o rio de janeiro visto pelos artistas franceses (parte iv)

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O RIO DE JANEIRO Visto pelos artistas franceses (1551-1886) Pintores, Litógrafos e Gravadores. Mais uma homenagem ao ano da França no Brasil que se festeja em 2009. Pesquisa de imagens, desenhos, formatação, animação, tratamento das imagens e texto: Cau Barata – 29.08.2009. Série Artistas Franceses no Rio de Janeiro Dedicado aos apaixonados pela história do Rio de Janeiro e aos estudantes das belas-artes. PARTE IV

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Page 1: O rio de janeiro visto pelos artistas franceses (parte iv)

O RIO DE JANEIRO

Visto pelos artistas franceses (1551-1886)Pintores, Litógrafos e Gravadores.

Mais uma homenagem ao ano da França no Brasil que se festeja em 2009.

Pesquisa de imagens, desenhos, formatação, animação, tratamento das imagens e texto: Cau Barata – 29.08.2009.

Série Artistas Franceses no Rio de Janeiro

Dedicado aos apaixonados pela história do Rio de Janeiro e aos estudantes das belas-artes.

PARTE IV

Page 2: O rio de janeiro visto pelos artistas franceses (parte iv)

1845Jean Antoine Théodore de Gudin

Obra de imaginação, executada no século XIX, pintada pelo artista francês Jean Antoine Théodore de Gudin, e gravada por Chavane (buril, colorido a mão).

Théodore de Gudin, nome pelo qual era mais conhecido, nasceu a 08.08.1802, em Paris, França, e faleceu em 12.1879. Pintor e litógrafo, aluno de Girodet, e entrou para a École des Beaux-Arts, a 30.01.1817. Medalha de 2.ª classe em 1824; e de 1 .ª classe em 1848 e 1855. No salão de 1824, apresentou a obra L´America visité par des corsaires français, em 1796. No salão de 1841, apresentou o quadro “Prise de Rio-Janeiro, le 23 septembre 1711. As galerias de Versailles e do palácio de Luxemburgo, os museus de Nantes, de

Perpignan, de Avignon, de Rodez possuem trabalhos deste renomado pintor de marinhas.

Uma vista fantasiosa da entrada da baía do Rio de Janeiro (Guanabara), por ocasião da chegada do almi-rante Nicolau Villegaignon, em 1555. No segundo plano, o Pão de Açúcar.

No primeiro plano, uma caravela francesa, próxima a antiga ilha de

Serigipe, nome dado pelos ín- dios. Após a chegada dos

franceses, passou a deno- minar-se Ilha de

Villegaignon.

Le chevallier de Villegaignon entre das Rio-Janeiro 10 Novembre 1555

Outras marinhas de Théodore de Gudin

Bombardement et prise d'Augusta em 1675.

Combat naval em 1513.

Prise d'un galion espagnol em 1643.

Page 3: O rio de janeiro visto pelos artistas franceses (parte iv)

1846Alfred Martinet

Enseada de Botafogo Casa da Carlota JoaquinaInício da praia

Fim da praiaMorro do Mathias (Pasmado)

Sobre a história do Palacete da Rainha Carlota Joaquina e suas transformações estéticas - também estampado no quadro de Noél-Aimé Pissis (Parte III, 1836) - apresentei um longo estudo no power point “O Rio de Janeiro e sua Arquitetura

Neoclássica”, que foi enviado a 25.03.2009. O palacete ficava na esquina da praia com o antigo Caminho

Novo de Botafogo (hoje Rua Marquês de Abrantes), do qual vemos uma carruagem

saindo.

No final da praia de Botafogo ficava a grande chácara de Mathias Francisco Marques, que cercava o morro de sua

propriedade, daí o antigo nome de Morro do Matias, e hoje, Morro do Pasmado. Esta grande chácara, com frente para o mar e fundos para a rua da Passagem, tinha uma casa com

varanda na frente, três portas e duas janelas, e vasto arvoredo. Dominavam as laranjeiras da china, com 205 pés, seguida das laranjeiras seletas com 168 pés. Porém, nada batia o número

de cafezeiros, que alcançavam 836 pés.

Litografia e desenho de Joseph Alfred Martinet, na oficina de Heaton & Rensburg do Rio de Janeiro. “A mais bela litografia de toda a enseada e praia de Botafogo e, possivelmente, a mais bela litografia das executadas no país.” (Gilberto Ferrez, Iconografia, I).

Joseph Alfred Martinet nasceu em 1821, e faleceu por volta de 1875. Paisagista, retratista e litógrafo francês. Chegou ao Rio de Janeiro a 18.01.1841, vindo do Havre, pelo brigue Le Béranger. No Rio de Janeiro, trabalhou na casa litográfica de Heaton & Rensburg,

estabelecida à rua da Ajuda 68, e na editora dos irmãos Eduardo e Henrique Laemmert, proprietários da Tipografia Universal. Sua produção litográfica avança até 1872.

Botafogole

Page 4: O rio de janeiro visto pelos artistas franceses (parte iv)

1847Raymond de MonvoisinVista da Cidade do Rio de Janeiro feita do adro da igreja da Glória

Convento de Santa Teresa

Aqueduto da Carioca

Morro de Santo Antonio

Passeio Público

Morro do Castelo

Serra dos Órgãos

Rua da Lapa

Igreja da Lapa

Convento de Santo Antonio

Convento da Ajuda

Igreja de Santa Luzia

“Primorosa pintura retratando uma vista das casas da praia da Glória e Lapa, Arcos, Passeio Público, convento d´Ajuda, igreja de Nossa Senhora de Santa Luzia com uma torre, morros de Santo Antônio e Castelo, onde se vêem o pau da bandeira e a Sé Velha e,

finalmente, a Misericórdia (prédio antigo), ponta do Calabouço e serra dos Órgãos.” (Gilberto Ferrez, Iconografia, I).

