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ANO 9 • Nº 37 • AGO 2011 SINDICATO DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO PESADA NO ESTADO DE MINAS GERAIS Impresso Especial 9912172627 - DR/MG SICEPOT-MG DEVOLUÇÃO GARANTIDA SICEPOTMG NOTÍCIAS NOVA SEDE Associados deliberam sobre o imóvel da atual sede 11 Obra moderna antecipa construção de ponte sobre o Rio das Velhas 08 e 09 O GÁS DE MINAS Entrevista com o presidente da Gasmig Fuad Noman Pg 07

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ANO 9 • Nº 37 • AGO 2011 SINDICATO DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO PESADA NO ESTADO DE MINAS GERAIS

ImpressoEspecial

9912172627 - DR/MGSICEPOT-MG

DEVOLUÇÃOGARANTIDA

Diretoria do Sindicato recebeu mais de 1200 convidados no Expominas

SICEPOTMGNOTÍCIAS

NOVA SEDEAssociados deliberam sobre o imóvel da atual sede

11

Obra moderna antecipa construção de ponte sobre o Rio das Velhas

08 e 09

O GÁS DE MINAS Entrevista com o presidente da Gasmig Fuad Noman

Pg 07

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PresidenteAlberto José Salum1º Vice-PresidenteAntônio Venâncio Neto

Vice-Presidente dePlanejamento e DesenvolvimentoJoão Jacques Viana VazDiretoresJorge Luiz Libânio Sander

Vice-Presidentes RodoviáriosEmir Cadar Filho André Pentagna Guimarães SalazarDiretoresEdson Fernando Maciel TavaresMarco Aurélio Rocha Sousa Marcos Antônio Delgado

Vice-Presidente de Obras de SaneamentoJosé Orlando Andrade Teixeira JúniorDiretorPaulo Henrique Caramati Manata

Vice-Presidente de Obras UrbanasJarbas Matias dos Reis DiretorCarlos Eduardo Staico de Andrade Santos

Vice-Presidente deObras de Arte EspeciaisJoão Batista Ríspoli Alves DiretorRonaldo Andrade Bichuette

Vice-Presidente deEdificações PúblicasDanilo Miguel CuriDiretorEduardo Luiz Ramos Nascimento

Conselho FiscalEFETIVOS

Antônio Celso Ribeiro Rafael Vasconcelos Moreira da Rocha Eduardo Pinheiro Campos

SUPLENTES

Rômulo Rodrigues Rocha Edmundo Mariano da Costa Lanna Eduardo Pretti Figueiredo Neves

Conselho ConsultivoEX-PRESIDENTES

Herbert EnglerMarcos Villela de Sant’AnnaJosé Guido Figueiredo NevesReynaldo Arthur Ramos FerreiraRoberto Maluf TeixeiraJamil Habib CuriEmir CadarLuiz Augusto de BarrosMarcus Vinícius Salum

MEMBROS

Félix Ricardo Gonçalves Moutinho Helvécio Neves MarinsMárcio Duarte Câmara Marcos Vinício de Paula

Delegados Representantesjunto a FIEMGEFETIVOS

Alberto José Salum Marcus Vinicius SalumSUPLENTES

Luiz Augusto de BarrosEmir Cadar

Diretor ExecutivoMarcelo de Cerqueira Viana

SICEPOTMG NOTÍCIASAssessoria de Comunicação SocialSandra Meirelles FerreiraCoordenação EditorialLélio Fabiano e AssociadosJornalista ResponsávelLélio Fabiano dos Santos MG 01143JP

RedaçãoGisele SerraColaboraçãoJuliana CorrêaProjeto GráficoAVI DesignEditoração EletrônicaAVI Design

ImpressãoPampulha EditoraComitê EditorialJoão Jacques Viana Marcelo CerqueiraJurandir dos SantosSandra M. Polastri Ferreira Marcela PinheiroLélio Fabiano dos Santos Gisele Serra

Uma reflexão necessária

Refleti muito sobre qual tema deveria abordar neste editorial . O país e o mundo estão passando por momentos conturbados no que tange a economia mundial e me indago qual deveria ser a melhor mensagem a ser enviada aos nossos associados.

Posto isso, resolvi destacar três temas principais que devem ser observados com muito cuidado por todos.

Em primeiro lugar, penso que a crise internacional, numa economia globalizada, deve ter no Brasil reflexos mais tênues que no resto do mundo. O país, por estar em momento de crescimento e com fundamentos econômicos mais sólidos, saberá suplantar as dificuldades que por certo virão. Porém, não podemos ignorar que alguma alteração poderá ocorrer em nosso setor, principalmente em relação aos investimentos na infraestrutura.

Outra questão a ser considerada é a necessidade de o setor desenvolver, cada vez mais , programas tocados pelas empresas e entidades, voltados para o desenvolvimento sustentável

e , p r i n c i p a l m e n te , e m a çõ e s d e responsabilidade social, o que permitirá uma melhoria da imagem do setor.

Tivemos no último mês, um ataque feroz e desleal ao setor, generalizando tudo e todos e não tivemos nenhuma entidade nacional para contrapor o que foi dito.

Não aceito a generalização como prática simples e vulgar de catalogar um setor. Em todas as áreas existem os bons e os maus. Há bons e maus políticos, bons e maus empresários, bons e maus advogados, médicos, etc. Isto deve ser trabalhado pelas empresas e entidades, visando participar mais das atividades da sociedade de forma geral.

