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Universidade de Brasília
ADELAIDE LOURENÇA GONÇALVES DE FREITAS
O RESGATE SOCIAL E O COMBATE À EVASÃO ESCOLAR POR
MEIO DO ESPORTE
Brasília
2007
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ADELAIDE LOURENÇA GONÇALVES DE FREITAS
O RESGATE SOCIAL E O COMBATE À EVASÃO ESCOLAR POR
MEIO DO ESPORTE
Trabalho apresentado ao Curso deEspecialização em Esporte Escolar doCentro de Educação à Distância daUniversidade de Brasília em parceriacom o Programa de CapacitaçãoContinuada em Esporte Escolar doMinistério do Esporte para obtenção dotítulo de Especialista em EsporteEscolar.
Orientadora:Profª. Ms. Sonia Nogueira
Brasília
2007
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FREITAS, Adelaide Lourença Gonçalves
O Resgate Social e o Combate à Evasão Escolar por meio do Esporte. Brasília, 2007.
36 p.
Monografia (Especialização) – Universidade de Brasília. Centro de Ensino a Distância,
2007.
1. Resgate Social 2. Evasão escolar 3. Esporte 4. Inclusão
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ADELAIDE LOURENÇA GONÇALVES DE FREITAS
O RESGATE SOCIAL E O COMBATE À EVASÃO ESCOLAR PORMEIO DO ESPORTE
Trabalho apresentado ao Curso deEspecialização em EsporteEscolar do Centro de Educação àDistância da Universidade deBrasília em parceria com oPrograma de CapacitaçãoContinuada em Esporte Escolar doMinistério do Esporte paraobtenção do título de Especialistaem Esporte Escolar pelaComissão formada pelosprofessores:
Presidente: Professora Ms. Sonia Terezinha Oliveira Nogueira
Faculdade Central de CristalinaMembro: Professora Mestre Maysa Barreto Ornelas
Universidade Federal de Brasília
Brasília, 18 de agosto de 2007.
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Dedico a Deus, ser supremo e autor da
vida. À minha mãe, filhos, irmãos,
namorado e amigos, pelo incentivo e
carinho.
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AGRADECIMENTOS
Aos meus familiares, que compreenderam
a minha ausência, valorizando e respeitando
um ideal profissional.
Especialmente a meus queridos filhos, que
isso possa servir de incentivo e descobrir
que o maior ouro de um ser humano é seu
conhecimento.
Ao corpo docente da Universidade de
Brasília, em especial do Centro de Ensino a
Distância, que com sabedoria, disciplina,
profissionalismo e dedicação ensinaram-me
que o crescimento humano passa, também,
pelo conhecimento e experiência curricular.
Espero ter coragem e dignidade para seguir
esta trilha.
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Os rios são caminhos que andam eque nos levam aonde queremos ir.
Blaise Pascal
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RESUMO
O presente trabalho consiste em uma pesquisa exploratória, que tem como
objetivo, analisar a evasão escolar e propor o esporte como solução para essa
questão que vem causando preocupações na sociedade no geral. Através da
identificação das causas e conseqüências da evasão, desenvolvem-se ações no
sentido de conduzir o corpo docente à valorização da Educação Física e dos
jogos esportivos, conscientizando-os de que a prática desportiva aprimora
condições sociais e individuais, auxiliando na formação da personalidade, através
dos estímulos pela prática de jogos sadios, fazendo com que o educando dê a
devida importância á prática. Num primeiro momento, apresentam-se os aspectos
da Educação no Brasil e a proposta de resgate social através da inclusão,
abordando temas relacionados ao processo inclusivo como o papel do professor,
a formação deste na educação inclusiva, a importância do esporte inclusivo. De
acordo com o enfoque atual, a inclusão pelo esporte é uma questão vinculada à
necessidade da participação social da criança/adolescente como cidadão, que
tem o direito de ser respeitado e acolhido na sociedade, devendo encontrar as
mesmas condições para o desenvolvimento de suas capacidades bio-psico-
sociais.
Palavras-Chave: 1. Resgate Social 2. Evasão escolar 3. Esporte 4. Inclusão
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO___________________________________________________ 10
1. PROCESSO HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO___________________________13
1.1 Evasão Escolar________________________________________________15
1.2 A Educação Física Escolar e a Pedagogia do Esporte como
Forma de Inclusão________________________________________________17
1.3 Cultura Desportiva _____________________________________________22
2. METODOLOGIA________________________________________________23
2.1 Caracterização da Amostra______________________________________ 24
2.2 Universo de Pesquisa __________________________________________25
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES __________________________________ 26
CONSIDERAÇÕES FINAIS ________________________________________32
REFERÊNCIAS _________________________________________________ 34
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INTRODUÇÃO
Oferecer oportunidades educacionais a todos os alunos tem sido o grande
desafio da educação na atualidade. O reconhecimento da existência de ritmos,
estilos e potencialidades diferenciadas no âmbito educacional, reflete a
importância de se levar em conta a diversidade dos alunos que atualmente se
encontram nos sistemas de ensino. Professores e corpo técnico pedagógico têm
sido convidados, diariamente, a repensar suas práticas educativas e propor novas
possibilidades de atividades educacionais, de forma a permitir que um maior
número de alunos possa se beneficiar de contextos educativos que favoreçam um
desenvolvimento mais pleno de suas potencialidades.
O movimento crescente de uma educação que permitiu o olhar inclusivo
ganhou força no início da década de noventa como resposta a mudanças em
relação aos modelos e serviços educacionais oferecidos a alunos com
necessidades especiais. As salas de aulas inclusivas partem do pressuposto
filosófico de que todos os alunos podem e devem fazer parte da vida escolar e
comunitária. Enfatiza-se a diversidade e a expressão de todos independentes de
talento, deficiência, origem socioeconômica ou cultural - e com esta diversidade
estabelecer o respeito a ritmos, habilidades e estilos de aprendizagem.
Existem inúmeros problemas que dificultam tanto o acesso como o sucesso
escolar dos alunos na atualidade e tudo isso se reflete nos altos índices de
reprovação e abandono registrados nas escolas públicas brasileiras.
O problema da evasão vem ocasionando outros que o sistema não
consegue solucionar, como a distorção da idade/série, já que uma maioria após
abandonar a vida acadêmica, só retorna à escola pela necessidade de completar
sua formação pelo mais variados motivos ou realização pessoal ou profissional.
