira.

Como o senhor vê o cenário atual da coordenação-geral

de saúde bucal e os projetos desenvolvidos?

Viemos de alguns anos que, por problemas econômicos e políticos, tivemos uma baixa atuação da Saúde Bucal. Mas, apesar disso, a saúde bucal tem um legado muito positi-vo do que foi realizado nos últimos dez anos. No passa-do éramos uma área técnica e hoje temos uma coordenação. Todas as ações são compar-tilhadas e temos na odonto-

logia pessoas notórias que podem contribuir. Temos pro-jetos muito bem implantados e consagrados, com valores percebidos de sucesso. Então a ideia é termos a continuida-de destes processos.

Qual é o seu trabalho agora, frente à coordenação?

Como tivemos um amplo crescimento nos dez anos que antecederam estes dois que ficaram estagnados, hoje temos massa de análise para

ver onde acertamos e onde erramos, corrigir estes pon-tos e conseguir fazer melhor uso dos recursos que já te-mos. Assim conseguimos se-guir com, no mínimo, o que já temos, e aumentar a inten-sidade. Então, para que não fique nenhum tipo de dúvida, não haverá descontinuida-de. Acredito que uma políti-ca é construída e implantada por muitas pessoas. Tudo o que for feito será discutido e

compartilhado [com a classe odontológica] para termos uma boa implantação e acei-tação. E, principalmente, para que haja maior abrangência dos serviços.

O que espera para este ano?

Espero que estejamos juntos e preparados para enfrentar uma relativa recessão econô-mica. Mas que, frente a isso, possamos nos reinventar e fa-zer desse cenário uma oportu-nidade de crescimento.

Livro do Ciosp 2016 é lançado em fascículos

O composto de nanopartículas de prata é aplicado com um pequeno pincel no dente cariado.

As partículas liberam prata lentamente, por isso a eficiência é relativamente longa.

A nanopartícula penetra na região cariada liberando prata iônica, que tem ação bactericida e mata o streptococcus.

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Edição 156 | Fevereiro/ Março/ Abril 201620 Profissão

Prótese sobre implante

Atuação odontológica no tratamento da diabetes

Seu consultório, seu negócio

Chega ao mercado, pela editora Elsevier, o livro Fundamentos da Prótese sobre Implante. O lançamento usa como gancho o alto índice de tratamentos com implantes e prótese dentária a cada ano no Brasil – cerca de 800 mil implantes e 2,4 milhões de componentes de prótese dentária, segundo dados da As-sociação Brasileira da Indústria Médica, Odontológica e Hospi-talar (Abimo).

A obra tem como principal ob-jetivo servir de auxílio aos pro-fissionais no conhecimento de novas tecnologias e as possibi-lidades de aplicação de acordo com a realidade brasileira. As inovações apresentadas fazem parte dos seguintes assuntos: seleção de componente pro-tético; reabilitações unitárias, parciais e de arcos totais; car-ga imediata e reabilitações im-planto-suportadas; CAD/CAM aplicado à implantodontia com aspectos cirúrgicos e protéti-cos; e possíveis complicações nos implantes dentários e ma-neiras de administrá-las.

A relação das doenças bucais com a diabetes melitus (DM) é uma via de mão dupla. Enquanto a diabetes pode agravar os qua-dros de infecção odontológica, os problemas bucais represen-tam grande risco à saúde dos pa-cientes diagnosticados com DM. Entre os problemas relacionados mais comuns estão: diminuição da saliva; infecções fúngicas, como a candidíase oral; e a pe-riodontite – conhecida como a quinta complicação clássica dos casos de diabetes.

Sendo assim, a odontologia caminha junto à medicina quando o assunto é diabetes. Pacientes diabéticos tratados inadequadamente por qual-quer uma destas frentes esta-rão sob o risco de agravamen-to das doenças e passarão por tratamentos mais complexos, demorados e mais doloridos.

Em casos de DM, o papel da odontologia é no tratamento de focos infecciosos na cavidade bucal. “Nosso papel é contribuir diretamente para a estabilização do quadro metabólico do pa-

ciente, tirando-o de uma situa-ção de risco para complicações agudas e crônicas no âmbito sis-têmico”, explica o Dr. Alexandre Fraige, cirurgião-dentista respon-sável pela odontologia da Asso-ciação Nacional de Assistência ao Diabético (Anad).

O CD terá papel fundamental na reabilitação do paciente e pode começar antes mesmo do diagnóstico feito pelo médico. Segundo o Dr. Fraige, o profis-sional capacitado deve saber re-conhecer os sinais e sintomas da DM, como aumento da produção

diária de urina (poliúria), sede excessiva (polidipsia) e fome ex-cessiva (polifagia). Além disso, a atenção deve ser redobrada aos casos de doenças periodontais e às infecções que apresentarem constante reincidência. “É tam-bém nosso dever diagnosticar o paciente o quanto antes a fim de iniciar o tratamento da doença o mais precocemente possível e, assim, evitar complicações como cegueira, insuficiência renal, am-putações e outras.”

