o senhor da sedução

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  • 8/17/2019 O Senhor Da Sedução

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    O senhor da sedução

    Série Lordes 3

    Resumo

    Uma noiva hesitante: possui-la será um Uma noiva hesitante:

    possui-la será um perigo…perigo…Lady anon Risande deve

    !asar por ordem do Rei !om um pr"n!ipe #al$s %ero&' (as a

    teimosa anon tem outros planos) e em nenhum deles está se

    su*meter ao pr"n!ipe #areth +p O,ain) um homem pelo ual

    todas as mulheres da !orte suspiram' .) uando o rudeguerreiro pousa seus olhos penetrantes nela) anon !omeça a

    perguntar-se !omo será deitar-se !om um *ár*aro' /ama do

    dese0o'

    #areth está disposto a mostrar a sua esposa deli!iosa e

    ine1periente ue ela está a salvo de sua selvageria no !ampo de

    *atalha''' mas de sua selvageria no !ampo de *atalha''' mas não

    na !ama' 2ara isso) empregará seus métodos mais persuasivose sedutores a %im de atra"-la para seus *raços e está ansioso

    para testar todos eles' (as) em*ora #areth se0a um pr"n!ipe)

    não pode o%ere!er a anon a eleg4n!ia a ual está a!ostumada)

    nem está !erto de ue ela este0a a salvo nas terras in5spitas de

    sua pátria' O ue pode garantir é ue em seus *raços ela

    !onhe!erá um amor ue 0amais pensou ue pudesse e1istir'''

    6in!hester) 7nglaterra) 89;

    Lady anon Risande tentou gritar) mas somente emitiu um

    gemido imper!ept"vel) uando uma pedra *ateu em seu om*ro'

    Seus olhos verdes) arregalados pelo susto) !om*inavam !om a

    %olhagem da árvore onde se es!ondeu'

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    o ue seu pai lançou ao !o&inheiro uando uase ue*rou um

    dente !om uma pedrinha ue apare!eu

    dentro do pão' anon tentou respirar %undo e %e!har os olhos)

    mas )em ve& disso) tremeu o lá*io in%erior e seus olhosen!heram-se de lágrimas' Roger ria ainda mais' /e %ato) ria

    tanto ue %i!ou sem respiração' /o*rando-se ao meio)

    segurando sua *arriga !om uma mão e tapando a *o!a !om a

    outra' .ra %rustrante ue %i&esse isso em p=*li!o' ?uase todos

    os meninos do !astelo de 6in!hester estavam presentes' anon

    seria !apa& de perdoar @ilary e Aanie 2endleton por rirem dela>

    eram peuenas e não se davam !onta da sua %alta de edu!ação'

    @enry e homas /raBe %a&iam !aretas) enuanto Roger 

    !ontinuava 0ogando pedras' (as) os outros meninos nada

    disseram' .ra melhor ue %ossem 0ogadas em anon e não eles'

    odos temiam Roger' anon) tam*ém' (as essa não era a ra&ão

    pelo ual não 0ogava uma pedra nele' .la não ueria ue ele

    !ontasse a seu pai) o !onde de Cla!B*urn) porue este !ontaria

    ao rei' . anon não ueria ue #uillermo se &angasse !om ela'

    Dão ue o temesse' +o !ontrário) gostava uase tanto de#uillermo !omo o seu pr5prio pai' .le %a&ia as !aretas mais

    engraçadas) gestos de irritação %ingidos ue %a&ia sorrir 

    .ls*eth) a serva de sua mãe' +penas não se simpati&ava !om

    Roger' . não estava disposta a a!ompanhá-lo em suas

    travessuras !ruéis) tais !omo !olo!ar %ormigas no leite de !a*ra

    ou untar as garras da gata

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    !a*elos loiros !a"am so*re as *o!he!has !o*ertas de sardas' 

    Se !ontar ao seu pai) matarei F sua por!a e !omerei no 0antar'

    anon !omeçou a !horar' /uas lágrimas transpassaram seus

    longos !"lios es!uros e Roger voltou a do*rar-se de rir' anon)

    *anguelaE gritou) dando passinhos de dança na grama'

    Ge!hou a *o!a e passou a l"ngua no espaço ue dei1ava o dente

    ue %altava' 2ro!urou entre a grama até ue o a!hou) e saiu

    !orrendo para ue não a vissem !horar' .i) aonde vai !om

    tanta pressa) peuenaH perguntou #uillermo' .nuanto anon

    en1ugava as lágrimas) ele se aga!hou para ver sua e1pressão e

    seu rosto es!ure!eu Iai me !ontar uem %e& vo!$ !horarH

    Sa!udiu a !a*eça) em sinal de negativa) notou ue eleo*servava os outros meninos) a !erta dist4n!ia' 7mediatamente)

    ergueu-a em seus *raços' + menina estava !erta deue

    #uillermo era mais alto ue a árvore da ual tinha !a"do) mas

    ele não a dei1aria !air) e a!on!hegou-se !ontra seu peito

    vigoroso) !om a sensação de estar salva de ualuer mal' +lém

    de tudo) ele era o rei' Sa*ia ue está %altando um dente seuH

      assinalou) a!ari!iando seus !a*elos negros !a!heados'

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    Dun!a dei1aria em perigo alguém ue amava> mesmo ue esse

    alguém %osse um animal) não uma pessoa' .ntretanto) não podia

    olhar ao seu pai enuanto %alava' Dão) papai' Dão tiveram

    nada a ver !om isso' Crand olhou para #uillermo) instalado

    !omodamente em uma grande poltrona 0unto F lareira' Sa*ia

    ue sua %ilhinha era *astante desastrada para ter !a"do da

    árvore) mas) ao v$-la se reme1er em sua !adeira) per!e*eu ue

    estava es!ondendo algo' + uem estava protegendoH

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    agora sua do!e e amada 2et=nia a!a*aria na mesa do 0antar de

    Roger de do !ontrário) seu pai perderia as estri*eiras e daria

    uma surra em Roger de mas assim

    pJs %im Fs perguntas' /e %ato) !onsidero digno e no*re

    re!orrer a uma mentirinha para proteger alguém) ou algo) ue

    gosto in!linou-se e *ei0ou a !a*eça de anon' Sim)

    realmente) é muito no*re' Dão a!ha CrandH servindo dois !opos de

    !erve0a) entregou uma para #uillermo) antes de sentar-se' 

    Sim' K estranho en!ontrar semelhante valentia e devoção em

    alguém tão 0ovem) Crand' Crynna %e& um *om tra*alho' K um

    homem !asado) #uillermo' ?uando dei1ará de so%rer por minhamulherH Dun!a' repli!ou o rei' +!a*ou sua *e*ida e soltou

    um suspiro de resignação' rata-se de #al$sH perguntou

    Crand'

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    do rei Rhodri e %ilho de e,d,r (a,r) ue reinou há muitos

    anos em /eheu*arth) ao sul' (uitos rivais ignoraram os direitos

    do pr"n!ipe gal$s so*re essas terras) mas sei ue algum dia

    !ontrolará todo o sul de #al$s' Dun!a vi alguém !apa& de lutar 

    !omo ele' (ove-se !om a velo!idade do vento' .stá pensando

    em a0udá-lo a o*ter essas terras) #uillermoH O rei en!olheu os

    om*ros' 2ossivelmente' K um homem inteligente' 2enso ue

    se !onseguisse !onsolidar-se no trono de /eheu*arth)

    poder"amos garantir a pa& entre nossos povos' Os !aminhos da

    região !entral estão virtualmente assegurados' 2ode-se di&er 

    ue nossos homens 0á triun%aram ali' Crand assentiu) enuanto

    es!utava' Sa*ia ue #uillermo tinha mais algo para di&er' 

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    !ompreendeu ue era alguém muito importante) uando ouviu

    seu pai di&er a sua mãe ue #uillermo tinha prometido lhe dar 

    algo e1tremamente MvaliosoM' /everia ser algo muito espe!ial)

    na verdade) pois lady Crynna%ar Risande havia !horado durante

    horas' anon ueria pare!er radiante no dia em ue !hegasse o

    selvagem gal$s' +té permitiu ue Re*e!!a e +lysia penteassem

    seus !a*elos !a!heados) sem a menor uei1a' ?ue e1emplo

    daria se !omo amiga do rei) se apresentasse diante de seus

    !onvidados su0a !omo se tivesse sa"do da lamaH

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    enrugar o nari&: O ue uis di&erH Galou em !ymraeg) em

    gal$s e1pli!ou o homem de mais idade) !om uma risada' Seu

    sorriso era agradável) !omo o do menino' Signi%i!a

    MsaudaçesM' (eus so*rinhos não !onhe!em todas as palavras

    de sua l"ngua' anon esperava ue) uando %alassem) suas

    vo&es soassem musi!ais !omo a dauele homem' Lady

    Risande' anun!iou %ormalmente o rei' anon endireitou-se)

    sa*ia ue se a apresentassem !om seu t"tulo) esperava ue

    suas maneiras estivessem F altura das !ir!unst4n!ias' .ste é

    o pr"n!ipe Rhys ap e,d,r e seus so*rinhos' (en!ionou oito

    nomes) mas anon s5 guardou dois'

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    Io!$ é muito !alado) não éH perguntou para #areth !erto dia)

    uando o al!ançou a !aminho dos está*ulos' .le nem seuer a

    olhou e apressou o passo' anon apertou os punhos' +!redito

    ue é mudo e muito distra"do' Desse momento per!e*eu a

    suavidade dos !a*elos do menino) ue os usava trançados' /ois

    !a!hos de !a*elos soltos !a"am so*re os om*ros' .le deu a

    volta para olhá-la> mas nada disse' 2ela e1pressão de seu rosto

    pare!ia ter mais de de& anos' .stava pensativo) !om seus olhos

    a&uis %i1os nela' (eus irmãos %alam''' mas

    parou) sa!udindo a !a*eça' (eus irmãos di&em ue vo!$ é

    Ngelyn: minha inimiga' + menina tentou aparentar serenidade)

    não podia a!reditar nauelas palavras' Sua inimigaH (as por u$H O ue %i&H 2are!ia ue o menino ia di&er mais algo) mas

    virou-se e partiu' Os dias seguintes trans!orreram da mesma

    maneira' .m*ora anon não %i&esse nenhuma tentativa de voltar 

    a %alar !om #areth) !omeçou a segui-lo por toda parte' Iia-o

    montar pelos territ5rios de #uillermo) em !ompanhia de seu tio

    e seus irmãos ue se divertiam golpeando-o) ou pelo menos

    tentando lhe dar uns *ons golpes) dos uais geralmente

    es!apava' +té montado so*re um !or!el tão grande !omo o deseu pai) #areth evitava ue o a!ertassem) in!linava-se para

    %rente ou se arueava para trás no !avalo' Do salão prin!ipal)

    anon o espiava enuanto ele !omia' +!hou graça ao v$-lo

    !olo!ar um dedo no *olo ue tinha sido preparado pelo

    !o&inheiro mas ela não sa*ia o ue signi%i!ava e não se

    importava) 0á ue estava !on!entrada em !olher %lores' Dão

    es!utou ue Roger e os /raBe estavam por perto) espiando atéue) de repente) suas vo&es ásperas a!a*aram !om a pa& de

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    seu sonho' anon) magri!ela''' Oin!) oin!) oin!E %oi F

    primeira !oisa ue es!utou) seguida de %ortes gargalhadas'

    Logo %oi outra vo&: alve& dorme !om os por!os'

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    separaram depois dauele su!esso' .m pou!os dias) enviaram

    Roger) a Dormandia' Sem um l"der e atemori&ados por seu

    valente de%ensor) os outros meninos dei1aram de in!omodá-

    la'2assou o resto do verão *rin!ando !om #areth' 2or desgraça)

    uando pare!eu ue #areth era ainda mais digno de seu a%eto

    ue 2et=nia) o verão !hegou ao %im e ela teve ue retornar para

    !asa'

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    !astelo do rei #uillermo era tão %amiliar !omo seu pr5prio lar)

    em

    +varlo!h' (as o lugar importante ue o!upava na mesa do rei

    o*rigava-a a respeitar o proto!olo' /istri*u"a sorrisos aos

    aldeies ue pare!iam estátuas de madeira e se mostrava

    !ort$s !om as damas e os !avalheiros) mesmo ue não se

    simpati&asse !om eles' inha o !uidado de não envergonhar sua

    %am"lia ou de!ep!ionar #uillermo) respeitando os !ostumes>

    a%inal) 0á não era uma garotinha'