Por f im, anal isando os balanços, percebo o enfraquecimento de algumas empresas, certamente provocado pelos preços aviltados submetidos ao setor. Penso que, com as questões da economia, a paralisação momentânea na área federal e o açodamento de algumas empresas, o momento é de cautela, pois as crises passam, as empresas permanecem e a sua construção não é feita em um só dia.

ALBERTO JOSÉ SALUM PRESIDENTE DO SICEPOT-MG

EDITORIAL

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SICEPOT-MGRua Santos Barreto, 45Santo AgostinhoCEP 30 170-070Belo Horizonte - Minas GeraisTelefone (31) 2121 [email protected]

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OBRAS NA CIDADE

03

O consórcio formado pelas empresas Mendes Júnior e Andrade Gutierrez será o responsável pelas obras da extensão do Boulevard Arrudas, entre a Avenida Barbacena e Rua Extrema, no Coração Eucarístico, Região Noroeste de Belo Horizonte.

O consórcio estava na disputa com a empresa Galvão Engenharia e venceu a licitação por menor preço. Os investimentos estão orçados em R$ 146 milhões para o trecho de 1,8 km, com previsão de conclusão em 18 meses.

As intervenções para a cobertura do trecho serão: recuperação da laje de fundo, recobrimento da canalização, implantação de canteiro central elevado, demolição e reconstrução dos passeios laterais mais largos, construção de ciclovia, recuperação e ampliação da drenagem pluvial e novas pistas de rolamento. O trabalho de cobertura seguirá o mesmo projeto em toda sua extensão.

Continua a ampliação do Boulevard Arrudas

DANIEL MANSUR

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CONVÊNIO COM ÓTICA

O Sicepot-MG firmou uma parceria com a Ótica Diniz, que dará aos associados descontos na compra de óculos e lentes. Os beneficiários do convênio – associados e funcionários das associadas e seus dependentes – terão desconto de 15% sobre qualquer produto da loja e de 30% em produtos de marcas próprias, em qualquer loja da rede (endereços no site www.oticadiniz.com.br). Para utilizar o desconto, deve-se retirar um cupom no Sindicato, que será entregue mediante solicitação do RH das associadas e comprovação de vínculo com a empresa. O convênio foi firmado para complementar o acesso ao tratamento oftalmológico oferecido pela parceria com a Santa Casa de Belo Horizonte, que presta atendimentos gratuitos para os funcionários das empresas associadas. Informações: Marcela ([email protected] – 31 2121.0435).

INICIAÇÃO À DEGUSTAÇÃO

Os associados ao Sicepot-MG participaram, no dia 8 de junho, do curso de vinho Iniciação à Degustação, no Museu Inimá de Paula, com Gerson Lopes, colunista do jornal Estado de Minas e editor assistente da revista Wine Style. A degustação dos vinhos – espumante, sauvignon blanc e chardonay (brancos) e merlot e cabernet sauvignon (tintos) – foram seguidos de jantar. Os convites foram trocados por cobertores para a campanha de inverno do Sicepot Solidário e doados para creches e asilos cadas-trados no Núcleo Construção e Cidadania.

DETENTOS NAS OBRAS DO MINEIRÃO

A Lei Estadual 18.725, de janeiro deste ano, que prevê até 10% de mão de obra prisional em obras de licitações públicas, já está em funcio-namento nas obras do Mineirão para a Copa de 2014. Até o meio do ano que vem, este número deverá subir para 200, na obra que emprega dois mil trabalhadores. A ação faz parte de Programa Começar de Novo, lançado em 2009 pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), para a reintegração de presos, egressos e cumpridores de penas e medidas alternativas e ado-lescentes em conflito. Além de Belo Horizonte, Brasília, Cuiabá e Salvador também já colocaram o programa em funcionamento.

MINAS PELA PAZ E SICEPOT-MG

O Sicepot-MG e o Instituto Minas pela Paz acabam de firmar uma parceria. O Sindicato é, a partir de agora, sócio contribuinte e ajudará a fortalecer o Instituto, organização da socie-dade civil de interesse público (Oscip), criada a partir da iniciativa da Fiemg, com o objetivo de contribuir com o governo para combater a violência e reduzir a criminalidade no Estado. O primeiro projeto desenvolvido pelo Instituto foi o 181 Disque Denúncia. Muitas iniciativas estão em andamento, principalmente com foco na reinserção social do recuperando ou egresso do sistema prisional. O Instituto está mapeando, a pedido do Sicepot-MG, a mão de obra proveniente do sistema prisional disponível no estado, assim como a questão do treinamento desses trabalhadores.

NOTAS

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EUGÊNIO SÁVIO

ACS ADEMG

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DEBATE

Cada vez mais empresas se unem para a execução de contratos. As justificativas são muitas: aumento na competitividade, complementação de acervo técnico e de pessoal, maior penetração comercial. Para debater sobre o tema, o Sicepot-MG realizou, no dia 30 de maio, o painel Associação para Execução de Obras de Engenharia, no auditório do Sindicato.