Além do médico, o CD que atu-ar no tratamento de pacientes diabéticos irá dar apoio a outras especialidades também funda-mentais para a reabilitação do paciente e ganho em sua quali-dade de vida. Na endocrinologia, o dentista atua como parceiro na busca por infecções em pacien-tes com evolução insatisfatória da doença. Também irá atuar jun-to do nutricionista na reabilitação mastigatória do paciente para que ele possa consumir alimen-tos essenciais ao controle glicê-mico. Já a atuação em conjunto com a psicologia foca na autoes-tima e qualidade de vida.

A população de duas ilhas ribei-rinhas na região de Belém, no Pará, tem recebido atendimento odontológico gratuito graças ao trabalho de profissionais e aca-dêmicos voluntários que fazem parte do projeto Sorrisos Ribei-rinhos, idealizado pela ABO-PA.

Os moradores de Combú e Mu-rucutum já foram atendidos em duas edições do projeto, que aconteceram em 2015. Nas ilhas vivem, aproximadamente, 650 pessoas, e a expectativa é que com o projeto ocorram ao me-nos 40 atendimentos por ação.

Os serviços prestados pela equipe do Sorrisos Ribeirinhos vão desde o atendimento clíni-co odontológico, passando por cuidados emergenciais básicos e curativos, até orientação de saúde bucal e levantamento epidemiológico da região. “O problema mais comum entre os ribeirinhos é a grande incidência de cárie, o que acarreta a perda precoce dos dentes, tanto de-cíduos nas crianças quanto os

dentes permanentes”, explica a cirurgiã-dentista Tamea Lacerda, coordenadora dos atendimen-tos do projeto.

O projeto estava em suspenso desde 2012, mas voltou à ativa neste ano. Nas quatro edições já realizadas, duas das quais aconteceram em 2015, foram atendidos 75 pacientes e reali-zados 134 procedimentos odon-tológicos. Entre eles raspagem, restaurações, extração, profila-xia, capeamento pulpar, entre outros.

Priscila Teles da Silva foi atendi-da pela primeira vez em agosto de 2015 e voltou no fim do ano para continuar o tratamento. Ela conta que, até então, nunca tinha tido a oportunidade de passar por atendimento odon-tológico. “Quando criança, se eu tinha problema nos dentes mandavam logo extrair. Por isso, eu vim com um pouco de ver-gonha, mas as pessoas aqui nos fazem sentir muito bem e tran-quila”, conta.

Atendimento odontológico à população ribeirinha

Segundo o presidente da ABO- PA, Dr. Marcelo Folha, em caso de necessidade, os pacientes serão encaminhados para aten-

dimento especializado. “O pa-ciente será encaminhado para dar continuidade ao tratamento nas aulas práticas dos cursos da

ABO-PA ou em instituições par-ceiras, como o CEO do Hospital Universitário Barros Barreto”, ex-plica o supervisor do projeto.

A Editora Napoleão lançou a se-quência do volume Geração de Modelos de Negócios em Odon-tologia, que serve como orien-tação ao cirurgião-dentista ou técnico em prótese para criar seu modelo de negócio. O livro MBA – Master Book Of Administration – Marketing em Odontologia des-taca-se por apresentar conceitos do marketing moderno.

O livro traz um espaço com informações concretas sobre construção da própria marca e sobre administração dos preços dos serviços. A publicação tam-bém busca ensinar o profissio-nal a verificar se está obtendo lu-cro e também como identificar oportunidades no mercado.

Os serviços da equipe Sorrisos Ribeirinhos incluem o atendimento clínico odontológico, cuidados emergenciais básicos e curativos, orientação de saúde bucal e levantamento epidemiológico da região

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Atualize-seVocê sabia que o Programa de Benefícios da ABO também dá oportunidade de atualização profissional? O associado tem acesso a promoções em cursos e livros. Entre no site da ABO Nacional e entenda: www.abo.org.br

Papel do CD na reabilitação pode começar

antes do diagnóstico

médico

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21Profissão

No final de 2015 a odontologia brasileira ganhou novas especia-lidades e habilitações reconhe-cidas por resoluções do Con-selho Federal de Odontologia (CFO). Dentre as habilitações estão: Odontologia Hospitalar (tema da matéria de capa da nossa edição anterior), Odon-tologia Antroposófica e a Ozo-

nioterapia. Já a Acupuntura, a Homeopatia e a Odontologia do Esporte (ver matéria na página 12 desta edição) foram reconhe-cidas como especialidades.