A escolha do problema apresentado neste trabalho deve-se ao fato dos
índices apontados em gráficos de escolas públicas do município de Planaltina-GO
comprovarem o número alarmante de alunos do Ensino Fundamental e Médio que
abandonaram a vida escolar, causando sérios problemas não só à sociedade, a
qual gera um número significativo de excluídos, como também à própria pessoa, a
partir do momento em que a frustração pelo fracasso começa a angustiá-lo.
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A sociedade contemporânea vem buscando solucionar todos esses
problemas que resultam em dados negativos dentro do sistema educacional,
porém essa tarefa exige mais que simples pesquisa. Fazem-se necessárias ações
direcionadas no intuito de solucioná-las.
A evasão escolar a cada dia vem tornando-se um assunto inevitável dentro
das secretarias escolares e estabelecimentos educacionais, que não conseguem
reduzir os índices de evasão escolar. Então, qual o caminho a ser seguido? Em
que sentido o esporte pode auxiliar no aspecto de inclusão destes alunos na
escola? Seria o esporte uma via para a manutenção do interesse do aluno pela
escola, pela busca de conhecimento?
Atualmente, a banalização do esporte nas escolas vem tornando este
quadro de abandono à vida nas escolas mais aparente. Isso acontece devido ao
fato dos alunos enfrentarem diversos problemas de cunho familiar e social e se
identificarem com o esporte, sendo que, de certa forma, é nas aulas de educação
física que os mesmos conseguem descarregar suas frustrações, se socializarem
e sentirem realizados como seres atuantes, capazes de realizar qualquer
atividade proposta dentro das disciplinas escolares.
O presente trabalho tem como objetivo geral analisar a evasão escolar e
propor o esporte como solução para essa questão que vem causando
preocupações na sociedade no geral. Especificamente, busca-se identificar as
causas e conseqüências da evasão escolar; desenvolver ações que levem o
corpo docente à valorização da disciplina de Educação Física e dos jogos
esportivos e criar a conscientização de que a prática desportiva aprimora
condições sociais e individuais, auxiliando na formação da personalidade por
meio dos estímulos pela prática de jogos sadios, fazendo com que o educando
passe a valorizar esta atividade, e que esta sirva como referência para sua
realização pessoal.
O tema abordado é de grande relevância, pois busca a conscientização do
esporte como meio de despertar os alunos para a vida escolar, por meio do qual
se pode garantir o desenvolvimento global e o exercício de cidadania.
Dessa forma, o esporte passa a ser uma das alternativas para resgatar o
aluno para o ambiente escolar, o que é necessário para o sucesso do mesmo
como cidadão participativo na sociedade em que está inserido.
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A qualidade na educação deve ser bem analisada, pois esta vai além do
simples material, se estendendo à instrução e formação do corpo docente que,
em alguns casos, não tem nenhuma didática para exercer atividades relacionadas
ao esporte como meio de resgatar o aluno para a vida social. Portanto, faz-se
necessário a formação deste profissional para que o processo ensino-
aprendizagem ocorra, tendo como referência a construção de competências,
observando aspectos conceituais, procedimentais e atitudinais.
O estudo da evasão escolar hoje não é mais uma formalidade, mas sim
uma exigência, pois é algo com o qual convivemos em nosso cotidiano, porém até
o momento, os programas lançados não foram capazes de solucioná-lo.
Trata-se de uma pesquisa mista, onde aliamos os aspectos bibliográficos à
pesquisa da vivência educacional, analisando como os professores e órgãos
encarregados pela educação do município de Planaltina têm o aspecto da evasão
escolar, quais as medidas que estão sendo tomadas e como o profissional do
esporte pode auxiliar para amenizar esta situação.
A pesquisa foi realizada nas escolas das redes municipal e estadual do
Município de Planaltina-GO, que atendem alunos da pré-escola e Ensino
Fundamental e Médio. Foi realizada uma entrevista com a Secretária de
Educação do município e também com o Secretário de Esportes. Profissionais da
área do magistério e educação física foram consultados por meio de um
questionário sobre a evasão escolar, gerando contribuições em forma de
sugestões para solucionar o problema que é tão latente em nosso município.
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1. PROCESSO HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO
A História da Educação no Brasil, como um processo sistematizado de
transmissão de conhecimentos, é indissociável da história da Companhia de
Jesus. As negociações de Dom João III, O Piedoso, junto a esta ordem
missionária católica, podem ser consideradas um marco.
Como afirma Sanfelice (1999, p. 47),
É fundamental estudar a história da educação, atentando-separa alguns pontos fundamentais no que se refere ao papeldesempenhado pela educação nas diferentes organizaçõesda sociedade: a relação entre Estado e sociedade civil, opapel do Estado e sua representatividade, o modeloeducacional desenvolvido para os trabalhadores e o modelodesenvolvido para as elites e o ideal de homem cidadão. Oestudo da história deve possibilitar compreender as relaçõesde poder e os mecanismos de exclusão que se produz ereproduz em determinados contextos sociais, para alavancarmudanças que possibilitem a superação das condiçõessociais.
A história da Educação no Brasil começa em 1549, com a chegada dos
padres jesuítas, responsáveis pelo lançamento das bases de um vasto sistema
educacional, que se desenvolveu progressivamente com a expansão territorial da
colônia. Por dois séculos, eles foram quase os únicos educadores do Brasil.
Desde a expulsão dos jesuítas, em 1759, até a transferência da corte
portuguesa para o Brasil, em 1808, a educação na colônia passou por um período
de desagregação e decadência. Porém, com a chegada do príncipe regente, D.
João VI, modificou-se a política educacional que o governo português adotava em
relação ao Brasil. Diversas instituições educativas e culturais foram inauguradas.
Surgiram os primeiros cursos superiores: escolas de direito, medicina,
engenharia, mas não universidades. Os níveis básicos da educação, entretanto,
continuaram ignorados.
Com a independência conquistada em 1822, surgiram novos ideais e a
Assembléia Nacional Constituinte discutiu seriamente a questão da educação
popular. Uma lei de 1827 estabeleceu que se criassem escolas primárias em
todas as cidades e vilas mais populosas. Infelizmente, estas leis não foram
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implementadas e, em 1834, a educação primária passou para a responsabilidade
das províncias.