    Olhou ao redor) admirando as tapeçarias ue adornavam as

    paredes F lu& da lareira' +s risadas en!hiam o am*iente) e os

    !avalheiros erguiam suas taças) dese0ando sa=de e

    prosperidade uns aos outros' +s damas riam de maneira

    sugestiva) ou lançavam advert$n!ias Fs !rianças ue !orriam

    entre as mesas) !omo mos!as em um *anuete' Um trovador 

    !antava uma !anção triste de amor não !orrespondido) sentado

     0unto ao %ogo) enuanto !al!ulava o valor das moedas ue %oram

    tilintando F medida ue en!hia o !hapéu aos seus

    pés' anon tirou dos olhos um %io solitário de seu !a*elo) antesde endireitar-se ' /evia reunir %orças para en%rentar está noite'

    .ntre os !onvidados ue !hegaram F 6in!hester para parti!ipar 

    do torneio deverão estava lorde Roger de

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    e1igissem ) sentia-se in!omoda em ter ue suportar horas de

    %astidiosos !uidados nas mãos de duas don&elas) para arrumar

    openteado ) a0eitar seus !a!hos re*eldes e provar tra0es mais

    %inos) para estar apresentável diante de um homem ue pre%eria

    dedi!ar-se Fs damas mais voluptuosas ue houvesse na

    !orte' Dão F preo!upava ue Roger não prestasse atenção nela>

    e) em tro!a odiava suportar os tediosos preparativos

    inutilmente' Da verdade) !onsiderava-se mais a%ortunada ue a

    grande maioria das %ilhas de no*res) o*rigadas a !asar !om

    homens ue tinham o triplo de suas idades) ou o ue seria pior:

    !om

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    !on%ormou-se em suportar um !asamento) sem amor' O*servou

    o lugar ue o!upava o rei #uillermo e sorriu' Sentia por ele)

    uase o mesmo amor ue por seu pr5prio pai' Sa*ia ue

    #uillermo tinha levado em !onta seus melhores interesses

    uando %e& o a!erto para ue se !asar !om Roger' + %am"lia de

    lorde Cla!B*urn tinha grandes riue&as) e terras na 7nglaterra e

    na Dormandia' O rei ueria assegurar seu *em-estar e sua

    segurança e não podia !ulpá-lo por isso' 2o*re #uillermo'

    2are!ia esgotado> mas era de se esperar) em vista das

    !onstantes ameaças de invasão por parte dos dinamarueses e

    Fs aventuras dos galeses na %ronteira' inha re!e*ido

    in%ormaçes so*re F situação pol"ti!a #alesa) 0á ue imaginavaue viver lá' /epois de anos de ataues por parte dos #aleses

    na %ronteira ue os

    separava da 7nglaterra) #uillermo tinha nomeado alguns de seus

    vassalos no*res para ue vigiassem os passos dos selvagens)

    nas

    terras da %ronteira) dando plenos poderes para su*0ugassem os

    selvagens

    da melhor maneira poss"vel' +lguns destes no*res tinhamdeslo!ado F %ronteira para o interior de #al$s) e o!uparam

    grande parte do oeste e sul) provo!ando indignação na

    população' Surgiram numerosos re*eldes #aleses) entre os

    uais se desta!ava um em parti!ular !hamado 6y%yrn) ue

    tinha !ausado grandes perdas aos lordes ue seguiam seus

    passos' 6y%yrn tinha massa!rado uatro dos prin!ipais

    normandos no*res e F totalidade de suas

    guarniçes' anon sentia !ala%rios ao pensar nestes sanguinário

    s *ár*aros) e

    agrade!eu aos santos ue seu rei tivesse preservado F pa& na

    7nglaterra' O *em amado #uillermo se re!on!iliou !om @ere,ad

    2re!isava de amigos ue %i!assem do seu lado' 2assava muito

    tempo na Dormandia) onde não !ontava !om a presença de

    Crand) ue se o!upava de vários assuntos ou da administração

    de suas pr5prias terras) na7nglaterra' anon per!e*eu ue seu prometido ria Fs gargalhada

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    s !om lady

    .leanor Git&drummond) uma *eldade !u0o *usto gigantes!o se

    igualava !om sua imensa arrog4n!ia' Dão se simpati&ava !om

    ela) e tampou!o gostava dos homens ue se sentiam atra"dos

    por ela' +lgum amigoH .s!utou di&er atrás dela' anon

    suspirou) sem %i1ar-se em uem estava %alando: (eu

    prometido' 7diota' Ioltou-se) indignada pelo insulto' O ue

    disseH Um sorriso intrigante) insinuou-se na *o!a de seu

    interlo!utor: Re%eria-me F ele) não vo!$'

      Oh Seus pensamentos voaram e dei1aram Roger no

    esue!imento '

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    direção ao seu prometido' (eu !ompromisso !om lorde de

    mas

    uando !olo!ou seu dedo suavemente em sua *o!he!ha) anon

    a%astou se) e sentiu ue seu !oração !omeçava a palpitar 

    lou!amente' Dão' .ra imposs"vel ue %osse dele' Goi atingida por 

    uma s=*ita triste&a: #areth estava morto' Um amigo em

    !omum deu-me uma des!rição detalhada de

    vo!$)há alguns anos' +ssegurou-me ue seus olhos verdes eram

    mais *elos ue as !olinas de

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    ue suas maneiras eram muito re%inadas' +tendeu seu pedido)

    !om o primeiro

    sorriso aut$nti!o ue tinha es*oçado desde sua !hegada F

    6in!hester' Iai di&er seu nomeH Ioltou a perguntar' Oudevo !hamá-lo de MestranhoM durante o resto da noiteH Se

    prometer passar o resto da noite !omigo) sim) direi meu nome'

    +dorou sua audá!ia e a segurança ue demonstrava em seu

    !aminhar' .le não tinha pressa de pJr %im a esse en!ontro> ela)

    apesar de sua edu!ação) tampou!o' emo ue não possa

    nego!iar) milorde' K uma pena' uando enrugou o !enho)

    seu rosto pare!eu até mais atraente' /everia !eder diante de

    vo!$' Olhou atrás dele e %e& um gesto a um mem*ro da peuena

    !omitiva ue o a!ompanhava' O homem) de aspe!to

    e1!ep!ionalmente rude) apoiou um mastro e %e& !om ue se

    desdo*rasse uma *andeira' Crand e /ante %i!aram de pé !om

    um salto' O ue isto signi%i!aH rugiu #uillermo) por so*re o

    ru"do dos *an!os ue se deslo!avam so*re o piso) F medida ue

    os homens e Roger) %i!avam de pé) prontos para a luta' anon

    viu o estandarte e re!onhe!eu a ins"gnia do dragão !or ru*i'#al$sE +o dar !om o olhar aterrador do estranho) deu um passo

    para trás> 2or /eusE O ue estavam %a&endo os #aleses em

    6in!hesterHIiu uando lhe aprisionavam pela mão' Seu pai a a% 

    astou e se !olo!ou diante dela' /e seu lugar privilegiado) as

    !ostas de seu pai) anon via as adagas ue o gal$s usava

    es!ondidas em suas *otas e no grosso !into ue rodeava sua

    estreita !intura' Sua postura era ereta e r"gida !omo uma

    %le!ha) as pernas mus!ulosas estavam envoltas em !alças de

    !ouro marrom) !u0o modelo apertado revelava a mas!ulinidade

    do estrangeiro' Seu !orpo revelava a tensão de uma grande

    energia

    !ontida' + %ero!idade de seu aspe!to %a&ia 0us F %ama de seus

    !ompatriotas'O homem ue levava a *andeira se adiantou) pigar 

    reando ante!ipadamente: Sua +lte&a) lorde #areth de

    /eheu*arth) pr"n!ipe regente de QstradGo,i' anon a!hou ue omundo havia desa*ado' #arethH Dão) não podia tratar-

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    se do garotinho ue a tinha resgatado !ora0osamente das

    maldades de Roger) há tanto tempo' Dão tinha morrido lutando

    no norte de #al$sH +garrou-se F mão de seu pai para

    tranuili&ar-se' Sua (a0estade disse o pr"n!ipe dirigindo-se

    ao rei' 2erdoe meu tio) por não avisar da minha presença' 

    #arethH arris!ou o rei) !omo se não a!reditasse no ue

    estava vendo' @aviam me dito ue tinha morrido em !om*ate

    há mais de um ano' Dão vou negar ue este0a surpreso'

      Da verdade) meu tio tam*ém %i!ou surpreso uando me viu

    novamente a!res!entou !om vo& !alma) apesar de estar 

    rodeado por !entenas de homens dispostos a matá-lo uando

    %i&esse o m"nimo gesto para apro1imar-se do rei' Um dosmeus homens traiu-me e estive preso nos territ5rios do pr"n!ipe

    /a%ydd) no norte) durante um ano' /evo minha vida F sua

    %ilha' anon olhava para ele) in!rédula' 2odia ser auele o

    mesmo garoto *o!he!hudo ue !hegou a ser seu melhor amigo

    nauele verãoH Sim) era ele'

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    pr"n!ipe tivesse sido !oroado rei de /eheu*arth) mas F aliança

    para assegurara pa& nun!a %oi devidamente %ormali&ada' Seu

    tio deveria ter enviado uma mensagem anun!iando ue estava F

    !aminho' 2oderia ter o%ere!ido um salvo-!onduto para transitar 

    pela 7nglaterra' /e ualuer maneira) alegra-

    me ue este0a !om vida)#areth'#uillermo dirigiu-lhe um leve

    sorriso) antes ue seus olhos !in&entos !a"ssem so*re as

    %iguras de anon e seu pai' Crand) lem*ra-se do so*rinho do

    rei RhysH

    #areth dirigiu um ligeiro gesto de re!onhe!imento ao senhor de

    +varlo!h) enuanto o*servava !om atenção !omo este se

    apoderado da mão de sua %ilha'

    (ilorde) alegra-me en!ontrá-lo *em de sa=de' 2assaram-se

    muitos anos desde a =ltima ve& ue nos vimos' Sim' + mão

    de Crand apertou ainda mais a de sua %ilha' Sua %am"lia

    !res!eu' #areth sorriu diante dos !in!o peuenos

    rostos ue o !ontemplavam) *ouia*ertos) da mesa do no*re

    !avalheiro' Ioltando-se para anon)

    a!res!entou: (as vo!$ não mudou' .stá tão %ormosa uantore!ordava) em*ora pare!esse en!antador ue lhe %altasse um

    dente'O %ulgor de seu sorriso %e& !om ue a 0ovem re!ordasse

    dauele menino) e seu !oração !omeçou a palpitar !om %orça'

    inha sonhado !om ele durante todo o inverno de seu se1to ano

    de vida' .m seus sonhos tinham !ompartilhado as

    mesmas *rin!adeiras dauele

    verão)uando narrava hist5rias de 0ovens damas e !avalheiros

    ue asresgatavam de malvados drages !hamados Roger' +gora) seu

    prometido estava agitado pelo e1!esso de *e*ida) !om os olhos

    %i1os no gal$s' /iga-me) #areth + vo& possante de #uillermo

    trou1e-a de novo F realidade' O ue o tra& a 6in!hesterH Seu

    tio está *emH . sua %am"liaH Da verdade) estão todos *em'

    Seu %ilho) #ru%%yd) %e& tr$s anos na

    primavera passada' + paternidade !onven!eu meu tio so*re a

    import4n!ia de ue ha0a pa& em

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    muito *oas not"!iasE #uillermo ergueu sua taça para *rindar 

    pela pa& a ual #areth se re%eria' +legro-me ue Sua

    (a0estade !ompartilhe do dese0o de ue ha0a pa&' K o*vio'

    2erdemos muitos homens) dos dois lados'

