o uso de elementos lÚdicos no vestuÁrio infantil … · atividade é um jogo, onde se adivinha e...
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Gramado – RS
De 30 de setembro a 2 de outubro de 2014
O USO DE ELEMENTOS LÚDICOS NO VESTUÁRIO INFANTIL
Bel. Ana Paula Heirich
Feevale
Me. Samira M. Kroeff Troncoso
Feevale
Resumo: Este estudo busca levantar os elementos lúdicos utilizados no vestuário infantil através de marcas conceituadas, com o objetivo de identificar quais destes elementos, cores e texturas que são realmente de preferências das crianças, com a finalidade de aplicação no desenvolvimento de uma coleção para a marca Alma de Açúcar. Para tanto, identificou-se padrões de elementos lúdicos, e posteriormente foram realizadas entrevistas interativas e individuais com crianças entre 04 a 10 anos. A análise e os resultados da pesquisa, feitos através de abordagem qualitativa, identificou os elementos, as cores e as texturas, que são destacados através de uma coleção, totalizando 30 peças, apresentadas através de quadro de coleção, peças confeccionadas e produção de editorial de moda.
Palavras-chave: criança, jogo, elemento lúdico, pesquisa interativa, vestuário infantil.
Abstract: This study search to lift the elements lúdicos used in the infantile clothing through considered marks, with the objective of identifying which of these elements, colors and textures that are really of the children's preferences, with the application purpose in the development of a collection for the mark Soul of Sugar. For so much, he/she identified patterns of elements lúdicos, and later interactive and individual interviews were accomplished with children among 04 to 10 years. The analysis and the results of the research, done through qualitative approach, it identified the elements, the colors and the textures, that are outstanding through a collection, totaling 30 pieces, presented through collection picture, made pieces and production of fashion editorial. Keywords: child, game, element lúdico, researches interactive, children’s
clothing.
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1. INTRODUÇÃO As condições do mercado atual de vestuário infantil, segundo a Associação
Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (ABIT) têm crescido em média 6% ao ano. Com forte abrangência no ramo de confecção, o público infantil representa 15% de todo o segmento de vestuário brasileiro, apresentando um crescimento médio anual de 6%, gerando US$ 4,5 bilhões em negócios ao ano, o que representa o nicho de mercado e a resposta deste público frente às novidades lançadas pelo mercado, que possuem vontade própria e que muitas vezes escolhe sua roupa, as crianças estão mais inteligentes, vaidosas, consumistas e atentas aos novos meios de comunicação social e informações. (ABIT, 2009).
A importância do setor também pode ser representada através pesquisa solicitada a pedido da Associação Brasileira de Shoppings Centers (ABRASCE), comprovam que 44% das pessoas ouvidas gastam mais do que esperavam quando vão ao shopping com crianças, pois elas são capazes de influenciar as compras de toda família, resultando em um mercado em potencial. (ABIT, 2009).
A moda infantil, como os demais segmentos, se utiliza do vestuário para comunicar e estabelecer uma relação com o seu público. Contudo, o uso de elementos lúdicos no vestuário infantil acaba, muitas vezes, sendo o fator determinante na hora da compra, pois eles estabelecem uma analogia entre a criança e seu mundo imaginário. A imagem lúdica é uma imagem que está relacionada ao inconsciente e que de alguma forma imprimirá no espectador ao passar sua mensagem. (PALLAS, 2006).
A expressão lúdico, é relativo a jogo, a brinquedo, aponta o divertimento maior que qualquer outro objetivo que se faz por desejo e prazer. Diante destas duas premissas, o uso da ludicidade e o mercado infantil, percebe-se a importância deste estudo, que chega ao principal questionamento: como realizar uma análise formal dos elementos lúdicos e descobrir quais são as preferências do consumidor infantil?
A finalidade em identificar estes elementos lúdicos, está na aplicação em uma coleção infantil. Para tanto, é preciso compreender as formas, cores e texturas que agradam os pequenos, traduzindo o que sentem e desejam através da roupa.
A metodologia utilizada se caracterizou pelo levantamento de algumas marcas de vestuário infantil. Foram selecionadas para esta pesquisa: Fábula; Ronaldo Fraga para Filhotes; Lilica Ripilica; Tigor; Tyrol e PUC. Para cada marca, construiu-se um moodboards para a análise das últimas coleções. (TREPTOW, 2007).
