o tucano ano v - nº 01psdb aclama josé...

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O Dirigentes e pré-candidatas tucanas aclamam Serra Pág. 4 O TUCANO Jornal da Comissão Executiva Nacional Brasília, março de 2002 Ano V - Nº 01 PSDB aclama José Serra José Aníbal: “Consistência faz diferença” Pág. 2 O Brasil precisa da nossa vitória, diz Fernando Henrique Pág. 3 Partido deu demonstração de unidade na pré- convenção Págs. 9 a 11 senador e ex- ministro José Serra foi acla- mado como pré-candi- dato do PSDB à Presi- dência da República. A consagração ocorreu na pré-convenção rea- lizada em Brasília, no dia 24 de fevereiro úl- timo, sob a condução do presidente do Par- tido, deputado José Aníbal. Perante todos os governadores, diver- sos ministros, parla- mentares e delegados de todo o País, José Serra assumiu sete compromissos de cam- panha e de governo. “Vamos ter uma campanha dura, ár- dua”, disse Serra em seu discurso, inter- rompido em numero- sas ocasiões pela mul- tidão que lotou o anfi- teatro do Hotel Nacio- nal e arredores. Os 7 compromissos de José Serra com a militância tucana e com o Brasil são 1) com a verdade, 2) com o trabalho, 3) com o desenvolvimen- to, 4) com a justiça so- cial, 5) com a redução das desigualdades re- gionais, 6) com a se- gurança pública e 7) com a democracia.(A íntegra do pronuncia- mento está nas pági- nas 5 a 8). O PSDB deu uma demonstração de uni- dade partidária com os pronunciamentos do governador do Ce- ará Tasso Jereissati, do ministro da Educa- ção, Paulo Renato Souza, e dos dirigen- tes tucanos que em algum momento che- garam a colocar seus nomes à disposição do Partido. O presi- dente Fernando Hen- rique Cardoso, em vi- agem ao exterior, não pôde participar da pré-convenção, que foi precedida de um en- contro de mulheres, mas enviou uma carta expressando sua con- fiança no candidato e no Partido e no pros- seguimento do proje- to social-democrata.

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ODirigentes e

pré-candidatastucanas

aclamam SerraPág. 4

O TUCANOJornal da Comissão Executiva Nacional Brasília, março de 2002Ano V - Nº 01

PSDB aclama José SerraJosé Aníbal:“Consistência

fazdiferença”

Pág. 2

O Brasilprecisa da

nossa vitória,diz Fernando

HenriquePág. 3

Partido deudemonstraçãode unidade

na pré-convençãoPágs. 9 a 11

senador e ex-ministro JoséSerra foi acla-

mado como pré-candi-dato do PSDB à Presi-dência da República. Aconsagração ocorreuna pré-convenção rea-lizada em Brasília, nodia 24 de fevereiro úl-timo, sob a conduçãodo presidente do Par-tido, deputado JoséAníbal. Perante todosos governadores, diver-sos ministros, parla-mentares e delegadosde todo o País, José

Serra assumiu setecompromissos de cam-panha e de governo.

“Vamos ter umacampanha dura, ár-dua”, disse Serra emseu discurso, inter-rompido em numero-sas ocasiões pela mul-tidão que lotou o anfi-teatro do Hotel Nacio-nal e arredores. Os 7compromissos de JoséSerra com a militânciatucana e com o Brasilsão 1) com a verdade,2) com o trabalho, 3)com o desenvolvimen-

to, 4) com a justiça so-cial, 5) com a reduçãodas desigualdades re-gionais, 6) com a se-gurança pública e 7)com a democracia.(Aíntegra do pronuncia-mento está nas pági-nas 5 a 8).

O PSDB deu umademonstração de uni-dade partidária comos pronunciamentosdo governador do Ce-ará Tasso Jereissati,do ministro da Educa-ção, Paulo RenatoSouza, e dos dirigen-

tes tucanos que emalgum momento che-garam a colocar seusnomes à disposiçãodo Partido. O presi-dente Fernando Hen-rique Cardoso, em vi-agem ao exterior, nãopôde participar dapré-convenção, que foiprecedida de um en-contro de mulheres,mas enviou uma cartaexpressando sua con-fiança no candidato eno Partido e no pros-seguimento do proje-to social-democrata.

O TUCANOBrasília, março de 2002Página 2

C ontrariando a tra-dição política bra-sileira, um presi-dente da Repúbli-

ca entra em seu últimoano de mandato com plenaautoridade e forte iniciati-va. Não se aplica a Fernan-do Henrique Cardoso a ve-lha anedota do garçom dopalácio que serve café frioao presidente, já na expec-tativa da chegada do suces-sor. Nesta semana mesmo,com o anúncio do fim do ra-cionamento de energia,mais uma vez o que se viufoi o chefe de governo comcomando efetivo.

Também de forma iné-dita na história republica-na, o Brasil vive um longoperíodo de estabilidade eco-nômica e, acima de tudo,institucional. Neste cená-rio, deve ser visto com na-turalidade o início do pro-cesso sucessório.

O PSDB, partido que estáà frente do processo de es-

�Consistência faz diferença�

tabilização, entra oficial-mente na disputa presiden-cial neste final de semana.Em Brasília, o partido faráuma pré-convenção paraconfirmar a candidatura do

ministro e senador JoséSerra à Presidência da Re-pública. Sem arrogância,não temos dúvida em afir-mar que “o jogo começaagora”. Com Serra, vamosmostrar os enormes avan-

ços do Brasil nestes últimossete anos e discutir o queainda precisa ser feito.

Conquistas históricasforam conseguidas na saú-de, na educação, na refor-ma agrária, nas comunica-ções e na administraçãopública (a Lei de Responsa-bilidade Fiscal é um mar-co). Sob o comando do pre-sidente Fernando Henri-que e com a participaçãodecisiva do PSDB, o paísconstrói a rede de proteçãosocial. É o caminho do paísque cresce e que buscacada vez mais a justiça so-cial, não apenas no discur-so, como fazem muitos,mas com realizações.

Somos também os pri-meiros a reconhecer quefalta muito e sempre acei-tamos as críticas pertinen-tes. Para que o Estado possaatender as maiorias quemais precisam dele, aindaé preciso avançar nas refor-mas estruturais. A reforma

José Aníbalda Previdência, apenas paracitar um exemplo, permane-ce inacabada. Grupos privi-legiados -encastelados prin-cipalmente no serviço públi-co- uniram-se a setores daoposição e mesmo da basegovernista para deturpar osentido das mudanças e cri-ar a falsa imagem de queseriam prejudicados os apo-sentados que recebem mo-destos benefícios. Os adver-sários da reforma consegui-ram manter de pé um siste-ma injusto e autodestrutivo,que precisaremos enfrentarnovamente em breve, as-sim como outros desafios.

O projeto do PSDB para oBrasil é construir sobre opatamar alcançado ao lon-go do governo FernandoHenrique. Assim como asmudanças dos últimosanos não aconteceram danoite para o dia, temos cla-reza de que uma candida-tura presidencial se cons-trói num processo.

O processo sucessório,em seu início, é ainda ummisto de projetos paradosno tempo, ensaios que ten-dem à aventura ou, ainda,conjuntos bem elaboradosde imagens publicitárias.Ainda não entramos na de“fase da consistência”, emque o PSDB e seu candida-to serão protagonistas.

