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SUA CIDADE EM REVISTA ANO 2 Nº 12 Novembro 2017 TURISMO A GVT/VIVO tem apenas as três (03) centrais ini- ciais em Alagoinhas, enquanto Feira de Santana já tem mais de quarenta (40). Por conta disso, os munícipes queixam-se dos serviços oferecidos pela operadoras locais e pela Oi, além da impos- sibilidade de conseguir uma linha da gvt/vivo. O prefeito Joaquim, que usa o slogan "Transforma Alagoinhas", precisa entrar em contato urgente com a operadora e pedir a expansão da rede. Isso não depende de recursos financeiros, nem de licitação, só da vontade do alcaide em trans- formar Alagoinhas numa cidade desenvolvida. O que, ou quem, impediu a expansão da GVT em Alagoinhas? PÁG. 5 PÁG. 6 Os escolhidos do mês para o caderno de Gastronomia foram: o restaurante La Taberna, um espaço simples, com comida caseira, que nos foi indicado por três pessoas e dois fabricantes de cerveja artesanal em Alagoinhas.

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SUA CIDADE EM REVISTA ANO 2 Nº 12 Novembro 2017

TURISMO

A GVT/VIVO tem apenas as três (03) centrais ini-ciais em Alagoinhas, enquanto Feira de Santana já tem mais de quarenta (40). Por conta disso, os munícipes queixam-se dos serviços oferecidos pela operadoras locais e pela Oi, além da impos-sibilidade de conseguir uma linha da gvt/vivo. O

prefeito Joaquim, que usa o slogan "Transforma Alagoinhas", precisa entrar em contato urgente com a operadora e pedir a expansão da rede. Isso não depende de recursos financeiros, nem de licitação, só da vontade do alcaide em trans-formar Alagoinhas numa cidade desenvolvida.

O que, ou quem, impediu a expansão da GVT em Alagoinhas?

PÁG. 5

PÁG. 6

Os escolhidos do mês para o caderno de Gastronomia foram: o restaurante La

Taberna, um espaço simples, com comida caseira, que nos foi indicado por três pessoas e dois fabricantes de cerveja

artesanal em Alagoinhas.

2 Nº 12 Novembro 2017EX

PED

IEN

TE CONTATO [email protected]

71 99625-2817 75 3031-3662

www.suacidadeemrevista.com.br

PROJETO GRÁFICO Daniel F. Figueiredo (Barcelona. Es) e Germano YbyaramDIAGRAMAÇÃO Germano YbyaramCOMERCIAL Beto Lacerda PRODUÇÃO Marcia Rossari

DISTRIBUIÇÃO G.R.Silva ME CNPJ 23.364.485/0001-66Tiragem 6.000 exemplares

EDITORA Nadia FreireDRT 5229/Ba

Como funciona o CCA, como é feito o plano de trabalho?A função do centro de cultura é de reverbe-rar as diversas lingua-gens artísticas da re-gião. Além das pautas recebidas, podemos propor projetos es-tratégicos. Aqui nós temos três projetos desse tipo:Ponto de Encontro, que oferece oficinas formativas nas diver-sas linguagens artís-ticas.Encontro de Cultura Popular, realizado nos meses de junho e ju-lho, com o objetivo de fomentar e valorizar tornar conhecida a cultura e as manifes-tações populares do nosso território.Semana de Arte e Cultura do Litoral

Norte e Agreste Baia-no, um projeto que foi idealizado por Jó Correia e que tomou uma dimensão muito além do esperado.Existem, ainda, os projetos financia-dos pela Secretaria de Cultura, como o Petrolatividade e Oroafrobumerang, escolhidos na Con-vocatória. Também firmamos importante parceria com a Uni-versidade Estadual da Bahia - UNEB e, por conta disso, temos três projetos de ex-tensão que funcionam em nosso espaço.

A que se deve oferta de tantos projetos de teatro?Há uma demanda grande, Alagoinhas é um celeiro de ar-

tistas nesse segmen-to: atores, atrizes, diretores.... Hoje o melhor dramaturgo da Bahia, e um dos melhores do Brasil, é o Daniel Arcades, a Fernanda Júlia é uma diretora teatral reconhecida e já re-cebeu vários prêmios da Braskem, ambos são de Alagoinhas, que já revelou nomes como Albertina Rodri-gues, Antônio Mario dos Santos, Auriste-la Sá (falecidos), Luiz Antônio e Anderson Dantas quem estão na Outra Companhia.

