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PREÇOS* No Rio- $500 Nos Estados. . .. $600 O TOCO -TOCO ^ ANNO XXVf RIO DE JANEIRO. 19 DE MARÇO DE 1930 NUM. 1.276 As Tres Marias : <— - V :^*^'_^- v \ ri. Logo cedo. para a escola As tres Marias pequenas Atraz da Maria grande vão caminhando serenas Pois quando toca a estudar Deixam toda a brincadeira E das Marias pequenas Não se conhece a primeira Tanto uma como as outras São dos livros apegadas As tres Marias pequenas São todas muito applicadas

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PREÇOS*No Rio - $500Nos Estados. . .. $600O TOCO -TOCO

^ANNO XXVf RIO DE JANEIRO. 19 DE MARÇO DE 1930 NUM. 1.276

As Tres Marias

:

<— - V:^*^ '_ ^- v \ ri.Logo cedo. para a escolaAs tres Marias pequenasAtraz da Maria grandevão caminhando serenas

Pois quando toca a estudarDeixam toda a brincadeiraE das Marias pequenasNão se conhece a primeira

Tanto uma como as outrasSão dos livros apegadasAs tres Marias pequenasSão todas muito applicadas

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O TICO-TICO 19 Março — 1930

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olivro

decontos

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Olivro

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dospobres

1930

Se são existe jonialeiro na sua terra, envie 5Ç500 em carta registrada, cheque,vale postal, ou em sellos do Correio a Soe. An. "O MALHO" Travessa doOuvidor, 21, Rio, que será remettido ao seu filhinho um exemplar d«ta pri-

morosa publicação infantil.Preço no Rio: 5 $ 0 0 0

A VENDA EM TODOS OS JORNALEIROS DO BRASIL

Contos, novel.Ias, historias

illustradas,sciencia ele-mentar, "his-

toria ebrinquedos •

de armar, eChiquinho,Carrapicho,

Jagunço, Ben-jamin, Jujuria

Goiabada,Lamparina,Pipoca, Ka-

ximbovvn, ZéMacaco e

Faustina tor-nam essa pu-

olicação omaior e maisencantador li-vro infantil.

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1!) Sfavió — itfôO a —,

*

*>VVVAAAAA/v*

AS JXVFNÇÕI-S MODFRNAS

CoSíBOiOS bò ar -— Trens do ar com vagons acro-planos no gênero dos de (erra são ahnúhciados cm [iro-xtirio futuro por uni piloto allemão. Com poderososaerõplanos como locomotivas e deslisadores sem motorcomo yagons-, clle cpíita que esses trens aéreos trans-portem passageiros e cargas cm longas distancias comgrande velocidade.

Quando o comboio passar sobre uma cidade impor-tanto, um dos deslisadores c solto e desce com <• seuespecial piloto ao passo que o resto do trem continuaa viagem sem demora.,

Nas recentes experiências, Herr Espeiilanb, o pilo-to, allernuo, elevou-se no ar num biplano rebocando odeslisador que clle havia constrido. Quando estava çnipleno vôo, o piloto do deslisador soltou a sua ntachinae desceu'a salvamento em bôa aterrisagem..

NO COLLEGIO,

O tneslre — Diga-me, menino, que comprimentodevem U r as pernas dc uma pessoa com relação ao corpopara que guardem proporção?

0 meninosolo. — Jitca.

Q sufíiciente para que cheguem ao

Aula dc arithmetica: — Cadinhos, se de dez tirassete e depois três, o que fica?

Fica... Fica. . •Presta attenção. Se tens dez mangas e comes

sete antes e três depois, o que fica?Ficam os caroços.

QEXAM

ESREUHO DE LOJA__ DE ——

Alba 'de MelloNAS LIVRARIAS

O T ! 'C 0 - T I C O

J#^I> li I

¦ \ \X) Orihcf

tos rrazeres...da mesa deve acompan-har o valor nutritivo dosalimentos, tta pratos sa-borosos que pouco altmentam; tal não acontece comas Massas AY7VA.DRE':são nutritivas e de tão faciídigestão, que desde a creança de mezes até aos velhose doentes não soffre ame-nor contra-indicação.^.

MASSAS ALIMENTÍCIAS

AYMORÊ^"^*^V €?* ^'^> \\ j^r^

Stcc ohop.MOINHO IUCUi

J.P. .

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O TICO - TI CO p- 4 li) — .Março — 1930

mmm

iM'íS

GRANDE CONCURSO DE

1

CONTOS BRASILEIROSWtá "O MALHO" — que 6 uma das mais

antigas revistas nacionaes — considerandoo enorme successo que vem despertandoentre os novos contistas brasileiros e o pu-blico em geral, a literatura ligeira, de fi-cção ou realidade, cheia de iuteresse eemoção, resolveu abrir cm suas paginas umGRANDE CONCURSO DE CONTOS BRA-SILEIROS, só podendo a elle concorrercontistas naciouaes e recompensando comprêmios em dinheiro os melhores trabalhosclassificados.

Os originaes para este certamen, que po-derão ser de qualquer dos gêneros — tra-gico, humorístico, dramático ou sentimen-tal — deverão preencher uma condiçãoessencial: serem absolutamente inéditos eoriginaes do autor.

Assim procedendo, "O MALHO" tem acerteza de poder ainda mais concorrer paraa diffusão dos trabalhos literários de to-dos os eacriptores da nova geração, comoainda incentival-os a maiores expansõespara o futuro, offerecendo aos leitores,com a publicação desses contos, em suaspaginas, o melhor passa-tempo nas horasde lazer.

CONDIÇÕESO presente concurso se regerá nas se-

guintes condições:]• — Poderão concorrer ao Grande Con-

curso de Contos Brasileiros de "O MALHO"Iodos e quaesquer trabalhos literários dequalquer estylo ou qualquer escola.

2<> — Nenhum trabalho deverá contermais de 10 tiras de papel almasso dactylo-grnphado.

3a — Serão julgados unicamente os tra-oalhos eacriptcs num só lado de papel eem letra legível ou á machina em doisespaços.

4» Só poderão concorrer a este cer-tamen contistas brasileiros, e os enredos,de preferencia, versarem sobre factos ecoisas nacionaes, podendo, no emtanto, depassagem, citar-se factos estrangeiros.

5» Serão excluídos e inutilizados to-dos e quaesquer trabalhos que contenhamem seu texto- offensa á moral ou a qual-quer pessoa do nosso meio político ousocial.

6» — Todos os originaes deverão virassignados com pseudonymo, acompanha-dos de outro enveloppe fechado com a Jden-tidade do autor, tendo este segundo, es-cripto por tora, o titulo do trabalho.:

Ta — Todos os originaes literários con-correntes a esle concurso, premiados ounão, serão de exclusiva propriedade destaempresa,; para a publicação em primeiramão, durante o prazo de dois annos.

S» — B' ponto essencial deste coucurso,que os trabalhos sejam inéditos o-originaesdo autor.

PRÊMIOSSerão distribuídos os seguintes prêmios

nos trabalhos classificados:f Jogar Rs. 300$0003» logar Rs. 200$000»o logar Rs. 10(>$00O4", 5o e «o collocados, cada. . lis. 50$000

Do 7o ao 15» collocados («Menção Hon-rosa) — Unia assignatura semestral «loqualquer das publicações : "O Malho","Para todos...", "Cinearte" ou ««Tico-Tico".

Serão ainda publicados todos os outrostrabalhos que a redacção julgar merece-dores.

ENCERRAMENTOO presente GRANDE CONCURSO DE

CONTOS BRASILEIROS será encerrado nodia 28 de Junho de 1930, para todo oBrasil, recebendo-se, no emtanto, ate 3 diasdepois dessa data, todos 03 originaes vin-dos do interior do paiz, pelo correio.

JULGAMENTOApós o encerramento deste certamen, se-

rá nomeada uma Imparcial commissão deintellectuaes, críticos e escriptores para ojulgamento dos trabalhos recebidos, com-missão essa que annunciaremos antecipa-damente.

IMPORTANTEToda a correspondência e originaes refe-

rentes a este concurso deverão vir com oseguinte endereço:

Para o "GRANDE CONCURSO DE CONTOSBRASILEIROS" — Redacção de "O MA-LHO" — Travessa do Ouvidor, -1 ,-^

Rio de Janeiro.

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O TICO-TICO(PROPRIEDADE DA SOCIEDADE ANONYMA "O MALHO")

Redactor-Chefe: Carlos Manhães — Dir ector-Gereiíte: Antônio A. de Souza e SilvaAssignatura — Brasil: 1 anno, 25$000; 6 mezes, 13J000 — Estrangeiro: 1 anno, 60$(X)0; 6 mezes, 35$000

As assignaturas começam sempre no ãjtjgfa^o mez em que forem tomadas e serão acceitas annual ou semestralmente. TODA ACORRESPONDÊNCIA, como toda à remessa de dinheiro, (que pôde ser feita por vale postal ou carta registrada com valor de-clarado). devo ser dirigida 4 Sociedade Anonyma O MALHO — Travessa do Ouvidor, 21. Endereço telegraphico: O MALHO —

Rio. Telephones: Gerencia: 2-0518. Escriptorlo: 2-1037. Redacção: 2-1017 Officinas: 8-6247.Succursal em São Paulo, dirigida pelo Dr. Plinio Cavai canti — Rua Senador Feijó, 27, 8o andar, salas 86 e 87.

CiCOQfiS&4% mt' aS^") \ *

^Êm&UouoO MAIOR INIMIGO DAS CREANÇAS

Meus netinhos:LVocês todos têm um inimigo perigoso, ca-

paz de abater, com a mais impiedosa indiffe-rença, o organismo e a vida das creanças. Tal-vez, no momento, não saibam os meus neti-

nhos, quem seja esse inimigopoderoso e podem mesmo sup-pôl-o um gigante armado deadagas afiadas e chicotes delongas pontas. Mas o inimigode todas as creanças não é esse

gigante que porventura apparece na imagina-ção dos leitores.

E' um insecto que tanto tem de pequenono tamanho como grande nos perigos que se-meia — é a mosca, o repugnante animal quecorrompe os alimentos e propaga as doenças.:Nada repugna á pequenina mosca. Pousandosobre os monturos, sobre todas as substanciasem estado de putrefação, a mosca leva gruda-dos ás patas particulas de exterqueira,micróbios, bacillos e vae pousar noscopos, nas moringas, no leite, no pão,em todos os alimentos, notadamente nosque contêm assucar. E ao pousar sobreesses alimentos a mosca nelles deixa asujeira que carrega.,

11 ''''"'¦'' •WBlMaaaaW .('TrSVa

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Ingerindo, depois, o pão, o leite, tocandonas vasilhas que anteriormente serviram depouso á nojenta mosca, nós ingerimos, semque o saibamos, todas as immundicies de quea mosca foi portadora. E contrahimos moles-tias e doenças, não raro de conseqüências fu-nestas.-

Nessas condições, meusnetinhos, é necessária umaguerra de morte ás moscas,ceifadoras de vidas. E nenhu-ma guerra, nenhum combate émais fácil de ser emprehendido do que esse»,Basta, para êxito no prélio, que evitemosamontoados de lixe e substancias em decorri-posição, que nunca deixemos destampados osassucareiros, depósitos outros de alimentos ede bebidas, e, sobretudo, que ingiramos qual-quer a li men to antes tocado pelamosca.