A sociedade brasileirahoje tem um acesso inédi-to à informação e à crítica.A estabilidade política e ins-titucional favorece e esti-mula os mais diversos de-bates, manifestações, diag-nósticos. O candidato doPSDB, sem viseiras ideoló-gicas, destituído de com-promissos corporativistas ede uma visão retrovisora eacanhada do país, tem con-dições de promover as con-vergências necessárias na

sociedade para um salto àfrente em matéria de de-senvolvimento, emprego esegurança.

A partir de domingo, ostucanos apresentarão aopaís um candidato que re-úne uma biografia de lutapela democracia, larga ex-periência administrativa -com destaque para sua ges-tão reconhecida internaci-onalmente no Ministérioda Saúde-, mas, principal-mente, uma visão clara dopaís que queremos. Desen-volvimento e justiça socialsão palavras que serão en-contradas nos discursos deoutros candidatos, mas, nocaso de José Serra, sãocompromissos já provadose que agora se renovam.

José AníbalPresidente do PSDB

Presidente:Dep. José AnibalSecretário-Geral:

Dep. Márcio FortesSecretário-Executivo:Sérgio Moreira da Silva

O Tucano é uma publicação daComissão Executiva Nacionaldo PSDB - SCN, Quadra 4, Blo-co B, Torre C, Sala 303 –Brasília - Fone 61 328 0045

Internet:http://www.psdb.org.br

Redação e edição:Ana Cristina M. Silva,

Karla Correia,Teresa Silva

Carlos Müller(Jornalista Responsável)

Fotos:Photo AgênciaDiagramação:

Cristiano Siqueira

Expediente

PSDB

“O jogo começa agora”, disse José Aníbal Texto publicado na Folha deS. Paulo 22/2/2002

O TUCANO

Com Serra, vamos mostrar os enormes avanços do Brasil nestes últimos seteanos e discutir o que ainda precisa ser feito.

Desenvolvimento ejustiça social são

palavras queserão encontradasnos discursos de

outros candidatos,mas, no caso deJosé Serra, sãocompromissos jáprovados e que

agora se renovam.

Brasília, março de 2002Página 3 O TUCANO

Companheiros tucanos.Há quase oito anos, eu

deixei o Ministério da Fa-zenda para assumir umamissão partidária: repre-sentar o PSDB como can-didato à Presidência daRepública. Ao ver nossopartido colocar na rua acandidatura à minha su-cessão, meus sentimen-tos são de tranqüilidade econfiança.

Sinto-me tranqüilopela convicção de que te-nho correspondido à res-ponsabilidade que o parti-do e a Nação puseram emminhas mãos. O Brasil de2002 é um país melhor doque o assumimos em1995: com moeda estável,um a economia mais for-te, uma presença cadavez mais reconhecida nomundo, um Estado reno-vado, mais ágil, transpa-rente e aberto às deman-das da sociedade. Acimade tudo, é um país queavança no reconheci-mento efetivo dos direitossociais e políticos do seupovo. Um país que foi ca-paz de domar e enfrentar

crises externas ao mesmotempo em que aumenta-va o salário mínimo e arenda das famílias, tira-

va da pobreza milhões defilhos seus, universaliza-va o acesso à escola e aosserviços de saúde, davaterra, crédito e esperan-ça aos seus pequenosagricultores. Numa pala-vra, uma democracia naplena acepção, que assu-me seu lugar entre asgrandes democracias domundo hoje.

Registro esses avançoscom muita satisfação,mas com humildade. Elesnão representam feitospessoais meus ou dequem quer que seja. Sãofruto de um esforço cole-tivo cujo grande protago-nista é o cidadão: a brasi-leira e o brasileiro co-mum que trabalha, estu-da, paga impostos, vota,cuida da sua família eparticipa da vida de suacomunidade de mil for-mas diferentes.

Se algum mérito cabe anós, tucanos, é o de saber-mos interpretar fielmenteas aspirações desse povo enos fazermos instrumen-tos úteis, conscientes ecompetentes do seu avan-ço. Por isso, junto com atranqüilidade da missãocumprida, meu coração seenche de entusiasmoquando penso no muitoque temos por fazer nosanos à frente. Com a nos-sa participação intensa, aretomada da democraciapolítica deu a uma geraçãode brasileiros a chance deprovar o doce sabor da li-berdade. Com a nossa lide-rança, esse novo Brasil ex-perimentou o gosto da es-tabilidade, do desenvolvi-mento continuado e o prin-cípio de uma distribuiçãomais justa dos frutos do de-senvolvimento dessas con-quistas. O sentimento que

eu colho em minhas an-danças pelo país é que opovo está disposto a preser-var o que conseguimosnestes anos e a fazer dis-so o ponto de partida paranovas conquistas.

Cabe a nós sintonizaresse sentimento e ofere-cer ao Brasil as duas coi-sas: a segurança da con-tinuidade e a esperançade uma visão de futuro.Quero dizer aos meuscompanheiros que euconfio na capacidade deuma visão de futuro. Que-ro dizer aos meus compa-nheiros que eu confio nacapacidade do PSDB deresponder à altura a essedesafio. Confio na compe-tência dos nossos qua-dros, na sensibilidade danossa militância, no dis-cernimento dos nossos lí-deres. Vamos auscultaros quatros cantos do paíse oferecer ao país umanova proposta de governoque signifique a conti-

Em viagem ao exterior, presidente Fernando Henrique Cardosoenviou carta aos convencionais. Leia a íntegra abaixo

nuidade sem mesmice, aexperiência com ousa-dia, a renovação da nos-sa certeza num futuro deprosperidade, participa-ção e justiça para todosos brasileiros.

Por último, mas muitoimportante: confio plena-mente no candidato queestá sendo apresentado àpré-convenção do PSDB.Confio em José Serra por-que o conheço como umamigo, um companheirode muitas lutas, e vejonele as qualidades indis-pensáveis para dirigir opaís . Espero que tenha-mos a humildade e a com-petência política paramanter a aliança que vemdando sustentação ao go-verno.

Vamos à luta, tucanos,com toda a garra! O Brasilprecisa da nossa vitória.

Fernando HenriqueCardoso

Presidente da Repúbli-ca Federativa do Brasil.

Presidente Fernando Henrique Cardoso durante a coletiva de imprensa na Suécia

Confio em JoséSerra porque o

conheço como umamigo, um

companheiro demuitas lutas, e

vejo nele asqualidades

indispensáveispara dirigir o País.

Vamos à luta, tucanos, com toda a garra!

José Aníbal leu acarta do PresidenteFernando Henrique

Cardoso

O TUCANOBrasília, março de 2002Página 4

Um clima degarra e confi-ança marcou oencerramento

do Primeiro EncontroNacional das Dirigentesdo PSDB Mulher e doPrimeiro Encontro comas Pré-Candidatas àseleições de 2002, reali-zado na tarde de ontem,no Hotel Nacional, emBrasília. Às vésperas dapré-convenção que iráhomologar a pré-candi-datura do senador JoséSerra à Presidência daRepública, o PSDB Mu-lher reuniu parlamen-tares federais e estadu-ais, prefeitas, vereado-ras, além de dirigentesdo partido nos Estadospara consolidar a parti-cipação feminina nas pró-ximas eleições. Com o ob-jetivo de proporcionar umamaior visibilidade políticaàs mulheres, o encontroserviu para traçar diretri-zes e apresentar propostaspara a campanha eleitoralque já está conhecidacomo a “ Campanha da Es-perança”. Devido ao nú-mero crescente de mulhe-res decididas a ocupar car-gos políticos, a deputadaYeda Crusius, presidente

Nós falamos para a mi-litância que está aqui den-tro, para a militância quevê esta mesa, para todosos que estão nos acompa-nhando aqui no ambientede Brasília, mas falamospara todo o Brasil. Fala-mos que tem hora certa.Quem faz política entende

A força está com elasI Encontro Nacional das Dirigentes do PSDB Mulher e I Encontro com Pré-Candidatas

do Instituto Teotônio Vile-la, ressaltou o movimentodo PSDB Mulher como avanguarda da campanhatucana.