A ausência de um centro de formulação da política educacional,
indispensável face às características culturais e políticas do País, acabou
comprometendo o desenvolvimento da educação popular. A expansão do ensino
foi lenta e irregular. A proclamação da República, em 1889, pouco alterou este
panorama, a não ser pela expansão do ensino superior, com a criação de grande
número de escolas para a formação de profissionais liberais.
A política educacional começou a se modificar após a Primeira Guerra
Mundial, quando surgiu uma geração de grandes educadores, como Anísio
Teixeira, Fernando de Azevedo, Lourenço Filho e Almeida Júnior. Datam deste
período diferentes reformas do ensino nos estados. O Manifesto dos Pioneiros da
Educação de 1932 sintetizou esse movimento, explicitando os pontos centrais de
uma ampla reforma da educação nacional e influiu poderosamente em toda a
orientação posterior. Datam da década de trinta a criação das primeiras
universidades brasileiras e amplas reformas do ensino nos demais níveis, que
foram fundamentais, apesar da inspiração burocrática que as guiou, decorrentes
da implantação de um regime autoritário.
A redemocratização que se seguiu à Segunda Guerra Mundial levou a
um novo ímpeto reformista, de cunho mais popular. Surge nessa época um
admirável movimento em prol da escola pública, universal e gratuita, que
repercutiu diretamente no Congresso Nacional e culminou com a promulgação,
em 1961, da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, após difícil
trajetória que durou 13 anos.
Com a instalação de um novo regime autoritário, em 1964, arrefeceu o
debate popular, mas a ação governamental promove uma considerável ampliação
do sistema de ensino, inclusive o do superior. Criam-se agências de apoio à
pesquisa e à pós-graduação. Amplia-se o ensino obrigatório de quatro para oito
anos. Algumas leis fundamentais foram promulgadas, como a 5.540/68 e a
5.692/71, que introduzem mudanças importantes nos diferentes níveis de ensino
e que continuam em vigor até hoje.
A Constituição de 1988, promulgada após amplo movimento de
redemocratização do País, abriu um novo período. Ampliaram-se
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consideravelmente as responsabilidades do Poder Público para com a educação,
dando origem ao novo movimento de reforma ainda em curso atualmente.
A Educação Física, por sua vez, não ficou à margem deste processo
histórico, estando presente desde o Brasil colônia, nos rústicos movimentos
exercidos pelos índios e negros e na herança dos jogos e brincadeiras. No Brasil
República, a ginástica começou a fazer parte dos currículos escolares e, no Brasil
República inicia-se a profissionalização da Educação Física.
Nos anos setenta, marcados pela ditadura militar, a Educação Física
passou a ser usada não para fins educativos, mas como propaganda do governo,
sendo todos os ramos e níveis de ensino voltados para os esportes de alto
rendimento. Nos anos oitenta, a Educação Física passa por uma crise
“existencial”, voltando seus princípios para a sociedade competitiva, sociedade
de campeões, onde as empresas é que desenvolviam estes profissionais.
E, a partir da década de noventa, o esporte passou a ser visto como
acessível a todos e como meio de promoção à saúde, cabendo ao profissional da
Educação Física a competência de mediar e conduzir todo o processo.
1.1 Evasão Escolar
Pode-se encontrar o seguinte trecho no artigo 53 do Estatuto da Criança
e do Adolescente – ECA (1990): “A criança e o adolescente têm direito à
educação, visando o pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o
exercício da cidadania e qualificação para o trabalho", e vem ratificar a crença da
sociedade brasileira na educação enquanto instrumento de construção de
cidadania. Porém, segundo Ferraro (2003) “como apontam os altos índices de
exclusão escolar - marcadamente os de evasão, do analfabetismo e da repetência
- a escola com qualidade social no Brasil ainda é um privilégio de alguns”.
Um dos aspectos do direito da criança e do adolescente refere-se ao
direito à escolarização. No artigo 53, do ECA, estão previstos os direitos do
usuário da escola, quais sejam: igualdade de condições para o acesso e
permanência na escola; direito de ser respeitado por seus educadores; direito de
contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias escolares
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superiores; direito de organização e participação em entidades estudantis; acesso
à escola pública e gratuita, próxima de sua residência.
Atualmente no Brasil, a evasão escolar entendida como interrupção no
ciclo de estudo, causa prejuízos significativos sob o aspecto econômico, social e
humano em qualquer que seja o nível de educação.
A evasão escolar é um problema crônico em todo o Brasil, sendo muitas
vezes passivamente assimilada e tolerada por escolas e sistemas de ensino, que
chegam ao cúmulo de admitirem a matrícula de um número mais elevado de
alunos por turma do que o adequado já contando com a "desistência" de muitos
ao longo do ano letivo.
Aqui se pode concordar com Fregoneis (2002) ao afirmar que, “O país tem
perdas similares, pois para assumir o ‘mundo das novas idéias’ só é possível por
meio da educação”, uma vez que esta constitui o alicerce para que os indivíduos
propiciem as verdadeiras mudanças sociais necessárias ao desenvolvimento
econômico e técnico-científico e, conseqüentemente, a melhoria da qualidade de
vida e do progresso da nação.
Verifica-se que, entre os vários problemas que afligem a educação, a
evasão escolar e a reiteração de faltas injustificadas apresentam-se como um
grande desafio àqueles que estão envolvidos com o referido direito. É uma
questão relevante, a ponto do Estatuto da Criança e do Adolescente estabelecer a
necessidade ser partilhado tal problema, para evitar a sua ocorrência, deixando
de ser um problema exclusivo e interno da instituição de ensino.
É importante destacar que o combate à evasão escolar começa com o
fornecimento de uma educação de qualidade, com professores capacitados,
valorizados e estimulados a cumprirem sua nobre missão de educar (e não
apenas, como mencionado, ensinar), dando especial atenção àqueles alunos que
se mostram mais indisciplinados e que apresentam maiores dificuldade no
aprendizado (pois são estes, mais do que qualquer outro, que necessitam de sua
intervenção), exercendo sua autoridade, estabelecendo limites e distribuindo
responsabilidades, sem jamais deixar de respeitá-los; conselhos escolares
realmente participativos, representativos e atuantes; escolas que apresentem
instalações adequadas, asseio, organização e segurança, enfim, que haja um
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ambiente propício ao estudo e à aprendizagem, no qual o aluno se sinta
estimulado a permanecer e a aprender.
