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Observatório de emprego 2011
Relatório descritivo de resultados
Relatório Elaborado por:
Mário Figueiredo
Paulo Gonçalves Data: Fevereiro de 2012
Índice
1. Introdução………………………………………………………………………………………………….….2
2. Metodologia……………………………………………………………………………………………….….2
3. Perfil dos respondentes……………………………………………………………………….…….…..4
4. Percurso…………………………………………………………………………………………………...……5
a. Trabalhador por conta de outrem……………………………………………………...7
b. Desempregado………………………………………………………………………………….13
c. Empresário……………………………………………………………………………………..…15
d. Trabalhador por conta própria…………………………………….…………………...16
5. Factores de inserção socioprofissional…………………….…………………..…………….….18
6. Apoio da ESHTE à empregabilidade…………………………..………………………….…....…22
7. Evolução da taxa de empregabilidade dos cursos da ESHTE……………………….…..30
8. Considerações finais……………………………………………………………………………………...32
Índice de quadros e gráficos
2.Metodologia
Quadro 1 – Taxa de respostas total……………………………………………………………………………………………………………….……...3
3. Perfil dos Respondentes
Gráfico 1 – Taxa de respostas por curso………………………………………………………………………………………………………………...5
4. Percurso
Quadro 2 – Situação Profissional por curso……………………………………………………………………………………………………….…..5
Gráfico 2 – Taxa de empregabilidade por curso……………………………………………………………………………………..………………6
a. Trabalhador por conta de outrem
Quadro 3 – Sector de actividade……………………………………………………………………………………………………………………..…....7
Quadro 4 – Outros sectores de actividade………………………………………………………………………………………………….………….7
Gráfico 3 – Taxa de alunos que trabalham fora da área…………………………………………………………………………..…………….8
Quadro 5 – Funções mais desempenhadas por alunos de DGH……………………………………………………………………....….…8
Quadro 6 - Funções mais desempenhadas por alunos de PAR……………………………………………………………………..…..…...9
Quadro 7 - Funções mais desempenhadas por alunos de DGOT………………………………………………………………………..…..9
Quadro 8 - Funções mais desempenhadas por alunos de IT……………………………………………………………………………..…...9
Quadro 9 - Funções mais desempenhadas por alunos de GT……………………………………………………………………………....10
Quadro 10 – Situação contractual dos trabalhadores por conta de outrem……………………………………………………..….10
Quadro 11 – Remunerações…………………………………………………………………………………………………………………………………10
Quadro 12 – Sectores de actividade da actividade secundária………………………………………………………………………….….11
Gráfico 4 – Relevância do curso para a situação profissional actual…………………………………………………………………..…11
Quadro 13 – Nº de empregos…………………………………………………………………………………………………………………….……..….12
b. Desempregado
Quadro 14 – Expectativas da futura situação contractual……………………………………………………………………………..….….13
Quadro 15 – Expectativa de remuneração…………………………………………………………………………………………………………...13
Gráfico 5 – Relevância do curso para a situação profissional anterior………………………………….……………………………….14
Quadro 16 – Nº de empregos……………………………………………………………………………………………………………………………....14
c. Empresário
Quadro 17 – Funções desempenhadas………………………………………………………………………………………………………………..15
Quadro 18 – Sector de actividade………………………………………………………………………………………………………………………..16
d. Trabalhador por conta própria
Quadro 19 – Sectores de actividade……………………………………………………………………………………………………………….......16
Quadro 20 – Tempo de actividade…………………………………………………………………………………………………………….……..….17
Quadro 21 – Volume de facturação……………………………………………………………………………………………………………..…..….17
Quadro 22 – Nº de empregos…………………………………………………………………………………...............................................17
5. Factores de Inserção Profissional
Gráfico 6 – Grau de Importância dos factores na procura de emprego…………………………………………………………….….18
Gráfico 7 – Classificação do grau de importância dos factores na procura de emprego………………….……………………19
Quadro 23 – Outros factores de acesso ao mercado de trabalho………………………………………………………………..…….…19
Gráfico 8 – Grau de importância dos recursos na procura de emprego………………………………………………………………..20
Gráfico 9 – Classificação do grau de importância dos recursos na procura de emprego………………….……………….....21
Quadro 24 – Importância da preparação do curso para a entrada no mercado de trabalho…………………………..…...22
7. Evolução da taxa de empregabilidade dos cursos da ESHTE
Gráfico 10 – Taxa de empregabilidade comparativa 2008-2011…………..……………………………………………………………..30
Quadro 25 – Evolução da taxa de desemprego nacional………………………………………………………………………………………31
Quadro 26 – Evolução da taxa de desemprego dos diplomados da ESHTE que responderam ao questionário…....31
8. Considerações Finais
Gráfico 11 – Evolução do n.º de ofertas divulgadas pelas Eshtemprego.…………………………………………………………….…32
1
2
1. Introdução
Tendo em conta o estudo da inserção e percurso profissional dos diplomados da ESHTE no
mercado de trabalho, e no seguimento do estudo anterior feito em 2008 pela Dra. Lurdes
Calisto, a ESHTE deu continuidade aos questionários de empregabilidade entre Outubro e
Dezembro de 2011.
O estudo está estruturado em 5 secções:
• Análise do perfil dos respondentes;
• Análise do percurso dos diplomados;
• Principais factores de inserção e integração no mercado de trabalho;
• Principais apoios da ESHTE à empregabilidade;
O relatório contempla uma análise descritiva das respostas ao questionário aplicado.
2. Metodologia
O questionário que serve de base ao presente relatório, foi elaborado através da ferramenta
online www.questionpro.com, tendo sido enviada a hiperligação do questionário via correio
electrónico para os endereços dos alunos diplomados na ESHTE até ao ano lectivo 2008/2009.
