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Observatório da Competitividade Fiscal 2013 Tax ao pormenor Abril 2013

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Observatório da Competitividade Fiscal 2013Tax ao pormenor

Abril 2013

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Índice

Prefácio

Principais conclusões

Aspectos globais

Impacte das principais medidas contempladas no OE 2013

Competitividade e atractividade da economia portuguesa

Custos de contexto

Combate à fraude e evasão fiscais

Expectativas e propostas

Anexo

3

4

7

10

22

26

29

32

36

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3Observatório da Competitividade Fiscal 2013

Esta visão global foi conseguida através da análise de 594 respostas, a maior amostragem de sempre, resultantes de um inquérito realizado a clientes e targets da rede Deloitte em Portugal, da qual é possível segmentar, entre outros grupos, as 1.000 maiores empresas portuguesas.

Porque acreditamos que o Observatório da Competitividade Fiscal 2013 continua a ser um importante ponto de partida para a reflexão sobre o impacte da fiscalidade em Portugal e das suas implicações na competitividade das empresas, esperamos que este seja um contributo para novos desenvolvimentos e oportunidades na fiscalidade portuguesa.

Carlos LoureiroManaging Partner - Tax

Prefácio

Depois do sucesso das últimas edições, é com orgulho que a Deloitte apresenta o Observatório da Competitividade Fiscal 2013.

Este ano efectuámos, uma vez mais, a avaliação do sistema tributário português, face às medidas fiscais introduzidas, nomeadamente as constantes do Orçamento do Estado para 2013 (OE 2013).

Procurámos recolher a percepção e avaliação das maiores empresas portuguesas no que respeita às medidas fiscais entretanto introduzidas no nosso ordenamento e comparámos os resultados de 2013 com os resultados obtidos em anos anteriores. Partilhamos convosco as principais conclusões, os aspectos globais, o impacte das principais medidas fiscais constantes do OE 2013, a competitividade e atractividade, os custos de contexto, o combate à fraude e evasão fiscais e expectativas e propostas.

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Principais conclusões

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5Observatório da Competitividade Fiscal 2013

Os resultados do inquérito no âmbito do Observatório da Competitividade Fiscal revelam, à semelhança dos anos anteriores, que o sistema fiscal português necessita de diversas melhorias. Com efeito, mais de 80% das empresas portuguesas inquiridas* considera o sistema fiscal vigente complexo e ineficaz. A crítica latente à política fiscal é igualmente visível, já que 60% das empresas do universo discorda que seja uma política promotora do desenvolvimento ou que favoreça a competitividade. De destacar, contudo, uma nota positiva apontada pelas empresas, no que respeita à avaliação dos serviços fiscais online, serviços de finanças e serviços de inspecção, com destaque para os primeiros.

À semelhança do que se tem verificado em anos anteriores, o “Funcionamento da justiça” e a “Instabilidade do sistema fiscal” foram considerados, ex aequo (48%), como os maiores obstáculos ao investimento existentes em Portugal. Já o “Acesso ao mercado europeu” (70%) e a “Situação geográfica” (61%) foram consideradas as maiores vantagens comparativas.

Os principais custos de contexto continuam a ser, na óptica das empresas inquiridas, o “Funcionamento dos tribunais” (57%), embora com uma redução face ao ano passado (66%) e os “Prazos de pagamento”(43%), também com redução face ao ano anterior (50%).

No que concerne às medidas contempladas no OE 2013, a avaliação das empresas inquiridas foi particularmente severa. Mais de 80% prevê que as medidas fiscais vigentes venham a ter um impacte negativo na esfera do seu negócio. De sublinhar a nota de “Muito mau” para o impacte das medidas em sede de IRS. Já em sede de IRC, é o “Aumento dos pagamentos por conta” (42%) que mais preocupa estas empresas.

Principais conclusões

As empresas inquiridas consideram que as medidas do OE 2013 terão um impacte negativo na criação de emprego (85%) e no “Relançamento da economia” (84%). No entanto, acreditam que podem ser benéficas para a “Consolidação orçamental” (42%) e irrelevantes no que toca ao “Incremento das exportações” (54%).

Ainda sobre as medidas do OE2013, as empresas inquiridas referem a obrigação de reporte de informação relativa a operações financeiras (77%) como tendo um importante impacte ao nível do combate à fraude e evasão fiscais. Contudo, não atribuem qualquer relevância, para este objectivo, ao alargamento para 12 anos do prazo de caducidade de rendimentos não declarados relativos a contas bancárias em sucursais fora da UE (0%).

Questionadas sobre quais os conjuntos de medidas do OE 2013 que consideram que terão maior contributo para o aumento da receita fiscal, foram as medidas em sede de IRS (68%) e de combate à fraude e evasão fiscal (19%) que recolheram maior consenso.

De entre as medidas constantes do OE 2013 que as empresas inquiridas consideram mais importantes para a competitividade das empresas, foi salientada a “Autorização legislativa para alargar os benefícios fiscais ao investimento, de natureza contratual, a investimentos de valor igual ou superior a 3 milhões de euros” (34%).

Cerca de 47% das empresas inquiridas concorda com a “Prorrogação da contribuição específica para o sector bancário”, medida que, no entanto, é desaprovada por 48% das empresas da área financeira e seguradora, como seria expectável.

* Todos os resultados apresentados ao longo deste relatório são referentes às empresas que responderam, não podendo ser considerados, nem pretendem ser, representativos do tecido empresarial português.