Vê-se a necessidade de políticas públicas preventivas à evasão escolar, de
uma política educacional que incentive a permanência da criança e do
adolescente na escola.
1.2 A Educação Física Escolar e a Pedagogia do Esporte como forma de
inclusão
A Educação Física é uma disciplina que possibilita, talvez mais do que as
outras, espaços onde se pode dar início a mudanças significativas na maneira de
se implementar o processo de ensino/aprendizagem, tendo em vista as diversas
situações em que os dados do cotidiano associados à cultura de movimentos
podem ser utilizados como objetos para reflexão.
A proposta da educação inclusiva prevê a transformação das salas de aula,
convidando alunos a aprenderem sobre diferenças culturais, sociais, familiares,
de gênero e de raça, entre aptidões e habilidades, contribuindo para a eliminação
de estereótipos e preconceitos (STAINBACK; STAINBACK, 1999).
Em estudo sobre educação inclusiva, Faleiros (2001) verificou que os
alunos incluídos apresentaram ganhos quanto à socialização e a aprendizagem,
contudo, a escola não fornece o apoio necessário para a inclusão desses alunos
(TESSARO; WARICODA; BOLONHEIS; ROSA, 2005).
Segundo Sartoretto (2000), a inclusão é um processo de reformas
profundas do sistema escolar para atender melhor a todos os alunos.
A Educação Física tem grande influência na saúde das crianças e jovens,
exercendo importante papel formativo e socializador.
De acordo com Freire (1989, p. 84),A Educação Física não é apenas educação do ou pelo movimento: é
educação de corpo inteiro, entendendo-se, por isso, um corpo em
relação a outros corpos e objetos, no espaço. Educar corporalmente uma
pessoa não significa provê-la de movimentos qualitativamente melhores,
apenas significa também educá-la para não se movimentar, sendo
necessário para isso promoverem-se tensões e relaxamentos, fazer e
não fazer.
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Conforme Santos (2000, p. 76),
(...) as mudanças são difíceis e a educação inclusiva não éuma ação isolada da educação especial, ela éprincipalmente: uma transformação, uma mudança deconduta, um novo pensar, um novo fazer, um novorelacionar, uma forma de ensinar e porque não dizer – deaprender, da educação comum.
Yewchuk e Lupart (2000) apontam que há ampla diferença tanto em sua
definição quanto na forma como vem sendo praticada em países, como Estados
Unidos e Canadá. Segundo essas autoras algumas condições necessárias para a
efetivação da educação inclusiva, como (a) treinamento e desenvolvimento
profissional; (b) recursos materiais e profissionais disponíveis ao professor; e (c)
apoio administrativo.
Rodrigues (2005) afirma que, a inclusão é o crescimento de todos no
respeito à diferença, no convívio com a diversidade. Trata-se de um longo
caminho que se inicia.
O processo de inclusão surgiu para romper com as fronteiras de
segregação dos indivíduos com necessidades especiais.
A preocupação no ensino tem aumentado a busca pelo desenvolvimento
de crianças e jovens nos esportes. Por isso, a importância do esporte na
educação.
O Esporte é a mais conhecida é a mais admirada das manifestações
culturais expressas pelo movimento humano. Frente a isso, Kunz (1994)
argumenta que para torná-lo uma realidade educacional potencializadora de uma
educação crítica emancipatória, é imperativo sua transformação didática
pedagógica.
Dentro da proposta apresentada nos PCNs (Brasil,1998, p. 62), a área de
Educação Física caracteriza-se como “[...] a área de conhecimento que introduz e
integra os alunos na cultura corporal de movimento, com finalidades de lazer, de
expressão de sentimentos, afetos e emoções, de manutenção e melhoria da
saúde”.
Segundo Tubino (2001), "o esporte é um fenômeno social que atingiu
níveis muito complexos de desenvolvimento nas diversas sociedades."
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Freire (1989), mostra a importância do conhecimento que a criança possui:
para ele a criança é um especialista de brinquedo. Com isso devemos fazer o
resgate da cultura de jogos e brincadeiras e outras atividades que compõem o
universo cultural dos alunos.
O trabalho com esporte é importante por visar, além do
desenvolvimento e aprendizado da criança e do jovem, a aquisição de hábitos e
condutas motoras (ampliando-se o repertório motor) e o entendimento do esporte
como um fator cultural (humano), estimulando sentimentos de solidariedade,
cooperação, autonomia e criatividade, salvaguardando-se a orientação por
profissionais qualificados, e não se preocupando com o resultado imediato,
deixando este momento para posteridade, quando se dará início a formação de
cidadãos e atletas (SCAGLIA, 1996)
Tubino (1992) evidencia que o principal equívoco histórico do
entendimento do esporte-educação é a sua percepção como um ramo do esporte-
performance, ou de rendimento. Nesta percepção equivocada, as competições
escolares, que deveriam ter um sentido educativo, tem o sentido de reproduzir as
competições de alto nível, com todas as suas características, inclusive com seus
vícios, deformando qualquer conceito de educação.
A educação tem um papel crítico-transformador no comportamento do
indivíduo. Sendo assim, o Esporte Educacional propõe uma transformação
integral no individuo (MORIN, 2003). Conforme Freire (1997) os jogos podem ser
de grande importância para uma aprendizagem lúdica e afetiva, em todos os
aspectos, porque o corpo não trabalha por si só, ele precisa de alguém que o
comande e o instrua, para que aos poucos a criança consiga alcançar seus
objetivos.
Afirma Piccolo (1999, p. 38) que, “ensinar a praticar esporte é preparar o
aluno para executar determinadas habilidades por meio da descoberta do prazer
de se exercitar. É conscientizá-lo de suas capacidades e limitações. É mostrar
diferentes maneiras de aprender um movimento”.
Aqui se entende que o esporte na escola contribui para as mudanças,
criações, idéias e adaptações das diversas atividades em suas regras, permitindo
que mais alunos participem e contribuam para novas re-significações de jogos. O
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esporte, além de uma competição e das disputas dentro dos estádios e ginásios
constitui de uma importante ferramenta de inclusão social.
