o seu negócio no caminho apropriado

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O Seu Negócio no Caminho Certo e Firme Por Edson Souza – Bacharel em Ciências Contábeis Estudante (e pretendente a MBA) de Contabilidade e Controladoria.

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Page 1: O Seu Negócio no Caminho Apropriado

O Seu Negócio no

Caminho Certo e FirmePor Edson Souza – Bacharel em Ciências Contábeis

Estudante (e pretendente a MBA) de Contabilidade e Controladoria.

Page 2: O Seu Negócio no Caminho Apropriado

O que você sabe sobre o Seu Negócio?

E O QUE VOCÊ SABE SOBRE OS

RESULTADOS DE Seu Negócio?Se um cliente chegar em seu estabelecimento comercial (loja, salão, bancada, caixae etc. e etc.) e dissesse de uma situação-problema, ao qual ele (cliente) enfrenta,você saberia o ajudar, ou seria capaz que o cliente ficasse com “cara de erva”, ouentão que saísse de seu estabelecimento com uma fisionomia boba e sem comprar oque veio procurar?

Isto quer dizer – você sabe sobre aquilo que vende? Você conhece a alma de seunegócio? Quais produtos você negocia? Você sabe enumerar eles todos? Um bomdono, ou um bom empreendedor, um gerente, ou todos estes profissionais e sócios-proprietários deveriam saber responder estas perguntas, senão decorado (de cabeça,na lata), ao menos que soubessem responder consultando relatórios.

E estas são outras importantes questões: é sabido de onde vem o lucro? Isto é,quanto cada produto e serviço de sua empresa contribui para formar o Resultado nofinal do mês? E como andam os planejamentos de compra, clientes e de vendas? Ecomo a empresa lida com a questão tributária e trata, ainda, sobre as questõesrelativas a reservas e provisões?

Nestes Slides, será vista uma pequena análise sobre empreendedorismo,propriedade [de próprios] negócio(s) e (noções) de Gestão & Controle. Dúvidas?Podem perguntar-me, entrar em contato por e-mail, etc....

Page 3: O Seu Negócio no Caminho Apropriado

Conheça a tua Empresa e teus Stakeholders.Ter o dinheiro (Capital Inicial) necessário para que o novo negócio se inicie e desejar

abrir uma empresa não é tudo sobre se tornar o dono da própria empresa...

Chiavenato (2010) diz que a empresa contemporânea deve se atentar para seis fatores:

Competitividade

Pessoas

Ambiente

Tarefas

Estrutura

Tecnologia

ORGANIZA-

ÇÃO

Figura 1: As Seis Variantes Básicas da

Empresa na Teoria Administrativa

Fonte: Chiavenato, 2004

Page 4: O Seu Negócio no Caminho Apropriado

A Figura 1 (slide anterior), nos dá uma visão panorâmica do que vem a empresa de seu

ponto de vista interno (fechado). As relações possíveis dentro de uma organização são

exibidas nos fluxos vistos na imagem citada (Figura 1), e, de modo, resumido, pode-se

observar o seguinte:

Tarefas: Excelência operacional que se traduz em produtos e serviços de alta qualidade.

Estrutura: Integração e articulação interna de recursos e competências.

Pessoas: Participação, envolvimento, engajamento e Empowerment (reconhecimento, em-poderar-mento).

Tecnologia: Infraestrutura tecnológica como base para operações e informações.

Ambiente: Foco no mundo dos negócios onde se situam clientes, fornecedores e concorrentes.

Competitividade: Foco em competência e em resultados sustentáveis

Quadro 1: Traduzindo as Seis Variáveis básicas para a atualidade.

Fonte: CHIAVENATO, 2010.

Ainda, segundo Chiavenato (2010, p. 25), nota-se que há “inúmero fatores [que] estão

provocando profundos impactos sobre as empresas”.

