observat rio de emprego 2011 esbo o - eshte - home · observatório de emprego 2011 relatório...

38
Observatório de emprego 2011 Relatório descritivo de resultados Relatório Elaborado por: Mário Figueiredo Paulo Gonçalves Data: Fevereiro de 2012

Upload: nguyenminh

Post on 05-Dec-2018

215 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Observat rio de emprego 2011 esbo o - ESHTE - Home · Observatório de emprego 2011 Relatório descritivo de resultados Relatório Elaborado por: Mário Figueiredo Paulo Gonçalves

Observatório de emprego 2011

Relatório descritivo de resultados

Relatório Elaborado por:

Mário Figueiredo

Paulo Gonçalves Data: Fevereiro de 2012

Page 2: Observat rio de emprego 2011 esbo o - ESHTE - Home · Observatório de emprego 2011 Relatório descritivo de resultados Relatório Elaborado por: Mário Figueiredo Paulo Gonçalves

Índice

1. Introdução………………………………………………………………………………………………….….2

2. Metodologia……………………………………………………………………………………………….….2

3. Perfil dos respondentes……………………………………………………………………….…….…..4

4. Percurso…………………………………………………………………………………………………...……5

a. Trabalhador por conta de outrem……………………………………………………...7

b. Desempregado………………………………………………………………………………….13

c. Empresário……………………………………………………………………………………..…15

d. Trabalhador por conta própria…………………………………….…………………...16

5. Factores de inserção socioprofissional…………………….…………………..…………….….18

6. Apoio da ESHTE à empregabilidade…………………………..………………………….…....…22

7. Evolução da taxa de empregabilidade dos cursos da ESHTE……………………….…..30

8. Considerações finais……………………………………………………………………………………...32

Page 3: Observat rio de emprego 2011 esbo o - ESHTE - Home · Observatório de emprego 2011 Relatório descritivo de resultados Relatório Elaborado por: Mário Figueiredo Paulo Gonçalves

Índice de quadros e gráficos

2.Metodologia

Quadro 1 – Taxa de respostas total……………………………………………………………………………………………………………….……...3

3. Perfil dos Respondentes

Gráfico 1 – Taxa de respostas por curso………………………………………………………………………………………………………………...5

4. Percurso

Quadro 2 – Situação Profissional por curso……………………………………………………………………………………………………….…..5

Gráfico 2 – Taxa de empregabilidade por curso……………………………………………………………………………………..………………6

a. Trabalhador por conta de outrem

Quadro 3 – Sector de actividade……………………………………………………………………………………………………………………..…....7

Quadro 4 – Outros sectores de actividade………………………………………………………………………………………………….………….7

Gráfico 3 – Taxa de alunos que trabalham fora da área…………………………………………………………………………..…………….8

Quadro 5 – Funções mais desempenhadas por alunos de DGH……………………………………………………………………....….…8

Quadro 6 - Funções mais desempenhadas por alunos de PAR……………………………………………………………………..…..…...9

Quadro 7 - Funções mais desempenhadas por alunos de DGOT………………………………………………………………………..…..9

Quadro 8 - Funções mais desempenhadas por alunos de IT……………………………………………………………………………..…...9

Quadro 9 - Funções mais desempenhadas por alunos de GT……………………………………………………………………………....10

Quadro 10 – Situação contractual dos trabalhadores por conta de outrem……………………………………………………..….10

Quadro 11 – Remunerações…………………………………………………………………………………………………………………………………10

Quadro 12 – Sectores de actividade da actividade secundária………………………………………………………………………….….11

Gráfico 4 – Relevância do curso para a situação profissional actual…………………………………………………………………..…11

Quadro 13 – Nº de empregos…………………………………………………………………………………………………………………….……..….12

Page 4: Observat rio de emprego 2011 esbo o - ESHTE - Home · Observatório de emprego 2011 Relatório descritivo de resultados Relatório Elaborado por: Mário Figueiredo Paulo Gonçalves

b. Desempregado

Quadro 14 – Expectativas da futura situação contractual……………………………………………………………………………..….….13

Quadro 15 – Expectativa de remuneração…………………………………………………………………………………………………………...13

Gráfico 5 – Relevância do curso para a situação profissional anterior………………………………….……………………………….14

Quadro 16 – Nº de empregos……………………………………………………………………………………………………………………………....14

c. Empresário

Quadro 17 – Funções desempenhadas………………………………………………………………………………………………………………..15

Quadro 18 – Sector de actividade………………………………………………………………………………………………………………………..16

d. Trabalhador por conta própria

Quadro 19 – Sectores de actividade……………………………………………………………………………………………………………….......16

Quadro 20 – Tempo de actividade…………………………………………………………………………………………………………….……..….17

Quadro 21 – Volume de facturação……………………………………………………………………………………………………………..…..….17

Quadro 22 – Nº de empregos…………………………………………………………………………………...............................................17

5. Factores de Inserção Profissional

Gráfico 6 – Grau de Importância dos factores na procura de emprego…………………………………………………………….….18

Gráfico 7 – Classificação do grau de importância dos factores na procura de emprego………………….……………………19

Quadro 23 – Outros factores de acesso ao mercado de trabalho………………………………………………………………..…….…19

Gráfico 8 – Grau de importância dos recursos na procura de emprego………………………………………………………………..20

Gráfico 9 – Classificação do grau de importância dos recursos na procura de emprego………………….……………….....21

Quadro 24 – Importância da preparação do curso para a entrada no mercado de trabalho…………………………..…...22

7. Evolução da taxa de empregabilidade dos cursos da ESHTE

Gráfico 10 – Taxa de empregabilidade comparativa 2008-2011…………..……………………………………………………………..30

Quadro 25 – Evolução da taxa de desemprego nacional………………………………………………………………………………………31

Quadro 26 – Evolução da taxa de desemprego dos diplomados da ESHTE que responderam ao questionário…....31

8. Considerações Finais

Gráfico 11 – Evolução do n.º de ofertas divulgadas pelas Eshtemprego.…………………………………………………………….…32

Page 5: Observat rio de emprego 2011 esbo o - ESHTE - Home · Observatório de emprego 2011 Relatório descritivo de resultados Relatório Elaborado por: Mário Figueiredo Paulo Gonçalves

1

Page 6: Observat rio de emprego 2011 esbo o - ESHTE - Home · Observatório de emprego 2011 Relatório descritivo de resultados Relatório Elaborado por: Mário Figueiredo Paulo Gonçalves

2

1. Introdução

Tendo em conta o estudo da inserção e percurso profissional dos diplomados da ESHTE no

mercado de trabalho, e no seguimento do estudo anterior feito em 2008 pela Dra. Lurdes

Calisto, a ESHTE deu continuidade aos questionários de empregabilidade entre Outubro e

Dezembro de 2011.