Guerra sem tréguas, meus netinhos, aopernicioso insecto, transmissor de umsem numero de enfermidades que con-

traem as creanças.

Vovô

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O TICO-TICO 19 — Março — 1930

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OTICOTICOgL_^1lJf1D/\hiO,_S_5-__i • "•*^-^?V2r-s-***___,

NASCIMENTOS

3> -¦ Está em festa o lar do Sr. Cypnano FerreiraPinto e da Sra. Margarida Noiva Pinto, pelo nascimentode um interessante filhinho que recebeu o nome de Jorge.

3» ® A 22 de Fevereiro oítjhto nasceu Lais, primo-srenita f;lha do 1° tenente do Exercito Annibal V. de Ma-cedo e de sua esposa D. Noemia V. de Mello de Macedo.

A N N I V E R S A R I O S

® ® Passa boje a data natalicia da menina Paula,filhinha do Sr. Orestes Vianna,

-¦ «^ A 22 do mez ultimo fes-tcjou a passagem de seu anniversarionatalicio o nosso amiguinho e assi-guante Ananias Santos Souza, resi-dente em Queimados.

-* ® Faz anríos hoje 3 meninaEdith Pinheiro, nossa amiguinha resi-dente em Bello Horizonte.

-• -• Passou a 10 deste mez o an-niversario natalicio do joven Arthur,íilho do Sr. Jayme da Costa Barros.

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F. .AI LEILÃO.<£ '& Estão cm leilão os meninos e meninas de diversos

.lajrros: Quanto dão pela belleza da Aurora? pela elegan-cia do Antonino? pelos vestidos bonitos da Ruth? pelosolhos do Renato? pela delicadeza da Aristhéa? pela ele-gancia do Nelson? pela graça da Olivia? pela distincçãodo Renato? pelos lindos dentes da Dulcina? pela gentilezado Francisco? pela vivacidade da Maria de Lourdes? pelosestudos do Everaldo? pela correcção da Deolinda? peloslangos do Geraldo? pela côr morena da Maria Isabel?pelo andar apressado do Carlos? pelo vestido comprido da

Edith? pela timidez do Arnaldo? pelosorriso da Cotinha? pela alegria doVicente? e pelo chie da Marina?

A BONECA -8>

NA BERLINDA...

®-& São os seguintes os meni-nas que estão na berlinda na Rua Dr.Mario Vianna, Nictheroy: Maria Jo-sc, por gostar de recitar; Inah, porgostar de fazer ondas; Dolêa, porgostar das batalhas; Eda, por gostarde ir ao baile; Gustavo, por fazer opapel de papae; Nilson, por andar nopatinete; Rogério, por ser quer.do damamãezinha.

-* ® Berlinda de meninos e me-ninas de diversos bairros: Ene:sa Mar-tins, por ser boazinha; Dirceu, por seralegre; Devanaghi, por ser mega;Paulo, por ser quieto; Lenyra, porser graciosa; Joel, por ser travesso;Jacy, por ser dansarina; Walter, porser obediente; Lucy, por ser delicada;Geraldo, por ser forte; Glorinha, porser engraçada; Alceu, por ser estúdio-so; Regina, por Ser querida; Octavio,, por ser sympathico;Ruth, por ser intelligente, e Luiz, por ser pianista;.

N O J A R D I «vi . . .

^ -* Para formar um bouquet de flores, escolhi asmeninas e meninos seguintes da Rua Sta. Alexandrina: Re-gina, uma rosa branca; Jayma. um cheiroso jasmin; He

Tambem tenho, sim, lá em casa, ®uma boneca. Se é linda como *essa? Pois se é a mais linda dasbonecas! Não tem esse vestido

*$ azul enfeitado de fitas, que a fas<§> parecer uma senhora, nem esse

cliapéo enfeitado de flores. Tem "$uma camisolinha branca, de nenê, ^

** sapatinhos de lã côr de rosa e <**-> iima touca muito bonita, com ren- ?<§> das branc s, que sua madrinha ^

lhe deu. Não pôde ser mais linda ®que a sua boneca? Mas é! Sabe *

<$ por que? A minha boneca chora, ¦*rj com seus quatro dentinhos e 3>

$> é louqttinlia pelo seu biberon *>*í cheio de leite. Você está dizendo <3>

que sou mentirosa? que sou uma $«-* menina pobrezinha e não posso ->** ter uma boneca assim? Pois ve- '#<-* nha commigo, vamos á minha

casa, que lhe mostrareiI A mi-nha boneca deve estar dormindoagora... A minha boneca é aoutra filhinha de mamãe...,<8>Maura de Senna Pereira

NO CINEMA...

3> ? Querendo organizar um filmcom o nome Amor eterno, escolhi osseguintes artistas da Rua Santa Ale-xandrina: Armando, o Charles Far-reli; Joá, o John Barrymore; Gladys,a interessante Norma Talmadge; Re-gina. a linda Sue Carol; Maurício, odestemido R. Maynard; Salomão, oinegualavel Tim Mac Coy; Maria, aMarieta Milner; Helena, a NancyCarrol; Lúcia, a Marion Davies; Re-nato, o grande cantor Charles King;Rubenzinho, o travesso Formiga; Ira-cema, a loura Latira La Plante; Ionio,o- Buck Jones; Maria da Conceição,a Josephine Baker; Neozinho, o in«teressante Chuca-Chuca; Lygia, aDolores Costello; Jorge, o CharlesRay; Luiz, o Ramon Novarro; Ro-berto. o Ricardo Cortez, e eu, a MaryPickford. — Marqucza de Come-farofa.*-> 3* Foram contractados paraum füm os seguintes meninos e me-ninas: Noemia, a linda Billie Dove;Edgard, o sympathico Conrad Nagel;Ros.na, a graciosa Bessie Love; Joel,o elegante Rod La Rocque; Eulina, abella Vüma Banky; Eurico, o querido

John Gilbert; Dora, a perturbadora Greta Garbo; Saul, oengraçado Harold Lloyd; Yvonne, a loura Marion Davies;Luiz, o correcto Rxhard Dix; Eulina, a travessa ClaraBow; Walter, o elegante Charles Farrell; Lucinda, ameiga Janet Gaynor; Braulio, o distineto Adolphe Menjou;Vitalina, a alegre Bebe Daniels; Hugo, o irresistível Re-ginald Denny? Sarita, a querida Pola Negri; José o co«mico Charles Chaplin; Euridice, a ingênua Lupe Velez;

lena, uma cravina; Luoa, uma linda orchidéa; Hdoisa, uma Carlos, o afamado John Barrymore; Esther, a encantadorabella canteira; Aldo, um cravo; Floriano, um cravo de de- Norma Talmadge; Victorino, o Wüliam Russell; Heron-frnito; Mayr, uma hortencia; Afranio, uma flor do ma- dina, a seduetora Dolores Del Rio; Pedro o Victor «Mncmão machei.e eui, Utoasau_ade.-.W_rç«___ de Come-farofa. Laglen; Maria da Graça, a nossa Lia Tora; Geraldo o<S> O Foi oftcrecida ao Cluqunho" uma linda cesta Olympio Guilherme; Luizinha, a insmuante Ann:ta Pacomenao as seguintes uores: nsiner, uma tnagnoUa; Luiz, Octavio, o Fairbanks Jr.; Helena, a esbelta Joan Crawford-um cravo; Manha, uma margarida; Raul, um myosotis; Manoel, o forte Wüliam Haines; Eunice a delicada VivianSylvia, uma açucena; Heitor, um copo de leite; Martha. a .Martin; Djalma, o Don Alvarado; OHviâ a Mary Duncan-hortencia; Ary, um botão Prncipe Negro; Aida, uma camelia: Victor, um resedá; Dalva, a linda violeta.

Álvaro, o Jackie Coogan; Eugenia, a Mary Philb:n; Ro-berto, o Luiz Soròa; Luiza, a Olive Borden.

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19 — Mavço — 1«30 — 7 — O TICO-TICO

NA PORTA AZUL DO CÉOA' porta azul do céo pararam, certa vez, cinco mu-

lheres, em busca de um viver cheio de calma. Ao santotão querido que, velhinho, guardava o humbral do céo,disse a primeira das recém-chegadas: — Deixae que euentre, santo. Eu fui lá pela Terra a noiva dedicada, queviu morrer na guerra o bem amado noivo. A saudadeferiu-me e eu devo estar no céo. —Eu, falou a seganv-da — fui irmã carinhosa, que amparou, dedicada, irmãospequeninos quando meus paes partiram para o além.A terceira falou: — Eu velei sem cessar a velhice tris-tonha de minha mãe querida, que Deus chamou paraseu santo reino. Quero viver, no céo, junto de minhamãe. — Eu passei toda a vida orando nos altares —falou a quarta das bondosas damas. — Vesti este burelde monja e as joias que ostentei foram contas escura*de um rosário. As canções, que cantei, foram psalmosde amor a Deus e á caridade. Quero continuar a vidade bondade bem junto do Senhor. E o santo tão queri-do, que guardava, velhinho, o humbral do céo, fez recu-ar, de manso, as quatro creaturas que bem haviam fa-tedo; E chamou, piedoso, a ultima mulher que, sem di-zer palavra, foi conduzida ao reino azul do céo, porquetrazia ao collo, bem junto ao coração, o encanto adora-do de ura filhinho.

C A R L O S M A N H Ã E S

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O TICO-TICO — 6 «-, 19 Marco vm

0 ' HOMEM DA MASCARA NEGRA(ROMANCE)'"

vtáli^^iJ LJ»p~^2a ^í~ TrT-i

I "r"~ r"^>O conde dr Clamei tinha vinte annos .^.costume nesse tempo em Fiança Che lado um rapaz chamado l.oiitrnç

quando deixou o castello rir sua familia I gando a P.iris-ui&itou c rcl e tiatou de j forte, mas que p3iecia espertopara ir viver na cone do rei, Amo era... contractar um lacaio Foi-lhe apresen i conde Raymumln <(.? Chovei, cor

o, munaO lovemactou...

I ««pois. Lourenço., que no mesmo dia cn- ^.o conde vestiu um manto e sahiu só .^.p0r uma rua sombria, virarrTdr.as senho-, trou cm funcçóes O conde tinha que ir á com o lacaio por que ainda não tivera tem- ras que se oceultavam a um canto. Ucna' caça do rei E como estava cahindo neve... , po de arran^r amigos em Pans Passando... , era m0ça c ooniti a outfâ velha r- fein

^.-.paiecis uma dama de componho. Ven-do o conde, a veina adeaniúi*-se, dizendoem sotaque estrangeiro: — Senhor soecotra nos — Esiou ás vossas ordens — .-,-.

...disse o conde inelmandc-sc. E pergun j ...que viesse visitar, vim e no togar indi-tou: Quc pengo vos ameca? — Não cado pela carta não liu casa alguma, Quizsei respondeu a moça — mas recebi . voltar... Meu carro desappareceu e fica-

1 uma carta de uma pobie mulher pedindo... | mos aqui abandonados. — Perdão-- . .,~ml_.

«... disse a velha — minha ama esquece-sede dizer que. ja outras vezes cila icm sidoeniahida a armadilhas pelo homem oa masrjra n'gra, que mais <!e urna vez nos tem«pparecido. de pistola em punhos. .. — Pa-

.-..eu a defenda — disse o conde. — Nãopense nisso, moça — já varias vezes ohomem da mascara negra nos tem raptado. depois nos abandona cm algum logardeserto ¦ . • •« — para o que não sei.

ra que contas estas cousas- — perguntou a Mas arrisque a vida para nos defender...moca. — Faz bem me contar para que... De repente a velha (jútou: — Lá está...

