o uso de scanners na digitalizaÇÃo de mapas destinados a sistemas de informaÇÕes geogrÁficas

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  • 8/17/2019 O USO DE SCANNERS NA DIGITALIZAÇÃO DE MAPAS DESTINADOS A SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS

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    Congresso de Brasileiro de Cartografia, 1993, Rio de Janeiro. Vol. 3. Sociedade Brasileira de Cartografia, V.3 O USO DE SCANNERS NA DIGITALIZAÇÃO DE MAPAS DESTINADOS A

    SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS

    C. N. Franci scoMest r anda de Geoprocessamento da EPUSP

    Xavi er - da- Si l va, J .Prof . Ti t ul ar do Dep. de Geogr af i a

    Uni ver si dade Federal do Ri o de J anei r o

    Laboratór i o de Geopr ocessament o - Dep. de Geogr af i aI nst . de Geoci ênci as - CCMNI l ha do Fundão - 21. 941- 590 - RJ

    RESUMO

    A ent r ada de dados em Si st emas de I nf ormações Geogr áf i cas -

    SI G' s demanda apr oxi madament e met ade do t empo necessár i o para o

    desenvol vi ment o de um pr oj eto que f aça uso dest a f err ament a. Os

    SI G' s, em sua mai ori a, est ão pr eparados par a r eceber os dados vi a

    mesa di gi t al i zadora, o que consome esf orços de tempo e r ecur sos. Oscanner pode ser uma al t ernat i va vi ável par a entr ada de mapas nest es

    si st emas, por ém deve- se at ent ar par a al gumas l i mi t ações dest e

    equi pament o e do pr odut o gerado em part i cul ar quant o às exi gênci as

    especí f i cas do SI G que se pr et enda ut i l i zar . O obj et i vo dest e

    t r abal ho é anal i sar a vi abi l i dade de scanner s par a ent r ada de dados

    em SI G' s f ace a essas l i mi t ações.

     ABSTRACT The GI S' data i nput spends aproxi mat el y 50% of t he t i me needed

    t o devel opment of pr oj ect s. I n t he most , GI S ar e pr epared t o get

    data by di gi t i zi ng t abl et , what demands much t i me and resour ces. The

    scanners may be an opt i on t o i nput maps i n the syst em, but i t ' s

    necessar y to pay at t ent i on t o some r est r i ct i ons of t hi s t ool and t he

    pr oduct obt ai ned by i t s used. The goal of t hi s paper i s anal ysi ng

    t he possi bi l i t i es of usi ng scanner t o i nput dat a i n GI S bef or e i t s

    res t r i ct i ons .

    1. INTRODUÇÃO 

    Ent r ada de dados em Si st emas de

    I nf or mações Geogr áf i cas const i t ui um

    processo de t r ansf ormação dos dados

    capt ur ados f i si cament e em est r ut ur as

    numér i cas pass í vei s de ar mazenament o

    ef i ci ent e. Os dados a ser em capt ur ados

    podem ser espaci ai s e não- espaci ai s; os

    pr i mei r os r ef erem- se aos mapas

    pr opr i ament e di t os e sua ent r ada basei a-

    se na di gi t al i zação da geomet r i a das das

    f ei ções e cont eúdo l ógi co ambi ent ai s de

    i nt er esse. Em t er mos geomét r i cos, est as

    f ei ções podem ser ent endi das como

    pol í gonos, l i nhas e pont os que compõem o

    mapa. Os dados não- espaci ai s const i t uem-

    se dos at r i but os sem t err i t or i al i dade

    r el aci onados às f ei ções espaci ai s

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    Congresso de Brasileiro de Cartografia, 1993, Rio de Janeiro. Vol. 3. Sociedade Brasileira de Cartografia, V.3 