O estudo está estruturado em 5 secções:

• Análise do perfil dos respondentes;

• Análise do percurso dos diplomados;

• Principais factores de inserção e integração no mercado de trabalho;

• Principais apoios da ESHTE à empregabilidade;

O relatório contempla uma análise descritiva das respostas ao questionário aplicado.

2. Metodologia

O questionário que serve de base ao presente relatório, foi elaborado através da ferramenta

online www.questionpro.com, tendo sido enviada a hiperligação do questionário via correio

electrónico para os endereços dos alunos diplomados na ESHTE até ao ano lectivo 2008/2009.

Escolheu-se apenas aplicar o estudo aos alunos que concluíram a sua formação até ao ano

lectivo 2008/2009, dando-se desta forma algum tempo para uma consolidação profissional. No

âmbito do que está preconizado no SIGQ (Sistema Interno de Garantia da Qualidade) foi

decidido realizar 2 estudos diferentes, um estudo geral de acompanhamento do percurso

profissional dos diplomados da ESHTE, e outro do estudo de empregabilidade dos alunos

licenciados há não menos do que 2 anos lectivos. Assim, o cronograma elaborado para o efeito

prevê a realização de um questionário geral a aplicar de 5 em 5 anos a todos os diplomados da

ESHTE, e outro a aplicar anualmente aos alunos que concluíram a sua formação há um período

não inferior a 2 anos lectivos.

Page 7: Observat rio de emprego 2011 esbo o - ESHTE - Home · Observatório de emprego 2011 Relatório descritivo de resultados Relatório Elaborado por: Mário Figueiredo Paulo Gonçalves

3

A base de dados de contactos foi exportada do programa informático da Digitalis, utilizado

pelos serviços académicos da ESHTE. A listagem integrou 1229 alunos, mas apenas 1151

endereços de correio electrónico.

Após envio do questionário por correio electrónico obteve-se a seguinte distribuição de

respostas:

Legenda:

DGH- Licenciatura em Direcção e Gestão Hoteleira

DGOT – Licenciatura em Direcção e Gestão de Operadores Turísticos (curso existia da oferta formativa Pré-Bolonha)

GLAT – Licenciatura em Gestão do Lazer e Animação Turística

GT – Licenciatura em Gestão Turística

IT – Licenciatura em Informação Turística

PAR – Licenciatura em Produção Alimentar em Restauração

RAH – Curso de Especialização Tecnológica em Recepção e Alojamento Hoteleiro

SHA – Curso de Especialização Tecnológica em Segurança e Higiene Alimentar

TR – Curso de Especialização Tecnológica em Técnicas de Restauração

ATNA – Curso de Especialização Tecnológica em Animação em Turismo de Natureza e Aventura

GAC – Cursos de Especialização Tecnológica em Gastronomia e Artes Culinárias

Curso Nº de alunos

Nº de Respondentes %

DGH 357 91 25%

IT 237 48 20%

GT 188 38 20%

PAR 136 30 22%

GLAT 109 25 23%

DGOT 75 28 37%

GAC 46 5 11%

RAH 32 3 9%

ATNA 27 3 11%

SHA 11 1 9%

TR 11 1 9%

Total 1229 273 22%

Quadro 1 – Taxa de respostas total

Page 8: Observat rio de emprego 2011 esbo o - ESHTE - Home · Observatório de emprego 2011 Relatório descritivo de resultados Relatório Elaborado por: Mário Figueiredo Paulo Gonçalves

4

O questionário foi respondido por um total de 273 pessoas, que representam uma taxa de

resposta de 22%. De referir que todos os cursos superiores obtiveram taxas de resposta acima

dos 20%, e os cursos de especialização tecnológica (CET) obtiveram apenas 9% e 11%. A baixa

taxa de respostas dos alunos que concluíram o CET, aliado ao facto de grande parte destes

alunos continuarem os seus estudos em cursos superiores na ESHTE (dos 127 formados em

CET até 2008/2009, apenas 27 não prosseguiram com os seus estudos na ESHTE e por este

motivo a maior parte encontra-se na situação de estudante sem qualquer actividade

remuneratória), levou a que se excluíssem as respostas destes alunos do presente estudo, já

que estas situações não são de desemprego efectivo.

Observou-se ainda que muitos dos diplomados em licenciaturas, frequentaram os mestrados

e/ou as pós-graduações na ESHTE. Este facto irá representar uma duplicação de respostas já

que 1 só aluno pode ter frequentado o CET, a licenciatura, a pós-graduação e o mestrado. Para

evitar as duplicações de respostas, em estudos futuros, apenas se aplicará o questionário aos

alunos diplomados em licenciaturas, pois por norma, é este ciclo de estudos que serve de

“rampa de lançamento” para o mercado de trabalho, sendo os outros níveis de formação

considerados como especializações e ferramentas para uma melhoria da situação

profissional/contratual.

3. Perfil dos respondentes

Analisando o perfil dos respondentes, verifica-se que a maior parte é do género feminino

(61%), e apenas 39% dos respondentes pertence ao género masculino.

A média de idades encontra-se nos 30 anos e a moda nos 27 anos. 70% dos respondentes

terminou o curso entre 2007 e 2009, e a maior parte (aproximadamente 36%) concluiu no

ano lectivo de 2006/2007.

Page 9: Observat rio de emprego 2011 esbo o - ESHTE - Home · Observatório de emprego 2011 Relatório descritivo de resultados Relatório Elaborado por: Mário Figueiredo Paulo Gonçalves

5

Relativamente à distribuição das respostas por curso frequentado, houve uma maior

percentagem de diplomados em Direcção e Gestão Hoteleira (DGH) e o curso com a menor

taxa de resposta foi o curso de Gestão do Lazer e Animação Turística (GLAT).

4. Percurso

No período de resposta aos questionários (entre Outubro e Dezembro de 2011), 90% dos

respondentes encontrava-se empregado, dos quais, 79% encontravam-se na situação de

trabalhador por conta de outrém (TCO), 3% como empresário (EMP) e 8% como trabalhador

por conta própria (TCP). 10% de diplomados manifestaram-se em situação de desemprego

(DES).