Através dos moodsboards, foi possível encontrar um padrão e classificar os elementos lúdicos mais utilizados, bem como as principais cores, formas e texturas. Em um segundo momento, estes elementos foram reproduzidos em feltro para a aplicação de um questionário interativo com crianças em uma escola.
2. ELEMENTOS LÚDICOS
Huizinga (1971) salienta que lúdico vem de ludens, no latim, e sua essência se baseia no divertimento, prazer, agrado e alegria. O autor enfatiza que é uma atividade livre capaz de absorver o sujeito de maneira intensa e total.
Pode-se dizer que lúdico deriva de jogo e que, para as crianças, quase toda atividade é um jogo, onde se adivinha e desenvolve seu comportamento. Logo, Mantilla (2011, p.125), coloca que lúdico não pode ser confundido por jogo, pois “cada jogo pode ser lúdico, mas nem todo lúdico é um jogo”, ele concebe que o lúdico vai
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além dos jogos, com uma maior dimensão do nosso desenvolvimento. O termo lúdico para o homem refere-se à necessidade de “sentir, expressar, comunicar e produzir emoções primárias - rir, gritar, chorar, gozar” - ligadas ao divertimento. Pois para ele é mais uma atitude relacionada ao cotidiano. (MANTILLA, 2011).
Canato (2010, p. 11) afirma que “a capacidade de ser interativo tem um profundo efeito no sentido lúdico”. Neste caso, o jogo age como uma forma da construção da imagem para a criança, tornando os elementos em diversão e entretenimento.
Para Beard (1969, p. 33), “investigar o pensamento da criança é excepcional porque procura razões para as crenças e opiniões infantis”. A autora relata que os pequenos conseguem ver os elementos e relacioná-los diretamente, ligando um ao outro à procura de um motivo, afirmando que “é tendência espontânea da parte da criança absorver coisas por meio de um ato amplo de percepção” (IBID, 1969, p.111). Desta forma, a criança entende inconscientemente seu ponto de vista para o seu mundo real.
Sendo assim, “objetos, sons, movimentos, espaços, cores, figuras, pessoas, tudo pode virar brinquedo através de um processo de interação em que estes recursos funcionam como elementos que nutrem a atividade lúdica” (CUNHA, 2007, p. 33). Apesar de o lúdico ter várias referências, para as crianças ele é fator determinante. Além de divertir, ele ainda educa, interfere diretamente na fantasia, resultando no encantamento. (FREITAS e BORGES, 2006, p.16).
2.1 As marcas de vestuário infantil analisadas
Apesar das mudanças na educação, disciplina escolar, cultura, sociedade e a economia e a introdução da tecnologia cada vez mais cedo, “as crianças continuam iguais ao que sempre foram”, comenta Corazza (2004, p. 29), com a mesma alma e capacidade de criar e fantasiar, cada um com uma personalidade para, então, assumir papéis diferentes neste universo infantil.
Lurie (1997, p.93) afirma que “as roupas infantis, na década de 50, deixavam em algumas crianças uma imagem bem comportada e convencional, condizentes com a sociedade”. Assim, destacam que as roupas das crianças dos 4 aos 7 anos, naquela época, eram muito semelhantes às dos adultos, com excesso de tecidos, volumes, como se pode observar na figura 1, com peças formais e estilo demasiado sofisticado para pessoas tão pequenas, o que de certa forma dificultava os seus movimentos.
A Fábula é uma marca carioca e faz parte do grupo da marca Farm. Iniciou em 1997 em feiras, e dois anos depois abriu a primeira loja, no Posto 6, em Copacabana. É direcionada para meninas entre 1 e 10 anos, a marca é só sucesso entre mães e filhas. São bastante preocupadas em relação ao público abordado, tentam transportar elementos nas roupas que motivam experiência de consumo na criança, portanto, escrever e falar sobre criança é muito agradável, mas poder transportar-se para o mundo deles é ainda melhor.
A marca Ronaldo Fraga para Filhotes, pertence ao estilista homônimo, para meninos e meninas, com idades de 0 a 10 anos. Criada em 2002, suas peças são
inspiradas no universo da diversão, em um playground, buscando no inconsciente
da roupa uma memória afetiva redesenhada, utilizando elementos da cultura brasileira. (FRAGA, 2012).