Alberto Sogayar, gestor jurídico do Grupo Queiroz Galvão, falou sobre a natureza jurídica e formas de organizações societárias. Explicou que esse tipo de associação nasceu na Idade Média através de acordos entre o rei e a burguesia, que pagava porcentagens para participar de obras nos burgos. O gestor abordou o Consórcio de Empresas, Sociedades de Propósito Específico (SPE) e Sociedade em Conta de Participação (SCP), as particularidades de cada forma de associação, seus aspectos legais, tributários e gestão de contratos.

André Salazar, vice-presidente de Obras Rodoviárias do Sicepot-MG, explica que as associações são muito

comuns no meio, mas que ocorrem dificuldades: “Os problemas enfrentados pelas empresas são muito parecidos. É difícil uma empresa se dar ao luxo de poder executar um grande contrato sozinha. Hoje, quase 70% de nossa receita é proveniente de consórcios e outras formas de associação”.

Os aspectos tributários foram apresentados por Murilo Santiago e Luciana Guedes, assessores jurídicos do Sindicato. Na sequência, o consultor de empresas Paulo Matos abordou

a complexidade da gestão de contratos em consórcio e lançou o livro Gestão de Contratos em Regime de Consórcio.

O livro – segundo o autor Paulo Matos – é um registro da experiência acumulada trabalhando na gestão de contratos em consórcio no Brasil e no exterior, com exemplos principalmente na área de óleo e gás. O livro está dividido em 4 partes: bases conceituais da gestão de recursos; complexidade da gestão de contratos em regime de consórcio; aprendendo com a experiência e sínteses das entrevistas com presidentes de grandes companhias.

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Consórcio é tema de debate no Sicepot-MG

GLADYSTON RODRIGUES

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9ª Copa Sicepot

Em setembro, será realizada a 9º Copa Sicepot de Tênis. Para participar, os jogadores devem contribuir com três cestas básicas ou R$ 120,00, que será revertido em ajuda para as entidades de assistência social assistidas pelo Núcleo Construção e Cidadania e para a Jornada Solidária do Jornal Estado de Minas.

O torneio acontece na academia BH Tennis, no Buritis. Serão 36 duplas divididas em duas chaves de acordo com o nível técnico dos jogadores. No ano passado, foram 24 entidades atendidas com cestas básicas, materiais de limpeza e higiene pessoal, fraldas infantis e geriátricas, alimentos, leite, material de enfermaria e material escolar.

A 9ª Copa Sicepot de Tênis é patrocinada pelas empresas Seguro Pasi e Tracbel e tem o apoio de Arcelor Mittal, Aterpa, Bamaq, Banco Indusval, Berkley International, Brasif, ECX Card, Forlan, Global Adviser, Holcim, Locguel, Mecan, Nicamaqui, 90 TI, Par Corretora, Pottencial, Salum, Sindicer, Sotreq e Vilasa e as parcerias institucionais de AVI Design e Estado de Minas/Jornada Solidária.

Data: 24 de setembroHorário: 8h às 18hLocal: BH TennisInscrição: 3 cestas básicas ou R$ 120,00

de Tênis

06

ESPORTES

Seguro Pasi O Plano de Amparo Social Imediato é um seguro de vida, criado em 1989,

que protege os trabalhadores ativos legalizado, os temporários e terceirizados. Atende a empresas de todos os setores e de qualquer porte, sendo um dos mais reconhecidos do mercado.

TracbelA empresa do mercado de equipamentos industriais, agrícolas e florestais

está no mercado há 42 anos, atuando em 70% do território nacional. Entre as marcas líderes de mercado que são representadas pela Tracbel estão: Volvo Construction Equipment, Michelin, Massey Ferguson, Clark e Tigercat.

Os patrocinadores

Expominas recebe 8º MinasconDe 7 a 9 de setembro, o Expominas

recebe o 8º Minascon - evento unificado do setor de construção, com o tema Desenvolvimento e Sustentabilidade. Paralelamente, será realizada a Feira Construir Minas, que, em sua última edição, teve R$ 80 milhões em geração de negócios.

Entre os debates do encontro, será realizado, pelo terceiro ano, a mesa redonda Soluções Para Cidades – Rumo à Copa 2014, no dia 9, de 9h às 18h, para 400 pessoas. O debate, moderado por Teodomiro Diniz Camargos (presidente da Câmara da Indústria da Construção da Federação

das Indústrias de Minas Gerais), terá a participação do vice-presidente e Obras Rodoviárias do Sicepot-MG, André Salazar.

O Sicepot-MG terá um estande juntamente com o Sinduscon-MG e patrocinará o concurso A Ponte, realizado em todos os dias do evento, no foyer dos auditórios. O concurso reúne estudantes de engenharia e arquitetura que construirão protótipos do tabuleiro de uma ponte com palitos de picolé ligados com cola, que deverão resistir a uma determinada carga crescente, para avaliação do seu desempenho estrutural. A dupla vencedora receberá R$ 1,5 mil.

Participantes do concurso A Ponte deverão construir protótipo de ponte com palitos de picolé

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CAPA

Obra moderna antecipa construção de ponte sobre o Rio das Velhas

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Referência em grandes pontes e viadutos em todo o Brasil, a empresa mineira M. Martins é a responsável pela construção da ponte sobre o Rio das Velhas, na BR-381, km 454, em Sabará. A obra é apontada como uma das mais modernas realizadas no país.