CURSO TCO % DES % EMP % TCP % TOTAL

DGH 71 78% 12 13% 4 4% 4 4% 91

PAR 24 80% 2 7% 1 3% 3 10% 30

GLAT 21 84% 1 4% 1 4% 2 8% 25

DGOT 23 82% 2 7% 2 7% 1 4% 28

IT 35 73% 3 6% 0 0% 10 21% 48

GT 32 84% 6 16% 0 0% 0 0% 38

TOTAIS 206 79% 26 10% 8 3% 20 8% 260

Gráfico 1 – Taxa de respostas por curso

Quadro 2 – Situação Profissional por curso

Page 10: Observat rio de emprego 2011 esbo o - ESHTE - Home · Observatório de emprego 2011 Relatório descritivo de resultados Relatório Elaborado por: Mário Figueiredo Paulo Gonçalves

6

Analisando a situação profissional dos alunos que concluíram a licenciatura, verifica-se que

87% dos inquiridos que frequentaram o curso de DGH, 93% dos que frequentaram PAR, 96%

dos diplomados de GLAT, 93% dos alunos de DGOT, 94% dos diplomados de IT e 84% dos

alunos de GT encontrava-se empregado à data de realização do questionário.

Seguidamente analisar-se-ão as várias situações profissionais referenciadas no estudo.

Gráfico 2 – Taxa de empregabilidade por curso

Page 11: Observat rio de emprego 2011 esbo o - ESHTE - Home · Observatório de emprego 2011 Relatório descritivo de resultados Relatório Elaborado por: Mário Figueiredo Paulo Gonçalves

7

a. Trabalhador por Conta de Outrem

Conforme se pode verificar no quadro 2, dos 260 inquiridos, 206 (79%) encontrava-se

empregado como trabalhador por conta de outrem.

Uma grande parte dos diplomados (34%) que se encontra empregado como trabalhador por

conta de outrem, exerce as suas funções no sector da restauração e hotelaria. Houve no

entanto uma predominância na taxa de resposta de alunos que se encontravam a

desempenhar funções noutros sectores que não os descritos, conforme se verifica na seguinte

tabela.

Dos 63 inquiridos que afirmam “desenvolver actividade profissional noutro sector”, apenas 33

se encontra numa área que não está ligada ao turismo, hotelaria e/ou restauração, e os

sectores mais representados são o comércio e as tecnologias de informação. Tal situação

representa 16% de diplomados em situação de emprego por conta de outrem e fora da área

de formação.

Agência de Viagem 5%

Animação 3%

Aviação Comercial 5%

Consultoria 4%

Formação 6%

Operador Turístico 5%

Organização de Eventos 5%

Restauração 10%

Unidade Hoteleira 24%

Outro 32%

Comércio 8

TI 5

Contabilidade 4

Administração local 3

Banca / Seguros 3

Administrativa 2

Telecomunicações 2

Controlador aéreo 1

Gestão de Centros Comerciais 1

Importações/exportações 1

Marketing 1

Saúde 1

Televisão 1

Quadro 3 – Sector de Actividade

Quadro 4 – Outros Sectores de actividade

Page 12: Observat rio de emprego 2011 esbo o - ESHTE - Home · Observatório de emprego 2011 Relatório descritivo de resultados Relatório Elaborado por: Mário Figueiredo Paulo Gonçalves

8

Cruzando os respondentes por curso frequentado com o sector de actividade onde se

encontram empregados como trabalhadores por conta de outrem, verifica-se que o curso

onde se registam mais pessoas a trabalhar fora da área do turismo, hotelaria e restauração, é o

curso de GLAT com 34% dos inquiridos.

O questionário permitiu também apurar quais as funções mais comuns relativas aos

diplomados dos vários cursos. Desta forma, para o curso de DGH, as funções com mais

incidência de respostas (consideraram-se apenas as funções indicadas por 3 pessoas ou mais)

foi o cargo de assistente de direcção e de account manager.

Assistente de Direcção 9

Account Manager 7

Consultor 5

Gerente 5

Coordenador de Grupos 4

Direcção 4

Recepcionista 3

Gráfico 3 - Taxa de alunos que trabalham fora da área

Quadro 5 – Funções mais desempenhadas por alunos de DGH

Page 13: Observat rio de emprego 2011 esbo o - ESHTE - Home · Observatório de emprego 2011 Relatório descritivo de resultados Relatório Elaborado por: Mário Figueiredo Paulo Gonçalves

9

Já no curso de PAR a maior incidência foi para o Chefe de Cozinha e o formador/docente.

Os respondentes diplomados no curso de GLAT têm uma maior amplitude de funções sendo

que a única em que existem mais do que 2 incidências é a função de produtor/organizador de

eventos com 6 registos, as restantes funções têm registos únicos ou apenas 2 incidências no

registo (nas funções de animador e administrativo).

Quanto aos alunos que frequentaram DGOT, a incidência é na função, comercial e de técnico

de turismo.

As funções onde predominam mais alunos do curso de IT são as de técnico de turismo,

recepcionista e assistente de bordo. De salientar que apenas 1 pessoa indicou que

desempenhava funções como guia e intérprete o que é justificado, pelo facto de a profissão

ser desempenhada em regime de trabalhador por conta própria e como trabalhador

independente:

Chefe de Cozinha 6

Formador / Docente 5

Comercial 4

Técnico de Turismo 3

Técnico de Turismo 6

Recepcionista 5

Assistente de Bordo 3

Quadro 6 – Funções mais desempenhadas por alunos de PAR

Quadro 7 – Funções mais desempenhadas por alunos de DGOT

Quadro 8 – Funções mais desempenhadas por alunos de IT

Page 14: Observat rio de emprego 2011 esbo o - ESHTE - Home · Observatório de emprego 2011 Relatório descritivo de resultados Relatório Elaborado por: Mário Figueiredo Paulo Gonçalves

10

A amostra de funções desempenhadas pelos respondentes diplomados em GT é também

diversificada, salientando-se no entanto a função de coordenador de eventos e técnico de

turismo como as mais desempenhadas:

Nas questões relativas ao tipo de vínculo laboral, existe uma percentagem muito reduzida de

pessoas em situação de “falso recibo verde” já que apenas 3% dos inquiridos que referiram

encontrar-se “empregado como trabalhador por conta de outrem” indicou que era

trabalhador independente. Observa-se também uma predominância dos contratos de trabalho

sem termo sobre os contratos de trabalho a prazo. 96% dos respondentes encontra-se a

desempenhar funções em regime de tempo inteiro.

Já no que diz respeito às remunerações, mais de metade dos respondentes aufere

rendimentos no 2º e 3º escalão, entre os 601€ e os 1200€, sendo que 28% se situa nos 601€ e

900€ e 26% aufere entre 901€ e 1200€. Apenas 7% dos inquiridos ganha menos de 600€.