Qual a sua visão sobre a política de Rui Cos-ta para cultura? Faço essa pergunta por que em Salvador, a classe artística tem muitas queixas.

Sua gestão vem sendo muito bem avaliada, você já tinha experi-ência na área?Não, sou jornalista e minha experiência sempre foi como as-sessor de imprensa. Também sou profes-sor e leciono em dois colégios da cidade, mas na área de ges-tão, essa é a minha primeira experiência.

E a que você atribui o

expressivo resultado apresentado no seu primeiro ano à frente do espaço?Sempre entendi que para as coisas acon-tecerem tem que ser resultado de um conjunto de pessoas. Então, meu primeiro movimento ao assu-mir a coordenação do centro foi chamar a classe artística e os produtores para ouvi-los e apresentar

a minha visão sobre gestão. E é isso que temos feito nos 365 dias: ouvir, ouvir, ouvir. Quando assumimos o lugar, encontramos cinco (5) grupos resi-dentes e ampliamos para quatorze (14). De janeiro a outubro nós já recebemos mais de 25 mil pessoas só nas atividades, fora os que circulam nos grupos residentes e nos pro-jetos de extensão

“Não esperava tanto”, diz Tárcio Mota ao fazer um balanço do primeiro ano na Coordenação do Centro de Cultura de Alagoinhas

Parceria com a UNEB“Proler”, um projeto de leitura, voltado para três comunidades que existem no fundo do centro de cultura. Muito concorrido, em alguns sábados tivemos que ir para o auditório diante da quantidade de jovens. “Envelhecimento nas Telas” - projeto que usa o cinema para discutir a questão do envelhecimento, são exibidos filmes que tratam do tema e, posteriormente, são debatidos com professores da UNEB. A UATI - Universidade Aberta da Terceira Idade oferece aulas semanais de teatro e música no Centro de Cultura.

Grupos residentesSão formados por artistas unidos em torno de um projeto que usam o espaço para ensaiar, discutir, preparar e depois apresentar um resul-tado. O acesso se dá por meio da convocatória que é organizada pela Diretoria de Espaços Culturais a qual os centros estão submetidos. A ideia é democratizar o acesso, são 10 grupos a cada quadrimestre, o que traz entre 200 a 250 pessoas por semana ao Centro.

Grupo de Dança Juntos e Misturados, dirigido por Melania Adan (Mel) 12 dançarinos, de 15 a 25 anos,com técnicas e vivências heterogêneas, mostrandoseu potencial artístico.

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Opinião de Joseildo sobre TarcioQuando resolvemos indicar Tarcio, eu via nele qualidades raras para um gestor, um sujeito inteligente, muito arguto, mas acima de tudo um agregador. E o ambiente da cultura no nosso território, sobretudo em Alagoinhas, que tem um celeiro de artistas, conta com uma diversidade maravilhosa, de pensamen-to, de postura, de linguagem, e era preciso que tivéssemos alguém com a capacidade de respeitar essa pluralidade e ao mesmo tempo ser propositivo. Pois bem, aí está o resultado: o Centro de Cultura de Alagoinhas passou a ter um dinamismo jamais visto em toda a sua história, independente da qualidade de todos os gestores que lá estiveram contribuindo. Tarcio foi a surpresa e hoje é a garantia de um centro de cultura que dialoga, permanentemente, com todas as tribos no espaço cultural.

PetrolatividadeCírculos de formação artístico-cultural nas áreas de música, dança e audiovisual, projeto de um grupo de Alagoinhas, financiado através doFundo de Cultura da Secult.

OroafroboomerangProjeto de oficinas gratuitas de teatro, recebido este ano e que continuará no próximo, do Núcleo Afro-brasileiro de Teatro de Alagoinhas – o NATA. Outro projeto foi o Curso Alvenarias Cênicas do Grupo Finos Trapos oferecido nos meses deabril, maio e junho.

