o vila mariana - ed. 4

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Segundo o Estado, mais ciclistas, mais acidentes enquanto a Prefeitura estimula “Bike Sampa” OV ILA M ARIANA SÃO PAULO, AGOSTO DE 2012 WWW.OVILAMARIANA.COM.BR ANO I EDIÇÃO N 4 FRANCISCO RIO MICELI Fundador em 1937 Texto na Pagina 4 O Instituto Biológico de São Paulo abriga um cafezal em nosso bairro EX BIRMANIA: objeto de pesquisa fotografica de Zare Ferragi, professor de Relações Internacio- nais da ESPM Texto página 15 PRODUTOS ORGANICOS A importancia de seu uso na alimentação diaria da população brasileira. Alguns dados escla- recedores até agora desconhecidos. Entre as duas posições, qua- se antagonicas, o melhor seria criar mais ciclovias e corredores ou ruas espe- ciais para acolher o transi- to dos que usam a bicicleta para o seu trabalho diário. A última palavra, pois deve ser dada por uma comis- são que reuna especialistas em transito do Governo do Estado, da Prefeitura e da Universidade de São Paulo. A população aguarda uma solução que atenda auto- moveis, motos e bicicletas. Em pleno 3º Milenio, a ca- pital paulista pode se orgu- lhar de manter em pleno funcionamento, graças aos cientistas do Instituto Bio- lógico, um cafezal produti- vo do melhor nível em Vila Mariana. Trata-se sem dúvi- da, de uma homenagem ao que representou no passado - e por que não no presen- te - o café para a economia brasileira, justamente deno- minado de Ouro Verde. Aspecto do cafezal e ao fundo a sede do Instituto Biológico Texto página 5 Texto página 12 Tenis Clube Paulista

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O Vila Mariana - Edição 4

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Page 1: O Vila Mariana - Ed. 4

Segundo o Estado, mais ciclistas, mais acidentes enquanto a Prefeitura estimula “Bike Sampa”

O VILA MARIANASÃO PAULO, AGOSTO DE 2012WWW.OVILAMARIANA.COM.BR ANO IEDIÇÃO N 4

FRANCISCO RIO MICELI

Fundador em 1937

Texto na Pagina 4

O Instituto Biológico de São Paulo abriga um cafezal em nosso bairro

EX BIRMANIA: objeto de pesquisa fotografica de Zare

Ferragi, professor de Relações Internacio-

nais da ESPMTexto página 15

PRODUTOS ORGANICOS

A importancia de seu uso na alimentação diaria da população

brasileira.Alguns dados escla-recedores até agora

desconhecidos.

Entre as duas posições, qua-se antagonicas, o melhor seria criar mais ciclovias e corredores ou ruas espe-ciais para acolher o transi-to dos que usam a bicicleta para o seu trabalho diário. A última palavra, pois deve ser dada por uma comis-são que reuna especialistas em transito do Governo do Estado, da Prefeitura e da Universidade de São Paulo. A população aguarda uma solução que atenda auto-moveis, motos e bicicletas.

Em pleno 3º Milenio, a ca-pital paulista pode se orgu-lhar de manter em pleno funcionamento, graças aos cientistas do Instituto Bio-lógico, um cafezal produti-vo do melhor nível em Vila Mariana. Trata-se sem dúvi-da, de uma homenagem ao que representou no passado - e por que não no presen-te - o café para a economia brasileira, justamente deno-minado de Ouro Verde.

Aspecto do cafezal e ao fundo a sede do Instituto Biológico Texto página 5

Texto página 12

Tenis Clube Paulista

Page 2: O Vila Mariana - Ed. 4

2O VILA MARIANA - AGOSTO 2012

Diretor

Heber Micelli Jr.

Departamento comercial

Heber Micelli Jr.

Direção de arte

Cristiano Cocian Chiosea

Revisor

João Soares

Colaboradores deste número

Adriana Guimarães Bruno Alves

Cristiane CraveiroEmanuel von Lauenstein MassaraniEstela Mª Bulgarelli Penna Chiosea

João SoaresMaria Clara Carvalho

Marilia CostaMarilia Martins

Mario Macedo SilvaVicente Miceli

Impressão OESP GráficaTiragem: 7.000 exemplares

telefone (11) 99829-7229

(11) 4999-5543e-mail

[email protected]

Publicação mensal

As opinões e o conteúdo emitidos nas matérias assinadas são de responsabilidade

do autor, assim como o conteúdo dos anúncios é dos anunciantes.

EXPEDIENTE

EDITORIAL

A palavra do leitor

Telefones úteisSub-Prefeitura de Vila Mariana

Delegacia 16º D.P.

Polícia Militar 3ª Cia - 12º BPM-M

Disque Denuncia (Sigilo Absoluto) Corpo de Bombeiros Defesa Civil Polícia Civil Polícia Militar Pronto-Socorro Inspetoria Regional de Vila Mariana

Central de telecomunicações da GCM

5577-3949

5571-0133

5573-7786

181

193

199

147

190

192

5539.0897 ou5086.0711

3266.5104 ou 3262.2237

O VILA MARIANA

Vista aérea do tradicional Colégio Arquidiocesano em 1954, na Rua Domingos de Morais. (Foto do Arquivo Ralph M. Giesbrecht)

Ontem

Fachada do Colégio Arquidiocesano, em foto tirada no ano 2000, cercado de arranha-céus no bairro de Vila Mariana.

Hoje

Após ler a reportagem sobre a Praça Oswaldo Cruz no 3º número do Jornal O Vila Mariana, o leitor Antonio ....... nos enviou um e-mail cujo conteudo agradecemos pela oportunidade pois complementa com novas informações: “Complementando o que diz o leitor sobre a Pra-ça Oswaldo Cruz seria interessante acrescentar que a Praça está bastan-te danificada e segundo

a Prefeitura o chafariz foi desligado devido ao pro-blema da proliferação do vírus da Dengue”.

E prossegue: “Havia uma torneira no local que foi desligada porque os mora-dores de rua se levavam no local e penduravam suas roupas nos bancos laterais e carroceiros estacionavam seus “veículos” no espaço. Soube que já existem estu-dos para tirar a estátua do Índio e colocar no local uma

escultura de uma artista plástica. O certo mesmo seria o busto do eminente médico sanitarista. Completando a situação ha engraxates que “guar-dam “seus pertences jun-to às paredes dos prédios vizinhos. O dos Correios está com suas paredes pi-chadas. À noite não exis-te iluminação e os totens da CET recentemente pintados já foram picha-dos e o verde não mais existe”.

A proposito da praça Oswaldo Cruz

Senhor Redator,

Sou estudante de Enge-nharia Civil e como espor-tista grande admirador do ciclismo.

Acabo de ler no Diario Oficial do Estado de 11 de julho último, um alerta da Secretária de Saúde sob o título, “Mais ciclistas, mais acidentes” e um artigo na Internet sobre a iniciativa da Prefeitura de São Paulo, em parceria com o Banco Itaú referente ao projeto “Bike Sampa”.

As duas notícias me dei-xam profundamente preocupado, pois o Go-vernador do Estado tem divulgado a respeito da in-tegração bicicleta ao metro enquanto que especialista da saúde sugere “para não colocar a vida de quem pe-dala em risco, sobre tudo no transito paulistano”.

Enfim, seria oportuno de-finir de uma vez os espa-ços destinados aos ciclis-tas, aos automoveis e às motocicletas.

Mário Macedo Silva

Universitario

Após ler a reportagem sobre a Praça Oswaldo Cruz no 3º número do Jornal O Vila Mariana, o leitor Antonio ....... nos enviou um e-mail cujo conteudo agradecemos pela oportunidade pois complementa com novas informações:

“Complementando o que diz o leitor sobre a Pra-ça Oswaldo Cruz seria interessante acrescentar que a Praça está bastan-te danificada e segundo

a Prefeitura o chafariz foi desligado devido ao pro-blema da proliferação do vírus da Dengue”.

E prossegue: “Havia uma torneira no local que foi desligada porque os mora-dores de rua se levavam no local e penduravam suas roupas nos bancos laterais e carroceiros estacionavam seus “veículos” no espaço.

Soube que já existem estu-dos para tirar a estátua do Índio e colocar no local uma

escultura de uma artista plástica. O certo mesmo seria o busto do eminente médico sanitarista.

Completando a situação ha engraxates que “guar-dam “seus pertences jun-to às paredes dos prédios vizinhos. O dos Correios está com suas paredes pi-chadas. À noite não exis-te iluminação e os totens da CET recentemente pintados já foram picha-dos e o verde não mais existe”.

A proposito da praça Oswaldo Cruz

Ciclistas circulando ao redor do Parque Ibirapuera

O Editor

Page 3: O Vila Mariana - Ed. 4

O VILA MARIANA - AGOSTO 20123DIVERSOS

Crônica do mês

O VILA MARIANA

O JORNAL DE SEU BAIRRO

Acredite sempre em si mesmo, pois assim vencerá. Quando o desânimo chegar de-vemos ver tudo o que fizemos de bom e o que se passou de mara-vilhoso em nossa vida.

Quando se é pessimis-ta, se é negativo, por-tanto devemos insistir e acreditar que os dias bons estão chegando.

Olhemos para tudo o que é bom e belo e as-sim tiremos de dentro de nós a energia que nos faz felizes buscan-do tudo o que é amor.

Preenchendo a nossa vida de luz, esta luz des-truirá os nossos medos e erros. E assim conse-guiremos seguir adian-te mesmo que seja por entre lágrimas, mas se-guimos e vencemos!

Eventos no bairro Façamos tudo com amor, pois o amor é uma benção2 de agosto - Curso de laboratório de fotografia

Museu Lasar Segall

4 de agosto - Documentários sobre a história do cinema marginal e a Boca do Lixo, Curtas na Cinemateca

6 de agosto - Curso Básico de Fotografia Criativa - Oficina de iniciação de gravura em metal

8 de agosto - Grupo de Estudos de Litografia Museu Lasar Segall

8 e 11 de agosto - Ateliê Livre de técnicas de gravura em metal, litografia e xilogravura

10 de agosto a 07 de dezembro - Oficina de ini ciação em xilogravura

21 e 22 de agosto - Cursos de Iniciação ao Texto Literário no Museu Lasar Segall

Trabalhemos constante-mente e mantenhamos sempre a nossa mente em movimento. Toda a realização é conseguida através do esforço.

Não deixemos que a tristeza do nosso cora-ção nos gele, pois o co-ração é o amor que Deus nos ensinou.

Devemos acreditar sem-pre, e assim conhecer a cada dia a luz da fé e do amor dentro de nós.

Façamos tudo com amor, pois o amor é uma benção.

Não deixemos os de-sequilibrados destruí-rem o nosso trabalho e nem apagarem a nossa esperança.

Quando alguém nos ma-chucar, tenhamos ciência

que este irmão está do-ente e o nosso silencio é a melhor medicação.

Perdoemos e acredite-mos naqueles que não tem mais crédito ensi-nando a eles o melhor caminho.

Ninguém deve ser me-nosprezado. Caminhe-mos sempre com fé e com amor.

Não devemos contar vantagens nem falar dos nossos fracassos. Deve-mos aprender que tudo o que fazemos e criamos é para a nossa felicidade.

Somos todos uma gran-de família. Que bom se a humanidade conse-guisse enxergar que nós somos uma só família.

