o reino messiânico 7 - excelência espiritual

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1 A DOUTRINA ESCRITURAL DO REINO MESSIÂNICO E não ensinará mais cada um a seu próximo , nem cada um a seu irmão, dizendo: Conhecei ao Senhor; porque todos me conhecerão , desde o menor até ao maior deles, diz o Senhor.Jeremias 31:34 C) O CARÁTER E AS CARACTERÍSTICAS DO REINO MESSIÂNICO derramarei o meu Espírito sobre toda a carne.(Joel 2: 28) O período messiânico será de enorme excelência espiritual: se caracterizando pela presença maciça do Espírito Santo na população mundial qualificando e capacitando a humanidade a servir e obedecer a verdade . A princípio não haverá quem não seja regenerado e não seja habitado pelo Senhor (“o ímpio é inteiramente exterminado.Naum 1:15). Mas a medida que os mil anos vão transcorrendo, com o nascimento dos filhos e descendentes dos salvos que herdam o reino, a decisão continua a ser pessoal, como sempre foi, e passará a haver a presença de não regenerados insatisfeitos (Isaías 26:10) dentro do Reino, mas que ainda assim estarão obrigados a se submeter a vara de ferro do Rei Jesus Cristo (Salmos 2:6-12 / 22:27 / 72:11 / 86:9 / Isaías 49:7 / 66:18 / Zacarias 14:16-19 / Apocalipse 15:4) que estará governando universalmente desde Sião (e que serão reunidos em oposição ao final do Milênio Apocalipse 20:7-9) A presença maciça e habilitante que o Espírito concederá a todos também fará que as exigências quanto a obediência a verdade sejam mais duras, e as consequências a rebeldia mais graves. Um trecho das Escrituras que é exageradamente mal compreendido e abusado em sua exegese e aplicação é Mateus capítulos 5 a 6 (conhecido como o Sermão do Monte), ainda que ele contenha profundos conceitos morais e revelem mais nitidamente o caráter de Deus, não é no entanto, aplicável a Igreja e muito menos ainda aos não regenerados, que insistem em querer aplicar como regra de vida os princípios lá expressos. Por exemplo, é comuníssimo se “rezar” o “Pai Nosso”, sejam católicos, os sem religião (por hábito ou superstição...) e até mesmo por evangélicos. Mas o que não se percebe é que o contexto desta oração e do discurso é absolutamente judaico ! O Messias estava se apresentando a Israel e anunciando a proximidade da instalação do Reino Messiânico há tantos séculos aguardado pela nação, e, sendo esta uma oferta “bona fide” e sendo legítima a expectativa de Jesus Cristo de que a nação receberia sua proposta (afinal multidões já vinha se preparando para isto ao passar pelo batismo de arrependimento de João Batista, seu arauto e precursor), Ele então apresenta as qualificações exigidas para participação como cidadão, no Reino* e as diretrizes de seus governo. (* ser humilde, empático e sensível, manso, justo, misericordioso, limpo de coração e pacífico Mateus 5:1-12 compare Salmos 24:3,4). É neste discurso também que vemos a Jesus Cristo , o futuro Rei, Legislador e Juiz do Reino Messiânico (Isaías 33:22) intensificar o peso das penalidades pelas transgressões dos mandamentos mosaicos, que não são revogados , mas servem de base para os novos mandamentos messiânicos e aprofundam o sentido do significado dos mesmos (Mateus 5:17-20): “Ouvistes o que foi dito: Não matarás (odiar era permitido, externa-lo não)...eu, porém vos digo: que todo aquele que sem motivo se irar (!) e/ou insultar...está sujeito a prisão e pena de morte.” (Mateus 5:21-26)

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Page 1: O Reino Messiânico 7 - Excelência Espiritual

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A DOUTRINA ESCRITURAL DO REINO MESSIÂNICO

“E não ensinará mais cada um a seu próximo, nem cada um a seu irmão, dizendo: Conhecei ao Senhor; porque

todos me conhecerão, desde o menor até ao maior deles, diz o Senhor.”

Jeremias 31:34

C) O CARÁTER E AS CARACTERÍSTICAS DO REINO MESSIÂNICO

“derramarei o meu Espírito sobre toda a carne.” (Joel 2: 28)

O período messiânico será de enorme excelência espiritual: se caracterizando pela presença maciça do

Espírito Santo na população mundial qualificando e capacitando a humanidade a servir e obedecer a verdade.