Agora, os profissionais interes-sados em se inscrever nessas novas habilitações e especiali-dades deverão comparecer nas seccionais ou na sede do Con-

selho Regional de Odontologia e apresentar os documentos requeridos para cada uma.

Para Odontologia Antroposó-fica os interessados devem ter cursado e concluído formação teórico-prática em Odontolo-gia Antroposófica, com o míni-mo de 420 horas/aula. Já para a habilitação em Ozoniotera-

pia, o cirurgião-dentista deve apresentar documentação que comprove cursos e atuação clí-nica na área.

Os interessados nas especia-lidades em Acupuntura e Ho-meopatia deverão comprovar que ocupam cargo de magis-tério em curso de graduação em Odontologia, reconheci-

do pelo MEC, e responsável por disciplina específica da especialidade, com pleno e efetivo exercício da área, com no mínimo, 5 (cinco) anos e apresentar certificado de cur-so reconhecido pelo Conselho Federal de Odontologia.

Para mais informações acesse www.cfo.org.br.

Diretrizes para novas especialidades

0800 026 23 95 [email protected] www.aspenpharma.com.br

Há mais de 40 anos2, referência3 nos tratamentos de Aftas, Estomatites e lesões ulcerativas resultantes de trauma1.

Alívio dos sintomas de lesões orais.1

OMCILON®-A ORABASE (triancinolona acetonida) Apresentação: OMCILON®-A ORABASE é apresentado em bisnaga contendo 10g. Cada grama de OMCILON®-A ORABASE contém 1mg de trianci-nolona acetonida. Indicações: É um corticosteroide sintético com ação anti-inflamatória atuando no alívio temporário de sintomas associados com lesões inflamatórias orais e lesões ulcerativas resultantes de trauma. Contraindicações: Pacientes com história de hipersensibilidade a qualquer dos seus componentes. Por conter um corticosteroide, OMCILON®-A ORABASE é contraindicado na presença de infecções fúngicas, virais ou bacterianas da boca ou garganta, por exemplo, tuberculose e lesões causadas por herpes. Precauções/Advertências: Pacientes com tuberculose, úlcera péptica ou Diabetes Mellitus não devem ser tratados com qualquer preparação de corticosteroide sem indicação do médico. As respostas normais de defesa dos tecidos orais são diminuídas quando realizada terapia corticosteroide tópica. Cepas virulentas de microorganismos orais podem ser multiplicadas sem produzir os sintomas de advertência usuais de infecções orais. Caso desen-volva sensibilização ou irritação, a preparação deve ser descontinuada. Se não ocorrer melhora significativa dos tecidos orais em 7 dias, é aconselhável a realização de exames adicional da lesão. A administração prolongada do produto pode conduzir a reações adversas conhecidas de ocorrerem com preparações esteróides sistêmicas; por exemplo, supressão adrenal, alteração do metabo-lismo de glicose, catabolismo de proteínas, ativações da úlcera péptica e outras. Essas são usualmente reversíveis e desaparecem quando o hormônio é descontinuado. Gravidez e lactação: Não foi estabelecido o uso seguro de OMCILON®-A ORABASE durante a gravidez, quanto a possíveis reações adversas no desenvolvimento do feto; portanto, o produto não deve ser usado em mulheres com potencial de gravidez e particularmente durante o início da gravidez, a não ser que, no julgamento do médico ou dentista, o benefício potencial exceda os possíveis riscos. Idosos: Não existe informação específica comparando o emprego de corticosteroides de uso odontológico em pacientes idosos com pacientes mais jovens. Interações Medicamentosas: Não há nenhuma interação medicamentosa conhecida. Posologia: Aplicar uma pequena quantidade de OMCILON®-A ORABASE, sem esfregar, sobre a lesão até que se desenvolva uma película fina. Para melhor resultado, usar apenas a quantidade suficiente para cobrir a lesão com uma película fina. Não esfregar. A tentativa de espalhar esse produto pode resultar numa sensação granular e arenosa e causar a desagregação do produto. Entretanto, após a aplicação do produto, desenvolve-se uma película lisa e escorregadia. OMCILON®-A ORABASE deve ser aplicado de preferência à noite, antes de dormir. Dependendo da gravidade dos sintomas pode ser necessária a aplicação de 2 a 3 vezes ao dia, de preferência após as refeições. Se não ocorrer melhora em 7 dias, é aconselhável outros

exames. Superdose: Desde que não há um antídoto específico e a ocorrência de eventos adversos é improvável, o tratamento consiste na diluição por meio de fluidos. Referências: 1 - Bula do Medicamento. 2 - Medicamento registrado no M.S. em 22/05/64 e lançado em janeiro de 1972. 3 - Medicamento de Referência (www.anvisa.gov.br). Registro M.S.: 1.0180.0084. VENDA

SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA. Material destinado exclusivamente a profissionais de saúde habilitados a prescrever medicamentos. Informações adicionais para prescrição, vide bula completa do produto ou mediante solicitação ao SAC: 0800 727 6160 ou [email protected]. Produto registrado por Bristol-Myers Squibb Farmacêutica S.A.; fabricado por

Takeda Pharma Ltda; promovido e comercializado por Aspen Pharma Indústria Farmacêutica Ltda. ABRIL/16

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Edição 156 | Fevereiro/ Março/ Abril 201622

Favoritos do Oscar

Crossfit: mais força e gasto de energia

Dicas para todos os tipos de viajantes

Em 2016, Leonardo DiCaprio finalmente conquistou o Oscar de melhor ator, por sua atuação no aclamado filme O Regresso. Entretanto, a estatueta de me-lhor filme ficou com Spotlight, Segredos Revelados. Reunimos seis grandes produções que disputaram a estatueta e va-lem a pena dar uma conferida:

Perdido em Marte, dirigido por Ridley Scott, Ponte dos Espi-ões, com Tom Hanks, A Grande Aposta, baseado no livro de Mi-chael Lewis, O Quarto de Jack, indicado a quatro categorias para o Oscar, O Regresso, com Leonardo DiCaprio e Spotlight: Segredos Revelados, baseado em uma história real.

Pode-se dizer que o crossfit a cada dia conquista mais admi-radores e praticantes. É uma mistura de movimentos típi-cos de esportes olímpicos, do treino funcional e também do treinamento militar. O fato de a atividade realizar um intenso trabalho corporal, consequen-temente traz alguns benefícios como aumento da força, defi-nição muscular e até mesmo o gasto calórico acaba sendo grande, uma vez que os treinos exercitam o corpo todo. Vale ressaltar que a maneira como o metabolismo de cada pessoa age é um fator determinante para essa perda de peso. Para os interessados, o ideal é reali-zar uma consulta médica antes de realizar a atividade.

Relax

“Brasiloche”?

A cidade San Carlos de Barilo-che, com uma natureza privile-giada e boa estrutura, oferece grande variedade de passeios e encanta os visitantes que gostam de passar férias no frio. O inverno é a alta tempora-da para os turistas brasileiros, afinal, é a época que há mais chances de aproveitar a neve. Basta uma ida à cidade, no período de junho a setembro, para descobrir por que ela re-cebe o apelido de “Brasiloche”.

Além da neve, os passeios de barco pelos lindos lagos da cidade são atrações indispen-sáveis. Em relação à hospeda-gem, Bariloche possui desde hotéis luxuosos aos mais bá-sicos, cabañas (apartamentos ou chalés equipados com cozi-nha), campings e albergues.

Cerro Catedral, estação de esqui localizada a 20 km do centro de Bariloche

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O REGRESSO (THE REVENANT)

Drama/Aventura

PONTE DOS ESPIÕES (BRIDGE OF SPIES)

Drama/Suspense

A GRANDE APOSTA (THE BIG SHORT)

Drama/Biografia/Comédia

PERDIDO EM MARTE (THE MARTIAN)

Ficção Científica

SPOTLIGHT: SEGREDOS REVELADOS (SPOTLIGHT)

Drama/Suspense

O QUARTO DE JACK (ROOM)

Drama

Viajar é sair da sua realidade, permitir-se conhecer novas culturas e mergulhar em cada experiência. Seja você um via-jante treinado ou principiante, é preciso planejar. Estar pre-parado para qualquer situação adversa que possa ocorrer em sua viagem, de certa forma, é uma garantia de se sair bem em situações inesperadas. Listamos alguns guias que podem ser úteis na hora de organizar uma viagem. Confira:

Modalidade fitness é intensa e dinâmica

Viajante Chic (Glória Kalil) – Neste guia é possível encontrar lições tanto práticas (escolha e preparação de malas, documentos, remédios, etc.) quanto comportamentais (como agir em determinados lugares e situações), independente se será uma viagem a trabalho ou de puro lazer.

Como viajar com seus filhos sem enlouquecer (Patrícia Papp) – A autora dá instruções que facilitam na organização da rotina dos adultos e das crianças durante as viagens. Desde a escolha do melhor destino para cada idade até kit básico de sobrevivência longe de casa. Com um conteúdo útil e texto leve, o livro torna-se essencial para uma viagem em família.

O Guia do Viajante Inteligente (Erik Torkells) – O livro dá centenas de dicas úteis, dadas por viajantes experientes que compartilham o que aprenderam. Ele oferece informações adequadas para sua viagem não se transformar em um problema.

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