Marilia Martins

(011) 99829-7229(011) 4999-5543

ANUNCIE EM

Page 4: O Vila Mariana - Ed. 4

4O VILA MARIANA - AGOSTO 2012 REPORTAGEM

Duas posições opostas mas ambas em beneficio da população

Segundo o Estado, mais ciclistas, mais acidentes enquanto a Prefeitura estimula “Bike Sampa”

Diário Ofi cial Poder Executivo - Seção III – São Paulo, 122 (128) quarta-feira, 11 de julho de 2012

Geraldo Alckmin - Governador

Volume 122 • Número 128 • São Paulo, quarta-feira, 11 de julho de 2012 www.imprensaoficial.com.br

Mais ciclistas, mais acidentes

Com o aumento do número

de ciclistas nas ruas,

cresce também o índice de

acidentes. Saiba como não

fazer parte dessa estatística

cada dia, no Estado de São Paulo, nove ciclistas são internados em hospitais públicos, vítimas de aci-dentes de trânsito. E pelo menos um deles morre. A Secretaria de Estado da Saúde informa que, no ano passado, 3,4 mil pessoas fo -ram internadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) paulista, gerando custo de R$ 3,25 milhões à admi-nistração estadual.

�������������������������������������������� ��������������������������������������������������������������������������������no trânsito��������������������������������������������������� ����������������������������������������������������� ������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������ ��������������������� ������autorização, a calçada deve ser sinalizada�� �­����������� ��� ���������� �� ��������� �� �­���������� ������������ ������������� ��� ���������� �� ���������� ���� ����� ����qualidade. É obrigatório o uso de refletivos nos pedais, laterais, dianteira e traseira da bicicleta. Recomenda-se o uso de roupas

claras e acessórios refletivos para facilitar a visibilidade por parte dos motoristas����� ���������������������������������������������������������parados no ‘corredor’ formado entre carros e a borda da pista, mas o ciclista deve saber que, agindo assim, se expõe a risco de acidente������������������������������­���� �������������������������������sinalizar e sair do bordo direito da pista, evitando, assim, ser corta-do pelos carros que vão virar à direita�� ��������������� ��� ���� ����� �� ��������������� ­��� �� ��������� ������������� �� ������ ���� ������� �������� ��� ���� ����� ���������������������������������������������������������������������� ������como veículo (não motorizado), deve se respeitar a sinalização da via

Adesão ao Saresp encerra no dia 22

“Muitas vezes, os ciclistas são atingidos por automóveis ou por ônibus, o que torna co -mum a ocorrência de politrau-matismo”, diz o doutor Jorge dos Santos Silva, chefe do gru-��� ��� ������� ����������� ���

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mento cirúrgico e pouca probabilidade de sequelas”.�� ������� �� ����� ­��� ��� ��� ���

lesões mais frequentes são os traumatis-mos cranianos e da coluna vertebral, dos ossos do antebraço, do fêmur e da tíbia. �������������������������������������

deu 66 ciclistas acidentados no trânsito, oito dos quais necessitaram de interna-ção para tratamento da fratura. No ano seguinte, o hospital notificou 58 pacientes ������������������������������������ �����

2012, ocorreram nove internações. Esse ����������������������­������������������

deste ano tivemos quase o mesmo número de internações que no ano passado intei-���� ��� ������ ��������� ���­���  �� �����

gente pedalando e, consequentemente, mais ocorrências”.

Parques e ciclovias – Na sua opi-nião, os acidentes ocorrem por causa da pouca estrutura na cidade de São Paulo para utilização da bicicleta como alternativa de transporte. Ele explica que o acidente acon-tece porque o motorista não vê o ciclista, que se desequilibra diante de situação perigosa e tem pouca capacidade de se proteger. ������� ��������� ���������� ����������

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“Para não colocar a vida de quem pedala em risco, recomendo não usar a bike no trânsito de São Paulo. É uma opção segu-ra de lazer em cidades menores, parques públicos e em ciclovias instaladas na capital, aos domingos”.

Viviane Gomes

Da Agência Imprensa Oficial e da Assessoria de

Imprensa da Secretaria da Saúde

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(Fonte Companhia de Engenharia de Tráfego – CET)

Não seja a próxima vítima

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Especialista do HC recomenda não usar a bike no trânsito, mas “sim em parques públicos e em ciclovias”

Enquanto o Governador Geraldo Alkimim ressalta, em diversas oportunida-des, a integração da bici-cleta ao Metro, o Diário Oficial do Estado em sua edição de 11 de julho ulti-mo traz a manchete “Mais ciclistas, mais acidentes”.

Segundo um especialista da Secretaria da Saúde é reco-mendável não usar a “bike” no transito de São Paulo, para não colocar a vida de quem pedala em risco, pois trata-se de uma opção se-gura de lazer em cidades menores, parques públicos e em ciclovias instaladas na capital aos domingos.Por outro lado, o prefeito Gilberto Cassab que pro-meteu construir durante sua gestão 100 quilômetros

Segundo Fabrizio Haas, representante da Samba Transportes Sustentáveis “O projeto foi desenvol-vido em termo de coope-ração no qual a prefeitura permite a exposição da marca desde que a empresa ofereça um beneficio à ci-dade. É algo muito utiliza-do hoje em várias cidades”.

Com relação as bicicletas laranjas que podem ser vis-tas em varios pontos elas ficam a disposição dos usu-ários todos os dias da sema-

na de 06 ás 22 horas, e para usar o sistema comparti-lhado, é preciso preencher um cadastro pela internet. A bicicleta pode ser usada por 30 minutos ininterrup-tos e quantas vezes por dia o usuário desejar.

O “Bike Sampa” é uma ini-ciativa semelhante ao “Bike Rio” que começou em fins de 2011 e já conta com cerca de 70 mil usuários cadastra-dos em mais de 600 mil via-gens já realizadas.

O que é “Bike Sampa”

Mil bikes até novembro

e 3.000 até 2013

de ciclovias na cidade, há meio ano do fim de seu mandato, somente pode entregar 18 quilômetros.

Paralelamente, em parce-ria com o Banco Itaú lan-çou o projeto “Bike Sam-pa” que deverá espalhar cerca de 3 mil bicicletas em diversas regiões da capital paulista até 2014. Vale sa-lientar que a Vila Mariana foi o primeiro bairro a ser aquinhoado como projeto junto às estações do Metro.

No final das contas, a pre-ocupação da Secretaria da Saúde é oportuna tendo em vista o caótico transito de nossa capital, onde o excesso de veículos, a imprudência dos condutores ou o mala-barismo dos motoqueiros tem provocado milhares de mortes anualmente.

Na Europa, e de modo es-pecial na Holanda onde até mesmo a Rainha Margre-ta a usa na capital Haia, o numero de ciclistas chega á concorrenciar o de auto-móveis. Tanto uns quanto os outros se respeitam e o transito flui normalmente.

Estamos no Brasil e sobre-tudo numa região metro-politana de mais de 20 mi-lhões de habitantes. Não há portanto como incentivar o uso de bicicletas num tran-sito como o nosso.

Por enquanto só podemos estimular seu uso para fins esportivos e de saude em ciclovias apropriadas e nos parques públicos também em pistas próprias.

Segundo informações ob-tidas junto ao Metro, a capital vai contar com mil bicicletas para empréstimo até novembro. A previsão é de que até 2013 sejam inaugurados 3.000 novos postos de empréstimo em toda São Paulo.

As aréas escolhidas fica-ram próximas das estações

das linhas azul, verde e amarela do Metro e da li-nha esmeralda da CPTM.

Viagens de até 30 minutos são gratuitas apartir dis-so são cobrados R$ 5,00 a cada meia hora, sendo que para obter o empréstimo, o usuário deve fazer o cadas-tro no site

www.bike-sampa.com.br

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Para saber mais acesse: www.hedoniste.com.br

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Page 5: O Vila Mariana - Ed. 4

O VILA MARIANA - AGOSTO 20125REPORTAGEM

Centro de referência internacional em sanidade vegetal e animal

Mantido pelo Instituto Biológico,Vila Mariana hospeda um cafezal exemplar em centro urbano

Desde o início do sécu-lo 20, o ideal de muitos aristocratas paulistas era a criação de um órgão que cuidasse da sanidade da ri-queza vegetal do Estado de São Paulo, o café. Em maio de 1924 apareceu uma pra-ga nos cafezais paulistas, a broca, que pegou despre-venida a administração pública. Isso mostrou a necessidade da criação de uma organização fitossani-tária permanente.

Em 1928 iniciou-se a construção da atual sede, localizada no bairro de Vila Mariana, na capital. Naquela época, a área do Biológico era muito maior que a atual. Toda a área que ficava além da atu-al avenida 23 de Maio foi cedida para a construção do parque do Ibirapuera, para a comemoração do 4º Centenário de São Paulo.

Finalmente inaugurado em 1945, o prédio é sím-bolo de um grande com-bate que atravessou as re-voluções de 1930 e 1932

O público que visitar o Instituto Biológico poderá conhecer o único Jardim Zoológico de insetos do Brasil. Informaçoes e visi-tas pelo site:www.biologico.sp.gov.br

ou pelos telefones:

2613-9500 / 2613-9400

A exposição chamada “Planeta inseto”, procu-ra mostrar a importancia desses animais para a vida humana e os visitantes po-dem presenciar uma corri-da de baratas e fatos sobre pragas urbanas.

85 anos de importantes

pesquisas cientificas

Visitação pública

Alunos de escola primaria em visita ao Biológico

Vista do cafezal do Instituto Biológico de São Paulo, no coração de Vila Mariana

Vinculado à Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento, o Institu-to Biológico foi criado em

lógico (IB) é desenvolver e transferir conhecimen-to científico e tecnológico para o negócio agrícola nas áreas de sanidade animal e vegetal. Sua meta é consoli-dar-se, até 2020, como um centro de referência em ex-celência técnico-científico nas áreas de sanidade ani-mal e vegetal, comprometi-do com o desenvolvimento sustentável.

O IB mantém sete unidades de pesquisa, com centros que tratam da Sanidade Animal, Sanidade Vegetal, Proteção Ambiental, Pes-quisa Tecnológica do Agro-negócio Avícola (na cidade de Descalvado), Experimen-tal Central do Instituto Bio-lógico (em Campinas), e as unidades de Pesquisa e De-senvolvimento, em Bastos, e a Laboratorial de Referência em Pragas Urbanas.

O Biológico possui em sua sede um Centro de Me-mória com mais de 340 mil documentos que preservam

a história da sanidade agro-pecuária paulista.

A instituição realiza, em média, 540 diagnósti-cos nas áreas de sanidade animal, sanidade vegetal e monitoramento am-biental. Esses exames são feitos por um dos três la-boratórios no Brasil cre-denciados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

1927, com o nome de Ins-tituto Biológico de Defesa Agrícola e Animal. É um dos institutos de pesqui-sa vinculados à Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta).

A missão do Instituto Bio-

e o golpe de 1937, quando a construção serviu, entre outras coisas, de alojamento de soldados. O edifício prin-cipal, com sua característica cor rosa, foi projetado pelo arquiteto Mário Whately, no estilo art déco, e na sua construção forem usados materiais requintados.

Na década de 90, o “Jornal Villa Marianna” propu-nha o tombamento do Ins-tituto Biológico e somente uma década depois, em 2002, o seu Conjunto Ar-quitetônico foi tombado pelo Condephaat.

Page 6: O Vila Mariana - Ed. 4

6O VILA MARIANA - AGOSTO 2012 O BAIRRO

Hoje um centro cultural de grande importância

Revitalizado pela Prefeitura o Largo Senador Raul Cardoso

Antigo Matadouro Municipal de São Paulo abriga a maior Cinemateca Brasileira

Em parceria com a CET – Companhia de Engenharia de Tráfego e SPUA – Supe-rintendência das Usinas de Asfalto, a Coordenadoria de Projetos e Obras da Sub-prefeitura de Vila Mariana, concluiu a obra de revita-lização do Largo Senador Raul Cardoso, em Vila Ma-riana bem em frente a Cine-mateca Brasileira.A obra contemplou a exe-cução de 1 .146 metros quadrados de passeio to-talmente novo, intertrava-do, com alargamento de calçada, uma readaquação do traçado geométrico, vagas de estacionamento para idosos e pessoas com mobilidade reduzida.