    DPI ( pont os por pol egada) ; quant o mai or

    est a f or , mai s r ef i nadas vão ser as

    f ei ções. A DPI é ger al ment e def i ní vel

    pel o usuári o e deve ser baseada na

    espessur a das l i nhas no or i gi nal e nos

    det al hes geomét r i cos que devem serpr eservados no pr odut o f i nal . Assi m,

    par a r ast er i zação f i el de f ot os aér eas,

    por exempl o, há necessi dade de uma DPI

    mai s el evada, j á que o t amanho dos gr ãos

    de sai s usados em f ot ogr af i as var i a de

    0, 1 a 1 μm, ou sej a, par a r epr oduzi r

    est a r esol ução há necessi dade de DPI

    aci ma de 1000. J á a r ast er i zação demapas demanda uma DPI menor , poi s a

    menor espessur a de l i nha encont r ada num

    mapa est á em t orno de 0, 1 mm, exi gi ndo,

    assi m, r esol ução mai or que 250 DPI para

    r epr oduzi r est as f ei ções.

    É i mpor t ant e para o usuári o ob-

    servar a rel ação ent r e DPI , t amanho do

    arqui vo e pr odut o f i nal . Uma DPI el evada

    pr oduz f ei ções mai s r ef i nadas, por ém não

    mai s r ef i nadas do que do mapa or i gi nal ,

    assi m quando ul t r apassa- se o r ef i nament o

    do document o or i gi nal , há geração de ar -

    qui vos cont endo dados que são supér -

    f l uos. Por sua vez, o acesso e

    processament o dos dados f i cam demorados

    e, mui t as vezes, i nvi ávei s devi do às

    r est r i ções do equi pament o. Deve- se

    t ambém menci onar que uma mai or DPI gera

    um mai or número de pi xel s compondo a

    l argur a de cada l i nha, o que pode t ornar

    a edi ção do mapa mai s di f í ci l e

    demor ada.

    Uma out r a quest ão é a rel ação DPI e

    pr eci são dos mapas r aster i zados.

    Car t ensen ( 1991) t est ou a di gi t al i zaçãopor scanner com t r ês ní vei s de resol ução

    - 75, 150 e 300 DPI - os resul t ados

    dest e t est e most r am que não houve er r o

    mai or que 0, 1 mm e que os ní vei s de

    er r os não f or am af et ados pel a r esol ução

    espaci al nem estavam em f unção da

    di st ânci a ent r e os pont os no mapa

    or i gi nal .Assi m, a escol ha da DPI pel o

    usuár i o deve ser baseada no t amanho do

    arqui vo a ser gerado e nos detal hes que

    se desej a obt er no pr odut o f i nal . Os

    mapas no Br asi l são cl assi f i cados em

    t r ês ní vei s quant o a exat i dão (decr et o

    l e i no  89. 817/ 84) , o ní vel mai s el evado

    ( ní vel A) exi ge uma exat i dão de 0, 3 mmna escal a da cart a, que r epr esent a uma

    r esol ução em t or no de 75 DPI . Em

    consequênci a, pode- se af i r mar que uma

    r esol ução mai s grossei r a que est a af et a

    a exat i dão da car t a di gi t al i zada no

    nï vel A de exat i dão.

    O segundo ponto i mpor t ante que se

    deve at ent ar quant o a di gi t al i zação por

    scanner é a r esol ução radi omét r i ca, ou

    sej a, o i nt er val o de val or es que cada

    pi xel pode di scr i mi nar . A r esol ução pode

    abr anger , normal ment e, 1 bi t ( pr eto e

    br anco) a 24 bi t s ( " t r ue col or " ) . Quant o

    mai or a resol ução radi ométr i ca, mai or o

    t amanho do arqui vo gerado.