Durante o encontro fo-ram lembrados os grandesincentivadores das políti-cas de gênero, os ex-gover-nadores Franco Montoro,Mário Covas e a ex-primei-ra dama Lucy Montoro,que foi homenageada pe-

las mulheres com um mi-nuto de silêncio. Estive-ram presentes a deputadaFátima Pelaes, pré-candi-data ao governo do Amapá,a esposa do ex-ministroSérgio Motta e segundavice-presidente do PSDBMulher, Vilma Motta, queconvocou as mulheres aparticiparem do 1º Con-gresso Estadual de Mulhe-res do PSDB, a ser reali-

zado entre os dias 8 e 10de março, na cidade deSão Paulo.

O deputado federal Ju-tahy Magalhães, líder dabancada do PSDB na Câma-ra dos Deputados, tambémmarcou presença no encon-tro, enfatizando a boa atua-ção do governo FHC e dosministros José Serra ePaulo Renato de Souza.

Para dar seguimento

aos trabalhos, a Deputa-da Marisa Serrano, pre-sidente nacional doPSDB Mulher, abriu es-paço para as delegaçõesfemininas de 22 estadosdebateram propostasque deverão ser entre-gues hoje, ao candidatoJosé Serra. Entre asprincipais propostasapresentadas pelas mu-lheres estão a participa-ção na elaboração do pro-grama de governo docandidato José Serra, aescolha do dia 8 de mar-ço como o Dia Nacionalde Filiação de Mulheresdo PSDB, a criação de co-ordenações estaduais decampanha com mem-bros femininos, além da

criação de um concursopara definir o novo hino doPSDB Mulher.

O presidente nacional doPSDB, deputado José Aní-bal, compareceu ao eventoe reafirmou a importânciado movimento feminino dopartido na campanha di-zendo que “a convençãomarca o início da caminha-da rumo à vitória do sena-dor Serra e o apoio das mu-lheres tucanas será funda-mental”, finalizou com en-tusiasmo o deputado.

que tem hora certa paracrescer. E a hora come-çou agora! A hora come-çou com Serra por inteirocandidato a Presidente doPaís.

Quando vemos essesgrupos organizados de mu-lheres, devemos a pesso-as como Serra a perma-

nente e histórica lutapela democracia.

Não teríamos a presen-ça da mulher, a presençadaqueles que sempre fo-ram a minoria, as políticasa grupos de risco se nãofosse a história de vida deJosé Serra e de todos osque acompanharam a sua

trajetória para abrir aoportunidade a todas e atodos a terem acesso àpolítica e à democracia.

O Instituto Teotô-nio Vilela está com JoséSerra. A mulher estácom José Serra no cami-nho para fazê-lo Presi-dente do Brasil!

Mulheres tucanas querem ter maior participação no partido e no governo

Deputada Yeda CrusiusO ITV e as mulheres estão com José Serra

Brasília, março de 2002Página 5 O TUCANO

Concorrer à Presi-dência é umahonra para qual-quer político. Mas

uma honra maior ainda éconcorrer à Presidênciapelo PSDB, por um Partidoque já teve como candida-tos à Presidência o MárioCovas e o Fernando Henri-que; e um Partido, comolembrou o José Aníbal, quepode homenagear a memó-ria de grandes brasileiroscomo Magalhães Teixeira,Sérgio Motta, Montoro,Mário Covas, Vilmar Faria,Nelson Marchezan. Poucospartidos, poucas institui-ções no Brasil têm pessoadessa estatura para home-nagear. Candidato de umPartido que tem coragem,um Partido das adminis-trações bem-sucedidas noBrasil, para a Nação, nosEstados e nos Municípios.Aqui estão à mesa os nos-sos Governadores que tes-temunham a nossa compe-tência, a nossa fidelidadeaos compromissos, a nos-sa coragem. O PSDB não éum Partido que joga com asesperanças populares, éum Partido que não trai asua origem, que cumpre oscompromissos que assu-me. Portanto, é uma hon-ra muito maior para umpolítico ser candidato des-te Partido.

E quero aqui agradecera esta indicação, queroagradecer à direção do nos-

so Partido, à Executiva, aonosso Diretório, presididospelo José Aníbal, por estaconfiança, pelo equilíbriocom que conduziu o proces-so.

Quero agradecer muitoespecialmente a dois com-panheiros que acabaramde falar: o Ministro PauloRenato, que pela sua obrana Educação mudou a Edu-cação no Brasil. Eu dizia:muitas vezes se faz compa-ração do Governo Fernan-do Henrique com o Gover-no do Campos Sales, háum século, dizendo que fi-zeram saneamento finan-ceiro. Mas se o CamposSales naquela época tives-se feito o que foi feito ago-ra, botar 97% das criançasna escola, o Brasil seriaoutro e por outras coisasele seria lembrado.E agradecer ao GovernadorTasso Jereissati. A respei-to há um ditado que diz:quando um não quer doisnão brigam. Mas no nossocaso podemos dizer: quan-do dois não querem, não sónão brigam como vão andarjuntos dentro da luta políti-ca e social.

E quero agradecer aci-ma de tudo ao meu Parti-do, aos militantes, à mili-tância combativa aqui re-presentada, militância deluta e de briga. Os tucanosnão sabem fazer jogo baixona política e nem chanta-gem, mas sabem brigar,

têm bico afiado para defen-der as nossas bandeiras,nossos candidatos, nossaslutas.

Todos sabem que nãosou homem de fazer pro-messa, mas quero aquihoje estabelecer os meuscompromissos com a mili-tância tucana e com o Bra-sil. Quero estabelecermeus sete compromissos:o compromisso com a ver-dade, o compromisso com otrabalho, o compromissocom o desenvolvimento, ocompromisso com a justi-ça social, o compromissocom a redução das desigual-dades regionais, o compro-misso com a segurançapública e o compromissocom a democracia. Essassão as nossas bandeiras.