Escolheu-se apenas aplicar o estudo aos alunos que concluíram a sua formação até ao ano
lectivo 2008/2009, dando-se desta forma algum tempo para uma consolidação profissional. No
âmbito do que está preconizado no SIGQ (Sistema Interno de Garantia da Qualidade) foi
decidido realizar 2 estudos diferentes, um estudo geral de acompanhamento do percurso
profissional dos diplomados da ESHTE, e outro do estudo de empregabilidade dos alunos
licenciados há não menos do que 2 anos lectivos. Assim, o cronograma elaborado para o efeito
prevê a realização de um questionário geral a aplicar de 5 em 5 anos a todos os diplomados da
ESHTE, e outro a aplicar anualmente aos alunos que concluíram a sua formação há um período
não inferior a 2 anos lectivos.
3
A base de dados de contactos foi exportada do programa informático da Digitalis, utilizado
pelos serviços académicos da ESHTE. A listagem integrou 1229 alunos, mas apenas 1151
endereços de correio electrónico.
Após envio do questionário por correio electrónico obteve-se a seguinte distribuição de
respostas:
Legenda:
DGH- Licenciatura em Direcção e Gestão Hoteleira
DGOT – Licenciatura em Direcção e Gestão de Operadores Turísticos (curso existia da oferta formativa Pré-Bolonha)
GLAT – Licenciatura em Gestão do Lazer e Animação Turística
GT – Licenciatura em Gestão Turística
IT – Licenciatura em Informação Turística
PAR – Licenciatura em Produção Alimentar em Restauração
RAH – Curso de Especialização Tecnológica em Recepção e Alojamento Hoteleiro
SHA – Curso de Especialização Tecnológica em Segurança e Higiene Alimentar
TR – Curso de Especialização Tecnológica em Técnicas de Restauração
ATNA – Curso de Especialização Tecnológica em Animação em Turismo de Natureza e Aventura
GAC – Cursos de Especialização Tecnológica em Gastronomia e Artes Culinárias
Curso Nº de alunos
Nº de Respondentes %
DGH 357 91 25%
IT 237 48 20%
GT 188 38 20%
PAR 136 30 22%
GLAT 109 25 23%
DGOT 75 28 37%
GAC 46 5 11%
RAH 32 3 9%
ATNA 27 3 11%
SHA 11 1 9%
TR 11 1 9%
Total 1229 273 22%
Quadro 1 – Taxa de respostas total
4
O questionário foi respondido por um total de 273 pessoas, que representam uma taxa de
resposta de 22%. De referir que todos os cursos superiores obtiveram taxas de resposta acima
dos 20%, e os cursos de especialização tecnológica (CET) obtiveram apenas 9% e 11%. A baixa
taxa de respostas dos alunos que concluíram o CET, aliado ao facto de grande parte destes
alunos continuarem os seus estudos em cursos superiores na ESHTE (dos 127 formados em
CET até 2008/2009, apenas 27 não prosseguiram com os seus estudos na ESHTE e por este
motivo a maior parte encontra-se na situação de estudante sem qualquer actividade
remuneratória), levou a que se excluíssem as respostas destes alunos do presente estudo, já
que estas situações não são de desemprego efectivo.
Observou-se ainda que muitos dos diplomados em licenciaturas, frequentaram os mestrados
e/ou as pós-graduações na ESHTE. Este facto irá representar uma duplicação de respostas já
que 1 só aluno pode ter frequentado o CET, a licenciatura, a pós-graduação e o mestrado. Para
evitar as duplicações de respostas, em estudos futuros, apenas se aplicará o questionário aos
alunos diplomados em licenciaturas, pois por norma, é este ciclo de estudos que serve de
“rampa de lançamento” para o mercado de trabalho, sendo os outros níveis de formação
considerados como especializações e ferramentas para uma melhoria da situação
profissional/contratual.
3. Perfil dos respondentes
Analisando o perfil dos respondentes, verifica-se que a maior parte é do género feminino
(61%), e apenas 39% dos respondentes pertence ao género masculino.
A média de idades encontra-se nos 30 anos e a moda nos 27 anos. 70% dos respondentes
terminou o curso entre 2007 e 2009, e a maior parte (aproximadamente 36%) concluiu no
ano lectivo de 2006/2007.
5
Relativamente à distribuição das respostas por curso frequentado, houve uma maior
percentagem de diplomados em Direcção e Gestão Hoteleira (DGH) e o curso com a menor
taxa de resposta foi o curso de Gestão do Lazer e Animação Turística (GLAT).
4. Percurso
No período de resposta aos questionários (entre Outubro e Dezembro de 2011), 90% dos
respondentes encontrava-se empregado, dos quais, 79% encontravam-se na situação de
trabalhador por conta de outrém (TCO), 3% como empresário (EMP) e 8% como trabalhador
por conta própria (TCP). 10% de diplomados manifestaram-se em situação de desemprego
(DES).
CURSO TCO % DES % EMP % TCP % TOTAL
DGH 71 78% 12 13% 4 4% 4 4% 91
PAR 24 80% 2 7% 1 3% 3 10% 30
GLAT 21 84% 1 4% 1 4% 2 8% 25
DGOT 23 82% 2 7% 2 7% 1 4% 28
IT 35 73% 3 6% 0 0% 10 21% 48
GT 32 84% 6 16% 0 0% 0 0% 38
TOTAIS 206 79% 26 10% 8 3% 20 8% 260
Gráfico 1 – Taxa de respostas por curso
Quadro 2 – Situação Profissional por curso
6
Analisando a situação profissional dos alunos que concluíram a licenciatura, verifica-se que
87% dos inquiridos que frequentaram o curso de DGH, 93% dos que frequentaram PAR, 96%
dos diplomados de GLAT, 93% dos alunos de DGOT, 94% dos diplomados de IT e 84% dos
alunos de GT encontrava-se empregado à data de realização do questionário.