...elle! —í^£ mostrava um vulto ao longíNão vá ao encontro — exclamou a moca —ha outros fidalgcs... corra o senhor...Mas o joven conde liaytn.inclo corria aoencontro do homem da mascara negra queeslava de pé immovel, á certa dis-,tancia.

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Os amisros d'0 Tico - Tioo

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_í" HfeBffia^^^^^MBHMM—^*^^^kV*í ''fi Ar^É ____**^B SS-ll

Geraldo, Domingos e Brenno Prata ^_| __\T~ Mai 'a tIe Lourdes- Moacyr e Mario,-

Barbosa. iy_| _^\\ filhos do Sr. Ezequiel Coutinho.

m _yr^. .\\l »- ¦.'. / i//l_H

_r <*4 *** t* II

__p ___ _______! ________ ¦_?__l mmr ^__i ^^__i ______ ^W_^

Norma Trad. -J§*»~' * Jorge, filho do Sr. Julio César Maineti.

Abel, filho do Sr. Abel Pereira.

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Reminiscencias — Acampamento,de escoteiros no Russel, por occa-sião da primeira semana escoteirada U. E. B. em 1924.

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L i c i n i oS e r o dio,a 1 u m n odo Pry-t h a n e uM i 1 i t ar.que cons-truiu coma machinaTICO-T I C O oc a r ro deassalto pu-blicado nu-ma das pa-g i n as dearmar des-ta revista.

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¦¦*-" n' MM ta revista. gio Salesiano de Nictheroy.

Francisco e Aglae,filhos da Sra. Fi-

dencio Mello.

Rogério de Andra-da e Guilherme F.

Cunha.

Guilherme, filho doDr. João Flores da

Cunha.

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39 — Março 1930

A PastorinhaJOANNA

CAP. VII — (Continuação)

Sem que a avisassem, soube Joanna que

a fatal "carreta havia chegado, posto que

houvesse ouvido o resoar de suas rodas e o

lento murmúrio da multidão que subia, comi-

nuo e profundo, até a prisão, como o surdo bra-

mido do Oceano na agita-

ção das suaò ondas Esta-

va portanto já de pé quan-

do no calabouço entraram

os ministros daquelle ini-

quo sacrifício. Dois dei-

I e s desembaraçaram-n a

das cadeias que prendiam

o seu corpo; outros dois

apresenta ram-lhe um

traje feminino com

que foi, humilde e modes-

ta vestir-se no mais escu-

ro logar daquella prisão.

— 11 —

D OrleansD' A R C

mas esperanças ús salvavao era

algum esforço do ret em seu fa-

vor, ou em um milagre dos san-

tos da sua devoção: mas desde

que entrou para a carreta, não

encontrando meio de occultar a

Mudado o traje, ataram-

lhe as mãos e prenderam-

lhe as pernas com argollas

de ferro, ambas presas á

mesma cadeia. Na carreta

sentaram-se ao seu lado.

de uma banda, o confessor.

(rei Martyfle de outra, um

alguazil chamado Massi-

eu. Um religioso agosti-

nho. o irmão Izambcrt.

que se havia mostrado

muito bondoso para com

ella, não quiz também a-

abandonal-a naquelle duro transe.

Joanna Havia até alii conservado algu-

vil IJffiSÉ^lMSSSk ly^__tmi\\ Ml

i i N M/tTlÍ TZ\Pi Nsk \\\I I r-J \ 'l-f^Ò

/j_ l^H w% fckVv //^__$nM/i&srt_\ \rapa ¥wm r/^^€^>J- J

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* ¦¦¦¦¦¦¦¦¦ I l«»—¦Bi l

Desenhode

Ataram-lhe as mãos e

prenderam-lhe as per.

nas,,.

O TICO-TICOsi mesma que o céo e a terra a abandanovam,

entregou-se ao pranto e aos lamentos, ainda

que sem fazer aceusações e dizendo somente

cem a sua natural doçura:

. «- Oht Ruão! Ruão! Vou emfim morrei

em teus mürosl

Na praça do Mercado Velho, logar esco-

Ihido para a catastrophe final daquella gran-

de tragédia, levantaram-se trcs grandes estra*

dos: no primeiro ostentava-se a cadeira epis-

copai do cardeal de Ingla

terra, rodeado de outros

prelados inferiores: no se-

gundo. o parocho. os jui-

zes e o bailio e. no terceiro.

emfim. foi collocado um

brazeiro E que brazeiroí

Uma elevadíssima, pyra-

mide de lenha para que o

supplicio se prolongasse

o te.mpo necessário ás

chammas para subirem

J/fy» ^da base ao cimo da foguei-

ra: para que apenas ai-

cançasse a capa do verdu-

go. afim de que esse en-

tregasse viva ás cham-

•mas. não a afogando re-

ceioso do fogo que ia quei-

mar; para que. finalmente,

a pobre martyr fosse quei-

mada lentamente, com ai-

gum tempo, para que. des-

se modo, no intolerável

do supplicio, ella renegas-

se ao seu Deus. e mal-

dissesse o seu reü Com a

chegada de Joanna á pra-

ça do Mercado, começou a

ceremonia por um sermão, cujo texto foi o se-

guinte: (Continua)

CiceroValladares

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O TICO-TICO *-i \2 19 — Março — 1930

VINGANÇA DO TAMANDUÁUm tigre que gostava de pegar

carneiros, veados, porcos, macacos eoutros animaes de tamanho regular, -

para os devorar, pegou certa occasi-ão uns filhos de um tamanduá.

Este quando soube que fora o ti-gre que lhe roubara os filhos, jurouvingar-se, e para tal íim procurou ornacaco, como um dos mais ladinoshabitantes do lugar, e expoz o seudesejo, e ao mesmo tempo pediu-lheauxilio para estudarem e porem emexecussão um plano, que entre sificasse combinado.

O macaco que tambem não gosta-va do tigre pelo mesmo motivo dotamanduá, acceitou a proposta edisse:

i— Nós não temo-; força para lu-ctar com elle; precisamos usar astü-cia, apesar de não sermos raposa;emas cada um defende-se como pode;portanto, temos de imitar os outros.;

'— Ora, você tem umas unhas mui-to compridas, e quando as enterrasem qualquer vivente, não as tiramais e quasi sempre termina pelamorte do infeliz, si não tens medode perder a vida, você poderá sevingar muito bem do tigre, abraçan-do-se com elle, e fincando-lhe asunhas.,-

Isto é a primeira parte; você seestá de accordo, vou-lhe expor aoutra.-.

¦— Perfeitamente; respondeu otamanduá; embora eu morra querovingar-me 1

1— A segunda parte é a seguinte:Para o enganarmos, inventaremos

lima festa na margem de um rio eo convidaremos tambem; na mesmaOceasião, pedirei a elle que ajude apassar os convidados que não soube-rem nadar; você será um dos convi-dados, e ficará na margem á esperade quem o vá buscar; e esse porta-dor será o tigre, porque pedirei sçia elle para me fazer esse serviço.

r- A \\J àM Hj. ¦U \ jm\ W 1a\. jkwr^^^*\ Il* ^BMwr •'*" JÊeW^ ^V aS

^5*» ]v\\

vi ( W"ii v/É d

í^&f "'iS M*^m 11Montará você nas suas costas e

quando estiverem no meio do rio,crave-lhe as unhas sem dó, porquena'gua «He não pôde se defender-,

pois precisa das mãos para nadar; equando elle ganhar a outra margem,nada mais lhe paderá fazer, porquesuas unhas estarão bem enterradasem suas carnes; e então os outrosconvidados se aproveitarão, fezen-do cada um o que puder.

i— Magnífico! gritou o tamanduá.«—i Bem; continuou o macaco, eu

vou convidal-o, e você convide ou-tros companheiros para a festa; mastudo em meu nome, porque vocêtem de passar por convidado. Nãose esqueça, heim!?

Sairam. O macaco logo encontrouo tigre e fez o convite dizendo quejá tinha convidado o carneiro, a ca-bra, o porco, o veado, o tamanduá,o camello, o kagado, etc, e que elledevia presidir a festa que se realisa-

ria na margem do rio, e ajudar tam-bem a passar os convidados que nãosoubessem nadar e que viessem dooutro lado.

Ácceito o convite, o macaco se .despediu, saiu e voltou devagarinhopara escutar o que o tigre dizia, eouviu o seguinte:

¦— Lá estarei! Não hei de perdeiessa bôa opportunidade de fazeruma optima caçada depois da festa.

Ora, que idéia do macaco me cm-vidar para uma festa onde tomamparte, carneiros, kagados, cabras, ca-mellos, veados, e outros animaes deque tanto gosto!

Para não desconfiai em, passareios convidados que não sabem nadar,trepados nas minhas costas; tereium pouco de serviço; mas não im-

porta; meu lucro será grande no fimda festa.

No dia determinado, estavam re-unidos os convidados na margem dorio, e só faltava o tamanduá para secomeçar a festa* O macaco fingiuque estava impaciente, mas o tigredisse:

¦— Nós não temos pressa! vamosesperal-o; não convém começarmosa festa e depois ser preciso eu sairpara ir buscal-o. Ha muito tempo!

Dahi a pouco chegou á outra mar-gem o tamanduá e começou a gritar:

—' Venham me buscar porque eunão sei nadar!

O tigre ouvindo os chamados dotamanduá disse aos convidados:

•— Hoje é dia de festa! vocês vãodar muitas risadas com a pândegaque vou fazer! quando eu estiver nomeio do rio, darei um mergulhopara molhar a fatiota do tamanduá;elle vae ficar fulo de raiva e vocêsdêm-lhe uma vaia tremenda!

Dizendo isto atirou-se ao rio, e foibuscar o tamanduá que trepou nassuas costas; elle jogou-se novamente

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li) — Marco 1930 13 — O TICO-TICO

AS ESTRELLAS

As Estrellas são astros que

têm luz própria.

As estrellas esião situadas

a uma imniensa distancia de

nós. Existe ura prodigioso

numero de estrellas.

O Sol é a estrclla que se

acha mais prox'ma de nós. E'

vma das mais pequenas entre

.s estrelias.

Se o Sul estivesse tão Ion-

ge de nós. como estão as mais

DESENHO PARA COLORIR 'fong _quas estrellas visíveis a

olho nú, nós não o enxerga-

riamos. Entretanto o Sol não

é tão pequeno como parcee; o

seu -volume, comparado com o

volume da Terra, é um m!lhã<_

e quatrocentas mil vezes maior

que o da Terra.

Se o Sol nos parece pe-

queno, é porque elle se acha

mu:to longe de nós. A dis-

• .anciã média que existe entre

a Terra e o Sol é de 148 mi-

lhões de kilometros.

no rio para transportal-o á outramargem.

Quando chegou ao meio do rio,

o tamanduá enterrou as unhas nas

carnes do! tigre, que começou a ur-

rar furiosamente, chamando a at-

tenção dos outros convidados que,diziam com ar de troça:

E' esse o banho compadr.

tigre?Dê um mergulho! Molhe a fatiota

do tamanduá! Hoje é dia de pan-dega! Vamos dar risadas!...

Muito bem, compadre taman-

duá! Gritou o macaco.