     (eu povo pre%ere não ser su*0ugado pelo seu' +!res!entou

    o 0ovem) em tom apa&iguador' (as Roger se adiantou e #uillerm

    o indi!ou) !om gestos) ue se sentasse' Dão penso

    em !onuistar #al$s) #areth' .ntretanto) seus no*res

    ergueram !astelos ao longo da %ronteira' 2ara proteger a

    7nglaterra dos ataues dos #aleses' interrompeu #uillermo)

    sem agressividade' Dão tinha nada !ontra uem tivesse a

    !oragem su%i!iente para %alar %rente F %rente' .les avançam

    dentro de

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    perten!e'Dão pis!ou) nem mani%estou nenhum tipo de in!erte&a)

    uando

    #uillermo o %ulminou !om um olhar intimidador' /e onde Crand

    estava sentado) ouviu-se um golpe de punho so*re a mesa: 

    .stá lou!o se pensa ue''' vim para ue

    en!ontremos uma solução para estes pro*lemas de uma ve& por todas' O rei estava impressionado) não s5 pela seriedade do

     0ovem pr"n!ipe e de sua preo!upação por salvar seu povo das

    pen=rias da guerra) mas por sua !oragem em atrever-se a di&er 

    estás !oisas %rente ao rei da 7nglaterra' Io!$ estava !om o rei

    #uillermo uando en!ontrou !om meu tio' +%irmou #areth)

    dirigindo-se a Crand' .stiveram de a!ordo ue está seria a

    =ni!a maneira de a!a*ar !om os derramamentos de sangue'

    2eço ue agora) não volte atrás'

    Galava !om tanta autoridade ue anon duvidava ue houvessea

    lguém ue %osse !apa& de não seguir suas ordens' Dão o %ará

      Respondeu #uillermo) !om total segurança) mas não sem

    pesar' O rei Rhys e eu dese0amos a pa&' Se sou*esse ue

    estava vivo) teria selado o a!ordo antes' #areth in!linou-se:

      Iia0arei para a %ortale&a de meu tio em Llandeilo) dentro de

    algumas semanas' Garei !hegar suas palavras ao rei) no Sul' .lese o!upará de transmitir suas *oas intençes ao povo' Gaça

    isso #uillermo se in!linou e seus olhos se entre!erraram) em

    sinal de ameaça' (as sai*a ue se !hegar a so%rer algum

    dano)!ustará sua !a*eça e ao dia*o !om a pa&E #areth sorriu: 

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    um sorriso torto) ao en!ontrar-se !om o olhar de anon'  

    2are!e ue !heguei F tempo'

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    %i!ava o tal Qstrad o,iH Sem d=vida em /eheu*arth) ou no %im

    do mundo) dava no mesmo' Se deveria !asar-se por algum

    motivo ue não %osse amor) Roger teria sido a melhor opção'

    Seu !astelo de Cla!B*urn estava a uma peuena 0ornada de

    +varlo!h' O ue a!onte!erá !om RogerH perguntou a moça

    ao rei' O ue há !om eleH interpJs-se #areth' anon desviou

    o olhar para ele' . em seguida dese0ou não t$-

    lo %eito' O menino ue re!ordava 0á não e1istia' .m seu lugar)

    havia um homem de olhar %irme) a uem devia prestar atenção'

    Respondeu desa%iante: Lorde de de %ato) olhou-a !om !res!ente rigor'

      2erdoe-me disse) em tom &om*ador' 2ensei ue estaria

    aliviada em livrar-se dele' .m tro!a de ter ue viver em #al$sH

      a moça *u%ou) para rea%irmar seu desgosto' Um !ala%rio de

    temor a per!orreu ao v$-lo apro1imar-se para en!ará-la) !om a

    %irme&a de um guerreiro'

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    oportunidade de !omprovar ue o ven!edor possui as destre&as

    ne!essárias para proteger minha %ilha' O pr"n!ipe a!eitou o

    desa%io !om uma respeitosa in!linação'O torneio !omeça

    amanhã' /emonstrarei minhas ha*ilidades %rente F de

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    tantas pessoas' + 0ovem assentiu' /esde menina) tinham

    aprendido a o*ede!er ao seu rei' Sempre tinha sido protegida

    !om !uidado e deli!ade&a) ueria agradá-lo) em parti!ular 

    tratando-se de uma !ausa tão primitiva' /issimulou o tur*ilhão

    de emoçes ue se agitava em seu interior e respondeu ao

    tenro olhar de #uillermo di&endo: Dão vou de!ep!ioná-lo' Uma

    hora depois) Crand retornou so&inho ao ga*inete do rei e o

    en!ontrou tal !omo tinha dei1ado) sentado em sua !adeira

    %rente F !haminé a!essa' Lorde Risande saudou o

    a!ompanhante do rei !omum gesto antes de !ru&ar a ha*itação)

    e servir-se !om uma taça' .m*ora tivessem a!onte!ido

    uator&e anos atrás desde ue @ere,ard havia en!a*eçado umapoderosa revolta !ontra os normandos no 2eter-*orough) F

    Crand seguia pare!endo ue o !orpulento sa1ão o tivesse

    dei1ado de um lado da sua espada e o !onvertido não s5 no %iel

    servidor do rei) e sim em um de seus melhores amigos e

    emissários mais !on%iáveis'emo ue sua mulher nun!a me

    perdoará' disse #uillermo) !om os olhos %i1os na taça) ue

    sustentava entre seus dedos grossos' .sva&iou seu !onte=do de

    um gole e arremessou a taça Fs !hamas !repitantes'Sintomuito) amigo' Lorde Risande %e!hou os olhos por um instante' O

    rei não devia lamentar o a!ordo ne!essário para assegurar a

    pa& em suas terras' Crand tinha parti!ipação nesta de!isão )

    supunha-se) ue !olo!aria %im F luta entre normandos e

    #aleses' P pedido de #uillermo) tinha permitido ue %osse sua

    %ilha mais velha) %osse viver entre os inimigos do reino) !omo

    s"m*olo de pa& entre os povos' Crand %e& !hiar seus dentes)

    lamentando essa de!isão pela milésima ve&' (uitas %ilhas eram

    !edidas em tro!a de terras) ouro ou em s"m*olo da pa&' Sua

    pr5pria esposa tinha sido o*rigada a !asar-se !om ele para pJr 

    %im Fs hostilidades entre sa1es e normandos' (as agora se

    tratava de sua %ilha) a a%ilhada de #uillermo) e Crand alegrava-

    se de ue o rei) seu melhor amigo) !ompartilhasse de sua

    ang=stia'

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      Crynna !ompreende dos sa!ri%"!ios ne!essários para manter 

    a pa&' anon tam*ém !hegará a entend$-lo' O ue sa*emos do

    pr"n!ipe #arethH Re!ordo ao mas) a verdade é ue

    nun!a reparei em seu irmão mais novo'Sa*emos o *astante'

    Re!orda ue @ere,ard passou todo um inverno em !ompanhia

    do rei Rhys e #areth) %a& uns anos' /iga-nos) então' @ere,ard

    a!omodou-se em seu assento) e !omentou: O pr"n!ipe #areth

    governa uma parte do setor norte de Qstrad o,i) !omo regente

    do %ilho do rei Rhys' Aá sei apontou Crand) !om um suspiro

    de resignação' O!orreu F not"!ia de ue o tinham matado em

    uma luta' @ere,ard) me %ale dele) deste homem ue será o

    marido de minha %ilha' K uma pessoa de *om !aráterH rata *ema sua genteH7sso o*servei durante minha estadia) pare!e

    moderado e !ompassivo' ?uando re*elou se !ontra os

    normandos) %e& o para proteger seu povo' Sua gente o respeita e

    re!onhe!e ue sua palavra tem %orça de lei' #anhou estima ao

    re!haçar em tr$s oportunidades um regimento do e1ér!ito de

    lorde Git&gerald) uando os normandos tentaram avançar para o

    oeste'

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    pensamento de Crand' +gradavam-lhe os Risande' inha-os

    respeitado durante os anos ue o perseguiam) atri*uindo

    erroneamente a morte de sua irmã' ampou!o guardava

    ressentimos !ontra o senhor de +varlo!h) em*ora a mulher 

    @ere,ard amava estava apai1onada por outro' /uvidava)

    in!lusive) ue Crand se pre!aveu do interesse de Re*e!!a) a

    ama de anon) pois s5 tinha olhos para sua mulher e %am"lia' O

    pr"n!ipe #areth não é nenhum *ár*aro' K inteligente e sempre

    trata dos assuntos diplomati!amente) antes de re!orrer F %orça'

    O !erto é ue anon estará muito melhor !om ele do ue se

    estivesse !om seu irmão' 7sso é algo ue não posso sa*er'

    2re%eria a!ompanhá-la em sua viagem F #al$s' ?uero estar seguro de ue será re!e*ida !omo é devido em seu novo lar' 

    Dão será poss"vel interveio #uillermo) pro%undamente a%etado

    pela atitude de !om*ate de Crand' /evia evitar ualuer tipo de

    !on%lito' Io!$ é o !omandante prin!ipal de minhas %orças)

    meu amigo' Da .s!5!ia) #al$s e Grança) todos sa*em uem é'

    ão logo ponha um pé em #al$s) vão supor ue trata-se de um

    ato de guerra' Dem sua vida) ou nosso a!ordo de pa& terão valor 

    algum' /eve !on!eder F #areth e seu tio o tempo ne!essáriopara !onven!er seu povo a respeito de nossa sin!eridade' Logo

    então poderá visitá-la' .nuanto isso) seu marido se o!upará de

    sua segurança' O pr"n!ipe nem seuer a !onhe!eE rugiu

    Crand) !om vo& de trovão' +té agora não t$m %eito nada mais

    do ue me !onven!er ue sua primeira preo!upação é seu povo'

    ?uem protegerá F anon) se o povo se revoltar !ontra elaH .u

    protegerei-a' Lorde Risande) virou-se para olhar %i1amente para

    @ere,ard' Iia0arei !om ela e de%enderei sua vida !om minha

    espada e !om aminha pr5pria vida' .m realidade) Crand não

    !on%iava mais nele do ue em #areth' .ra o homem !u0os

    seguidores tinham assassinado F sua irmã' 2re!isariam passar 

    muitos anos até ue Crand se !onven!esse de ue @ere,ard

    não houvesse tomado parte no assunto' (as isso não

    signi%i!ava ue !on%iasse nele o su%i!iente para dei1á-lo velar 

    pela segurança de sua %ilha' O sa1ão %i!ou de pé e apoiou suamão !orpulenta so*re o om*ro de Crand' Dão permitirei ue

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    lhe a!onteça nada de mal' AuroE Crand apertou os dentes e saiu

    do ga*inete sem di&er uma palavra'

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    dias antes de suas *odas' Suas *odasE 2or /eusE +manhã

    desa%iaria de apenas teve uma *riga !om seus irmãos' Dauele momento)

    uis di&er ue tudo %i!aria *em entre eles' (as) tinham se

    passado muitos anos' /o&e primaveras) desde uando en%rentou

    a primeira ve& um inimigo no !ampo de *atalha) sua in%4n!ia

    %i!ou para trás' /esde auele momento) nun!a tinha parado de

    lutar' @u*ert parou em %rente uma porta de !arvalho e %i!ou

    olhando-a:

    alve& este este0a va&io'.stáH perguntou #areth) apontando

    a porta' @u*ert assentiu !om veem$n!ia e) logo depois retorno

    por onde tinha vindo' +ssim ue a*riu a porta) a primeira !oisa

    ue #areth notou %oi o intenso per%ume de lavanda' .1aminou o

    lo!al> viu um *iom*o entre uma enorme !ama) !o*erta por um

    dossel) e um armário de madeira polida) um pou!o menor' Iia-se

    uma deli!ada silhueta %eminina movendo-se atrás' Re*e!!aH  

    ela perguntou' #areth sorriu ao re!onhe!er a vo& melodiosa de

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    anon' Sa*ia ue devia sair antes ue ela o visse e) ap5s seus

    gritos o !astelo inteiro estaria em seu au1"lio' /everia sair) sim>

    mas não o %aria' +poiado !ontra o sustento do dossel) !ru&ou os

    *raços' Ouviu a terr"vel noti!iaH Iou !asar-me !om um gal$s'

    + moça pronun!iou a palavra de uma %orma ue pare!ia ue

    estava se re%erindo a um selvagem' O sorriso de #areth se

    trans%ormou em uma e1pressão de desgosto' 2ensou ue

    poderia derru*ar o *iom*o) para !omprovar o tipo de selvagem

    ue poderia ser> mas tinha o %irme prop5sito de mostrar ue o

    ue tinha ouvido %alar dele e de seu povo) não era verdade' Será

    ue os selvagens sa!ri%i!avam sua li*erdade para ligar-se pra

    sempre !om seus inimigos) a %avor da pa&HAá me despi  anun!iou anon e) !omo prova 0ogou um par de meias de malha'