Foram feitas ainda faixas demarcatórias de estacio-namento à 45º e uma lom-bofaixa redutora de veloci-dade em frente à entrada principal da Cinemateca.

Para contentamento dos fre-quentadores daquele espaço, foram instalados também 4

A Cinemateca Brasileira surgiu a partir da criação do Clube de Cinema de São Paulo, em 1940. Seus fundadores eram jovens estudantes do curso de Filosofia da USP, entre eles, Paulo Emilio Salles Gomes, Decio de Almeida Prado e Antonio Candido de Mello e Souza.

O Clube foi fechado pela polícia do Estado Novo. Após várias tentativas de se organizarem cineclubes, foi inaugurado, em 1946, o segundo Clube de Cinema de São Paulo.

Seu acervo de filmes consti-tuiu a Filmoteca do Museu de Arte Moderna, que viria a se tornar uma das primei-ras instituições de arquivos de filmes a se filiar à FIAF - Fédération Internationale des Archives du Film (www.fiafnet.org), em 1948.

Em 1984, a Cinemateca foi incorporada ao governo federal como um órgão do então Ministério de Edu-

cação e Cultura (MEC) e hoje está ligada à Secreta-ria do Audiovisual.

A mudança da sede para o espaço do antigo Mata-douro Municipal, cedido pela Prefeitura da cidade, ocorreu a partir de 1992. Seus edifícios históricos, inaugurados no século XIX, foram tombados pelo Condephaat – Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Ar-queológico e Turístico do Estado de São Paulo, e res-taurados pela entidade.

Desde 1978, a Cinemate-ca Brasileira possui um

Laboratório de Restau-ração devidamente equi-pado que foi reconheci-do pela FIAF como um exemplo para as cinema-tecas latino-americanas.

Entre as suas atividades permanentes está a restau-ração de filmes do acervo em estado avançado de de-terioração, a transferência de materiais em suporte de nitrato de celulose para suporte de segurança (po-liéster) e a confecção de cópias (matrizes ou repro-duções para empréstimo).

O que diferencia o Labo-ratório de Restauração da

Cinemateca Brasileira dos demais são equipamentos como o copiador óptico, capaz de processar filmes 35 mm com até 4% de encolhimento, a mesa de comparação com 4 pistas e a moviola-telecine para filmes 35 e 16 mm que, ao contrário de copiadores normais, faz projeção de filmes em estado de alta deterioração. É também um dos poucos que faz controle sensitométrico de cópias em 35 e 16 mm.

Projetos atuais

postes de iluminação com 4 pétalas cada.

Além de cuidar da recu-peração de materiais do acervo da Cinemateca Brasileira, o Laboratório de Restauração também está envolvido em projetos externos, que são fruto de parcerias com produtores e pesquisadores

Alem da restauração digi-tal da filmografia de Joa-quim Pedro de Andrade, a Cinemateca Brasileira, em

parceria com a produtora Filmes do Serro concluiu a restauração de Macuna-íma (1969).

Coopera também para a restauração do acervo Glauber Rocha sobretudo nos longas-metragens Bar-ravento e A idade da terra e na confecção de cópias e matrizes de preservação de nove títulos da produtora carioca Cinédia.

Faxada principal da Cinemateca Brasileira

O VILA MARIANA - AGOSTO 20127

Acervo geral, especializado em temas artísticos e culturais

Trabalhos raros e interes-santes de cantores de di-versas épocas, e dos mais variados gêneros musi-cais, além de nomes de todas as cenas culturais e artísticas independentes, pouco conhecidos pela grande massa, fazem parte do acervo do Itaú Cultural. Ele é disponi-bilizado gratuitamente para o público em seu Centro de Documenta-ção e Referência (CDR). O acervo geral, especia-lizado em temas artísti-cos e culturais do Brasil, apresenta 56.885 mil tí-tulos. Deste total, desta-

cam 12.333 livros; 12.539 catálogos de arte; 4.076 tí-tulos de vídeo (dvd + vhs); 6.674 recortes de jornais e revistas; 458 títulos de CD-ROM; 4.026 títulos de CD-Áudio; 772 obras de referência (enciclopédias, dicionários, guias, entre outros); 609 títulos de pe-riódicos; 391 títulos de te-ses sobre arte brasileira e políticas culturais. Todo esse material se encon-tra disponível para consulta local e empréstimo. O catá-logo da biblioteca e videote-ca, com atualização diária, está no site do Itaú Cultural desde 2002.

Mais informações no site www.itaucultural.org.br. O serviço:Midiateca Itaú CulturalHorário de funcionamento:Terça a sexta, das 9h às 20hSábados e feriados, das 11h às 20h.(não há expediente ao público aos domingos e segundas)

Localização:Avenida Paulista, 149, 2º andar (próximo à estação Brigadeiro do metrô).

Midiateca Itaú Cultural

DIVERSOS

Com esta frase um jovem chamado Elmesu moldou e esculpiu em argila o pri-meiro cartão que desejava sorte, saúde e longa vida a seu pai. Esta mensagem indica que o Dia dos Pais teve origem, há mais de quatro mil anos na antiga Babilonia.

A tradição permaneceu e foi levada adiante por diversos povos e civiliza-ções. Entretanto ao que tudo indica, o Dia dos Pais tem uma origem bem se-melhante ao Dia das Mães e em ambas as datas a idéia inicial foi praticamente a

mesma: criar datas para fortalecer os laços familia-res, e o respeito por aque-les que nos deram a vida. Naturalmente o comércio aproveitou a data para au-mentar suas vendas.

Na Itália, Espanha e Portu-gal, por exemplo, a festivi-

Dia dos Pais

Uma data a ser vivida o ano inteiro

dade acontece a 19 de mar-ço no mesmo dia de São José, nos Estados Unidos em 1966 o Presidente Lyn-don Johnson assinou uma proclamação declarando o terceiro domingo de junho como o Dia dos Pais.

No Brasil, a idéia partiu do publicitário Sylvio Bhering e foi festejada pela primeira vez no dia 14 de agosto de 1953 em que se comemora o dia de São Joaquim, o pa-triarca da família. Sua data foi alterada para o segundo domingo de agosto ficando diferente da européia e da americana.

“Pai tenho em você a figura de um mentor sue exemplo mudou minha personalidade e me transformou

no homem que hoje sou. Desejo saúde e vida longa a ti meu Mestre, meu Senhor, meu Pai”.

“O Pai” detalhe de obra de Mauricio Takiguthi

Page 7: O Vila Mariana - Ed. 4

O VILA MARIANA - AGOSTO 20127

Acervo geral, especializado em temas artísticos e culturais

Trabalhos raros e interes-santes de cantores de di-versas épocas, e dos mais variados gêneros musi-cais, além de nomes de todas as cenas culturais e artísticas independentes, pouco conhecidos pela grande massa, fazem parte do acervo do Itaú Cultural. Ele é disponi-bilizado gratuitamente para o público em seu Centro de Documenta-ção e Referência (CDR). O acervo geral, especia-lizado em temas artísti-cos e culturais do Brasil, apresenta 56.885 mil tí-tulos. Deste total, desta-

cam 12.333 livros; 12.539 catálogos de arte; 4.076 tí-tulos de vídeo (dvd + vhs); 6.674 recortes de jornais e revistas; 458 títulos de CD-ROM; 4.026 títulos de CD-Áudio; 772 obras de referência (enciclopédias, dicionários, guias, entre outros); 609 títulos de pe-riódicos; 391 títulos de te-ses sobre arte brasileira e políticas culturais. Todo esse material se encon-tra disponível para consulta local e empréstimo. O catá-logo da biblioteca e videote-ca, com atualização diária, está no site do Itaú Cultural desde 2002.

Mais informações no site www.itaucultural.org.br. O serviço:Midiateca Itaú CulturalHorário de funcionamento:Terça a sexta, das 9h às 20hSábados e feriados, das 11h às 20h.(não há expediente ao público aos domingos e segundas)

Localização:Avenida Paulista, 149, 2º andar (próximo à estação Brigadeiro do metrô).

Midiateca Itaú Cultural

DIVERSOS

Com esta frase um jovem chamado Elmesu moldou e esculpiu em argila o pri-meiro cartão que desejava sorte, saúde e longa vida a seu pai. Esta mensagem indica que o Dia dos Pais teve origem, há mais de quatro mil anos na antiga Babilonia.

A tradição permaneceu e foi levada adiante por diversos povos e civiliza-ções. Entretanto ao que tudo indica, o Dia dos Pais tem uma origem bem se-melhante ao Dia das Mães e em ambas as datas a idéia inicial foi praticamente a

mesma: criar datas para fortalecer os laços familia-res, e o respeito por aque-les que nos deram a vida. Naturalmente o comércio aproveitou a data para au-mentar suas vendas.

Na Itália, Espanha e Portu-gal, por exemplo, a festivi-

Dia dos Pais

Uma data a ser vivida o ano inteiro

dade acontece a 19 de mar-ço no mesmo dia de São José, nos Estados Unidos em 1966 o Presidente Lyn-don Johnson assinou uma proclamação declarando o terceiro domingo de junho como o Dia dos Pais.

No Brasil, a idéia partiu do publicitário Sylvio Bhering e foi festejada pela primeira vez no dia 14 de agosto de 1953 em que se comemora o dia de São Joaquim, o pa-triarca da família. Sua data foi alterada para o segundo domingo de agosto ficando diferente da européia e da americana.

“Pai tenho em você a figura de um mentor sue exemplo mudou minha personalidade e me transformou

no homem que hoje sou. Desejo saúde e vida longa a ti meu Mestre, meu Senhor, meu Pai”.

“O Pai” detalhe de obra de Mauricio Takiguthi

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8O VILA MARIANA - AGOSTO 2012 CINEMA

Dirigido por Walter Salles, o filme “Na Estrada” (que estreou a 13 de julho últi-mo), é a adaptação do livro mais marcante da Geração Beat, “On the Road”, de Jack Kerouac, e nos remete a uma reflexão acerca des-te movimento cultural que foi um dos mais importan-tes do século 20.

Influenciador desde o movimento hippie a road movies, On the Road também deixou marcas em roqueiros do calibre de Bob Dylan e Jim Mor-

rison. No Brasil, esta ge-ração influenciou escri-tores e poetas marginais, como Jorge Mautner e Paulo Leminski.

O manuscrito original de On the Road foi escrito por Kerouac em apenas três semanas em 1951, basea-do em suas anotações das viagens que fez com seu amigo Neal Cassady (outro ícone da Geração Beat) nos 4 anos anteriores.

De forma intensa, em meio a sessões de jazz, drogas e amor livre, Jack e Neal atra-vessaram algumas vezes os E.U.A em uma viagem em busca de liberdade, auto conhecimento e espirituali-dade nas estradas do conti-nente norte-americano.

Este manuscrito passou por cinco anos de edição para ter sua publicação aceita e se tornar a obra popularmente conhecida, perdendo com isso mui-tas partes polêmicas, ou, segundo o autor do livro, perdendo “as curvas da es-trada”. Porém, isto não afe-tou seu sucesso de público e crítica.

Na obra editada, são utili-zados itinerários fictícios para representar a pere-grinação real do autor e a maioria dos personagens - se não todos - levam no-mes também fictícios que representam os persona-gens reais. Desta maneira, Jack Kerouac e Neal Cas-sady se tornam, respec-tivamente, Sal Paradise e Dean Moriaty. Muitos outros amigos são citados no livro mas, os mais pre-sentes, são o poeta Allen Ginsberg (outro fundador do movimento) e a ex mu-lher de Neal, “imensos ca-belos encaracolados num mar de tranças douradas” LuAnne Henderson, que levam os nomes de Carlo Marx e Marylou.