— Não tenha dó dessa peste! En-terre bem as unhas nesse patifeporque eu ouvi elle dizer que ia fa-zer bôa caçada no fim da festa í

O trouxa não calculou que nósé que iamos caçal-o hoje í

Logo que o tigre saiu na margem,os convidados .caíram sobre elle

dando cabeçadas, chifradas, denta-

das; e como quasi não podia defen-

der-se por causa das unhas do ta-

manduá que lhe difficultavam os

movimentos, em pouco ficou redu-

zido a um montão de carnes qt-Sserviu de banquete a um bando de

corvos que: apesar de não terem

recebido convite para a festa, alli

appareceram em uniforme preto,como se fossem acompanhar um en-terro; e em pouco tempo, do tigrevalentão só restavam os ossos..

Lco Pardo

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O TICO-TICO *-. 14 - 19 — Ma.co — 1930

G M NI N O M Á OO menino máo era tambem va- dcvoluto que ficava peno da sua ras janellas de uma casa vizinha,

«Ho; deixava de ir ás aulas do col- casa. quebrando-lhe as vidraças.kgio para poder passar o dh in- Por mais de uma vez, a bela,teiro jogando bola em um terreno impellida com violência ia bater

$flHíg£:

__-__-_-__-__-. _____.. ^Ítt£!_T~

O dono da casa, que era um ho-

mem pobre, pedia ao vadio quenão fizesse aquillo, não jogassebola ali perto porque lhe dava pre-

juizos quasi diários de vidros par-tidos.

O menino promeftia, mas não

cumpria a promessa; e, no dia se-

guinte, lá estava novamente com o

seu prejudicial brinquedo.

Em uma das oceasiões em que a

bola, entrando pela janella aberta

foi quebrar um bello relógio queestava na sala de jantar, atirando-oao chão, o homem, muito aborre-cido com mais aquelle prejuízo,pois era um relógio muito bom eantigo, de grande valor estimativo,

zangou-se e apprehendeu a bola.

O menino vadio foi reclamal-a,

e, em vez de pedir desculpas pelo

que havia feito ainda respondeu

mal ao dono da casa que o veioattender, queixando-se de maisaquelle prejuízo.

Si não queria que a bola en-trasse fechasse a janella; disse o

pequeno desabridamente.

Quando eu a fecho, sua bola

me quebra as vidraças.

Pois bote tela de arame!

i— Muito bem! Então você querme dar ordens na minha casa e me;

fazer gastar mais dinheiro ainda

com telas de arame, além do que

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19 -- Março — 1930 ~ 15 O TICO-TICO

llfl "22 VN^_ Wr ii fS fv\^m mat^M W/m

o c a f K é; I ,íl o"Para Licio \

A aurora, envolvendo-se num manto san- (tônico), è outras cousas que delle provêm,grento, o sói, fazendo sua jornada lá no Além, Seus detrictos são empregados com resultado,davam á terra um ar de apotheose harmoniosa; em adubos para foitificar a "terra magra", co-e, ao longe, meus olhos viarn o brilho da auro- mo dizem os sertanejos. Tão grande foi a plan-ra matutina, como uma benção de Deus á hu- taçâo em nosso pajZ( quc 0 penrja0 monarchioomanidade... trazia, ao lado da coroa imperial, um galho dá

O sol, com seus fulgurantes raios, beijava café comQ symbolo de nossa grandeza,as copas floridas dos cafesaes. ,s Paulo é 0 ponto onde a industria cafe.eira está mais activa, sendo tambem cultivadoÓ cafeeiro, como se sabe, é de regiões tor-

ridas, descoberto por uki pastor ««eras pri- çmmrnvas, ainda, da eolomsaçao do nosso amade ^ Rjo ^

J^ ^ ^^ ^

P^

Esse arbusto floresce na entrada da pri- P^nto do interior: "Zona Norte",mávèra, cobnndo-se, antes, de niveo manto e, de- O café é beneficiado cm machinismo apro-pois, de um vermelho sangrento. Primeiro, suas priado e separado em diveisos typos, para serdelicadas c alvas florinhas, segundo, seus íruc- exportado para o velho mundo,tos rubros, de preciosas gemmas. Desenvolve- Na França, em tempos remotos, foi cogno-se nas legiões, onde a temperatura seja unifov- minado "rainha das plantas de sua espécie",me e a terra fértil. Nâo só tem a utilidade de no jarcjim Botânico de Paris.nosso sustento quotidiano, como delle é extra-hido o cafeico (ácido), caieona (oléo), cafeína Lycurgo Negrão.

j z tenho gasto com vidros,

heim, !•..

i— Dê-me a bola!• — Nâo dou! Agora fico com

slla presa «èommigo, pois, curruanto

estiver aqui, estou eu livre de maiâ

prejuízos.•— Pois vae se arrependei-; amea-

çou o máo menino, enquanto sí

retirava desapontado por não ter-

obtido a bola.

O homem não ligou importância

ao dito e sorriu da ameaça.

Pouco depois ouviu o ruido de

vidros que se partiam.

Correndo para ver o que; cia dí-

parou com outra vidraça partida.Olhando para tora viu o perver-

so menino com a mão nos olhos

e gritando, o tosto ensangüentado.'

Como linha bom coração o ho-rnent o foi soecorrer.

Um estilhaço do vidro grosso

que elle «mandara collocár nas ja-nellas ricochetara ao se partir,

'«-

do ferir o garoto nos supereilios,

quasi lhe vasando um dos olho;.

_— Vês? E' o castigo d?, (ua ma'-

dad«;; disse-lhe o tomem, r-niquan-

to lhe estancava o sangue c h\e

pensava o ferimento.

Felizmente o menino malvado se

corrigiu, pediu desculpas ao lie-

mem, agradeceu-lhe sua bondade e

ficou muito seu amieo.

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O TICO-TICO 16 19 — Março — 15)30

O relógio do lar(Aos meninos- dc São Fidelis)

Andei por longas terras mourejando...E, porque Deus ajuda a quem trabalha,alguma coisa, aos poucos, fui juntando

desse labor sem falha.

E á casa de meus pães voltei, contentede rever o lugar e a minha gente.E eu revia os amigos pequeninos,Em meio ás boas vindas e carinhos

dos parentes e servos e vizinhos,uma voz insistia, enternecid;

re!embrando-me o albôr da minha vida. ..seu timbre adulçorado.

placidamente igual,

tinha algo de caricia maternal.

Ouvil-a era entrever todo o passado:era como se a minha meninice,

chorando, resurgisse...

E eu revia os amigos pequeninos,os briquedos, a escola-.. E, ao soin dos sinos,desfilavam as festas rotineiras;

Ramos, Natal, São João... E nós, crianças,

brincando, qual enxame de esperanças;

alegres mariposas das fogueiras ..Essa voz que, entre tantas, me atraia,

era-a cadência tarda do relógio,

a recordar-me a infância fugidia,como se enunciasse o necrológiodessa quadra melhor da vida inteira...]Amo deveras essa voz antiga,

velha expressão lareira,

que me transporta aos bons; tempos de outrora..-*

JB~rrrnljf

4mmmm\&" $BPL -Wllr B.___!_b_5_ Ffci ^ XjQkvK \m

m_____^Ü_E_ nl__r -Hr \ / ffivK -EH^ '*^fS^\ A^i \ I _!¦_/§_¦> .-jo ml Tij^t5»*T'.i \ es _j~#__r¦^* "*"^__PN__P_i-v-w^^-^á «li VIWÍ^___H

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l < .jÊy_rjVi~-_-_----____^MB^aBBe_±_-________J jm\

Más (ai de mim) é de mister que euantes não a evocasse, pois, agora,fico-me a o.vil-a... sem saber comomeu coração contei- tanta saudade...

dica:

in d

Dia virá, talvez, não longe deste,em que, cumprindo o fado,

deixarás o torrão onde nasceste.Ne_se instante quiçá determinado

para entrares na lida —

não te partas de casa sem lançarum carinhoso olhar de despedidaá pêndula vetusta do ícu lar.

Theophilo Barbosa.

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íir — Março — 1930 — 17 — O TlCO-ÍKü

AS AVENTURAS DE FAUSTINA E ZÉA FANTAZIA DO ZE' MACACO

ACACO

Vou rne ft/iu n/os/àr- es/pQtit?o Tr^fencfo fazer sue

cesso ' ^VXA Sera °^ ^^NjM^f A rA "ST/MA ÚA£ P/CA*

A ROUPA 6 UAi, POUCO COM S° NUNCA eSYt*$* PAf?A MARAVILHOSO ' TE^O

Plicada passarinho, was eai todo ate vontade de trepai* «v.* CASO r~1A ARVORE £ CA4VTA/? A

/ ^3ÈS\ MADRUGA D/\l^^

l M&US S5HHOKBS.' i \/fj VAMOS DAR A Çpande SUR QUC TAL? ESTAS EXPLEjvO/Oo\ gavSGu C Famoso Vfl presa a faust/ha, \ ' .pareces um

Tttm rrco' ^^^ ) ^pJ^. elephantc

JJÈÊJl. ¦<& 1¦

e a revista *-qjuê; ..ha 29 arancs se Hê em o Mm

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O TICO-TICO —18 — 19 _ Março — 1930

VELHINHA FEITICEIRA

\LÍ Wi-. . .

Collem as peças em cartolina fina e armem segundo as indicações dos dois modelos. A velhinha feiticeira

se embalará na Lua, montada na sua vassoura encantada

M«r-jl

Ceiam Leitura para 'todos, o mais completo

magazine mensal.

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19 — Março — 1930 — 10 O TICO-TICO!

O PRADO DE CORRIDAS - Pag. 4 (Fim)

-i <* (Vejam modelo já publicado)

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O TICO-TICO — 20 --. 12 Marco — l__ü

ESCOTISMO __oPROVA DE OBSERVAÇÃO

"^

Estes dous escoteiros estão no jogo de "ver sem ser visto" procu:rondo os seus companheiros de tropa, que se acham oceultos.

Poderão vocês ajudar e entrar no jorjo- tombem.

AS ACTIVIDÂDBS DAS NOS-SAS ASSOCIAÇÕES

O anno de 1930 tem sido de gran-de actividade escoteira para as-nos-sas associações.

Federação de Escoteiros do Brasil¦— Em Janeiro realisou um bomijure na Quinta da Bôa Vista; emFevereiro um acampamento de tres'Jias na Gávea Pequena que consti-tuiu um suecesso. Compareceram as

tropas do Flamengo, Brasil; Gloria,G. Brasiliense, Ypiranga, LyceuFrancez e Vasco da Gama.

Apanhando dias magníficos paraO campo, as actividades dos esco-teiros não foram perturbadas e issovaleu que o bom programma ela-borado fosse todo elle cumprido.

Houve competições, sendo as me-Uiores provas a doijogo da -"ledia,com arcos e flechas feitos pelos es-

coteiros no campo, e as provas denatação, numa piscina próxima.

federação dos Escoteiros ..a Mar— Continuando a sua actividade aF. B. E. M. tem realisado, desdeo anno passado, nos mezes paresconcentração de monitores e nos me-zes impares ajures das tropas.

Possuindo uma linda flotilha, decinco barcos: "Gumercindo Lorét-ti", "Pérola", "Escoteiro do Mar","B. Cellini", e "Lobinho", todosarmados em cuter, os nossos sca-scouts tem tido uma grande acti vi-dade marinheira. Quasi todos ospontos da Guanabara tem sitie ex-piorados e sondados nas suas excur-soes marítimas feitas sempre á vela.