      O vestido pesava tanto) ue não o aguentava mais' #areth

    estreme!eu e sentiu um !ala%rio poderoso !omo um raio) da

    espinha até a virilha'

    .starei pronta em seguida' Se não estiver muito !ansada)

    ne!essito ue es!ove meu !a*elo' +!redito hav$-lo

    emaranhado) ao retirar todos os grampos e %ivelas ue Lorette e.lose) !olo!aram para sustentar o penteado' .m seguida) saiu

    detrás do *iom*o' Da verdade) pre%iro usá-lo solto' .u'''  

    +*riu os olhos tanto ou mais ue a *o!a' +tJnita) advertiu sua

    mas!ulinidade insolente' Re!uou e inadvertidamente derru*ou o

    *iom*o' O ue''' o ue está %a&endo no meu uartoH Seu

    uartoH Dão esueça de agrade!er @u*ert por seu engano  

    levou tempo ne!essário para apre!iar !ada detalhe do !ontorno

    deli!ioso ue dei1ava translu&ir suas roupas %inas' .stavatentando me !onven!er de ue estaria !ometendo o maior 

    engano da minha vida ao !asar !om vo!$'

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    e!oou !om o es%orço para !ontrolar seu dese0o enuanto

    apro1imavas se) seus olhos ardiam so* as so*ran!elhas

    es!uras' vo!$ 0á estaria de !ostas nessa !ama) milady

    Usou a palavras !ostas !om do!e ironia' anon pensou em!orrer para a porta' (as) para isso) devia passar primeiro ao

    seu lado' O pro*lema era ue pare!ia o!upar todos os espaços'

    P medida ue se apro1imava não tirava somente espaço) e o

    %Jlego tam*ém' Seus olhos ardiam !omo la*aredas a&uis ue a

    !onsumiam' Denhum homem tinha se apro1imado !om tal

    des!aramento' Se vo!$ se apro1imar mais) vou es*o%eteá-lo'

      .la advertiu'

    Seu sorriso se suavi&ou) !omo se a ameaça pare!esse adorável'

    ?uando se apro1imou o su%i!iente para sentir a respiração

    agitada de anon) a!ari!iou seu rosto !om as !ostas das mãos

    e retirou deli!adamente os !a!hos de !a*elo de !ima de seu

    om*ro'Dão vai valer a pena' %oi apenas o ue disse' .la

    deveria gritar) !hutá-lo ou empurrá-lo para %ora' ?ualuer !oisa

    menos %i!ar olhando-o !om a *o!a a*erta' emia ue tentasse

    usar a %orça para dominá-la' (as a ternura de seu toue) %e&

    seus 0oelhos va!ilarem' Sua pro1imidade e um hálito sugestivo

    de aromas do *osue e de !ouro !ausaram-lhe uma sensação

    a!olhedora' Re!ordava esse per%ume até muito depois de hav$-

    lo esue!ido' . agora) sentia a impressão de ue a!ordava de

    um longo sonho' odos seus nervos e sentidos estavam

    !ons!ientes de sua presença viril' oda a vida esteve !er!ada

    de homens) mas nenhum 0amais a dei1ou !iente de sua

    %eminilidade' ?ueria parar de olhá-lo) mas algo em seu interior 

    insistia em e1aminá-lo !uidadosamente' .ra o homem mais

    rude) *onito e sensual ue tinha visto em sua vida e seu olhar 

    ousado a e1!itava mais'

    Retire-se 0á disse de novo) para !onven!er-se de ue não

    tinha enlouue!ido !ompletamente Dão deveria estar aui' K

    inde!ente' #areth a%astou-se e pegou um vestido em uma

    !adeira ao lado da !ama' . al!ançou-a di&endo:7nde!enteH

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    (inhas intençes %oram tão !larasH 2ensei ue tivesse

    demonstrado um in!r"vel auto!ontrole' + armadilha se1ual pode

    ser vislum*rada em sua vo&) e %e& !om ue ela se !orresse para

    !olo!ar seu vestido' ornou-se primitivo depois ue atingiu a

    %ase adulta Relutantemente) %i!ou a admirar seus om*ros

    largos' Se minha mãe en!ontrá-lo aui) vai matá-lo' Um

    sorriso indulgente) adornava sua *o!a !arnuda' Sua

    preo!upação por meu *em-estar) !omove-me' .stava prestes a

    responder ue não se importava nem um pou!o !om seu *em

    estar) uando a porta se a*riu' .ntre todos os homens mais

    tem"veis no mundo) nenhum tinha um temperamento

    !omparável !om de sua mãe ou sua tia #ianelle' (as am*as asmulheres estavam !ho!adas demais para reagir' Tatherine) vá

    pro!urar o seu pai disse por %im Crynna) a uma menina

    peuena ue revoava em torno de suas saias' +nde depressaE

      a!res!entou sem tirar os olhos de !ima do homem r=sti!o

    ue se en!ontrava no !entro do uarto' .stá e1atamente de&

    respiraçes atrasado para e1pli!ar o ue está %a&endo no

    uarto da minha %ilha' Lady Crynna%ar pare!ia uma rainha

    vestida !om seu vestido de seda de ouro) os *raços %inosdo*rados so* o t5ra1) v"tima de tur*ul$n!ia in!omum' Seu rosto

    tinha aduirido o mesmo tom de seu !a*elo vermelho ma0estoso

    trançado' Dão sa*ia ue era seu uarto uando entrei' + outra

    mulher !ru&ou o uarto na %rente dele para apro1imar-se de

    anon' Usava uma !oroa de %lores nos !a*elos) ue desta!avam

    sua *ele&a singular'

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    me' +s so*ran!elhas negras de /ante %ran&iram so* seus olhos)

    dando-lhe um aspe!to ainda mais ameaçador' 2ro!urar *riga

    !om os no*res %avoritos do rei não era do interesse de seu povo'

      Um !amareiro do rei) !hamado Rupert trou1e-o para este

    uartoH Rupert H repetiu #areth) rindo' 7sso e1pli!a por 

    ue @upert me trou1e aui

    ?uem é @u*ertH e1igiu Crynna) ue des!on%iava do pr"n!ipe

    estrangeiro'

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    liuidaram por !ompleto a guarnição de lorde @amilton'

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    !orpo' ?uando se atreveu to!á-la) ela por muito pou!o não

    gemeu' Dão aprovava !omo havia de repente reingressado em

    sua vida e despertado suas %antasias in%antis' 2elo menos) não

    tinha tentado *ei0á-la' +o pensar nisso) mordeu o lá*io in%erior'

    Seria tão pou!o atrativa ue nem seuer um gal$s ueria lhe

    rou*ar um *ei0oH /epois de ver a maneira em ue e1aminou seu

    !orpo) por ue não tentou *ei0á-laH alve& não gostou do ue

    viu' .m todo !aso) era um al"vio ue não tivesse gostado)

    porue não tinha o menor dese0o de *ei0á-lo' 7sso) nun!a'

    /eterminada em impedir ue perdesse os =ltimos vest"gios de

    *om humor) anon %i1ou sua atenção nas *andeiras !oloridas

    instaladas nos magn"%i!os muros ue rodeavam o !astelo de

    6in!hester' Do*res e !avalheiros !ontinuavam a !hegar de

    lugares muito distantes para prestar homenagem ao rei e

    parti!ipar dos torneios programados ao longo da semana'

    Senhoras vestidas !om lu1uosas vestimentas passeavam pelo

    pátio) tentadas por risadas de !rianças travessas' +s !rianças

    riam alto) vendo os *one!os ue se apresentavam no alto dos

    montes de %eno' .ra hora de %este0ar a pa&) ue seu!onuistador trou1e para a 7nglaterra'Ienha @ilary pu1ou o

    *raço de anon' Seu pr"n!ipe e seus homens estiveram

    prati!ando toda a manhã' 2rovo!aram !onsiderável *ur*urinho

    !om suas ha*ilidades' +o prin!"pio) não per!e*eu ue a estava

    arrastando para o !entro' ?uando viu as palestras) os ta!os

    !ravados no !hão) negou-se a se apro1imar mais'Dão' Dão

    dese0o sa*er ue está pr51imo o %im dos meus dias' Aá sa*e ue

    se derrotar ao lorde de

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    anon olhou so*re seu om*ro' Lá estava Roger) muito tranuilo)

    totalmente re!uperado de estado lastimável do dia anterior) de

    *raços dados !om lady Git&drummond) !omo se nada no mundo

    importasse' Dão pare!e estar muito a%lito !om a possi*ilidade

    de perder-te' murmurou @ilary' . por ue devia estarH Sempre

    a tinha odiado' (as) mesmo assim) e seu orgulho varonilH

    .staria disposto a entrega-la ao pr"n!ipe sem lutarH Sua amiga

    tinha ra&ão: ualuer um seria melhor ue esse verme

    es!andaloso' ive outras o%ertas) sa*iaH repli!ou anon)

    apressada por seu orgulho' (as nenhum !omo ele' .les

    detiveram-se ao longo do muro !ir!ular' Os !avalheiros) e

    tam*ém algumas damas) atiravam moedas no interior do!"r!ulo) a*anando aos !om*atentes' Outros sa"am %uriosos)

    vo!i%erando insultos e *alançando a !a*eça em des!rença'

    Denhum !omo ele) maldição' @ilary tinha ra&ão' 2rendeu a

    respiração ao distinguir seu %uturo marido no interior do re!into'

    . não teve d=vidas: o pr"n!ipe #areth esmagaria lorde

    Cla!B*urn !omo um verme na primeira oportunidade ue

    tivesse) e ela terminaria morando em #al$s' (as) mesmo depois

    ue suas esperanças de permane!er perto de sua %am"liadesapare!eram) seu !orpo estreme!eu !om a visão de

    #areth'

  • 8/17/2019 O Senhor Da Sedução

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    não se v$ mas ostenta uma peuena !i!atri& a*ai1o do uei1o'

    @ilary dei1ou es!apar um suspiro o%egante) uando seu olhar 

    en!ontrou os olhos tene*rosos de (ado!' .la sorriu) mas ele

    olhou para anon e depois se virou para o*servar seu senhor' 

    Dão é o homem mais perigoso ue 0á tenha vistoH (ado! tinha

    de!ididamente um aspe!to intimidativo) mas #areth era uma

    %era letal no !ampo de *atalha' +ntes de voltar a olhá-lo outra

    ve&) pre%eriu a%astar-se do muro' ropeçou na *ainha de vestido

    e soltou uma maldição ao endireitar-se' #areth a e1!itava e

    intimidava e) por /eus) ela não ueria viver su*metida ao medo'

    .ra uma Risande) no %inal das !ontas' Sua mãe 0amais %ugiria

    !omo ela' Seu pai se envergonharia sou*esse ue o !oração deanon pulsava enlouue!idamente ue pare!ia saltar para %ora

    do peito) mesmo uando #areth não estava presente' . isso) era

     0ustamente o ue a assustava' Dão o e%eito ue tinha so*re ela)

    mas o %ato de a%etá-la dauela %orma'

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    estradas galesas' @aviam homens e mulheres dispostos a lutar 

    !ontra seus inimigos até a morte' (as) algumas ve&es) uando

    homens de seu pai tomavam umas taças de !erve0as F mais e

    %alavam so*re as pessoas ue viviam no pa"s de #al$s) em um

    territ5rio !hamado de erras Selvagens onde governavam os

    pr"n!ipes' /i&ia-se ue os nativos andavam seminus> anon pode

    o*servar ao ver a t=ni!a de #areth desprovida de mangas'

    /ançavam em volta de grandes %ogueiras) onde uma m=si!a

    tentaria aos an0os a !ometer os piores pe!ados' 2rostraram-se

    diante dos %alsos deuses e veneravam antigas rel"uias pagãs'

    enuanto ela reme1ia na *olsa ue tinha

    pendurado da !intura' Uma mão grande e áspera) agarrou sua

    mão e deu uma grande mordida no *olo:/ia*o !omo está *omE

    anon olhou ao homem) do ual não poderia separar de seus

    pensamentos'

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    !omo desapare!ia o ue restava do *olo' em maneiras muito

    ruins assegurou) enuanto ele !hupava seus pr5prios dedos

    !om impertin$n!ia' /evo manter minhas %orças) se pretendo

    e1er!er a %orça nessa região'