Óleo sobre tela do artista francês Raymond Auguste Quinsac de Monvoisin, pintor de história, de gênero e de retratos. Nascido a 15.05.1793, em Bordeaux, e falecido em 26.03.1870, em Boulogne sur Seine. Aluno de Lacour e do barão Guérin. Entrou para a École des Beaux Arts em 1816. Recebeu o primeiro prêmio para estudar em Roma em 1822, onde permaneceu por três anos. Participou dos salões de 1819 à 1841, em 1858, 1863 e 1864. Viajou para a América do Sul, tendo fundado escolas de pintura no Chile, no Peru e no

Brasil. Foi agraciado, no Brasil, com a Ordem do Cruzeiro do Sul. Retornou à Paris em 1858.

Aqueduto da Carioca

Praia da Lapa

Page 5: O rio de janeiro visto pelos artistas franceses (parte iv)

1847Sébastien GiraudGlória vista do Caminho de Santa Luzia

Desenho de Sébastien Charles Giraud, datado e assinado, de 28 de agosto

de 1847, com o título Gloria (Rio de Janeiro). Este trabalho, localizado em Paris, Musée du quai

Branly, faz par com outro, do mesmo artista,

com o mesmo traço, entitulado Plage de Rio

Janeiro, e datado de 25.08.1849. Os demais

trabalhos de Giraud, curiosamente, tem

técnicas radicalmente diferentes, porém não há dúvida da autoria destes

dois desenhos, já que estão assinados.

Sébastien-Charles Giraud, nasceu a 18.06.1819, em Paris, e faleceu em 30.09.1892, em Sannois. Pintor e aluno de seu irmão Pierre François Eugène Giraud (1806-1881), importante e famoso pintor, que obteve o prêmio de Roma, com uma gravura, em 1826. Os desenhos do Rio de Janeiro, de Sébastien Giraud, fogem do seu estilo, pois o artista é considerado um

especialista na representação de interiores de notabilidades parisienses, de salas de museus imperiais, como o Louvre ou Cluny, e de cenas bretãs. Charles Giraud pintou a sala de armas do Château de Pierrefonds, após a restauração feita pelo

famoso arquiteto Viollet-le-Duc (1814-1879).

Page 6: O rio de janeiro visto pelos artistas franceses (parte iv)

1848 (c)Charles Martin

Um grupo da lavadeiras, à beira-mar, na praia da Glória, secando roupas, observam uma falua que se aproxima.

Óleo sobre tela, do artista francês Charles J. Martin, sobre quem nada se sabe.

Sobre este trabalho, escreveu Gilberto Ferrez (Iconografia, I): “Belíssimo aspecto da igreja de Nossa

Senhora da Glória, da ponta do outeiro do mesmo nome, entrada da barra e Pão de Açúcar, vistos da

praia da Glória. No primeiro plano, três negras secando a roupa e uma falua.”

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1849 (c)Louis LeBreton

Ilha de Villegagnon

ILHA DE VILLEGAGNON - Baía de Guanabara. Com 21.600 m2, localizada em frente

à cidade do Rio de Janeiro, hoje ligada ao continente por ponte. Antigamente, chamada

pelos índios de Serigipe. Também já foi chamada de Ilha do Degredo.

Teve seu nome atual devido ao célebre Almirante Nicolau Durand Villegagnon, que a ocupou em

1555, exercitando os tamoios para lutarem contra os portugueses, em meados do séc. XVI. Nela

construiu o Forte Coligny. Vencido pelos portugueses, estes, anos depois, a fortificou.

Ilha de Villegagnon em 1935, ainda isolada na baía.

Detalhe da litografia aquarelada de Louis Lebreton, que aparece com o título “Rio de Janeiro”.

Ilha de Villegagnon em 1922.

“No primeiro plano, uma falua cheia de negros, à esquerda.”

“À direita o escaler real com a bandeira do Império.”

“No segundo plano, a fortaleza de Villegagnon e, à esquerda, um pequeno navio a vapor próximo de um

belo três mastros, que vem entrando com todos os panos.”

“Á direita, casario da Glória, ponta do Calabouço e morro do Castelo. Ao longe, a entrada da barra, o Pão de Açúcar e o Corcovado. Tudo desenhado

com fantasia.” (Gilberto Ferrez, Iconografia, I)

Gilberto Ferrez, autor dos textos em itálico, informa que a litografia de LeBreton não tem margens ou dizeres, e a denomina de “Panorama feito próximo a

Villegaignon”. Hoje, já se tem notícia de um exemplar com margens, com a identificação do artista e litógrafo, e denominada apenas de “Rio de Janeiro”.

Louis Auguste Marie Le Breton, nasceu em 15.01.1818, em Douarnenez, Brittany, França, e

faleceu em 1866, em Paris, França. Pintor, gravador e litógrafo francês, especializado em marinhas. Seu pai o

colocou como aluno interno da Escola de Medicina Naval de Brest, em 1836. Na qualidade de ajudante de

cirurgião, fez parte da expedição de Dumont d'Urville's, para a Nova Zelândia, em 1837-40, a bordo

do navio Astrolabe. Na referida expedição, como amador, fez seus primeiros croquis e, após o

falecimento do ilustrador oficial da missão, Monsieur Goupil, assumiu o seu lugar. A partir de 1847, abandonou a carreira de médico, e dedicou-se

exclusivamente a desenhos de marinhas para a Marinha Francesa.