No filme de Walter Salles, Sal Paradise e Dean Moria-ty são interpretados, pelos atores Sam Riley (Control) e Garrett Hedlund (Tróia, Tron – O legado), enquanto Carlo Marx e Marylou rece-bem a interpretação de Tom Sturridge (Piratas do Rock) e Kristen Stewart (Crepús-culo, The Runaways).

A beleza da película não consiste na adaptação exata do romance, pelo contrário, Walter Salles se utiliza da li-berdade incita no livro para contar sua própria história.

Outro ponto positivo do filme fica por conta dos jovens atores que, com li-berdade total de interpre-tação, confundem ficção com realidade ao se pas-sarem por “adolescentes bêbados, cabelos revoltos, excitados”, como cita Ke-rouac em seu livro.

Não à toa ouvimos jazz em muitas cenas do filme: On the Road é considerado o único livro com trilha so-nora. Para Jack Kerouac, assim como os amigos e a estrada, o jazz é uma im-portante fonte de inspira-ção. O estilo musical dita o ritmo e a improvisação da prosa espontânea do autor.

Talvez a contemporanei-dade deste manifesto da Geração Beat possa ser explicado pelo convite à liberdade oferecida aos lei-tores de várias gerações.

O romance é escrito no pós guerra, quando os jo-vens buscavam uma saída para os sentimentos de medo e conformismo que pairavam sobre a América. Talvez os leitores de hoje estejam se utilizando deste mesmo sopro de liberdade para lidar com temas que infelizmente ainda hoje são considerados tabú: o livro é um precursor dos

movimentos de libertação homossexual e feminista, além de já naquela época apoiar a ecologia.

Longe dos estereótipos designados ao termo Bea-tnik, sempre associados a jovens cabeludos, boêmios ou desprezados, Kerouac busca com sua obra - ape-sar de todos os excessos vi-vidos por ele - passar uma mensagem de paixão pela própria vida, a qual deve ser intensamente experi-ênciada a cada segundo; e faz isso por meio de uma escrita espontânea e lou-ca, com a qual rompe com conhecimento e elegância cada regra gramatical.

Quando questionado e co-brado em meio a agitação do surgimento da Geração Beat, Kerouac respondeu: “Eu não sou um ‘beat’, mas sim um estranho e louco místico católico”.

Sobre isso, Allen Ginsberg foi categórico: “(Os Beatni-ks) não foram criados por Kerouac, mas pela indús-tria das mídias massivas que continuam a fazer la-vagem cerebral”. Ginsberg também foi um persona-gem decisivo para a con-tracultura, sua obra mais polêmica foi o livro Howl, mas isso é assunto para ou-tro filme, ou melhor, para outro texto.

Bruno Alves

[email protected]

Uma reflexão sobre o clássico “On the Road” de Jack Kerouac

“Eu não sou um beat”“(...) porque, para mim,

pessoas mesmo são os loucos, os que estão loucos para viver, loucos para falar, loucos para

serem salvos, que querem tudo ao mesmo tempo, aqueles que

nunca bocejam e jamais dizem coisas comuns, mas queimam,

queimam, queimam como fabulosos fogos de artifício” On the Road, Jack Kerouac, tradução de Antônio Bivar.

Jack Kerouac e Neal Cassady

Rua Doutor Rafael de Barros, 70

SORVETERIA ALASKAFundada em 1910

Tel.: 3889 - 8676

Page 9: O Vila Mariana - Ed. 4

8O VILA MARIANA - AGOSTO 2012 CINEMA

Dirigido por Walter Salles, o filme “Na Estrada” (que estreou a 13 de julho últi-mo), é a adaptação do livro mais marcante da Geração Beat, “On the Road”, de Jack Kerouac, e nos remete a uma reflexão acerca des-te movimento cultural que foi um dos mais importan-tes do século 20.

Influenciador desde o movimento hippie a road movies, On the Road também deixou marcas em roqueiros do calibre de Bob Dylan e Jim Mor-

rison. No Brasil, esta ge-ração influenciou escri-tores e poetas marginais, como Jorge Mautner e Paulo Leminski.

O manuscrito original de On the Road foi escrito por Kerouac em apenas três semanas em 1951, basea-do em suas anotações das viagens que fez com seu amigo Neal Cassady (outro ícone da Geração Beat) nos 4 anos anteriores.

De forma intensa, em meio a sessões de jazz, drogas e amor livre, Jack e Neal atra-vessaram algumas vezes os E.U.A em uma viagem em busca de liberdade, auto conhecimento e espirituali-dade nas estradas do conti-nente norte-americano.

Este manuscrito passou por cinco anos de edição para ter sua publicação aceita e se tornar a obra popularmente conhecida, perdendo com isso mui-tas partes polêmicas, ou, segundo o autor do livro, perdendo “as curvas da es-trada”. Porém, isto não afe-tou seu sucesso de público e crítica.

Na obra editada, são utili-zados itinerários fictícios para representar a pere-grinação real do autor e a maioria dos personagens - se não todos - levam no-mes também fictícios que representam os persona-gens reais. Desta maneira, Jack Kerouac e Neal Cas-sady se tornam, respec-tivamente, Sal Paradise e Dean Moriaty. Muitos outros amigos são citados no livro mas, os mais pre-sentes, são o poeta Allen Ginsberg (outro fundador do movimento) e a ex mu-lher de Neal, “imensos ca-belos encaracolados num mar de tranças douradas” LuAnne Henderson, que levam os nomes de Carlo Marx e Marylou.

No filme de Walter Salles, Sal Paradise e Dean Moria-ty são interpretados, pelos atores Sam Riley (Control) e Garrett Hedlund (Tróia, Tron – O legado), enquanto Carlo Marx e Marylou rece-bem a interpretação de Tom Sturridge (Piratas do Rock) e Kristen Stewart (Crepús-culo, The Runaways).

A beleza da película não consiste na adaptação exata do romance, pelo contrário, Walter Salles se utiliza da li-berdade incita no livro para contar sua própria história.

Outro ponto positivo do filme fica por conta dos jovens atores que, com li-berdade total de interpre-tação, confundem ficção com realidade ao se pas-sarem por “adolescentes bêbados, cabelos revoltos, excitados”, como cita Ke-rouac em seu livro.

Não à toa ouvimos jazz em muitas cenas do filme: On the Road é considerado o único livro com trilha so-nora. Para Jack Kerouac, assim como os amigos e a estrada, o jazz é uma im-portante fonte de inspira-ção. O estilo musical dita o ritmo e a improvisação da prosa espontânea do autor.

Talvez a contemporanei-dade deste manifesto da Geração Beat possa ser explicado pelo convite à liberdade oferecida aos lei-tores de várias gerações.

O romance é escrito no pós guerra, quando os jo-vens buscavam uma saída para os sentimentos de medo e conformismo que pairavam sobre a América. Talvez os leitores de hoje estejam se utilizando deste mesmo sopro de liberdade para lidar com temas que infelizmente ainda hoje são considerados tabú: o livro é um precursor dos

movimentos de libertação homossexual e feminista, além de já naquela época apoiar a ecologia.

Longe dos estereótipos designados ao termo Bea-tnik, sempre associados a jovens cabeludos, boêmios ou desprezados, Kerouac busca com sua obra - ape-sar de todos os excessos vi-vidos por ele - passar uma mensagem de paixão pela própria vida, a qual deve ser intensamente experi-ênciada a cada segundo; e faz isso por meio de uma escrita espontânea e lou-ca, com a qual rompe com conhecimento e elegância cada regra gramatical.

Quando questionado e co-brado em meio a agitação do surgimento da Geração Beat, Kerouac respondeu: “Eu não sou um ‘beat’, mas sim um estranho e louco místico católico”.

Sobre isso, Allen Ginsberg foi categórico: “(Os Beatni-ks) não foram criados por Kerouac, mas pela indús-tria das mídias massivas que continuam a fazer la-vagem cerebral”. Ginsberg também foi um persona-gem decisivo para a con-tracultura, sua obra mais polêmica foi o livro Howl, mas isso é assunto para ou-tro filme, ou melhor, para outro texto.

Bruno Alves

[email protected]

Uma reflexão sobre o clássico “On the Road” de Jack Kerouac

“Eu não sou um beat”“(...) porque, para mim,

pessoas mesmo são os loucos, os que estão loucos para viver, loucos para falar, loucos para

serem salvos, que querem tudo ao mesmo tempo, aqueles que

nunca bocejam e jamais dizem coisas comuns, mas queimam,

queimam, queimam como fabulosos fogos de artifício” On the Road, Jack Kerouac, tradução de Antônio Bivar.

Jack Kerouac e Neal Cassady

Rua Doutor Rafael de Barros, 70

SORVETERIA ALASKAFundada em 1910

Tel.: 3889 - 8676

O VILA MARIANA - AGOSTO 20129CULTURA

As “aparições” de Davi UbiratãArtista do bairro usa surrealismo e hiperrealismo Galerias de arte e centros culturais

da região de Vila Mariana

Morador de Vila Mariana onde instalou seu atelie, Davi Ubiratã ,nasceu em São Paulo em 1987, acaba de expor no Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.

Iniciou suas atividades artísticas aos 14 anos de idade num atelier de velas decorativas em São Ber-nardo do Campo onde trabalhava. Formou-se em desenho e pintura na Fundação das Artes de São Caetano do Sul, onde estudou de 2006 a 2008.

Ao tentar desenvolver téc-nicas diferenciadas para lograr melhor êxito no mercado, o artista desco-

briu que dava para pintar com as ceras que usava  e logo começou á modelar parafina com um pouco de tinta á óleo tendo em vista que os pigmentos para velas que usava per-diam rapidamente a cor.

Resolveu então testar essa

massa sobre madeira como pintura, a partir de então tomou gosto pela arte e depois de realizar sua pri-meira exposição em 2006, saiu desse atelier para ten-tar a vida como pintor.

Segundo o crítico Emanuel von Lauenstein Massarani:

“Ao que consta, Davi Ubi-ratã iniciou sua ativida-de artística com critérios geométricos espaciais, entretanto aprofundou sua experiência numa pes-quisa que o levou a uma espécie de introspectivo expressionismo com cha-mamentos surrealistas em seu conteúdo”.

Cinemateca BrasileiraLargo Senador Raul Cardoso, 207 Tel: (11) 3512-6111www.cinemateca.com.br

Centro Cultural São PauloRua Vergueiro, 1.000 Tel: (11) 3397-4002www.centrocultural.sp.gov.br

Museu Lasar SegallRua Berta, 111 Tel: (11) 5574-7422www.museusegall.org.br

Galeria Jacques ArdiesRua Morgado de Mateus, 579Tel: 5539-7500Email: [email protected]

Galeria Vicente Di GradoRua Dr. Álvaro Alvim, n 76, Piso térreo

Museu de Arte do Parlamento de São PauloAv. Pedro Álvares Cabral, 201CEP 04097-900 Tel: 3886-6432

Museu de Arte Moderna de São PauloParque do Ibirapuera, portão 3 CEP 04094-000Tel: 5085-1300 - Fax: 5549-2342

Museu de Arte Contemporânea USP IbirapueraAntigo Edificio DETRANCEP 04094-000 Tel: 5573.9932

Museu Belas Artes de São Paulo Rua Dr. Álvaro Alvim, nº 76, CEP 04018-010Tel: 5576-7300 - 5576-5773

Galeria do Núcleo de DesignRua José Antonio Coelho, nº 879Piso térreo

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10O VILA MARIANA - AGOSTO 2012 BAIRRO

Dona Preciosa deixa grandes saudadesao fechar as portas de seu empório

Manhã de sábado dia 14/07/2012. Fomos ao en-contro de Dona Preciosa Oliveira, proprietária, jun-to com sua família, de um Empório instalado na Vila Mariana desde o ano de 1.966 na esquina das ruas Rio Grande com Morga-do de Mateus e que, agora, está fechando suas portas.