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    !om as !o1as pressionadas !ontra os uadris dela) ue %e!hou

    os olhos) o*rigando-se a respirar) enuanto tentava se livrar das

    mãos mas!ulinas' Solte-me murmurou' ?ue desavergonhado

    tinha sido ao %alar e em to!á-la dessa maneiraE +trever-se-ia a

    *ei0á-la) aui) na %rente de todosH Realmente a!reditava ue ela

    pudesse agradar sua l"nguaH

  • 8/17/2019 O Senhor Da Sedução

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    dedo) es%regou o !anto do lá*io in%erior da 0ovem' Dão e1iste

    algo ue eu poderia ensinar-lheH O !ontato %e& !om ue

    !orresse %ogo por seu sangue' Seus olhos se arregalaram de

    espanto) mas %oi in!apa& de ter um pensamento !oerente'

    #areth deu lhe um sorriso sugestivo e mostrou-lhe migalhas ue

    tinha re!olhido de seus lá*ios) antes !olo!á-los em sua pr5pria

    *o!a' /es!ulpe-me) um pra&er tão do!e dei1a meus

    pensamentos transtornados' /es!ulpá-loH /es!ulpar por ter 

    %eito !om ue se sentisse !omo uma prostitutaH Olhou ao seu

    redor) !omo se estivesse nua no meio do pátio' /eu um passo

    atrás) !olo!ando dist4n!ia entre eles) F medida ue renas!ia a

    lem*rança do verão ue tinham !ompartilhado há tanto tempo'Casta' .le tinha voltado apenas para esta*ili&ar a pa&' Dada

    mais> não %oi o ue disse o rei !laramenteH . lhe pare!ia *om'

    Ieio para o!upar o ligar de

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    ve&es em ue riam 0untos) uando a opinião dos outros para

    eles era indi%erente' (as) por ser %ilha de um no*re) devia ter 

    algumas responsa*ilidades di%"!eis' 2igarreou e levantou o

    uei1o' Dun!a envergonharia sua %am"lia) !ondu&indo-se de uma

    maneira menos de!orosa do ue tinha sido

    ensinada' Os tempos em ue su*iam em árvores e *rin!ava !om

    os por!os tinham a!a*ado há muito tempo' Um !avalheiro

    !ivili&ado não esperaria ualuer outra !oisa de uma dama ue

    vá !ompartilhar de sua vida' e1pressou !om dignidade)

    pro!urando evitar novos tropeços) e se a%astou' .nuanto via o

    suave re*olado de seus uadris) #areth re%letiu so*re o desa%io

    ue viria pela %rente' .la provavelmente tinha ra&ão' +!aso um

    homem !ivili&ado teria !edido ao impulso de tomá-la em seus

    *raços e dominá-la !om *ei0os) !om uma pai1ão tão

    es!andalosa ue seria !omentado por todo o !astelo de

    6in!hesterH Do entanto) de*ai1o de todos esses te!idos e

    re%inamento) ainda deveria e1istir a menina impulsiva e

    despreo!upada ue se lem*rava' . estava de!idido a en!ontrá-

    la'

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    ou despre&o) para o !avalheiro ue passasse) montando seu

    !avalo de guerra' 7nvoluntariamente) olhou em volta para

    pro!urar #areth) mas em ve& disso) viu Roger' .stava !er!ado

    por um grupo de !avalheiros ue lustrava suas espadas

    relu&entes so* o sol' anon %i!ou deslum*rada pelo esplendor'

    .streme!eu ao imaginar o %io de uma dessas %olhas per%urando

    as !arnes de #areth' inha-o visto prati!ar e disse ue !on%iava

    em suas %orças e não !airia derrotado' +!reditou nele) sem

    d=vidas> mas) agora vendo Roger !om sua armadura !olo!ada)

    uma espada tão larga !omo uma perna em sua mão) não estava

    tão segura) ele 0á não era uma !riança' inha passado muitos

    anos aprendendo a usar sua espada !om o %ilho de #uillermo'2or /eusE Dão ueria !asar-se !om o Roger' Dão importava se a

    viagem a Dormandia tinha melhorado ou não seu esp"rito' Dão

    importava sua posição) maneiras ou suas terras' + idéia de

    passar o resto de sua vida F seu lado) revirava seu estJmago' .

    muito mais) depois ue #areth retornou' Os guerreiros #aleses

    !hegaram) sua ansiedade aumentou' O !oração *atia mais

    rápido) F medida ue o primeiro !avaleiro se apro1imava de

    onde ela estava) montado em um enorme !or!el !o*erto !omuma manta vermelha e dourada' /everia ser #areth) pois não

    havia em todo o !ampo outro !om*atente tão arrogante para

    não usar os !oletes de lã de*ai1o de sua !ota de malha e sua

    t=ni!a !or es!arlate' Re*e!!a havia !ontado ue os #aleses

    não estavam a!ostumados a !om*aterem montados nos

    !avalos) mas se tranuili&ou ao lem*rar ue seu amigo montava

    *em desde os de& anos' .rgueu) sua !a*eça ligeiramente para o

    sol' +tirava as rédeas !om arrog4n!ia' Gas!inada pela graça e a

    !on%iança ue transmitia) anon não sou*e evitar ue esses

    eletri&antes olhos a&uis se !ravaram diretamente em sua

    pessoa' #areth ganharia) e depois disso iria re!lamá-la' Dão

    tinha a menor duvida' Lam*eu os lá*ios !om a l"ngua> tinham

    se!ado pela emoção) e se %orçou a a%astar F vista' 2ara ela) a

    %orma !omo seu !orpo respondia ao est"mulo dele era algo novo'

    + sensualidade de seu sorriso) e ela insistia em !omportar-se!om temeridade' + !alide& de seu olhar despertava dese0os ue

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    ela a!reditava estarem adorme!idos'?uerida) está !om %e*re

      era sua mãe) ue to!ava sua *o!he!ha so* o véu .stá

    doenteH Dão' respondeu) !om um sorriso sin!ero' Sei ue

    deve ser di%"!il tudo isto para vo!$ disse sua mãe) !om vo&

    serena' am*ém %ui o*rigada F !asar !om um homem uem

    não !onhe!ia' anon suspirou) pelo menos ela !onhe!ia um

    pou!o de #areth' (as !hegou a amá-lo) e ele a ti'Olhe)

    uerida Crynna sentia a triste&a presente no %undo da vo& da

    %ilha' @ere,ard garantiu ue o pr"n!ipe #areth e seu povo não

    são um *ando de selvagens !omo di&em os lordes da %ronteira'

    Sa*emos ue dese0ava se !asar !om lorde de

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    in"!io das %estividades !om trom*etas' (ais a!ro*atas)

    mala*aristas e m"mi!os atuavam so*re os limites do !ampo'

    anon dei1ou-se levar pela e1!itação do am*iente) e seu estado

    de animo) aliviou' Sorriu ao ouvir o *ardo) Randal%) !antar uma

    !anção so*re uma dama ruiva) !u0a risada era !omo o *ater de

    asas de uma *or*oleta 0unto ao !oração' Sua pele) *ran!a !omo

    o ala*astro e os olhos verdes !omo a grama) tentavam rou*ar 

    um *ei0o) antes ue !hegasse sua morte' 2or desgraça) o

    !oração da *ela dama perten!ia a um vilão) sem !oração) ue

    tinha !a*elos negros !omo a sua alma' anon divertiu-se)

    uando seu pai uis sa*er !omo era o !oração negro do vilão'

    .m ve& disso) seu tio estava rindo em seu assento) onde estavadeitado preguiçosamente !om as *otas so*re o parapeito)

    uando o *ardo !antou outra !anção) %a&endo re%er$n!ia para

    sua esposa' 2ou!o depois) !omeçou o des%ile de !avaleiros'

    Uma %ileira de !avalos ma0estosos !om mantas !oloridas movia-

    se lentamente pelo per"metro da arena' Os parti!ipantes se

    deslo!avam em grupos) rodeados por sua gente> na %rente) o

    !apitão levava o estandarte' anon distinguiu #areth) so* um

    !or!el desen%reado) enuanto os !avalos espl$ndidos de seushomens o seguiam de maneira r"tmi!a' Goi anun!iado o nome do

    lorde de

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    vantagem de dois pontos' Os !avaleiros voltaram a tomar 

    posição) munidos de lanças novas) e %oram a galope rumo a uma

    nova !olisão' + multidão %i!ou de pé F medida ue os opositores

    se apro1imavam' Do meio do sil$n!io) retum*avam os !as!os

    dos dois !or!éis) prestes a !olidir' Do instante antes do

    impa!to) #areth se !urvou e !om um movimento rápido)

    a!omodou a lança em sua mão enluvada' + arma atingiu o

    es!udo de madeira) ue se %e& em mil pedaços) e Roger de

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    ha*ilidade de #areth) algo ine1pli!ável em seu interior di&ia ue

    esse homem seria !apa& de de%end$-la de ualuer perigo'

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    atentos a !ada movimento' + respiração do anon a!elerou) a

    destre&a sensual de #areth a in!itava !ada ve& mais' Aá não

    preo!upava uantas %eridas pudesse so%rer) não podia dei1ar de

    admirar os seus m=s!ulos em ação' .ra um homem de verdade'

    ornava-se mais agressivo e %atal para !ada adversário ue se

    apresentava' .ste gosta de sangue e o des%ruta) irmão'  

    es!utou seu tio di&er'

    Sim !on!ordou seu pai) !om olhar %i1o no guerreiro gal$s'  

    Luta !ontra os inimigos de seu pa"s) !om a aprovação do rei' .)

    merda) o %a& muito *em' + multidão %oi F lou!ura nas

    arui*an!adas' (as anon não ouvia nada) porue #areth) !om

    pé na terra) lançava lhe um olhar sorridente' .ra sorte ue não

    tivesse se !olo!ado de pé) porue sentiu ue todo seu !orpo

    amole!ia' 2or todos os dia*os) !omo era poss"vel ue

    mantivesse esse sorriso até nas !ir!unst4n!ias mais

    inesperadas' @ouve um momento em ue tor!eu sua *o!a em

    uma !areta impre!isa) e anon dei1ou de importar-se ue

    estaria longe de sua %am"lia' ?ueria to!á-lo) tinha dese0os de

    sentir seu !oração *atendo %ortemente !ontra seu peito' ?ueriaper!orrer seus *raços mus!ulosos e suados !om seus dedos)

    para sentir a sua %orça' Castava olhar para ela e despertava

    imagens ue a envergonhavam' Sua mãe apertou e sua mão e

    disse: +li vem ele #areth apenas se deteve para limpar a sua

    espada' 2are!ia determinado' ?uando esteve ao seu lado) virou-

    se diretamente para seu pai: (ilorde disse) um pou!o

    agitado pelo es%orço re!ente' 2eço a vossa *enção  

    .stendeu a mão e *us!ou o *raço de anon) !onvidando-a a%i!ar de pé' Iim para reivindi!ar sua %ilha'

    #areth não era apenas arrogante) s5 um *ár*aro se atreveria a

    Wreivindi!arX sua re!ompensa dessa %orma' +!aso ela era um

    pr$mio F disposição do !apri!ho dos homensH Sua !onduta era

    t"pi!a de um !he%e de guerra de tempos menos !ivili&ados'

    anon uase temeu ue seria levada so*re seus om*ros F %orça'

    +gora) suas !amareiras se o!upavam de vesti-la' Sua amadaRe*e!!a penteava seus longos !a*elos e %a&ia uma trança

  • 8/17/2019 O Senhor Da Sedução

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    grosa' Dão ueria so*re!arregar a mãe !om suas

    preo!upaçes) mas enlouue!eria senão en!ontrasse alguém

    para !onversar'Re*e!!a disse !om vo& !alma' /ese0o

    !onversar !om vo!$ so*re o ine1pli!ável poder ue o pr"n!ipe

    #areth e1er!e so*re meu pensamento'Dão) .lose a mulher 

    parou de trançar e virou-se para uma das moças ue estava

    desdo*rando o vestido so*re a !ama' O a&ul es!uro não'