    A escol ha da r esol ução r adi omét r i ca

    deve se basear na qual i dade do mapa

    or i gi nal . Se o mapa cont ém apenas l i nhas

    ( pr et o) e f undo (branco) , 1 bi t at ende

    as necessi dades. Porém, se o mapa cont ém

    di ver sos t ons ou cor es e se desej a

    mant er est a di ver si dade no mapa

    r aster i zado, ent ão deve- se opt ar par a

    di gi t al i zá- l o em r esol uções super i or es a

    1 bi t . Deve- se, porém, obser var que ummapa que f oi r ast er i zado em mai s de 1

    bi t t ambém não i dent i f i ca as f ei ções e

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    Congresso de Brasileiro de Cartografia, 1993, Rio de Janeiro. Vol. 3. Sociedade Brasileira de Cartografia, V.3 

    El a consi st e em passar as f ei ções a

    l i mpo, contendo o mapa a passar pel o

    scanner apenas as i nf ormações desej adas.

    Deve- se atent ar par a a el aboração de um

    mapa o mai s l i mpo possí vel , com as

    f ei ções bem dest acadas e as espessurasdas l i nhas pr óxi mas ao or i gi nal . Também

    pode- se r edesenhar os mapas sem separar

    as i nf or mações que se desej am em vár i os

    car t ogr amas, sendo que cada cl asse de

    i nf ormação é col ocada em uma cor . Est e

    pr ocesso é i mport ant e para gar ant i r a

    superposi ção perf ei t a de i nf ormações que

    est ão espaci al ment e associ adas. Porexempl o, curvas de ní vel e dr enagem, as

    pr i mei r as r ecebem uma cor e os r i os

    out r a, sendo est es separ ados por métodos

    cl assi f i cat ór i os cont i dos em pr ogr amas

    de pr ocessament o di gi t al de i magens.

    A qual i dade do document o or i gi nal

    r eduz o esf or ço da edi ção a post er i or .

    Segundo Peuquet ( 1984) , ger al ment e é

    menos cust oso e mai s r ápi do pr eparar o

    or i gi nal a ser r ast eri zado, mesmo que

    si gni f i que r edesenhá- l o. É t ambém

    suger i do que as i nst i t ui ções

    r esponsávei s pel a produção de mapas

    mant enham o or i gi nal sem sí mbol os, de

    modo que possam ser ut i l i zados na

    di gi t al i zação por scanner .

    3.2. Rasterização 

    Nest a et apa, pr evi st a em posi ções

    di f erent es nos doi s mét odos, deve- se

    atent ar para a DPI e a r esol ução

    r adi omét r i ca a ser em def i ni das pel o

    usuár i o. A opção por 1 bi t pode ser

    ut i l i zada para mapas que cont enham

    apenas uma cl asse de i nf ormação ou,

    ai nda, par a aquel es que passar am por umaet apa de pr é- processamento e compõem- se

    de f ei ções apenas com uma cor e o f undo

    br anco. A vant agem desta r esol ução é a

    geração de arqui vos de menor t amanho e a

    de l i nhas com o mesmo val or ( 0 ou 1) , o

    que f aci l i t a a edi ção post er i or .

    Par a mapas col or i dos, que post e-

    r i orment e passarão pel a f ase depr ocessament o di gi t al de i magens, com

    vi st as a i dent i f i cação das cl asses do

    mapa ( mét odo 2) , a resol ução adequada é

    a de 24 bi t s, j á que per mi t e ext r ai r as

    cl asses com mai or f aci l i dade, poi s

    ut i l i za o val or do pi xel no espaço

    conheci do como RGB ( ver mel ho, ver de e

    azul ) , onde cada canal r epr esent a umacor . Deve se ressal t ar que resol ução de

    24 bi t s pr oduz arqui vos mui t o gr andes,

    na ordem de 24 vezes mai or do que um

    arqui vo de 1 bi t sem compr essão.