Em Fevereiro a Liga de Sports daMarinha, dedicou, no dia da dispu-ta dos seus campeonatos, dois pareôsespeciaes aos Escoteiros do Mar,pareôs que foram renhidissimos:

A actividade isolada dos grmostambem tem sido grande em excur-soes e acampamentos-

Em Março será realisada umaprova á vela para escoteiros domar na festa do Audax Yatch Club.

Federação de Escoteiros Catholi-cos— Esta Federação, uma das maisantigas e bem orientadas do Brasil,sob o ponto de vista technico, conti-nua a manter com a melhor regula-ridade a sua Escola de Instructores,de onde têm sahido os dirigentes paratodas as suas tropas.

Durante o carnaval realisou, cmmatta próxima á Estação de Piedade,um grande acampamento geral, aoqual accorreram todos os seus nume-rosos grupos..

As demais Federações tem tido mo-vimentos parciaes dos grupos masnem por isso de menor valor.

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Í9 — Março — 1930

MODA INFANTIL

— 21—- O TICO-TICO

I /(I ¦l" — Garocnette de zepriyr com

botões íantasin r-nra rpenim .2 — Jiunoso vesiido de^georget

te **osa con fita preta «: bordadode cores claras, para menina.

3» — Vesrtrio <1i- ciêpe da Chinaelefante e simples.

4*> — Vestido de cambraia de 11-

ri?0, «•»» %nU \KN~ ao «po^o- J33I

nho estampado, com golla branca ebotões de linho.E" — Vestido de Iinlios branco e

rosa, com applicação rosa e laço defita da mesma côr.

BORDADOO corvo e a raposa. Fábula ú«

La Fontaine, para bordar.

4 ^f$R^ ^ _&Jiru w1 IV **v<T*Sf$ II I V ^

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O TICO-TICO 2_r^_ 19 — niarco — 1930

-'Fl /rflL Tfo B 0 M I H O

Alberto era um menino dotado debom coVação.

Filho de um modesto operário,ainda muito criança perdera seu pae,victima de um accidente na officinaonde trabalhava.

Vivendo em companhia de sua mãe.n'uma pequena villa muito distanteda cidade, depois da morte de seupae a miséria começou a assolaraquella humilde habitação e, não ra-ras vezes sua mãe era soccorridapela visinhança que compadecida dasua triste situação ia levar-lhe man-timentos e algumas roupas de quetanto necessitavam. j

Alberto, apesar da sua pouca idade,pois, contava apenas 12 annos, era,entretanto, um menino muito vivo eintelligente e sendo bastante carinho-so para sua mãe, não podia vel-asoffrer os horrores da fome c assimtodas as manhãs muito cedo sahia decasa a procura de um emprego c aocahir da tarde regressava trazendo naphysionomia estampada a sua triste-za, a sua dor, porque todas as portaslhe eram fechadas como se o pobreAlberto fosse um criminoso.-

Certa manhã, como dc costume *osahir de casa a procura de emprego,Alberto parou defronte de uma gran-de Fabrica a mais antiga da locali-dade.:

Era a hora do almoça.Os operários entravam e sahiam

pelo portão principal sobraçando suasmarmitas n'um vozério insurdecedor,n'uma alegria tão commum nessagente de condição humildt.

E na calçada fronteira á Fabricanuma extensa fila,- dispostos em pe-

quenos grupos elles davam começoa sua parca refeição.

Alberto como que absorto contem-plava aquella scena que constrastavacom a de seu lar. Enquanto ali rei-nava a alegria entre aquelles opera-rios pelo relativo conforto que podi-am dar ás suas famílias, recompensado sea trabalho honrado, no seu lar

>>^>" [¦ A ___________E_-_Dh - ___*-__iM "_. :-i _____¦.;______ Í^$Zbg———un_____~ x_á__i

wãmmÊÊm\\ \ \\ li I .HT^W7rTHKwm_-_nTnTvfn'

Mir ^íllÉiBIIf^4teWí 111

infeliz tudo era dor e tristeza con-seqüência da miséria que envolvera asua habitação oufora tão feliz.

E assim pensativo conservou-se a.-guns instantes até que o apito daFabrica chamando 03 operário;, veiotiral-o d'aquelle torpor.

Pensava em sua mãezinha quando,chegando-se a Alberto, um dos ope-rarios; o mais antigo da Fabrica por

nome Fedro, perguntou-lhe o quefazia alli parado a tantu tempo!Alberto tendo os olhos lacrimosos

respondeu-lhe:Senhor, venho a procura de empre-

go para sustentar minha mãe porquemeu pobre pae morreu no trabalho-

Pedro compadecido da sorte deAlberto e sua mãe; levou-o pela mãoá presença do mestre contando-lhe asua triste historia.

O mestre batendo no hombro deAlberto disse-lhe:

Podes vir amanhã trabalhar...ganharás pouco é verdade mas talvezvenhas ser ainda um grande operanod'esta casa.

E no dia seguinte lá ia Alberto ácaminho da Fabrica levando debaixodo braço a sua pequena marmitapensando também na sua bôa mãe-sinha que d aquelle dia e:n diante nãopassaria mais fome... assim Deushavia permiteido.

Poucos annos depois, Alberto eraconsiderado um dos bons operáriosda Fabrica pela siu intelligencia agrande capacidade de trabalho o quelevou o seu patrão a ccllocal-o nplogar de gerente e cada vez mais e«-timado não so. pelo patrão comopelas pessoas da famiiia, Albertoum anno depois, contrahia nupciajcom a filha mais velha do seu patrãoe amigo.

Sua mãe pouco tempo depois, bas«tante alquebrada fechava os olhospara o inundo bemdizendo a felicida-de de seu filho que fora na viJa qseu verdadeiro anjo tutelar.

Luis Gonzaqz Malloso Nunes

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lí) — Março — 1930 — 23 — Ò Tí CÒ-TIGO

Um medico inglez, aprovei-tando o facto de haverem sidoembarcadas em Hamburgo ai-

gumas feras que se destinavam

ao seu Estado, lembrou-sc de

observar o effeito do enjôo do

mar sobre essas feras.

O leão e o macaco são 03

que mais sofírem. O cão muito

facilmente se habitua á vida

do mart

A girafa quasi nada soffre,

mas não acontece o mesmo com

o rhinoceronte, que immediata-

mente fica doente.

O hypopotamo resiste mais

ou menos bem.

O tigre e a panthera sofírem

quasi como O leão.

Relativamente á medicação

para curar esse estado mórbido,

õ medico verificou que só hauma medxação que offerece

C_-30__-_=

OS ANIMAES QUE'ENJOAM

JÊrt^?1^

magníficos resultados ç isso lhefoi revelado pelo encarregadodesses animaes. Bastam umasvinte chicotadas sobre c lombodesses animaes.

Os que recebem essa medi-cação gritam, uivam, batemfuriosamente, mas ficam bonsaté ao dia seguinte, pelo menos,

pois alguns ha em que a curaé definitiva.

O un:co animal refractario aesse systema e a qualqueroutro, é o camello, o qual des-dc o seu embarque a', a che.

gada fica doente e não comeabsolutamente.

O resultado, porém, é bome não se sabe se a mesmamedicação applicada a alguns

passageiros daria iguaes re-

sultados, mas.... é de se pre-ver...

301 aoc-foc íoe-ioi :oi__ioe 30E30- 30____OE 301-30

^5j yy M>^££r%9 (íF-^

Um gato que era chefe conceituado

De um bando bokhevista,

Vae á cozinha de um capitalista

E acha, sobre o fogão, um frango

[assado.Abocanha-o de um salto; e, á unha e

[a dente,

Começa a devorai-o.

Que esplendido regalo!

E, assim, tranqüilo come, quando sente,

Melífluo, que lhe fala, em tom cordato,

Outro gato*.•— Dividamòl-o, pois,Bem como ensina

A moral do partido...-De resto o frango é grande e dá pr'a

[dois...

O GATO BOLCHEVÍSTA

O outro, porém, matreiro e precavido,Mostra-lhe a unha felina

E diz:

Perdão,

O frango é meu.

E, o que é meu, gato anigo. não é

[seu...Tire para lá o seu nariz!

Então?

"3%Wm %i/lày? V^^f

Volve-lhe o outro — assim,

E*e que vale a moral do bolclievismo,

Se, o próprio chefe, com o maior

[cynismo,Não a pratica? Diga lá que, emfim,Você é um chefe, e, como tal, pareceQue, melhor do que eu, não desconheceOs ideaes que juntos professamos...Por acaso você enlouqueceu?Por acaso você virou fascista,Burguez, idiota? Vamos,Responda, por favor...E o outro respondeu:— Quando, em jejum — sou sempre

¦ [bolchevista,Mas, quando como — sou conse-vador...

LUIZ EDMUNDO

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O TICO-TICO 19 _ Marco — 1930

$r^m&r,«/^yn_3__^_P__^ ^^^tyç%

Paulistana (5*. Paulo) — Sua letra arredond-daindica bondade, indulgência, doçura. Ha signaes de algu-ma energia, reserva e um pouco de tristeza tambem, assimcomo de temosia. O horóscopo das pessoas nascidas a 3de Outubro é este: "São activas, emprehendedoras, niodesanimando deante de contratempos. Muito inconstantese volúveis não sabem conservar suas amizades, esquecendoas antigas pelas novas que tambem são logo esquecidas".

S. G. Teixeira (Copacabana) — O horóscopo dosnascidos em 3 de Setembro é este: "São reservados, nãocommunicando a ninguém seus projectos e guardando bemseus segredos e os dos outros. São effectuosos, amáveis,com vocação para a musica e obtém suecesso nos negócios.Custam muito a envelhecer apparentanclo sempre muitomenos idade do que tem. Sem grande defeito ó o amorque dedicam ao jogo, principalmente o de carta..

Lyi.ian Geyza (Rio) — Qualquer uma joalheria bemsortida tem o annel de que fala. Mande dizer o dia c omez do seu nascimento para que lhe responda r_s outrasperguntas. Quanto ao resto, está desculpada.

Bugrão (Matto Grosso) —¦ Sua letra movimentadaindica actividade, cultura, alegria, imaginação viva, loqua-cidade. Nota-se ainda que é irreflectido, impulsivo, im-paciente, nervoso. O horóscopo dos nascidos a 25 fie Fe-vereiro é este: "Apesar de terem grande capacidade detrabalho são preguiçosos, negligentes, desperdiçados. De

gênio alegre, expansivo sabem transmittir sua alegria aosdemais. Como amigos são dedicados e fieis, porém, terri-veis como inimigos pelo seu gênio violento e vingativo".

Capitão Lagarde (Manlutassú ) — A variedade dasua graphia mostra inconstância de caracter, alguma sensi-bilidade, emitividade, agitação, actividade. É volúvel, nãose firmando em cousa alguma. Entretanto o traço com quesublinha sua assignatura denota que tem personalidadebem definida. Ha muita fantasia no seu cérebro e exalta-

ção dos sentidos...Renato Alvim M, Júnior (S. Paulo) — É o se-

guinte o horóscopo das pessoas nascidas a 13 de Agosto:"São

preguiçosas, inactivas, e apesar de terem bastantehabilidade só trabalham instigadas, deixando tudo parafazer á ultima hora... Têm irradiante sympathia conquis-tando assim muitas amizades. Pelo seu gênio calmo, des-cansado viverão muitos annos, embora soffrendo de dys-

pepsias e conseqüente dor de cabeça".Maria Augusta (Rio) — Nada tem que agradecer.