Mundaréu - Thiago Romero apresentou peça solo Inspirado no universo literário de escritores como: Guimarães Rosa, Mia Couto, a José Eduardo Agualusa, no FESTA - Festival de Teatro de Alagoinhas. Idealizado pelos artistas alagoinhenses Nando Zâmbia e Ely Batista, o FESTA.

Nunca se inves-tiu tanto na cultura como nos últimos 10 anos, desde Wagner. As políticas públicas para cultura na Bahia, surgiram no governo Wagner e de lá para cá tivemos muitos avanços. Os editais, por exemplo, que eu entendo como a forma mais democrá-tica de acesso para os produtores cultu-rais. O governo Rui Costa, além de dar prosseguimento ao que já havia sido feito por Wagner, criou o programa Municípios Culturais que prevê a institucionalização da política de cultura nos 417 municípios da Bahia, disponibili-zando equipe técnica para assessorar aos que queiram concor-rer aos editais. Outra coisa extremamente importante na política cultural do governo são os Pontos de Cultura frutos do Projeto Cultura Viva que foi pensada por Gilberto Gil quando ministro do governo Lula, programa que já chegou a atingir mais de 3.500 municípios no Brasil e foi encer-rado pelo atual gover-no federal. A Bahia é o único estado da federação que conti-nua mantendo esse projeto com recur-sos próprios, hoje na Bahia há cerca de 250 pontos funcionando custeados com re-cursos do governo do estado.

Outro programa é o Escolas Culturais. A ideia é que é edu-

cação e cultura ca-minhem juntas. Cada um dos municípios baianos escolha uma escola para funcionar como escola cultural. Ali, em um turno os alunos terão as au-las normais e no ou-tro terão oficinas nas diversas linguagens artísticas, principal-mente teatro, música, dança e artes visuais.

Ainda falando da política cultural de Rui Costa é impor-tante registrar que os centros culturais ficaram sem nenhuma intervenção estrutural por mais de 20 anos; o Centro de Cultura de Alagoinhas tem 31 anos e nunca passou por uma reforma, isso vai ocorrer ago-ra. Dos dezessetes centros, oito têm o mesmo projeto, feito por Silvio Robatto, e todos passarão por reforma orçada em um milhão e meio de reais prevendo toda a requalificação do

espaço e compra de equipamentos.

A reforma da Casa do Boi Encantado está prevista nesse projeto?Não. O Casarão não está incluído nessa

reforma porque é um prédio tombado e a recuperação é muito mais cara. Mas con-seguimos inseri-lo nessa última convo-catória como um dos espaços ocupados pelos artistas.

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20ª EXPO ALAGOINHAS“Está já é a maior EXPO ALAGOINHAS de todos os tem-pos”, logo na abertu-ra da feira, Joaquim Neto comemorava. Conhecendo outras exposições, fiquei em dúvida quanto à afirmação do pre-feito, então fui con-versar com pessoas que visitaram o Par-que Miguel Fontes em outras épocas e me confirmaram que, embora ainda um pouco distante de feiras tradicio-nais, a 20ª EXPO Ala-goinhas foi a melhor e mais organizada dos últimos tempos.

Oficinas, palestras, visitas de mais de 600 alunos da rede municipal, foram oportunidades ofe-recidas para apren-dizagem e capaci-tação. O stand da SECET, expondo objetos do acervo da Fundação Iraci Gama (FIGAM) re-ferentes à história da Cidade, recebeu visi-tação record com di-reito a muitas selfies, até com a imagem de Santo Antônio. A vice-prefeita e se-cretária de cultura, esporte e turismo, presente em todos os momentos, foi in-cansável em atender aos pedidos de in-formação sobre os objetos e suas his-tórias. Vale lembrar que no primeiro ano de Expo realizada pelo governo atual o evento já foi inse-rido no calendário nacional de turismo.

O novo layout in-cluiu um mini sitio para marcar o espa-ço e a importância da agricultura fami-liar e mostrar como viviam os agricul-tores: a casinha de taipa, a horta, o ga-linheiro, o espanta-lho, vasos de flores, fogão à lenha, plan-tação de milho, ai-pim, bananeira, tudo construído em cerca de 3 semanas por César Silva Moura. “Eu nasci numa casa dessas”, afirmou Moura, lembrando

ção de todos pelo tama-nho da ave, a maior com 1m20. Mas o interesse de criadores pela raça tem a ver apenas com o tamanho, também le-vam em consideração, mais carne e muito sa-borosa, manejo e adap-tação fáceis, criado como a ave caipira co-mum. Algumas pessoas compram o galo Índio Gigante para colocar na criação de galinha caipira e, com isso, melhorar o plantel, ou ter a criação pura para vender pintos, galinhas e galos. Élio, que tem sua criação na fazenda na cidade de Araçás, disse que vende as aves e dá assistência gratui-ta àqueles que querem iniciar uma criação.