A princípio não haverá quem não seja regenerado e não seja habitado pelo Senhor (“o ímpio é inteiramente

exterminado.” – Naum 1:15). Mas a medida que os mil anos vão transcorrendo, com o nascimento dos filhos e

descendentes dos salvos que herdam o reino, a decisão continua a ser pessoal, como sempre foi, e passará a haver a

presença de não regenerados insatisfeitos (Isaías 26:10) dentro do Reino, mas que ainda assim estarão obrigados a se

submeter a vara de ferro do Rei Jesus Cristo (Salmos 2:6-12 / 22:27 / 72:11 / 86:9 / Isaías 49:7 / 66:18 / Zacarias

14:16-19 / Apocalipse 15:4) que estará governando universalmente desde Sião (e que serão reunidos em oposição ao

final do Milênio – Apocalipse 20:7-9)

A presença maciça e habilitante que o Espírito concederá a todos também fará que as exigências quanto a

obediência a verdade sejam mais duras, e as consequências a rebeldia mais graves.

Um trecho das Escrituras que é exageradamente mal compreendido e abusado em sua exegese e aplicação é

Mateus capítulos 5 a 6 (conhecido como o Sermão do Monte), ainda que ele contenha profundos conceitos morais e

revelem mais nitidamente o caráter de Deus, não é no entanto, aplicável a Igreja e muito menos ainda aos não

regenerados, que insistem em querer aplicar como regra de vida os princípios lá expressos. Por exemplo, é

comuníssimo se “rezar” o “Pai Nosso”, sejam católicos, os sem religião (por hábito ou superstição...) e até mesmo por

evangélicos. Mas o que não se percebe é que o contexto desta oração e do discurso é absolutamente judaico !

O Messias estava se apresentando a Israel e anunciando a proximidade da instalação do Reino Messiânico há

tantos séculos aguardado pela nação, e, sendo esta uma oferta “bona fide” e sendo legítima a expectativa de Jesus

Cristo de que a nação receberia sua proposta (afinal multidões já vinha se preparando para isto ao passar pelo

batismo de arrependimento de João Batista, seu arauto e precursor), Ele então apresenta as qualificações exigidas

para participação como cidadão, no Reino* e as diretrizes de seus governo. (* ser humilde, empático e sensível,

manso, justo, misericordioso, limpo de coração e pacífico Mateus 5:1-12 – compare Salmos 24:3,4).

É neste discurso também que vemos a Jesus Cristo, o futuro Rei, Legislador e Juiz do Reino Messiânico (Isaías

33:22) intensificar o peso das penalidades pelas transgressões dos mandamentos mosaicos, que não são revogados,

mas servem de base para os novos mandamentos messiânicos e aprofundam o sentido do significado dos mesmos

(Mateus 5:17-20):

“Ouvistes o que foi dito: Não matarás (odiar era permitido, externa-lo não)...eu, porém vos digo: que todo aquele

que sem motivo se irar (!) e/ou insultar...está sujeito a prisão e pena de morte.” (Mateus 5:21-26)

Page 2: O Reino Messiânico 7 - Excelência Espiritual

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“Ouvistes o que foi dito: Não adulterarás (desejar de forma impura não era penalizado, externa-lo na prática

era)...eu, porém vos digo: qualquer que olhar (!) com intenção impura...está sujeito a mutilação e pena de

morte.” (Mateus 5:27-32)

“Ouvistes o que foi dito: Não jurarás falso (jurar sem dolo era permitido – Deuteronômio 10:20)...eu, porém vos

digo: de modo algum jureis (sem exceção!)...está sujeito a identificação com o Maligno como embaixador não

permitido no Governo Férreo.” (Mateus 5:33-37)

“Ouvistes o que foi dito: Olho por olho, dente por dente (o revide proporcional tinha respaldo legal)...eu, porém

vos digo: não resistais ao perverso e ao necessitado” (!)...ou seja, no período messiânico os homens estarão

qualificados e serão solicitados ao perdão e a filantropia.” (Mateus 5:38-42) compare Romanos 12:17-21 e 1

Coríntios 6:7. (Assim como nós, da Igreja, pelo PRINCÍPIO de Primícias, já o - qualificado - estamos)

“Ouvistes o que foi dito: Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo...eu, porém vos digo: amai os vossos

inimigos” (!) ou seja, no período messiânico, que é pacífico e caracterizado pela paz em todos os âmbitos, o bom

convívio será estimulado e recompensado. (Mateus 5:43-48)

Para quem ainda não percebe que este discurso não tem relação com a presente dispensação, compare

por exemplo, o tratamento que será dado a questão da ira no futuro messiânico (e que estava sendo

apresentado aos possíveis cidadãos do Reino naquela geração) com que é proposto para a igreja em Efésios

4:26,27.