Técnico de Turismo 5

Coordenador de Eventos 3

Trab. Dependente Trab. Independente

97% 3%

Prazo Sem Termo

37% 63%

Tempo Inteiro Tempo Parcial

96% 4%

Menos de 600 7%

601-900 28%

901-1200 26%

1201-1500 18%

1501-2000 14%

Mais de 2000 8%

Quadro 9 – Quadro das funções mais desempenhadas por alunos de GT

Quadro 10 – Quadro da situação contractual dos trabalhadores por conta de

outrem

Quadro 11 – Remunerações

Page 15: Observat rio de emprego 2011 esbo o - ESHTE - Home · Observatório de emprego 2011 Relatório descritivo de resultados Relatório Elaborado por: Mário Figueiredo Paulo Gonçalves

11

Aproximadamente 20% dos respondentes que se encontram em situação de “trabalhador por

conta de outrem” possui uma actividade secundária. A distribuição por ramo de actividade das

actividades secundárias regista-se da seguinte forma:

Relativamente à questão sobre a relevância da conclusão do curso para a situação actual de

emprego, verifica-se que 60% dos respondentes considera que o curso e a respectiva

conclusão foram essenciais para a situação profissional em que presentemente se encontram.

Agência de Viagem 3%

Animação 6%

Consultoria 9%

Formação 18%

Organização de Eventos 15%

Restauração 12%

Unidade Hoteleira 3%

Outro 35%

Quadro 12 – Sectores de actividade da actividade secundária

Gráfico 4 – Relevância do curso para a situação profissional actual

Page 16: Observat rio de emprego 2011 esbo o - ESHTE - Home · Observatório de emprego 2011 Relatório descritivo de resultados Relatório Elaborado por: Mário Figueiredo Paulo Gonçalves

12

A maior parte dos inquiridos (44%) encontra-se no 1º emprego, sendo que 15% das pessoas já

teve mais do que 3 empregos.

As pessoas que já tiveram mais do que 1 emprego enumeraram como principais motivos para

a mudança de emprego:

• Projecto mais interessante (47%)

• Melhor remuneração (47%)

• Melhores perspectivas de carreira (45%)

Já os motivos menos escolhidos foram:

• Despedimento (5%)

• Procura de melhor ambiente de trabalho (9%)

Nº de Empregos %

1 44%

2 27%

3 16%

4 6%

5 3%

6 1%

7 1%

8 2%

9 1%

Quadro 13 – Nº de empregos

Page 17: Observat rio de emprego 2011 esbo o - ESHTE - Home · Observatório de emprego 2011 Relatório descritivo de resultados Relatório Elaborado por: Mário Figueiredo Paulo Gonçalves

13

b. Desempregado

Dos 260 inquiridos (com licenciaturas), apenas 10% se encontravam em situação de

desemprego. Quando questionados relativamente às expectativas do futuro emprego,

registou-se que a maioria das pessoas, espera desempenhar funções como trabalhador por

conta de outrem, e em regime de tempo integral. Relativamente à tipologia do contrato as

expectativas encontram-se distribuídas entre o contrato a prazo e o contrato a termo.

Já no que à remuneração diz respeito, a maioria dos respondentes (42%) espera auferir um

vencimento entre os 601€ e os 900€, os intervalos de ordenado com menos expectativas por

parte dos diplomados inquiridos situa-se a partir dos 1201€.

Trabalhador Dependente Trabalhador Independente

92% 8%

Prazo Sem Termo

50% 50%

Tempo Inteiro Tempo Parcial

88% 12%

Menos de 600 16%

601-900 42%

901-1200 26%

1201-1500 5%

1501-2000 0%

Mais de 2000 11%

Quadro 14 – Expectativa da futura Situação Contatual

Quadro 15 – Expectativa de remuneração

Page 18: Observat rio de emprego 2011 esbo o - ESHTE - Home · Observatório de emprego 2011 Relatório descritivo de resultados Relatório Elaborado por: Mário Figueiredo Paulo Gonçalves

14

Quando confrontados com o grau de importância do curso para a situação anterior de

emprego, verifica-se que 35% considera que a conclusão do curso foi relevante para a situação

anterior de emprego e que 38% considera que a sua conclusão foi indiferente. Apenas 27%

considera que o curso não teve qualquer importância.

A maior parte dos inquiridos em situação de desemprego, já teve mais do que 1 emprego,

sendo que 27% destes apenas tiveram 1 emprego. Já o primeiro emprego em 55% dos casos

ocorreu após a conclusão do curso.

Quando confrontados com a hipótese de se tornarem empresários verifica-se que apenas 2

pessoas (8%) não pretendem vir a tornar-se empresário, enumerando como principais factores

a falta de conhecimento de mercado, a falta de competências de gestão e falta de capital. As

restantes pessoas que considera a hipótese de se vir a tornar empresário refere como

principais barreiras à implementação de um futuro projecto a obtenção de financiamento

(71%) e a falta de conhecimentos de gestão (21%).

Nº de empregos %

1 27%

2 36%

3 18%

4 18%

Gráfico 5 – Relevância do curso para a situação profissional anterior

Quadro 16 – Nº de empregos

Page 19: Observat rio de emprego 2011 esbo o - ESHTE - Home · Observatório de emprego 2011 Relatório descritivo de resultados Relatório Elaborado por: Mário Figueiredo Paulo Gonçalves

15

c. Empresário

Apenas 8 pessoas, (3% dos inquiridos) se encontrava na situação de empresário. Destas, 1

pessoa não constituiu a própria empresa. 38% das empresas foram constituídas à mais de 6

anos, 25% entre 4 e 6 anos, 13% ente 1 e 3 anos e 25% à menos de 1 ano.

Quanto às funções desempenhadas verifica-se que 75% assume o cargo de sócio-gerente.

Analisando o ramo de actividade destas empresas, verifica-se que metades delas, desenvolve

actividade fora do sector do turismo, hotelaria e restauração (não se destacando nenhum

ramo em particular) e as restantes estão distribuídas conforme o quadro abaixo:

Organização de eventos

13%

Unidade Hoteleira

25%

Restauração

13%

Outro

50%

Sócio-Gerente

75%

Empresário em Nome Individual

13%

Accionista

13%

Quadro 17 – Funções Desempenhadas

Quadro 18 – Sector de Actividade

Page 20: Observat rio de emprego 2011 esbo o - ESHTE - Home · Observatório de emprego 2011 Relatório descritivo de resultados Relatório Elaborado por: Mário Figueiredo Paulo Gonçalves

16

Aproximadamente 40% dos inquiridos não quis indicar qual o volume de facturação da

empresa, no entanto 38% indicou que a empresa tinha um volume de facturação anual

compreendido entre os 50.000€ e os 250.000€.

Metade dos respondentes teve 2 empregos desde a conclusão do curso e apenas 1 pessoa

teve mais do que 1 emprego. Os restantes apenas tiveram 1 emprego desde o término da

formação.

Quando inquiridos quanto aos factores que mais contribuíram para a decisão de se tornarem

empresários, verifica-se que a maior parte (50%) indicou:

• Características de personalidade

• Conhecimentos do mercado

• Conhecimentos de gestão

d. Trabalhador por conta própria

Apenas 8% dos 260 diplomados que responderam ao questionário, está em regime de

trabalhador por conta própria, e a maior parte é licenciada em Informação Turística e

desenvolve actividade fora dos ramos predefinidos, como se pode ver no quadro 19.