Seguidamente analisar-se-ão as várias situações profissionais referenciadas no estudo.
Gráfico 2 – Taxa de empregabilidade por curso
7
a. Trabalhador por Conta de Outrem
Conforme se pode verificar no quadro 2, dos 260 inquiridos, 206 (79%) encontrava-se
empregado como trabalhador por conta de outrem.
Uma grande parte dos diplomados (34%) que se encontra empregado como trabalhador por
conta de outrem, exerce as suas funções no sector da restauração e hotelaria. Houve no
entanto uma predominância na taxa de resposta de alunos que se encontravam a
desempenhar funções noutros sectores que não os descritos, conforme se verifica na seguinte
tabela.
Dos 63 inquiridos que afirmam “desenvolver actividade profissional noutro sector”, apenas 33
se encontra numa área que não está ligada ao turismo, hotelaria e/ou restauração, e os
sectores mais representados são o comércio e as tecnologias de informação. Tal situação
representa 16% de diplomados em situação de emprego por conta de outrem e fora da área
de formação.
Agência de Viagem 5%
Animação 3%
Aviação Comercial 5%
Consultoria 4%
Formação 6%
Operador Turístico 5%
Organização de Eventos 5%
Restauração 10%
Unidade Hoteleira 24%
Outro 32%
Comércio 8
TI 5
Contabilidade 4
Administração local 3
Banca / Seguros 3
Administrativa 2
Telecomunicações 2
Controlador aéreo 1
Gestão de Centros Comerciais 1
Importações/exportações 1
Marketing 1
Saúde 1
Televisão 1
Quadro 3 – Sector de Actividade
Quadro 4 – Outros Sectores de actividade
8
Cruzando os respondentes por curso frequentado com o sector de actividade onde se
encontram empregados como trabalhadores por conta de outrem, verifica-se que o curso
onde se registam mais pessoas a trabalhar fora da área do turismo, hotelaria e restauração, é o
curso de GLAT com 34% dos inquiridos.
O questionário permitiu também apurar quais as funções mais comuns relativas aos
diplomados dos vários cursos. Desta forma, para o curso de DGH, as funções com mais
incidência de respostas (consideraram-se apenas as funções indicadas por 3 pessoas ou mais)
foi o cargo de assistente de direcção e de account manager.
Assistente de Direcção 9
Account Manager 7
Consultor 5
Gerente 5
Coordenador de Grupos 4
Direcção 4
Recepcionista 3
Gráfico 3 - Taxa de alunos que trabalham fora da área
Quadro 5 – Funções mais desempenhadas por alunos de DGH
9
Já no curso de PAR a maior incidência foi para o Chefe de Cozinha e o formador/docente.
Os respondentes diplomados no curso de GLAT têm uma maior amplitude de funções sendo
que a única em que existem mais do que 2 incidências é a função de produtor/organizador de
eventos com 6 registos, as restantes funções têm registos únicos ou apenas 2 incidências no
registo (nas funções de animador e administrativo).
Quanto aos alunos que frequentaram DGOT, a incidência é na função, comercial e de técnico
de turismo.
As funções onde predominam mais alunos do curso de IT são as de técnico de turismo,
recepcionista e assistente de bordo. De salientar que apenas 1 pessoa indicou que
desempenhava funções como guia e intérprete o que é justificado, pelo facto de a profissão
ser desempenhada em regime de trabalhador por conta própria e como trabalhador
independente:
Chefe de Cozinha 6
Formador / Docente 5
Comercial 4
Técnico de Turismo 3
Técnico de Turismo 6
Recepcionista 5
Assistente de Bordo 3
Quadro 6 – Funções mais desempenhadas por alunos de PAR
Quadro 7 – Funções mais desempenhadas por alunos de DGOT
Quadro 8 – Funções mais desempenhadas por alunos de IT
10
A amostra de funções desempenhadas pelos respondentes diplomados em GT é também
diversificada, salientando-se no entanto a função de coordenador de eventos e técnico de
turismo como as mais desempenhadas:
Nas questões relativas ao tipo de vínculo laboral, existe uma percentagem muito reduzida de
pessoas em situação de “falso recibo verde” já que apenas 3% dos inquiridos que referiram
encontrar-se “empregado como trabalhador por conta de outrem” indicou que era
trabalhador independente. Observa-se também uma predominância dos contratos de trabalho
sem termo sobre os contratos de trabalho a prazo. 96% dos respondentes encontra-se a
desempenhar funções em regime de tempo inteiro.
Já no que diz respeito às remunerações, mais de metade dos respondentes aufere
rendimentos no 2º e 3º escalão, entre os 601€ e os 1200€, sendo que 28% se situa nos 601€ e
900€ e 26% aufere entre 901€ e 1200€. Apenas 7% dos inquiridos ganha menos de 600€.
Técnico de Turismo 5
Coordenador de Eventos 3
Trab. Dependente Trab. Independente
97% 3%
Prazo Sem Termo
37% 63%
Tempo Inteiro Tempo Parcial
96% 4%
Menos de 600 7%
601-900 28%
901-1200 26%
1201-1500 18%
1501-2000 14%
Mais de 2000 8%
Quadro 9 – Quadro das funções mais desempenhadas por alunos de GT
Quadro 10 – Quadro da situação contractual dos trabalhadores por conta de
outrem
Quadro 11 – Remunerações
11
Aproximadamente 20% dos respondentes que se encontram em situação de “trabalhador por
conta de outrem” possui uma actividade secundária. A distribuição por ramo de actividade das
actividades secundárias regista-se da seguinte forma:
Relativamente à questão sobre a relevância da conclusão do curso para a situação actual de
emprego, verifica-se que 60% dos respondentes considera que o curso e a respectiva
conclusão foram essenciais para a situação profissional em que presentemente se encontram.