Dona Preciosa está de par-tida, mas não sua história, nem tão pouco o grande grupo de amigos leais que adquiriu durante todos esses anos. O Empório Rio Grande, que foi mais do que um comércio de “secos & molhados”, fun-cionou também como um verdadeiro ponto de en-contro das donas de casa da região.

A história do Empório começou quando, Dona Preciosa,após o rompi-mento de um contrato de trabalho que mantinha com uma empresa para a qual trabalhou muito tempo, decidiu aplicar no

comércio o valor da inde-nização recebida. Negócio esse que começou junta-mente com seu marido, Sr. Lamartine. Já tinha conhecimento do ramo, por influência de seu pai, o qual acompanhou duran-te muitos anos e relembra que “fazia palavras cruza-das” enquanto o observava trabalhar, quando menina.Considerada a “mãezona do bairro”,Dona Preciosa não só atendeu às famílias de Vila Mariana como se transformou em grande amiga de quase a maioria delas.

Ao iniciarmos a entrevista, nos deparamos com sua leve timidez. Desconver-sou, comentou sutilmente que chegamos “rápido de-mais”, saiu de perto, deu voltas pelo local e foi logo avisando que “não sabia o que dizer”.

Dona Yolanda, amiga de Dona Preciosa que esta-va por ali na hora em que chegamos, rapidamente

começa a se lamentar pela partida de Preciosa: “Não sei mais o que fazer sem ela por aqui. Preciosa é mais do que uma amiga. Sempre conversamos muito cada vez que eu vim aqui com-prar alguma coisa. Ela é uma pessoa especial e estou completamente perdida só de pensar que ela não esta-rá mais por aqui”.

Outra de suas freguesas (amiga), Dona Nanci, mo-radora do bairro há mais de dez anos, nos disse que “Preciosa é um símbolo do bairro, não dá para imagi-nar aquele pedaço de Vila Mariana sem a simpática e acolhedora presença da-quela que foi mais do uma comerciante e sim uma grande amiga”.

Durante anos e anos o Empório foi um ponto de encontro das amigas do bairro, onde permaneciam por longo tempo trocan-do informações, receitas e confidências, sempre sob o olhar acolhedor de Dona Preciosa, que também par-ticipava com sua experiên-cia de vida.

Dona Preciosa nos reve-lou que, mesmo feliz em fazer o que fazia,a ativi-dade comercial nem sem-pre foi fácil. Relembrou épocas em que sentia que o movimento estava fraco e nessas ocasiões sempre procurou alternativas de mercadorias que pudes-sem reavivar em seus fre-gueses o interesse pelo consumo no local. Decla-

Um exemplo de simplicidade e atendimento

rou que passou por dificul-dades, como todo mundo, mas ajudou e foi ajudada pelos seus fregueses, tendo boas recordações, resul-tando em “agenda telefô-nica cheia”.

Há alguns anos atrás não havia tantos supermerca-dos e hortifrutis na região, de modo que empórios como o de Dona Precio-saeram muito procura-dos. Hoje, reconheceDona Preciosa, existem grandes supermercados na região, que trabalham muito bem e têm excelente condição

de fornecimento. Mas, sorridente e serena diz: “sempre teve lugar para to-dos aqui”. Relembrou com certa nostalgia do tempo em que o bairro era cons-tituído de casas e não tinha tantos prédios. Época em que havia mais proximida-des entre ela e as famílias, que se reconheciam na rua. Intimidade essa que foi fi-cando cada vez mais difícil com a modernização e ver-ticalização das moradias operada ao longo dos anos.É uma pena que o Empó-

rio de Dona Preciosa não tenha resistido às mudan-ças do tempo! Um lugar que “exala” memória, a começar pela data em que foi construído o prédio (1916). Ali ainda existem armários altos de madeira que revestem toda a parede e que devem ter aproxima-damente a mesma idade do prédio, com uma diferença de poucos anos, ou seja, mais de 85 anos!

Sem se dar conta do valor que tem para o Bairro, em sua extrema simplicidade, Dona Preciosa diz que não

trabalhou no intuito de fi-car rica e sim de atender o freguês e ser amiga dele. E, a julgar pelo carinho que presenciamos entre os fre-gueses e Dona Precisosa, ela angariou muitos amigos.

Dona Preciosa, mulher forte e espiritualizada, não se mostra aborrecida pelo fato de deixar o local onde trabalhou por tantos anos. Assegura: “eu fui muito fe-liz aqui, e pensei que talvez fosse hora de parar mesmo, no final deste ano, as coisas

se precipitaram um pouqui-nho e me pegaram de sur-presa. Ainda tinha uns seis meses pela frente para me acostumar com a ideia de fechar o Empório, mas as coisas são como devem ser“.

Quando questionada so-bre seus planos para o fu-turo, com um sorriso que em nada demonstrava qualquer tipo de tristeza, disse: “quero ler muito, quero cuidar de minhas coisas e me dedicar mais à vida religiosa (SEICHO NO-IE), além, é claro, de retomar a diversão com

as palavras cruzadas!” -que confessou adorar até hoje.

Dona Preciosa, O Vila Ma-riana deseja um feliz aniver-sário (03/08/2012) e agrade-ce a sua história de vida no Bairro e tudo o que entregou com tanta dedicação aos seus moradores:

“De ouvido te havia escutado, mas agora meus olhos te veem

e o meu coração te sente...” (autor desconhecido)

Cristiane [email protected]

Dona Preciosa Oliveira em plena ação

O Empório Rio Grande na esquina da Morgado de Mateus com Rio Grande

Page 11: O Vila Mariana - Ed. 4

O VILA MARIANA - AGOSTO 201211CULTURA

Primeira edição do Seminário de Ação Poética

14 DE AGOSTO

17h – Inauguração da Feira do Livro de Poesia

17h30 às 19h – Debate Público: Do que precisa a poesia hoje?

19h - Mesa: Como a poesia contemporânea brasileira é tratada pelo Estado?

20h30 – Performance: Ricardo Aleixo

21h – Show de Abertura: Péricles Cavalcanti

15 DE AGOSTO

17h às 21h - Feira do Livro de Poesia

16 DE AGOSTO

17h às 21h - Feira do Livro de Poesia

17h às 19h - Mesa: Como a poesia brasileira contemporânea é publicada?

A PLENOS PULMÕESSábados, 4 de agosto, 19h, e 8 de setembro, 19h30.As inscrições começam uma hora antes.

CHAMA POÉTICA Sábados, 11 de agosto e 15 de setembro, 19h30.

A proposta do Chama Poética é difundir e fomentar a arte por meio da poesia, da literatura e da música.

OS QUATRO ELEMENTOS11 de agosto.

O MENOR SLAM DO MUNDOTerças-feiras, 21 de agosto e 25 de setembro, 19h30.

VIA VEREDASextas-feiras, 24 de agosto e 21 de setembro, 19h30.

SARAU DAS BREJEIRAS E FEIRA DO LIVRO LGBTSábado, 25 de agosto, 14h às 21h30.

QUINTA POÉTICAQuintas-feiras, 30 de agosto e 27 de setembro, 19h.

30 de agosto – 50ª edição

PATUSCADA! Sextas-feiras, 31 de agosto e 21 de setembro, 19h30.

Fruto de parceria com o Centro Cultural São Paulo, a primeira edição do Semi-nário de Ação Poética na Casa das Rosas – Espaço Haroldo de Campos de Po-esia e Literatura terá deba-tes, lançamentos de livros e revistas, mostra de vide-opoesia, recitais e shows para incentivar a discussão de estratégias de divulga-

Endereço:

Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura Avenida Paulista, 37 (próximo à Estação Brigadeiro do Metrô).Horário: de terça-feira a sábado, das 10h às 22h; domingos e feriados, das 10h às 18h.Convênio com o estacionamento Patropi: Alameda Santos, 74. Tel.: (11) 3285-6986 (11) 3288-9447.

Blog: www.casadasrosas-sp.blogspot.comTwitter: www.twitter.com/casadasrosas

Facebook: http://www.facebook.com/casadasrosas

17 DE AGOSTO

17h às 21h - Feira do Livro de Poesia

17h às 18h30 – Como a poesia brasileira contemporânea é tratada pelas instituições culturais

18h30 às 20h - Mesa: Como a poesia brasileira contemporânea é lida nas escolas?

20h às 21h - Debate Público: Afinal, do que mesmoprecisa a poesia hoje?

21h às 22h – Show: Rodrigo Garcia Lopes

De 14 a 17 de agostoProgramação do 1º Seminário de Ação Poética

Chama Poética

Ciclo de Saraus

Casa das Rosas organiza debates dedicados ao tema Poesia

Profissionais ligados à área literária par-ticipam de atividades gratuitas no espaço cultural dedicado à difusão da poesia e da

literatura bem como no Centro Cultural São Paulo,

entre 14 e 17 de agosto

ção da poesia e também estimular o acesso ao estu-do e prática desta forma de arte na sociedade.

Dia 14 de agosto, às 17h, acontece a abertura do even-to. Na ocasião, entre outras atividades, serão discutidas as premissas para redação da “Carta Aberta: Em Defe-sa da Poesia”.

No decorrer do Seminário, que termina em 17 de agos-to, renomados nomes da cena poética nacional abor-dam o papel da poesia no Estado, na imprensa e nas instituições culturais.

O Seminário terá trans-missão on line pela Rádio Web do Centro Cultural São Paulo no decorrer dos dias de realização. Confi-ra abaixo a programação completa do evento na Casa das Rosas.

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12O VILA MARIANA - AGOSTO 2012 ALIMENTAÇÃO

Alimentos organicos não se limitam aos vegetaisCada vez mais precisam ser divulgados

Tendo em vista uma ali-mentação mais saudável e um estilo de vida mais natural, os alimentos orgâ-nicos vêm se difundindo cada vez mais.

O primeiro fator diferen-cial desses produtos é o modo como são cultivados. Verduras e legumes que

são cultivados em água (chamados de hidropôni-cos) dependem totalmen-te da inserção de nutrien-tes artificiais.

No cultivo convencional sabemos que, são utiliza-das grandes quantidades de agrotóxicos e adubos de origem animal.

Tabela de grau de contaminação de alimentos(percentual de contaminação acima do pemitido pela ANVISA)Pimentão _____ 64,36%Morango ______36,05%Uva _________32,67%Cenoura ______30,39%Alface _______ 19,80%Tomate ______ 18,27%Mamão ______ 17,31%

(Fonte O Globo, 16 de abril de 2009)

Laranja ______ 14,85%Abacaxi ______09,47%Repolho ______08,82%Arroz ________04,41%Maçã ________03,92%Feijão ________02,92%Cebola _______02,91%

Existem inclusive aves, bo-vinos e suínos também criados com produtos orgâ-nicos, gerando por conse-qüência carnes orgânicas.

O problema é que estes sub-produtos são finan-

ceiramente inviáveis para a população em geral.

Entretanto com o cresci-mento de seu consumo e das plantações, a tendência é que se tornem mais acessíveis ao bolso do consumidor.

Frango e ervas organicasSugestão de receita

Os produtos orgânicos são melhores que os convencionais. O diferencial está no sabor e na textura dos alimentos aqui citados. Eis aqui um exemplo a ser testado:

600g de sobre-coxas de frango orgânico1 colher (chá) de orégano desidratado 1 colher (chá) de alecrim desidratado1 colher (chá) de tomilho desidratado

2 folhas de louro fresca 1 colher (chá) de gengibre fresco ralado

2 galhos de salsa frescaSal a gosto

50g.de manteiga temperatura ambiente

Estela Bulgarelli P.

Chiosea

Tempere o frango com me-tade da quantidade dos temperos e deixe repousar por mais ou menos 2 horas.

Misture o restante dos tem-peros na manteiga.