Fabio, do Rancho Ca-jueiro, em Entre Rios, trabalha com caprinos da raça Boer e veio à Expo para tentar expan-dir o mercado para a caprinocultura na re-gião. Todos os animais que colocou em pista foram premiados.

FOTO GIORGIO ROSSARI

raça atualmente.Além do alto rendi-

mento de carcaça e do-cilidade, outras caracte-rísticas da raça incluem a precocidade – com 16 meses uma fêmea já está pronta para re-produzir –, rápido ganho de peso e a rusticidade com adaptação fácil a climas quentes.

Elio Borges, criador do galo da raça Índio Gigante, atraiu a aten-

como foi um tempo difícil, “dificuldades terríveis”.

Trazidos pelo criador Alfredo Libório, o gado Senepol fez sucesso entre expositores e visitantes. Pioneiro na criação de Senepol na região, o fazendeiro de Ouriçangas participa da feira para divulgar as vantagens da raça. “O Senepol é um ani-mal para corte, com um aproveitamento de carcaça superior às outras raças. Com 22 meses, um macho chega a produzir 18 ar-robas de carne, com um aproveitamento de carcaça de 64%. Logo, é um animal que tem um retorno altíssimo de investimento”, avalia.

Desenvolvido espe-cialmente para os climas tropicais, através do cruzamento das raças N’Damma, do Senegal, e a Red Poll, europeia, o Senepol ainda é rela-tivamente novo no país. Para iniciar seu rebanho, Libório teve que ir ao triângulo mineiro, região onde há a maior quan-tidade de cabeças da

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NúmerosNo quantitativo de animais, a Expo Alagoinhas ultrapassou todas as edições, ao todo foram 300 bovi-nos, 110 equinos e de 150 a 200 caprinos e ovinos participarão dos leilões, exposições e competições promovidos pela Expo.

Mais de 30 municípios do Lito-ral Norte, Recôncavo, Chapada Diamantina, Território do Sisal e Nordeste da Bahia, incluindo Salva-dor, Feira de Santana e Irecê, têm

participação garantida na Expo Alagoinhas.

Segundo a Secretaria Municipal de Agricultura (SEMAG), coorde-nadora do evento, a 20ªª Expo Alagoinhas movimentou mais de R$ 3 milhões em negócios, calculado com base nas vendas dos expositores e da praça de alimentação, leilões de animais e ocupação hoteleira e de restau-rantes da cidade.”

Depoimentos de expositores

LAFAYETTE SOBRAL, criador de Gado Girolando, em Estância-SE: “a organiza-ção foi excelente, assim como o apoio do prefeito, gostaria de parabenizar a todos os envolvidos na ExpoAlagoinhas pela bri-lhante exposição, agradecer aos mineiros que levaram um gado fora de série, muito bom assistir aqueles animais desfilando em pista. A recepção de Sr Marianaldo, Moreira e o incansável Nando foi excep-cional. Compramos dois animais no leilão de sábado.”

LUIZ CARLOS RODRIGUES presi-dente da Associação de Criadores de Gado Girolando: “o que vimos aqui foi uma exposição muito organizada que serve como vitrine e prestígio para todos os criadores da região. Quero parabenizar a administração municipal por oferecer uma festa tão bonita que certamente oferecerá muita visibilidade para todos os envolvidos e beneficiar diretamente os negócios.”

ELIEZER TOURINHO DE VASCONCELOS, da Fazenda Estância do Passé, em São Sebastião do Passé, criador de gado girolando e gir leiteiro, elogiou a EXPO, negociou alguns animais, e avaliou que a feira é importante porque movimenta os negócios direta e indiretamente.