Compare também como foi tratada a questão do adultério em Corinto (1 Coríntios 5:1-7 compare com 2

Coríntios 2:5-11) e na igreja em Tiatira (Apocalipse 2:20,21: “Jezabel...ensina, e ainda seduz os meus servos a

praticarem a prostituição...Dei-lhe tempo* para que se arrependesse” (!) * 1.000 anos !!! Do séc. VI ao século

XVI.)

Quanto a questão da “Oração do Pai Nosso”, é bastante nítido pelo próprio conteúdo da oração que

seus termos diferem diametralmente do que é ensinado nas epístolas para obediência na igreja, como por

exemplo o perdão condicional e proporcional (que será legalmente praticado no Reino): “perdoa-nos as nossas

dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores”...

E que reino é este que a igreja deveria orar para vir? (“venha o teu reino”), e porque muitos que fazem

esta “reza” (como os católicos o fazem 10 vezes junto as 50 Ave Maria ao rezar o terço, que é 1/3 do rosário

completo com 30 Pai Nosso e 150 Ave Maria – compare o próprio contexto da oração!: Mateus 6:7a) não usam a

última expressão da mesma? (“pois teu é o reino, o poder e a glória para sempre”). O que poucos sabem é que

esta é uma oração pré estabelecimento do Reino Messiânico, que estava prestes a ser implantado na geração de

Cristo, e que estará iminente novamente para a geração tribulacional, então, se você não é um judeu

pertencente ao remanescente judaico tribulacional não a ore, use-a de modelo, mas ela não nos é pertinente...

6) A VERDADE E A OBEDIÊNCIA

6a) A Verdade

“Porque nada podemos* contra a verdade, senão pela verdade.” - 2 Coríntios 13:8

* Na maioria dos textos aonde o verbo grego dunamai aparece conjugado desta maneira ele expressa uma

impossibilidade moral.

Isto quer dizer que é impossível criar uma argumentação legítima para respaldar um conceito de

comportamento moral ilegítimo. (citar o adúltera/adultera – Oséias 3:1)

Page 3: O Reino Messiânico 7 - Excelência Espiritual

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Jesus Cristo proclamou ser a verdade (“Eu sou a verdade” – João 14:6), e declarou também que só falava a

verdade (“ o meu juízo é verdadeiro, porque não sou eu só, porém eu e aquele que me enviou... o testemunho

de duas pessoas é verdadeiro” – João 8:16,17) porque seu discurso estava afinado com o roteiro do Pai. Ele

recebera autoridade celestial para falar e fazer o que Ele falou e fez, da mesma forma que receberá autoridade

para governar segundo a verdade e de forma soberana, incontestável e irresistível no Milênio. “A Sua Palavra É a

verdade” (João 17:17), Jesus Cristo é a Palavra, Jesus Cristo é a verdade, Ele estará presente no Milênio, é

segundo a Palavra da verdade que solicitará e retribuirá as ações dos homens, é segundo a verdade que Ele

julgará, daí a não aceitação da desobediência. "Aquele que diz: Eu o conheço e não guarda os seus mandamentos

é mentiroso, e nele não está a verdade.” - 1 João 2:4 - a rejeição da autoridade e não prestação de obediência

acusam ou delatam o cidadão milenial como não adorador. (adorar = a se curvar diante de)

A obediência no Milênio será EXIGIDA, ninguém no planeta poderá se recusar a adorar ao Rei Messias e a lhe

observar os estatutos, as ordens, as exigências (como subir anualmente para a festa em Jerusalém, a reunião do

G193 (!) – Zacarias 14:16-19

Seu governo será feito com vara de ferro, vara fala de direção e ferro fala de força. Jesus Cristo vai reinar

sobre Israel e o mundo “na marra”, quer queiram ou não! (“Vivo eu, diz o Senhor DEUS, que com mão forte, e

com braço estendido, e com indignação derramada, hei de reinar sobre vós.” – Ezequiel 20:33)

“Eu, porém, constituí o meu Rei sobre o meu santo monte (no governo de) Sião. Proclamarei o decreto do

SENHOR: Ele me disse: Tu és meu Filho, eu, hoje, te gerei. Pede-me, e eu te darei as nações por herança e as

extremidades da terra por tua possessão. Com vara de ferro as regerás e as despedaçarás (despedaçar nas

Escrituras é dar novo início, reiniciar) como um vaso de oleiro. Agora, pois, ó reis, sede prudentes; deixai-vos

advertir, juízes da terra. Servi ao SENHOR com temor e alegrai-vos nele com tremor. Beijai (submetei-vos)o

Filho para que se não irrite, e não pereçais no caminho; porque dentro em pouco se lhe inflamará a ira. Bem-

aventurados todos os que nele se refugiam.” – Salmos 2:6-12

Os princípios firmados na verdade que caracterizaram e se fizeram presentes no ministério profético do