Agência de Viagem 3%
Animação 6%
Consultoria 9%
Formação 18%
Organização de Eventos 15%
Restauração 12%
Unidade Hoteleira 3%
Outro 35%
Quadro 12 – Sectores de actividade da actividade secundária
Gráfico 4 – Relevância do curso para a situação profissional actual
12
A maior parte dos inquiridos (44%) encontra-se no 1º emprego, sendo que 15% das pessoas já
teve mais do que 3 empregos.
As pessoas que já tiveram mais do que 1 emprego enumeraram como principais motivos para
a mudança de emprego:
• Projecto mais interessante (47%)
• Melhor remuneração (47%)
• Melhores perspectivas de carreira (45%)
Já os motivos menos escolhidos foram:
• Despedimento (5%)
• Procura de melhor ambiente de trabalho (9%)
Nº de Empregos %
1 44%
2 27%
3 16%
4 6%
5 3%
6 1%
7 1%
8 2%
9 1%
Quadro 13 – Nº de empregos
13
b. Desempregado
Dos 260 inquiridos (com licenciaturas), apenas 10% se encontravam em situação de
desemprego. Quando questionados relativamente às expectativas do futuro emprego,
registou-se que a maioria das pessoas, espera desempenhar funções como trabalhador por
conta de outrem, e em regime de tempo integral. Relativamente à tipologia do contrato as
expectativas encontram-se distribuídas entre o contrato a prazo e o contrato a termo.
Já no que à remuneração diz respeito, a maioria dos respondentes (42%) espera auferir um
vencimento entre os 601€ e os 900€, os intervalos de ordenado com menos expectativas por
parte dos diplomados inquiridos situa-se a partir dos 1201€.
Trabalhador Dependente Trabalhador Independente
92% 8%
Prazo Sem Termo
50% 50%
Tempo Inteiro Tempo Parcial
88% 12%
Menos de 600 16%
601-900 42%
901-1200 26%
1201-1500 5%
1501-2000 0%
Mais de 2000 11%
Quadro 14 – Expectativa da futura Situação Contatual
Quadro 15 – Expectativa de remuneração
14
Quando confrontados com o grau de importância do curso para a situação anterior de
emprego, verifica-se que 35% considera que a conclusão do curso foi relevante para a situação
anterior de emprego e que 38% considera que a sua conclusão foi indiferente. Apenas 27%
considera que o curso não teve qualquer importância.
A maior parte dos inquiridos em situação de desemprego, já teve mais do que 1 emprego,
sendo que 27% destes apenas tiveram 1 emprego. Já o primeiro emprego em 55% dos casos
ocorreu após a conclusão do curso.
Quando confrontados com a hipótese de se tornarem empresários verifica-se que apenas 2
pessoas (8%) não pretendem vir a tornar-se empresário, enumerando como principais factores
a falta de conhecimento de mercado, a falta de competências de gestão e falta de capital. As
restantes pessoas que considera a hipótese de se vir a tornar empresário refere como
principais barreiras à implementação de um futuro projecto a obtenção de financiamento
(71%) e a falta de conhecimentos de gestão (21%).
Nº de empregos %
1 27%
2 36%
3 18%
4 18%
Gráfico 5 – Relevância do curso para a situação profissional anterior
Quadro 16 – Nº de empregos
15
c. Empresário
Apenas 8 pessoas, (3% dos inquiridos) se encontrava na situação de empresário. Destas, 1
pessoa não constituiu a própria empresa. 38% das empresas foram constituídas à mais de 6
anos, 25% entre 4 e 6 anos, 13% ente 1 e 3 anos e 25% à menos de 1 ano.
Quanto às funções desempenhadas verifica-se que 75% assume o cargo de sócio-gerente.
Analisando o ramo de actividade destas empresas, verifica-se que metades delas, desenvolve
actividade fora do sector do turismo, hotelaria e restauração (não se destacando nenhum
ramo em particular) e as restantes estão distribuídas conforme o quadro abaixo:
Organização de eventos
13%
Unidade Hoteleira
25%
Restauração
13%
Outro
50%
Sócio-Gerente
75%
Empresário em Nome Individual
13%
Accionista
13%
Quadro 17 – Funções Desempenhadas
Quadro 18 – Sector de Actividade
16
Aproximadamente 40% dos inquiridos não quis indicar qual o volume de facturação da
empresa, no entanto 38% indicou que a empresa tinha um volume de facturação anual
compreendido entre os 50.000€ e os 250.000€.
Metade dos respondentes teve 2 empregos desde a conclusão do curso e apenas 1 pessoa
teve mais do que 1 emprego. Os restantes apenas tiveram 1 emprego desde o término da
formação.
Quando inquiridos quanto aos factores que mais contribuíram para a decisão de se tornarem
empresários, verifica-se que a maior parte (50%) indicou:
• Características de personalidade
• Conhecimentos do mercado
• Conhecimentos de gestão
d. Trabalhador por conta própria
Apenas 8% dos 260 diplomados que responderam ao questionário, está em regime de
trabalhador por conta própria, e a maior parte é licenciada em Informação Turística e
desenvolve actividade fora dos ramos predefinidos, como se pode ver no quadro 19.
Dos inquiridos que indicaram desenvolver actividade noutra área, 50% são guias-intérpretes (o
que representa 30% da amostra do trabalhadores por conta própria), e apenas 2 pessoas
trabalham fora do sector do turismo, hotelaria ou restauração.