    (ilady vai vestir este noite) o 4m*ar' +manhã !ontinuou

    anon' serei sua esposa' Ga&-me sentir !omo se %i&esse algo

    errado) totalmente inapropriado para uma dama' Re*e!!a sorriu

    e olhou pra ela !om ternura' O pr"n!ipe está despertando seus

    impulsos %emininos) !omo mulher' anon !orou tãointensamente) ue !hegou perto de perder a !ons!i$n!ia'

    Cem e o ue a!onte!eria se não uisesse''' isto é) se não %osse

    poss"vel despertar meus impulsosH .le %a& meu !oração

    ueimar' . suponhamos ue não pudesse… não !onseguia

    en!ontrava as palavras apropriadas' 7n%erno) não tinha

    pensando ue !ompartilharia a !ama !om Roger'

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    proi*ido por Crand Risande' .m +varlo!h) todos per!e*iam)

    em*ora Re*e!!a a!reditasse ue sou*esse es!onder seus

    sentimentos' + mulher !orava toda ve& ue olhava para lorde

    Risande' + 0ovem não se preo!upava pois sa*ia ue o !oração

    de seu pai perten!ia e1!lusivamente a sua mãe' O ue a

    preo!upava era o so%rimento de sua ama) por !ausa de seu

    amor não !orrespondido' + mulher tinha servido aos Risande

    durante os =ltimos vinte anos' Dun!a se !asou) e era uma pena)

    sendo uma mulher tão %ormosa e !apa& de *rindar ao amor'

    Seus !a*elos dourados ainda não tinham envelhe!idos e o a&ul

    de seus olhos se mantinha !ristalino' (as seu olhar pare!ia

    ausente> seu !orpo entorpe!ido' eria sido melhor ue !asasse!om um homem uem não amasse) ue ter sa!ri%i!ado seu

    !oração por um) ue 0amais !orresponderia seu amor' + moça

    segurou a mão de sua ama e a sustentou !ontra seu !oração: 

    Dão uero dei1á-la so&inha' Re*e!!a sorriu !om ternura' Dão

    estarei so&inha) minha uerida' .starei''' suas palavras

    %i!aram presas no estreito a*raço' Ienha !omigo para o pa"s

    de #al$s) rogo-lhe isso' (amãe tem F .ls*eth e eu não

    suportaria %i!ar sem vo!$' +%astar-se dos Risande destroçaria o!oração de Re*e!!a) mas não podia ignorar o pedido de anon'

    + 0ovem nun!a se a%astou dos !uidados de seu pai'

  • 8/17/2019 O Senhor Da Sedução

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    entre Re*e!!a e seu pai) seria melhor' #areth se!ou o torso e

    !olo!ou um par de !alças de !ouro negro' .stava so&inho)

    possivelmente pela =ltima ve& em sua vida' 2erguntava-se se os

    outros homens %i!avam igualmente nervosos na véspera de seu

    !asamento) !ustava resignar-se a estar !om uma s5 mulher)

    mas tinha !erte&a de duas !oisas: privaria-se de *om gosto de

    todas essas mulheres) se !om isso !onuistasse a pa& !om os

    normandos e) em segundo lugar) sua %utura esposa era muito

    mais atraente e en!antadora ue todas as outras 0untas'

    ?uando seus olhos verdes re!e*iam o impa!to direto do sol

    surgiam alguns pontos a&uis no !entro' + %orma em ue se via) o

    !ontorno de seu rosto) a deli!ade&a !om ue movia os *raços)sua respiração lenta) !ativou-node tal maneira ue lhe tirou o

    sono> nesse sentido) nada tinha mudado desde a primeira ve&

    ue a viu' Da realidade) não poderia nun!a esue!$-la) porue

    em

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    (as ela !asaria !om um pr"n!ipe) não !om um animal) %aria

    ualuer !oisa para provar' anon pare!ia não notar) uão *ela

    era' inha tido su%i!iente e1peri$n!ia !om as mulheres para

    notar) se !onhe!iam o poder ue e1er!iam so*re os homens'

    Sua noiva não tinha usado de seu !harme ou de sua !ovinha

    para enrolá-lo) e isso o sedu&ia ainda mais' +p5s ter !onhe!ido

    seu pai) entendeu ue a ra&ão pela ue a %ilha não tinha sido

    !orte0ada) nem nun!a *ei0ado nenhum homem) não %altava

    homens dese0osos em provar seus lá*ios !arnudos) e sim !om o

    medo ue lorde Risande inspirava a todos os !avaleiros de

    +varlo!h e 6in!hester' #areth estava !ontente) por ser o

    primeiro' O primeiro em'''.s!utou-se uma *atida na porta' .ntre disse' r$s homens entraram) seguidos por (ado!) ue

    %e!hou a porta !omo !al!anhar da *ota'

    2or ue dia*os dever"amos tomar *anho antes de !omerH  

    protestou um deles) arranhando o uei1o uadrado) adornado

    !om uma *ar*a !astanha +!a*ei de tomar *anho) há duas

    semanas' K !erto) +l,yn) e %eder !omo um por!o ue esteve

    derru*ando na lama) todo esse tempo rugiu (ado!) e 0ogou-se de !orpo inteiro na !ama de #areth' omás) arran0e-me

    uma maçãE omás) era alto e desa0eitado) !om !a*elos

    !astanhos ondulados) ue estavam amarrados na nu!a)

    per!orreu o uarto em *us!a de um prato de %rutas' +ui não

    há maçãs'Iá pro!urar (ado! %e!hou os olhos) e a0eitou a

    !a*eça no travesseiro' alve& en!ontrem algumas na !o&inha'

      Dão a!redito ue irei até a !o&inha s5 para pro!urar uma

    maçã para vo!$' (uito *em' .ntão) irei eu mesmo' /eu unstapinhas no om*ro de seu irmão) ante!ipando !om um olhar 

    tene*roso o ue a!onte!eria se não atendesse seu pedido' 

    7rei) pro!urar a maldita maçã) !retino disse omás alterado)

    sa*ia ue sempre ia !eder ante as ameaças de seu irmão'

    (ado! nun!a tinha levantado F mão) mas tinha um 0eito de olhar 

    ue *astava para muitos inimigos pre%erissem %ugir ao invés de

    !on%rontá-lo' 2ossivelmente) este0a !om medo de andar pelo

    !astelo so&inho' resmungou ao sair do uarto) tentando !urar 

  • 8/17/2019 O Senhor Da Sedução

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    um pou!o de orgulho %erido' .n!ontrei !om Cleddyn

    peram*ulando no porão' anun!iou (ado!' +h) éH #areth

    respondeu distra"do) sentado na *eira do *a=) enuanto

    amarrava suas *otas 2or um a!aso estava perdidoH

    Sim) %oi o ue disse' Su0eito desagradável' Io!$ não gosta de

    ninguém' .le) era servidor de

  • 8/17/2019 O Senhor Da Sedução

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    novamente em anon' /evia ela*orar a melhor estratégia para

    se dar *em !om ela' .sse !asamento tinha um prop5sito

    de%inido) e ele se o!uparia de !on!reti&á-lo' /evia ter o tra*alho

    de demonstrar ue não era um *ár*aro selvagem> tirar primeiro

    seu medo) sua ino!$n!ia e) %inalmente as suas roupas' . %a&er 

    amor de todas as maneiras imagináveis' Re*e!!a tinha ido aos

    aposentos de lady Crynna) e anon !omeçou a des!er as

    es!adas) so&inha) uando viu #areth !onversando !om .leanor 

    Git&drummond' 2or um instante) deteve-se para o*servar' .ntão

    o pr"n!ipe se interessava por seios voluptuosos !omo Roger'

    anon) não se importava se ele %osse *ei0ar .leanor ali mesmo)

    diante dela' alve& %osse !erto ue o #al$s se !asasse !om ladyGit&drummond ao invés dela'

    /eu outro passo) !om a intenção de seguir adiante) uando

    #areth sorriu em resposta a algo ue disse a prostituta' Oh) não

    era um sorriso edu!ado' /ia*os) o uanto a desgostava ue

    estivesse !om .leonorE

  • 8/17/2019 O Senhor Da Sedução

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    !ampeão de sua in%4n!ia se !onvertesse em uma !analha' 

    Surpreende-me ue tenha notado' disse ela) !om dissimulada

    indi%erença'

    Um sorriso suavi&ou o rosto de #areth) logo %e& um gesto de%ingida irritação: +!ho ue posso ser manuseado %a!ilmente

    !omo de 0á estava

    !onven!ida de ue o pr"n!ipe a *ei0aria) uando na verdade s5

    tinha em mente um pedaço de *olo) não voltaria a mostrar-se

    tão !rédula novamente' .stou resignada a me !asar' Dão tem

    ne!essidade de''' .le se apro1imou em um grande passo' Seuaroma de madeira e !ouro a envolveram e pJde ver o intenso

    ardor de seu olhar) so* as longas pestanas' %ingir ue vo!$'''

      não pJde terminar a %rase) pois sentiu sua mão em seu rosto'

    Os olhos de anon se a*riram ainda mais' O ue pensa ue

    está %a&endoH ?uase %i!ou sem ar) ao ver ue estava se

    in!linando para apro1imar sua *o!a da dela' Dão havia d=vidas

    ue agora) iria *ei0á-la' alve& devesse ter se a%astado antes de

    sentir o toue de seus lá*ios) mas seu sorriso era muito!ativante e lhe resultava uase %amiliar' Dão teve tempo para

    ue se re!uperasse e o empurrasse por tentar *ei0á-la ali

    mesmo) no !orredor' 2or outro lado) a!ari!iou seu rosto !om

    tanta ternura e um persistente dese0o ue arran!ou um leve

    gemido' #areth se a%astou) lentamente) des%rutando do %eitiço

    dos olhos %e!hados e a *o!a entrea*erta de anon' 2or /eus)

    en%rentaria uma tare%a imensamente mais di%"!il do ue

    a!reditava'

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    de !onselhos ue teria dado seu irmão F #areth' Iirou-se para

    sua esposa) revelando sua %amosa !ovinha' Crand %a& inimigos

    em ualuer lugar ue passe' Dão se alegra por ter se !asado

    !om seu irmão en!antadorH +!ho ue teria pre%erido o mais

    *onito' Dão é) minha *ela dama Crand deu um sorriso tão

    !ativante ue uma das empregadas) ao v$-lo) dei1ou !air um

    !ogumelo na taça de anon' +prendi a me !on%ormar !om o

    ue tenho) meu senhor' suspirou #ianelle' /ante riu e pulou

    so*re ela' .la riu e *ateu-lhe !om o guardanapo' anon os

    o*servava e sorriu melan!oli!amente ao %ilho mais velho)

    Ro*ert) e Fs %ilhas) Tatherine e

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    re!onhe!eu ue tinha tirado vantagem' Sentiu-se derretendo)

    uando ele o%ere!eu um sorriso de re!on!iliação' /ante a%astou

    !om o pé a !adeira deso!upada ue tinha F %rente' Sente-se  

    !onvidou o homem ue estava ao lado do pr"n!ipe' Seu sorriso

    amigável se trans%ormou em uma e1pressão de su%i!i$n!ia' 

    Dão respondeu (ado!) !om ironia desa%iadora' pre%iro %i!ar 

    de pé

    .ntendo os olhos de /ante resplande!eram so*re a *orda de

    sua taça) uando a apro1imou de seus lá*ios' /e perto)

    pare!e maior' + seu lado) #ianelle !o*riu a *o!a para não dei1ar 

    o riso es!apar' K) igual a esposas peuenas' retru!ou o

    gal$s) !om uma ligeira in!linação para ela' O !onde riu e

    levantou sua taça na direção de (ado!' +hE Ginalmente

    en!ontro alguém !apa& de me responder) ue não se0a minha

    *ela esposa' Sente-se e !ompartilhemos uma taça e) talve&)

    logo possamos ver se sua espada é tão a%iada !omo a sua

    saga!idade' (ado!) 0unte-se a n5s ordenou #areth' +ui

    não pre!iso de sua proteção' Ouso di&er ue não pre!isa de

    proteção em ualuer lugar' + ha*ilidade apresentada estámanhã) %oi in!r"vel disse /ante) !omum sorriso) ante o

    re!onhe!imento de #areth' +prendeu a lutar assim

    !om*atendo !ontra os normandosH /e 0eito nenhum' +prendi

    *rigando !om meus irmãos' inha uatro anos) era o menor de

    todos) uando meu pai morreu e nossa mãe nos mandou para

    nosso tio) em /eheu*arth' 7mediatamente nos su*meteram ao

    treinamento no !ampo) e estava !ansado de ser esmurrado por 

    meus irmãos' (eu tio) por piedade) me ensinou a evitar osgolpes) através da dança' /a dançaH perguntou Crand

    surpreso' anon tratou de espantar as imagens do 0ovem

    dançando nu) so* alua !heia'/e %ato' + dança serve para ue

    possa manter o euil"*rio' O euil"*rio e a velo!idade são a

    ess$n!ia de nosso treinamento' .u me en!arreguei de ensinar a

    !ada um dos meus aldeãos'