ADAUTO FEITOSA, de Sete Lagoas (MG), criador de Girolando, com dois títulos na-cionais: “É a minha primeira vez aqui na Expo Alagoinhas, e estou bastante im-pressionado com a organização e o alto nível que o evento está oferecendo para todos nós”, comentou. “Todos comentam o crescimento da Expo nessa edição, fico feliz com isso pois eventos que valorizam o agronegócio são essenciais para o de-senvolvimento de toda a região”.

Os artesãos também se fizeram representar muito bem, trazendo objetos de decoração, bijouterias, roupas, bebidas e alimentos diversos.

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O ambiente é tão descontraído que, enquanto fazia a matéria, fui abordada por uma garota de 16 anos que venceu a timidez para me fazer perguntas sobre o trabalho jornalístico. Victória Oliveira, de Rio Real, em visita Alagoinhas, disse-me que, embora jornalismo não seja a sua escolha, tem muita curiosidade em saber como é o trabalho, como acontece. Acompanhada de familiares, era a segunda vez que vinha ao restaurante.

Edna tem, definitiva-mente, uma alma ciga-na, que a impulsiona de um lugar para ou-tro. De Amargosa para São Paulo, de lá para Maceió e na sequên-cia, Alagoinhas, onde está há 9 anos, “até quando meu coração pedir”. Disse-me que, enquanto organiza o restaurante e faz a co-mida, segue o ritmo da música cigana que a deixa energizada. Mas, na hora do funciona-mento, muda tudo, o som de excelente qualidade é tranquilo e envolvente, apenas instrumental, sem im-pedir a conversa dos clientes. Artistas, pessoas liga-das à cultura, políticos e militantes da esquer-

da, são os seus clientes habituais, a impressão é que estamos na casa de amigos, todos entro-sados, até quem chega pela primeira vez.“Deus me deu o privilégio de fazer terapia todos os dias, que é ter paixão pelo que faço. Forma-da em Ciências Contá-beis, fui de Amargosa para São Paulo trabalhar em auditoria tributária, coisa ex-tre-ma-men-te cansativa. Meu padrinho tinha uma rede de res-taurantes em São Paulo e eu aproveitava a folga do fim de semana para me divertir na cozinha de um deles. Um dia ele me mostrou um ponto co-mercial e disse: “você vai comprar isso aqui e botar um restaurante.” Apesar de não ser do ramo, não

O restaurante La Taberna é um espaço que tem uma

comida caseira de qualidade e, mais importante do

que isso, é a formacom que a proprietária

recebe a todos.

Tarcio Mota Coordenador do Centro de Cultura de Alagoinhas

Eu adoro vir aqui, me sinto em casa, gosto da comida, encontro amigos, gente bonita. Eu sinto que a energia da arte circula por esse lugar.

Artista plástico Luiz Ramos

Sou cliente habitual, amo o espaço, a comida requintada. Me agrada a tranquilidade e a harmonia, me sento energizado pela comida que é servida aqui.

Moacir Lira, psicólogo e coordenador CAPS

porque me sinto muito bem, sinto-me em casa, o ambiente é aconchegante Além disso tem uma comida caseira maravilhosa e eu fiz grandes amizades aqui. O Luiz Ramos, artista plástico, foi uma das amizades que eu conquistei aqui.

Rita Menezes, cantora de MPB, também aficionada ao La Taberna frequenta-o quase todos os dias

ter nenhum preparo, topei a parada e com-prei o restaurante. Assim descobri o que é ser feliz, co-zinhar para amigos é uma terapia. De-pois vendi e fui para Maceió, comprei um restaurante e ganhei muito dinheiro, mas tinha um marido que não sabia lidar com finanças, isso acabou com casa-mento e com o di-

nheiro. Como tenho parentes em Alagoi-nhas, resolvi vir para cá. Fui muito bem acolhida, amo essa cidade e só se dei-xar de amá-la eu vou embora. O pequeno restaurante situado à Praça Dionísio e Evilásio, que serve uma comida casei-ra sem grandes pre-tensões, foi indicado por três pessoas, em momentos distintos.

É um espaço simples, mas ao mesmo tempo requintado pela qualidade do atendimento, do som e da comida saborosa.

Luciano Almeida, vereador do DEM

Ramon Carvalho, responsável pelas fotos dessa matéria, assessor do vereador Luciano Sergio, também cliente do local, foi um dos três que me indicaram o La Taberna.