Dos inquiridos que indicaram desenvolver actividade noutra área, 50% são guias-intérpretes (o

que representa 30% da amostra do trabalhadores por conta própria), e apenas 2 pessoas

trabalham fora do sector do turismo, hotelaria ou restauração.

Agência de Viagem 10%

Animação 5%

Aviação Comercial 0%

Consultoria 5%

Formação 5%

Operador Turístico 0%

Organização de Eventos 5%

Restauração 5%

Unidade Hoteleira 5%

Outro 60%

Quadro 19 – Sector de Actividade

Page 21: Observat rio de emprego 2011 esbo o - ESHTE - Home · Observatório de emprego 2011 Relatório descritivo de resultados Relatório Elaborado por: Mário Figueiredo Paulo Gonçalves

17

Apenas 15% dos respondentes iniciou actividade há menos de 1 ano, e 30% iniciou actividade à

mais de 6 anos. A maior parte dos respondentes (75%) factura menos de 25.000€ e apenas

11% factura mais de 75.000€ por ano.

A conclusão do curso foi relevante para a situação actual de emprego (55%), sendo que 15%

referem que a conclusão do mesmo foi indiferente e 30%, não dá importância a este facto.

Aproximadamente 40% encontra-se no 1º emprego após a conclusão do curso.

Quando inquiridos quanto aos factores que mais contribuíram para a decisão de ser

trabalhador por conta própria, as respostas mais frequentes foram:

• Conhecimento do mercado (45%)

• Características de personalidade (35%)

Menos de 1 ano

15%

1-3 anos

30%

4-6 anos

25%

Mais de 6 anos

30%

Menos de 25.000€

74%

25.000€ - 50.000€

16%

Mais de 75.000€

11%

Nº de empregos %

1 40%

2 25%

3 10%

4 10%

5 10%

6 5%

Quadro 20 – Tempo de actividade Quadro 21 – Volume de facturação

Quadro 22 – Nº de Empregos

Page 22: Observat rio de emprego 2011 esbo o - ESHTE - Home · Observatório de emprego 2011 Relatório descritivo de resultados Relatório Elaborado por: Mário Figueiredo Paulo Gonçalves

18

5. Factores de inserção profissional

Analisando as opiniões relativamente ao grau de importância de alguns factores no acesso ao

emprego, verifica-se que os factores indicados pelos inquiridos como tendo elevada

importância na entrada no mercado de trabalho, foram a experiência profissional (50%), as

características pessoais (53%) e as competências técnicas (49%), igualmente importante para

grande parte dos diplomados está o nível de formação (56%) e a experiência em estágios

(50%). Os factores de menor importância são a classificação final do curso e as experiências

extracurriculares.

Gráfico 6 – Grau de Importância dos factores na procura de emprego

Page 23: Observat rio de emprego 2011 esbo o - ESHTE - Home · Observatório de emprego 2011 Relatório descritivo de resultados Relatório Elaborado por: Mário Figueiredo Paulo Gonçalves

19

Utilizando a escala de importância (valorizando a escala, de 3 (muito importante) a 0 (nada

importante)), obtém-se o seguinte gráfico:

Relativamente aos outros factores de importância no acesso ao mercado de trabalho verifica-

se que os mais identificados são os conhecimentos e a rede de contactos (22%) e a capacidade

de adaptação (26%).

Capacidade de desenvolver relações interpessoais 9%

Competências Linguísticas 9%

Conhecimentos e rede de contactos 22%

Disponibilidade de horários 9%

Formação extracurricular 9%

Idade 4%

Iniciativa e capacidade de adaptação 26%

Outros factores 13%

Gráfico 7 – Classificação do grau de importância

Quadro 23 – Outros factores de acesso ao mercado de trabalho

Page 24: Observat rio de emprego 2011 esbo o - ESHTE - Home · Observatório de emprego 2011 Relatório descritivo de resultados Relatório Elaborado por: Mário Figueiredo Paulo Gonçalves

20

Relativamente ao grau de importância dos vários recursos na procura de emprego, verifica-se

que os inquiridos, consideram muito importante a resposta a anúncios (39%), convite da

empresa (41%), também considerados importante estão os contactos informais (46%), a

candidatura espontânea (41%) e a bolsa de emprego da ESHTE, a Eshtemprego (43%). Os

recursos considerados de menor relevância por grande parte dos diplomados são o centro de

emprego (38%) e as agências de trabalho temporário (36%).

Gráfico 8 – Grau de Importância dos recursos na procura de emprego

Page 25: Observat rio de emprego 2011 esbo o - ESHTE - Home · Observatório de emprego 2011 Relatório descritivo de resultados Relatório Elaborado por: Mário Figueiredo Paulo Gonçalves

21

Utilizando a escala de importância (valorizando a escala, de 3 (muito importante) a 0 (nada

importante)), obtém-se o seguinte gráfico:

:

Os diplomados referiram que as maiores dificuldades na procura de emprego foram:

• Remuneração insuficiente (indicado por 49% dos inquiridos)

• Falta de experiência profissional (indicado por 38%)

Por sua vez, as menores dificuldades foram:

• Classificação final do curso (1%)

• Características pessoais (2%)

Muitos dos inquiridos referiram ainda outras dificuldades encontradas, nomeadamente:

• Excesso de formação

• Falta de oportunidades ao nível de emprego e progressão de carreira

• Instabilidade contractual

Gráfico 9 – Classificação do Grau de Importância dos recursos na procura de emprego

Page 26: Observat rio de emprego 2011 esbo o - ESHTE - Home · Observatório de emprego 2011 Relatório descritivo de resultados Relatório Elaborado por: Mário Figueiredo Paulo Gonçalves

22

Aproximadamente 88% dos inquiridos considera que o curso teve importância na preparação

para o mercado de trabalho, sendo que 28% considera que a preparação do curso foi muito

importante e 60% considera que foi importante. Apenas 12% considerou pouco importante a

preparação que o curso deu.

6. Apoio da ESHTE à empregabilidade

Os ex-alunos foram ainda questionados quanto aos apoios que gostariam de ter obtido por

parte da ESHTE, na transição da ESHTE para o mercado de trabalho. Aproximadamente 48%

dos diplomados, referiram que gostariam de ter tido mais apoios ao nível da entrada na vida

activa.

Os comentários e apoios desejados são apresentados de seguida, transcritos e categorizados

por imagem institucional, curso, estágios e apoio à inserção no mercado de trabalho.