E olhem, vamos ter umacampanha dura, árdua,pela frente. Eu estava sex-ta-feira dando uma entre-vista para o Bóris Casoy,que vai sair hoje à noite. Eo Bóris num certo momen-to falou: olha, todo mundodiz que você é competente.Você trabalhou comigo. Eue o Bóris trabalhamos nummomento da vida juntos. Equero dar aqui meu teste-munho: mas tem uma coi-sa contra você, que é quedizem que você não é sim-pático. Eu disse: olha, Bó-ris, eu comecei minha vidapública há 40 anos. Não te-

Serra assume7 compromissos

com o Brasil

Nossa vitória será um passo decisivo na construção de um país, como eu dizia,democrático, desenvolvido e justo, como é o nosso projeto

O TUCANOBrasília, março de 2002Página 6

nho tanta idade assimquanto o Martus venenosa-mente quis sugerir aqui.Eu tinha 20 anos só. FuiPresidente da União Esta-dual dos Estudantes de SãoPaulo numa época de mui-ta agitação. Depois, daUNE, na época em que aUNE era forte, agitava e fa-zia muita subversão noBrasil. Eu fiz muita agita-ção. Depois fui para o exí-lio, 14 anos no exílio. Vol-tei ao Brasil, integrei-mena luta democrática. Tive

tempo ainda de fazer isso.Integrei-me na luta demo-crática imediatamente,mesmo antes de sofrer osefeitos da anistia, que só

veio um ano depois que euvoltei. Fui secretário dogrande Governador FrancoMontoro. Que homem ex-traordinário o Montoro! Oprimeiro governo democrá-tico de São Paulo. Fui se-cretário de Economia e dePlanejamento. O Paulo Re-nato lembra, ele trabalha-va comigo, depois foi secre-tário da Educação. Eu era osecretário mais ligado aoGovernador e de algumamaneira levava a decisãoa respeito de todos os recur-sos de São Paulo, que es-tão aquém das necessida-des da população, mas es-tão muito acima dos recur-sos de que dispõem outrosEstados no Brasil. Depoisfui eleito para a Constitu-inte. Na Constituinte fuirelator de muita coisa, in-clusive do capítulo finan-ceiro, muito delicado. De-pois, como Líder do PSDB,coube-me conduzir, comoutros, mas de maneiramuito firme o processo quelevou à destituição do Pre-sidente Collor. Depois fuieleito para o Senado e ocu-pei o Ministério do Plane-jamento e do Orçamento doprimeiro Governo Fernan-

do Henrique, que reunia oque hoje são vários Minis-térios. Depois ocupei o Mi-

nistério da Saúde, que, iso-ladamente, depois da Pre-vidência Social, tem o mai-or orçamento. São 40 anos.A única coisa que no finaldisso tudo se diz com res-trição a mim é que eu souantipático.

Eu disse aos Bóris: olha,se é só isso, eu quero teagradecer. É um grandecumprimento para mim, éum elogio. Está certo, Mar-coni? Um grande elogio.Caramba, 40 anos! Além do

que a questão da simpatia,vocês sabem, é improce-dente.

Eu até disse a ele: olha,pelo menos a minha mãee a minha filha, que esta-va comigo no estúdio,acham-me simpático. Já éum ponto de partida.

Mas eu falava dos com-promissos. O primeiro de-les é com a verdade. Na po-lítica só a verdade é demo-crática, porque ela é quepode permitir que a popu-lação possa fazer suas es-colhas sem ser enganada.Chega no Brasil de políticoque faz questão de prome-ter o que não pode cumprir,que esconde suas posições,que exagera na desgraça.Já tivemos experiênciassemelhantes no passado.Lembrem, e foram à direi-ta: Jânio Quadros e Collorde Mello. Um com a vassou-ra, o outro com o “marajá”.Lembrem que engano issorepresentou para o Brasil.A verdade é a arma da de-mocracia. E nesta campa-nha, como em toda a mi-nha vida, vou dizer a ver-dade sempre em todos oscantos. Nós vamos levaressa verdade a todos os can-

tos do Brasil, a todas asRegiões do Brasil, a todos ossetores, nas periferias, nauniversidade, no agreste,na Amazônia, nos pampas,aonde for, em entidadesempresariais. Não vamosterceirizar idéias, as idéi-as vão ser expostas e deba-tidas com todos. A popula-ção precisa conhecer issopara fazer a sua escolhacom segurança e dar segu-rança ao futuro do País.

Meu segundo compro-misso, que eu disse aqui,

é com o trabalho. Vamostrabalhar muito na campa-nha e no Governo. No Bra-sil não faltam idéias. Àsvezes sou mal entendido.

Serra assume 7 compromissos com o Brasil

O PSDB não é umPartido que joga

com asesperanças

populares, é umPartido que não

trai a sua origem,que cumpre os

compromissos queassume.

Os tucanos nãosabem fazer jogobaixo na política enem chantagem,

mas sabembrigar, têm bico

afiado paradefender as

nossas bandeiras,nossos

candidatos,nossas lutas.

Chega no Brasilde político quefaz questão deprometer o que

não podecumprir, queesconde suasposições, queexagera nadesgraça.

1942 – Descen-dente de imigran-tes italianos, JoséSerra nasce em19 de março, nacidade de SãoPaulo - SP.

1960/1964 –Estudante de en-genharia na Esco-la Politécnica daUniversidade deSão Paulo.

1963/64 - dirigen-te estudantil e pre-sidente da União Na-cional dos Estudan-tes (UNE).

1964 - Perseguido

pelo regime mil itar,parte para um exílioque duraria 14 anos.

1966 - Estuda naComissão Econômicadas Nações Unidas

para a América La-tina - Instituto La-tino-Americano dePesquisas Econô-micas e Sociais(CEPAL-ILPES), emSantiago do Chile,especializando-seem PlanejamentoIndustrial.

1967/68 – Fre-qüenta o curso depós-graduação em

Economia na Universi-dade do Chile.

1974/76 – Obtém ostítulos de Mestre e deDoutor em CiênciasEconômicas na Uni-

1968/73 - Profes-sor da Universidadedo Chile

1976/78 – Atua

Quem é José Serra

Professor na Unicamp - 1980

versidade de Cornell,nos EUA.

1969/70 – Trabalhacomo técnico da CEPAL

Relator na Constituinte - 1987

Brasília, março de 2002Página 7 O TUCANO

Não é que eu diga que nãoprecisamos de idéias. Pre-cisamos, sim, mas não é sódisso, não. Nós temos quesaber tirar as idéias do pa-pel, ter vontade políticapara fazer isso, ter compe-tência para materializar,ter persistência para fazeracontecer depressa.

O terceiro compromissoé com o desenvolvimento.Nesses anos todos o Paísafirmou a sua estabilidade.E não foi pouco. No passadochegamos a enfrentar in-flação mensal de 80%. Issotudo tende a se esquecer,tende a se perder na me-mória. Era um país quenum certo momento nãoera respeitado pelo mundo.E o que é pior, nem pelosbrasileiros e brasileiras.Agora, afirmada a estabili-dade, construída uma redede proteção social comonunca houve no nosso Paísé que temos que avançarno sentido de aprofundá-la,de tornar esta proteçãopara todos. Temos agoraque dar ênfase ao desenvol-vimento, ao crescimento daeconomia e ao crescimen-to do emprego.

Outro dia fui a Mato

Grosso e nem sei se plagieiou não o Presidente Fer-nando Henrique quando eudisse lá: ao vir aqui eu mesinto presente no Brasil dofuturo, no Brasil que nãotem retrovisor, no Brasilque olha para frente, noBrasil que explora todas assuas possibilidades de de-senvolvimento, de integra-ção territorial, de enfrenta-mento com competência daconcorrência mundial. E éisto que nós temos quemobilizar. É possível, é viá-vel e vamos fazer a econo-mia brasileira crescermais, voltando àquela épo-ca dos anos 50 em que oBrasil realmente abriu-separa o seu futuro, moder-nizou-se e avançou. Agoravamos reabrir essa fase,mas relacioná-la com outrocompromisso nosso, que écom a justiça social. De-senvolvimento tem que serpara todo mundo senão nãoé desenvolvimento.