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As empresas inquiridas consideraram positivo o impacte do “Alargamento do âmbito de aplicação do regime de incentivos à aquisição de empresas em situação económica difícil” (58%) e do “Novo regime de recuperação de IVA em créditos em mora e incobráveis”(57%), ambas as medidas constantes do OE 2013. Já a “Autorização legislativa para tributar, em Imposto do Selo, as transacções financeiras de valores mobiliários” não parece recolher consenso, com 34% das empresas inquiridas a entender que o impacte é positivo, 34% a entender que é irrelevante e 32% a considerar que é negativo. Um largo consenso (67%) é, no entanto, atingido, no sentido de adiar a introdução deste imposto para um momento em que a maioria dos Estados-Membros da União Europeia introduza medidas similares.

Impõem-se, igualmente, algumas reflexões relativas às alterações da “Legislação laboral”, que parecem estar a reunir consenso quanto ao impacte na redução dos custos de contexto e na atractividade da economia portuguesa. Com efeito, a “Qualidade, formação e flexibilidade dos trabalhadores” (58%) é dos indicadores com maior variação positiva face ao ano anterior e, por seu lado, o peso atribuído na ponderação dos custos de contexto às questões relacionadas com a “Legislação laboral” diminui para metade.

Devemos salientar alguma apreensão por parte das empresas inquiridas relativamente ao aumento da “Carga burocrática em geral” e à “Carga burocrática na área fiscal” em particular (indicador que aumenta, proporcionalmente, em 50% face ao ano anterior).

Concluindo, os resultados desta edição voltam a confirmar as tendências apontadas em anos anteriores. A promoção de uma maior estabilidade para a lei fiscal, a diminuição da complexidade e a redução efectiva do número de obrigações declarativas (e o evitar da duplicação das mesmas) são apontadas como decisivas para o aumento da competitividade do sistema fiscal português.

Principais conclusões

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7Observatório da Competitividade Fiscal 2013

Aspectos globais

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A política fiscal adoptada pelo Governo não serve como motor de desenvolvimento e não favorece a competitividade das empresas portuguesas. Esta é a opinião de mais de metade das empresas inquiridas (60%) e mantém-se constante ao longo dos anos.

Quando questionadas sobre o sistema fiscal nacional, as empresas inquiridas (81%) consideram que este é complexo e ineficaz. Apenas 12% considera o sistema fiscal português complexo mas eficaz (uma redução percentual significativa face a 2012).

Aspectos globais

Mais de 80% considera o sistema fiscal nacional complexo e ineficaz

A política fiscal adoptada pelo Governo serve como motor de desenvolvimento e favorece a competitividade das empresas nacionais

Concordo em absoluto Concordo em certa medida

Discordo em certa medida Discordo em absoluto NS/NR

O actual sistema português é

Complexo e ineficaz Complexo mas eficaz

Simples mas ineficaz Simples e eficaz NS/NR

1%

1%

0%

1%

75%

76%

72%

81%

14%

14%

22%

12%

10%

7%

4%

5%

1%

1%

1%

2010

2011

2012

2013

1%

0%

0%

0%

51%

55%

45%

60%

34%

27%

36%

26%

10%

14%

14%

10%

3%

4%

4%

4%

2010

2011

2012

2013

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9Observatório da Competitividade Fiscal 2013

2,04

2,01

1,83

2,05

2,41

2,54

2,65

2,75

2,84

2,76

2,86

3,77

2,19

2,22

2,25

2,35

2,39

2,62

2,63

2,77

2,86

2,88

2,92

3,58

Carga burocrática em geral

Carga burocrática na área fiscal

Tribunais (outros)

Tribunais tributários

Legislação fiscal

Outra legislação relevante para as empresas

Legislação Laboral

Legislação comercial

Administração fiscal

Serviços de inspecção

Serviços de finanças

Serviços fiscais onlineonline

Os “Serviços fiscais online” continuam a ser a área com a avaliação mais positiva para as empresas inquiridas. Com nota igualmente positiva, estão posicionados os “Serviços de finanças”, os “Serviços de inspecção” e a “Administração Fiscal”. Os tribunais e a carga burocrática voltaram a aparecer no final da tabela, com a classificação de “Mau”.

Numa análise complementar, constata-se que as empresas com diferentes volumes de negócios avaliaram de igual forma os “Serviços fiscais online”, com média atribuída de “Bom”, o único campo que recebeu avaliação positiva. Não houve unanimidade na avaliação do campo da “Legislação fiscal”, tendo recebido a classificação “Normal” pelo grupo das pequenas empresas (com volume de negócios inferior a 50 milhões de euros), e a classificação “Mau” pelos outros grupos.

Distribuição da avaliação em função do volume de negócios das empresas inquiridas

Aspectos globais

2013

2012

Avaliação e evolução das diversas áreas desde o início de 2012 até ao presente (de 0 a 2,35 Mau; de 2,36 a 2,84 Normal; e de 2,85 a 5 Bom.)

<50 Milhões de Euros

50-500 Milhões de Euros

>500 Milhões de Euros

Serviços fiscais online Bom Bom BomServiços de finanças Normal Normal NormalServiços de inspecção Normal Normal NormalAdministração fiscal Normal Normal NormalLegislação comercial Normal Normal NormalOutra legislação relevante para as empresas Normal Normal NormalLegislação Laboral Normal Normal NormalLegislação fiscal Normal Mau MauTribunais tributários Mau Mau MauTribunais (outros) Mau Mau MauCarga burocrática em geral Mau Mau MauCarga burocrática na área fiscal Mau Mau Mau

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Impacte das principais medidas fiscais contempladas no OE 2013

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11Observatório da Competitividade Fiscal 2013

69%

86%

78%

84%

27%

13%

21%

15%

2%

1%

1%

1%

OE 2010

OE 2011

OE 2012

OE 2013

Negativo

1,49

2,10

2,33

2,42

2,44

2,00

2,17

2,27

2,28

2,52

Em sede de IRS

Em sede de benefícios fiscais

Em sede de IRC

Em sede de IVA

Em sede de outros impostos

Das diferentes opções incluídas no OE 2013 e em matéria fiscal, as opções “Em sede de IRS” são consideradas muito más, comparativamente a 2012.