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TURISMO

Alan Medeiros Ma-dureira é de Salvador, mas mora em Alagoinhas desde 1981. Sua marca – a Hart – é o sobrenome do seu avô já falecido, uma homenagem. “Era cliente de Tchê, pionei-ro em cerveja artesanal aqui em Alagoinhas. A cerveja começou como um hobby para consu-mo próprio, mas fui ex-pandindo, comprando novos equipamentos e daí passei a trabalhar comercialmente, pelo menos 4 vezes no mês fazemos algum evento, e é dessa forma que costumo comercializar meu produto. Fiz três cursos em Salvador, pela Associação Baiana de Cerveja Artesanal. Faço chope, daí a produção é sempre programada para eventos com par-ceiros, tipo fornecedores de hambúrguer artesa-nal. As variedades de chopp são inúmeras. Na verdade, eu nem gosto de repetir, gosto de ser criativo. Dependendo do tamanho do evento, consigo colocar dois ou três tipos de diferentes.”

Sobre quais são os tipos de cerveja que fazem mais sucesso, respondeu que depende do público, quem é mais experiente prefere uma cerveja mais amarga, mais encorpada, mais alcoólica, mas quem está começando a consumir agora, prefere uma cerveja mais leve, mais parecida com o produto industrializado. Pelo tipo de música que

Um dia lindo, uma brisa suave amenizando o calor do sol, um local paradisíaco e pessoas simpáticas, nossos convidados para a degustação de chope e cerveja artesanais fabricados em Alagoinhas. Acrescentando-se os petiscos deliciosos de Rafa Culinária. O domingo ficou perfeito. Agradecemos ao Condomínio Terras da Lagoa a disponibilização do espaço para nosso evento, um local tão agradável que as duas horas previstas se transformaram em seis.

Os cervejeiros convidados foram Fabricio Goulart Dias, da Cerveja Artesanal Tchê Beer e Alan Medeiros Madureira, da Hart Beer, que nos ofereceram excelentes produtos, além de muita informação sobre a fabricação artesanal e sobre o mundo da cerveja.

“Sou gaúcho de Sapucaia do Sul – por isso a marca é Tchê Beer - e vim, aos onze anos de idade, visitar um tio em Alagoinhas. Gos-tei, fiquei e casei. Trabalhei no comércio até que comecei a fazer cerveja artesanal. Com malte, água, lúpulo e levedura eu faço cerveja e Chopp que é um produto vivo e, por isso, perecível. Minha produção é diversificada, faço chopes exóticos de beterraba, de ja-buticaba e a cerveja preta de cacau, café e canela - a Gato Preto- que não é uma cerveja doce. Eu pesquisei e não encontrei a pilsen de beterraba que eu faço, fica vermelhinha com espuma branca e muito gostosa, eu a batizei de Bete. Tenho clientes que já estão familiarizados com a cerveja artesanal, outros começando a experimentar, por isso faço uma pilsen que é uma cerveja mais leve e muito apreciada. É a mais fácil e ao mesmo tempo a mais difícil porque tem que ter um equilíbrio exato para que não haja variação, por que é uma cerveja que o brasileiro conhece. Quando fazemos uma stout, por exemplo, cerveja mais amarga, se tiver uma pequena variação, o bebedor não nota. Tenho uma clientela grande de pessoas físicas e também de bandas que compram para revender nos shows. Além disso, alguns comerciantes da cidade revendem meu produto. Alagoinhas poderia ser também um polo de cerveja artesanal porque nós temos aqui uma água maravilhosa. Os alemães que vieram montar uma das fábricas locais, foram conhecer a minha cerveja e a aprovaram”, nos contou Tchê, como Fabricio é conhecido.

vai tocar, pela comida que vai ser servida no evento, dá para saber que tipo de chopp ou cerveja deve ser ofere-cido. Agora a cerveja artesanal virou moda, está em alta, então está valendo a pena investir nesse mercado porque o paladar não recua, de-pois que a pessoa se habitua com um produto de qualidade fica difícil beber qualquer cerveja industrializada.