Lilica Ripilica e Tigor T. Tigre são marcas do grupo Marisol e está voltado para
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meninos e meninas de 0 a 10 anos de idade. A Lilica Ripilica foi lançada em 1991, gera seu estilo com referências contemporâneas, vestindo com delicadeza, autenticidade e, sobretudo, com as mais novas tendências da moda infantil. Para os meninos, surgiu em 1993 a marca Tigor T. Tigre, que se inspira no mundo dos esportes radicais. As referências do vestuário são o skate, a bicicleta e o basquete, sem esquecer que seu público é muito ligado nos últimos jogos da era digital. (MARISOL, 2012).
A Tyrol atua no ramo infantil desde 1971, iniciou em uma pequena loja situada no Brás, em São Paulo. Atua nos mercados de atacado, multimarca e exportação. Está preocupada com a inovação e com a qualidade dos seus produtos. (TYROL, 2012).
A PUC criada em 1979 e pertence ao grupo Cia. Hering, teve sua primeira loja em 1998. Busca a harmonia entre moda e conforto na linha infantil, atuando hoje em todo o território brasileiro, com mais de 60 lojas.
A marca visa atender meninos e meninas, crianças de 2 a 8 anos, que buscam nas roupas diversão e originalidade na hora de vestir, demonstrando o jeito PUC de ser: autêntica, espontânea, surpreendente, irreverente, vibrante, e pura alegria com o clima de brasilidade.
A marca é reconhecida por apresentar em suas coleções produtos cheios de irreverência. A cor está presente em todos os detalhes, as peças possuem estilo e personalidade, para aquelas crianças que sabem bem o que querem. (PUC, 2012).
Através no moodboards das análises das coleções anteriores das marcas, foi possível identificar quais os elementos lúdicos aparecem em maior frequência entre as coleções e, desta maneira, como são utilizados nas roupas infantis. Este levantamento envolve o consumidor de ambos os sexos, ou seja, meninos e meninas, com idade entre 0 e 12 anos (figura 1).
Figura 1: Painel com os elementos lúdicos da pesquisa.
Fonte: Elaborado pelo autor, com base na pesquisa realizada.
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2.2 Aplicação da pesquisa
Após o levantamento destes elementos, os mesmos foram reproduzidos em
feltro (figura 2), para que cada criança durante a entrevista interativa pudesse escolher e aplicar o elemento que escolhesse em um boneco de feltro.
Esse questionário interativo foi elaborado pensando na interação da criança com a pesquisa, um modo de estimular o raciocínio e a criatividade, contribuindo para a formação da identidade da criança, envolvendo a criança como eles pensam.
O universo considerado foi o consumidor infantil, meninos e meninas entre as idades de 2 a 10 anos, para isso, foram entrevistadas um total de 129 crianças, sendo que destas 63 são meninos e 66 são meninas.
O questionário interativo foi aplicado em crianças com idades entre 4 a 10 na Escola Municipal Cecília Meireles, e as crianças com idades entre 2 a 3 anos na Maternal Sapeka, ambas situadas na cidade de Novo Hamburgo.
As crianças foram analisadas conforme as idades, meninas com a boneca com camiseta e saia, incluindo as respectivas cores e elementos, identificados no moodboards das marcas analisadas. Para os meninos, um boneco com camiseta e bermuda, e também com as cores e elementos identificados na análise das marcas (figura 2).
Em primeiro lugar, a criança escolhia uma cor de camiseta; em segundo, a
saia ou bermuda estampada ou lisa; e terceiro, poderiam escolher três elementos lúdicos para compor o look completo conforme desejo da criança.
O processo ocorreu do seguinte modo: inicialmente foram chamadas só as meninas ou meninos de cada idade, para cada criança era explicado que ela deveria vestir o boneco com uma cor de camiseta, uma estampa de bermuda ou saia e uma forma que se gosta mais, assim montado estes, os elementos eram apresentados de modo que pudessem escolher três dos que mais gostariam que tivesse na sua roupa, adaptando assim estes como estampa a escolha do seu look.
Primeiramente pensou-se em colocar todos os elementos em uma caixa, de modo que a criança se encarregasse de mexer e escolher o de sua preferência, mas se
Figura 2: Bonecos, cores e elementos em feltro para a aplicação do questionário.
Fonte: Elaborado pelo autor, com base na pesquisa realizada.