Uma maioria expressiva das empresas inquiridas (84%) prevê que o impacte das medidas venha a ser negativo. Esta avaliação sofreu um aumento percentual relativamente ao ano anterior (78%).

Impacte das principais medidas fiscais contempladas no OE 2013

Qual o impacte previsível destas medidas na esfera da sua empresa?

Negativo Sem impacte Positivo

Como avalia as opções incluídas no OE 2013, em matéria fiscal?

1 - Muito mau a 5 - Muito bom

20132012

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Impacte das principais medidas fiscais contempladas no OE 2013

As empresas inquiridas consideram que as medidas do OE 2013 terão um impacte negativo na criação de emprego (85%) e no “Relançamento da Economia” (84%). No entanto, acreditam que podem ser benéficas para a “Consolidação orçamental” (42%) e irrelevantes no que toca ao “Incremento das exportações” (54%).

PositivaNegativa Irrelevante

Avaliação OE 2013 no que respeita à relevância para os seguintes objectivos do Governo

38%

79%

84%

67%

30%

85%

58%

20%

14%

13%

29%

54%

14%

37%

42%

7%

4%

3%

16%

2%

4%

Consolidação orçamental

Estabilidade da política fiscal

Relançamento da Economia

Apoio às empresas, especialmente PME’s, e à competitividade

Incremento das exportações

Redução do Desemprego

Fomento de pesquisa e desenvolvimento

As medidas do OE 2013 têm um impacte negativo ao nível da criação de emprego, mas são consideradas benéficas para a consolidação orçamental

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13Observatório da Competitividade Fiscal 2013

A maioria das medidas relativas ao IRS constantes do OE 2013 foram consideradas negativas, destacando-se o “Aumento das taxas marginais do imposto” (93%) e a “Sobretaxa extraordinária de 3,5%” (93%).

As únicas medidas com uma avaliação percentual mais positiva, face à avaliação geral, foram a “Criação de uma taxa especial de 28% sobre rendimentos prediais” (35%) e o “Aumento das taxas liberatórias sobre rendimentos de capitais e mais-valias” (30%).

Impacte das principais medidas fiscais contempladas no OE 2013

Como avalia as seguintes medidas, relativas ao IRS, constantes do OE 2013?

PositivaNegativa Irrelevante

86%

93%

93%

53%

46%

47%

67%

62%

5%

4%

3%

23%

24%

18%

19%

25%

9%

3%

4%

23%

30%

35%

14%

13%

Alteração dos escalões do IRS

Aumento das taxas marginais do imposto

Sobretaxa extraordinária de 3,5%

Taxa adicional de solidariedade, de 2,5%, aplicável à parcela derendimento que excede 80.000 euros e de 5% acima de 250.000 euros

Aumento das taxas liberatórias sobre rendimentos de capitais e mais-valias

Criação de uma taxa especial de 28% sobre rendimentos prediais

Redução do limite das deduções no 4º escalão do IRS

Redução das deduções pessoais à colecta aplicáveis aos sujeitospassivos e aumento das deduções aplicáveis aos dependentes

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14

32%

20% 6%

42%

Limitação à dedutibilidade dos encargos financeiros

Aumento da tributação, em 2 pontos percentuais,para lucros entre 7,5 e 10 milhões de euros

Aumento, de 15% para 25%, da tributação dedeterminados rendimentos auferidos por nãoresidentes

Aumento dos pagamentos por conta

A medida em sede de IRC considerada mais penalizadora pelas empresas inquiridas é o “Aumento dos pagamentos por conta” (42%), seguida da “Limitação à dedutibilidade dos encargos financeiros” (32%).

O sector da construção e imobiliário (57%) aponta a “Limitação à dedutibilidade dos encargos financeiros” como sendo a medida mais penalizadora. Por sua vez, a avaliação da medida mais penalizadora para as áreas financeira e seguradora é o “Aumento da tributação, em 2 pontos percentuais, para lucros entre 7,5 e 10 milhões de euros” (44%).

Impacte das principais medidas fiscais contempladas no OE 2013

Medidas constantes do OE 2013 em sede de IRC mais penalizadoras para as empresas

Limitação à dedutibilidade dos encargos financeiros

Aumento da tributação, em 2 pontos percentuais, para lucros entre 7,5 e 10 milhões de euros

Aumento dos pagamentos por conta

Aumento, de 15% para 25%, da tributação de determinados rendimentos auferidos por não residentes

32%

31%

23%

26%

57%

29%

25%

11%

44%

22%

14%

25%

4%

8%

5%

0%

0%

7%

39%

51%

28%

52%

29%

39%

Outros

Prestação de Serviços

Áreas financeira e seguradora

Indústria alimentar

Construção e imobiliário

Tecnologia, media e telecomunicações

Limitação à dedutibilidade dos encargos financeiros

Aumento da tributação, em 2 pontos percentuais, para lucros entre 7,5 e 10 milhões de euros

Aumento dos pagamentos por conta

Aumento, de 15% para 25%, da tributação de determinados rendimentos auferidos por não residentes

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15Observatório da Competitividade Fiscal 2013

25%

29%12%

34%

Alterações à dedutibilidade de despesas comequipamentos e software de facturação electrónica

Prorrogação do Regime Fiscal de Apoio ao Investimento(RFAI) até 31 de Dezembro de 2013

Autorização legislativa para conceder uma dedução até20% das entradas de capital de empresas recém-constituídas

Autorização legislativa para alargar os benefícios fiscais aoinvestimento de natureza contratual a investimentos devalor igual ou superior a 3 milhões de euros

Cerca de 34% das empresas inquiridas considera a “Autorização legislativa para alargar os benefícios fiscais ao investimento de natureza contratual a investimentos de valor igual ou superior a 3 milhões de euros” como a medida, em sede de IRC, mais importante para a competitividade das empresas. Por outro lado, a “Autorização legislativa para conceder uma dedução até 20% das entradas de capital de empresas recém-constituídas” é considerada a medida menos importante pelos inquiridos (12%).