Senhor (em sua primeira vinda) e que também caracterizam e se fazem presentes no ministério sacerdotal que

Jesus Cristo, assentado a direita de Deus, agora exerce também caracterizarão e se farão presentes no futuro

ministério real que Ele exercerá em Seu Reino Messiânico (em sua segunda vinda):

6b) A etimologia da palavra verdade

Salmos 45:6,7 “O teu trono, ó Deus, é para todo o sempre; cetro de equidade ( equidade em hebraico é

yâshâr - יָָשר * que equivale ao grego aletheia - αλήθεια que é traduzido por verdade) o cetro do teu

reino (isto equivale dizer que todas as decisões governamentais de Jesus Cristo durante o Reino

Messiânico serão apoiadas na verdade da Palavra de Deus – que é ÚNICA e incontestável). Amas a justiça

e odeias a iniquidade; por isso, Deus, o teu Deus, te ungiu com o óleo de alegria, como a nenhum dos

teus companheiros.”

* A palavra hebraica é formada por dois pictogramas: , o retrato dos dentes representando

pressão + a imagem de uma cabeça que representa a parte superior ou começando.

Combinados estes temos "pressione o começo".

Page 4: O Reino Messiânico 7 - Excelência Espiritual

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Cordas e cordões eram geralmente feitas de tiras de casca como do cedro ou do tendão (tendão) de um

animal. O cabo é feito torcendo em conjunto de duas fibras. Uma única fibra está ligada a um ponto fixo

(parte superior), e as duas extremidades da fibra são reunidas. Uma fibra é torcido no sentido horário e

envolto sobre a outra fibra em sentido anti-horário. A segunda fibra é então torcido no sentido dos

ponteiros do relógio, em seguida, enrolado em torno da primeira fibra em sentido anti-horário. O processo é

repetido ao longo do comprimento da corda. A torção das fibras em sentidos opostos faz com que as fibras

de bloqueio pressionem um ao outro, tornando uma corda mais forte. O cabo é utilizado para algo

firmemente seguro ou de suporte, tais como uma carga a um carrinho, ou os postes de tenda.

Este é o sentido da verdade no pensamento hebraico: “aquilo que dá firmeza, aquilo que dá sustentação,

aquilo que mantém reto e no prumo”.

E o interessante é que a palavra no grego – aletheia, tem o mesmo sentido: dar sustentação, firmeza e

apoio. Tanto é que em Efésios 6:14, (e também em Isaíaas 11:5) na descrição da armadura do santo, a

verdade é ilustrada por um cinto com o qual se cinge na altura dos rins (centro das intenções e decisões)

para apoiar todo o restante da vestimenta.

Salmos 9:8 “Ele mesmo julga o mundo com justiça; administra os povos com retidão.” (yâshâr)

Salmos 31:5 “Senhor Deus da verdade.”

Salmos 45:2-4 “Tu és o mais formoso dos filhos dos homens; nos teus lábios se extravasou a graça; por isso,

Deus te abençoou para sempre. Cinge a espada no teu flanco, ó valente; cinge a tua glória e a tua majestade!

E nessa majestade cavalga prosperamente, pela causa da verdade e da justiça... As tuas setas são agudas,

penetram o coração dos inimigos do Rei; os povos caem submissos a ti.”

Salmos 85:11 “A verdade brotará da terra, e a justiça olhará desde os céus.”

Salmos 89:14 “Justiça e juízo são a base do teu trono; misericórdia e verdade irão adiante do teu rosto.”

Salmos 96:10 “Dizei entre as nações: Reina o SENHOR. Ele firmou o mundo para que não se abale e julga

os povos com equidade.” (yâshâr)

Salmos 98:9 “ele vem julgar a terra; julgará o mundo com justiça e os povos, com equidade.” (yâshâr)

Salmos 99:1-5,9 “Reina o SENHOR; tremam os povos. Ele está entronizado acima dos querubins (o mais

alto nível hierárquico da esfera angelical – Hebreus 1:4 “tendo-se tornado tão superior aos anjos quanto

herdou mais excelente nome do que eles”); abale-se a terra. O SENHOR é grande em Sião e sobremodo

elevado acima de todos os povos. És rei poderoso que ama a justiça; tu firmas a equidade, (yâshâr)

executas o juízo e a justiça em Jacó*. Exaltai ao SENHOR, nosso Deus, e prostrai-vos ante o escabelo de

seus pés, porque ele é santo. Exaltai ao SENHOR, nosso Deus, e prostrai-vos (a obrigatoriedade da

adoração ao Rei Messiânico) ante o seu santo monte, (seu governo, sua autoridade) porque santo é o

SENHOR, nosso Deus.”