    3.3. Tratamento de imagem

    Quando o mapa f or di gi t al i zado em

    mai s de 1 bi t , pode- se ut i l i zar métodos

    de cl assi f i cação de i magens para

    i dent i f i car as f ei ções e al ocar os

    at r i but os. Por ém a cl assi f i cação dest as

    i magens não é um pr ocesso si mpl es, j á

    que di f erent es cl asses, com suas

    respect i vas cores , podem possui r

    r espost as espect r ai s semel hant es,

    pr i nci pal ment e, quando o f undo do mapa

    f or compost o por al guma cor e/ ou

    padr onagem, como é o caso das curvas de

    ní vel em ár eas ur banas nas car t as

    t opogr áf i cas do I BGE. A cl assi f i cação é

    f aci l i t ada quant o mai or f or a r esol ução

    r adi omét r i ca, j á que o número de

    combi nações de cor es e padrões de

    i mpr essão é grande nest e caso.

    A pr i nci pal vant agem dest a et apa é

    o reconheci ment o das cl asses do mapa demodo mai s i nt el i gent e para o si st ema,

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    Congresso de Brasileiro de Cartografia, 1993, Rio de Janeiro. Vol. 3. Sociedade Brasileira de Cartografia, V.3 

    economi zando esf orços na edi ção dos

    mapas.

    3.4. Edição 

    A edi ção consi st e no est abel eci -

    ment o das l i gações ent r e a geomet r i a das

    f ei ções capt ur adas e seus at r i but osl ógi cos, espaci ai s e não- espaci ai s.

    Exi st e uma carênci a de operações de

    edi ção de mapas r aster i zados em al guns

    SI G' s, sendo necessár i o o uso de pacot es

    gr áf i cos ext er nos a est es si st emas. Em

    mui t os sof t wares di sponí vei s atual ment e,

    é necessár i o o uso de pacot es gr áf i cos

    externos aos SI G' s par a execução dast aref as de edi ção. Est es pacot es, mui t as

    vezes, não atendem às necessi dades dos

    pr odut os car t ogr áf i cos, pr i nci pal mant e,

    aquel as r el aci onadas a pr eci são do

    pr odut o f i nal . Essa car ênci a exi st e pel o

    f at o dest es SI G' s t er em desenvol vi do

    suas ent r adas de dados vi a mesa

    di gi t al i zadora e, ao mesmo t empo,

    permi t i r em a i mpor t ação de ar qui vos com

    f or mat o r ast er , por ém sem i ncor por ar em

    opções ef i ci ent es par a edi ção dos

    arqui vos i mport ados. Abai xo est ão

    r el aci onados pr ocedi ment os i mport ant es

    na et apa de edi ção de dados

    r ast er i zados.

    - El i mi nação de r uí dos - consi st e

    na el i mi nação das i mperf ei ções do r ast er

    r el aci onadas a pequenas suj ei r as

    exi st ent es no document o or i gi nal . Est es

    r uí dos podem ser el i mi nados por f i l t r os

    ou apagando di r et ament e no moni t or .

    - J unção de mapas - est a oper ação é

    f undament al , j á que os scanner s de mesa

    com pr eços mai s acessí vei s são aquel es

    que comport am mapas de menor t amanho.Assi m, para mapas de mai or es há a

    necessi dade de r ast er i zar os mapas em

    par t es e, depoi s, j unt á- l os em al gum

    pr ogr ama. Est a j unção pode ser f ei t a no

    pacot e gr áf i co ou no pr ópr i o SI G.

    - Rotação de i magens - est a f unção

    é necessár i a quando o mapa f oi

    di gi t al i zado i ncl i nado em r el ação aosi st ema de coordenadas, havendo

    necessi dade, assi m, de r ot aci oná- l o par a

    col ocá- l o na posi ção adequada. Est es

    sof t wares devem permi t i r uma r otação da

    ordem de mi nutos

    - Rest i t ui ção de f ei ções - é usual

    que ocor r am f al has nas l i nhas nos mapas

    r ast er i zados, assi m uma out r a f unção écompl et ar est as l i nhas. O obj et i vo aqui

    é cor r i gi r a deomet r i s das f ei ções as

    f ei ções, sendo permi ssí vei s os exageros

    t í pi cos das r epr esent ações

    car t ogr áf i cas.