A análise das respostas em função do volume de negócios das empresas revela que a medida relativa à “Autorização legislativa para alargar os benefícios fiscais ao investimento de natureza contratual a investimentos de valor igual ou superior a 3 milhões de euros” é das mais importantes para as empresas acima de 50 milhões de euros.

Impacte das principais medidas fiscais contempladas no OE 2013

Alterações à dedutibilidade de despesas com equipamentos e software de facturação electrónica

Prorrogação do Regime Fiscal de Apoio ao Investimento (RFAI) até 31 de Dezembro de 2013

Autorização legislativa para conceder uma dedução até 20% das entradas de capital de empresas recém-constituídas

Autorização legislativa para alargar os benefícios fiscais ao investimento de natureza contratual a investimentos de valor igual ou superior a 3 milhões de euros

Medidas constantes do OE 2013 em sede de IRC mais importantes para a competitividade das empresas

Alterações à dedutibilidade de despesas com equipamentos e software de facturação electrónica

Prorrogação do Regime Fiscal de Apoio ao Investimento (RFAI) até 31 de Dezembro de 2013

Autorização legislativa para conceder uma dedução até 20% das entradas de capital de empresas recém-constituídas

Autorização legislativa para alargar os benefícios fiscais ao investimento de natureza contratual a investimentos de valor igual ou superior a 3 milhões de euros29%

23%

14%

22%

51%

45%

14%

8%

5%

35%

18%

36%

<50 Milhões de Euros

50-500 Milhões de Euros

>500 Milhões de Euros

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Obrigação de reporte de informação relativa a operações financeiras

Alargamento para 12 anos do prazo de caducidade para rendimentos não declarados relativos a contas bancárias em sucursais fora da UE

Redução do limite quantitativo da vantagem patrimonial que criminaliza a fraude à Segurança Social para 3.500 euros

Obrigação de comunicação, em 30 dias, da criação de caixa postal electrónica

77%

0%19%

5%

Obrigação de reporte de informação relativa aoperações financeiras

Alargamento para 12 anos do prazo de caducidadepara rendimentos não declarados relativos a contasbancárias abertas em sucursais fora da EU

Redução do limite quantitativo da vantagempatrimonial que criminaliza a fraude à SegurançaSocial para 3.500 euros

Obrigação de comunicação, em 30 dias, da criaçãode caixa postal electrónica

A maioria das empresas inquiridas (77%) considera a “Obrigação de reporte de informação relativa a operações financeiras” como a medida mais importante no combate à fraude e evasão fiscais.

É consensual entre as empresas inquiridas que o “Alargamento para 12 anos do prazo de caducidade para rendimentos não declarados relativos a contas bancárias abertas em sucursais fora da UE” será, de entre todas as medidas, a menos eficaz.

Impacte das principais medidas fiscais contempladas no OE 2013

Medidas mais importantes para o combate à fraude e à evasão fiscais

A obrigação de reporte de informação relativa a operações financeiras é a medida considerada mais eficaz no combate à fraude e evasão fiscais

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17Observatório da Competitividade Fiscal 2013

47%

29%24%

Sim Não NS/NR

Impacte das principais medidas fiscais contempladas no OE 2013

Cerca de 47% das empresas inquiridas concorda com a prorrogação da contribuição específica sobre o sector bancário.

No entanto, as opiniões analisadas por sector de actividade económica revelam que cerca de metade das empresas inquiridas das áreas financeira e seguradora discordam desta medida (48%).

Concorda com a prorrogação da contribuição específica sobre o sector bancário?

NS/NRSim Não

NS/NRSim Não

38%

45%

52%

38%

55%

51%

48%

24%

26%

41%

19%

30%

15%

31%

22%

21%

26%

19%

Áreas financeira eseguradora

Construção e imobiliário

Indústria alimentar

Tecnologia, media etelecomunicações

Prestação de serviços

Outros

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18

17%

21%

44%

3% 15%

Aumenta significativamente os custos daempresa

Aumenta marginalmente os custos da empresa

Sem impacte relevante ao nível dos custos daempresa

Permite reduzir os custos da empresa

Não conseguimos avaliar o impacte na nossaempresa

Um número significativo de empresas inquiridas (38%) acredita que a actualização dos valores patrimoniais dos imóveis para efeitos de IMI e a consequente aplicação das taxas mais baixas aumenta significativa ou marginalmente os custos da empresa. Apenas 3% dos inquiridos considera que “Permite reduzir os custos da empresa”. De todo o modo, a maioria das empresas inquiridas (44%) entende que a actualização dos valores patrimoniais dos imóveis para efeitos de IMI, não tem um impacte relevante ao nível dos custos da empresa.

Da avaliação por local, a Madeira/Açores é a região que revela uma maior preocupação com o aumento da tributação das empresas, mas também é a única região que admite a possibilidade do impacte ser no sentido da redução dos custos da empresa.