As mudanças que as empresas devem enfrentar, segundo Chiavenato (2010), são:

Adaptações aos seus ambientes mutáveis; adaptações organizacionais que envolvem

mudanças de estratégias e estruturas internas, tecnologia e mercados, produtos e

serviços; mudanças causadas pela inflação; concorrências; sofisticação tecnológica;

globalização; maior visibilidade das empresas (positiva e negativa); todos estes e outros

desafios, que já recaem ou recairão sobre a empresa, e também, o fator (a seguir)...

Page 5: O Seu Negócio no Caminho Apropriado

9. Estamos em uma era de descontinuidade:

as mudanças são tão grandes e tão rápidas

que fica difícil entrever a relação de causa

e efeito entre elas; Daí a descontinuidade

que se nota em quatro principais áreas, a

saber:CHIAVENATO, 2004

1. Estão surgindo tecnologias genuinamente novas que não são desdobramentos dastecnologias atuais; isto cria novas indústrias e novos tipos de organizações, tornandoultrapassados os modelos atuais.

2. Estamos diante de grandes mudanças econômicas mundiais: um mercado único,global. A economia mundial é a economia globalizada.

3. Os aspectos políticos da vida social e econômica se modificam rapidamente: asociedade e a nação de hoje são pluralistas. Esta nova sociedade pluralista,constituída por uma infinidade de instituições traz novos desafios, além dos atuais.

4. Entretanto, a mais importante mudanças é a que está ocorrendo com oconhecimento. Estamos na era do Capital Intelectual.

(ADAPTADO de CHIAVENATO, 2004; 2010, p. 27)

Page 6: O Seu Negócio no Caminho Apropriado

Os Stakeholders: Pelo observado, a empresa consiste em seis áreas internas, mais a força de ação externa

dos Stakeholders. Stakeholders são tomadores de informação de sua empresa, elespodem ser Clientes, Fornecedores, Bancos, Governo, Acionistas, ONGS, etc.; porém,apena ser um cliente ou ser do governo não significa que este alguém é um stakeholderde sua empresa;

Stakeholders sabem sobre a sua empresa, eles sabem como está operacionalmente e efinanceiramente a sua entidade empresarial. Eles, se clientes, podem saber que vocêusa (hipótese) mão de obra infantil (mesmo que de seu filho), e eles sabem que isto éilegal e imoral (ou amoral, depende da educação familiar / cultural). Se governo, eles,se assim procurarem e trabalharem, analisando, por exemplo sua movimentaçãofinanceira de banco (por isto a CPMF interessa, também, por Governo), eles podem saberque o lucro presumido de sua empresa é muito maior do que aquele que foi declaradopelo ser contabilista, eles podem saber que você não está comprando (e nemvendendo)com nota fiscal – o que é proibido, exceções de alguns poucos produtos eserviços – e etc.

Como isto é possível? De muitos modos: pode ser por cruzamento de dados (por exemplo,ver sua movimentação financeira, ou os bens que você compra, e o quanto que vocêdeclara ganhar e receber); pode ser por estimativas de negócios (volumes de compras evendas); pode ser por detalhes que o próprio dono dá, e etc. Enfim, se você não sabecomo vai seu negócio, pode ser que seus Stakeholders possam sabe-lo e isto pode sertanto positivo quanto extremamente negativo.

Page 7: O Seu Negócio no Caminho Apropriado

Exemplo Prático:Código Despesas

00301 Luz e Força – Total

0030101 Luz e Força – Departamento de Produção

0030102 Luz e Força – Departamento Manutenção

...

...

Etc. Etc.

...

...

0030109 Luz e Força – Departamento Transportes

00302 Água – Total

0030201 Água – Departamento de Produção

0030202 Água – Departamento de Manutenção

...

...

Etc. Etc.

...

...

0030209 Água – Departamento de Transportes

Quadro 2: Plano de Contas de Despesas por Centro de Responsabilidade.