    - Al ocação de at r i but os - um mapa

    em est r ut ur a r ast er , cada pi xel cont ém

    um val or que r ef er e- se ao at r i but o da

    ent i dade car t ogr af ada. Quando a i magem é

    di gi t al i zada em 1 bi t , o val or cont i do

    no pi xel é 0 ou 1; se o mapa cont ém mai s

    de um at r i but o, é necessár i o que se

    conver t a o mapa par a uma est r utura

    mat r i ci al de mai or número  de bi t s por

    pi xel , de f orma que est e possa r eceber

    um i nt er val o mai or de val or es e, assi m,

    cada val or r el aci onar - se a um at r i but o.

    A al ocação de at r i but os, quando se usa

    pacotes gr áf i cos ext ernos ao SI G,

    consi st e, par a o usuár i o, na pi nt ur a de

    cada pol í gono do mapa com uma cor , que

    possui um r especti vo val or , este é

    associ ado a uma cl asse; assi m, por

    exempl o, num mapa de uso do sol o, os

    pol í gonos que têm como at r i but o o usour bano r ecebem a mesma cor e, conse-

    quent ement e, possuem o mesmo códi go

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    Congresso de Brasileiro de Cartografia, 1993, Rio de Janeiro. Vol. 3. Sociedade Brasileira de Cartografia, V.3 

    i dent i f i cador . J á com est es mapas no

    i nt er i or do SI G, os val or es são

    i dent i f i cados e a l egenda é el abor ada.

    Nos mapas que f or am di gi t al i zados

    em mai s de 1 bi t e onde f oi bem sucedi da

    a cl assi f i cação com vi st as ai dent i f i cação das f ei ções exi st ent es, ou

    sej a, f oi possí vel separ ar as vár i as

    cl asses do mapa pel a cor at r avés de

    métodos de cl assi f i cação de i magens, não

    há necessi dade de se execut ar a f ase de

    pi nt ur a i nt er at i va das f ei ções, j á que

    os at r i but os j á est ão i dent i f i cados;

    t al vez haj a necessi dade de al gumacor r eção gr áf i ca, como, por exempl o,

    pi nt ar al guns pi xel s que não f or am bem

    i dent i f i cados pel o scanner .

    - Geor ef erenci ament o - est a et apa

    consi st e na at r i bui ção de coor denadas

    geogr áf i cas de um si st ema de pr oj eção

    car t ogr áf i ca à base de dados col i gi dos.

    Est e pr ocedi ment o é execut ado no SI G,

    at r avés da def i ni ção de pont os

    r econhecí vei s.

    Conf or me menci onado, al gumas das

    et apas descri t as aci ma podem ser

    execut adas pel o pr ópr i o SI G, pr i nci -

    pal ment e, se estes rodar em em

    pl at af or mas e sof t war es mai s sof i st i -

    cados. Caso os SI Gs não possuam est as

    f unções, pode- se se f azer uso de pacot es

    gr áf i cos comer ci ai s, por ém estes, em

    ger al , não sat i sf azem pl enament e os

    r equi si t os par a pr ocessar pr odut os

    car t ogr áf i cos, onde a pr eci são é

    f undament al .