    Odeio dançar' resmungou Oliver) o mais novo dos irmãos deanon' 7sso porue as danças normandas são !erimoniosas e

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    solenes' D5s dançamos para %este0ar' O ue %este0amH 

    Iit5rias) *oas !olheitas) o nas!imento de uma !riança'

    #uillermo) outro irmão de anon) *u%ou !om despre&o: Se

    dançássemos !ada ve& ue nas!esse uma !riança) não ir"amos

    parar nun!a' #areth riu !om tanto gosto) ue o pr5prio Crand

    não pJde evitar sorrir) uando o pr"n!ipe olhou para os seus seis

    %ilhos ao redor da mesa e depois diretamente para ele' Seis

    !rianças indi!am um *om !omeço) lorde Risande' anon olhou-o

    horrori&ada' /eus) ue houvesse dito em *rin!adeira' .la esteve

    presente no nas!imento de uatro de seus seis irmãos e

    !ertamente não dese0ava passar por mais de meia d=&ia de

    !asos similares' . esperamos outro' disse Crand !omorgulho' (inha mãe teve do&e %ilhos relatou #areth) nun!a

    tinha imaginado ue podia manter uma !onversa agradável !om

    um guerreiro normando' (inhas uatro irmãs morreram ao

    nas!er e todos meus irmãos) salvo

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    apli!ar métodos interessantes para !on!e*er uma !riança'

    Sa*ia ue anon era uma mulher de !aráter) e lhe pare!ia muito

    *em' Garia %alta) no pa"s de #al$s' (as a %a"s!a de o*stinação

    ue apare!ia em seus olhos uando o desa%iava era algo muito

    di%erente' Dão estava a!ostumada a ter algo negado' Sua gente

    o o*ede!ia para preservar a vida) e ela devia %a&er o mesmo' .m

    *reve teriam tempo para dis!utir o assunto'

    (uito *em' Sua a!ompanhante virá !onos!o' + vo& do #areth

    !o*ria anon !omo uma manta de plumas) mas seus !"lios

    grossos es!ondiam a %rie&a em seus olhos'O*rigado ela

    sussurrou> !ompreendeu ue está disputa poderia ter se

    tornado uma grande *atalha' Sorriu para e1pressar seu apreço)

    e a0udou assim a suavi&ar o olhar de #areth' .la não podia ler os

    pensamentos ue tentava es!onder atrás de sua e1pressão

    impass"vel' .le a ueria' (as não gostava de ser uestionado'

    Segundo Crynna) nenhum homem gostava' .) depois de tudo)

    #areth era um pr"n!ipe e) de %ato) *astante arrogante' 2ensaria

    no assunto !om !alma) mais tarde' Do momento) a !oisa mais

    importante por e1emplo) era evitar derreter-se em !ima damesa) se seguisse a olhando dessa maneira' .le pegou sua

    mão'anon disse) apro1imando-se e des!on!ertando-a !om

    seu per%ume e sua vo& !alma' uase não te vi sorrir' ?uero v$-

    la sorrir mais %reuentemente'

  • 8/17/2019 O Senhor Da Sedução

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    anos: seus sonhos) e havia despertado novas emoçes

    es!ondidas' #areth !onseguiu reas!ender toda sua pai1ão

    adorme!ida podia adverti-lo !om a rapide& !om ue !onseguia

    irritá-la' + perspe!tiva de viver em #al$s a atemori&ava> mas o

    medo a %ortale!ia' .s!utou uma *atida na porta' .ntre'  

    disse anon) 0ogando os om*ros para trás) para a!almar-se' +o

    ver sua tia #ianelle !om suas duas %ilhas peuenas) sorriu e

    a*riu os *raços para a!olh$-las' Tatherine e em*ora não

    %osse inteiramente imposs"vel) tendo em !onta ue #areth tinha

    atravessado a %ronteira sem provo!ar nenhum derramamento desangue' Simplesmente) teria ue en!ontrar maneiras de

    !onven!er o marido ue a levasse para visitar sua %am"lia) pelo

    menos uma ve& por ano' ?uais %oram Fs palavras de sua mãe

    uando %oi anun!iado seu !ompromisso !om

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    Sim' 2osso %a&er uma pergunta so*re os homens e o !asamento'

    K muito importanteE .ntendo ue seu noivo tenha um aspe!to

    primitivo) mas isso não é) em si) uma !oisa ruim' anon !orou

    uando viu sua tia ru*ori&ar-se'Dão %alava dissoE O ue uero

    sa*er é''' meu /eus) tia #iaE

  • 8/17/2019 O Senhor Da Sedução

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    muitos preparativos antes do !asamento e há pou!o tempo para

    terminar !ru&ou o uarto) em direção F !adeira de espaldar 

    alto onde estava estendido o vestido de noiva de anon) !or 

    verde esmeralda' Dão entendo porue tanta pressa'  

    o*servou anon' .stá amassado' enho ue''' a !riada a*riu

    a porta de um pu1ão e !am*aleou para trás) des%a&endo-se em

    su!essivas rever$n!ias' Iossa (a0estadeE Os anos %oram *ons

    para #uillermo) o

  • 8/17/2019 O Senhor Da Sedução

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    olhava !om evidente orgulho) não sa*ia se o %a&ia re!ordar mais

    seu pai ou a sua mãe'

    O pa"s não é governado por s5 um rei) mas sim vários> os reis

    são inimigos) mas são os pr"n!ipes ue %a&em a guerra) !om odese0o de e1pandir seus dom"nios' /a%ydd o% #,ynedd) %ilho do

    rei #ru%%ydd) do norte) é uem a!reditávamos ue havia matado

    ao #areth' Io!$ é o o*0eto de pa& de um rei normando) não de

    um rei gal$s'

  • 8/17/2019 O Senhor Da Sedução

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    repetiu o rei) olhando para a porta) !om a esperança de ue

    Crynna !hegasse' 2ara !omeçar) o modo em ue move''' é'''

    os uadris' am*ém) essa %orma in!itante de pis!ar' O ue

    uer di&erH insistiu anon) uerendo ue essa imagem %osse

    es!lare!esse '#uillermo olhou para ela diretamente e pis!ou' +

    moça deu uma gargalhada' ?uer di&er ue as mulheres t$m

    estratégias para persuadir os homens' 2ara su*met$-los a sua

    vontadeH anon estava surpresa'

    7sso é o mesmo ue enganar protestou #ianelle Um marido

    mere!e ue ter uma pai1ão honesta' Calançou a !a*eça)

    apontando !om o uei1o em direção do rei' +gora v$ o ue

    uis di&er a respeito de sua intelig$n!ia' O ue tem ue di&er 

    a respeito dissoH protestou #uillermo e olhou %uriosamente F

    esposa de /ante' ia #ia a!redita ue os homens podem ter 

    um !ére*ro so* a aparente rude&a' Dão rea0a !omo uma

    !riança riu #ianelle) vendo-o pJr !ara de o%endido) e antes de

    estreitar os olhos' Sa*e ue o adoro) meu senhor' O

    !asamento de anon o!orreu tão de repente ue não houve

    tempo para armadilhas) truues) ou ualuer !oisa' Suspeitouue o sa!erdote pJde ter apressado a !erimJnia !om medo da

    ira de Roger) ue passou resmungando' Ou talve& por !ausa do

    grande desa%io ue (ado! desa%iava' + *revidade da !erimJnia

    tam*ém pode ser devido ao olhar %urioso ue o rei dirigiu a

    am*os' Crynna !horava' Um dos homens de #areth !antarolava)

    e o tam*orilar da *ota de seu pais o*re o piso da igre0a advertia

    ue estava pronto para arran!ar sua %ilha das mãos do noivo e

    matar uem tentasse det$-lo

  • 8/17/2019 O Senhor Da Sedução

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    derretessem' Segurou-se em seus om*ros) para não !air e)

    tam*ém) porue não ueria ue se detivesse nun!a' .le se

    a%astou um pou!o e passou a l"ngua por seus lá*ios) para

    des%rutar-se !om seu sa*or' #raças a /eus) %inalmente

    terminou de!larou +l,yn) !u0a vo& ressonou dentro da igre0a'

      +gora) é hora de *e*erE Sem tirar os olhos e as mãos de

    anon) #areth F %e& virar para %i!ar de %rente ao p=*li!o' +lguns

    aplaudiram) outros protestaram' odos os #aleses se

    a0oelharam) para homenagear e honrar F nova prin!esa'

  • 8/17/2019 O Senhor Da Sedução

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    outra guerra disse) levantando-se) sem !erimJnias) e

    a*andonando seu lugar' .la o*servou !omo se apro1imou a

    passos largos de +l,yn) o mais %orte dos uatro soldados'

    Dauele momento) @ere,ard) estava su0eitando o ma!iço

    gal$s' grande *astardo !hamou /ante de We%eminadoX

    protestou +l,yn) olhando %urioso so*re o om*ro de

    @ere,ard' Iou ue*rar seu pes!oço e usar sua !a*eça

    !omo !opoE +migo #areth não levantou a vo&) mas sua

    %rie&a silen!iou os !res!entes murm=rios dos !onvidados'

    vá tomar um pou!o de ar %res!o'

    +l,yn não protestou' Li*ertou-se de um tran!o das mãos de

    @ere,ard ue o segurava !omo se tivesse garras' .m

    seguida) o pr"n!ipe deu um sorriso não muito amigável ao

    !avalheiro normando ue tinha o%endido a

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    te vi pela primeira ve&' 2erdeu porue sua ha*ilidade para

    luta é tão lamentável !omo seu gosto pelas mulheres'

    /ese0a outra !oisa agora %erir ainda mais seu orgulhoH

    (ado!) %aça o %avor de tirar do meu !aminho este *$*ado'

    Dão uero man!har as mãos !om seu sangue na noite do

    meu !asamento' anon suspirou pesadamente)

    surpreendida porue (ado! deu um empurrão no !onde)

    %a&endo-o !air so*re uma das mesas'

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    estava !hegando' lhava-a !omo se a estivesse to!ando'

    2are!ia inalar seu aroma' Sua espessa !a*eleira dourada

    se desdo*rava) ao !aminhar) !omo a 0u*a de um leão ue

    avançava para sua presa' Ienha pediu) segurando a

    mão dela) para ue se in!orporasse /ese0o %i!ar so&inho

    !om vo!$' anon a*riu os grandes olhos: Dão sei o ue

    %a&er murmurou) enuanto se a%astavam da mesa' ?ue

    tal issoH P medida ue''' dei1ou-se !air !ontra seu

    peito' Seus *raços a rodearam' + moça olhou para !ima e

    sussurrou mais tarde'

    #areth a olhou !om uma ternura !omovente) ue se sentiu

    tentada de em pendurar-se em seu pes!oço e *ei0á-lo ali

    mesmo) na %rente de todos) no meio do grande salão' Dão

    se preo!upe !om isso' sua vo& era tão !álida uanto seus

    lá*ios' h) sim) me preo!upaE respondeu) separando-se'

    /evo !onversar !om minha mãe' Dão estava se sentindo

    *em esta manhã e não uis in!omodá-la !om minhas

    perguntas' Galava de maneira rápida) apertando o te!ido

    de seu vestido em um punho' .stá grávida) e não terei

    !han!e de ver o menino uando nas!er' Dão poder"amos

    visitá-laH (inha prima disse) pela manhã) ue''' Dão'

    DãoH 2or u$H K muito arris!ado !ru&ar a %ronteira'

    2odemos pedir um salvo-!onduto para #uillermo'Dão

    vamos pensar em retornar agora' P anon tremeram os

    lá*ios e as lágrimas es!orriam pelo seu rosto'/emJnios

    o es!utou amaldiçoar' 2assou os dedos pelo !a*elo)

    intrigado' inha um aspe!to tão inde%eso e inerme) se não

    %osse pela triste&a ue a em*argava) estaria rindo) ao ver

    auele guerreiro temido a%lito' .stá *em sa*endo ue

    mais tarde se arrependeria' .n!ontrarei uma maneira'