As vezes sem chegar a mentir uma pessoa falsea a ver--

dade, exaggerando ou diminuindo qualquer ponto impor-tante. Mande dizer si quer saber seu horóscopo.

Hildette (Rio) — Nada tem tambem que agradecer.Parece que vae ser muito feliz. Quanto á segunda per-gunta faltam-me, por ora os dados para uma resposta se-

gura. Depois lhe escreverei nesse sentido.Uma Garça (Rio) — É muito criança ainda para

pensar nisso. Ha tempo para tudo. Diga-me: já concluiuseu curso primário? Si concluiu faça agora o curso se-cundario, ou de humanidades e depois me escreva, sim?

Álvaro José Robaliniio (Ria) — Linhas asecn-dentes significam enthusií.smo, iniciativa, alegria de viver,ambição, esperança, coragem. Vê-se tambem susceptibili-dade, delicadeza, sensibilidade, emotividade. Ha tambemindicios de espirito critico e mordas. O horóscopo dosnascidos a 22 de Julho é este: "São amigos do dinheiro eda fama, procurando sobresahir cm tudo e serem notadospor todos. Têm bastante intelligencia, habilidade e cora-gem para tomar a iniciativa de grandes empresas. Sãodotados de generoso e magnr.nimo coração. Seu principaldefeito é criticarem as falhas dos outros c se zangaremquando alguém lhes aponta as suas".

Rosa Maria (Bello Horizonte) — O melhor pro-cesso é empregar um pouco de polvilho com axool, deixarsecear e tirar depois esfregando levemente com uma ca-murça limpa. Qualquer tecido poderá arranhar. As man-chás que nota devem ser da sua preparação da massa mer-curial, que talvez tambem esteja mal protegida pela parteposterior, atacada pela humanidade dando lugar á forma-ção do mofo.

Aracy (S. Paulo) — As pessoas nascidas em 27 deNovembro são: "muito vaidosas, gostando de se vestir ecomer bem, alegrando-se com os elogios que lhe fazem.Não gostam de obedecer c sim de ordenar, ficando sempreá frente de qualquer empresa como os chefes ou cabeças domovimento. Quanto mais difficil c a tarefa mais se enthu-siasmam, não olhando contratempos que são vencidos.Originaes, intelligentes e de grande imaginação creadorafarão suecesso como escriptoras ou artistas.

Lininha (Rio) — Para o estudo graphologico deviater escripto em papel sem pauta. E quanto ás cores do ar-co-ires são mesmo seis em vez de sete. Eil-as: roxo, azul,verde, amarello, alaranjado e vermelho. Tres simples etres compostas.

Dr. Saeetud..

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19 — Março — 1980 0 T.CO-TICO

CAIXA MYSTERIOSAA NUVEM DE GAFANHOTOS

A familia do Sr. Almeida, esta-va, como de costume reunida noalpendre para a merenda.

Estou deveras aprehen.ivo!exclamou o Sr. Almeida passandoá sua esposa o telegramma queacabava de receber.

Que foi papae? perguntaramas creanças carinhosamente.

Imaginem que o administra-dor das "Pérolas" me avisa queestá passando uma nuvem de ga-fanhotos pela zona. Deus nos pro-teja! Suspirou o Sr. Almeida, ali-sando seus cabellos grisalhos.

Depois continuou, para desa-bafar:

*— E' uma praga! Calculem quesão milhões de gafanhotos esfa-miados e que não fazem as cousaspela metade; devastam os pastos,e os deixam reduzidos a nada.

E não ha geito de os exter-minar? Perguntou Celso conster-nado.

Quando possivel, é melhor es-pantal-os com o barulho de latasservindo de tambor.

— E elles tem medo do barulho?Sim, mas quando a fome é

muita, os que vão na frente dobando procuram uma planície e to-dos os seguem, então é um horror.

Ha uns seis annos que estava-mos livres deste flagello mas lem-bro-me que da ultima vez a nuvemdeu-me sérios prejuizos, não sócom a destruição da lavoura comopara combatel-os afim de que nãose estabelecessem em minhas terras.

E como conseguiu, Papae?Mandei abrir valas ao redor

de todo o pasto, depois fiz enxotaros malvados para dentro dellas ecobrir com terra.

Mas parece que não são rarastaes invasões?

Sim; é uma praga que existenos Estados Unidos, na África naArgentina, e aliás é, dessa repu-blica visinha que as vezes sobematé o Rio Grande, o Paraná, comohoje, e raramente chegam até SãoPaulo.

j^ »^n

Mas uma vez, foi bem feito,aquella nuvem negra que obscure-ce o sol. seguia serra abaixo, por-que a matta não lhes agrada. Derepente avistaram no horizonte oque lhes pareceu ser uma immensaplanície e foram direito a ella; oschefes atiraram-se cegamente e anuvem os seguiu, morrendo todosafogados no mar, em Santos! Nosdias seguintes a praia ficou impes-tada com o máo cheiro dos cada-veres.

Bem feito, mesmo!Mas Papae, como conseguem

elles formar tamanho bando?De uma maneira fácil, infe-

lizmente: as fêmeas sempre põemmuitos ovos dos quaes, poucos sãoos que se perdem porque o gafa-nhoto é um bichinho muito rústicoe por isso resiste bem aos grandesfrios e calores, á secca e ás chuvas,"pertencem ao grupo de insectosde metamorphose imperfeita, porisso crescem ao mesmo tempo, járeunidos. ..

Papae, eu não entendo nadadessa historia de metamorphose,

disse Elza, c para não perder tem-po continuou a mastigar um boca-do de pão.

Filhinha, reprehendeu D. Al-zira, quantas vezes já ensinei quenão se fala com a bocea cheia?

Desculpem, murmurou enver-gonhada.

Metamorphose, continuou osr. Almeida é uma mudança com-pleta do feitio e da substancia; as-sim o ovo muda-se em pintinho...A flor em frueto... aceres-centou Celso.

Já comprehendi! Exclamou amenina satisfeita.

Pois ha duas espécies de me-tamorpbose; a completa ou perfei-ta, e a incompleta ou imperfeita.Os gafanhotos pertencem a esta ul-tima divisão porque do ovo já saeo gafanhotinho, que depois só temque ir crescendo.— E a metamorphose completaem que consiste?

E' como uma representaçãoem quatro-actos; em que o artistapor duas vezes se esconde, parareapparecer radicalmente transfor-mado.

Já estou entendendo mais...-murmurou a pequena franzindo ossobro-olhos.

O ovo é o primeiro acto, expli-cou pacientemente o pae, no segun-do acto surge a larva que c umalagarta; o terceiro acto passa-se nocasulo, e o insecto toma o nome decrysalida, e por fim temos umaborboleta ou uma mariposa.

Sim! Essa representação nin-da tem certa graça, mas a do ga-fanboto é das mais trágicas!

Tio Xougui

-.

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O TICO-TICO — 20 — J9 — Março -, 1930

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O JPXTVTTO

Nada tão _•_:_¦ressante cm tinianinhada de alegrespintainhos poucosdias após 'i.ersm

sahido do ovo......Cheios de gran-

de vivacidade, pi-ando e cor.rendoans atraz d;>s eu-tros disputandouma simples mi

gallia, um farelld de pão um grão-sinho de alpista ou de a.roz, ospintinhos são bem a imagem danossa infância descuidada e feliz.

E é de vêr o cuidado com que agallinha esgaravata o chão a por-cura de insectos ou pequenos reptis

que mata ás bicadas fortes paraos dar aos seus irrequietos pinti-nhos.

Quando algum outro animal,como um gato ou um cão se ap-próxima da ninhada, ella não seatemorisa deante da força do ad-versario e o ataca valentemente,defendendo sua querida prole malsuspeita que elles lhe pretendamfazer algum mal.

Contra os gaviões, — que sãoterríveis aves de rapina — e muitoamigos dos pintos... para os de-vorar, as gallinhas se mostram fe-rozes até, revidando o ataque comviolência quando vem de surprezaou, oceulfando a ninhada sob suasazas protectoras.

Desde que seja posto nas choca-tíeiras artificiaes ou sob o calor da

gallinha C ovo gasta cies semanasou 21 dias para produzir o pintoqUc, ao cabo de.se tempo, sae dahi

per sua própria força e dentro dipoucas hora., já está saltitandoalegre e piando, coberto de fina

pennugem macia como o arminhoe dás mais variadas cores, con-forme a raça a que pertença o ovo

de onde elle sahiu.

O SONHO Dl MARIAA mãe da pequena Maria enfermara

repentinamente e sua doença aggravou-se ao cahir da noite.

A menina, vendo a mãe ardendoem febre, chega-se ao icito e diz:

Minha mãe! eu. vou procurar umremédio para te alüviar!...

—; Oh! minha filhaj já é tarde 1não temos vizinhos perto! A noiteameaça chuva! Não quero que saias!deita-te! Amanhã irás ver um remédio.

Bem, minha mãe! eu vou medeitar, mas pedirei primeiro á NossaSenhora que te dê melhoras.

Deitou se, dormiu e teve um sonho:Emquanto a mãe dormia, abriu de-

vagarinho a porta e sahiu para pro-curar um remédio. E não sabendo paraonde devia ir, dirigiu-se á capella deNossa Senhora, e lá chegando encon-trou-a aberta e toda illuminada!

Entrou e ajoelhou-se ante o altar, epediu-lhe que desse um remédio paralevar á mãe, que ficara em casa muitodoente...

A santa diz-lhè com voz meiga: 'Vae, minha filha, para casa!

Quando lá chegares tua mãe já teráos medicamentos de que precisa!...-

Voltou, e chegando em casa começoua chamar a mãe.

Esta, vendo que a menina sonhava esendo já dia, chamou-a.

Acordando, levantou-se logo e d'__e:Minha mãe! é dia! Vou agora

procurar os remedios...Não precisa, minha filha! Hon-

tem. emquanto dormias, o nosso bom evelho padre cura, que anda á noite vi-sitando as casas a ver quem necessitade soecorro, passando pela nossa por-ta, ouviu meus gemidos e entrou. 1.como sempre traz cemsigo muitos nc<dicamentos, deixou-me os de que nc-cessito e hontem mesmo comecei ausal-os. Graças a Deus me sinto bemmelhor!...

O sonho da menina tornou-se tmarealidade 1 i

LÉO PARDO

O CO^lHO

E' um animalzinho degrande vivacidade o coe-lho, e, como caça suacarne ienra e macia émuito apreciada peloagastronomos.

Em alguns paizes daEuropa se fazem grandes creaçõesde coelhos e lebres, não somente

por causa do esquisito sabor desua carne, como também por causado seu pello sedoso e macio, em-pregado em diversas industrias,principalmente a de chapéos.

Uma outra utilidade do coelho ános laboratórios scientificos ondese fazem no seu corpo experiênciasde diversos preparados, inoculan-do-lhes os germens de diversas do-enças, vaccinando-os contra ou-trás, sacrificando-os, emfim, abem da humanidade.

Nesse mister empregam-se tam-bem cobayas e macacos.;

_____BV

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AJUDANDO OS PAES

H Luta pela VidaJUNTO

ao grande "arranha-céu"

em construcção um grupo de cri-

ancas apanhava pedaços de madeira,

pontas de sarrafos, restos de barricas va-

sias de cimento c, como formiguinhas

trabalhadoras, lá iam carregando o far-

do ou feixe de lenha, muita vez de peso

bem superior ás suas forças.