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observou que as crianças não olhavam todos os motivos e acabavam pegando só os que estavam mais em cima.
Foi importante expor todos os elementos de modo que eles visualizassem todos e escolhessem as três opções desejadas.
Observou-se também, que algumas crianças pequenas entre as idades de 2 e 3 anos não se sentiram à vontade para realizar a pesquisa por motivo de vergonha e/ou timidez, sendo necessário deixar a criança sozinha na sala com sua professora para realizar a tarefa.
Para a escolha completa do look, observou-se que cada criança levava em média 1 minuto, independentemente da idade.
Durante a aplicação do questionário, a pesquisa foi realizada individualmente, pois uma criança poderia interferir no resultado da outra, podendo assim escolher as mesmas referências. Todos os resultados foram fotografados ao final de cada escolha dos looks. 2.3 Análise da pesquisa
Nesta etapa foram analisados e interpretados os resultados do estudo, com
objetivo principal de responder, do melhor modo possível, ao problema. Através das informações obtidas com a técnica de coleta de dados, foi possível identificar os elementos preferidos, contribuindo assim, para o futuro desenvolvimento de uma coleção de roupas que se identifique com a linguagem do público alvo.
O estilista Ronaldo Fraga coloca que a moda na formação dos pequenos se torna importante quando deixar de ser apenas roupa, e passa a ter um sentido, sendo um personagem importante na história de modo que interaja com a criança, tendo uma preocupação não só na hora de fazer a roupa, mas também de gerar através dos elementos, conhecimento e cultura (MORAES, 2012).
Com o desenvolvimento desta pesquisa, pode-se observar através dos dados analisados que dos 2 aos 5 anos, meninas e meninos escolhiam os objetos que mais lhe agradavam aos olhos ou que viam primeiro. Porém, nas idades de 6 a 10 anos, observavam mais atentos e escolhiam os que mais se identificavam, que simbolizavam algo para eles.
Nestes grupos, pode-se observar que os menores optavam por cores fortes como vermelho que é a cor da espontaneidade, efervescência e criatividade, e os maiores preferiam cores que representavam alguma simbologia, ex: meninas, o rosa, pois era notório que todas daquela faixa etária vestiam as mesmas cores.
Assim, também aconteceu com os elementos, formas e texturas entre estas idades, as escolhas foram praticamente as mesmas, montadas na roupa com um sentido, e não simplesmente colocada em qualquer lugar do boneco como observou-se no grupo de 2 a 5 anos.
Notou-se que as crianças de até 3 anos preferem as formas redondas e elementos relacionados a animais e a natureza, já as crianças acima dos 5 anos escolhiam coisas que apresentavam alguma relação com alimentos.
Além disso, o estudo permitiu elevar o conhecimento dos anseios e desejos que envolvem o público alvo, contribuindo assim para o desenvolvimento de uma coleção que agrade as crianças, tornando mais ficou mais claro direcionar as formas e conceitos que serão transferidos para as roupas. No delineamento da pesquisa,
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identificou-se entre o montante que entre as cores preferidas entre as meninas foi o rosa e entre os meninos, o vermelho e azul.
A predominante entre as formas em ambos sexos foi o círculo e a textura escolhida foi o poá entre meninas e entre meninos, o liso e xadrez. Verificou-se entre todos elementos a preferência por laço, coração e borboleta entre as meninas e caveira, bola e tubarão para os meninos. Durante todo processo de desenvolvimento da coleção, buscou-se retratar o universo lúdico através da coleção (figura 3).
Como toda criança tem seu mundo imaginário, algumas respostas não foram
como se esperava, as crianças entre 8 e 10 anos iam além da proposta e elas criavam um cenário colocando as nuvens em cima do boneco, ou o sorvete na mão, ou a melancia na boca. Sendo assim, foi necessário insistir e explicar mais que era para usar no vestuário. Assim, esta pesquisa não aborda os processos cognitivos da criança e sim a vontade expressada.
É importante salientar que somente uma menina de 9 anos optou em não colocar nenhum elemento, optando só a cor, textura e forma, e que enquanto uma turma de meninos até 4 anos esperava para responder o questionário, um dos pequenos mesmo sem saber do que se tratava a tarefa fez um comentário a respeito de times de futebol estaduais - Internacional e Grêmio – isso nitidamente fez com que os três próximos da
fila fossem influenciados na escolha total do look, as cores, texturas e formas,
relacionando-os ao time de sua preferência, complementado pelo elemento bola.