    (as pare de !horar' anon assoou o nari& e o olhou

    esperançosa' .stá %alando sérioH

    Sim) a!a*o de di&$-lo' .la estava em $1tase de alegria'

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    ignorou a !omida e umede!eu um lenço na 0arra de água

    para re%res!ar o rosto de sua esposa' +ssim sentira-se

    melhor assegurou) permane!endo a seu lado) enuanto

    o*servava sua reação' (as) eu''' Dão se preo!upe'

    disse ele' Logo anon se tranuili&ou) !om a doçura de sua

    maneira) e logo adorme!eu) !om um suspiro l4nguido de

    seus lá*ios' (aldito ,hisBy' #areth retirou o lenço ue

    !o*ria sua !a*eça' Sem d=vida) um a!ess5rio odioso) ue

    s5 servia para es!onder os %ormosos !a*elos das mulheresE

    Um !a!ho de !a*elo es!orregou para a *o!he!ha e ele o

    a%astou !om a mão' Gi!ou olhando a !urva gra!iosa de seu

    ma1ilar e o %ino desenho de seus lá*ios' eve ue !errar os

    dentes) pela e1!itação !res!ente' /ia*osE inha plane0ado

    tudo para auela noite' inha previsto !o*ri-la !om *ei0os)

    lentamente) !ent"metro por !ent"metro) até ue estivesse

    rela1ada em seus *raços e parasse de se preo!upar !om o

    ue deveria %a&er na !ama' anon a*riu os olhos de repente)

    olhou para ele e sorriu' #areth) lem*ra-se das hist5rias

    maravilhosas ue me !ontava so*re o pa"s de #al$sH

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    pensando em te *ei0ar' .le elevou uma so*ran!elha:

    SeriamenteH .la assentiu) e insinuou um sorriso para

    #areth a!ompanho o ardor de seu olhar' Ieem disse) e

    apro1imou *randamente sua *o!a !omo um amante há*il'

    Seu *ei0o %e& !ari!ias ue o %e& !onter o %Jlego' +pesar do

    ardor ue sentia) não se atirou so*re ela) em tro!a)

    a!ari!iou !ada !anto de sua *o!a e %e& o imposs"vel para

    despertar sua pai1ão) até ue a 0ovem suspirou

    pro%undamente' + autenti!idade da reação de anon avivou

    mais #areth) ue a a*raçou !om uma %orça irresist"vel' Uma

    ve& ue a *o!a da 0ovem se moldou F sua) ele a penetrou

    !om sua l"ngua) entre gemidos de pra&er' anon su!um*iu

    entre seus *raços) enuanto a l"ngua do #areth !ontinuava

    so*re a dela) o%egante' .le en!hia sua sensi*ilidade !omum

    dese0o selvagem e o gosto pelo perigo e o des!ontrole'

    2u1ou os !a*elos da 0ovem para in!linar sua !a*eça e

    e1por seu pes!oço) ue ele per!orreu !om os lá*ios'

    ?uando parou para tomar %Jlego !om a*o!a entrea*erta

    denotava um estado in!omum de e1!itação' ardor de seu

    olhar a!elerou o !oração da moça' Dão pre!isa ter medo

    ordenou) sem per!e*er ue sua vo& para ela era

    irresist"vel' pr"n!ipe a despiu primeiro !om o olhar)

    depois !om os seus dedos ágeis a%rou1ou o laço ue

    su0eitava o vestido e dei1ou seus seios des!o*ertos' anon

    respirou pro%undidade) superou a vergonha por sentir medo'

    Resultava-lhe lamentável e vergonhoso por des%rutar dos

    pra&eres !arnais' (as ao per!e*er ue am*os

    !ompartilhavam a mesma pai1ão) parou de pensar por

    !ompleto' ?uando sentiu ue os dedos viris per!orriam a

    deli!ada turgide& de seus seios) !orrespondeu-lhe

    arueando as !ostas e %e!hando os olhos'

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    anonE +o não re!e*er resposta) sa!udiu-a suavemente'

    /ia*os anon) a!ordeE Dada' (aldiçãoE lhou !ho!ado

    a %igura inerte da 0ovem' Dun!a lhe o!orreu nada pare!ido'

    Aamais alguma mulher adorme!eu em seus *raços

    enuanto estava prestes a %a&er amor) e muito menos

    enuanto a estava *ei0ando' #areth a olhava em $1tase'

    para resolver

    as responsa*ilidades reais' Se tivesse agido !om o m"nimo

    de prud$n!ia) teria re!usado F mulher destinada a seu

    irmão e1ilado) e retornado F %ortale&a em /a%%yd) para

    a!a*ar !om o ue tinha dei1ado ina!a*ado no ano anterior:

    a!a*ar !om o desgraçado e averiguar uem tinha sido o

    traidor ue o tinha entregue ao pr"n!ipe do norte' .) em ve&

    de %a&er o !erto) estava %eli& !ontemplando sua esposa

    *$*ada' 2ensou em retornar F %esta) no salão prin!ipal) mas

    per!e*eu ue (ado! e seus homens nun!a o dei1ariam

    esue!er ue tinha passado sua noite de n=p!ias !om eles

    e não !om sua *ela esposa'

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    sido %ran!a e honesta) !omo se não !onhe!esse outra

    maneira de se !omportar' Com) depois de tudo) não tinha

    mudado tanto) sorriu'?ue /eus me a0udeE em-me

    en%eitiçado !omo aos de& anos' Sem mais ue um sorriso)

    !onseguiu ue permitisse levar sua ama' +lgumas lágrimas

    *astaram para arran!ar a promessa de ue a levaria para

    ver seus pais e %amiliares'

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    2er!orreu-a !om o olhar) !om um olhar tão las!ivo ue a %e&

    sentir-se uma prostituta' Sou uma dama) !aso tenha se

    esue!ido' Ge& gesto para a0ustara roupa) ante a

    evid$n!ia de ue ele pre%eriria tira-la'Sei muito *em'

    ru*or de suas *o!he!has !ontrastava !om o verde seus

    olhos' #areth %i!ou !ontemplando-a) deslum*rado por sua

    *ele&a' ue %i&H disse anon) *ai1ando a vo&'

    /ei1ou-me lou!o' SérioH perguntou) estupe%ata' Sim) e

    está %a&endo isso novamente' #ostava a %orma !omo #areth

    e1aminava sua *o!a> do mesmo modo ue a tinha olhado

    ontem' .le se in!linou para %rente) apro1imando seus lá*ios

    dos de anon' @ouve uma *atida na porta' .la pulou da

    !ama) para a0ustar suas roupas' Sua !a*eça limpou tão

    logo viu esse homem !om o torso mus!uloso ainda nu

    sentado so*re na !ama) !om um lençol ao redor dos

    uadris' Iiu em seus olhos um ind"!io %uga& de %rustração'

    Um momento) por %avor e1!lamou) tentando

    %reneti!amente de unir as pregas de seu vestido) enuanto

    #areth se limitava a envolver seu torso no lençol) mais uma

    ve&) re!ostando-se tranuilamente so*re os travesseiros'

    Dem por um instante dei1ou de o*servar a%igura gra!iosa

    de sua esposa ue) ao a*rir a porta) deu passo para um

    grupo de mulheres'+h) *em' Ie0o ue estão a!ordados'

    Re*e!!a lançou um olhar !r"ti!o so*re o penteado de sua

    senhora' Sorriu para #areth) por !ortesia) mas rapidamente

    desviou o olhar' .lose e Lorette não sa*iam !omo atuar

    %rente ao guerreiro semi- desnudo' anon estreme!eu até a

    planta dos pés: seu marido 0a&ia !omo um deus dourado)

    !om sua !a*eleira !or mel derramando-se so*re seus

    om*ros per%eitamente moldados) e !om um olhar ue

    re%letia sua reale&a' Cem Re*e!!a pigarreou e tomou a

    mão de anon' Sa*e) 0á esta %i!ando tarde' /evemos nos

    preparar para a viagem' Ienha) vamos para seu uarto'''

    .ste é seu uarto e1pli!ou #areth) da !ama' K !laro)

    milorde' Re*e!!a virou para ele) mas evitou olhá-lo

    diretamente' . ela pode se vestir so&inha) não é anonH

  • 8/17/2019 O Senhor Da Sedução

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    Dão' (inhas vestimentas são muito numerosas e di%"!eis de

    !olo!ar) demoraria horas para vestir' disse depois de

    pensar um momento' #areth suspirou:2ois *em' Retirem-

    se' ?uando estiver vestido) podem retornar para a0udar

    minha esposa' +s !riadas a*riram a porta de um pu1ão e

    sa"ram) seguidas por anon'

    Io!$ %i!a aui' ressonou a vo& de #areth) !om autoridade'

    + 0ovem virou-se para en%renta-lo: (as) eu''' +

    !rueldade de seu olhar a %e& !alar' Ge!he a portaE

    gritou a Re*e!!a) ue estava esperando no !orredor'K um

    espetá!ulo ue devera se a!ostumar) minha esposa'

    disse) dei1ando !air o lençol) enuanto se en!aminhava

    para pegar sua roupa' 7mposs"vel' de!larou) in!apa& de

    a%astar o olhar da mus!ulatura ue a !ativava' #areth lhe

    sorriu) enuanto !olo!ava uma !alça de !ouro' Rodeou as

    tiras ue se a0ustavam em seu a*dJmen) antes de

    averiguar' Sua !a*eça ainda está doendoH perguntou)

    !olo!ando outra t=ni!a sem mangas' .stou melhor

    re!onhe!eu) mas tinha impressão de ue sua vo& seguia um

    tanto apagada' Ge& um es%orço para parar de olhá-lo e se

    o!upou de registrar todo o resto ue havia no uarto'

    Dão me agrada ue me d$ ordens' K des!ort$s de sua

    parte) uase *rutal' .le se deteve ao seu lado no !aminho

    até a porta' +o apro1imar sua *o!a do ouvido de anon)

    per!e*eu ue a 0ovem estreme!eu' Gi!o %eli& em sa*er

    ue por haver me visto nu tenha aliviado seus pesares

    murmurou entarei melhorar minhas maneiras'

    prometeu) antes de a*rir a porta'

    Re*e!!a deu-lhe um olhar minu!ioso e pare!eu !on%ormar-

    se' .m*ora essa t=ni!a sem mangas) ainda pare!esse

    muito ousada'

    Iamos a0udá-la' Do salão está a espera pão-do!es re!ém-

    assados e uma taça de hidromel uente) milorde' Dão

    penso em me retirar' anun!iou !om um sorriso) ante a

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    des!rença da ama' Dão estará di&endo ue''' seu olhar

    se en!heu de assom*ro) uando #areth pu1ou uma !adeira

    disposto a o*servar !omo vestiam sua *ela esposa' 2ensa

    em %i!ar a"H anon não superava seu espanto' 2or ue

    nãoH +!aso não é minha mulherH Seu pai a*andona o uarto

    uando sua mãe se vesteH Cem''' não''' mas''' estava

    !ada ve& mais nervosa) enuanto ele permane!ia im5vel'

    2ois) eu não o %arei' pr"n!ipe a olhou desa%iante' +!a*ava

    de prometer ue se es%orçaria para melhorar suas

    maneiras' . ue dia*os tinha ue !riti!ar suas maneirasH

    .1alou um suspiro prolongado' Dão ueria %altar !om a sua

    promessa' Gran&iu a testa) ao pensar na !lasse de homem

    em ue estava se tornando' Se não !onseguia %a&er valer

    sua autoridade) iria se trans%ormar em um idiota' .stava

    determinado !om isso) mas devia pensar em uma %orma

    mais adeuada para al!ança-lo'odas as mulheres

    normandas se re!usam a !ada e1ig$n!ia de seus maridosH

    !omeçou) sa*endo per%eitamente o ue %a&er para !hegar

    ao *om termo' resulta muito %astidioso e um !laro sinal

    de desrespeito' 2or um momento) seus olhares

    !om*ateram' 2or %im) anon re!olheu o lençol do piso e o

    entregou a Re*e!!a'

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     anon supJs ue) vestindo-se na %