Que brinquedo vão vocês fazer

com essa madeira? — perguntámos ao

que nos estava mais próximo.

Brinquedo nenhum. A gente

apanha essa lenha para botar no fogo.

O carvão está caro e os "tocos"

de lenha da quitanda tambem. — accres-

centou um outro. A gente vem buscar

aqui essa lenha pra ajudar a mamãe que

é pobre. — E vocês moram longe?

Não; respondeu uma pequena.

Minha casa é perto. Fica lá em cima, no

morro... E apontava o alto.

Olhámos a ladeira Íngreme e pensa-

mos no sacrifício de subir aquelle calva-

rio, descalço e com um peso de muitos

kilos na cabeça sob o sol escaldante do

verão.

Vocês não estudam? Não vão ao

collegio? — perguntámos ainda.

Vamos, sim; mas agora a escola

está fechada pelo tempo das ferias.

Têm razão. Vamos tirar o re.-

trato?

Para que? Para mandar o "tintu-

reiro" buscar a gente?!

Não. E* para publicar no Tico-

Tico.

Ah! Então pode tirar. E os ga-

rotos, na luta pela vida, posaram, ale-

gres, deante da nossa objectiva-.

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Nossos Leitores eAmiguinhos no

Carnaval// _ -.,:' \v_ / 'Mm

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\\ _l _>__t Jdí ____?'• / _»"__. 'f - *^ __í'^í*v-''ií _ %. ""'•'»

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Um pierrot com a sua bahianinha. *- "'-

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í^T^^_f ^* ^ i'" "¦'1j^^ _Ly___ ___i

_B ______ B_fl ______ ^ li Uv.

:il jL_f 'Mascaras e risos que encheram

de encanto o Carnaval.

Célia, filhinha do nosso presadocompanheiro Henrique Furtado.

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19 — Março — 1930 29 — C TICO-TICO

O SAGAZ DEFENSOR DE SEU PAEO coronel Sidncy era um militar

inglez realista, de boa apparencia, ale-gre e tão amável com os camponezesque estes o adoravam. Para o filhoera um deus.

Quando o pae teve que se esconderporque cra perseguido pelos puritanose èsTes invadiram" o castello procuran-do-o, a creança bem sabia que não de-via descobrir o esconderijo rio amordos seus dias. Todas as pesquizas dospuritanos forain em vão, o o meninologo compreliendeü que ia ser inter-rogado. Os puritanos constituíram umtribunal no salão do castello e chama-ram primeiramente as senhoras.

O menino ouviu as perguntas e asrespostas, e notou que a sua mãe men-tia para salvar o marido. Inmicdiata-mente um dos puritanos segredouqualquer cousa ao ouvido dum outro, eeste levantou-se e falou com o chefe,o qual olhou para o menino, dizendo:

— Sim, boa idéa; vamos perguntar-lhe.Ordenaram á mãe que se afastr.sse e

chamaram a creança para junto damesa...

Collocou-sc o menino ante os seusjuizes, direito, formoso e forle, fielimagem do seu pae. Parecia muito so-cegado, mas o coração batia-lhe vio-lentamente e as mãos tremiam-lhe.

O seu papel era dos mais ir.ipc.rtan-tei e dos mais diíficeis: não descobriro se o pae e não mentir.

Um dos puritanos inclinando-se p;-'**elle, disse-lhe com voz ameaçadora:

Deus castiga com o fogo eternoo.s mentirosos, pois merecem sua in-dignação e a sua cólera. Diga-me, en-tão, meu mocinho, a verdade. Em nomede Deus, faço-lhe esta pergunta: Quan-do viu seu pae pela ultima vez?

Com voz firme, o menino responde::Vi o coronel Sydney hontem á

noite.Hontem á noite? — exclamaram

elles;E disse-me — continuou o meni-

no sem medo ¦— que tema ;. Deus,

honre o me.i rei e ame a minha pitria.Hontem á noite? — gritou umdos juizes. Então estava no castello?

i—i Sim.Em que parte do castello?Venham, eu a indicarei.

Levantaram-se precipitadamente e tmenino levou-os a um pequeno quartono qual havia uma camazinha.

Aqui, disse elle, apontanúo oleito.

De quem é este quarto íMeu.O seu pae veiu aqui hontem á

noite ?Sim.

¦— Para onde foi em seguida?Não sei. Eu estava a dormir

quando elle entrou e continuei a dor«lutr quando *clle sahiu.

¦— O que quer dizer com isso?Que a ultima vez que o vi foi

em "sonhos"— respondeu o sagaz de-

fensor de seu pae.

M O FPasseava um dia frede-

rico H, da Prússia, pelosjardins reaes. Ia elle des-cuidado quando ao tntrarem uma alameda, deparou,deitado, sobre a relva oseu pagem favorito, umbello rapazinho çom os ca-bellos da côr do sol; o lin-do pàgeni, adormecido, ti-nha unia expressão ange-licã que mais lhe realçavaa belleza.

Estava o rei cm êxtase,R conteoiplaJ-o, quando no-tou sobreSaindo de sua ai-gbeira uma ponta branca,puxou, era uma carta damãe do pagem agradecendoo dinheiro que este lhe ti-nha mandado, junto com

H/V3 C/í^a iI Tx^^ st 'f«.W /

/M \\ V ^^-JSfr rü H?ft ^^s " \1 j4 i! I'*' ^^ /^~''«*^!Ü«»y.MTJ MKtfi =^ J'// tf m.

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JmmmmT V / ^^*~^*nW £*\/ *" vT HA i * y \£mW Ct*A (• v \

tantossacrifícios. Leu-a, sorriu satisfe;to e

abrindo a sua cscarcçfla tirousom ma de moedas de ouro C

• ¦ I • ¦' L H - ¦ A Ltou-as cautelosamente naalgibeira do pagem. Porém,ao levãntar-se, fez ummovimento que o acordou.O rapazinho olhou em vol-te assustadamente j ao divi-zar o seu soberano levan-tou-se; porém, ao levantar-se, sentiu tilintar as moe-das no seu bolso e olhandopara a relva viu então acarta.

Coinprehendendó tudo,lançou-se aos pés de seurei num mixto de felicida-de e reconhecimento, entãoo rei falou:

— Uma boa acção nun-ca fica sem recompensa.

NAU RECO P.ARROS

elevadadepos*-

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O llCü-TICO 30 — 19 — Marçp ** 1930

Os CIIAI.D1.US H ASSYRIOS — A CS-ses povos da Ásia Menor aTluniatii-dade deve os mcthodos de guerrae a sciencia de cauculo; as medidasde tempo, o quadraiife soar c a agri-cultura decorativa. Babylonia e Ni-nive são as grandes cidades que tes-temunham sua civilisação; Cyro,Scniiramis e Sardanapalo; Cyro,

seus grandes organisadores.

Os romanos — Toda a historiado povo romano resume-se emduas palavras: conquistar e organi-sar. Durante sete séculos de re-publica e trez de império, foramos administradores do mundo. Suacreação mais admirável foi a dosprincípios do Direito, que aindahoje inspiram a jurisprudência mo-de rua.

Os cmxEzES — Do ponto devista commercial, industrial e plii-losophico, esse povo foi o que pri-mcÍFO alcançou alto grau de civili-sação. As formulas philosophicasde Confucio e Chutsing são mode-lares e encerram moral profunda,que muito se approxima do Chris-tianismo.;

Os gregos — Atacados pelos Per-sas e tendo-os derrotados, os Gre-

|| ALGUNS POVOS

|| DATERRA

costumescos.

inilludjvelmentc p.icni.-

gos tomaram a dianteira na civiii-sação e conseguiram erguel-a a ei-mos amda não alcançado?, comqualidades de equilibrio, bom gostoe acuidade incomparaveis; creanuna philosophia, a poesia e levaramtodas as artes a apuro que ate hojenão foi ultrapassado. Toda a ei vi-lisação moderna não é mais (]o queum desenvolvimento lógico da ei-vilisação grega.

Os 1'iiT.xicos — Es.c .pequenopovo concorreu para o progressocom uma maravilhosa conquista:— a-navegação.

Foram os Phenicos os primeirosque ousaram explorar os grandesmares. De seu porto Sicon, parti-ram os navegadores, que pe,rcorre-ram todo o Mediterrâneo e lança-rani-se mesmo através do Atlanti-co, pois que se encontram no Me-xico e nas Antilhas monumentos e

Os persas — Foi durante o se-culo VI (antes de Christo) que osPersas se tornaram senhores domundo oriental. Persepolis- era en-tão o centro da civilisação e comos Persas começava o predomínioda raça aryana no mundo. Seucontingente benéfico foi a organi-sação do trabalho e a instituiçãode leis assegurando a constituiçãoda familia.

Os árabes — O império árabe,creado em 622 por Mahomef, con-quis! ou e:n um século o Egypto, aSyria, a Pérsia todo o norte daÁfrica e a Plespanha, assimilandoa civilisação já existente e aperfei-çoando-a com primores de archite-cf ura e princi pios de Direito sin-gularniente lógicos.

Os japonezes — Os Chinezes eIndús foram para o Japão o queos Gregosi e os Romanos forampara o reslo da Europa. Mas os,Japonezes, assimilando essas civili-sações extranhas, organisaram-nacom um espiríío pratico que lhesduplicou o valor.,

U Ai AEstava eu passando as iérias na

fazenda do Vovô Zeca, no Desço-berto, quando fui convidado parauma pescaria no ribeirão, a meiokilometro de casa.

Combinado o dia accordei cpdo efomos todos: eu, Frederico, Braze Renato, meus primos, ali resi-dentes.

Eram seis horas; não fazia frioporque era no verão. A manhãestava fresca e agradável. Apenasuns mosquitos muito miudinhosnos mordiam as pernas de vez e_nquando.

Frederico, o mais velho de nós,e já acostumado a pescar, apanhouoito acarás e quatro lambarys.Braz pescou dois acarás e viu umsapo. Renato, o menor de todosnós, agarrou tres borboletas, doisgafanhotos, porque não levou an-zol por ser muito pequeno: Matou,porém, um tatu' na volta...

PESCAEu só consegui pescar dois aca-

rás muito pequenos; creio queeram filhotes.

Vimos uma cobra atravessar orio; foi um susto!...

O Frederico, porém, nos tran-quillizou dizendo que era cobra ei-pó ou cobra d'agua e que não mor-dia.

O logar onde estávamos era umtewet.0 de cultura, muito plano ecoberto de uma relva muito baixa,de modo que pudemos seguir a co-bra até que ella desappaiecesse ao

-longe, por seguro...

RIAVimos também no matto que fi-

ca do outro lado do ribeirão, bem-tevis, pica-páos caxinguelês, sa-racuras, preás muitas casas deJoão de Barro, umas oecupadas ou-trás vazias.

Não vimos jacarés, nem pacas,nem capivaras, nem macacos, nemonças.

No fim de tres horas, voltámospara casa muilo cançados. suados,arranhados, picados de mosquitose com uma fome de dois dias.

Vovó Regina viu-se atarefadapara nos ai tender. Comemos pordez.

Os peixinhos que chegaram vi-vos. foram oííerecidos á Heloisa,minha innãzinha. Justino e Fer-nando. meus primos, que ficaramchorando por não terem ido á fes-ta da pescaria.