* Israel (príncipe de Deus) é o nome dado por Jesus Cristo pré-encarnado (Gênesis 32:22-32), Jacó é o nome

da nação em incredulidade, quando Deus executa o juízo e a justiça contra a incredulidade (que é negação

da verdade – “É certo que não morrereis... tomou-lhe do fruto e comeu.” O ato de comer foi a afirmação

visível da convicção interior de que Deus mentira, pois o faze-lo demonstra a crença/credulidade no que a

serpente afirmou.) Ele reafirma a sua verdade contestada exercendo juízo (“maldita és...” – Gênesis 3:14) e

este exercício do juízo contra a inverdade dá respaldo, dá seriedade, dá “moral” a equidade e verdade.

Salmos 119:151 “Tu estás perto, ó Senhor, e todos os teus mandamentos são a verdade.”

Provérbios 29:14 “O rei que julga os pobres conforme a verdade firmará o seu trono para sempre.”

Page 5: O Reino Messiânico 7 - Excelência Espiritual

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Isaías 9:7 “Do aumento deste principado e da paz não haverá fim, sobre o trono de Davi e no seu reino,

para o firmar e o fortificar com juízo e com justiça (isto equivale dizer que todas as decisões

governamentais de Jesus Cristo durante o Reino Messiânico serão apoiadas na verdade da Palavra de

Deus – que é ÚNICA e incontestável), desde agora e para sempre”

Isaías 11:5 “A justiça será o cinto dos seus lombos, e a fidelidade, (yâshâr = verdade) o cinto dos seus

rins. (a base de suas intenções e decisões)”

Isaías 16:5 “o trono se firmará em benignidade, e sobre ele no tabernáculo de Davi se assentará em

verdade (se apoiará na verdade para governar) um que julgue, e busque o juízo, e se apresse a fazer

justiça”

Isaías 32:17 “O efeito da operação da justiça será repouso e segurança para sempre”

Jeremias 4:2 “E jurarás: Vive o Senhor na verdade, (o environment, o habitat natural de Deus é a

verdade!) no juízo e na justiça; e nele se bendirão as nações, e nele se gloriarão”

Jeremias 23:5 “Eis que vêm dias, diz o SENHOR, em que levantarei a Davi um Renovo justo; e, rei que é,

reinará, e agirá sabiamente, e executará o juízo e a justiça na terra.

Jeremias 33:6 “e lhes manifestarei abundância de paz e de verdade.”

Zacarias 8:8 “Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Eis que salvarei o meu povo, tirando-o da terra do Oriente e

da terra do Ocidente; eu os trarei, e habitarão em Jerusalém; eles serão o meu povo, e eu serei o seu Deus,

em verdade e em justiça.”

Romanos 3:4 “a incredulidade irá desfazer a fidelidade de Deus? De maneira nenhuma; sempre seja Deus

verdadeiro, e todo o homem mentiroso; como está escrito: Para que sejas justificado em tuas palavras,E

venças quando fores julgado.”

7) A ESPIRITUALIDADE E A ADORAÇÃO

7a) A adoração

“Mas vem a hora e já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade;

porque são estes que o Pai procura para seus adoradores. Deus é espírito; e importa que os seus adoradores o

adorem em espírito e em verdade.” – João 4:23

Deus não está procurando adoração, Ele está procurando adoradores.

O querubim ungido era um de seus adoradores.

Mas um grande conflito ocorreu no céu.

E dois aspectos forneceram a base para a discórdia que gerou o acontecido:

O primeiro aspecto foi a adoração.

A adoração tem a ver com o que Deus te pediu, se ele não pediu, não tem utilidade! (João 15:5: “sem

mim nada podeis fazer.” Ou seja, tudo o que sem mim fizerdes é nada”)

Caim fez uma oferta maravilhosa a Deus, ele levou o melhor, fruto de seu árduo trabalho e

perseverança, mas era aquilo que Deus tinha pedido?

Não, Deus não se agradou, porque não foi aquilo que Ele tinha pedido!

Page 6: O Reino Messiânico 7 - Excelência Espiritual

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Adoração não é o que se oferece para Deus. E sim o que Deus pede, esta é a adoração verdadeira!

Adorar a Deus do próprio jeito, ou seja, sem ser da forma como as Escrituras revelam, é adorar em vão

(Isaías 29:13 “ O Senhor disse: Visto que este povo se aproxima de mim e com a sua boca e com os seus lábios

me honra, mas o seu coração está longe de mim, e o seu temor para comigo consiste só em mandamentos de

homens, que maquinalmente aprendeu.” / Mateus 15:6-9 “Hipócritas! Bem profetizou Isaías a vosso respeito,

dizendo: Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. E em vão me adoram,

ensinando doutrinas que são preceitos de homens. E, assim, invalidastes a palavra de Deus, por causa da vossa

tradição.”)