Agência de Viagem 10%
Animação 5%
Aviação Comercial 0%
Consultoria 5%
Formação 5%
Operador Turístico 0%
Organização de Eventos 5%
Restauração 5%
Unidade Hoteleira 5%
Outro 60%
Quadro 19 – Sector de Actividade
17
Apenas 15% dos respondentes iniciou actividade há menos de 1 ano, e 30% iniciou actividade à
mais de 6 anos. A maior parte dos respondentes (75%) factura menos de 25.000€ e apenas
11% factura mais de 75.000€ por ano.
A conclusão do curso foi relevante para a situação actual de emprego (55%), sendo que 15%
referem que a conclusão do mesmo foi indiferente e 30%, não dá importância a este facto.
Aproximadamente 40% encontra-se no 1º emprego após a conclusão do curso.
Quando inquiridos quanto aos factores que mais contribuíram para a decisão de ser
trabalhador por conta própria, as respostas mais frequentes foram:
• Conhecimento do mercado (45%)
• Características de personalidade (35%)
Menos de 1 ano
15%
1-3 anos
30%
4-6 anos
25%
Mais de 6 anos
30%
Menos de 25.000€
74%
25.000€ - 50.000€
16%
Mais de 75.000€
11%
Nº de empregos %
1 40%
2 25%
3 10%
4 10%
5 10%
6 5%
Quadro 20 – Tempo de actividade Quadro 21 – Volume de facturação
Quadro 22 – Nº de Empregos
18
5. Factores de inserção profissional
Analisando as opiniões relativamente ao grau de importância de alguns factores no acesso ao
emprego, verifica-se que os factores indicados pelos inquiridos como tendo elevada
importância na entrada no mercado de trabalho, foram a experiência profissional (50%), as
características pessoais (53%) e as competências técnicas (49%), igualmente importante para
grande parte dos diplomados está o nível de formação (56%) e a experiência em estágios
(50%). Os factores de menor importância são a classificação final do curso e as experiências
extracurriculares.
Gráfico 6 – Grau de Importância dos factores na procura de emprego
19
Utilizando a escala de importância (valorizando a escala, de 3 (muito importante) a 0 (nada
importante)), obtém-se o seguinte gráfico:
Relativamente aos outros factores de importância no acesso ao mercado de trabalho verifica-
se que os mais identificados são os conhecimentos e a rede de contactos (22%) e a capacidade
de adaptação (26%).
Capacidade de desenvolver relações interpessoais 9%
Competências Linguísticas 9%
Conhecimentos e rede de contactos 22%
Disponibilidade de horários 9%
Formação extracurricular 9%
Idade 4%
Iniciativa e capacidade de adaptação 26%
Outros factores 13%
Gráfico 7 – Classificação do grau de importância
Quadro 23 – Outros factores de acesso ao mercado de trabalho
20
Relativamente ao grau de importância dos vários recursos na procura de emprego, verifica-se
que os inquiridos, consideram muito importante a resposta a anúncios (39%), convite da
empresa (41%), também considerados importante estão os contactos informais (46%), a
candidatura espontânea (41%) e a bolsa de emprego da ESHTE, a Eshtemprego (43%). Os
recursos considerados de menor relevância por grande parte dos diplomados são o centro de
emprego (38%) e as agências de trabalho temporário (36%).
Gráfico 8 – Grau de Importância dos recursos na procura de emprego
21
Utilizando a escala de importância (valorizando a escala, de 3 (muito importante) a 0 (nada
importante)), obtém-se o seguinte gráfico:
:
Os diplomados referiram que as maiores dificuldades na procura de emprego foram:
• Remuneração insuficiente (indicado por 49% dos inquiridos)
• Falta de experiência profissional (indicado por 38%)
Por sua vez, as menores dificuldades foram:
• Classificação final do curso (1%)
• Características pessoais (2%)
Muitos dos inquiridos referiram ainda outras dificuldades encontradas, nomeadamente:
• Excesso de formação
• Falta de oportunidades ao nível de emprego e progressão de carreira
• Instabilidade contractual
Gráfico 9 – Classificação do Grau de Importância dos recursos na procura de emprego
22
Aproximadamente 88% dos inquiridos considera que o curso teve importância na preparação
para o mercado de trabalho, sendo que 28% considera que a preparação do curso foi muito
importante e 60% considera que foi importante. Apenas 12% considerou pouco importante a
preparação que o curso deu.
6. Apoio da ESHTE à empregabilidade
Os ex-alunos foram ainda questionados quanto aos apoios que gostariam de ter obtido por
parte da ESHTE, na transição da ESHTE para o mercado de trabalho. Aproximadamente 48%
dos diplomados, referiram que gostariam de ter tido mais apoios ao nível da entrada na vida
activa.
Os comentários e apoios desejados são apresentados de seguida, transcritos e categorizados
por imagem institucional, curso, estágios e apoio à inserção no mercado de trabalho.