Art.iur Campos

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1«. _ Maroo —- VJM 31 —. O TICO-TICO

O M Â O ESTUDANTE

Joanico era um máo _s. flfe yjf ///////y^ í/2.*"*'^ /\ S\ aU'aS' era para ECF U'n

tudante, Era vez de ir a, H^ ///////// ___________Ü^Q I >_ír" /"A elemento de perturba.;....

escola, ficava a passear C /rHíMf W V_/ / "\

1^|/ Tomava a cadeira do pro-

de bobas.tis. Jta'_ uma vez foi castigado pela sua falia doJuízo e pela sua preguiça, po'e, Quando não podia ser turbulca-t°t dormia em aula.

_3 tão mal so comportava o Joanico <iue o profe_soirp viu obrigado a txpulsal-o do convívio dos meninos es-ti.diosos.

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O TICO-TICO — 32 — 19 — Marco — ID30

mm$m f&mssrtesHESULTADO DO CONCURSO N». 3.41/

^-^^6A Soluç.ão exa.ta Co concurso

' Solucionistaí: — Lázaro I.artolome OeCarlos, Alberto Cortines Laxe Filho, Isau-ra Alves Rosa, Franclsca Gonçalves doOliveira, Antônio Ferreira 1'acheco, AnamasSantos Souza, Leonardo De Mingo, AldoKarnos, Oswaldo Lemos dos Santos. Car-los de Assis I'freira, Amely 1'vdroso deLima, Ylze Araujo Kind, Thals F. Arrudu,Wladimlr dos .Santos Mello. Armando !•'.liiirioa, Maria Helena Matheus <iua Sduios,Ileion Paquete César, Mario Joaquim Fer-nandcs, Carmen Julieta Wlldberçer, WalterFrere, NadyT Moreira, Ivan Castello llran-co, Oswaldo Sampaio, Uutoniar Cliammas,"Waldemar Vinícius dos Suínos, TainhaSampaio da Fonseca, Renato de Sâ e Mel-lo, Jacyr Maia, Newton do Valle Silveira,Octavio Ruller de Almeida, ltoqulto Heis,Américo Moreno, Sylvano da Carnlno, Syl-vio Ney de Assis Ribeiro, Nelida Monçio,Mario José Gianordoll Lyrio Fábio Pereirada Rocha, Ilelia da Fonseca Rodrigues l_o-pes, Walter Moenen, Adayl da SilveiraDuarte, Maria Angela Franco. José da Sil-va Marujualde, Roberto Janiq .es, Ary d*Campos Valente, Ignez Vieira de SouzaLeite, Maria Alayde Ferraz de Arruda, Ju-ciith Weber. Octavlano du Pin Oalvâo Fl-lho, Claudemiro Augusto Coelho. Jose[>hlnPessina, Raymundo F. X. da Rosa, Af-fonso II. C. Gardu. Leda 1-gaul Felio.o

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dos Santos, Flavio de Souza da Costa eSA. Lydia Calvin. Ferreira, Ruth A.GasCamargo ilo Urllo, Juilitli de Paul". MarcyAssis Brasil, Kuvver Mlfuel dc .\ader. Ala-rita de Carvalho, Josi"- Ki mem Nunes 7,mr.-hotlt, José Lopes Romeiro, Oscar de Pinhoe Costa. Walter Spessato. Waldemar Lud-v.-ijr, l.a.ro J...|iii- Machado, Almlr da CostaQuintAo, Aurt lia Wilches, Rubens de Amo-rim. Margarida Maria Andrés.

Foi o seguinte o resultado final do con-curso:

1" Prêmio — Uma assionnlura anu__ld—O 7ici.-7ico".

NADYR MOREIRAde 11 annos de Idade e residente em Raizda Barra do Petropolis. Estado do Rio deJaiii_.ru.

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SANTOSde 1] annos de idade e residente .1 rua Fer*reira Vianna n. ... nesta Capital.

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RESULTADO DO CONCURSO N". 3. .22

Respostas certas:

1* — Em fazerem parede._" — Paraty.3» — Quando sâo cruzados.4* — Anno — Anna.5" — Abacate.

Sotucionislas: — Leda Paeanl Fe'iclo dnsSantos. Theocrlto Johnson, Theopompo John-son. Maria AnKela Duarte Moreira. Gilber-to Holms, Jos_ da Silva Mansuald". H!>berto dos Santos Pereira. Aurelia Wilches,JosO Carlos Loureiro Junior, GII PresteiRernardes, Antonio Carlos Belfort, Helo doCastro I_obo, Heloisa da Fonseca Rodri* je..Lopes. Kleber Rocha, Leny Carneiro de Sâ,Waldemar Ludwijr, Aurelia Leal, NilzaMendes, Rubens Dias Leal, Juarez GalvãoFerreira, Gilberto Franca. Sahyr de AsnisPacheco, Octavlano Gustavo do Azevedo,.Tose Fernandes Ribeiro, Alfredo Gomes doOliveira. Sylvio Ney de Assis Ribeiro. Jo.iftde Síi e Mello, Ancclo Machado Joel, Marltade Carvalho. Laerthe de Carvalho. Dlna Maria das Neves, Ayrton SS. dos Santos.

Foi premiado, com um exemplar do Al-manaeh d'O,Tico-Tico para lt'30, o oan-currente:

LENY CARNEIRO DA CUNHA

de 10 annos de idade e moradora em Oo-vernador Portella, Linha Auxiliar. Estadodo Rio de Janeiro.

CONCURSO iV. 4 3 2

Paiu os leitores desta Capitai, e dosEstados pnoxi__os

Perguntas;

1* — Qual o nome de mulher forma iapor dois tempos do verbo?

(4 syllalas).Neomíl Portella F. Alvo»

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1!) — Marco — l!)30 — 33 — O TICO-TICO

í* — Qual o sobrenome que 6 ave?(2 syllabas).

Mario 1'aloào

— Ella fi entidade tm.-tginaria.Klle è toada i>ortugu.*za.

<2 syllabas).Aurora Moreira

4" — Klle fi cereal.i:ila o distancia.

(2 syllabas).>\n.'si.. «".•!-.|ís

5* — raio e corrente Sainia.Ella I»impo de vojLo.

(2 syllabas)

i>« wíma

A? M>IuçA<M rtovom s«*r enviadas 1 reda o-cio

~ií""0 Tico-TIoo", devidamente asslgna-

das. acompanhadas fio vüIh 3.43'.!.1'ara esto cuncnrao, que aerâ encerrado

no dia 8 de Abri] próximo, daremos ?omoiu.miuo. i>or sorte, entre is soluções certas,um livro de contos infantis.

CONCURVO

N* 3.432

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queza GeraL

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531ntiMmVmmS

C O N <; t) lt 8 O M*. * . 4 I 1

PajU os leitores oíjta CariTat a> ooa Estado»

V.LA\

ninrni '

í

\

11

JM

>

Ia

bRecortam as tlrlnhns do clichê acima e

formem c.ro ellaa um trunfado da oatelil-nha deitando nelle o desenho que represen-ta um Kangurú'. PÍLULAS

As «oluçJVs devem ser enviadas a esta ro-dâorAo, separadas das de outros qnaesquerconcursos. net-m punhadas das declarações deIdade, residência • aasignatura do próprioPunho do eoncurrente a, ainda, do vale qus«ae publicado a seguir, • lera o n. 3.431.

Para este concurso, que aerft. encerradoBo d'a 17 de Abril próximo, serüo distribui*dos. por sorte, os seffulaftaa prêmios:

1 Prêmio: — Um custoso brinquedo.2* Prêmio: — Um lindo barquinho.

VALE«OHIMO

'.W3.431

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Completa a deslumbrante ediçãodc- PARA TODOS--, desta semana,uma completa reportagem do Car na-vai. com corso, bailes e prestitos, sa-licntando-se nesta as photographiasespecialmente feitas para esta ele-gante revista nos luxuosos bailes doFluminense F. C. e do BotafogoF. C

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O TICO-TICO 3i — 1!» _ Marco 1930

A QESFORRA

O MingDtC, um traquinas bochechudo,que d.iva relação de qita^e tudo,

um Ihtiittiiiliafreqüentado) da rua e da cozinha,

appaicceu na salaO pae, pei<kndo a estribeiras, fala':

"Que bonita figura!"F, n éiiãe, em brasa, açode, simulando;"lüle nunca fez isso! Mas, agoráj

Mingote está mudando.N.r! malmente... anda a biíncar iá fora...Vcxada, ante a comedia, com riieigiiíice,a coni.idie Marocas intervém:"Q men afilbadinho ilida não di-V.ciioü siber: tu gostas mais dc quem?Da lua in.imãezinha ou do pjipaè?O ia, já sei! Aposto... E' do* papae !7u

E O guriziníio, aimiado,desata logo <> nó,

resmungando, a coçár-se encafrfa lo;"Cósto nia;s da Vovó".

Theophilo Barbosa,

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SEQREDO DOS AN.TMAES

O reino animal, possue em todaa sua escala, começando do maior atét> piais ínfimo dos animaes os seus

•redos amigáveis. Os insectos têmtambém os seus protegidos. For exemplo a formiga,r« avarenta.lciu o seu commensal. E' o clavigere queella alimenta dc bôa vontade e que, o esperto dá-lhe emtroca o direito dc lamltcl-o, porquê elle é doce. Comotodos sabem n formiga é louca por assucar!

Emfim ri pa saros também possuem um amigo quelhes serve dc i abellcrciro... Sim ! Um insecto chamado" ricim, ítjiic limpa as nas pennas, aliza-as e frieciona-lhes a cpideriiic. O nino animal fornece-nos iiellosexemplos de. auxilio c de fraternidade. Ks^e sim c o

. c calmo socialismo!

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O HOMEM PRIMITIVOAté bem pouco tempo acreditava-se que o Homem

so apparecerá sobre a Terra no período chamado Qua**ternario. Recentemente, porém, descobriram-se indis-cutiveis vestígios da existência da creatura humana(pensante e capaz de raciocínio) já no período Terciario,fazendo frente aos monstros gigantescos d'essa epochaera lascas de pedra e paus espontados, já sabendo pes-car e utüisar o fogo.

LEITORA PARfl TODOSUm magazine mensal que publica ura pouco de tudoe que, portanto, a todos interessa, sendo o preferido

dos viajantes.

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AS AVENTURAS DO CHIQUINHO - QUEM DA- AOS POBRES.

— Uma esmola ao pobre cego! E Chiquinhodeu uma prata dé mil réis que seu tio Jucá lhedera. pela manhã, por ser dia de seu.

.. .anniversario. Coçou-se e deua moeda.—E agora não fiquei.. J

.. .com dinheiro para comprar a ia _ . Benjamim "Quem dá aos pobres empres-ranjas! — Fez muito bem! falou.-.. Ia a Deus!" Mal dissera estas palavras appa-

10C.U O V< sabendo do.^^^

__ anniversario de Chiquinho. deu-lhes umaporção de larartjaa. Chiquinho voltou para

. casa radiante t quando entrouj_- seu.,,.

«.quarto encontrou uma porção de brinquedos, um lindo cavai-,Id. locomotiva, carroças.—Vè seu,Chiquinho quem «lá aos pobres,Deui ifuda!

O tio Jucá quando sonhe da nobre acçiiode Chiquinho abraçou-o e luiiou-u e deu-lheoutra mutua <le_». ouro.