    Out r a di f i cul dade pr esent e r el a-

    ci ona- se às f ei ções l i near es como ri os,est r adas etc. Nest as há a necessi dade de

    se af i nar as l i nhas, f unção ausent e, com

    f r equênci a, nos pacot es gr áf i cos

    di sponí vei s. Quando se di gi t al i za uma

    i magem por scanner , a espessura da l i nha

    cont ém vár i os pi xel s; est e númer o est á

    r el aci onado com a DPI def i ni da. Nas

    f ei ções pol i gonai s, i st o não é um gr andepr obl ema j á que def i nem áreas, podendo

    haver , ent r et ant o, super est i mat i vas no

    cál cul o dest as ár eas. Par a a l i near es,

    por out r o l ado, deve- se af i nar as

    l i nhas, par a que cada uma cont enha

    apenas 1 pi xel . Se no pacot e gr áf i co

    ut i l i zado não est i verem di sponí vei s

    pr ocedi ment os ef i ci ent es de af i nament ode l i nhas, t al t ar ef a pode t or nar - se

    mui t o demor ada e mesmo penosa.

    Quando se di gi t al i za um mapa em

    scanner com obj et i vo de conver t ê- l o ao

    f or mat o vet or i al , o sof t war e de

    vet ori zação deve ser ver i f i cado quant o a

    exi st ênci a de pr ocedi ment os dest i nados a

    corr eções e mel hor i a aut omát i ca das

    f ei ções r ast er i zadas. Caso est es

    pr ocedi ment os exi st am, a edi ção pode

    ser ef et uada nestes sof t wares.

    É comum, o uso da mesa di gi t al i -

    zadora para a entr ada de dados com

    poster i or conver são do ar qui vo par a

    f or mat o r aster. I sto ocor r e, pr i nci -

    pal ment e, no caso de est udos ambi en-

    t ai s, onde o f ormat o r aster apr esent a

    vant agens sobr e o vetori al em al gumas

    f unções, por exempl o, as associ adas a

    super posi ção de mapas. No ent ant o, é

    f r equent e ver i f i car SI G' s que anal i sam

    basi cament e dados em f ormato r ast er

    associ ar em a ent r ada de dados ao

    f or mat o vet or i al . Na pr át i ca, i st o

    si gni f i ca ent r ar dados por mesadi gi t al i zador a par a ser em ut i l i zados sob

    a f or ma rast er . Não ser i a mai s

  • 8/17/2019 O USO DE SCANNERS NA DIGITALIZAÇÃO DE MAPAS DESTINADOS A SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS

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    Congresso de Brasileiro de Cartografia, 1993, Rio de Janeiro. Vol. 3. Sociedade Brasileira de Cartografia, V.3 

    i nt eressant e que est es si st emas

    of er ecessem uma ent r ada de dados

    ef i ci ent e di r et ament e por scanner s?

    4. EXPERIÊNCIA SAGA-UFRJ

    O SAGA - Si st ema de Anál i se Geo-

    Ambi ent al - desenvol vi do pel o Labo-

    r at ór i o de Geopr ocessament o do Depar -

    t ament o de Geogr af i a da UFRJ , é um

    si st ema cuj a ent r ada de dados é f ei t a

    com uso de scanner s; par a i sso f or am

    desenvol vi dos pr ogr amas de ent r ada por

    scanner s e edi ção dos mapasr ast er i zados.

    O módul o de ent r ada de dados do

    SAGA é um sof t war e dest i nado ao

    pr ocessament o de mapas r ast er i zados,

    cont endo as f unções e a pr eci são

    necessár i as para processar pr odut os

    car t ogr áf i cos, sendo baseado em scanners

    de bai xo cust o. A capt ur a da geomet r i a

    do mapa é f ei t a por progr ama própr i o,

    t ambém podendo ser acei t os mapas

    di gi t al i zados por out r os sof t war es em

    f or mat o TI FF.

    A ent r ada de dados do SAGA possui

    as segui ntes operaçÕes: conversão de

    r esol ução, r ef i nament o de l i nhas, j unção

    de mapas e georef erenci ament o. Est as

    operações pr eparam o mapa para o

    r econheci ment o das f ei ções e al ocação

    dos respect i vos at r i but os.