Muito Importante Importante Pouco Importante Nada Importante
28% 60% 12% 0%
Quadro 24 – Importância da preparação do curso para a entrada no mercado de trabalho
23
Apoios à Inserção no Mercado de Trabalho:
“Como preparar um CV apelativo e que promova a projecção pessoal”;
“A Eshtemprego deveria privilegiar empregos e estágios dignos de seu nome ignorando meras
propostas de escravatura, mostrando ao mercado que os seus alunos estão acima do nível de
propostas miseráveis oferecidas.”;
“A existência de uma bolsa de emprego”;
“Acompanhamento”;
“Acompanhamento da escola durante um certo tempo após ter terminado a licenciatura, para
arranjar emprego na área. A escola podia ter feito divulgação junto de empresas que tinha
recém licenciados das mais diversas áreas, e perguntar se tinham interesse. Acima de tudo a
escola devia ter sido, durante um período de tempo limitado, mediador entre o recém
licenciado e o mercado de trabalho.”;
“Acompanhamento e aconselhamento na área de emprego do meu curso, através de propostas
de emprego dirigidas à escola. Áreas de empregabilidade no meu curso.”;
“Acompanhamento mais direccionado aos recém-formados, nomeadamente na colocação em
estágios profissionais ou programas estatais de 1º emprego.”;
“Acompanhamento personalizado da Escola, através de contacto telefónico ou de e-mail a
saber como decorreu essa transição e através da prestação de ajuda e eventuais contactos, a
acrescentar ao serviço da bolsa de emprego da ESHTE que é de grande utilidade.”;
“Algum tipo de acompanhamento teria sido uma mais valia. Na altura em que terminei o curso
a Estheemprego não existia ao que sei.”;
“Apresentação a potenciais empresas interessadas em mão de obra qualificada”;
“Bolsa de Emprego a semelhança de outras faculdades, os melhores tem sempre lugar nas
melhores empresas. O índice de empregabilidade é inferior a 5 meses.”;
“Bolsa de emprego activa por parte da escola, e não um mero centro de reencaminhamento de
emails das empresas.”;
“Carta de boas referências, Encaminhamento”;
24
“Carta de boas referências”;
“Contactos”;
“Contactos de empresas interessadas. Ajuda na procura do 1º emprego”;
“Creio que nesta escola específica existe uma boa ligação com o mercado de trabalho logo a
maioria dos alunos consegue logo emprego mas poderia haver uma melhor preparação do
aluno no que se refere por exemplo a preparação para entrevistas de emprego ou procura de
emprego.”;
“Creio que nesta escola específica existe uma boa ligação com o mercado de trabalho logo a
maioria dos alunos consegue logo emprego mas poderia haver uma melhor preparação do
aluno no que se refere por exemplo a preparação para entrevistas de emprego ou procura de
emprego.”;
“Divulgação dos cv's dos finalista a empresas que contactam com a escola”;
“Encaminhamento para o mercado de trabalho”;
“Gostaria que me tivessem esclarecido, no sentido da integração em operadores turísticos, que
devido à inexistência na Ilha da Madeira, ou melhor, existindo apenas 1 a integração tornou-se
difícil, mesmo quando estava a trabalhar em Lisboa, nunca consegui entrar num Operador
Turístico, mas sim em agências de viagens, que como todos nós sabemos não tem nada a ver.”;
“Informação de empresas dispostas a receber recém-formados, mesmo que para um período
inicial de estágio e posteriormente colocação profissional.”;
“Informação de pequenos trabalhos (animações, hospedeiros, eventos logística) por parte dos
professores (quando possível), maior continuidade de 'colaboração' entre escola e ex-alunos”;
“Mais apoio nas empresas, dar mais chance.”;
“Mais interligações para garantir não só estágios aos alunos, mas sim emprego”;
“Mais meios de contacto directo com as entidades empregadoras.”;
“Mais ofertas de trabalho e menos ofertas de estágios não remunerados”;
“Melhor conhecimento das diversas aéreas de emprego relacionados com o nosso curso”;
25
“Não falo por mim, pois como disse, terminei o curso e depois de uma experiência de 4 meses
em Inglaterra já tinha um emprego à espera e depois fui convidada para vir para a ESHTE, mas
falo por alguns alunos que me têm dito que seria útil haver apoio da nossa parte (ESHTE)
também com estágios Profissionais ou maior encaminhamento para empresas que os acolham
como trabalhadores e não só estagiários.”;
“Oportunidades de emprego mais direccionadas para a área de formação”;
“Os idênticos à Universidade Católica, ao ISEG, à Nova... Criação de gabinete de emprego e
participação activa da Escola no meio.”;
“Parcerias com mais hotéis e restaurantes para facilitar a nossa integração.”;
“Parcerias para a realização de estágios profissionais; Contactos mais directos com Directores
de Recursos Humanos”;
“Podiam estabelecer protocolos mais fortes com as empresas do turismo. Penso que seria
também importante desenvolverem alguns cursos mais práticos com as empresas, no sentido
de termos mais prática profissional mas onde se aprofundariam matérias reais e não somente
funções de estagiário. Seria pois necessário algum acompanhamento entre a ESHTE e os
mentores de estágio. Esta prática usa-se nas grandes escolas estrangeiras.”;
“Que apoiassem no final do curso a inserir-nos em empresas”;
“Talvez a organização de um evento em que vários tipos de empresas turísticas fossem
convidadas e em que pudesse haver uma apresentação clara acerca da área em que devemos
apostar, do tipo de recursos humanos que as empresas mais precisam e da empregabilidade
que cada área tem de momento, de maneira a que os alunos possam saber o que podem fazer
e em que áreas devem apostar para singrar no mercado de trabalho.”;
“Um maior apoio após estágios na procura de trabalho. Talvez um 'eshte empregos', um
departamento que actualizasse os alunos e antigos alunos periodicamente de ofertas de
trabalho na área de hotelaria e afins, por email ou através de um site. Seria uma ajuda
preciosa sem dúvida, mas não fundamental. Talvez num futuro próximo!”;
26
Curso:
“Adequação dos cursos ministrados à falta de profissionais existentes no mercado.”;
“Conhecimentos mais aprofundados e maior exigência, nomeadamente em gestão. os