Depois do frango já re-pousado coloque em um

refratário e besunte com manteiga e leve ao forno até dourar, espete com um garfo e verifique se não sai mais o liquido, o que indi-cara seu cozimento.

Sirva quente e bom apetite!

Preparo:

Ingredientes:

CASA DA COMIDA - Rua Tutóia 964 - Tel: 3052-3862Segunda a sexta 11:30 às 15:30hs Estacionamento conveniado no Banco BradescoVila Mariana - São Paulo - SP

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O VILA MARIANA - AGOSTO 201213TECNOLOGIA

Da ficção cientifica direto para a realidadeIntegração de dispositivos computacionais com o corpo humano

Veremos cada vez mais os computadores pessoais mudarem de cara e assu-mirem a forma de roupas, óculos, tênis, jóias, acessó-rios e dispositivos conec-tados ao corpo humano.

Aconteceu em Newcastle, UK, no período de 18 à 22/06/2012 o 16º Simpó-sio Internacional sobre Computadores Vestíveis (ISWC). Este é o principal fórum sobre computação de vestíveis, dispositivos atachados ao corpo huma-no, enfim, sobre tecnolo-gia móveis, que interajam com o corpo humano.

As novas tecnologias nessa área que estão chegando ao mercado, ainda timida-mente, mais parecem filme de ficção cientifica, mas é pura realidade. Os meios acadêmicos, algumas em-presas e, à margem, os ha-ckers, já estão trabalhando para desenvolverem pro-dutos e soluções voltadas a esse novo mercado, que é conhecido como WE-ARABLES, ou computa-dores vestíveis. Apostam em cerca de 10 anos essas novas tecnologias estarão

disponíveis a venda em grande escala.

A Google divulgou em abril deste ano um vídeo mostrando um protótipo de um óculos, que está

sendo por ela desenvolvi-do, tão sensível que bas-tará usá-lo para o usuário ter acesso à previsão do tempo, tirar foto, enviar e-mail, dentre outras fun-cionalidades, através de um eficiente sistema de re-conhecimento de voz. Vale a pena dar uma espiada no

vídeo acessível na internet através do link que se en-contra em nosso site:ovilamariana.com.br Apesar de relativamente pequeno é dotado de pro-cessador, memórias, câ-

mara digital, GPS e uma pequena tela que exibe as informações diretamente para os olhos do usuário.

Outras empresas como Nokia, Apple, entre ou-tras, enxergam grandes oportunidades de negó-cios nesse novo merca-

do. No começo de julho deste ano a Apple registrou patentes de óculos futuris-tas. E a Olympus não ficou atrás, a Olympus anunciou o lançamento de óculos que buscam informações.

A fabricante Finlande-sa, Nokia, patenteou um material magnético capaz de alertar os usuários sobre ligações telefônicas e mensagens eletrônicas. Este produto seria usado na superfície da pele ou através de tatuagem com tinta ferromagnética.

No mercado esportivo já estão disponíveis alguns produtos, como roupas e pulseiras. A Adidas, na li-nha BRA TECHFIT, por exemplo, já comerciali-za uma espécie de sutiã

para atletas com sensores embutidos, que capta ba-timentos cardíacos e calo-rias perdidas. As informa-ções são enviadas para o smartphone.

Em janeiro deste ano, du-rante a CES (Consumer Electronics Show), maior

feira de eletrônicos do mun-do, diversas empresas apre-sentaram produtos como jaquetas e relógios com computadores integrados.

Atualmente, a categoria é estudada e implemen-tada em situações espe-ciais, como na reabilitação de deficientes ou como acessórios militares. For-ças Especiais do Exército Americano já usam óculos que exibem informações, como localização.

O foco para o consumidor final deverá ser a comuni-cação e o entretenimento. Imagine como seria útil se os seus óculos identificas-sem alguém que você co-nhece mas não lembra do nome e nem de onde!

Após os “computadores” vestíveis, o próximo passo será o desenvolvimento de computadores implantados no corpo, o que ainda é de difícil aceitação. Mas, como a tecnologia caminha a passos largos, não duvidem em breve assistiremos a es-sas transformações.

João Soares

Page 13: O Vila Mariana - Ed. 4

O VILA MARIANA - AGOSTO 201213TECNOLOGIA

Da ficção cientifica direto para a realidadeIntegração de dispositivos computacionais com o corpo humano

Veremos cada vez mais os computadores pessoais mudarem de cara e assu-mirem a forma de roupas, óculos, tênis, jóias, acessó-rios e dispositivos conec-tados ao corpo humano.

Aconteceu em Newcastle, UK, no período de 18 à 22/06/2012 o 16º Simpó-sio Internacional sobre Computadores Vestíveis (ISWC). Este é o principal fórum sobre computação de vestíveis, dispositivos atachados ao corpo huma-no, enfim, sobre tecnolo-gia móveis, que interajam com o corpo humano.

As novas tecnologias nessa área que estão chegando ao mercado, ainda timida-mente, mais parecem filme de ficção cientifica, mas é pura realidade. Os meios acadêmicos, algumas em-presas e, à margem, os ha-ckers, já estão trabalhando para desenvolverem pro-dutos e soluções voltadas a esse novo mercado, que é conhecido como WE-ARABLES, ou computa-dores vestíveis. Apostam em cerca de 10 anos essas novas tecnologias estarão

disponíveis a venda em grande escala.

A Google divulgou em abril deste ano um vídeo mostrando um protótipo de um óculos, que está

sendo por ela desenvolvi-do, tão sensível que bas-tará usá-lo para o usuário ter acesso à previsão do tempo, tirar foto, enviar e-mail, dentre outras fun-cionalidades, através de um eficiente sistema de re-conhecimento de voz. Vale a pena dar uma espiada no

vídeo acessível na internet através do link que se en-contra em nosso site:ovilamariana.com.br Apesar de relativamente pequeno é dotado de pro-cessador, memórias, câ-

mara digital, GPS e uma pequena tela que exibe as informações diretamente para os olhos do usuário.

Outras empresas como Nokia, Apple, entre ou-tras, enxergam grandes oportunidades de negó-cios nesse novo merca-

do. No começo de julho deste ano a Apple registrou patentes de óculos futuris-tas. E a Olympus não ficou atrás, a Olympus anunciou o lançamento de óculos que buscam informações.

A fabricante Finlande-sa, Nokia, patenteou um material magnético capaz de alertar os usuários sobre ligações telefônicas e mensagens eletrônicas. Este produto seria usado na superfície da pele ou através de tatuagem com tinta ferromagnética.

No mercado esportivo já estão disponíveis alguns produtos, como roupas e pulseiras. A Adidas, na li-nha BRA TECHFIT, por exemplo, já comerciali-za uma espécie de sutiã

para atletas com sensores embutidos, que capta ba-timentos cardíacos e calo-rias perdidas. As informa-ções são enviadas para o smartphone.

Em janeiro deste ano, du-rante a CES (Consumer Electronics Show), maior

feira de eletrônicos do mun-do, diversas empresas apre-sentaram produtos como jaquetas e relógios com computadores integrados.

Atualmente, a categoria é estudada e implemen-tada em situações espe-ciais, como na reabilitação de deficientes ou como acessórios militares. For-ças Especiais do Exército Americano já usam óculos que exibem informações, como localização.

O foco para o consumidor final deverá ser a comuni-cação e o entretenimento. Imagine como seria útil se os seus óculos identificas-sem alguém que você co-nhece mas não lembra do nome e nem de onde!

Após os “computadores” vestíveis, o próximo passo será o desenvolvimento de computadores implantados no corpo, o que ainda é de difícil aceitação. Mas, como a tecnologia caminha a passos largos, não duvidem em breve assistiremos a es-sas transformações.

João Soares

Page 14: O Vila Mariana - Ed. 4

14O VILA MARIANA - AGOSTO 2012

Atelier de Pintura e Gale-ria, Casa da Cultura pela Abra (1996), III Salão Vi-nhedense de Artes Plásti-cas (2002), “Dia das Mães” na Casa da Fazenda, - (2008), “Quanto mais gen-te mais quente”, no Clube Paineiras do Morumbi, (2008). “Bossa Nova 50 anos” no Café Journal, SP, em Santos, na Aliança Francesa do Brooklin e do Butantã, e no Metrô Ana Rosa (2008), “Férias na

Projetando a figura feminina

Elizabeth Almendra conquista 1º Prêmio de pintura na Bienal Internacional de Roma

Quando a visão se faz etérea impalpável, transparente, Elizabeth Almendra se re-aliza integralmente na sua dimensão humana e artísti-ca pois escreve e pinta seus sonhos com a universal lin-guagem da arte onde a pre-sença da cor se sintoniza em lírica vibração com o canto da poesia. Através da textura do de-senho e da cor com um

Representando o Presidente da Bienal de Roma, o cristico Emanuel von Lauens-tein Massarani entrega à Elizabeth Almendra o diploma e a medalha do 1º

Premio na categoria de pintura

“Senhora” recente obra de Elizabeth Almendra

respiro metafísico as figu-ras delineadas pela artista, parecem decantadas do peso da realidade para as-sumir a mensagem de um mundo perdido e poetica-mente reencontrado com uma perspectiva repleta de esperanças. O seu centro temático é a figura feminina colhida através de seus vários as-pectos e atitudes de vida.

Tanto os vultos quanto os corpos constituem um condensado plástico de psicologia e concentram valores pictóricos em per-feita coerência com o con-texto.

Envolvidas por véus de lu-zes e sombras, as figuras de Elizabeth Almendra vi-vem na sua maioria solitá-rias, na plenitude de uma graça linguística e cromá-tica. Trata-se de uma pin-tura de luz, às vezes plena, fugitiva, trêmula, frágil, tenra como o amor.

Em suas obras nasce uma indefinível sensação de movimento, de força e de vida onde são visíveis as vibrações de suas cores e de sua alma.

A carreira da artista

Elizabeth Almendra, pseudônimo artístico de Elizabeth Almendra An-drade nasceu em São Pau-lo onde especializou-se em art. Noveaux, biscuit, vitral, além de técnicas em acrílico e estamparia em tecido (1980).

Estudou óleo sobre tela no atelier Anna Wilma (1990) e participou de cur-so de desenho no SESC de Taboão da Serra (1993) e pintura especifica em óleo sobre tela e desenho ana-tômico no Atelier Anna Wilma (1997 “ 2001). For-mou-se em artes plásticas e design na Escola Pana-mericana de Arte (2008).

A partir de 1992 partici-pou de exposições no Arts

Fazenda” (2008), “Novo Tempo... Novo Olhar...”, Galeria Mali Villas Boas (2008), “Amigos da Arte”, Ilha Porchat Clube, (2008), “Mistérios da Alma Femi-nina”, Galeria Mali Villas Boas (2008), “I Exposição Nacional de Artes Plás-ticas”, Jockey Clube S.P (2008), “Referências da Arte Contemporânea no Mundo Atual”, Café Jour-nal (2008), “21ª Exposição de Artes de Pinheiros”, (2008), Feira Internacio-nal de Arte, Lisboa (2008), “Arte Mundial” no Jacob Javits Center, Nova York, EUA (2009) e Artmar Na-vio Ópera da MSC.

Premios

Por suas participações re-cebeu inúmeros premios e medalhas, entre elas: Medalha de ouro- Art Mar - Argentina, Uruguai, Porto - 2009; Medalha de Prata - Artexpo Interna-cional New York-2009;

Visíveis vibrações

das cores e da alma

Elizabeth Almendra foi homenageada recentemen-te com a entrega do 1° Prê-mio da IX Bienal de Arte Internacional de Roma, em cerimônia realizada no Museu de Arte do Par-lamento de São Paulo em cujo acervo está presente

uma de suas mais recentes obras.

A artista foi convidada para expor suas obras em outubro próximo no Es-paço Candido Portinari, no Museu de Arte do Par-lamento de São Paulo.