A construção teve início no dia 2 de maio, após a demolição da antiga estrutura que sofreu abalos em abril. Segundo o gestor de contratos da empresa, Fabrício de Castro, estão sendo utilizados recursos modernos durante toda a fabricação. Pela primeira vez em Minas uma ponte de grande porte será construída em apenas seis meses. “O objetivo é que fique pronta até outubro, mas há uma grande expectativa que este prazo seja antecipado”, afirma Fabrício. Ele afirma que, apesar de ter sido construída em caráter de urgência, a obra está sendo realizada no prazo estimado pelo Dnit.

Durante a primeira fase da obra, período utilizado para realizar a fundação no local, a construtora contou com o apoio de um maquinário moderno, capaz de escavar rochas em grande diâmetro. Neste momento, os trabalhos na região eram realizados 24 horas por dia. Já na segunda etapa, 150 funcionários se intercalam e empenham na montagem da estrutura que possui 214 metros de extensão e 16,30 de largura.

O gestor explica que a obra será concluída em pouco tempo devido a vários processos serem realizados simultaneamente. Ele relata que, enquanto a empresa cumpria o processo de fundação, onde dezoito estacas foram concretadas, as vigas metálicas já estavam sendo fabricadas pela Usiminas. Antes mesmo das estruturas serem instaladas, os módulos de lajes eram produzidos no local.

Todo o projeto foi orçado em 29,5 milhões. Valor que inclui a demolição da antiga estrutura, da qual nada se aproveitou, a construção da ponte metálica provisória construída pelo exército, a passarela flutuante para pedestres e a ponte definitiva que comportará o grande fluxo de veículos no local. O planejamento foi elaborado de acordo com as expectativas do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (Dnit), que pretende duplicar a rodovia nos próximos anos.

Assim, a nova ponte será maior e mais larga ao ser comparada com a antiga e ainda contará com uma faixa de acostamento.

A M.Martins faz parte do grupo Aterpa desde 2008. A iniciativa de comprar a empresa mineira teve o objetivo de ampliar a atuação da construtora Aterpa, que investe em diferentes áreas de negócios. Segundo o presidente da instituição Francisco Salazar, a iniciativa de adquirir 100% da M.Martins e 80% da empresa Sonel Engenharia surgiu da necessidade de agregar ao grupo empresas consolidadas na excelência profissional no mercado de construção pesada. O presidente garante que a instituição sempre está à procura de novos investimentos. “A Aterpa busca agregar empresas que atuam no mercado com uma capacidade técnica nobre”, pontua Salazar.

No mercado desde 1951, a administração da Aterpa tem por objetivo ampliar as atividades da instituição que atualmente trabalha na área de infraestrutura urbana, edificações civis e industriais, saneamento, mineração, siderurgia, geração de energia, operações portuárias, administração de rodovias e de redes de água e esgoto em regime de concessão.

Empresa: M MartinsLocalização: km 454 na BR-381Investimento: R$ 29,5 milhõesPrazo de execução: 6 mesesConclusão: OutubroDimensões: 214 metros de extensão x 16,30 de largura

A ponte

Liderança da Aterpa

DIVULGAÇÃO ATERPA

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A confirmação da existência de gás anunciada pelas empresas que exploram o bloco 132 da bacia do São Francisco – Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig), Orteng, Delp e Imetame – é um forte incentivo para a continuidade dos trabalhos de outras grandes empresas que detém concessões na mesma bacia. Esta descoberta estimula os investimentos que vem sendo realizados e planejados pelas empresas Petra, Cemig, Vale, Shell e Cisco, fazendo com que mais estudos sejam realizados e que melhor se possa quantificar as reservas disponíveis na região.

Os dados iniciais divulgados pelo Consórcio Cebasf, Codemig, Orteng, Delp e Imetame – com base no primeiro poço perfurado e uma área inicialmente estudada de 400 km2 – indicam um montante significativo de produção. Só para se ter uma ideia, foram mencionados volumes de produção da ordem de sete a oito milhões de m3/dia, que correspondem a cerca de um quarto do que é importado hoje da Bolívia, através do Gasbol.

Os possíveis usos dependerão das quantidades comercialmente viáveis de exploração. Mas, certamente, antevemos uma entrega para o setor industrial, uma possibilidade de geração de energia e também de entrega para a Gasmig para que as vantagens do energético gás natural possam ser levadas para todos os consumidores de Minas Gerais. Outra possibilidade é a implantação de um pólo industrial na área de influência dos postos. Tudo vai depender do planejamento estratégico do gás, que, com certeza, será desenvolvido pelo Governo do Estado.

ENTREVISTA

Graduado em Ciências Econômicas, Fuad Jorge Noman Filho é o atual Diretor Pre-sidente da Companhia de Gás de Minas Gerais (Gasmig), após atuar nas Secretarias de Estado de Fazenda e de Transportes e Obras Públicas de Minas Gerais, durante o Governo Aécio. Em entrevista, ele fala sobre a existência de gás natural na Bacia do São Francisco e as expectativas de extração e distribuição do produto. Aos associados da Sicepot-MG, Fuad alerta sobre as possíveis parcerias para a implantação do gás residencial em Belo Horizonte e em todo Estado.