De acordo com Dória e Tubino (2006, p. 03),
(...) as atividades de lazer esportivo, mais do que preenchero tempo ocioso, desempenham um papel importante na vidadas pessoas: são fundamentais para o desenvolvimento dasociabilidade e das relações interpessoais. Esporte é umfenômeno social, na história da humanidade, as dimensõesda motricidade humana assumiram formas e significadosdistintos dependendo da geografia e o espaço temporal.
Afirma ainda Tubino (2001, p. 10),
Admitindo-se que existiu um esporte da Antigüidade, cujasmanifestações mais importantes foram os jogos gregos(olimpíadas gregas, jogos fúnebres, jogos típicos, etc.),percebe-se que o chamado esporte moderno surgiu noséculo passado, criado por Thomas Arnold, na Inglaterra.Numa perspectiva pedagógica que em momento algumrestringiu os aspectos agonísticos das competições.
Tubino (2002), explica o esporte a partir de três manifestações: esporte-
educação, que tem como meta o caráter formativo; esporte-participação, na qual
sua finalidade é o bem estar e participação do praticante; esporte-performance,
objetivando o rendimento dentro de uma obediência rígida às regras e aos
códigos existentes para cada modalidade esportiva.
Acredita-se que o esporte deva estar presente na Educação Física Escolar,
pois este fenômeno está culturalmente enraizado na sociedade, e necessita de
uma atenção especial para que se possa oferecer aos alunos condições de
entendê-lo e refletir sobre suas variadas possibilidades. Da mesma forma que os
acontecimentos da sociedade exercem influência na escola, reciprocamente a
escola também possui a propriedade de intervir nesta sociedade (BARROSO e
DARIDO, 2006).
Por mais que o discurso corrente, no âmbito da Educação Física Escolar,
esteja pautado na defesa da adaptação, pelos professores, de jogos, movimentos,
exercícios, etc., em prol da inclusão de todos nas aulas; a prática mostra que, em
grande parte das situações, estas adaptações tomam como referência valores
construídos externamente, por pessoas e grupos específicos. A adaptação é uma
atitude louvável, mas só isto não basta para a construção de culturas de inclusão.
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É papel da Educação Física Escolar ressignificar os sentidos e, desta
forma, contribuir para a reflexão sobre o sofrimento ético-político dos indivíduos
que estão em situação de exclusão ou estão incluídos de forma perversa, dentro
do sistema escolar, e que “qualifica-se pela maneira como sou tratada e trato o
outro na intersubjetividade, face a face ou anônima, cuja dinâmica, conteúdo e
qualidade são determinados pela organização social” (SAWAIA, 2002).
Segundo Gallagher (2002), a inclusão é a mais influente tendência da
educação norte-americana da última década. Ela tem sido realizada com um
professor especialista ou por meio de grupos de interesses formados em
subgrupos nas classes regulares, em oposição às iniciativas de espaços
segregados nos contextos regulares de ensino. Este autor enfatiza que dois
valores contraditórios têm chamado a atenção na educação americana, a
eqüidade e a excelência. Ambas apresentam aspectos favoráveis e
desfavoráveis. Em se tratando de eqüidade, as ofertas beneficiariam alunos de
famílias carentes, que não apresentam condições econômicas de encaminhar
filhos aos programas de atendimento, equalizando e aumentando a chance
destes alunos. Por outro lado, ressaltando a excelência, lembra que a nova era do
conhecimento exige uma performance de melhor qualidade, o que requer grandes
investimentos dos sistemas educacionais no que diz respeito à formação do
professor, à proposta curricular e à organização física da escola.
É preciso, portanto, criar culturas de inclusão que favoreçam o acolhimento
do outro não pelo que ele produz ou pelas formas que ele exibe, mas pelo que ele
é, independentemente de suas diferenças. Desta forma, não se pode adaptar pelo
outro, sem que este participe ativamente desta elaboração, dizendo o que
necessita, o que deseja, como se sente.
1. 3 Cultura Desportiva
A criança forma o seu imaginário social, cultural e lúdico, através do seu
pensar, agir e sentir, que até a idade do adolescente, configura-se, especialmente
pela brincadeira e o jogo. (KUNZ, 1994).
A criança, pelo seu brinquedo e jogo, quer interagir com o mundo, o mundo
real, dos objetos e com os outros. O brincar torna-se para a criança sua forma de
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22
expressão com a vida. No seu brincar a criança constrói simbolicamente sua
realidade e recria o existente, Porém, este brincar criativo, simbólico e imaginário
enquanto poder infantil de conhecer o mundo e se apropriar originalmente do real
está ameaçado ao desaparecimento, alerta Oliveira (1991). E o responsável por
este desaparecimento é, justamente, a indústria cultural do brinquedo, a
mercadorização do brinquedo infantil e a influência da televisão.
É também no brinquedo e no jogo que atualmente começam a se destacar
mais fortemente e mais precocemente uma socialização específica para os sexos,
ou seja, há o brinquedo e a brincadeira da menina e o brinquedo e a brincadeira
do menino. Isto tudo fortemente destacado pela indústria cultural do brinquedo e
pelos meios de comunicação, quando não, pela própria escola.
A prática de atividades lúdicas tanto das crianças como dos adultos, se
relaciona muitas vezes à cultura do movimento da sociedade a que pertencem.
Nos estudos da educação física, as atividades lúdicas da criança são
muitas vezes analisadas com vistas à melhoria do rendimento do aluno, seja nas
atividades esportivas de competição no futuro, seja nas demais atividades
escolares. Trata-se de uma visão muito reduzida das possibilidades pedagógicas
destas atividades.
Nas nossas sociedades de rendimento atual, é um problema pedagógico
transformar atividades lúdicas do brincar e jogar que contrastam frontalmente com
as atividades “sérias” do trabalho e das demais tarefas escolares, em valor
pedagógico-educacional.
O esporte, como campo de ação social concreto que institucionaliza temas
lúdicos da cultura desportiva, deve ser analisado nos seus variados aspectos,
para determinar a forma em que deve ser abordado pedagogicamente no sentido
de esporte “da” escola e não como o esporte “na” escola.
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2. METODOLOGIA
A pesquisa é um procedimento reflexivo, sistemático, controlado e crítico,
que permite descobrir fatos ou dados, relações ou leis, em qualquer campo do
conhecimento. Assim, o resultado desta busca reflexiva é conhecer verdades
parciais.