Fonte: SANVICENTE;SANTOS, 2008, p. 32

Page 8: O Seu Negócio no Caminho Apropriado

O setor de controle orçamentário (e o seu pessoal)

poderá surgir como se fosse o agente de um conjunto de

normas, papeis e indivíduos, cuja tarefa antipática, mas

executada em nome de desempenho cada vez melhor da

empresa, consiste em investigar a qualidade do

desempenho dos outros.SANVICENTE; SANTOS, 2008, p. 33

O orçamento nada mais é do que “uma expressão quantitativa das entradas e

saídas de caixa usadas para determinar se um plano financeiro atingirá as metas

organizacionais” (ATKINSON et al, 2008, p. 502).

Unir o orçamento ao controle, por exemplo, é estipular um total de gasto

(hipótese) de Energia e Água (para cada setor – gastos fixos), e o controller deve

verificar as atitudes melhores e piores, neste sentido; a ser ressaltadas e

premiadas (as melhores), e também, ser corrigidas ou eliminadas (as piores

atitudes na empresa). O pessoal da empresa, principalmente o pessoal do chão da

fábrica ou de trabalhos mais operacionais, podem “estranhar” a implantação da

controladoria da empresa, mas como visto, sem controle, é difícil a empresa viver

em tempos atuais. Nestes casos, educação e tino, devem ser suficientes.

Page 9: O Seu Negócio no Caminho Apropriado

Deste modo, o orçamento estipula, prevê e situa a empresa dentro de um patamar de

gastos, entradas, investimentos, reservas, etc.; e controle ajuda (com maestria) a

dizer se estes planejamentos orçados serão cumpridos ou não, se estão no caminho de

se cumprir ou não. E como visto, em ambientes dinâmicos e mutáveis como os

enfrentados pelos empresários e empreendedores, ter uma noção clara do negócio,

dos clientes, das leis, dos procedimentos, dos produtos, etc. e controlar estes fatores

e variantes todas – é o mais indicado para vender e crescer mesmo em época de crise,

de modo a enfrentar os (e sobreviver aos) problemas e obstáculos.

“Evidentemente, o controle não busca apenas os pontos negativos, mas também, os

aspectos positivos merecedores de recompensa ou de transferência para outras

atividades, mas sua razão [do Controller] é basicamente esta: impedir as deficiências

de desempenho que prejudiquem a empresa” (SANVICENTE, SANTOS, 2008, p.33).

E para fixar os conceitos apresentados neste slides, vejamos os processos de controle

orçamentário expostos por Atkinson et al (2008):

“Em muitas decisões a curto prazo, somente os custos flexíveis [variantes] são

relevantes, enquanto os custos comprometidos [fixos] são tidos como danos. [...]

O Processo orçamentário força a empresa a fazer o seguinte:

1. Identificar seus objetivos a longo prazo e suas metas a curto prazo [...] e

estabelecer as metas e a avaliação de desempenho relativos a elas.

2. Reconhecer a necessidade de enxergar a empresa como um sistema de

componentes interativos.[...]

3. Comunicar metas da empresa aos sócios e envolve-los no processo orçamentário.

4. Antecipar problemas, tratando-os pro ativamente” (ATKINSON et al, 2008, p. 502).

Page 10: O Seu Negócio no Caminho Apropriado

O EMPREENDER & O SER PROPRIETÁRIOÉ deste modo que pode-se ter até 1 milhão de Reais para abrir uma empresa (media ou

pequena, que seja), porém, se não se tiver noções de gerência e Controller, e claro, sem

um bom administrador e contador, não poderá ser feita muita coisa, pois não adianta nada

ter 1 milhão, se no final do ano a empresa poderá estar com dívidas de 1,5 milhões.

Todavia, endividar-se, pode ser um bom sinal, se for um investimento de longo prazo, um

ativo aditivado e etc., e por isto, serviços especializados em gestão e gerência (Controller)

são tão importantes, e, também, isto exige, conhecimento superior e especializado.