Eu me lembro do quedisse na apresentação daminha candidatura lá naCâmara dos Deputados. ABandeira Nacional fala emOrdem e Progresso. Agora,não é possível no Brasil ter

ordem para todo mundo eprogresso só para alguns.Nessa situação não vai ha-ver ordem nem progressopara ninguém.

E temos - isso é muitoimportante se dizer - a redede proteção social montada.O que temos agora é quelevá-la às últimas consen-

qüências.Outro compromisso é

com a redução das desigual-dades regionais. Sem istonão haverá igualdade soci-al. E junto com ela a defesada nossa integridade terri-torial. No século passado, ogrande Presidente norte-

americano Abraham Lin-coln na guerra civil decla-rou que a nação america-na não poderia ter futuro seela fosse metade escrava emetade livre.Trazendo paraeste século, eu diria, nãovamos ter futuro no Brasilse tivermos metade pobree metade rico. Portanto, oque estou dizendo aqui émenos do que um item decampanha, é um compro-misso de Governo, é umcompromisso de vida. Emtoda a minha vida toda vezque fiz política, fiz como po-lítico nacional. Sou filhode migrante de primeirageração e acostumei desdecedo a pensar fora do meuterritório. Fui Presidenteda UNE, conheci o Brasilinteiro, passei 14 anos noexílio, vivendo em quatro,cinco países. A minha vi-são é a do Brasil como umtodo. Por isto é que quandoeu digo: desenvolvimentopara todos não estou fazen-do retórica, estou expres-sando os compromissos daminha alma.

Mas falei também emdesigualdades regionais eintegridade territorial. Te-mos que acelerar o cresci-

Serra assume 7 compromissos com o Brasil

mento econômico inclusi-ve para ter recursos paraque as nossas Forças Arma-das possam melhorar o seuequipamento e o seu trei-namento, a fim de defendera integridade do nosso ter-ritório. O Brasil não podetolerar a violação de ne-nhuma das suas frontei-ras, nem planos de inter-nacionalização de nenhu-ma das suas Regiões. Porisso precisa estar prontopara defendê-la sim, assimcomo precisa integrá-lasao crescimento nacional,através de novos planos dedesenvolvimento adaptadosà diversidade do nosso Paíse às circunstâncias inter-nacionais; um País único esoberano, da Amazônia aosPampas, do Pantanal à pla-taforma marítima. Isto éque nós temos que defen-der como bandeira e comopolítica de governo.

Falei do sexto compro-misso, com a segurançapública. Hoje há mais pes-soas trabalhando para asegurança privada do quepara a segurança pública.No entanto, as pessoas quepodem pagar guardas, quepodem pagar segurança pri-

A minha visão é ado Brasil como

um todo. Por issoé que quando eu

digo�desenvolvimentopara todos� nãoestou fazendoretórica, estouexpressando os

compromissos daminha alma.

como membro do Insti-tuto de Estudos Avan-çados na PrincetonUniversity, nos EUA.

1983/87 – Ocupa aSecretaria de Economiae Planejamento de SãoPaulo durante o gover-no Franco Montoro.

1984/85 - Coorde-

nador da Comissãopara o Programa de Go-verno do PresidenteTancredo Neves.

1987/94 – DeputadoFederal e Constituin-te por São Paulo.

1987/88 – Constitu-inte, relator dos capí-tulos de tributação,orçamento e finançasda nova Constituição.Foi o parlamentar queaprovou a maior pro-porção de emendas(dois terços).

1990/94 Cumpre osegundo mandatocomo Deputado Fede-

ral (eleito com 340 milvotos, a maior votaçãode São Paulo e a se-gunda do Brasil) Exer-ce a liderança da ban-cada do PSDB na Câ-mara dos Deputadosentre 1991 e 1994.

1995 – Eleito sena-dor por São Paulo com6,5 milhões de votos,55% dos votos válidos.

1995/96 – Ocupa ocargo de Ministro do Pla-nejamento e Orçamento.

1997 - Presidenteda Comissão de Assun-tos Econômicos (CAE)do Senado Federal.

1998/2002 - Exerceo cargo de Ministro daSaúde.

2002 – Candidato doPSDB à Presidência daRepública, suce-dendo a Fer-nando HenriqueCardoso.

Casado e paide dois filhos, osenador JoséSerra foi, tam-bém professor vi-sitante na Uni-versidade deOxford. É profes-sor licenciado daUniversidade de

Fundador do PSDB -1980

Campinas, (SP) e autorde artigos e livros so-bre economia brasilei-ra e latino-americana.

Com Fernando Henrique noSenado

Quem é José Serra

O TUCANOBrasília, março de 2002Página 8

vada não se sentem segu-ras. A questão básica é aseguinte: ou a segurança épara todos, ou a segurançaé de ninguém. Isto nós te-mos que ter claro. E a nos-sa fórmula não tem misté-rio: está se falando muitode coisa de segurança,muito: digressões, propos-tas, isto ou aquilo. Mas oque nós temos que ter aci-ma de tudo é uma atitude.Quem está preso, condena-do, deve continuar preso?Quem está condenado foradeve ser preso. E nós temosque introduzir de maneiramais decidida o Governo

Federal nesta luta, crian-do o Ministério da Seguran-ça Pública para envolver oGoverno nesta ação. E te-mos que dar à Polícia Fe-deral também a missão depolícia ostensiva, de políciade repressão, e não apenasinvestigativa. Temos quecriar uma Polícia Federalfardada inclusive no Bra-sil. Quando pensamos que70, 80% das armas que cir-culam nas mãos de bandi-dos são contrabandeadas,inclusive com produçãonacional. E temos que in-tegrar os municípios den-tro dessa batalha. E é pos-sível fazer esta articulação,como nós fazemos no sis-tema de saúde, a União, osEstados e os Municípios.

Mas eu falava dos com-promissos, o nosso últimocompromisso, que é a sín-

Serra assume 7 compromissos com o Brasil

tese de todos, é o compro-misso com a democracia,a democracia que foi tãoconsolidada, tão afirmadapelo Governo do Presiden-te Fernando Henrique. Noano que vem vamos estarcompletando o maior ciclodemocrático do Brasil doapós-guerra. Vamos tertido mais democracia doque tivemos de 1946 emdiante. Com uma diferen-ça: sem tentativas de gol-pes como havia naquelaépoca, com governos comoo do Fernando Henrique,que absorvem as crises,elas entram no Planalto deum tamanho e saem detamanho menor, que nãoagravam as tensões, que étolerante com opiniõescontrárias, que proporcio-na plena liberdade de crí-tica, pela liberdade de or-ganização, respeito aoscontrários. E esta democra-cia é que nós temos queafirmar. Não acredito emmessianismos políticosnem creio que tenhamosqualquer candidato a sal-vador da pátria. É o País queprecisa esclarecer-se eunir-se para enfrentar osseus problemas. Um bomPresidente não é aqueleque fica prometendo resol-ver sozinho os problemas;o bom Presidente é aqueleque é capaz de unir as for-ças sociais no Brasil, asforças políticas em torno deum compromisso, de umprojeto compartilhado deconstrução de um Brasildemocrático, de um Brasilsoberano, de um Brasil de-senvolvido, de um Brasiljusto para todos. Nós pro-movemos muitas mudan-ças, mas é preciso que es-tas mudanças cheguempara todos e para todas asbrasileiras. A riquezamais importante do nossoPaís não está apenas noterritório, nos recursos na-turais, no tamanho da suapopulação, no desenvolvi-mento mais avançado naindústria em alguns luga-

res; a riqueza mais impor-tante do Brasil está na for-ça do seu povo, se ele con-seguir unir-se em torno deum projeto de país, queseja ao mesmo tempo ge-neroso e viável. Uma na-ção não é apenas uma ban-deira que se hasteia de vezem quando, um hino quese canta desajeitadamen-te, uma língua que todosfalam e que nem todomundo entende. Uma na-ção é sobretudo um povoque se une em torno de umprojeto histórico e com gar-ra e entusiasmo supera osobstáculos e avança emdireção a um futuro de dig-nidade. Nesta Nação umPresidente dá um exemplo,mas nem ganha e nem go-verna sozinho. O que pre-cisa, isto sim, é ter clare-za de rumo, firmeza devontade, capacidade paradizer o que é prioritário eunir esforços e anseios.