Muito Importante Importante Pouco Importante Nada Importante

28% 60% 12% 0%

Quadro 24 – Importância da preparação do curso para a entrada no mercado de trabalho

Page 27: Observat rio de emprego 2011 esbo o - ESHTE - Home · Observatório de emprego 2011 Relatório descritivo de resultados Relatório Elaborado por: Mário Figueiredo Paulo Gonçalves

23

Apoios à Inserção no Mercado de Trabalho:

“Como preparar um CV apelativo e que promova a projecção pessoal”;

“A Eshtemprego deveria privilegiar empregos e estágios dignos de seu nome ignorando meras

propostas de escravatura, mostrando ao mercado que os seus alunos estão acima do nível de

propostas miseráveis oferecidas.”;

“A existência de uma bolsa de emprego”;

“Acompanhamento”;

“Acompanhamento da escola durante um certo tempo após ter terminado a licenciatura, para

arranjar emprego na área. A escola podia ter feito divulgação junto de empresas que tinha

recém licenciados das mais diversas áreas, e perguntar se tinham interesse. Acima de tudo a

escola devia ter sido, durante um período de tempo limitado, mediador entre o recém

licenciado e o mercado de trabalho.”;

“Acompanhamento e aconselhamento na área de emprego do meu curso, através de propostas

de emprego dirigidas à escola. Áreas de empregabilidade no meu curso.”;

“Acompanhamento mais direccionado aos recém-formados, nomeadamente na colocação em

estágios profissionais ou programas estatais de 1º emprego.”;

“Acompanhamento personalizado da Escola, através de contacto telefónico ou de e-mail a

saber como decorreu essa transição e através da prestação de ajuda e eventuais contactos, a

acrescentar ao serviço da bolsa de emprego da ESHTE que é de grande utilidade.”;

“Algum tipo de acompanhamento teria sido uma mais valia. Na altura em que terminei o curso

a Estheemprego não existia ao que sei.”;

“Apresentação a potenciais empresas interessadas em mão de obra qualificada”;

“Bolsa de Emprego a semelhança de outras faculdades, os melhores tem sempre lugar nas

melhores empresas. O índice de empregabilidade é inferior a 5 meses.”;

“Bolsa de emprego activa por parte da escola, e não um mero centro de reencaminhamento de

emails das empresas.”;

“Carta de boas referências, Encaminhamento”;

Page 28: Observat rio de emprego 2011 esbo o - ESHTE - Home · Observatório de emprego 2011 Relatório descritivo de resultados Relatório Elaborado por: Mário Figueiredo Paulo Gonçalves

24

“Carta de boas referências”;

“Contactos”;

“Contactos de empresas interessadas. Ajuda na procura do 1º emprego”;

“Creio que nesta escola específica existe uma boa ligação com o mercado de trabalho logo a

maioria dos alunos consegue logo emprego mas poderia haver uma melhor preparação do

aluno no que se refere por exemplo a preparação para entrevistas de emprego ou procura de

emprego.”;

“Creio que nesta escola específica existe uma boa ligação com o mercado de trabalho logo a

maioria dos alunos consegue logo emprego mas poderia haver uma melhor preparação do

aluno no que se refere por exemplo a preparação para entrevistas de emprego ou procura de

emprego.”;

“Divulgação dos cv's dos finalista a empresas que contactam com a escola”;

“Encaminhamento para o mercado de trabalho”;

“Gostaria que me tivessem esclarecido, no sentido da integração em operadores turísticos, que

devido à inexistência na Ilha da Madeira, ou melhor, existindo apenas 1 a integração tornou-se

difícil, mesmo quando estava a trabalhar em Lisboa, nunca consegui entrar num Operador

Turístico, mas sim em agências de viagens, que como todos nós sabemos não tem nada a ver.”;

“Informação de empresas dispostas a receber recém-formados, mesmo que para um período

inicial de estágio e posteriormente colocação profissional.”;

“Informação de pequenos trabalhos (animações, hospedeiros, eventos logística) por parte dos

professores (quando possível), maior continuidade de 'colaboração' entre escola e ex-alunos”;

“Mais apoio nas empresas, dar mais chance.”;

“Mais interligações para garantir não só estágios aos alunos, mas sim emprego”;

“Mais meios de contacto directo com as entidades empregadoras.”;

“Mais ofertas de trabalho e menos ofertas de estágios não remunerados”;

“Melhor conhecimento das diversas aéreas de emprego relacionados com o nosso curso”;

Page 29: Observat rio de emprego 2011 esbo o - ESHTE - Home · Observatório de emprego 2011 Relatório descritivo de resultados Relatório Elaborado por: Mário Figueiredo Paulo Gonçalves

25

“Não falo por mim, pois como disse, terminei o curso e depois de uma experiência de 4 meses

em Inglaterra já tinha um emprego à espera e depois fui convidada para vir para a ESHTE, mas

falo por alguns alunos que me têm dito que seria útil haver apoio da nossa parte (ESHTE)

também com estágios Profissionais ou maior encaminhamento para empresas que os acolham

como trabalhadores e não só estagiários.”;

“Oportunidades de emprego mais direccionadas para a área de formação”;

“Os idênticos à Universidade Católica, ao ISEG, à Nova... Criação de gabinete de emprego e

participação activa da Escola no meio.”;

“Parcerias com mais hotéis e restaurantes para facilitar a nossa integração.”;

“Parcerias para a realização de estágios profissionais; Contactos mais directos com Directores

de Recursos Humanos”;

“Podiam estabelecer protocolos mais fortes com as empresas do turismo. Penso que seria

também importante desenvolverem alguns cursos mais práticos com as empresas, no sentido

de termos mais prática profissional mas onde se aprofundariam matérias reais e não somente

funções de estagiário. Seria pois necessário algum acompanhamento entre a ESHTE e os

mentores de estágio. Esta prática usa-se nas grandes escolas estrangeiras.”;

“Que apoiassem no final do curso a inserir-nos em empresas”;

“Talvez a organização de um evento em que vários tipos de empresas turísticas fossem

convidadas e em que pudesse haver uma apresentação clara acerca da área em que devemos

apostar, do tipo de recursos humanos que as empresas mais precisam e da empregabilidade

que cada área tem de momento, de maneira a que os alunos possam saber o que podem fazer

e em que áreas devem apostar para singrar no mercado de trabalho.”;

“Um maior apoio após estágios na procura de trabalho. Talvez um 'eshte empregos', um

departamento que actualizasse os alunos e antigos alunos periodicamente de ofertas de

trabalho na área de hotelaria e afins, por email ou através de um site. Seria uma ajuda

preciosa sem dúvida, mas não fundamental. Talvez num futuro próximo!”;

Page 30: Observat rio de emprego 2011 esbo o - ESHTE - Home · Observatório de emprego 2011 Relatório descritivo de resultados Relatório Elaborado por: Mário Figueiredo Paulo Gonçalves