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1850Villiers de L'Isle-AdamPlanta da Cidade do Rio de Janeiro novamente erecta pelo Vcde. De Villiers de l´Ile Adam.

Gravada por J. H. Leonhard e publicada por George Leuzinger, na rua do Ouvidor, 26 – 1850.

Abrange do princípio de Botafogo até além de São Cristóvão. Destacarei desta planta, apenas os lugares do

Engenho Velho, São Cristóvão, Caju e Gambôa. As demais localidades têm sido bastante estudadas nos demais quadros

dos artistas franceses, tais como o Centro, Campo de Santana, Ilha das Cobras, Lapa, Passeio Público, Glória e

Catete.

Detalhe da Ponta do Caju, identificada como um anexo da Imperial Quinta, assinalando, à

esquerda, um Palacete, para o qual se chegava pela antiga Praia do Retiro Saudoso (aqui

denominada de Praia da Raposa).Calçamento da Rua Carlos Seidl em 1930. Este logradouro

representa a antiga Rua do Retiro Saudoso, que tinha princípio na Quinta da Ponta do Caju - onde se localiza aquele Palacete - e

terminava na rua da Alegria. Ficava neste logradouro o hospital de São Sebastião e, perto dele, a capela de São Pedro, erguida pelos

pescadores e inaugurada a 29.06.1889.

Detalhe da Ponta do Caju cerca de 1910.Outro detalhe da Ponta do Caju cerca de 1900.

Casa de Banho de D. João na Ponta do Caju.

Parte do Bairro de São Cristóvão, entre a Rua da Alegria (no alto), e o rio Maracanã (abaixo).

Presente o arruamento da Imperial Residência de Boavista, com a entrada principal, que a liga ao mar, e outra lateral, que a liga ao Caminho do

Pedregulho, por onde também se podia chegar à Ponta do Caju. Arruamento em torno do Palácio da Imperial Quinta.

Linha do mar (antes dos aterros).

Palácio da Imperial Quinta da Boa Vista em 1870 – atual Museu Nacional.

Engenho Velho. À direita, no centro, contornando os morros, temos o largo de Mataporcos (hoje Estácio), onde o caminho de Mataporcos se divide em dois: seguindo para o alto, o Caminho de São Cristóvão, que dá acesso ao bairro do mesmo nome; e, seguindo em frente, cortando a planta, o Caminho do Engenho

Velho (hoje rua Haddock Lobo).

Largo de Mataporcos (hoje largo do Estácio), com a Capela do Divino Espírito Santo, defronte a bifurcação do Caminho de Mataporcos, onde nascem os caminhos do Engenho Velho (Haddock Lobo) – que segue à

direita, e de São Cristóvão – onde o artista se encontrava ao desenhar esta aquarela.

O mesmo Largo de Mataporcos (hoje largo do Estácio), com a Capela do Divino Espírito Santo, defronte a bifurcação do Caminho de Mataporcos.

Nesta imagem, o artista se encontrava no Caminho do Engenho Velho (rua Haddock Lobo). Defronte a capela nasce o caminho de São Cristóvão.

Ambas as aquarelas do austríaco Thomas Ender.

Finalmente, uma vista geral do Engenho Velho, com a sua igreja matriz: São Francisco Xavier do Engenho Velho.

Destaco aqui, no alto, à direita, a Praia da Gamboa.

A Praia da Gamboa vista do Morro da Providencia, cerca de 1865.

Cemitério dos Ingleses, de 1809 (ainda existe), no alto da encosta, com vista para a Praia da Gamboa, e assinalado no

mapa.

Page 9: O rio de janeiro visto pelos artistas franceses (parte iv)

1852Eugène Cicéri

A Cidade do Rio de Janeiro vista do Morro do Senado. “Rio de Janeiro, do lado da terra, tomada do Morro do Senado”

O Morro do Senado, antigo Morro de Pedro Dias, onde o artista está localizado, hoje não existe mais.

Ficava entre as ruas do Senado, Riachuelo, Rezende e Inválidos. Foi arrasado pelo homem,

desde 1880, sofrendo em princípio do século XX, grandes cortes para a abertura da Avenida Mem de

Sá, numa área de mais de 100.000 metros e desaparecendo por completo em 1908.

Morro do Senado

Litografia com a participação de três franceses: Joseph Alfred Martinet, autor do desenho, no primeiro plano (ver quadro 1846, Parte IV); e litografada por Philippe Benoist

(quadro seguinte – 1852) e de Eugène Cicéri, aqui homenageado.

Eugène Cicéri, pintor e litógrafo, nasceu a 27.01.1813, em Paris, e faleceu em 1890. Foi aluno de seu pai, Pierre-Luc-

Charles Cicéri (1782-1868), pintor, ilustrador e decorador, e aluno do arquiteto Bellangé. Participou dos salões de Belas Artes de Paris, em 1851, 1852, 1853, 1855, 1865, 1866 e

1867. Campo de Santana

Morro de St Antonio

Aqueduto

Morro de São Bento

Morro da Conceição

Rua do Senado

Perspectiva do Artista

Page 10: O rio de janeiro visto pelos artistas franceses (parte iv)

1852 Philippe Benoist

O Mosteiro de São Bento visto da Ilha das Cobras.