Ao longo da minha tra-jetória de vida, da minhatrajetória de luta, eu nãoacertei apenas, eu cometitambém erros e não forampoucos. Isso é inevitável.Mas eu nunca tive medo dedesafios, nunca, eu nuncafugi aos sacrifícios, nuncafugi ao combate e semprecumpri os compromissosque firmei.

Depois de 40 anos da-quela militância política,de muito tempo de exílio ede estudo, de muito tempode experiência parlamen-tar e administrativa, acre-dito que estou preparadopara unir a experiênciaadquirida à esperança pre-servada de tornar realida-de o sonho de um Brasilpróspero e de um Brasil jus-to, de um Brasil grande notamanho e na riqueza ma-terial, mas, sobretudo,grande no espírito de jus-tiça e de solidariedade doseu povo. Por isso sou can-didato a Presidente da Re-pública com o apoio de todoo PSDB. Nossa vitória seráum passo decisivo na

construção de um país,como eu dizia, democráti-co, desenvolvido e justo,como é o nosso projeto. Ago-ra, não é uma tarefa sópara nós, não, para nóscabe avançar nessa tare-fa, é uma tarefa para vári-os anos, várias gerações,muitos braços, muitasmentes, muitos corações.Por isso essa luta exigepaciência, exige vigor, exi-

Minhas amigas, meus amigos, quero dar umtestemunho muito breve mas creio quefundamental.

José Serra era Presidente da UNE, e euReitor da UFMG. Há 40 anos lutamos juntoscontra a ditadura. Fomos para o exílio, ondevi o seu trabalho. Quero dar o testemunho deque ele não é só o que é agora. Há 40 anos éum defensor da democracia. Há 40 anos é umlutador pelo povo, é essa figura extraordinária.

Vamos eleger um presidente trabalhador,sério, competente e sobretudo um brasileiroque ama o Brasil. Esta é a palavra de alguéma quem ele ajudou a eleger reitor da UFMG.

Viva o Serra! Sejamos brasileiros. Vamoseleger José Serra!

O depoimento doProf. Aloísio Pimenta

ge lucidez e muita, muitapaixão, tanta paixão quan-to nós temos reunido aquihoje com esta militânciatucana; e é esta paixão quevai nos conduzir nestacampanha, é esta paixãoque vai nos conduzir à vi-tória.

Dá-lhe tucano, vamosjuntos ganhar esta em be-nefício do nosso País e donosso povo!

“Acredito que estou preparado paraunir a experiência adquiri-da à esperança preserva-da de tornar realidadeo sonho de um Brasilpróspero e de um Bra-sil justo, de um Brasilgrande no tamanho ena riqueza material,mas, sobretudo,grande no espíritode justiça e de so-lidariedade do seupovo.”

Uma nação ésobretudo um

povo que se uneem torno de um

projeto histórico ecom garra e

entusiasmo superaos obstáculos e

avança em direçãoa um futuro de

dignidade.

Brasília, março de 2002Página 9 O TUCANO

Presidente José Aní-bal, Senador, nossocandidato e futuroPresidente da Re-

pública José Serra, Presi-dente da Câmara FederalDeputado Aécio Neves,meus amigos da mesa,Srs. Governadores, Minis-tros, autoridades, compa-nheiros do PSDB, as mi-nhas palavras vão ser mui-to rápidas.

Com certeza este é ummomento muito importan-te não só para o nosso Paíscomo para o nosso partido.Em 1994 nós começamos aimplantar neste País umprojeto definitivo de coloca-ção do Brasil dentre os pa-íses civilizados, modernose desenvolvidos do planeta.

O Presidente FernandoHenrique iniciou esse pro-jeto. E evidentementeesse projeto agora está emjogo. Portanto, o que euqueria dizer é que nenhumprojeto pessoal, nenhuma

demanda pessoal, nenhumobjetivo pessoal pode estaracima deste grande objeti-vo do PSDB, que é fazer des-te País um País grande,moderno e justo para todosos seus filhos.

E neste momento esta-mos aqui juntos com todosos Governadores do nossoPartido para dar o nossoapoio à construção, conti-nuação e evolução desseprojeto com a candidaturado Ministro José Serra àPresidência da Repúblicado Brasil.

Portanto, colocamosneste momento as nossasforças, as nossas vontades,o nosso trabalho à disposi-ção do Ministro, para queesta candidatura se tornecada vez mais uma reali-dade, e a nossa mensagemchegue a todos os quadran-tes deste País, para deixarbem claro para a populaçãobrasileira que nós não que-remos voltar atrás e sim ir

para frente, que nós nãoqueremos mais o país do cli-entelismo político, o país dafalta de democracia, o paísdas injustiças sociais e opaís da corrupção; quere-mos, sim, o modelo de paísque o Presidente Fernan-

do Henrique implantou eque com certeza o Minis-tro José Serra vai levar adi-ante.

Fica, pois, aqui, assimcomo fizeram já todas asgrandes lideranças destePartido, a nossa conclama-

eu caro amigo Mi-nistro, Senador efuturo Presiden-te, José Serra,

meu caro Presidente JoséAníbal, meu caro Governa-dor Tasso Jereissati, emnome de quem saúdo todosos companheiros que es-tão aqui na mesa, minhaquerida Vilma Motta, mi-nhas companheiras emeus companheiros,

Hoje é o dia da arran-cada para a eleição do nos-so companheiro José Ser-

ção também a todos aque-les que fazem o PSDB noCeará a seguirem e daremas mãos nessa luta de fa-zer do Ministro José Serrao grande e próximo Presi-dente deste País.

Muito obrigado a todos.

Paulo Renato Souza

“Serra será o Presidente”é melhor do que era háoito anos e o País daqui aoito anos será melhor doque é hoje. Por isso é pre-ciso concentrar os esforçose lutar pela eleição do JoséSerra como nosso futuroPresidente da República. Ocaminho é longo, a batalhaé dura, mas temos certezade que com o apoio e com otrabalho de cada um de vo-cês nós chegaremos lá eSerra será o Presidente.