Silva; Rodrigues (2015) assim tratam da questão de ser o dono (ter o dinheiro), de ter o

conhecimento (saber dar lucro a empresa), observado em ideias e oportunidades de

negócio.“É o mercado que determina se uma ideia tem potencial para tornar-se uma oportunidade

de negócio, ou seja, apenas o estudo de mercado dirá se ela gera valor para o usuário final

do produto ou serviço. Desta forma, uma oportunidade de negócio pode ser entendida como

uma circunstância, ocasião ou rumo de ação, que deve apresentar o caráter de

adequabilidade e conveniência, valendo a pena ser seguida e explorada para se criar um

núcleo de atividades de uma empresa, seguindo os critérios do grupo de clientes almejos,

de necessidades atendidas e de tecnologias utilizadas” (SILVA, ROGRIGUES, 215, p. 107-

108).

Isto pode ser tratado como se o proprietário tivesse a ideia, a intenção do negócio (ou

seja, é uma pessoa que tem dinheiro – ou crédito – para investir em uma empresa);

enquanto que o empreendedor é quem transforma a ideia em oportunidade e faz o

crédito (ou o dinheiro) inicial retornar em mais recursos e mais negócios.

Page 11: O Seu Negócio no Caminho Apropriado

PALAVRAS FINAIS

O empreendedor deve analisar a oportunidade sob alguns prismas: ser

compatível e adequada às suas características pessoais, ou seja, personalidade,

valores, preferências, visão de mundo, sonhos. É preciso confrontar as

exigências sugeridas pela oportunidade com as forças e fraquezas individuais.

Identificar e agarrar a oportunidade de negócio é a grande virtude do

empreendedor de sucesso (SILVA, ROGRIGUES, 215, p. 108.

Obviamente, o mais indicado é que o empreendedor seja o proprietário do

negócio; mas, se isto não for possível, parcerias, onde alguém entra com dinheiro

e outra pessoa entra com o capital Intelectual (ou o trabalho e os serviços) – ainda

são incomuns no Brasil, mas isto tende a alterar-se -, e, demais atividades de

financiamento e investimento (de negócios) são as soluções de praxe para que se

movimentem muitos recursos (compras, vendas etc.) pelo mundo.

É um grande sonho, sem dúvida alguma, ter o seu próprio negócio; mas como os tempos

são de muitas transformações e algumas situações imprevistas que se tornam comuns

(como alta no dólar, crises e inflação), e que isto tende a dar um ar de incerteza aos

negócios. Por isto é tão importante estudar e conhecer bem o rumo que seu negocio

está. Não se fala apenas de saber se seu negócio é comércio, indústria, serviços, e etc.;

ao se dizer de rumos, se diz de se seu empreendimento está no caminho certo de obter

os resultados desejados, ou se seu negócio está fora de controle.

Assim, é tão importante que a cultura empreendedora – científica – seja disseminada no

Brasil, para que nossos negócios possam se alavancarem e se desenvolverem.

Page 12: O Seu Negócio no Caminho Apropriado

Referências:

ATKINSON, Anthony A.; BANKER, Rajiv D.; KAPLAN, Robert S.; YOUNG, S. Mark. Contabilidade

Gerencial. Tradução de André Olímpio Mosselman Du Chenoy Castro. 2ª Ed. São Paulo: Atlas,

2008.

CHIAVENATO, Idalberto. Administração. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.

______. Introdução à Teoria Geral da Administração. Rio de Janeiro: Campus/Elsevier, 2004.

SANVICENTE, Antônio Zoratto; SANTOS, Celso da Costa. Orçamento na Administração de

Empresas: Planejamento e Controle. 2ª Ed. 18ª reimpressão. São Paulo: Atlas, 2008.

SILVA, Lúcia Ap. da; RODRIGUES, Luciana. Empreendedorismo: Módulo 8.2. Ribeirão Preto:

Uniseb Interativo, 2015.