Esta litografia colorida teve a participação de dois artistas, que elaboraram diversos trabalhos, juntos,

referentes ao Rio de Janeiro: Eugène Cicéri (citado no quadro anterior) e Philippe Benoist,

aqui homenageado.

Philippe Benoist, apesar de origem francesa e filho de pais franceses, nasceu, de passagem, em Geneve, Suíça, em 1813, e faleceu com idade avançada, em 1905, em Paris. Pintor, gravador e

litógrafo, discípulo do grande pintor, cenógrafo, químico e inventor francês Louis-Jacques Mandé Daguerre (1787-1851) - o primeiro a conseguir uma imagem fixa pela ação direta da luz, em 1835 –

o daguerreótipo, origem da fotografia. Benoist participou em vários salões, em Paris, de 1836 a 1844, 1848-1849, 1861, 1863 a 1866, etc. Todos com litografias, mas em nenhum deles há registro das

paisagens cariocas.

Detalhes de transeuntes na

Ilha das Cobras.

Rio de Janeiro da ilha das Cobras n.º 7

A litografia, baseada em um daguerreotipo, foi impressa em Paris, por Lemercier, e publicada no Rio de Janeiro, na casa de George Leuzinger. “No primeiro plano, dois cavaleiros conversando ao lado de um grupo de quatro

pessoas e, mais além, duas vendedoras e um garoto. Este primeiro plano foi desenhado por Joseph Alfred Martinet (citado no quadro de 1846), segundo nota de Leuzinger (Gilberto Ferrez, Iconografia, I).

Page 11: O rio de janeiro visto pelos artistas franceses (parte iv)

1853 Adolphe RouargueRio de Janeiro

O Rio de Janeiro visto do mar – buril branco e preto, aquarelado, de Adolphe Rouargue, gravado em 1853, por Émile Rouargue. O desenho, que parece ser uma cópia do trabalho de Lauvergne (ver Parte II, 1835), apresenta um panorama da Cidade que se estende apenas até

a Igreja da Candelária (no canto esquerdo).

Adolphe Rouargue, o jovem, pintor e aquarelista, nasceu a 06.12.1810, em Paris, França, e faleceu por volta de 1870. Foi aluno de David d´Angers e de A. Colin, e entrou para a

Escola de Belas Artes, de Paris, a 01.10.1828. Participou dos salões de 1831, 1833, 1838, 1846 a 1850, 1852, 1857 e 1870. Talvez fosse irmão de Émile Rouargue, responsável pela

gravura deste quadro, desenhista e gravador, discípulo de Delaunay e de Mariage.

Page 12: O rio de janeiro visto pelos artistas franceses (parte iv)

1853 Jean Charles Expilly

Cenas em uma rua do Rio de Janeiro

Coleção Gilberto Ferrez Coleção Castro MayaColeção Cau Barata

Trecho de uma rua do Rio de Janeiro onde se vê casas de sobrado com balcão, uma delas com frontão curvo, barracas de

vendedores, escravos sentados, encostados contra a parede, e vendedor

com cesto à cabeça. No fundo um morro.

Desenho atribuído ao autor francês Jean Charles Marie Expilly, nascido a

08.09.1814, em Salon, Bouches du Rhune, França, e falecido em 1886. Veio

para o Brasil, em 1852, tentar fortuna. Voltou para a Europa em 1858.

Gilberto Ferrez, indica como autor dos desenhos, Charles Expilly, com as datas de nascimento e morte, 1814 e 1886 – as mesmas do escritor. A Fundação Castro Maya o apresenta com o nome completo: Jean Charles Marie Expilly. A litografia

da coleção Cau Barata, é uma cópia fiel do trabalho de Expilly, no entanto, vem datada de 1881, e assinada por Y. V. - ainda não me foi possível decifrar o nome do artista. Os detalhes que seguem pertencem a esta litografia de 1881.

Detalhe do casarioUma sacada.

Page 13: O rio de janeiro visto pelos artistas franceses (parte iv)

1854Alphonse Farcy

D. Pedro II

Trabalho com a atuação de dois franceses: Alphonse

Farcy, aqui homenageado, e Auguste Bry, nascido em

1805, estabelecido em Paris, e impressor da gravura.

Alphonse Farcy, pintor e retratista francês, nascido em

1817. Estabelecido na Rue de la Harpe, 86, Paris.

Participou dos salões de 1845 e 1848, com retratos.

Page 14: O rio de janeiro visto pelos artistas franceses (parte iv)

1854Iluchar Desmons

Chácara do Barão de Mauá, Irineu Evangelista de Souza, números 99, 99-A e 99-B da Rua do Catete, desenhada no mesmo ano

em que recebera o seu título nobiliárquico (30.04.1854).

Propriedade que adquiriu por volta de 1846, a José Antonio Pinheiro, e que correspondia a

3/11 da grande chácara que pertencera a André Pires de Miranda, em épocas passadas.

Nesta propriedade, no ano de 1925, então número 113, funcionava a Sociedade

Brasiliense de Belas Letras e Ciências, que havia comprado o velho casarão, com cerca

de 6 mil m2, em 1910. Nele, a referida Sociedade instalou o Externato Santo Antonio

Maria Zacharias.

Detalhe da importante e

ilustrativa gravura de Iluchar Desmons, tomada do alto do

morro da Chácara do Barão de Mauá, com vista para o Catete, Flamengo, Largo do

Machado e Botafogo.