    A i dent i f i cação das f ei ções é f ei t a

    pel o pr ograma TRAÇAVET. O procedi mento

    consi st e na persegui ção da l i nha que

    compõe uma f ei ção de modo i nterat i vo com

    o usuári o. Est a persegui ção possui

    vár i os ní vei s de aut omação e est esní vei s estão rel aci onados com a

    capaci dade de superar as dúvi das da

    persegui ção do cur sor . Assi m, o ní vel 1

    persegue a l i nha que f or cont í nua com

    l ar gur a de um pi xel , j á o ní vel 4, e

    úl t i mo, prossegue a persegui ção mesmo

    com f al has de at é 2 pi xel s e deci de

    sobr e cami nhos, em cert os casos, quandoapr esenta- se mai s de uma opção. Est a

    f or ma de i dent i f i cação das f ei ções é

    ext r emament e i nt eressant e, j á que

    per mi t e ao usuár i o cor r i gi r as possí vei s

    f al has exi st ent es no mapa r ast er i zado de

    modo i nt erat i vo com a máqui na.

    Os at r i but os são al ocados ao mesmo

    t empo que as f ei ções são i dent i f i cadas,as quai s r ecebem um códi go, o que

    possi bi l i t a a i mpl ement ação de l i gações

    com bancos de dados convenci onai s. A

    par t i r do conj unt o de f ei ções

    i dent i f i cadas , podem ser gerados

    di ver sos mapas, por exempl o, as est r adas

    podem compor o mapa bási co ou, ai nda,

    ser em apr esentadas no mapa de uso do

    sol o. I st o é possí vel , j á que na edi ção

    são cr i ados arqui vos i sol ados cont endo

    as cl asses de f ei ções, podendo- se,

    assi m, com el as compor e ger ar vár i os

    mapas.

    Por f i m, deve- se menci onar os

    ar qui vos de pequeno tamanho que são

    gerados por est e si st ema, com uma taxa

    de compressão aci ma de 50%. Est e

    aspecto é bast ant e i mport ant e, j á que é

    comum acr edi t ar - se que o t amanho dos

    ar qui vos r ast er é excessi vo e l i mi t ant e

    par a sua adoção como est r utura de

    ar mzenamento.

    5. CONCLUSÕES

    Sendo a di gi t al i zação por mesa

    di gi t al i zador a um pr ocesso t edi oso,

  • 8/17/2019 O USO DE SCANNERS NA DIGITALIZAÇÃO DE MAPAS DESTINADOS A SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS

    9/9

    Congresso de Brasileiro de Cartografia, 1993, Rio de Janeiro. Vol. 3. Sociedade Brasileira de Cartografia, V.3 

    suj ei t o a err os humanos e, com a queda

    de pr eços dos scanners de mesa, a

    capt ur a da geomet r i a das f ei ções por

    scanners vem se t ornando uma boa

    al t er nat i va. Deve- se l embr ar , no

    entant o, que o t empo demandado pel ospr ocessament os pr évi os e post er i ores à

    di gi t al i zação, quando dependent es de

    sof t wares ext ernos aos SI G' s, pode

    t ornar desvant aj oso o uso de scanners,

    pr i nci pal ment e, pel a escassez de

    pr ogr amas especí f i cos de edi ção de

    mapas em f ormat o rast er para SI G' s.

    O t amanho dos ar qui vos gerados pel oscanner , quando não compact ados

    conveni ent ement e, pode l i mi t ar o uso

    dest es, devi do ao t empo consumi do par a o

    processament o dos dados.

    A superação dest as l i mi t ações

    conduz a vi abi l i dade do uso de scanner

    na di gi t al i zação de mapas para SI G' s de

    modo mai s ef et i vo. A ent r ada de

    dados por scanner do SAGA- UFRJ , baseada

    em equi pament os de bai xo cust o,

    di f er ent ement e de out r as al t er nat i vas

    que exi st em no mercado, apr esent a- se com

    vant agens que merecem at enção.

    6. BIBLIOGRAFIA

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