O que Deus pensa, quer e pede está revelado nas Escrituras Sagradas, e elas não fazem acepção de

pessoas, é a comunicação de Deus com todos. Mas elas só podem ser discernidas pela mente humana recriada,

presente nos nascidos de novo, que possuem o Espírito da Verdade (João 16:13) que os conduz a iluminação

daquilo que já foi revelado. “Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em

verdade.” – João 4:24 ou seja, aquele que se propõe a adorar a Deus tem de faze-lo segundo o que a Verdade

(“a tua Palavra é a verdade” – João 17:17) que é pessoalmente iluminada pelo Espírito da Verdade te

comunicar.

O segundo aspecto que também foi base para a discórdia entre Deus e seu grande querubim ungido e

que gerou o grande conflito no céu foi a obediência.

Satanás (“o que confronta”, “o adversário”) queria colocar seu trono acima de Deus, (Isaías 14:12-14)

porque ele queria ser adorado, Satanás queria que a adoração fosse para ele, que as hostes angelicais vivesse

em função dele. Então começou a grande controvérsia no céu.

A adoração só adequada quando é para Deus, (Êxodo 4:4,5 / Salmos 29:2 / Mateus 4:10 / Lucas 4:8)

então Satanás queria ser como Deus.

Para isso Satanás elaborou um sistema de adoração indireta para que os homens o adorassem através

de ídolos que o representassem em sua ortodoxia e lhe obedecessem desviando assim a adoração que deveria

ser dirigida a Deus, pelo que ele designou um serviçal seu para cada divindade para que lhe coletasse esta

adoração espúria. (Romanos 1:21-23 / Levítico 17:7 / Deuteronômio 32:17 / 2 Crônicas 7:22,11:5 / Salmos

106:37 / Jeremias 22:9 / 1 Coríntios 10:20 / Apocalipse 9:20)

A questão da adoração e obediência universal sempre foi a grande ambição de Satanás, e é a questão

fundamental para todos os arbítrios criados. Todo ser criado (angélico ou humano) tem uma decisão a tomar: a

quem adorar e servir, ao Deus Criador ou ao querubim usurpador.

A ânsia de Satanás pela obtenção de adoração é tal, que ele chegou ao acinte de propo-la ao próprio

Filho de Deus! (Mateus 4:9) e sua obsessão chegará ao auge no período tribulacional, quando ele a impor sobre

toda a humanidade através do seu próprio messias, o Anticristo. (Apocalipse 13:2b,4,8,14-17)

Mas é aí que entra em efetividade os efeitos da obra consumada em relação a recondução da adoração

universal ao seu verdadeiro Merecedor. (“E todos os ídolos desaparecerão totalmente.” – Isaías 2:18) Há dois

mil anos atrás Jesus disse a samaritana que esta hora já havia chegado (João 4:23 – pois Jesus estava no

processo de consumação da obra do Pai na redenção, o que sempre é visto na ótica temporal de Deus, que não

é cronológica mas é final em seus efeitos.)

Page 7: O Reino Messiânico 7 - Excelência Espiritual

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Na tribulação Deus permite que o desvio de adoração e obediência chegue ao seu limite máximo: o

Dragão será adorado como Deus e a besta como Jesus Cristo!

A violência da pretensão satânica e humana somadas (“Os reis (humanos) da terra se levantam, e os príncipes (potestades) conspiram contra o SENHOR e contra o seu Ungido, dizendo: Rompamos os seus laços e sacudamos de nós as suas algemas.” – Salmos 2:2,3) tem uma resposta violenta.

Cristo em sua segunda vinda enfrentará os exércitos coligados de todas as nações do mundo, sob a

liderança do Anticristo, e Ele os dizimará (Apocalipse 19:17-21) será um banho de sangue!

Quanto ao líder da rebelião é dito que “Mas a besta foi aprisionada, e com ela o falso profeta.”