A gravura tem por título, “Panorama da

Cidade do Rio de Janeiro” e, por

subtítulo, “Tomado da Chacra do Sr.

Barão Maüá a vôo de passaro”. Na base da gravura constam

sete legendas.

Ao fundo, no centro da gravura, a Praia de Botafogo. No canto esquerdo, o final da Praia do Flamengo, que então terminava no Morro

da Viúva, marcando o limite entre as duas praias. O casario na base da imagem pode

estar ao longo das ruas Senador Vergueiro ou Marquês de Abrantes, que representam os antigos caminhos de acesso ao bairro de

Botafogo.

Panorâmica do Largo do Machado. O grande casarão, à esquerda, defronte ao largo,

representa o Palacete da Família Castelões, sobre o qual já apresentei um estudo no slide show da Arquitetuta Neoclássica, no Rio de

Janeiro.

Desenho esquemático: Cau Barata

A aquarela acima foi feita na mesma época da gravura de Desmons. Perceba que o casario é

o mesmo, com as mesmas proporções, aparecendo, em ambas, a torre da Capela da Carlota Joaquina, que existiu no Largo do

Machado.

Trecho da Praia do Flamengo até o seu final no Morro da Viúva.

Iluchar Desmonds nasceu em 1803, na França. Desenhista, professor e litógrafo. Chegou ao Rio de Janeiro em setembro de 1840. Foi professor de desenho em 1843, conforme anunciou no Jornal do Comércio.

Permaneceu no Rio de Janeiro até 1854, realizando desenhos e pinturas. Em Paris, para onde voltou, publicou em 1855 o álbum Panoramas de la Ville de Rio de Janeiro, com treze litografias baseadas em

obras realizadas durante sua permanência carioca. Participou da Exposição Geral de Belas Artes em 1859, com tres paisagens de Laranjeiras, bairro no qual residiu, e em 1860.

Trecho da Rua do Catete.

Largo do Valdetaro.

Largo que se formou no prolongamento da rua do Catete, entre as atuais ruas Silveira Martins e Ferreira Viana, diante das terras da família

Valdetaro. Foram proprietários de uma grande chácara que, em 1820, tinha o número 118, em cuja casa-sede faleceu o dr. Manuel de Jesus

Valdetaro, a 04.09.1807.

Page 15: O rio de janeiro visto pelos artistas franceses (parte iv)

Louis Aubrun1854

No primeiro plano: Igreja de São José.

No alto : Igreja de N.S. de Montserrat, do Mosteiro de São Bento.

Trecho do Largo do Paço, com o Mercado e o Chafariz do Valentim.

Mercado Chafariz

Vista parcial da Ilha das Cobras; ao fundo, a Serra dos Órgãos.

Três detalhes da Ilha das Cobras.

Rua Direita (hoje rua Primeiro de Março) com o passadiço.

Detalhes do “Panorama da cidade de Rio de Janeiro : Tomada a vol de Passaros do castel”, executado por Aubrun, que o Catálogo da Biblioteca Nacional identifica como Louis Aubrun, e o da Fundação Castro Maya, como Jacques Aubrun. Gilberto Ferrez o nomeia apenas de Aubrun, e chama esta litografia de “Magnífico documento do centro da cidade”.

Executada a partir de desenho de Iluchar Desmond (do quadro anterior), nas oficinas de Lemercier de Paris, em 1855.

Panorama da cidade de Rio de Janeiro : Tomada a vol de Passaros do castel

Page 16: O rio de janeiro visto pelos artistas franceses (parte iv)

Michel Fichot1854

Outra litografia baseada nos desenhos de Iluchar Desmons (citado dois quadros antes deste),

executada pelo francês Michel Charles Fichot – Panorama da cidade do Rio de Janeiro tomado do

Morro de Santo Antônio a vôo de pássaro.

A Igreja de São Francisco de Paula, em uma fotografia de 1894 (quarenta anos depois), vista do mesmo Morro de

Santo Antonio.A Igreja de São Francisco de Paula, em uma fotografia de 2009 (cento e ciquenta cinco anos depois), vista do mesmo Morro de Santo Antonio. (Foto: Cau Barata)

Michel-Charles Fichot, nasceu em 1817, em Troyes (Aube), e faleceu em 1903. Pintor, arquiteto e litógrafo. Participou

de diversos salões de Belas-Artes, em Paris, com suas litografias, na maior parte dedicada à arquitetura: tumbas,

mesquitas, capelas, igrejas, casas e interiores.

Morro do Valongo Morro da Conceição Aba do Morro de S. Bento

Palácio da Conceição em 1775. Palácio da Conceição em 1840. Palácio da Conceição em 2003.

Palácio da Conceição em 1854

Page 17: O rio de janeiro visto pelos artistas franceses (parte iv)

Paul de Saint Martin1855

Panorama de Botafogo tomado do Morro da Viúva.

Litografia sobre cartolina fina, aquarelada, dividida em três folhas, executada por Paul de Saint-Martin, na

Oficina de Lemercier, em Paris, sob desenho do artista francês Iluchar Desmons (citado nos quadros anteriores,

de Fichot, Aubrun e do próprio Desmons).

A primeira folha do panorama, na qual estão as indicações: Dessiné d´aprés nature par Desmons –

Hospicio Dom Pedro II – Fortaleza do Leme – Rua de copo a cabana.