conteúdos são regra geral elementares e muitas vezes, a formação de profissionais
designadamente de contabilidade fica aquém das necessidades dos alunos, reflectindo-se
naturalmente no contexto laboral.”;
“CONTEUDOS PROGRAMATICOS MAIS ADEQUADOS AO MERCADO DE TRABALHO; APOIO NA
PROCURA DE EMPREGO; DIVULGACAO DOS CVS DOS ALUNOS JUNTO DAS ENTIDADES
EMPREGADORAS”;
“Gostaria de ter realizado os 5 anos de curso, em vez da transição para Bolonha”;
“MAIS INFORMAÇAO (grandes cargos não são atribuídos a um aluno comum, apenas com
conhecimentos e experiencia no ramo. Ordenado muito inferior para um licenciado, e oferta de
emprego para áreas em que não há interesse.) ”;
“Melhor preparação para lidar com situações de viagem numa posição de liderança, como é a
do guia-intérprete, principalmente com grupos”;
“Na transição não digo, mas por várias vezes fui a entrevistas na área do Turismo em que não
fiquei por acharem 'impensável' ter-se estudado Turismo e não saber funcionar com Galileu,
nem Amadeus ou qualquer outro software do género, o que a propósito concordo.”;
“Os cursos da ESHTE deveriam ter uma componente mais forte no que diz respeito as cadeiras
de gestão, afinal é o core do curso. No final do curso deveria ser proposto um grupo de estágio
remunerado (quem sabe estagio profissional do IEFP) pré-acordados (com critérios de selecção
a definir) e em áreas fora da operação, como por exemplo: Marketing, Vendas, Direcção, etc.”;
“Os cursos que eu frequentei estão desenquadrados do mercado de trabalho, ora estão
atrasado ou muito avançados da realidade actual do mercado de trabalho nacional.”;
“Sobretudo apoio no tipo de empresa onde poderia trabalhar. Com o meu curso quase sempre
se resume a agência de viagens”;
27
“Urge ajustar o mercado de trabalho com a correspondência dos cursos. Na ESHTE ou em
qualquer outra área. Formar 'gestores' tem tanta importância como formar bons 'técnicos'.
Sendo no entanto necessário esclarecer desde cedo o posicionamento dos cursos em relação ao
mercado de trabalho.”;
Estágios:
“Maior controlo dos estágios atribuídos de modo a gerar verdadeira experiencia profissional,
de modo a pelo menos clarificar ao aluno o que o espera no mercado de trabalho. Existem
demasiados estágios que são uma perda de tempo dos alunos e das empresas por falta de
acompanhamento.”;
“Um período maior de estágio, assim como uma preparação psicológica para o que o mercado
de trabalho tem para oferecer.”;
“Empresas que ao aceitarem o estágio, o mesmo não seja apenas mais um estágio, dando
oportunidade ao estagiário de permanecer na empresa.”;
“Estágio profissional numa unidade hoteleira no último ano como parte da disciplina de
projecto.”;
“Estágio remunerado superior a 6 meses.”;
“Estágios”;
“Gostaria que os estágios fossem no final do curso pois perdi 1 oportunidade de trabalho num
hotel no último estágio por incompatibilidade entre os horários da escola e o trabalho. Para
além disso penso que a ESHTE é gerida como uma escola secundária e não superior - os
professores dão demasiada importância à frequência nas aulas, o que me levou a ter de optar
entre boas notas e emprego. Penso que no conhecimento não interessa tanto o método, mas
sim o fim - e frequência nas aulas não é sinónimo de sabedoria.”;
“Inserção em estágios mais prolongados (mais de 3meses) e remunerados / par-times fora do
curso, ajudariam a criar uma boa rede de conhecimentos e contactos preciosos para o futuro
emprego.”;
“Mais estágios propostos pela escola, durante todos os anos do curso”;
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“Mais incentivos para a realização de estágios em locais de renome e impedir que os alunos
façam estágios que não venham a ter impacto no seu curriculum.”;
“N/A
Apenas uma nota: acho fundamental a existência dos estágios profissionais, pois representam
a entrada e contacto no mundo do trabalho, geram contactos, experiência e aplicação na
prática de toda a teoria produzida no ano lectivo. Geram oportunidades de trabalho.”;
“No meu caso não é aplicável. Mas acho que deveria ser dado mais apoio na selecção dos
estágios que se fazem e mais apoio no sentido de direccionar os melhores alunos para os
melhores estágios (empresa muito reconhecidas no mercado).”;
“No meu caso não se trata de falta de apoios, pois na verdade nunca os procurei na escola.
Trata-se de não ter feito um curso adequado para os meus objectivos de carreira. Não
pretendia ser guia turística, logo, concluí uma formação que não era a ideal para mim. De
qualquer forma, gostaria de ter podido fazer mais estágios durante o período escolar, de forma
a ter mais contacto com (alguns) dos diferentes ramos do turismo.”;
“Os estágios que fizemos na ESHTE acabam por ser (na maioria) o nosso único currículo a
apresentar às empresas. Acho que seria importante haver uma carta/documento com o nosso
desempenho nos estágios que fizemos enquanto estivemos na ESHTE, para que a empresa
saiba que apesar de pouca experiencia, o que fizemos nos 3 estágios foi bem feito, e como tal,
seremos bons mesmo com pouca experiencia. Os Professores têm acesso através dos relatórios
e das entidades.”;
“Ter havido estágios mais diversificados”;
Imagem Institucional:
“Acho que a escola apoia suficientemente a inserção no mercado de trabalho dos seus alunos,
considero é que o mercado de trabalho não procura suficientemente os alunos da escola. O que
a escola poderá fazer é divulgar melhor junto das entidades empregadoras os cursos que
disponibiliza e as competências desenvolvidas nos mesmos.”;
“Melhor comunicação entre a escola e Companhias Hoteleiras Internacionais.”;
29
Vários:
“Penso que a nível de empreendedorismo a escola deveria apoiar mais. Quando eu e os meus
colegas acabamos o curso tínhamos um projecto ligado a eventos que por falta de apoio
acabou por terminar. Os alunos poderiam apresentar as suas ideias e a escola apoiar caso
fossem viáveis.”;
“Formação extracurricular”;
“Integração em projecto escola / empresa”;
“Regulação legislativa da actividade no mercado da Restauração”.