Lakatos e Marconi (1996, p. 106), afirma:
os métodos de procedimento seriam etapas mais concretasda investigação, com finalidade mais restrita em termos deexplicação geral dos fenômenos e menos abstratas. [...]Pressupõem uma atitude concreta em relação ao fenômenoe estão limitados a um domínio particular.
Lakatos e Marconi (2001) definem técnica como “conjunto de preceitos ou
processos de que se serve uma ciência ou arte; é a habilidade para usar esses
preceitos ou normas, a parte prática”. Para alcançar seu objetivo a ciência pode
utilizar-se de várias técnicas, dentre as quais destacam-se: questionários,
entrevistas, coleta de dados, entre outros.
O questionário é um instrumento de coleta de dados, constituído por uma
séria ordenada de perguntas, que devem ser respondidas por escrito e sem a
presença do entrevistador. Em geral, o pesquisador envia o questionário ao
informante pelo correio ou por um portador, depois de preenchido, o pesquisador
devolve-o do mesmo modo.
Junto ao questionário envia-se uma nota ou carta explicando a natureza da
pesquisa, sua importância e a necessidade de obter respostas, tentando
despertar o interesse do entrevistado, no sentido de que ele preencha e devolva o
questionário dentro de um prazo razoável.
O presente estudo utilizou da técnica questionário padronizado, o qual
segue um roteiro previamente estabelecido, onde as perguntas feitas ao indivíduo
são pré-determinadas. As perguntas realizadas, em sua maioria, foram do tipo
fechada, com respostas subjetivas.
A pesquisa foi realizada no período de 6 a 17 de fevereiro de 2005 no
prazo de duas semanas, onde gráficos do ano de 2005 foram disponibilizados
para análise. Contudo, deve ser esclarecido que foram excluídos os dados do
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EJA (Educação de Jovens e Adultos), que está em funcionamento no turno da
noite em algumas escolas citadas na pesquisa.
Esta pesquisa partiu da necessidade de repensarmos o processo
educacional, analisando aspectos relacionados à evasão escolar. Frente à essa
realidade, procura-se detectar o papel da Educação Física Escolar e, mais
especificamente o Esporte Escolar como instrumento de manutenção do aluno no
ambiente escolar.
Para tanto, foram considerados aspectos históricos da educação,
verificando as diversas tessituras educacionais no decorrer da história. Diante da
realidade educacional historicamente vivida, não há como deixar de salientar o
aspecto da exclusão existente nesse processo, onde o aluno evade da escola,
negando-se assim a adaptar-se a essa realidade formal.
Considerações e reflexões acerca do esporte como disseminador de ações
significativas, como elemento integrador e desafiador ao aluno, partindo do
princípio de que o esporte além de proporcionar o desafio, faz aflorar alguns
aspectos presentes no ser humano, tais como o desejo, a busca pelo prazer e a
satisfação pessoal, fazem parte desta pesquisa.
Os métodos, técnicas e procedimentos adotados foram os seguintes:
Em nível teórico, realizou-se um estudo sobre a História da Educação no
Brasil, enfocando a situação da Educação Física Escolar, neste processo;
aspectos relevantes relacionados com a evasão escolar, suas causas e
conseqüências e, posteriormente, a Educação Física Escolar e a Pedagogia do
Esporte como forma de inclusão.
2.1 Caracterização da Amostra
A execução desse projeto envolveu pesquisa de campo e teve como área
geográfica a cidade de Planaltina-GO.
O objetivo é que a prevenção no combate à evasão escolar fosse
trabalhada em âmbito municipal, estadual e nacional e que a escola fosse
portadora de informações e incentivadora das ações educativas e lúdicas.
Como esse ano o Brasil sediará os Jogos Pan-Americanos, evento de
grande relevância no cenário esportivo das Américas, há de se retratar a
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importância do esporte e do lazer na prevenção da evasão escolar. No esporte e
no lazer, crianças e adolescentes encontram prazer, diversão, possibilidade de
fazer novos amigos, de cuidar da saúde e até de iniciar uma carreira profissional.
São benefícios que podem proteger as crianças da evasão escolar, do uso de
drogas e da marginalidade.
2.2 Universo de Pesquisa
O universo pesquisado foi: alunos da 8ª série, em número de 30, da Escola
Municipal Marcelo Lemgruber, na qual trabalho; colegas professores, em número
de 12; direção da Escola, representada por 2 pessoas; entrevista com alunos da
comunidade que evadiram a escola, ex-alunos da mesma; Secretária da
Educação; e participantes do Programa “Segundo Tempo”, num total de 50. A
pesquisa consiste em entrevista e questionário escrito. (em anexo)
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3. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Não se é possível discutir ou tocar no assunto da evasão escolar sem
questionar o porquê desse fenômeno, o qual a cada dia mais tem ganhado
“adeptos” em todos os quesitos e pelas mais variadas razões. Para tentar
entender um pouco mais sobre os diversos motivos da debandada dos jovens das
instituições públicas brasileiras, convém prestar atenção nos questionamentos e
respostas apresentados pelos profissionais da Escola Municipal Marcelo
Lemgruber, representados pela Direção e professores, em Planaltina-GO e pela
Secretária de Educação do mesmo município, além dos alunos, elementos
fundamentais nesta pesquisa.
Quando indagados sobre as maiores causas da evasão escolar, uma
enormidade de defeitos é apontada, como estrutura precária, corpo discente não-
produtivo, família ociosa em relação ao acompanhamento do aluno, entre outros.
Porém, nota-se que cada grupo representado acaba por apontar erros somente
em autoridades ou mesmo em outros entrevistados, livrando-se de uma possível
parcela de culpa. Entretanto, a precariedade, a fome e a grande necessidade de
rapidamente colocar-se em outra situação parecem ser unânimes entre os que
responderam.
Perguntados se e em quê o esporte escolar tem contribuído na
permanência de alunos nas escolas, todos apreciam a importância deste, até
mesmo como agente na recuperação de jovens que se encontram em situação
delicada. Porém, em relação à prática do mesmo, já não se alegram tanto, afinal
as condições materiais e de profissionais capacitados são raras, quase nulas,
fazendo com que várias aulas tenham de ser teóricas e não práticas, o que acaba
por desanimar os alunos, apesar do “Programa Segundo Tempo”, que foi
ressalvado e apontado como uma porta no tortuoso caminho dos jovens carentes.