Impacte das principais medidas fiscais contempladas no OE 2013

Avaliação do impacte, nas empresas, da actualização dos valores patrimoniais dos imóveis para efeitos de IMI e a consequente aplicação de taxas mais baixas

29%

Aumenta significativamente os custos da empresa

Aumenta marginalmente os custos da empresa

Sem impacte relevante ao nível dos custos da empresa

Permite reduzir os custos da empresa

Não conseguimos avaliar o impacte na nossa empresa

29%

Aumenta significativamente os custos da empresa

Aumenta marginalmente os custos da empresa

Sem impacte relevante ao nível dos custos da empresa

Permite reduzir os custos da empresa

Não conseguimos avaliar o impacte na nossa empresa15%

29%

20%

17%

35%

14%

35%

29%

41%

43%

31%

40%

0%

14%

0%

0%

9%

0%

15%

14%

Lisboa

Madeira/Açores

Norte

Outros Aumenta significativamente os custos daempresa

Aumenta marginalmente os custos daempresa

Sem impacte relevante ao nível doscustos da empresa

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19Observatório da Competitividade Fiscal 2013

Um número expressivo de empresas inquiridas considera que o “Novo regime de recuperação de IVA em créditos em mora e incobráveis” (57%) e o “Alargamento do âmbito de aplicação do regime de incentivos à aquisição de empresas em situação económica difícil” (58%) têm um impacte positivo.

Por outro lado, a “Revogação da isenção de IRS aplicável a pequenos investidores, para o saldo positivo até 500 euros das valias resultantes da alienação dos valores mobiliários”, a par com a “Autorização legislativa para tributar, em Imposto do Selo, as transacções financeiras de valores mobiliários” obtêm avaliação negativa por parte das empresas inquiridas (39% e 32% respectivamente).

Impacte das principais medidas fiscais contempladas no OE 2013

Como avalia o impacte das seguintes alterações fiscais constantes do OE 2013?

PositivoNegativo Irrelevante

8%

17%

32%

39%

2%

26%

34%

44%

34%

44%

40%

31%

57%

39%

34%

17%

58%

42%

Novo regime de recuperação de IVA em créditos em mora e incobráveis

Tributação, em Imposto do Selo, à taxa de 20%, dos prémios provenientes dosjogos sociais do Estado

Autorização legislativa para tributar, em Imposto do Selo, as transacçõesfinanceiras de valores mobiliários

Revogação da isenção de IRS aplicável a pequenos investidores, para o saldopositivo até 500 euros das valias resultantes da alienação dos valores mobiliários

Alargamento do âmbito de aplicação do regime de incentivos à aquisição deempresas em situação económica difícil

Prorrogação, para 2013, da contribuição para o sector bancário

Negativa

Irrelevante

Positiva

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20

22%

67%

10%

Avançar imediatamente Aguardar NS/NR

Impacte das principais medidas fiscais contempladas no OE 2013

Cerca de 67% das empresas inquiridas considera que Portugal deverá aguardar que a maioria dos Estados-Membros da Zona Euro introduza medidas similares relativas à tributação, em Imposto do Selo, das transacções financeiras de valores mobiliários.

Em seu entender, Portugal deverá avançar imediatamente com a tributação, em Imposto do Selo, das transacções financeiras de valores mobiliários, ou aguardar que a maioria dos Estados-Membros da Zona Euro introduza medidas similares?

Aguardar NS/NRAvançar imediatamente

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21Observatório da Competitividade Fiscal 2013

Mais de metade das empresas inquiridas (68%) acredita que, de todo o pacote legislativo do OE 2013, as “Medidas em sede de IRS” são aquelas que terão o maior contributo para o aumento da receita fiscal, seguidas, a grande distância, pelas “Medidas de combate à fraude e evasão fiscais” (19%).

Impacte das principais medidas fiscais contempladas no OE 2013

Qual dos conjuntos de medidas do OE 2013 considera que terá maior contributo para o aumento da receita fiscal?

Medidas em sede de IRS

Medidas em sede de IRC

Medidas na sede de IVA

Agravamento da tributação em IMI

Prorrogação da taxa sobre o sector financeiro

Medidas de combate à fraude e evasão fiscais

Medidas em sede de IRS apontadas como as que mais contribuem para o aumento da receita fiscal

68%

1%

3%

7%

2%19%

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22

Competitividade e atractividade da economia portuguesa

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23Observatório da Competitividade Fiscal 2013

1%

8%

3%

18%

19%

23%

21%

32%

33%

37%

50%

45%

6%

12%

15%

16%

18%

20%

22%

29%

31%

34%

49%

51%

4%

10%

13%

16%

26%

21%

23%

28%

39%

39%

38%

47%

Acordos prévios (Advance Pricing Agreements) sobrepreços de transferência

Legislação comercial

Informações prévias vinculativas (rulings) céleres eclaras

Custos de mão-de-obra

Simplificação burocrática na área fiscal

Custos dos factores de produção (v.g., energia)

Redução da carga de Segurança Social

Incentivos financeiros ao investimento

Simplificação burocrática em geral

Incentivos fiscais ao investimento

Legislação laboral

Funcionamento eficaz dos tribunais

As empresas inquiridas destacam o “Funcionamento eficaz dos tribunais” (47%), os “Incentivos fiscais ao investimento” (39%) e a “Simplificação burocrática em geral” (39%), a rubrica que mais aumenta em 2013, como as áreas mais importantes para captar/manter investimento. Verifica-se, no entanto, uma inversão de posições face a 2012, período em que a “Legislação laboral” surgia em segundo lugar (49%) e este ano passa para a quarta posição (38%).

As áreas apontadas como menos significativas continuam a ser “Legislação comercial” e os “Acordos prévios (Advance Pricing Agreements) sobre preços de transferência” (10% e 4% respectivamente).

Competitividade e atractividade da economia portuguesa

Áreas mais importantes para captar/manter investimento

2013

2012

2011

O funcionamento da justiça, sendo considerado como essencial para a captação de investimento é, no caso português, pela sua ineficácia, tido como o maior obstáculo ao mesmo

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24

7%

13%

5%

13%

15%

19%

24%

42%

39%

45%

29%

44%

3%

5%

9%

12%

17%

19%

22%

36%

41%

42%

43%

54%

3%

5%

8%

11%

19%

27%

23%

24%

43%

44%

48%

48%

Imposto do Selo sobre financiamento

Falta de pessoal qualificado

Regime de Segurança Social

Custos de investimento (custos associados aoinvestimento/custos de operação, etc.)