Entrevista com o presidente da Gasmig Fuad Noman

A EXPLORAÇÃO DE GÁS EM MINAS GERAIS

Qual a importância do gás encontrado na Bacia do São Francisco para o Estado?

O que representa o volume encontrado (em capacidade e tempo de produção)?

Onde e como será usado?

ENTREVISTA

08

FOTOS: DIVULGAÇÃO GASMIG

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É importante destacar que os investimentos estão acontecendo. Os que estão sendo realizados neste momento referem-se basicamente aos estudos sísmicos, aos estudos ambientais e à perfuração de poços exploratórios – que permitirão desenhar com maior precisão a melhor forma de explorar e produzir o gás natural na bacia do São Francisco. Tanto a iniciativa privada, através das empresas já mencionadas, como o Governo de Minas, através da Cemig e da Codemig, vem contribuindo para que esta indústria tenha um desenvolvimento adequado.

Isso representa um novo ciclo de desenvolvimento. As indústrias passarão a contar com o energético mais limpo, confiável e competitivo, que é o gás natural e, consequentemente, mais indústrias serão atraídas para o Estado. Também as indústrias passarão a poder atender um novo mercado que surge pela instalação de um pólo produtor de gás natural no Estado de Minas Gerais. É um ciclo virtuoso que pretendemos catalisar, com possibilidades de crescimento interessantes para uma região de Minas Gerais que ainda hoje demanda maior atenção e que já está na expectativa destes dias mais promissores.

Existem grandes oportunidades concretas de trabalho para as empresas de infraestrutura. O desenvolvimento da indústria de gás natural pretendido pressupõe a atração de indústrias de maior valor agregado que demandam infraestrutura para seu atendimento. Construção e melhorias nas estradas, reconstrução de muitas cidades, obras de gasodutos ou sistemas de energia certamente farão parte deste novo modelo.

A indústria mineira hoje já atua nos setores de prestação de serviços de geologia e geofísica, de fabricação de peças para sistemas de exploração. Há toda uma cadeira de fornecimento a ser desenvolvida, com possibilidade de parcerias para desenvolvimento das áreas de vocação de Minas: metal-mecânico, automação, softwares, sistemas de tratamento de gás e muitas outras.

09

Como estão os investimentos públicos e privados no setor?

Como e onde as empresas de infraestrutura mineiras podem atuar no trabalho de exploração?

O que isso representa para as indústrias mineiras?

O que representa para as empresas de infraestrutura?

Os processos de licitação de blocos de exploração em áreas produtoras são realizados pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Bicombustíveis (ANP). Estas licitações são realizadas periodicamente. Aquelas que ofertaram blocos na Bacia do São Francisco foram realizadas em 2005 (7ª. Rodada da ANP) e em dezembro de 2008 (10ª. Rodada). Esta foi a última licitação. Já a distribuição de gás natural canalizado em todo o Estado de Minas Gerais é de responsabilidade da Gasmig, empresa que mantém a concessão da distribuição em Minas Gerais.

Concretamente não há ainda um projeto de geração térmica sendo iniciado. Aguardamos a confirmação dos volumes e a geração térmica será uma das formas de escoamento do gás produzido em Minas, com grande potencial de desenvolvimento e integração ao sistema elétrico da Cemig. É uma opção que será devidamente considerada sem prejuízo das alternativas da atração de indústrias que gerem maior valor para economia do Estado, gerem renda e emprego para as regiões envolvidas.

A Gasmig tem planos para iniciar a distribuição do gás residencial em Belo Horizonte e Poços de Caldas, assim como em diversas outras cidades. Para isto, iniciaremos, ainda este ano, a licitação para a implantação do anel sul de Belo Horizonte, que será a nossa rede principal de distribuição do gás residencial. Além disto, estamos trabalhando na implantação de outros gasodutos pelo estado, particularmente o gasoduto para o Triângulo Mineiro, que é a nossa atual prioridade. Para concretizar o projeto de implantação do gás residencial em Minas precisamos ter o apoio de empresas que se habilitem a fazer todo o processo: perfuração, soldagem da tubulação, específicos para gases de alta pressão. Atualmente a Gasmig trabalha em parceria com uma empresa do Paraná – que tem competência para a atividade – porque empresas mineiras não têm qualificação técnica para o serviço. Esta é uma grande oportunidade para que os associados da Sicepot-MG se habilitem para esta atividade que tende a crescer em nossa região. Vale ressaltar que Belo Horizonte é uma das poucas grandes capitais que ainda não possui o gás natural nas residências.

E os projetos de geração de energia através do gás? Algum projeto novo?

ENTREVISTA

Quais são suas prioridades e projetos na direção da Gasmig?

Como são os processos de licitação para a exploração e distribuição?