Medalha de ouro- 44º Sa-lão de Maio - Rio de Ja-neiro 2009; Medalha de Prata- I° Integração Artís-tica e Cultural - Pioneiros de Brasília- 2009; Menção honrosa-Centro Cultural de Araras – 2010; Menção Honrosa- XXIV- Salão de Artes Plásticas de Acem-burgo- M.G.- 2010; Men-ção Honrosa - 59º Salãnew York– EUA – 2010; Me-dalha de Prata- Associa-ção Cultural Tao Sigulda - Campo Limpo Paulista; Medalha de ouro-Arte Contemporânea- Granja Vianna- 2011; Primeiro Prêmio- Arte Brasilia-na- Anzio - Italia- 2010; Primeiro Prêmio- Bienal de Arte Internacional de Roma- 2012.

Almendra incluida na série “Brazil Colection”

Emanuel von Lauenstein

MassaraniCritico de Arte

[email protected]

Tel: 3743.7114 / 7152.1771

CULTURA

Page 15: O Vila Mariana - Ed. 4

O VILA MARIANA - AGOSTO 201215

da Paz e Resolução de Conflitos e desenvolveu o gosto pela fotografia em suas viagens pelo conti-nente asiático – Coréia do Sul, Tailândia, Cambodia, Myanmar (antiga Birma-nia), China e Taiwan.

Fez um curso de foto-jor-nalismo no International Press Shinbum, fotografa por conta própria e gosta de observar o ambiente a sua volta, com uma pro-posta de soma, multiplica-ção e transformação.

CULTURAA pesquisa fotográfica de Zare Ferragi sobre a antigamente conhecida por Birmania

Professor de Relações Internacionais da ESPMpesquisou em Myanmar as vozes que escutam caladas

“Antes de nascer no Brasil, nasci para o Mundo”, cos-tuma dizer Zare Ferragi, um jovem professor pau-listano, nascido em 1980 de pais nômades que até hoje migram pelas possi-bilidades do mundo.

Passou a infância no pan-tanal sul-mato-grossense, no interior de Rondônia e nas capitais de Brasília e Lima (Peru).

Completou seus estudos em diversos países, cur-sando Administração Pública na Fundação Ge-tulio Vargas e Turismo na USP. Concluiu estudos no México, em Cuba, na Es-tônia e nos Estados Uni-dos, onde se especializou em políticas públicas pela Universidade do Texas.

Em 2006 mudou-se para o Japão, onde concluiu um mestrado em estudos

Antes de nascer no Brasil, nasci para o Mundo

Um precioso documentario fotográfico

Acredita em relações de paz harmoniosas entre in-divíduos, grupos, nações e países. “Nosso mundo pre-cisa de mais entendimento cultural”, diz. “E mais foto-grafia”, pensa.

Ao regressar ao Brasil, através de exposiçoes em Vinhedo e no Museu de Arte do Parlamento de São Paulo nos ofereceu um olhar sobre os monges bu-distas do Myanmar (antiga Birmânia), a quem batizou de “Vozes que Escutam Caladas”.

Zare Ferragi compartilha a visão de que uma simples fotografia pode mudar o curso de uma nação. E foi o que aconteceu a partir deste ano quando o regime militar local abrandou sua repressão e liberou a Prê-mio Nobel da Paz, senhora San Suu Kyi, que acaba de ser eleita ao Parlamento.

ESPAÇO YEHOSHUA

FENG SHUI

(harmonização do ambiente)

NUMEROLOGIA

Av. Turmalina, 21 - Aclimação tel: (11) 5575-9275

Zare Ferragi que foi pro-fessor de Inglês voluntário em uma escola de línguas, em Mandalay, no centro de Myanmar, possibilitou-lhe visitar alguns monastérios e conversar com inumeros monges.

“Era nítido na ocasião o descontentamento da população local, onde os civis proibidos de se ex-pressarem, tinham medo. O governo militar usou muita propaganda e forte repressão. Os jornais censurados pre-cisavam passar uma im-

pressão de que tudo estava bem.

O espancamento e as-sassinato de monges nos últimos meses de 2007 provaram que os generais não mediam esforços para conseguirem se manter no poder. Por outro lado, os monges curiosos ques-tionavam o “mundo lá de fora”, incluindo o Brasil. Eles queriam saber sobre nosso estilo de vida, nos-sos sonhos e nossas espe-ranças.

A religião tem uma função

importante na vida diária da sociedade. Os monges estão em uma posição de aprendizado e ensino, es-tudando muito e ajudando aos outros. Eles são as vo-zes que escutam caladas. São monges que acreditam nos fundamentos da de-mocracia e têm consciên-cia de seu papel ativo em exigir um governo melhor.

Ao que tudo indica uma luz apareceu no fim do tú-nel neste ano de 2012, com as eleições parlamentares recentemente realizadas.

O Monge e o Monastério de Ouro

Page 16: O Vila Mariana - Ed. 4

16O VILA MARIANA - AGOSTO 2012

Fletir: um projeto cultural que rompe paradigmas e aponta novos caminhos

Para o desenvolvimento e a evolução da cultura e da arte

O Projeto Fletir, sob a ges-tão de Luis Cury, completa quatro anos de existência no Brasil com muito tra-balho e realizações ao lon-go deste percurso. Fletir é um projeto cultural que rompe paradigmas e apon-ta novos caminhos para o desenvolvimento e a evolu-ção da cultura e da arte.

A iniciativa tem como uma de suas ferramentas de atuação a Fletir Cia de Dança, ambas concebidas pelo bailarino, coreógrafo e diretor cênico Luís Cury, em 1998, na Alemanha, onde concretizou a mon-

tagem do espetáculo “O Diário de Anne Frank”. A experiência em solo ale-mão tornou-se referência e pedra fundamental para a estruturação do projeto no Brasil.

De que forma o Projeto

Fletir foi estruturado no

Brasil?

Luís: Retornei ao Brasil em 1999 com o embrião do projeto em mãos. Em 2006,

iniciei a busca por recursos para colocar o projeto em movimento. Desde o início idealizava uma companhia de dança subsidiada por uma equipe médica de alto nível para cuidar preventi-vamente dos bailarinos.

O Projeto foi se concre-tizando a partir do mo-mento em que parceiros começaram a abraçar a ideia, ortopedista, fisiote-rapeuta, acupunturista, odontologista esportivo, psicólogo, entre outros pro-fissionais. Enquanto isso, trabalhava dias e noites na elaboração do conceito filosófico do projeto.

Em 2008 formou-se o pri-meiro elenco da Fletir Cia de Dança, que fez sua estreia nacional no Tea-tro Alfa com o espetáculo “Esperando Godot”, obra homônima de Samuel Be-ckett. Já foi vista por cerca de 20.400 pessoas em mais de 120 apresentações em temporadas do Circuito Cultural Paulista, Virada Cultural, Viagem Teatral SESI, CEUs (Centro Edu-cacional Unificado), Tea-tro Alfa, Teatro Coletivo, Galeria Olido, contem-plando 25 municípios de São Paulo.

Além de prevenir lesões,

quais são os demais bene-

fícios da equipe médica?

Luís: A Fletir Cia de Dança é a única do Brasil, arris-ca-se a dizer do mundo, que possui uma equipe médica de alto nível com o objetivo de prevenir, diag-

nosticar e curar lesões dos bailarinos.

Além disso, tem uma equipe de preparadores físicos que olham para o profissional da dança como um atleta que leva seu corpo a condições de extrema exigência, fun-cionando muitas vezes além do limite físico e até mesmo mental. Isso tudo de forma humanizada.

É um orgulho termos em nosso bairro uma com-panhia de dança com uma proposta audaciosa. Emociona-me imaginar que a Fletir seja somente a primeira de um futuro de companhias que se preo-cupam com a saúde física e emocional do bailarino, que se doa integralmente para realizar seu trabalho.

Com o apoio do Ginásio do Ibirapuera, e por meio da Secretaria de Esporte, Lazer e Juventude, o Pro-jeto Fletir esteve locado por dois anos dentro do Giná-sio, e no momento, devido suas obras estamos tem-porariamente locados em espaços alternativos.

O Projeto Fletir vai

além da companhia de

dança, qual o principal

propósito do projeto?

Luís: Tem como objetivo intervir, por meio da arte e do movimento, na evo-lução do comportamento humano e nas suas rela-ções em busca de um mun-do mais harmônico, justo e feliz. Para isso, a equipe artística passa por um processo de capacitação, participa de seminários, palestras, workshops, vi-vências, pesquisas, leituras e encontros com estudiosos como Roberto Crema, Tas-so Scaff, Ruth Scaff, além bibliografias de Pierre Weill e Jean Yves Leloup.

E de onde vem o

conteúdo do projeto?

Luís: Grande parte do tra-balho teórico e prático do projeto é resultado da par-ceria com a Unipaz, Uni-versidade Internacional da Paz. Surgiu em 1987 com o objetivo de desenvol-ver uma ação educacional para a disseminação da visão holística da cultu-ra de paz e não-violência. Por meio desta parceria, realizamos também um encontro de improviso de arte, dança, música, circo, teatro, artes plásticas, ex-pressão, liberdade e criati-vidade.

Marilia Costa

Bailarinos encenando “Esperando Godot”

Luis Cury

TEATRO

Century Paulista Hotel

Um espaço do tamanho dos seus sonhos

Rua Teixeira da Silva, 647 - Paraíso

Tel: (11) 3882-9977 - ramal 14 - Reservas

www.centuryflat.com.br

Quem tiver interesse no projeto, pode entrar em

contato pelo e-mail [email protected]

ou pelo telefone 011 97855.7899

http://fletir.com.br/blog/

Page 17: O Vila Mariana - Ed. 4

16O VILA MARIANA - AGOSTO 2012

Fletir: um projeto cultural que rompe paradigmas e aponta novos caminhos

Para o desenvolvimento e a evolução da cultura e da arte

O Projeto Fletir, sob a ges-tão de Luis Cury, completa quatro anos de existência no Brasil com muito tra-balho e realizações ao lon-go deste percurso. Fletir é um projeto cultural que rompe paradigmas e apon-ta novos caminhos para o desenvolvimento e a evolu-ção da cultura e da arte.

A iniciativa tem como uma de suas ferramentas de atuação a Fletir Cia de Dança, ambas concebidas pelo bailarino, coreógrafo e diretor cênico Luís Cury, em 1998, na Alemanha, onde concretizou a mon-

tagem do espetáculo “O Diário de Anne Frank”. A experiência em solo ale-mão tornou-se referência e pedra fundamental para a estruturação do projeto no Brasil.

De que forma o Projeto

Fletir foi estruturado no

Brasil?

Luís: Retornei ao Brasil em 1999 com o embrião do projeto em mãos. Em 2006,

iniciei a busca por recursos para colocar o projeto em movimento. Desde o início idealizava uma companhia de dança subsidiada por uma equipe médica de alto nível para cuidar preventi-vamente dos bailarinos.

O Projeto foi se concre-tizando a partir do mo-mento em que parceiros começaram a abraçar a ideia, ortopedista, fisiote-rapeuta, acupunturista, odontologista esportivo, psicólogo, entre outros pro-fissionais. Enquanto isso, trabalhava dias e noites na elaboração do conceito filosófico do projeto.

Em 2008 formou-se o pri-meiro elenco da Fletir Cia de Dança, que fez sua estreia nacional no Tea-tro Alfa com o espetáculo “Esperando Godot”, obra homônima de Samuel Be-ckett. Já foi vista por cerca de 20.400 pessoas em mais de 120 apresentações em temporadas do Circuito Cultural Paulista, Virada Cultural, Viagem Teatral SESI, CEUs (Centro Edu-cacional Unificado), Tea-tro Alfa, Teatro Coletivo, Galeria Olido, contem-plando 25 municípios de São Paulo.