Custos de contexto/burocracia na área fiscal

Complexidade do sistema fiscal

Mercado interno limitado

Legislação laboral/despedimentos

Custos de contexto/burocracia em geral

Carga fiscal sobre as empresas

Instabilidade do sistema fiscal

Funcionamento da justiça

Na sequência da questão anterior, um número significativo de empresas inquiridas considera que os maiores obstáculos ao investimento em Portugal são o “Funcionamento da justiça” (que diminuiu) e a “Instabilidade do sistema fiscal” (que aumentou), ambos com um valor de 48%, seguidos da “Carga fiscal sobre as empresas” (44%).

De notar o decréscimo considerável da avaliação da “Legislação laboral/despedimentos (24%) como obstáculo ao investimento, face aos resultados de 2011 (42%) e 2012 (36%).

Competitividade e atractividade da economia portuguesa

Maiores obstáculos ao investimento existentes em Portugal

2013

2012

2011

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25Observatório da Competitividade Fiscal 2013

As maiores vantagens comparativas da economia portuguesa são, de acordo com a opinião das empresas inquiridas, o “Acesso ao mercado europeu” (70%) e a sua “Situação geográfica” (61%). Estas conclusões estão em linha com os anos anteriores, mas são ainda mais expressivas em 2013.

No entanto, é de realçar a classificação atribuída à “Qualidade, formação e flexibilidade dos trabalhadores” (58%), que passa a ser considerada uma das maiores vantagens comparativas da economia nacional, ao invés da avaliação de 2011 (21%) e 2012 (47%).

Competitividade e atractividade da economia portuguesa

* Análise não aplicável em 2011

Maiores vantagens comparativas da economia portuguesa

2013

2012

2011

5%

6%

6%

6%

8%

23%

47%

21%

55%

68%

2%

5%

5%

5%

8%

22%

30%

50%

47%

59%

68%

3%

6%

8%

4%

5%

18%

31%

41%

58%

61%

70%

Taxa nominal genérica de IRC

Taxa efectiva de IRC

Enquadramento laboral

Carga fiscal global sobre as empresas

Enquadramento legal

Incentivos fiscais e financeiros

Qualidade do ensino superior

Clima

Qualidade, formação e flexibilidade dostrabalhadores

Situação geográfica

Acesso ao mercado europeu

*

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26

Custos de contexto

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27Observatório da Competitividade Fiscal 2013

Os principais custos de contexto, de acordo com as empresas inquiridas, continuam a ser o “Funcionamento dos tribunais” (57% em 2013 e 66% em 2012) e os “Prazos de pagamento” (43% em 2013 e 50% em 2012). De salientar, a redução significativa dos custos de contexto da “Legislação laboral” (29% em 2011 face a 15% em 2013). Por sua vez a avaliação da “Burocracia na área fiscal“, como custo de contexto, teve um aumento percentual significativo em 2013 (16%) face a 2011 (9%), sucedendo o mesmo com a “Instabilidade legislativa” (38%) face ao passado (31%).

Custos de contexto

Principais custos de contexto

2013

2012

2011

2%

3%

8%

10%

9%

18%

21%

29%

30%

31%

40%

44%

55%

2%

5%

7%

9%

10%

14%

19%

27%

30%

31%

32%

50%

66%

2%

3%

12%

10%

16%

14%

24%

15%

35%

38%

31%

43%

57%

Demora na constituição de sociedades

Legislação comercial

Cumprimento de obrigações declarativas (fiscais e outras)

Segurança Social

Burocracia na área fiscal

Custos fiscais – impostos indirectos

Custos fiscais – impostos directos

Legislação laboral

Burocracia em geral

Instabilidade legislativa

Licenciamentos e autorizações camarárias

Prazos de pagamento

Funcionamento dos tribunais

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28

Em conformidade com o ponto analisado anteriormente, as áreas onde a redução dos custos de contexto são mais significativas são, igualmente, as áreas responsáveis pelos principais custos de contexto, ou seja, o “Funcionamento dos tribunais” (64%) e os “Prazos de pagamento” (48%), embora com um peso menos significativo do que em 2012.

A classificação da “Legislação laboral”, como custo de contexto, tem conhecido um sucessivo descréscimo entre 2011 e 2013 (36% e 24% respectivamente). Já a “Simplificação das obrigações declarativas” (20% em 2012 face a 28% em 2013) e os “Impostos indirectos” (19% em 2012 face a 35% em 2013) são as áreas que apresentaram maiores subidas percentuais.

Custos de contexto

Áreas onde a redução de custos de contexto seriam mais relevantes

O funcionamento dos tribunais e prazos de pagamento são as áreas com maior potencial de redução dos custos de contexto

2013

2012

2011

4%

26%

18%

22%

20%

32%

36%

35%

47%

59%

8%

19%

20%

20%

24%

26%

32%

34%

54%

66%

7%

35%

16%

28%

20%

25%

24%

36%

48%

64%

Legislação comercial

Impostos indirectos

Segurança Social

Simplificação das obrigações declarativas

Acesso à justiça

Impostos directos

Legislação laboral

Licenciamentos e autorizações camarárias

Prazos de pagamento

Funcionamento dos tribunais

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29Observatório da Competitividade Fiscal 2013

Combate à fraude e evasão fiscais

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30

1%

6%

3%

5%

6%

0%

7%

9%

16%

0%

0%

20%

30%

35%

42%

40%

29%

50%

4%

9%

3%

9%

7%

0%

6%

9%

13%

0%

26%

24%

18%

29%

29%

27%

29%

40%

4%

3%

4%

4%

6%

9%

9%

11%

15%

16%

16%

19%

24%

26%

30%

31%

32%

43%

Outras

Alargamento das retenções na fonte sobre rendimentos pagos

Responsabilização criminal dos TOC

Obrigatoriedade de aprovação prévia da Administração Fiscal paraoperações com impacte fiscal