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COMISSÕES DE TRABALHO

SAÚDE E SEGURANÇA TÊM COMISSÃO NO SICEPOT-MG

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SOFTWARE INTEGRADO DE GESTÃO OCUPACIONAL

Um dos resultados do trabalho da Comissão será a viabilização de acesso a um software integrado de gestão ocupacional para as empresas associadas ao Sindi-cato. O objetivo do programa é gerenciar todo o processo, desde a admissão do empregado até o seu desligamento da empresa, de forma a reduzir os passivos fiscais e trabalhistas, mediante a redução dos riscos de acidentes e doenças

ocupacionais. A busca no mercado de um pro-

grama de gestão integrada surgiu da constatação das dificuldades enfrentadas pelas empresas de pequeno e médio porte, princi-palmente quanto aos altos custos de implantação e gerenciamento dos sistemas. Após uma criteriosa análise dos programas indicados, a Comissão fechou parceria com a SOC - Software Integrado de

Gestão Ocupacional - em face aos custos diferenciados obtidos e a possibilidade de se oferecer um produto já parametrizado. O programa possibilitará à empre-sa contratar uma eficiente ferra-menta para o controle dos riscos ambientais, exames médicos, medidas coletivas de segurança, fornecimento de EPI, assim como na elaboração do PCMAT, PPRA e PCSMO.

coordenado pela engenheira Márcia Batistelle (Vilasa Constru-tora) e para assuntos da Medicina do Trabalho, o coordenador é Dr. Gustavo Nicolai (Mendes Júnior) e o vice-coordenador é Dr. Anderson Leonardo Rodrigues (Fidens). Rodrigues explica que a meta da Comissão é promover o debate em encontros com as empresas associadas sobre temas de relevância e que influenciem diretamente nos resultados das empre-sas: “A expectativa é consolidar cada vez mais a Comissão, transformando em um norte no esclarecimento de dúvidas e condutas de Saúde e Segurança nas atividades de Construção Civil Pesada. Outro objetivo é a edição de um manual sobre as melhores práticas sobre os temas”.

O grupo é aberto à participação de todos os associados e tem a colaboração das assessorias Técnica e Jurídica do SICEPOT-MG. As reuniões acontecem mensalmente na primeira segunda-feira do mês, na sede do Sindicato. Os interessados em participar da Comissão de Saúde e Se-gurança do Trabalho podem entrar em contato pelo email [email protected].

As questões relativas à saúde e segurança do trabalho das empresas da construção receberam especial atenção, desde março do ano passado, com a implantação da Comissão de Saúde e Segurança no Trabalho (CSST) do SICEPOT-MG. Com esse novo grupo de trabalho, o Sindicato abre às asso-ciadas um amplo fórum de análise e debate sobre o tema, focando na constante melhoria na atuação das empresas do setor na avaliação e gestão dos riscos.

A análise da legislação específica, o estudo dos impactos decorrentes dos acidentes de trabalho ou doenças profis-sionais, que vêm gerando o agravamento do passivo traba-lhista e previdenciário das empresas assim como as medidas preventivas e o gerenciamento dos riscos são alguns dos assuntos abordados pelos participantes. O grupo também esclarece dúvidas referentes às atividades nas empresas e sugerem ações em seus diversos níveis, além de pesquisar as atividades do setor, procurando viabilizar soluções relativas às questões debatidas.

Para assuntos de Engenharia de Segurança, o grupo é

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Associados aprovam a alienação da atual sede

Os associados do Sicepot-MG aprovaram, em Assembléia Geral, a dação da atual sede do Sindicato (Rua Santos Barreto, 45, Santo Agostinho) como parte do pagamento para a construção do novo imóvel (Av. Barão Homem de Melo, 3.000, Bairro Estoril). Cento e dezoito empresas compareceram ao Sindicato para a votação.

Dos votantes, 117 aprovaram a dação da atual sede e houve apenas um voto contrário. Na oportunidade, o presidente Alberto Salum apresentou os projetos de construção e explicou como será a sede no Estoril. Os projetos apresentados pelas empresas interessadas estão em análise pelo Sindicato e, em breve, a empresa deverá estar definida.

Paralelamente, O Sicepot-MG contratou a empresa Bettoni para desenvolver o projeto de automação. Luiz Eduardo Corrêa, gerente de Desenvolvimento Imobiliário da Gérance, empresa contratada para o gerenciamento da obra, explica

NOVA SEDE

11

que “a empresa foi a que apresentou a proposta mais com-pleta e adequada, com soluções integradas”. Corrêa também conta que o projeto de automação predial não é somente uma questão de conforto. “O prédio do Sicepot-MG está sendo projetado levando em consideração a sustentabili-dade, com economia de água e energia. A automação está entrando para se somar a isso”, explicou.

Após pequenos ajustes no projeto de arquitetura, reuniões multidisciplinares foram realizadas para a elabo-ração do Projeto Básico de Automação Predial, que está em análise. No projeto estão previstos o monitoramento por câmeras (no estacionamento e entorno do prédio), sensores de incêndio, climatização, controle de acesso dos funcionários através de biometria, sonorização e iluminação. Tudo será integrado por um sistema BMS, de supervisão e controle predial. Apenas o auditório será independente desta central.

FOTOS: EUGÊNIO SÁVIO

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ENCONTRO

84º ENIC será em Belo Horizonte

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O 84º ENIC – Encontro Nacional da Indústria da Construção – será realizado em junho de 2012, em Belo Horizonte. A marca do evento – criada pela agência mineira Filadélfia - foi lançada em São Paulo durante o 83º ENIC, realizado no mês de agosto deste ano.

“A execução de uma marca deve ir muito além de formas e tipografias, deve transmitir visualmente a proposta, o ambiente e os objetivos daquilo que representa. Para compor a marca do 84º ENIC, usamos retângulos em diversos tamanhos, cores e posições. Ao recorrer a esses elementos gráficos, destacamos não apenas a paisagem de Belo Horizonte, mas o que melhor representa o ENIC: construções. Uma cidade é composta das mais diversas cores e tons. E foi uma palheta diversificada que escolhemos para representar de forma inovadora uma cidade moderna e suas formas”, explica o diretor de atendimento da agência, Marcelo Branquinho.