Um abraço a todos!

ra como sucessor do nos-so Presidente FernandoHenrique, hoje é o dia emque a militância do PSDBvai para as ruas a partirde agora, com força, comentusiasmo, para dar con-tinuidade à transformaçãodo País iniciada pelo Pre-sidente Fernando Henri-que e que tem no Minis-tro José Serra o legítimosucessor, o legítimo conti-nuador das transforma-ções e da proposta de mu-dança do País. O País hoje

Tasso Jereissati

Governador conclama à união

M

O governador Tasso Jereissati e o ministro da Educação, Paulo Renato Souza, deramdemonstração de grandeza pessoal e de fidelidade partidária ao apoiar José Serra

Tasso conclamou a todos a fazer do Ministro José Serra o grande e próximo Presidente deste País

É preciso concentrar esforços e lutar pela eleição de JoséSerra, disse Paulo Renato

O TUCANOBrasília, março de 2002Página 10

O

Governadores Tucanos

Partido tem em José Serra o melhorcandidato à Presidência

consenso predomi-nou entre os gover-nadores na pré-convenção que sa-

grou formalmente o senadorJosé Serra como pré-candi-dato do PSDB à Presidênciada República. Para AlmirGabriel (Pará), Dante de Oli-veira (Mato Grosso), GeraldoAlckimin (São Paulo), Mar-coni Perillo (Goiás), TassoJereissati (Ceará) e AlbanoFranco (Sergipe), assimcomo para o ex-governadormineiro Eduardo Azeredo, oPartido tem em José Serrao melhor candidato à Presi-dência da República. O reca-do foi dado para um auditó-rio lotado com mais de 2 miltucanos. Agora, segundoeles, “é seguir em frente,rumo à vitória”.

Os governadores enalte-ceram a experiência ad-quirida por Serra em suavida pública, seja como mi-nistro do Planejamento eda Saúde, seja como pro-fessor e parlamentar.

Almir Gabriel, governadordo Pará, engrossou o coro dosque vêem o tucano como omais apto a assumir a Presi-dência, deixando claro, po-rém, o que espera da políticaeconômica do pré-candidato.

Que a industrializaçãodas regiões Norte, Nordestee Centro-Oeste faça partedas medidas que o ex-minis-tro, eleito, adotará para con-tinuar reduzindo as desigual-dades sociais no País. “O Sule o Sudeste têm de compre-ender que o verdadeiro cres-cimento passa pela industri-alização do Norte, Nordestee do Centro-Oeste, pois cominfra-estrutura suficienteconstruiremos um coração

pulsante, o coração transfor-mador do Brasil”, disse Almir.

O governador paraensedesdenhou das pesquisaseleitorais, que colocam onome do tucano na quartaposição – entre 8 e 12% dasintenções de voto, e disseestar certo de que “o povobrasileiro, com sua sabedo-ria”, renovará sua confian-ça no PSDB e elegerá Serrasucessor do presidente Fer-nando Henrique Cardosoque, “em dois mandatos,transformou o Brasil”. Gabri-el exaltou a presença dasmulheres tucanas e lamen-tou a falta dos ex-governado-res Mário Covas e FrancoMontoro e do ex-ministroSérgio Motta na pré-conven-

ção, a primeira realizadapelo Partido nos seus quase13 anos de existência.

Como os demais, o gover-nador de São Paulo, GeraldoAlckimin, salientou a una-nimidade das opiniões sobrea competência do senadorSerra acrescentando-lhe,ainda, outras qualidades:obstinação, capacidade detrabalho e coragem na su-peração de desafios. E citoupalavras do ex-governadorMário Covas para concla-mar os tucanos de todo Bra-sil – “de rua em rua, de bair-ro em bairro, de reunião emreunião...” – a levarem onome do senador a umagrande consagração eleito-ral: “O povo não erra, ele

precisa é de todas as infor-mações”.

De quem detém a marcade bicampeão brasileiro decrescimento econômico nogoverno de Mato Grosso, Dan-te de Oliveira, José Serra eos tucanos reunidos na pré-convenção ouviram: “É pos-sível crescer e é possível con-tinuar fazendo ajustes, con-trolando a inflação e manten-do a estabilidade da nossaeconomia”. E acrescentou,destacando outro ponto mar-cante do governo social-de-mocrata do PSDB: “Crescer épreciso, mas, também, man-ter aquilo que Fernando Hen-rique conseguiu – resgatar acredibilidade da nossa Pátriano contexto internacional

das nações”.Já Marconi Perillo puxou

pela memória e comparousua experiência nas eleiçõesde 1998 – foi lançado ao go-verno de Goiás em julho com3% dos votos – com os núme-ros obtidos por Serra nas pes-quisas para concluir pela vi-tória do pré-candidato dos tu-canos: “Você vai vencer, Ser-ra, porque o Brasil não quera humilhação, não quer sera Argentina de amanhã; oBrasil quer votar na raciona-lidade, e não no populismo.E você é o melhor candida-to”. Entusiasmado, Perillodisse ter convidado a mili-tância goiana para vir a Bra-sília ouvir – mais de mil tu-canos – a proposta, “vitorio-sa”, do ex-ministro.

Em sua fala, o governadorde Sergipe, Albano Franco,elogiou a atuação do ex-mi-nistro no Ministério da Saú-de e reconheceu o esforçoque o “homem público” JoséSerra fez na recuperação dosíndices sociais do Nordeste.“O ex-ministro tem tido par-ticipação decisiva na recu-peração dos desníveis denossa região. É por isso queSergipe está ao lado dele, aolado da continuidade da es-tabilidade econômica e soci-al do País, principalmentepara melhorar cada vez maisas condições e a qualidadede vida do povo brasileiro”. Aspalavras do tucano sergipa-no são um testemunho daatuação do ex-ministroquando comandou a Saúdee respondem aos detratoresdo seu nome como candida-to à Presidência da Repúbli-ca acusando-o de postularum mandato para defenderos interesses de São Paulo.

Governadores destacaram a experiência de Serra e defenderam reduçãodas desigualdades regionais

Pré-convenção entusiasmou os governadores tucanos

Brasília, março de 2002Página 11 O TUCANO

Ao longo dos anos, oPSDB ficou conhecido –basta lembrar pelo menosde dois nomes, dos ex-go-vernadores Mário Covas eFranco Montoro – como opartido da democracia eda ética. Transcorridossete anos de administra-ção tucana, pode-se dizer,sem medo de errar, que oPartido já pode incorporaroutro atributo a sua iden-tidade: o de Partido dasmudanças.

Ministros

“Será a vitória de um projeto”Não bastassem a estabi-

lização da economia e aquebra de monopólios, ogoverno social-democratado presidente FernandoHenrique Cardoso criouuma grande rede de prote-ção social, o primeiro pas-so para as famílias pobresdeixarem o ciclo de pobre-za e de miséria. A “rede”funciona como um colchãode proteção do útero à ter-ceira idade, e dá aos tuca-nos a certeza de que os bra-

sileiros saberão reconhe-cer o acerto dessas políti-cas elegendo o candidato doPartido nessas eleições.

“Nós hoje temos umadefinição, a outra vai serdo povo, e nós confiamos nopovo”, afirmou o ministro-chefe da Secretaria Geralda Presidência da Repúbli-ca, Arthur Virgílio. A em-balar a certeza, além dosavanços e conquistas, aconvicção de que o PSDBtem o melhor candidato:

“Competência, honestida-de, seriedade, integridadee compromisso com a lógi-ca da vitória do povo”, des-tacou Virgílio, enfatizandoque “a vitória do Partido,mais do que de uma pes-soa, será a vitória de umprojeto”. Essa avaliação foiendossada pelo ministro doPlanejamento, Orçamentoe Gestão, Martus Tavares.

“É hora de compararcomo está a educação emrelação ao que era, como

estão a saúde, as teleco-municações, a economia,e comprovar que fizemosmuito”, disse o ministrodas Comunicações, Pi-menta da Veiga, saudan-do a pré-candidatura deJosé Serra e traduzindo osentimento dominante napré-convenção, de que osavanços e conquistas ob-tidos pelos social-demo-cratas serão o alicerceque cimentarão o futurodo Partido.