É a parte esquerda do panorama, desde o prédio do Hospício, hoje pertencente à Universidade Federal do Rio de Janeiro até pouco antes da rua Voluntários da Pátria. Entre estas duas indicações vemos o Morro do Matias

(hoje Pasmado).

Hospício Dom Pedro II (UFRJ)

Ruínas do Forte da Vigia (Leme)

Rua de Copacabana (atual rua da Passagem)

Morro do Pasmado

Rua Voluntários da Pátria

A terceira folha do panorama tem as seguintes indicações: Nove caes – Rua nove de Botafogo – Rua

vellia de Botafogo – Lith. Par St. Martin – Imp. Lemercier, Paris. É a parte primeira do panorama, desde a rua Marquês de

Abrantes até a atual rua Farani, com o novo cais no primeiro plano.

A rua nova de Botafogo, é a atual rua Marquês de Abrantes; e, a rua velha de Botafogo, é a atual rua Senador Vergueiro. Na esquina da rua Marquês de

Abrantes com a Praia de Botafogo ficava o Palacete Abrantes, antiga casa da Rainha Carlota Joaquina.

A segunda folha do panorama traz as seguintes indicações: Rua de St. Clemente – La Gave – Rua Visconde dolinda e é esta que traz a legenda do

panorama: Botafogo tomado do morro da Viuva.

Rua São Clemente Pedra da Gávea Rua Visconde de Olinda (hoje Marquês)

O campo de visão de Paul Saint-Martin.

Paul de Saint-Martin, nasceu em 1817, em Bolbec (Seine-Inférieure), França. Pintor, paisagista e litógrafo.

Aluno de Paul Delaroche. Estabelecido em Paris, na rua Guénégaud, 19. Participou dos salões de Belas-

Artes franceses, em 1847-48, 1852, 1857, 1859, 1861, e 1863 a 1870.Esquema explicativo do Panorama de Botafogo elaborado pela Prof. Nilza Botelho.

1 – Morro da Viúva.2 – Morro do Mundo Novo.3 – Pedreira de D. Marta.4 – Corcovado.5 – Pedra da Gávea.

6 – Dois Irmãos.7 – Morro dos Cabritos.8 – Morro da Saudade.9 – Morro de São João.10 – Pedreira do Matias.

11 – Morro da Babilônia.12 – Caminho Velho de Botaogo13 – Caminho Novo.14 – Rua Visconde de Olinda.15 – Rua São Clemente.

16 – Rua de São Joaquim (Vol. Pátria).17 – Rua de Copacabana18 – Palacete Abrantes.19 – Casa do Barão de Alegrete.20 – Casa do Marquês de S. João Marcos.

21 – Arcos do Forte do Leme.22 – Hospício de D. Pedro II.23 – Bica do Cais de Botafogo.24 e 25 – Chafarizes.26 a 28 – Pontes para atracamento.

Page 18: O rio de janeiro visto pelos artistas franceses (parte iv)

Antoine Alexandre Auguste Fremy

1857Marinha

Grafite sobre papel especial, assinado At. Fremy e datado 1857. “Primoroso desenho. Vemos duas fragatas de guerra: uma francesa e outra da marinha brasileira, possivelmente a Constituição, ancoradas em frente a Villegaignon. Entre os dois navios, vai passando um vapor de rodas. Ao fundo, a entrada da barra e o Pão de

Açúcar.” (Gilberto Ferrez, Iconografia, I). Foi exposta pelo artista na Real Academia de Belas Artes, em 1860.

Antoine Alexandre Auguste Frémy nasceu em 1816, em Toulon, e faleceu em 1885, em Saint Jean de Luz. Desenhista. Iniciou seus trabalhos de desenhos no Arsenal de Toulon, tendo participado em diversas exposições com marinhas francesas: a guerra da Crimeia,

tomada de Sebastopol, etc. Realizou diversos trabalhos retratando embarcações no Brasil.

Page 19: O rio de janeiro visto pelos artistas franceses (parte iv)

Félix Thorigny1858

Paço Imperial – gravura de 1858. Paço Imperial – fotografia de 1870.

Na esquerda, um detalhe da gravura de H. Linton, baseada no desenho feito por Félix Thorigny.

Igreja Terceira do Carmo – gravura de 1858. Igreja Terceira do Carmo – fotografia de 1870.

A comparação da gravura com as fotografias de 1870, mostram a perfeição no desenho de Thorigny, retratando com fidelidade os prédios do largo do Paço.

Félix Thorigny, nasceu a 24.03.1824, em Caen (Calvados), e faleceu a 27.03.1870, diante da mesa, dentro do seu atelier, à rua Duguay-Trouin, em Paris. Este logradouro parisiense homenageia o corsário Renée Duguay-Trouin, que invadiu o Rio de Janeiro em 1711. (ver Parte III, quadro 1840, de Ferdinand Perrot). Desenhista, aluno de Julien, de Caen. Participou dos salões de artes parisienses de 1849, 1851 e 1857. Executou numerosos

desenhos para os periódicos Le Monde Illustré, Le Magazin Pittoresque, Le Musée des families, etc.

Palais de l´empereur du Brésil et église cathédrale de Rio-Janeiro. Descente à terre de l´équipage de la frégate française l´Alcmène, pour aller entendre la messe.