O 84º Enic será promovido pela CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção) e organizado pelo Sicepot-MG e pelo Sinduscon-MG.

“Será um encontro de soluções das mais importantes questões de infraestrutura, saneamento, moradia e tudo mais relacionado a uma das indústrias que mais contribui para o desenvolvimento do país. Nosso setor é gerador de atividade intensiva de mão de obra, de renda e de tributos e, nos últimos anos, tem sido a mola propulsora da retomada do crescimento da nossa economia”.

Luiz Fernando Pires Presidente do Sinduscon-MG

“Faço coro com os companheiros de minha terra, convidando a todos os amigos da CBIC a participarem do evento no próximo ano, quando a hospitalidade e o carinho dos mineiros certamente estarão presentes na organização e condução do mais importante evento do setor promovido pela CBIC”.

Paulo Simão Presidente da CBIC

“Queremos que a hospitalidade mineira venha contribuir nas reflexões que serão feitas no 84º ENIC, maior evento nacional de nosso setor. Tenho a convicção que nossas autoridades estarão atentas ao que aqui for analisado. O crescimento do país está exigindo soluções urgentes em múltiplos parâmetros: desde as reformas políticas, tributárias e trabalhistas até as questões da educação que afetam a capacitação de nossos profissionais, a evolução de nossa tecnologia, a nossa competitividade mundial.”.

Alberto SalumPresidente do Sicepot-MG

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RESPONSABILIDADE SOCIAL

O BASQUETE DA ESPERANÇA DE UMA VIDA MELHOR

Os atletas da equipe de basquete do Clube Ginástico – localizado no alto da Avenida Afonso Pena, região Centro Sul de Belo Horizonte – estão recebendo um reforço nos treinamentos. Desde fevereiro, o Sindicato, através do Núcleo Construção e Cidadania, passou a patrocinar o grupo. A maioria dos atletas é de famílias economicamente carentes e precisa do apoio complementar para continuar a praticar o esporte.

Cerca de 150 alunos (entre oito e 21 anos) estão ma-triculados na equipe e divididos pelas categorias que vão de Escolinha a Juvenil. Recebem acompanhamento físico e psicológico, além de ajuda financeira para transporte e alimentação, parcialmente custeados com patrocínio do Sicepot-MG, de acordo com o presidente do Esporte Clube Ginástico Márcio Tibo.

Kesley de Souza Araújo (20) está na escola de basque-te há um ano e meio e é um dos atletas que recebem a contribuição. Com 2,2 metros de altura, integra a equipe sub 21 e diz que, além do transporte, o clube paga parte do curso de Engenharia Ambiental na universidade Fu-mec. Outro atleta que se destaca no grupo – segundo o gerente esportivo do clube Anderson Ayrolla – é Mateus dos Santos Barbosa (15). O garoto tímido conquistou a admiração de especialistas e foi um dos convocados pela Seleção Mineira sub 15 para participar do Campeonato Brasileiro realizado no início do ano. Em ambos um sonho em comum: ser reconhecido profissionalmente e poder ajudar a família com a remuneração do trabalho.

O projeto surgiu através da iniciativa de alguns jogadores de basquete em meados da década de 40, que sentiram a necessidade de ter um local para treinar. Desde então, jovens garotos, também motivados pela magia esportiva, seguem como integrantes das equipes masculinas do clube. Em toda a história do Ginástico, o grupo acumulou mais de 140 títulos, participou de 230 finais de campeonatos e conquistou o título de campeão Brasileiro na categoria adulto. Dezenas de atletas já foram convocados para a seleção brasileira.

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FOTOS: GUALTER NAVES

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O VALOR DA NOSSA GENTE

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54 anos trabalhando na Barbosa MeloDOM LARA:

Antônio Ferreira, também conhecido como Dom Lara, trabalha desde 1957 na empresa Barbosa Melo, seu primeiro emprego, onde entrou como carpinteiro. Hoje, aos 75 anos, é Encarregado Geral 2, responsável pela montagem e desmontagem de usinas e centrais de britagem, função que exerce há 43 anos.

Desde sua admissão, há 54 anos, Dom Lara passou por várias funções: almoxarife, encarregado de transporte, encarregado de oficina, entre outros. Das obras importantes de que partici-pou, ele destaca a implantação da Usiminas em Ipatinga e da Mercedes Benz em Juiz de Fora. Trabalhou também na Estrada de Ferro Leopoldina, em 1958, como ajudante de feitor no nivelamento de linha.

Dom Lara fala com orgulho sobre a profissão e a evolução da construção: “os equipamentos mudaram muito, eram todos impor-tados e hoje são muito mais seguros. Antigamente montar uma usina levava cerca de três meses. Hoje, fazemos o mesmo serviço

com a metade do tempo”. Conta que tiveram de improvisar uma proteção para os volantes e correias de um britador de mandíbula, após um acidente. Hoje, o equipamento já vem com o item de segurança de fábrica.