(Apocalipse 19:20a). A palavra traduzida “aprisionada” no grego é “poiêsas” e significa “presa a força, detida

com violência devido a resistência”. Este mesmo evento é também profetizado em 2 Tessalonicenses 2:8 “o

iníquo, a quem o Senhor Jesus matará com o sopro de sua boca e o destruirá pela manifestação de sua vinda.” A

palavra traduzida “matará” no grego é “anaireo” e significa “remover a força, retirar com violência”. Já a palavra

traduzida “destruirá” no grego é “katargeo” e significa “tornar impotente, tornar ineficaz, anular”. Ou seja,

Cristo em suas primeiras ações como Regente já revelam a firmeza de Sua condução (a vara de ferro): mata

milhões de inimigos armados, leva os líderes mundiais a um tribunal de guerra e os condena a morte. Adicione-

se o julgamento de outros milhões de judeus e gentios sobreviventes da tribulação que terão como seus

destinos, ou a cidadania messiânica ou a pena de morte. (Ezequiel 34:11-31/ Mateus 25:31-46)

Adorar no Hebraico no Velho Testamento é “shachah” e significa “prostrar, inclinar, encurvar,

reverenciar, suplicar humildemente”. Os Judeus colocavam o rosto no chão diante do poder do Senhor. Nas

culturas orientais, diante dos reis antigos o ato de reverenciá-los era se curvar diante deles, era um sinal de

submissão a sua autoridade, de confiar a sua vida aos cuidados daquele rei, declarar que o rei é superior, isso

não era apenas um ato físico. (Êxodo 20:3,5 “Não terás outros deuses diante de mim. Não te encurvarás a elas

nem as servirás.”). É uma renúncia de si mesmo, diante do direito do Senhor em decidir por você, para você.

No Novo Testamento adorar é “proskuneo”. É a combinação de duas palavras gregas “pros” que

significa “ir para” e “kuneo” que significa "beijar". Proskuneo significa “ir para beijar”. A mulher que lavou os pés

de Jesus com lagrimas e os beijou é um exemplo. Adoração é ter aproximação, é ter contato com Deus.

O beijo era um sinal de rendição, o adorador não vai a Deus como um pedinte, mas como um

admirador, um amigo. Adoração é quando nós aceitamos a vontade de Deus em nossas vidas. É impossível

adorar a Deus na desobediência de Seus mandamentos e em insubmissão a sua autoridade.

Adoramos a quem obedecemos, obedecemos a quem adoramos.

7b) A excelência espiritual

Deuteronômio 30:3-6 “Então, o SENHOR, teu Deus, mudará a tua sorte, e se compadecerá de ti, e te ajuntará,

de novo, de todos os povos entre os quais te havia espalhado o SENHOR, teu Deus. (o retorno da diáspora)

Ainda que os teus desterrados estejam para a extremidade dos céus, desde aí te ajuntará o SENHOR, teu

Deus, e te tomará de lá. (o retorno da diáspora) O SENHOR, teu Deus, te introduzirá na terra que teus pais

possuíram, e a possuirás; e te fará bem e te multiplicará mais do que a teus pais. O SENHOR, teu Deus,

circuncidará o teu coração e o coração de tua descendência, para amares o SENHOR, teu Deus, de todo o

coração e de toda a tua alma, para que vivas.”

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Jeremias 31:34 “E não ensinará mais cada um a seu próximo, nem cada um a seu irmão, dizendo: Conhecei

ao Senhor; porque todos me conhecerão, desde o menor até ao maior deles, diz o Senhor.”

Isaías 2:3 “E irão muitos povos, e dirão: Vinde, subamos ao monte do Senhor, à casa do Deus de Jacó, para

que nos ensine os seus caminhos, e andemos nas suas veredas; porque de Sião sairá a lei, e de Jerusalém a

palavra do Senhor.”

Isaías 11:1-5 “Do tronco de Jessé sairá um rebento, (fala da raiz davídica da dinastia real) e das suas raízes,

um renovo. Repousará sobre ele o Espírito do SENHOR, o Espírito de sabedoria e de entendimento, o Espírito

de conselho e de fortaleza, o Espírito de conhecimento e de temor do SENHOR. Deleitar-se-á no temor do

SENHOR; não julgará segundo a vista dos seus olhos, nem repreenderá segundo o ouvir dos seus ouvidos;

mas julgará com justiça os pobres e decidirá com equidade (yâshâr) a favor dos mansos da terra; ferirá a terra

com a vara de sua boca e com o sopro dos seus lábios matará o perverso. A justiça será o cinto dos seus

lombos, e a fidelidade, (yâshâr) o cinto dos seus rins.” (Esta é a excelência espiritual do Rei Messias)

Isaías 19:23 “Naquele dia haverá estrada do Egito até à Assíria, e os assírios virão ao Egito, e os egípcios irão à

Assíria; e os egípcios servirão com os assírios.”

Isaías 27:13 “E será naquele dia que se tocará uma grande trombeta, e os que andavam perdidos pela terra

da Assíria, e os que foram desterrados para a terra do Egito, tornarão a vir, (o retorno da diáspora) e

adorarão ao Senhor no monte santo em Jerusalém.”

Isaías 29:24 “E os errados de espírito virão a ter entendimento, e os murmuradores aprenderão doutrina.”