Comunicação obrigatória das operações de planeamento fiscalagressivo

Alargamento dos prazos de caducidade e de prescrição

Definição de regras restritivas de utilização das contas bancárias

Inversão do ónus da prova

Alargamento das tributações por métodos indirectos

Criminalização acrescida dos incumprimentos fiscais

Possibilidade de dedução, noutros impostos, de 5% do IVAsuportado na aquisição de bens e serviços, como forma de

incentivar a exigência de facturas pelos bens/serviços adquiridos

Responsabilização criminal dos administradores e membros dosórgãos sociais

Agravamento das penalidades por infracções fiscais

Políticas eficazes de criação de sanção social ao contribuintefaltoso

Alargamento da dedutibilidade de certos custos, como forma deincentivar a exigência de facturas pelos bens/serviços adquiridos

Políticas eficazes de melhoria da forma como contribuintes e aAdministração Fiscal se percepcionam e relacionam

Flexibilização do levantamento do sigilo bancário

Incremento efectivo do cruzamento de dados por parte dosserviços fiscais

2013

2012

2011

**

2013

2012

2011

*

**

Um número significativo das empresas inquiridas (43%) considera que o “Incremento efectivo do cruzamento de dados por parte dos serviços fiscais” é a medida mais importante para combater a fraude e a evasão fiscais, seguida da “Flexibilização do levantamento do sigilo bancário” (32%).

O “Alargamento das retenções na fonte sobre rendimentos pagos” reúne a avaliação percentual mais baixa (3%).

Combate à fraude e evasão fiscais

* análise não aplicável em 2011** análise não aplicável em 2011e 2012

Medidas consideradas mais importantes no sentido de combater a fraude e evasão fiscais

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31Observatório da Competitividade Fiscal 2013

Quando questionadas sobre outras medidas que permitiriam combater a fraude e evasão fiscais, as empresas sugeriram, entre outras, as seguintes:

•Simplificação do sistema, legislação fiscal e redução da taxa de IRC;

•Tributação efectiva da economia paralela, canalizando

para essa área o esforço dos serviços de inspecção e informáticos;

•Criminalização do enriquecimento ilícito;

•Prazos mais curtos e diminuição dos recursos das decisões dos tribunais;

•Redução da burocracia legislativa e aplicação efectiva das leis que já existem;

•Diminuição do IVA como forma de incentivar a exigência de facturas pelos bens/serviços adquiridos;

Combate à fraude e evasão fiscais

•Limitação acrescida à utilização de numerário e, consequentemente, incentivos à utilização exclusiva, a prazo, de pagamentos electrónicos;

•Inexistência de um limite à dedução dos custos e, como contrapartida, criar incentivo resultante do número gerado na Autoridade Tributária das facturas comunicadas pelos sujeitos passivos;

•Melhoria por parte do Estado da utilização dos impostos pagos, para que se veja um retorno significativo para pessoas e empresas;

•Tributação indirecta sobre todo o tipo de serviços recebidos fora da União Europeia, num valor igual à percentagem da Segurança Social;

•Diminuição da carga fiscal;

•Fiscalização de movimentos financeiros com paraísos fiscais.

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32

Expectativas e propostas

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33Observatório da Competitividade Fiscal 2013

A esmagadora maioria das empresas inquiridas (71%) considera que o sistema fiscal nacional deveria “Promover uma maior estabilidade da lei fiscal”, por forma a tornar-se mais competitivo. Outras medidas que facilitariam a competitividade do sistema fiscal passam por “Ser menos complexo” (62%) e por “Reduzir o número de obrigações declarativas e evitar a duplicação das mesmas” (34%).

No entanto, a avaliação “Assegurar o funcionamento mais célere dos tribunais tributários” registou um descréscimo significativo no ano de 2013 (17%) face aos anos anteriores (acima de 30%).

Expectativas e propostas

Para ser mais competitivo, o sistema fiscal português deveria:

O sistema fiscal português seria mais competitivo se a lei fiscal fosse mais estável

2013

2012

2011

9%

31%

21%

3%

40%

10%

30%

29%

18%

44%

55%

3%

8%

10%

13%

16%

17%

41%

33%

30%

59%

70%

2%

9%

11%

11%

17%

17%

17%

30%

34%

62%

71%

Outras

Publicitar amplamente os benefícios fiscais àdisposição do contribuinte

Aumentar a possibilidade de o relacionamentocom a Administração Fiscal ser feito por via

electrónica

Reduzir o período em que a situação fiscal docontribuinte pode ser corrigida pela

Administração Fiscal

Alargar o âmbito de aplicação de regimessimplificados de tributação

Aumentar os direitos e garantias doscontribuintes

Assegurar o funcionamento mais célere dostribunais tributários

Permitir ao contribuinte obter, em tempo útil,informação prévia vinculativa em relação às suas

operações

Reduzir o número de obrigações declarativas eevitar a duplicação das mesmas

Ser menos complexo

Promover uma maior estabilidade da lei fiscal

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34

Medidas para assegurar uma maior competitividade do sistema fiscal enunciadas pelas próprias empresas:

•Aumentar a punição aos infractores (quem não cumpre deve ter sanções pesadas);

•Reduzir as taxas de tributação e a carga fiscal das empresas;

•Garantir que o devedor Estado tem o mesmo tratamento e exigibilidade do devedor comum;

•Responsabilizar a cadeia hierárquica da Administração Tributária por processos dessa natureza que sejam indeferidos em tribunal;

•Criar a opção de utilizador pagador em alternativa a impostos obrigatórios;

•Promover o valor acrescentado dos serviços públicos.