Sr. Antônio é natural de Teixeiras (Zona da Mata). Já esteve em Alagoas, no Pará e em muitos outros lugares que diz não se lembrar mais. As cidades onde morou por mais tempo foram Curitiba e Governador Valadares. Dom Lara tem sete filhos – seis do primeiro casamento e um do segundo. Fala com emoção que a família sempre o acompanhou em suas andanças pelo Brasil.

Dom Lara explica a paixão pelo que faz: “Nunca gostei de escri-tório. Não tenho paciência. Gosto de trabalho de campo, de coisas com princípio, meio e fim”. E embora tenha se cansado um pouco das viagens constantes só se surpreende com ele mesmo: “A única coisa que me surpreendeu até hoje foi achar que viveria 60 anos. Já estou com 75. Serviço não mata ninguém!”

A história de Dom Lara faz parte da campanha de valorização dos empregados da construção pesada do Sicepot-MG. Para enviar sugestões de matérias, história de algum funcionário de sua empresa, mande email para [email protected] ou ligue 2121.0436.

FOTOS: GUALTER NAVES

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PESSOAS E CONHECIMENTO: PILARES DA PRODUTIVIDADE E DO SUCESSO NOS NEGÓCIOS.

Na era da informação o conhecimento torna-se, cada vez mais, um ativo organizacional importante, pois a modernização das empresas e os avanços tecnológicos demandam dos funcionários maior escolaridade e rapidez na aprendizagem de novos procedimentos. Como os bons profissionais são escassos, os maiores desafios da empresa são motivar e reter as pessoas talentosas, assegurando o comprometimento e o espírito de equipe.

A valorização dos talentos internos inicia-se no processo de recrutamento e seleção. É preciso utilizar metodologias que permitam identificar, além da experiência e dos conhecimentos do candidato, quais são suas crenças e seus valores, seu temperamento e posturas, uma vez que profissionais emocionalmente equilibrados, além de mais produtivos, contribuem para melhorar o clima de trabalho e para a melhoria constante da qualidade dos produtos e serviços.

Especialmente na escolha de profissionais para as funções de liderança, cabem cuidados na seleção. Uma vez admitido, o gestor influenciará a qualidade de vida dos membros da sua equipe e seu estilo de gerenciamento afetará os resultados do seu setor de atuação e da empresa como um todo.

Os esforços de t re inamento e desenvolvimento são investimentos essenciais e contínuos, uma vez que o mundo em transformação requer aprendizagem continuada. Na última década o número de empresas brasileiras que investiu em aperfeiçoamento corporativo cresceu 40 vezes, de acordo com pesquisa da Faculdade de Economia da Universidade de São Paulo, com um gasto médio anual de R$ 11 milhões.

A aprendizagem em grupo é cada vez mais incentivada. A empresa que cria ambiente de compartilhamento de boas práticas e incentiva a parceria entre colegas, potencializa a capacidade de resposta das pessoas.

Líderes requerem, em especial, atenção e apoio por parte da empresa. Liderar é um dos maiores desafios e a função gerencial provoca estresse e afeta a qualidade de vida dos gestores. Cabe à empresa manter programas de Desenvolvimento Gerencial, que, indo além do repasse de informações, contribuem no desenvolvimento das competências essenciais no que se refere à gestão de pessoas e de processos.

Os líderes nem sempre são preparados para tratar os conflitos, orientar o desempenho, criticar de forma educativa e receber criticas sem defensividade. A mudança de comportamento e a atuação focada nos valores da empresa decorrem de habilidades de natureza comportamental e exigem tempo.

É preciso, ainda, ressaltar a crucial necessidade da pesquisa e do monitoramento do clima organizacional, identificando os fatores humanos, estratégicos e materiais que afetam a motivação e o comprometimento. Conhecendo o que motiva e o que desmotiva seus colaboradores, a empresa pode aprimorar suas políticas de recursos humanos, melhorar as instalações físicas que prejudicam a execução ou afetam a saúde e a segurança no trabalho. Pode, ainda, capacitar os gestores e incentivar o espírito de equipe, realizando treinamentos e desenvolvendo sistematicamente ações motivacionais.

O esforço e o empenho precisam ser reconhecidos. E o reconhecimento se faz

tanto pelo agradecimento quanto pelos gestos de atenção e cuidado com as pessoas. O cumprimento pelo aniversário, pela aprovação no vestibular, o café da manhã com o gerente, o convite a familiares para conhecerem o local de trabalho, o investimento na saúde e na segurança do trabalhador não são mais benéficos. São deveres de quem contrata.

Sem dúvida erros precisam ser identificados e corrigidos, mas é relevante pontuar que os problemas de desempenho requerem conversa franca, educada e aberta. O feedback de desempenho é a mais efetiva ferramenta para analisar os progressos, estabelecendo planos de contingência para lidar com situações novas e fatos inesperados.

Afinal, empresários e gestores dependem dos seus colaboradores para obterem resultados e sabem que a empresa somente sobrevive e prospera se existir sinergia e colaboração de seus times. São as pessoas que tomam decisões e realizam as ações, atendem os clientes, fazem os produtos e entregam serviços. Certamente, não é mais preciso reafirmar que pessoas são os ativos. Nós todos sabemos disso.

Edina Bom Sucesso é psicóloga e consultora de empresas.

[email protected]

*Edina Bom Sucesso

ARTIGO

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