A inclusão através do esporte realmente parece ser a chave e a grande
oportunidade de milhares de brasileiros, tanto que os entrevistados, que direta ou
indiretamente estão ligados à educação pública por dia e noite, concordam que
esse é o único meio de socialização de determinados indivíduos. A prática
esportiva, a qual agrega educação, lazer e conseqüentemente uma melhor
qualidade de vida, é a melhor saída, se levada à sério e bem utilizada, sendo este
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também a opinião de professores e direção. Já os alunos ressaltam que, quando
pensam em desistir das aulas, logo lembram-se dos projetos e oficinas esportivas,
as quais continuam a estimulá-los.
Logicamente, crianças e adolescentes não vão conseguir, sozinhos, chegar
a um meio onde possam praticar esporte e se socializar, almejando um melhor
futuro. Sendo assim, os entrevistados foram perguntados se os governantes,
tanto nos estados como em termos de nação, estão investindo e contribuindo
para que os jovens sejam retirados das ruas. Talvez aqui esteja o ponto mais
crítico da pesquisa, visto que tanto Direção quanto Secretária, concordam que as
autoridades têm tentado fazer sua parte, porém, como há uma enorme demanda
de atendimento, as mudanças são lentas e graduais. Outrora, professores e
alunos confessam não estar tendo o mínimo de assistência em relação a esse
problema, já que, segundo eles, o número de pedintes, mendigos e
marginalizados pela sociedade só aumenta, assim como as mazelas em geral.
Neste ano de 2007, foram realizados na cidade do Rio de Janeiro, de
estado homônimo, os Jogos Pan-Americanos, os quais voltaram a ser sediados
no Brasil após 44 anos, já que São Paulo havia sido sede em 1963. Sabidos
disso, os entrevistados foram unânimes ao concordar que nossos governantes
não voltariam suas atenções para os esportes escolar e amador, apesar da
realização dos Jogos no nosso país.
Analisadas todas essas opiniões sobre o que pode ser acrescentado ao
esporte dentro da escola, há de se saber a qualidade deste, neste exato
momento. Quando perguntados sobre qual a avaliação e consideração a se fazer
sobre o esporte escolar, Secretária de Educação, professores e alunos afirmaram
que este ainda caminha a passos lentos, sendo pouco aproveitado e quando o
ocorre, faz-se em nível irrisório, o que ocasiona certa revolta por parte dos alunos,
afinal eles afirmam que a Educação Física básica é por deveras marginalizada
perante outras disciplinas, como a Matemática e a Língua Portuguesa. Já a
Direção da Escola reitera, afirmando que a essencialidade do esporte e das
atividades em geral, têm proporcionado muitas oportunidades à milhares de
jovens.
O problema da evasão escolar é grave e requer medidas, algumas
urgentes. Indagados sobre tais medidas, a Diretora e a Secretária garantem que a
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saída se dá pelos projetos, tais como o “Programa Segundo Tempo” e
semelhantes, os quais objetivam o resgate do prazer em estar na escola por parte
dos alunos, sendo essa a maior queixa deles: o desânimo. Afirmam que o que
eles precisam é de novas instalações, professores mais capacitados e uma
injeção de ânimo. Já para o corpo docente, o que falta é um real valor à
educação, o que, segundo sua opinião, minimizaria a evasão escolar.
Tratando-se de programas e projetos que visam auxiliar no combate ao
êxodo escolar, o “Programa Segundo Tempo” visivelmente aparenta ser o que
mais tem obtido sucesso, afinal, em poucos anos de execução, sua abrangência
é, ao menos, considerável. Para isso, os profissionais que nele trabalham têm
sido de fundamental importância, amenizando os efeitos da evasão escolar.
Dessa forma, unanimemente, pensam todos, exaltando e dignificando o trabalho
do resgatador, que é de fundamental importância para o segmento do trabalho.
Os alunos, principais beneficiados, vão além e garantem que o professor
responsável trata-se de um amigo, o qual pode beneficiar a eles um pouco
daquilo que, infelizmente, é raro nas instituições educacionais: tempo, cuidado,
carinho e oportunidades de planejar suas vidas da melhor maneira possível,
sendo amplamente amparado, sempre, pela escola.
Convém salientar que os alunos acreditam na inclusão através do esporte,
pois quando pensam em abandonar a escola, lembram-se que se estiverem
matriculados e freqüentes, terão maiores chances de uma vaga no “Programa
Segundo Tempo”. Vários alunos evidenciaram que tiveram muitos problemas de
comportamento e depois que começaram a participar do Programa, a maneira de
pensar, de agir e de interagir com o próximo mudou muito. Hoje têm outra cabeça,
outras perspectivas. Mostram-se mais maleáveis e isso tudo traz um conforto
muito grande.
Verifica-se na fala dos alunos um descontentamento em relação aos
governantes, os quais demonstram um verdadeiro descaso e desinteresse em
projetos para tirar crianças das ruas. Prova disso é que cada vez mais aumenta o
número de crianças pedintes nas ruas, adolescentes fora da escola e jovens cada
vez mais na marginalidade.
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Com relação às aulas de Educação Física, argumentam a falta de quadras
esportivas e material para o desenvolvimento das atividades, ressaltando o total
descaso com a Educação Física/lúdico/lazer, priorizando as demais disciplinas do
currículo.
A reivindicação dos alunos é de que tenham maiores oportunidades; que
tenham uma escola que os acolha melhor; que as aulas sejam mais atrativas, e
que possam ter acesso à quadra de esporte, materiais esportivos e projetos que
envolvam toda a comunidade com a prática esportiva.
Na entrevista realizada com os alunos, todos consideram e avaliam a
prática esportiva dentro da escola de suma importância, porém, não vêem essa
prática acontecer, como se vê na fala de um dentre os 50 alunos entrevistados: “A
gente só tem duas aulas de Educação Física por semana, professora, e ainda
querem que sejam aulas teóricas? Assim não dá!” Outro declara que: “Acham que
a gente só precisa ler e decorar o conteúdo. Eu quero é jogar bola, correr,
participar de campeonatos e até jogar na Seleção Brasileira”.
Quando discorrem sobre a contribuição dos governantes em projetos, eles
são enfáticos ao dizer que não vêem qualquer contribuição. Cinco deles vão além,
ao dizer que: “Não acreditamos em governantes pra nada, não esperamos nada
deles. Acreditamos em nós, nas nossas famílias e na escola, que é nossa
segunda família”.