Expectativas e propostas

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35Observatório da Competitividade Fiscal 2013

As empresas inquiridas acreditam que as relações entre o contribuinte e a Administração Fiscal seriam melhores se fossem implementadas as seguintes medidas: “Generalização do cumprimento das obrigações fiscais por meios electrónicos, com despiste automático de erros” (43%); “Medidas eficazes na redução drástica dos prazos de resposta/resolução, pela Administração Fiscal, das dúvidas e problemas do contribuinte” (42%) (que tinha sido a medida considerada mais importante em 2011 e 2012); “Formação dos funcionários da Administração Fiscal para a sua função de serviço ao cliente (contribuinte)” (40%).

Apenas a seguir, em quarto lugar vem a “Redução da carga fiscal”, a qual tem, no entanto, o maior aumento em 2013 (de 30% para 38%).

Expectativas e propostas

Medidas que mais contribuiriam para a melhoria das relações entre o contribuinte e a Administração Fiscal

1%

6%

6%

4%

6%

24%

28%

27%

33%

32%

40%

48%

43%

1%

12%

12%

8%

10%

30%

33%

33%

27%

30%

37%

41%

40%

1%

4%

6%

8%

10%

23%

28%

29%

29%

38%

40%

42%

43%

Outras

Extensão do horário de funcionamento dos Serviços deFinanças

Obtenção de acordos prévios sobre transacções comimpacte fiscal e relativamente a preços de transferência

Institucionalização de uma taxa única de IVA

Introdução de um sistema de flat rate de IRC

Criação e generalização de gabinetes de apoio aocontribuinte

Melhor funcionamento dos tribunais tributários

Criação de uma check list para o cidadão, como forma deassegurar o cumprimento das obrigações fiscais e a fruição

dos benefícios fiscais existentes

Redução da despesa pública

Redução da carga fiscal

Formação dos funcionários da Administração Fiscal para asua função de serviço ao cliente (contribuinte)

Medidas eficazes na redução drástica dos prazos deresposta/resolução, pela Administração Fiscal, das dúvidas

e problemas do contribuinte

Generalização do cumprimento das obrigações fiscais pormeios electrónicos, com despiste automático de erros

2013

2012

2011

check list

flat rate

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36

Anexo

23,5%

40,2%

11,9%

6,8%

8,6%

8,9%

Outros

Prestação de Serviços

Áreas financeira eseguradora

Indústria alimentar

Construção e imobiliário

Tecnologia, media etelecomunicações

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37Observatório da Competitividade Fiscal 2013

De entre as 594 empresas inquiridas que responderam ao questionário, 235 identificaram-se. Este grupo caracteriza-se do seguinte modo:

- Em termos do volume de negócios em 2013, a maioria das empresas tem um volume inferior a 50 milhões de euros (56%);

- Quanto ao número de trabalhadores, a maior parte das empresas tem menos de 250 trabalhadores (60%);

- No tocante ao principal sector de actividade económica, a maioria (40%) pertence à área de “Prestação de serviços”;

- Relativamente ao local da sua sede, a maioria das empresas tem sede em Lisboa (56%), seguida de empresas com sede no Norte (31%).

O presente inquérito de opinião foi realizado entre 8 e 31 de Janeiro de 2013, a um conjunto de clientes e targets da rede Deloitte em Portugal, por forma a constituir um ponto de partida à reflexão sobre o impacte da fiscalidade na competitividade das empresas.

O inquérito foi enviado, electronicamente, à base de clientes e targets da rede Deloitte em Portugal, da qual é possível segmentar, de entre outros grupos, as 1.000 maiores empresas portuguesas.

O tratamento de dados foi elaborado pelo departamento de Marketing, Communications & Business Development da rede Deloitte em Portugal.

Anexo

Principal sector de actividade económica

23,5%

40,2%

11,9%

6,8%

8,6%

8,9%

Outros

Prestação de Serviços

Áreas financeira eseguradora

Indústria alimentar

Construção e imobiliário

Tecnologia, media etelecomunicações

Volume de negócios em 2013

Número de trabalhadores

1,8%

1,8%

56,3%

7,7%

31,3%

1,2%

Algarve

Alentejo

Lisboa

Centro

Norte

Madeira/Açores

Local da sede

56%

29%

15%

<50 M€

51-500 M€

>500 M€

60%

21%

20%

<250

251-1000

>1000

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38

Análise técnica

A análise bivariada compara as variáveis de caracterização (indústria, número de trabalhadores, volume de negócios e local da sede) com as respostas de opinião. Em questões seleccionadas, apresentamos estas análises complementares tendo em conta o grau de significância estatística mínimo exigido.

1. Foram realizados cruzamentos entre variáveis dependentes (todas as perguntas do questionário) e variáveis independentes (questões de caracterização das empresas que responderam);

2. Para não enviesar as análises, as variáveis de caracterização foram recodificadas, agregando categorias que tinham um número reduzido de observações;

3. Os cruzamentos efectuados consistiram nas seguintes análises:

a) Testes de hipóteses para verificar se as variáveis independentes tinham impacte estatisticamente significativo nas variáveis dependentes;

b) Hipóteses testadas através de Testes de Indepêndencia do Qui-Quadrado (para variáveis categóricas);

c) As tabelas e gráficos apresentados no documento referem-se a cruzamentos significativos com 95% de confiança (valor-p de teste respectivo < 5% e/ou consideradas relevantes para a análise).

Todos os resultados apresentados ao longo deste estudo são referentes às empresas que responderam e não são, nem pretendem ser, representativos do tecido empresarial português, pelo que são insusceptíveis de ser tomados como representativos de um universo mais abrangente que o das entidades questionadas.

Advertimos que tais resultados não permitem, cientificamente, generalizações, representando apenas a opinião dos inquiridos.

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