Isaías 32:14,15 “O palácio será abandonado, a cidade populosa ficará deserta (a diáspora)...até que se

derrame sobre nós o Espírito lá do alto; então, o deserto se tornará em pomar, e o pomar será tido por

bosque”

Isaías 49:7 “Os reis o verão, e se levantarão, como também os príncipes, e eles diante de ti se inclinarão, por

amor do Senhor, que é fiel, e do Santo de Israel, que te escolheu.”

Isaías 49:23a “E os reis serão os teus aios, e as suas rainhas as tuas amas; diante de ti se inclinarão com o

rosto em terra, e lamberão o pó dos teus pés”

Isaías 52:15 “Assim borrifará muitas nações, e os reis fecharão as suas bocas por causa dele; porque aquilo

que não lhes foi anunciado verão, e aquilo que eles não ouviram entenderão.”

Isaías 54:13 “E todos os teus filhos serão ensinados do Senhor”

Isaías 66:23 “E será que desde uma lua nova até à outra, e desde um sábado até ao outro, virá toda a carne a

adorar perante mim, diz o Senhor.”

Ezequiel 11:17-20 “Assim diz o SENHOR Deus: Hei de ajuntá-los do meio dos povos, e os recolherei das terras

para onde foram lançados, e lhes darei a terra de Israel. (o retorno da diáspora) Voltarão para ali e tirarão

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dela todos os seus ídolos detestáveis e todas as suas abominações. Dar-lhes-ei um só coração, espírito novo

porei dentro deles; tirarei da sua carne o coração de pedra e lhes darei coração de carne; para que andem

nos meus estatutos, e guardem os meus juízos, e os executem; eles serão o meu povo, e eu serei o seu

Deus.”

Ezequiel 36:27 “Porei dentro de vós o meu Espírito e farei que andeis nos meus estatutos, guardeis os meus

juízos e os observeis.”

Ezequiel 39:25-29 “Portanto, assim diz o SENHOR Deus: Agora, tornarei a mudar a sorte de Jacó e me

compadecerei de toda a casa de Israel; terei zelo pelo meu santo nome. Esquecerão a sua vergonha e toda a

perfídia com que se rebelaram contra mim, quando eles habitarem seguros na sua terra, sem haver quem os

espante, quando eu tornar a trazê-los de entre os povos (o retorno da diáspora), e os houver ajuntado das

terras de seus inimigos, e tiver vindicado neles a minha santidade perante muitas nações. Saberão que eu

sou o SENHOR, seu Deus, quando virem que eu os fiz ir para o cativeiro entre as nações, (o retorno da

diáspora) e os tornei a ajuntar para voltarem à sua terra, e que lá não deixarei a nenhum deles. Já não

esconderei deles o rosto, pois derramarei o meu Espírito sobre a casa de Israel, diz o SENHOR Deus.”

Joel 2:28 “derramarei o Meu Espírito sobre toda a carne”

Salmos 72:11 “E todos os reis se prostrarão perante ele; todas as nações o servirão.”

Daniel 7:27 “e todos os domínios o servirão e lhe obedecerão.”

Estes são os versos que melhor apresentam a condição e “atmosfera” espiritual que prevalecerá no

Milênio, um ambiente dotado de excelência espiritual. Nele tudo predispõe a obediência e adoração a YHWH

e a Jesus Cristo: a ausência de todos os agentes satânicos, condições de vida social e física absolutamente

adequadas, a presença maciça do Espírito Santo habitando a presença maciça de santos na população

milenária, o conhecimento da pessoa de Deus disponibilizado plenamente a qualquer um que quiser, a

orientação precisa da vontade de Deus com suas solicitações, e a capacitação sobrenatural do Espírito Santo

para a execução em obediência.

“E, a qualquer que muito for dado, muito se lhe pedirá, e ao que muito se lhe confiou, muito mais se lhe

pedirá.” – Lucas 12:48

Sendo que o cidadão milenário está tão consciente da vontade de Deus e tão capacitado a servi-lo, então

as exigências quanto a qualidade e intensidade da obediência e também das penalidades decorrentes da

desobediência igualmente serão mais intensas. (conforme apresentado anteriormente no comentário sobre

o Sermão do Monte)

Em Isaías 65:20 é dito “Não haverá mais nela criança de poucos dias, nem velho que não cumpra os seus

dias; porque o menino morrerá de cem anos; porém o pecador de cem anos será amaldiçoado.”, ou seja,

aquele que desobedecer a um mandamento real com uma idade inferior a 100 anos, ficará privado de

liberdade até que tenha “idade legal” para ser executado por sua não adoração, por seu pecado.

Tal será o nível de seriedade da demanda de obediência ao Rei e a Sua Palavra.