26

Curso:

“Adequação dos cursos ministrados à falta de profissionais existentes no mercado.”;

“Conhecimentos mais aprofundados e maior exigência, nomeadamente em gestão. os

conteúdos são regra geral elementares e muitas vezes, a formação de profissionais

designadamente de contabilidade fica aquém das necessidades dos alunos, reflectindo-se

naturalmente no contexto laboral.”;

“CONTEUDOS PROGRAMATICOS MAIS ADEQUADOS AO MERCADO DE TRABALHO; APOIO NA

PROCURA DE EMPREGO; DIVULGACAO DOS CVS DOS ALUNOS JUNTO DAS ENTIDADES

EMPREGADORAS”;

“Gostaria de ter realizado os 5 anos de curso, em vez da transição para Bolonha”;

“MAIS INFORMAÇAO (grandes cargos não são atribuídos a um aluno comum, apenas com

conhecimentos e experiencia no ramo. Ordenado muito inferior para um licenciado, e oferta de

emprego para áreas em que não há interesse.) ”;

“Melhor preparação para lidar com situações de viagem numa posição de liderança, como é a

do guia-intérprete, principalmente com grupos”;

“Na transição não digo, mas por várias vezes fui a entrevistas na área do Turismo em que não

fiquei por acharem 'impensável' ter-se estudado Turismo e não saber funcionar com Galileu,

nem Amadeus ou qualquer outro software do género, o que a propósito concordo.”;

“Os cursos da ESHTE deveriam ter uma componente mais forte no que diz respeito as cadeiras

de gestão, afinal é o core do curso. No final do curso deveria ser proposto um grupo de estágio

remunerado (quem sabe estagio profissional do IEFP) pré-acordados (com critérios de selecção

a definir) e em áreas fora da operação, como por exemplo: Marketing, Vendas, Direcção, etc.”;

“Os cursos que eu frequentei estão desenquadrados do mercado de trabalho, ora estão

atrasado ou muito avançados da realidade actual do mercado de trabalho nacional.”;

“Sobretudo apoio no tipo de empresa onde poderia trabalhar. Com o meu curso quase sempre

se resume a agência de viagens”;

Page 31: Observat rio de emprego 2011 esbo o - ESHTE - Home · Observatório de emprego 2011 Relatório descritivo de resultados Relatório Elaborado por: Mário Figueiredo Paulo Gonçalves

27

“Urge ajustar o mercado de trabalho com a correspondência dos cursos. Na ESHTE ou em

qualquer outra área. Formar 'gestores' tem tanta importância como formar bons 'técnicos'.

Sendo no entanto necessário esclarecer desde cedo o posicionamento dos cursos em relação ao

mercado de trabalho.”;

Estágios:

“Maior controlo dos estágios atribuídos de modo a gerar verdadeira experiencia profissional,

de modo a pelo menos clarificar ao aluno o que o espera no mercado de trabalho. Existem

demasiados estágios que são uma perda de tempo dos alunos e das empresas por falta de

acompanhamento.”;

“Um período maior de estágio, assim como uma preparação psicológica para o que o mercado

de trabalho tem para oferecer.”;

“Empresas que ao aceitarem o estágio, o mesmo não seja apenas mais um estágio, dando

oportunidade ao estagiário de permanecer na empresa.”;

“Estágio profissional numa unidade hoteleira no último ano como parte da disciplina de

projecto.”;

“Estágio remunerado superior a 6 meses.”;

“Estágios”;

“Gostaria que os estágios fossem no final do curso pois perdi 1 oportunidade de trabalho num

hotel no último estágio por incompatibilidade entre os horários da escola e o trabalho. Para

além disso penso que a ESHTE é gerida como uma escola secundária e não superior - os

professores dão demasiada importância à frequência nas aulas, o que me levou a ter de optar

entre boas notas e emprego. Penso que no conhecimento não interessa tanto o método, mas

sim o fim - e frequência nas aulas não é sinónimo de sabedoria.”;

“Inserção em estágios mais prolongados (mais de 3meses) e remunerados / par-times fora do

curso, ajudariam a criar uma boa rede de conhecimentos e contactos preciosos para o futuro

emprego.”;

“Mais estágios propostos pela escola, durante todos os anos do curso”;

Page 32: Observat rio de emprego 2011 esbo o - ESHTE - Home · Observatório de emprego 2011 Relatório descritivo de resultados Relatório Elaborado por: Mário Figueiredo Paulo Gonçalves

28

“Mais incentivos para a realização de estágios em locais de renome e impedir que os alunos

façam estágios que não venham a ter impacto no seu curriculum.”;

“N/A

Apenas uma nota: acho fundamental a existência dos estágios profissionais, pois representam

a entrada e contacto no mundo do trabalho, geram contactos, experiência e aplicação na

prática de toda a teoria produzida no ano lectivo. Geram oportunidades de trabalho.”;

“No meu caso não é aplicável. Mas acho que deveria ser dado mais apoio na selecção dos

estágios que se fazem e mais apoio no sentido de direccionar os melhores alunos para os

melhores estágios (empresa muito reconhecidas no mercado).”;

“No meu caso não se trata de falta de apoios, pois na verdade nunca os procurei na escola.

Trata-se de não ter feito um curso adequado para os meus objectivos de carreira. Não

pretendia ser guia turística, logo, concluí uma formação que não era a ideal para mim. De

qualquer forma, gostaria de ter podido fazer mais estágios durante o período escolar, de forma

a ter mais contacto com (alguns) dos diferentes ramos do turismo.”;

“Os estágios que fizemos na ESHTE acabam por ser (na maioria) o nosso único currículo a

apresentar às empresas. Acho que seria importante haver uma carta/documento com o nosso

desempenho nos estágios que fizemos enquanto estivemos na ESHTE, para que a empresa

saiba que apesar de pouca experiencia, o que fizemos nos 3 estágios foi bem feito, e como tal,

seremos bons mesmo com pouca experiencia. Os Professores têm acesso através dos relatórios

e das entidades.”;

“Ter havido estágios mais diversificados”;

Imagem Institucional:

“Acho que a escola apoia suficientemente a inserção no mercado de trabalho dos seus alunos,

considero é que o mercado de trabalho não procura suficientemente os alunos da escola. O que

a escola poderá fazer é divulgar melhor junto das entidades empregadoras os cursos que

disponibiliza e as competências desenvolvidas nos mesmos.”;

“Melhor comunicação entre a escola e Companhias Hoteleiras Internacionais.”;

Page 33: Observat rio de emprego 2011 esbo o - ESHTE - Home · Observatório de emprego 2011 Relatório descritivo de resultados Relatório Elaborado por: Mário Figueiredo Paulo Gonçalves

29

Vários:

“Penso que a nível de empreendedorismo a escola deveria apoiar mais. Quando eu e os meus

colegas acabamos o curso tínhamos um projecto ligado a eventos que por falta de apoio

acabou por terminar. Os alunos poderiam apresentar as suas ideias e a escola apoiar caso

fossem viáveis.”;

“Formação extracurricular”;

“Integração em projecto escola / empresa”;

“Regulação legislativa da actividade no mercado da Restauração”.