Os professores, por sua vez, analisam que não há, em nossa cultura, uma
priorização do esporte, seja ele de forma profissional, amadora ou apenas em
formas de jogos e/ou brincadeiras. Salientam que “Dentro das escolas o esporte
realmente não acontece”, dizem dez dos professores entrevistados. Dois dizem
que: “Acontece, mas ainda caminha lentamente”. Porém, todos acreditam que a
prática esportiva e o Programa Segundo Tempo tem contribuído em deveras para
que o aluno permaneça na escola e seja um cidadão de bem.
Um professor ressalta com muita firmeza que: “Enquanto faltarem
profissionais capacitados, projetos bem elaborados, bom senso dos governantes
e houver descaso com a educação, nem o esporte ou qualquer outro aliado da
educação conseguirá segurar o aluno na escola. Então, a evasão continuará
existindo”.
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A Secretária de Educação, ao ser entrevistada, evidenciou que o número
de alunos que evadiram e continuam a evadir é grande. Porém, esse não é só um
problema das escolas municipais, e sim de todas as escolas, inclusive das
particulares. A cada dia o abandono é maior nas escolas, e isso se deve a vários
fatores, como: rotatividade da família, não freqüência, ociosidade, conseqüência
social, falta de compromisso do educador e outros. As medidas a serem tomadas
para que o aluno permaneça na escola são: aulas mais atrativas, professores
capacitados, programas informativos quanto à importância do
saber/conhecimento na vida da criança, do adolescente e do adulto. “Como
aliados, temos a Secretaria de Esporte, que em parceira com outros órgãos está
realizando projetos e programas como o Programa Segundo Tempo, que envolve
as crianças, tirando-as das ruas. Acredita também no esporte como saída não só
na evasão escolar, mas principalmente na parte de aprendizagem cognitiva,
afetiva e social do aluno”. “Por isso, o esporte pode, sim, combater a evasão
escolar,” diz a porta-voz da Secretaria de Educação.
Os pais argumentam que as crianças ficam muito tempo sem ter o que
fazer, pois não podem proporcionar nenhum lazer ou pagar qualquer escolinha
para eles. “Eles têm muita energia”, diz uma mãe preocupada com seu filho
adolescente. Todos os demais pais, num total de 20, concordaram e temem pelo
futuro de seus filhos. Cinco deles dizem que: “A escola até tenta fazer alguma
coisa, mas nem sempre consegue, porque falta tudo”. Outro completa dizendo:
“se tivessem na escola outras ocupações, no horário contrário ao da aula, meu
filho não estaria nas ruas, com más companhias”. Outras seis mães choram ao se
lembrar que os filhos que, outrora, iam pra escola, hoje não conseguem nem ouvir
essa palavra. Pergunta-se, uma das mães, em prantos: “onde é que eu e a escola
falhamos?” Todos, em silêncio, abaixam a cabeça, em solidariedade à mãe que
chora e se culpa. O papel do educador é fundamental nesse processo, que às
vezes toma rumos bem diferentes dos daqueles que imaginamos.
A direção avalia o processo ensino-aprendizagem como fator primordial
dentro das escolas, e a evasão escolar como algo preocupante, porque se a
evasão escolar acontece, é porque estão havendo falhas no processo. “Vemos o
esporte como um aliado de grande porte no combate à evasão. Porém, não
somos despertados para se trabalhar e valorizar o esporte”. A coordenadora
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pedagógica diz: “de quantos em quantos anos vivemos a euforia da Copa do
Mundo? Mas é só isso?”, pergunta ela, indignada com o descaso dado à
disciplina de Educação Física e tudo que envolve o esporte. Quando indagados
sobre os Jogos Pan-Americanos do Brasil, nesse ano, eles dizem que: “Não
acreditamos que os governantes voltem os olhos para os jogos amadores e
escolares, pois isso (os Jogos), é apenas uma mais um estratégia política e
capitalista". Salienta que acredita muito mais no potencial do aluno e na força de
vontade do educador, que está ao lado do aluno, buscando soluções para o que o
esporte esteja ao alcance de todos, para que se forme alunos esportistas, não
somente jogadores de futebol, como acontece hoje.
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CONSIDERAÇOES FINAIS
A Educação Física é um componente importante na construção da
cidadania, na medida em que seu objeto de estudo é a produção cultural da
sociedade, da qual os cidadãos têm o direito de se apropriar.
O presente trabalho fez análise sobre a evasão escolar e a inclusão por
meio da Educação Física, entendendo que a inclusão do aluno é o eixo
fundamental que norteia a concepção e a ação pedagógica da Educação Física
escolar, considerando todos os aspectos ou elementos, seja na sistematização de
conteúdos e objetivos, seja no processo de ensino e aprendizagem, para evitar a
exclusão ou alienação na relação com a cultura corporal de movimento.
É necessário que crianças, adolescentes e pais vejam a escola não
somente como lugar no qual se processa a aprendizagem de conteúdos
programáticos, mas também como lugar de lazer e divertimento. É preciso que a
escola seja também percebida como espaço de socialização por parte dos seus
alunos e pais de alunos.
Ressalta-se a importância da rede de atendimento proporcionada aos
adolescentes com atividades voltadas ao esporte, lazer, preparação ao trabalho,
contato com a natureza, competição sadia e educativa e acima tudo
incentivadoras da auto-estima dos educandos, ou seja a atividade esportiva deve
fazer efetivamente, parte do cotidiano escolar, a fim de ajudar a combater a
evasão escolar e a buscar resgatar o aluno "evadido",
É imprescindível que a escola garanta neste processo, a participação da
família, das demais instâncias responsáveis pelos aspectos sócio-educacional da
criança e da Associação de Moradores e que, conjuntamente se articulem, lutem
e reivindiquem junto ao poder público, apoio, orientação e acompanhamento,
recursos materiais e de pessoal, espaços físicos, para atividades específicas para
que o aluno possa retornar à escola.
Fica evidente a necessidade do comprometimento de todos aqueles que
estão ligados à educação, para encurtar a distância entre o que diz a lei e a
realidade, sendo uma das frentes de ação, o combate à evasão escolar, a fim de
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garantir a formação do cidadão e sua inserção na sociedade, de forma
transformadora.
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