“A gravura de Félix Thorigny representa a tripulação da fragata francesa l´Alcmène, desfilando em frente ao Paço da Cidade, por entre grande massa de povo, tendo uma carruagem no primeiro plano, a caminho da capela real. O Paço, a

capela e a igreja do Carmo estão reproduzidos com cuidado.” (Gilberto Ferrez)

Page 20: O rio de janeiro visto pelos artistas franceses (parte iv)

1858François Pierdon

Grupo de excursionistas pescando na Cascata do Alto da Tijuca.

Desenho de François Pierdon, pintor e gravador francês. Nascido a 14.08.1821, em Saint-Gérand-le-Puy (Allier), e falecido depois de 1882. Aluno da Escola de Desenho de

Moulins e do prof. Hanoteau. Apresentou seus trabalhos em vinte salões de belas-artes, em Paris, entre 1853 e 1882.

(Coleção Cau Barata)

Page 21: O rio de janeiro visto pelos artistas franceses (parte iv)

1858

1858

Os próximos 10 (dez) quadros, ainda são dedicados ao Rio de Janeiro, como obrigatoriamente deveriam ser, já que o tema deste slide-show é dedicado ao Rio de Janeiro visto pelos artistas franceses (1551-1886).

No entanto, a diferença para os 68 quadros (artistas), das Partes I, II, III e IV, que antecederam aos próximos, é que a Cidade do Rio de

Janeiro não será retratada na sua paisagem ou arquitetura, e sim a gente do Rio de Janeiro; são gravuras dedicadas aos tipos da Cidade,

aos Cariocas, aos visitantes.

São dez caricaturas feitas por franceses, da Coleção Cau Barata; algumas debochadas, outras cômicas, outras críticas e outras documentais, que retratam o cidadão do Rio de Janeiro.

Importantes e ricos documentos iconográficos para os estudos das roupas da época, acessórios, costumes, cabelos, etc.

Page 22: O rio de janeiro visto pelos artistas franceses (parte iv)

Charles Maurand1858Dois garotos “cariocas”, em 1858, que acompanham uma dama.

Dames brésiliennes à Rio-de-Janeiro

Uma dama brasileira, acompanhada de um menino (talvez filho) e seus serviçais, passeando por uma rua do Rio de Janeiro. Destaque para o volume da vestimenta de época. Gravura executada pelo francês Charles Maurand, gravador, nascido a 03.04.1824, em Paris, e estabelecido na rua de Val-de-

Grâce, 11. Aluno de E. Guillaumont. Ainda vivia em 1881, quando participou de um salão de belas-artes, em Paris. (Coleção Cau Barata)

Page 23: O rio de janeiro visto pelos artistas franceses (parte iv)

1858Edouard Riou

Um funcionário do Palácio Imperial do Rio de Janeiro, entregando a chave do mesmo Palácio a uma autoridade.

Desenho do artista francês Edouard Riou, nascido em 1833, em Saint-Servan (Ille-et-Vilaine), e falecido

em 1900. Participou de diversos salões de belas-artes, em Paris. No salão de 1869 apresentou nove

desenhos intitulados Vues de l´Amerique du Sul. (Coleção Cau Barata)

Une clef du palais de Rio-de-Janeiro.

Page 24: O rio de janeiro visto pelos artistas franceses (parte iv)

Adolphe Gusmand1858Une vente d´esclaves, à Rio-de-Janeiro. Uma venda de escravos no Rio de Janeiro.

Desenho de François-Auguste Biard (que segue no qadro seguinte), gravado

pelo francês Adolphe Gusmand, nascido a 14.12.1821, em Paris, e

falecido em 1905. Estabelecido na Rua da Fontenelle, 40, em Montmartre.

Medalha de 3.ª Classe no Salão de Paris de 1857. Apresentou diversas de suas gravuras nos salões de Paris, entre 1848 e 1880. Gravou muitos trabalhos de Gustavo Doré, expostos nos salões

de Paris, e outros estampados na revista Monde Illustré.

Page 25: O rio de janeiro visto pelos artistas franceses (parte iv)

François Biard1858

Negro com fumo na boca, segurando um guarda-chuva.

Nègre gandin, à Rio-de-Janeiro.

Desenho de François-Auguste Biard, pintor e desenhista, nascido a 08.10.1798, em Lion (Rhôme), e falecido a 22.06.1882, em Plâteries,

Fontainebleau, França. Aluno da Escola de Belas Artes de Lyon, onde foi aluno de Pierre Henri Revoil. Professor de desenho da corveta La Bayadère

(1827-1828).

Medalha de prata no Salão de Paris de 1824. Medalha de 2.ª Classe no salão de 1827; e de 1.ª Classe no salão de 1836. Participou de diversos salões de

belas-artes, entre 1824 e 1868. No salão de 1861, apresentou o desenho “Vente d´esclaves dans les états d´Amerique du Sud” e um Retrato do

Imperador D. Pedro II.

Chegou ao Brasil em 1858, fixando-se no Rio de Janeiro. Viajou, depois, pelo Amazonas e Pará e retornou para a Europa em fins de 1859.

Page 26: O rio de janeiro visto pelos artistas franceses (parte iv)

J. Facnion1858Les sapeurs de la garde nationale de Rio-de-Janeiro.

Curioso e fantasioso desenho, retratando o uniforme dos soldados da Guarda Nacional do Rio de Janeiro, segurando

machados (?). Gravura executada por J. Facnion, sobre quem nada se sabe.

Page 27: O rio de janeiro visto pelos artistas franceses (parte iv)

Jean Gauchard1858Vêtu de blanc

Gravura de Félix-Jean Gauchard, gravador, nascido a 12.03.1825, em Paris, e falecido em 03.12.1872, em Paris. Aluno de Porret. Estabelecido na rua Cherche-Midi, 112.