Page 34: Observat rio de emprego 2011 esbo o - ESHTE - Home · Observatório de emprego 2011 Relatório descritivo de resultados Relatório Elaborado por: Mário Figueiredo Paulo Gonçalves

30

7. Evolução da taxa de empregabilidade dos cursos da ESHTE

Tendo em consideração os dados obtidos com o questionário de empregabilidade realizado

em 2011 e comparando com os resultados extraídos do relatório de empregabilidade do ano

de 2008, verifica-se que houve um aumento do desemprego nas licenciaturas leccionadas, à

excepção dos cursos de Gestão do Lazer e Animação Turística e de Produção Alimentar em

Restauração cuja taxa de empregabilidade registou um aumento de 15% e 2%,

respectivamente.

A variação verificada no curso de GLAT, pode ser explicada pelo facto de quando realizado o

estudo da empregabilidade dos cursos da ESHTE em 2008, ainda existirem poucos diplomados

nesta licenciatura, já que o inquérito foi feito aos diplomados da ESHTE até ao ano de 2007

(ano lectivo 2006/2007) e a conclusão das primeiras licenciaturas de GLAT ocorreu em 2006

(ano lectivo 2005/2006), tendo decorrido um espaço de tempo demasiado curto para que

estes se consolidassem profissionalmente.

Gráfico 10 – Taxa de empregabilidade comparativa 2008-2011

Page 35: Observat rio de emprego 2011 esbo o - ESHTE - Home · Observatório de emprego 2011 Relatório descritivo de resultados Relatório Elaborado por: Mário Figueiredo Paulo Gonçalves

31

Assim, analisando a taxa de empregabilidade global dos cursos leccionados verifica-se que

ouve um aumento de 3,6% do número de desempregados entre os diplomados que

responderam ao inquérito. Tal aumento está directamente relacionado com a conjuntura

económica que o país atravessa e situa-se abaixo da taxa de desemprego nacional, já que

segundo os dados do Banco de Portugal, a taxa de desemprego no 3º trimestre de 2008

encontrava-se nos 7,7% e no 3º trimestre de 2011 (últimos dado disponíveis à data da

realização do presente relatório) nos 12,4%, representando um aumento de 4,7% do

desemprego nacional face aos 3,6% de desemprego registado nos diplomados da ESHTE que

responderam ao questionário.

Taxa de Desemprego (%) Trimestre Portugal Área Euro

2008:1º 7,6 7,4

2008:2º 7,3 7,5

2008:3º 7,7 7,6

2008:4º 7,8 8,1

2011:1º 12,4 10,0 2011:2º 12,1 10,0 2011:3º 12,4 10,2

Curso Taxa de

Empregados 2008

Taxa de Empregados

2011

Taxa de Desempregados

2008

Taxa de Desempregados

2011

Variação do nº de

desempregados

DGH 95,8% 86,8% 4,2% 13,2% 9,0%

PAR 91,3% 93,3% 8,7% 6,7% -2,0%

GLAT 81,0% 96,0% 19,0% 4,0% -15,0%

DGOT 93,8% 92,9% 6,3% 7,1% 0,9%

IT 96,6% 93,8% 3,4% 6,3% 2,8%

GT 87,0% 84,2% 13,0% 15,8% 2,7%

TOTAL 93,6% 90,0% 6,4% 10,0% 3,6%

Quadro 25 – Evolução da taxa de desemprego Nacional (Fonte: Banco de Portugal)

Quadro 26 – Evolução da taxa de desemprego dos diplomados da ESHTE que responderam ao questionário

Page 36: Observat rio de emprego 2011 esbo o - ESHTE - Home · Observatório de emprego 2011 Relatório descritivo de resultados Relatório Elaborado por: Mário Figueiredo Paulo Gonçalves

32

8. Considerações Finais

Concluído o estudo geral da empregabilidade dos cursos da ESHTE e aplicando os resultados

obtidos dos respondentes à generalidade dos diplomados da ESHTE, regista-se um declínio do

nº de empregados, que pode ser justificado pelo fenómeno “crise” e pelo próprio aumento do

desemprego a nível nacional. Embora se registe uma degradação das condições de trabalho

desde 2008 (ano em que se aplicou o 1º questionário sobre a empregabilidade dos cursos

leccionados na ESHTE), verifica-se que os cursos superiores da ESHTE continuam a apresentar

taxas de empregabilidade muito positivas (90%). Considerando os resultados obtidos e a

tendência de emprego verificada, podemos concluir que a ESHTE deve recorrer a todos os

meios e serviços ao seu dispor para auxiliar o aluno a integrar-se no mercado de trabalho,

procurando desta forma aumentar, ou pelo menos, manter as taxas de empregabilidade que

se apresentam.

Neste âmbito a Eshtemprego (bolsa de emprego da ESHTE) tem procurado aumentar o nível de

divulgação das ofertas de emprego, tendo desta forma aumentado em aproximadamente

127% as ofertas divulgadas entre 2010 e 2011 (conforme demonstrado no gráfico n.º 11).

Gráfico 11 – Evolução do nº de ofertas divulgadas pela Eshtemprego

Page 37: Observat rio de emprego 2011 esbo o - ESHTE - Home · Observatório de emprego 2011 Relatório descritivo de resultados Relatório Elaborado por: Mário Figueiredo Paulo Gonçalves

33

Embora o aumento das ofertas divulgadas seja uma medida relevante, mantém-se insuficiente,

sendo importante melhorar o nível de satisfação dos respondentes ao questionário, no que ao

apoio da ESHTE na transição e integração no mercado de trabalho diz respeito.

Sugere também que a opinião das entidades empregadoras seja registada e tratada, de forma

a identificar a percepção que estas têm das capacidades técnicas dos diplomados da ESHTE,

contribuindo para o reconhecimento de possíveis falhas e oportunidades de melhoria nos

planos curriculares dos cursos. Esta acção é fundamental para permitir aos diplomados da

ESHTE, melhores hipóteses de diferenciação face a diplomados de outras instituições, indo

desta forma de encontro às necessidades identificadas pelas próprias entidades

empregadores.

Page 38: Observat rio de emprego 2011 esbo o - ESHTE - Home · Observatório de emprego 2011 Relatório descritivo de resultados Relatório Elaborado por: Mário Figueiredo Paulo Gonçalves

34