Além de prevenir lesões,

quais são os demais bene-

fícios da equipe médica?

Luís: A Fletir Cia de Dança é a única do Brasil, arris-ca-se a dizer do mundo, que possui uma equipe médica de alto nível com o objetivo de prevenir, diag-

nosticar e curar lesões dos bailarinos.

Além disso, tem uma equipe de preparadores físicos que olham para o profissional da dança como um atleta que leva seu corpo a condições de extrema exigência, fun-cionando muitas vezes além do limite físico e até mesmo mental. Isso tudo de forma humanizada.

É um orgulho termos em nosso bairro uma com-panhia de dança com uma proposta audaciosa. Emociona-me imaginar que a Fletir seja somente a primeira de um futuro de companhias que se preo-cupam com a saúde física e emocional do bailarino, que se doa integralmente para realizar seu trabalho.

Com o apoio do Ginásio do Ibirapuera, e por meio da Secretaria de Esporte, Lazer e Juventude, o Pro-jeto Fletir esteve locado por dois anos dentro do Giná-sio, e no momento, devido suas obras estamos tem-porariamente locados em espaços alternativos.

O Projeto Fletir vai

além da companhia de

dança, qual o principal

propósito do projeto?

Luís: Tem como objetivo intervir, por meio da arte e do movimento, na evo-lução do comportamento humano e nas suas rela-ções em busca de um mun-do mais harmônico, justo e feliz. Para isso, a equipe artística passa por um processo de capacitação, participa de seminários, palestras, workshops, vi-vências, pesquisas, leituras e encontros com estudiosos como Roberto Crema, Tas-so Scaff, Ruth Scaff, além bibliografias de Pierre Weill e Jean Yves Leloup.

E de onde vem o

conteúdo do projeto?

Luís: Grande parte do tra-balho teórico e prático do projeto é resultado da par-ceria com a Unipaz, Uni-versidade Internacional da Paz. Surgiu em 1987 com o objetivo de desenvol-ver uma ação educacional para a disseminação da visão holística da cultu-ra de paz e não-violência. Por meio desta parceria, realizamos também um encontro de improviso de arte, dança, música, circo, teatro, artes plásticas, ex-pressão, liberdade e criati-vidade.

Marilia Costa

Bailarinos encenando “Esperando Godot”

Luis Cury

TEATRO

Century Paulista Hotel

Um espaço do tamanho dos seus sonhos

Rua Teixeira da Silva, 647 - Paraíso

Tel: (11) 3882-9977 - ramal 14 - Reservas

www.centuryflat.com.br

Quem tiver interesse no projeto, pode entrar em

contato pelo e-mail [email protected]

ou pelo telefone 011 97855.7899

http://fletir.com.br/blog/

O VILA MARIANA - AGOSTO 201217NUMEROLOGIA

As cores e seu significadoAura-Soma, auto cura e auto conhecimento

A Aura-soma é um siste-ma de auto cura e autoco-nhecimento que reúne os princípios energéticos da aromaterapia, fitoterapia, cromoterapia, cristais e bioenergética, em frascos de óleos balanceados que

se apresentam em duas fa-ses bem diferenciadas.

Esses frascos são numera-dos e por isso vale ressaltar que também existe uma ligação fantástica entre os frascos da Aura-Soma e os Números, sendo essa liga-ção um dos aspectos muito fascinantes do sistema.

Para ajudar a fazer a com-paração útil, é preciso ter uma leve ideia do signifi-cado de cada número:

Número 1

O número 1 representa o indivíduo. Sugere a determinação e lideran-ça. O número 1 carrega a energia para ser o pri-meiro em qualquer situ-ação em que se encon-trar, seja nos negócios,

no ambiente social ou no esporte.

Número 2

O número 2 representa relacionamento. Pode ser associado a uma tendência para pensar muito nas coi-

sas ou para dedicar muita atenção e energia a senti-mentos.

Número 3

É aquele que faz acontecer, que realiza. É um número “bom”, é concreto

Número 4

Simbolizado por um qua-drado, é um número que representa algo estável e permite a construção de estruturas. O número 4 está associado à solidez e ao prático. Número 5

É o número dos humanos: com 1 cabeça, 2 braços e 2 pernas. Com os cinco sen-tidos, os humanos podem se relacionar com o mun-do exterior. É um número muito importante dentro

do sistema AURA-SOMA.

Número 6

Na Aura-Soma o núme-ro 6 representa a descida ao espírito. Visto de outra maneira, o 6 representa as quatro direções, a que

se somam acima e abaixo. “Assim na Terra como no céu”. É um número místico.

Número 7

O número 7 é mágico e místico. O número 7 está associado às mis-teriosas leis da criação; tradicionalmente exis-tem 7 chakras, 7 cores do arco-iris, 7 notas na esca-la musical, biblicamente, diz-se que no 7º. Dia deus descansou.

Número 8

O número 8 é formado por dois círculos que su-gerem o princípio. Quan-do o número 8 é colocado de lado, transforma-se no símbolo do infinito, fluin-do sem começo e sem fim. É um número que tem a ver com prosperidade.

Número 9

O número 09 permite àquele que entra em con-tato com ele reconhecer-se de um novo modo. Tradi-cionalmente, quem tem o número 9 é um catalisador para mudanças para si e para os outros, mas dificil-mente são vistos dessa ma-neira por si mesmos.

Número 0

Nada, tudo e também completude são represen-tados por esse símbolo. O zero representa o que está subjacente a tudo, o que permanece quando tudo o mais foi tirado; é de onde tudo deve surgir.

Cristiane Craveiro

[email protected]

Page 18: O Vila Mariana - Ed. 4

18O VILA MARIANA - AGOSTO 2012 COMPORTAMENTO

Verifique se o filho ou neto estão se tornando zumbis digitadores

Você acha que está ultra-passado por não saber me-xer em um computador? Enganou-se, só está ultra-

passado quem não sabe tratar informações.

Todo período, seja década

ou século é caracterizado por ciclos de desenvolvi-mento que a caracteriza. Por exemplo, a revolução industrial inglesa ou os anos pós II Guerra Mun-dial, com ciclos de produ-ção de bens, acelerado.

Nossa atual sociedade é marcada pela possibilida-de de obtenção de infor-mações, relevantes ou não, a uma velocidade extrema-mente elevada.

Seguramente seremos co-nhecidos no futuro como as pessoas que criaram portas para a obtenção li-vre de informação, e con-traditoriamente também

como, a sociedade que teve o dilema de filtrar ou separar “o joio do trigo” de toda a massa de informa-ções que estamos sujeitos.

O que temos que balancear é a quantidade de infor-mação versus o tempo que possuímos. O balancea-mento entre os dois itens é o que caracterizará o su-cesso ou falha de você, de sua empresa ou de um país.

O que interessa será como possibilitar que alguém use seu tempo para anali-sar o que nós temos a ofe-recer, vender ou trocar.

Montar mecanismos, que vão da concepção e do pla-nejamento até a respon-sabilidade da atividade, possibilitando a absorção da nossa ideia é o que vale, pois isso é que representa praticamente o sucesso do que queremos, seja um simples produto ou a per-cepção de como um país se apresenta.

Porém, como dito ante-riormente o tempo, hoje, é o bem mais valioso. A reflexão que esta implícita é que as informações, bens ou serviços devem tender a ser um processo comer-cial como era realizado no passado, uma troca.

Uma troca de informa-ções, uma troca tecnoló-gica, onde comparamos o valor de nossa informação ou bens em contrapartida a informação que podere-mos adquirir ou receber no processo.

Computador: muitas mensagens mas poucas informações

Hoje em dia, quando com-pramos um celular ou um computador novo, busca-mos uma forma mais rá-pida e eficiente de buscar-mos informações.

É muito comum as pessoas de mais idade ficarem ad-miradas com as gerações mais novas mexendo em computadores, celulares, etc. Muitos acreditam que a atual geração de jovens é um fenômeno, comparada as mais antigas.

Analisando a fundo o que eles fazem, é descobrir que eles trocam muitas mensa-gens. Mas nenhuma infor-mação ou ideia que valha a

pena, todas sem uso prático.

Não concorda? Imagine que João Gutenberg, o cara que inventou a impressão em 1450, possibilitando a Renascença e a Revolução Cientifica, decidisse que os livros que ele imprimiria seriam apenas de piadas, receitas de bolo e besteirol.

O que teria acontecido hoje? Possivelmente uma geração de zumbis impres-sores de livros que não sa-bem o que fazer. Por isso cuidado, veja se o filho ou neto não está tornando-se um zumbi digitador.

Aristides Campos Jannini

ContatosTel: 3252-5231 | 3252-5256

Rua Gualachos, 285, Aclimaçãowww.tcpaulista.com.br

Page 19: O Vila Mariana - Ed. 4

O VILA MARIANA - AGOSTO 201219SAÚDE

O lugar do ser humano no mundo

O que é a individuação ?

O VILA MARIANAAnuncie no

jornal

do seu bairro

(11) 99829-7229(11) 4999-5543

Individuação é um concei-to desenvolvido por Carl Jung, e tem várias facetas.

É o processo pelo qual nos tornamos indivíduos ao reivindicarmos nossa sin-gularidade - nossos gostos e desgostos, valores, perso-nalidade, pontos de vista, interpretações, interesses, objetivos, hábitos, idiossin-crasias, filosofia de vida, en-fim, nosso lugar no mundo, nossa maneira de fazer as coisas, e nosso estilo.

Individuação é essencial-mente o mesmo que “o de-

senvolvimento do ego.” É a realização de nosso poten-cial e nosso destino.

Quando chegamos a este mundo, nós provavelmente não temos nenhum conteú-do. Somos “uma página em branco”, sem nem um desti-no totalmente predetermi-nado, mas, além disso, nós provavelmente temos “ten-dências” e “possibilidades”, que são como as caracterís-ticas do projeto de uma casa a ser construída.

As nossas decisões pesso-ais é que irão determinar

até que ponto nós promul-garemos as tendências e possibilidades, neste pes-soal processo de individu-ação.

A Individuação não tem a intenção de conduzir à to-tal autonomia, muito pelo contrário, ela leva a desco-brimos nossas semelhan-ças com outras pessoas.

Como nós nos definimos, reconhecemos as mesmas emoções, anseios, desafios e funções arquetípicas que ocorrem em outras pessoas.

Assim é preciso desenvol-ver falas próprias, desen-volver a própria intuição rumo a qualidades mais pessoais, mais originais como um traço particular do que é bom para si mes-mo, desenvolvendo e aper-feiçoando o próprio ego ao se questionar, e porque não eliminar ideias e pa-peis que foram sugeridos por outras forças externas.

Desenvolver a persona que é a parte de nós e que apre-sentamos ao mundo como nossa individualidade na sociedade. Cultivar a co-ragem. Individuação pode ser um processo difícil e doloroso.

O crescimento pode ser difícil, pode ser assustador, mas deve ser experimenta-do como uma “morte” das nossas maneiras velhas e

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nossos relacionamentos antigos, que vai evocar a solidão existencial de quem não segue junto com a mul-tidão. E isso pode machu-car, como disse Jung:

“Não há nascimento da consciência sem dor.”

Mas ele disse que a dor e as adversidades são neces-sários porque nos forçam a reavaliar nossos valores, autoestima e coragem.

Individuação é uma jornada de conflito, que continua-mente afirma nossa indivi-dualidade contra a sedução interna para a placidez do psicológico e até mesmo de uma regressão, contra a de-manda externa por confor-

midade social e “ajuste”.

Nós aprendemos a dife-rença entre individualis-mo e individuação. Jung disse que o individualismo é um exagero intencional de diferenças, enquanto

individuação é uma con-sumação pessoal dos nos-sos traços comuns arque-típicos.

Vicente Miceli

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Carl Gustav Jung

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