2.4 A coleção Alma de Açúcar A marca Alma de Açúcar é uma empresa criada pela autora desta pesquisa, com
atuação no segmento de confecção infantil. Procura construir lealdade, ou seja, o compromisso de comprar criando uma associação entre marca e determinada imagem. Pensando assim, a Alma de Açúcar pensa em remeter toda a essência da alma da criança, de um jeito doce de ser.
Figura 3: Estudos dos elementos para aplicar no vestuário e nas peças da coleção.
Fonte: Elaborado pelo autor, com base na pesquisa realizada.
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Figura 4: Logotipo da marca.
Fonte: Elaborado pelo autor, com base na pesquisa realizada.
Crianças criativas que adoram novidades procuram nas roupas a forma de expressar seu jeito espontâneo e ou tímido. Por isso, o público alvo é caracterizado por meninas e meninos entre 4 a 10 anos, que estão sempre à procura de diversão.
Como estratégia, o lúdico pode ser um bom caminho para chegar a esse pequeno consumidor, pois também é necessária a percepção de brincadeira e diversão (figura 5).
Além disso, a parte tátil no interior da loja será interativa, através do uso de
texturas em objetos e mobiliário, com o intuito de promover diversos tipos de estímulos no público. Desta forma, os bordados e as peças além de promoverem sensações diversas, terão sempre uma história por trás de cada detalhe.
Para uma melhor visualização da coleção, é desenvolvido um quadro com todas as peças na cor principal a fim de analisar o conjunto e a concordância entre a coleção, este quadro é elaborado com os desenhos técnicos criados no software gráfico.
Figura 5: Processo de confecção de um dos looks da coleção para a marca Alma de Açúcar.
Fonte: Elaborado pelo autor, com base na pesquisa realizada.
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Treptow (2007, p.148), salienta que “no desenho técnico devem estar especificados os tipos e quantidades de pesponto, o tamanho de aberturas (como bolsos), a posição e quantidade de botões, o traçado de recortes e pences” enfim, são necessárias as informações que a costureira precisará para produzir a peça piloto.
O quadro de coleção é apresentado na figura 6 ilustrando as 30 peças dos 13 looks.
Para melhor entendimento da coleção e análise das combinações, as peças apresentam-se por famílias, sendo primeiramente as peças superiores e após inferiores, desenhadas frente e costas uma ao lado da outra, ilustrando todos os detalhes, cores e superfícies.
3. CONCLUSÃO Com a conclusão desta pesquisa, foi possível perceber e valorizar a
importância do elemento lúdico para a criança perante o vestuário infantil, visto que a criança é diretamente influenciada por algo quando apresentado de forma lúdica, refletindo a satisfação das necessidades e desejos deste público. Assim sendo, a criança ao escolher entre um produto e outro ela analisa o lado lúdico que mais lhe
Figura 6: Quadro da coleção Alma de Açúcar.
Fonte: Elaborado pelo autor, com base na pesquisa realizada.
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chama a atenção. Além disso, o estudo permitiu elevar o conhecimento sobre o perfil das
crianças nas preferências pela roupa infantil, contribuindo com um melhor entendimento da vontade dos pequenos na elaboração da coleção.
Porém, neste estudo tem-se de considerar que a coleta de dados pode resultar em diversas respostas diferentes, não tendo um resultado exato, o que não permite generalizar os resultados, ou seja, não existe uma garantia de representatividade do universo analisado.
Para trabalhos futuros recomenda-se dar continuidade a este trabalho abordando outras variáveis, como por exemplo, os tipos de tecidos, formatos do vestuário, cores primárias e secundárias. Investigar os aspectos cognitivos das escolhas das crianças para avaliar o comportamento perante o elemento lúdico e entender um pouco mais sobre o que pensam e vivenciam também pode ser interessante para trabalhos futuros
Deste modo, este estudo foi de grande importância, pois possibilitou vivenciar cada etapa e saber um pouco mais sobre o público, gerando assim um melhor conhecimento e amadurecimento motivado pelos desafios encontrados na hora de desenvolver a coleção, sendo um resultado especialmente satisfatório pela forma a qual transportou divertimento e sentimento para cada criança.
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