CLIM

A

Os tucanos celebraram com muitafesta a unção do nome do senadorJosé Serra como pré-candidato doPSDB à Presidência da República. De-mocrática, a festa foi animada e nãodeixou sem opções os militantes quevieram de todo País para comemorarcom o pré-candidato. Dava de tudo,do samba ao trio elétrico e ao bum-ba-meu-boi, sem faltar também as pa-lavras de ordem e slogans que sau-davam o pré-candidato como o próxi-mo presidente do Brasil. Tudo rega-do a muito suor, samba e alegria.

O Conselho Nacional dePolítica da Juventude doPSDB, que aconteceu emBrasília, no dia 23 de feve-reiro, reuniu 18 DireçõesEstaduais da Juventude noBrasil. A atuação da Juven-tude Tucana na campanhade José Serra para a Presi-dência da República foi umdos principais assuntos tra-tados durante o encontro.Vários mecanismos foramdiscutidos, entre eles a re-tomada do Laboratório deAprendizagem Política – oLAP – em parceria com oInstituto Teotônio Vilela,que servirá para a prepara-ção dos militantes jovens doPSDB para a campanha pre-sidencial, sendo este o mai-or curso de formação políti-ca para uma juventude par-tidária. O lançamento do li-vro “Políticas Públicas deJuventude – Uma propostapara a sociedade”, que des-creve a proposta da JPSDBpara a juventude brasileira,também foi colocado empauta, bem como a criação

Jovens de 18 Estadosfazem reunião em Brasília

de uma grande rede, queintegre toda a juventudetucana para a campanhapresidencial.

Também foi discutida ahomologação da DireçãoNacional da Social Demo-cracia Estudantil – a SDE. Oórgão, que congrega todos osestudantes sociais demo-cratas do país, visa reafir-mar as propostas sociaisdemocratas para o movi-mento estudantil, como adiscussão de todo o seu mo-delo de representação, etem como premissa a am-pliação da meia entradapara estudantes, possibili-tando maior acesso à cultu-ra e à informação.

Estiveram presentes noencontro o líder do PSDB naCâmara, Jutahy MagalhãesJúnior, que destacou a im-portância da Juventude Tu-cana na campanha presi-dencial do senador José Ser-ra e a deputada Marisa Ser-rano, falando sobre a atua-ção do Secretariado Nacio-nal de Mulheres do PSDB.

Em clima de festa, ministros dizem que “a vitória do Partido, mais do que deuma pessoa, será a vitória de um projeto”

O TUCANOBrasília, março de 2002Página 12

Os 7 compromissos de José Serra coma militância tucana e com o Brasil

1 - Com a verdade

“Na política, só a verdade é de-mocrática, porque ela é que podepermitir que a população possa fa-zer suas escolhas sem ser enga-nada... Nesta campanha, como emtoda a minha vida, vou dizer a ver-dade sempre em todos os cantos.Nós vamos levar essa verdade atodos os cantos do Brasil... as idéi-as vão ser expostas e debatidascom todos. A população precisa co-nhecer isso para fazer a sua esco-lha com segurança e dar seguran-ça ao futuro do País.”

2 - Com o trabalho

“Vamos trabalhar muito nacampanha e no Governo. No Bra-sil não faltam idéias... temos quesaber tirar as idéias do papel, tervontade política para fazer isso, tercompetência para materializar, terpersistência para fazer acontecerdepressa.”

3 - Com o desenvolvimento

“Nesses anos todos o País afir-mou a sua estabilidade... Agora,afirmada a estabilidade, constru-ída uma rede de proteção socialcomo nunca houve em nossoPaís, temos agora que dar ênfa-se ao desenvolvimento, ao cres-cimento da economia e ao cres-cimento do emprego. É possível,é viável e vamos fazer a econo-mia brasileira crescer mais, vol-tando àquela época dos anos 50

4 - Com a justiça social

“Desenvolvimento tem que serpara todo mundo, senão não é de-senvolvimento. Eu me lembro doque disse na apresentação da mi-nha candidatura lá na Câmara dosDeputados. A Bandeira Nacionalfala em Ordem e Progresso. Agora,não é possível no Brasil ter ordempara todo mundo e progresso sópara alguns. Nessa situação nãovai haver ordem nem progressopara ninguém. E temos - isso émuito importante se dizer - a redede proteção social montada. O quetemos agora é que levá-la às últi-mas conseqüências.”

5 - Com a redução dasdesigualdades regionais

“Sem isto não haverá igualda-de social. E junto com ela a defe-sa da nossa integridade territori-al... Não vamos ter futuro no Bra-sil se tivermos metade pobre emetade rico. Em toda a minhavida toda vez que fiz política, fizcomo político nacional... Temosque acelerar o crescimento eco-nômico inclusive para ter recur-sos para que as nossas Forças Ar-madas possam melhorar o seuequipamento e o seu treinamen-to, a fim de defender a integrida-de do nosso território. O Brasil não

6 - Com a segurançapública

“Hoje há mais pessoas traba-lhando para a segurança privadado que para a segurança pública.No entanto, as pessoas que podempagar guardas, que podem pagarsegurança privada, não se sentemseguras. A questão básica é a se-guinte: ou a segurança é para to-dos, ou a segurança é de nin-guém... Temos que introduzir demaneira mais decidida o GovernoFederal nesta luta, criando o Mi-nistério da Segurança Pública paraenvolver o Governo nesta ação. Etemos que dar à Polícia Federaltambém a missão de polícia osten-siva, de polícia da repressão, e nãoapenas investigativa. Temos quecriar uma Polícia Federal fardadainclusive no Brasil.”

em que o Brasil realmente seabriu para o futuro, se moderni-zou e avançou.”

7 - Com a democracia

É a síntese de todos. A demo-cracia que foi tão consolidada, tãoafirmada pelo Governo do Presi-dente Fernando Henrique. No

pode tolerar a violação de nenhu-ma das suas fronteiras, nem pla-nos de internacionalização denenhuma das suas Regiões. Porisso precisa estar pronto para de-fendê-la, sim, assim como preci-sa integrá-las ao crescimento na-cional, através de novos planos dedesenvolvimento adaptados à di-versidade do nosso País e às cir-cunstâncias internacionais.”

ano que vem vamos estar com-pletando o maior ciclo democrá-tico do Brasil do após-guerra...Com uma diferença: sem tenta-tivas de golpes como havia na-quela época... Uma nação não éapenas uma bandeira que se has-teia de vez em quando, um hinoque se canta desajeitadamente,uma língua que todos falam e quenem todo mundo entende. Umanação é, sobretudo, um povo quese une em torno de um projetohistórico e com garra e entusi-asmo supera os obstáculos eavança em direção a um futurode dignidade. Nesta Nação umPresidente dá um exemplo, masnão governa sozinho. O que pre-cisa, isto sim, é ter clareza derumo, firmeza de vontade, capa-cidade para dizer o que é priori-tário e unir esforços e anseios.

Ao longo da minha trajetória devida, da minha trajetória de luta,eu não acertei apenas, eu cometitambém erros, e não foram poucos.Isso é inevitável. Mas eu nuncative medo de desafios, nunca, eununca fugi aos sacrifícios, nuncafugi ao combate e sempre cumprios compromissos que firmei.”