Participou de diversos salões de artes em Paris, entre 1851 e 1872. Executou alguns desenhos de Doré.

Page 28: O rio de janeiro visto pelos artistas franceses (parte iv)

Lanier (?) 1858Nègres gandins, à Rio-de-Janeiro.

Outro interessante desenho de três negros conversando em algum lugar da Cidade do Rio de Janeiro, descalços, com chapéus e cigarros de palha nos lábios e, da mesma forma

que o desenho de Biard, portando guarda-chuvas ou guarda-sóis.

Page 29: O rio de janeiro visto pelos artistas franceses (parte iv)

P. 1858

Detalhe da gravura “Nègre commissionaire, à Rio-de-Janeiro”

(cesto, talvez de pães), cujo gravador assina apenas P., o que

tornou difícil idendificá-lo.

Nègres commissionaire, à Rio-de-Janeiro.

Page 30: O rio de janeiro visto pelos artistas franceses (parte iv)

François Trichon 1858Négresses, à Rio-de-Janeiro.

Detalhe da gravura “Négresses, à Rio-de-Janeiro”, de Trichon. Duas negras cariocas conversam, uma de pé, outra sentada e, ao longe, uma terceira - provável vendedora de frutas (muito comum nas aquarelas de Debret) - se afasta.

François Auguste Jeaux Trichon, gravador francês, nascido a 01.11.1814, em Paris, e falecido a 14.09.1898, em Boilogne-sur-Seine. Aluno de K. Brown. Participou de diversos salões

de artes em Paris, entre 1848 e 1882.

Page 31: O rio de janeiro visto pelos artistas franceses (parte iv)

Léon Chapon 1858

Detalhe de um móvel da sala da Imperatriz do Brasil, Dona Amélia Augusta Eugênia

Napoleona de Beauharnais (Milão, 31 de julho de 1812 — Lisboa, 26 de janeiro de 1876), princesa de Leuchtenberg. Foi a segunda mulher de D. Pedro I.

Gravura do francês de Léon-Louis Chapon, nascido a

05.03.1836, em Paris. Entrou para a Escola de Belas Artes de Paris, a 31.03.1853, e foi aluno

de François Auguste Jeaux Trichon - citado no quadro

anterior.

A imperatriz Amélia, em 1829, pelo francês Jean-Baptiste Aubry-Lecomte.

A imperatriz Amélia, em 1840, pelo artista

Nachman.

Page 32: O rio de janeiro visto pelos artistas franceses (parte iv)

Mais uma homenagem ao ano da França no Brasil que se festeja em 2009.

Pesquisa de imagens, desenhos, formatação, animação, tratamento das imagens e texto: Cau Barata

29.08.2009 – 13.10.2009.

FIM DA QUARTA PARTE

Série Artistas Franceses no Rio de Janeiro – Parte IV (de VI)

O RIO DE JANEIRO

Visto pelos artistas franceses (1546-1886)Pintores, Litógrafos e Gravadores.

Dedicado aos apaixonados pela história do Rio de Janeiro e aos estudantes das belas-artes.

Page 33: O rio de janeiro visto pelos artistas franceses (parte iv)

CATÁLOGO DE PPS

CATÁLOGO DOS TRABALHOS EM POWER POINTDe Carlos Eduardo de Almeida Barata (Cau Barata)

7. 2008 - 100 anos de Rio de Janeiro 1908-2008 - PARTE I - Enviado em 18.11.2008.8. 2008 - 100 anos de Rio de Janeiro 1908-2008 - PARTE II - Enviado em 20.11.2008.9. 2008 - 100 anos de Rio de Janeiro 1908-2008 - PARTE III - Enviado em 08.12.2008.

6. 2007 - 100 anos de Rio de Janeiro 1907-2007 - Enviado em 30.10.2007.

10. 2008 – Os Prefeitos e suas Ruas - PARTE I - Enviado em 28.10.2008.11. 2008 – Os Prefeitos e suas Ruas - PARTE II - Enviado em 10.11.2008.

1. 2003 – O Rio de Janeiro de 1903 - A "Batalha de Flores“ (de 2003) - Reenviado em 27.11.2008.

12. 2008 – Tipos da Cidade do Rio de Janeiro, 1840-1928 - Parte I (1840-1905) - Enviado em 20.12.2008.

4. 2006 – Incêndio Destrói o Teatro João Caetano (26.01.1856) - Enviado em 26.01.2006.

13. 2009 – Passeios pelo Rio de Janeiro, I - Largo da Carioca (1898) - Enviado em 12.02.2009.14. 2009 – O Rio de Janeiro e sua arquitetura Neoclássica - Enviado em 25.03.2009.15. 2009 – O Rio de Janeiro visto pelos artistas franceses (Parte I) - Enviado em 14.06.2009.

3. 2005 – A Festa de Natal no Rio de Janeiro, 1588-2005 (de 2005) - Reenviado em 02.12.2008.

5. 2006 – Boulevar Carceler (Rua Primeiro de Março) - Enviado em 26.07.2006.

2. 2005 – E fez-se a Luz - a iluminação da Cidade do Rio de Janeiro - Enviado em 09.12.2005.

16. 2009 – O Rio de Janeiro visto pelos artistas franceses (Parte II) - Enviado em 08.07.2009.16. 2009 – O Rio de Janeiro visto pelos artistas franceses (Parte III) - Enviado em 28.08.2009.