30
7. Evolução da taxa de empregabilidade dos cursos da ESHTE
Tendo em consideração os dados obtidos com o questionário de empregabilidade realizado
em 2011 e comparando com os resultados extraídos do relatório de empregabilidade do ano
de 2008, verifica-se que houve um aumento do desemprego nas licenciaturas leccionadas, à
excepção dos cursos de Gestão do Lazer e Animação Turística e de Produção Alimentar em
Restauração cuja taxa de empregabilidade registou um aumento de 15% e 2%,
respectivamente.
A variação verificada no curso de GLAT, pode ser explicada pelo facto de quando realizado o
estudo da empregabilidade dos cursos da ESHTE em 2008, ainda existirem poucos diplomados
nesta licenciatura, já que o inquérito foi feito aos diplomados da ESHTE até ao ano de 2007
(ano lectivo 2006/2007) e a conclusão das primeiras licenciaturas de GLAT ocorreu em 2006
(ano lectivo 2005/2006), tendo decorrido um espaço de tempo demasiado curto para que
estes se consolidassem profissionalmente.
Gráfico 10 – Taxa de empregabilidade comparativa 2008-2011
31
Assim, analisando a taxa de empregabilidade global dos cursos leccionados verifica-se que
ouve um aumento de 3,6% do número de desempregados entre os diplomados que
responderam ao inquérito. Tal aumento está directamente relacionado com a conjuntura
económica que o país atravessa e situa-se abaixo da taxa de desemprego nacional, já que
segundo os dados do Banco de Portugal, a taxa de desemprego no 3º trimestre de 2008
encontrava-se nos 7,7% e no 3º trimestre de 2011 (últimos dado disponíveis à data da
realização do presente relatório) nos 12,4%, representando um aumento de 4,7% do
desemprego nacional face aos 3,6% de desemprego registado nos diplomados da ESHTE que
responderam ao questionário.
Taxa de Desemprego (%) Trimestre Portugal Área Euro
2008:1º 7,6 7,4
2008:2º 7,3 7,5
2008:3º 7,7 7,6
2008:4º 7,8 8,1
2011:1º 12,4 10,0 2011:2º 12,1 10,0 2011:3º 12,4 10,2
Curso Taxa de
Empregados 2008
Taxa de Empregados
2011
Taxa de Desempregados
2008
Taxa de Desempregados
2011
Variação do nº de
desempregados
DGH 95,8% 86,8% 4,2% 13,2% 9,0%
PAR 91,3% 93,3% 8,7% 6,7% -2,0%
GLAT 81,0% 96,0% 19,0% 4,0% -15,0%
DGOT 93,8% 92,9% 6,3% 7,1% 0,9%
IT 96,6% 93,8% 3,4% 6,3% 2,8%
GT 87,0% 84,2% 13,0% 15,8% 2,7%
TOTAL 93,6% 90,0% 6,4% 10,0% 3,6%
Quadro 25 – Evolução da taxa de desemprego Nacional (Fonte: Banco de Portugal)
Quadro 26 – Evolução da taxa de desemprego dos diplomados da ESHTE que responderam ao questionário
32
8. Considerações Finais
Concluído o estudo geral da empregabilidade dos cursos da ESHTE e aplicando os resultados
obtidos dos respondentes à generalidade dos diplomados da ESHTE, regista-se um declínio do
nº de empregados, que pode ser justificado pelo fenómeno “crise” e pelo próprio aumento do
desemprego a nível nacional. Embora se registe uma degradação das condições de trabalho
desde 2008 (ano em que se aplicou o 1º questionário sobre a empregabilidade dos cursos
leccionados na ESHTE), verifica-se que os cursos superiores da ESHTE continuam a apresentar
taxas de empregabilidade muito positivas (90%). Considerando os resultados obtidos e a
tendência de emprego verificada, podemos concluir que a ESHTE deve recorrer a todos os
meios e serviços ao seu dispor para auxiliar o aluno a integrar-se no mercado de trabalho,
procurando desta forma aumentar, ou pelo menos, manter as taxas de empregabilidade que
se apresentam.
Neste âmbito a Eshtemprego (bolsa de emprego da ESHTE) tem procurado aumentar o nível de
divulgação das ofertas de emprego, tendo desta forma aumentado em aproximadamente
127% as ofertas divulgadas entre 2010 e 2011 (conforme demonstrado no gráfico n.º 11).
Gráfico 11 – Evolução do nº de ofertas divulgadas pela Eshtemprego
33
Embora o aumento das ofertas divulgadas seja uma medida relevante, mantém-se insuficiente,
sendo importante melhorar o nível de satisfação dos respondentes ao questionário, no que ao
apoio da ESHTE na transição e integração no mercado de trabalho diz respeito.
Sugere também que a opinião das entidades empregadoras seja registada e tratada, de forma
a identificar a percepção que estas têm das capacidades técnicas dos diplomados da ESHTE,
contribuindo para o reconhecimento de possíveis falhas e oportunidades de melhoria nos
planos curriculares dos cursos. Esta acção é fundamental para permitir aos diplomados da
ESHTE, melhores hipóteses de diferenciação face a diplomados de outras instituições, indo
desta forma de encontro às necessidades identificadas pelas próprias entidades
empregadores.
34