Sobre o compor-tamento da indústria cervejeira em relação às artesanais, Alan nos disse que, quando a pro-dução cresce muito, as cervejarias compram a marca artesanal. Foi assim com a Colorado, de Ribeirão Preto/SP, que fabrica cervejas misturando malte e lú-pulo com ingredientes como café, rapadura, mandioca, mel e cas-tanha do Pará. Com mineira Wäls Brewery, que foi incorporada à Cervejaria Bohemia. À época, a Wäls tinha um faturamento anual de cerca 9 milhões de reais e produzia 500 hecto-litros/mês de cerveja.

Até para Cuba a Ambev foi e comprou o controle acionário da Bucanero, líder no setor de cervejas, pas-sando a deter 50% da companhia, fabricante das marcas Bucanero e Cristal. A Baden Baden e a Eisenbahn também eram cervejas artesanais e foram compradas. Ge-ralmente quando ganha um prêmio em algum concurso, fica na mira da Ambev que ganhou o maior número de

prêmios no Festival de Cerveja da Alemanha exatamente por conta das cervejas artesanais que comprou.

Esse ano nós tivemos uma cerveja artesanal - a Dama Beer - que ga-nhou o primeiro lugar como cerveja pilsen, batendo produtos da Alemanha e da Bélgica, o que é um feito incrível. Ainda não foi comprada pela Ambev mas já deve estar na mira.

Nossos convidados fo-ram quase unânimes na aprovação, tanto do cho-

pp de Alan quanto da cerveja de Tchê. Reinal-do Junior, empresário no ramo de prevenção a incêndios, mostrou ser um cliente exigente, que não gosta de “no-vidades”, prefere o que foi testado e aprovado. A cerveja e o chopp ar-tesanal já fazem parte da sua preferência “dá para perceber a dife-rença de qualidade em relação ao produto in-dustrializado, percebo que é uma coisa feita com entusiasmo, com mais capricho.” Interes-sado na aquisição de um lote no Terras da Lagoa, ele uniu as duas coisas, a degustação e a visitação ao local. Aliás, observamos que os presentes, ou já são proprietários de lotes no condomínio ou in-teressados em adqui-rir. Filadelfo Neto, por exemplo, proprietário de lotes no local, não resistiu à apreciação do chopp e dos petiscos, embora com muita mo-deração por conta da dieta. O ex-deputado ficou muito interessado na fabricação de cer-veja artesanal e está flertando com a ideia de começar a sua. Sandro Alberto Machado, ins-petor de manutenção da Vale, entusiasma-do com o Condomínio Terras da Lagoa, “pelo ar de fazenda, conta-to com a natureza, um lugar perfeito para se criar uma família com qualidade de vida”, sucumbiu à sedução do local e também ad-quiriu um lote. Sobre a degustação, foi direto: como um bom aprecia-dor de cerveja, adoro cervejas artesanais, por causa do sabor amargo e forte.”

Reinaldo

Filadelfo Neto

Sandro Vista aérea do Loteamento Terras da Lagoa onde foi realizado o evento

Fabricio Tchê75 99916 3550Alan Medeiros75 99156 0809Rafa Culinária75 99212 1110

FOTOS: FABRICIO OLIVEIRA

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Sua empresa não repassa o ICMS recolhido dos consumidores? Fique ligado, a SEFAZ está de olho em você

A Secretaria da Fazen-da do Estado (Sefaz--BA) está intensifican-do o encaminhamento de notícias-crime ao Ministério Público es-tadual (MPBA) com informações sobre empresas que não repassaram ao fisco estadual o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Servi-ços (ICMS) recolhido dos consumidores.

A iniciativa da pasta está alinhada à estra-tégia do MPBA de dar prioridade, no com-bate à sonegação, ao ajuizamento de ações penais contra esse tipo de conduta. Nos últimos três anos, os empresários sone-gadores, legalmente tipificados como de-vedores contumazes, deixaram de recolher cerca de R$ 1 bilhão à Fazenda estadual.

Na semana passa-da, o juiz Ícaro Matos, da Primeira Vara Es-pecializada Criminal de Salvador, decidiu instaurar ação penal contra as empresas Itaguassu Agroindus-trial, Pão Express e Megabmart Brinque-dos e Presentes, alvos de denúncia do Mi-nistério Público esta-dual por deixarem de recolher, juntas, um total aproximado de R$ 26 milhões ao fisco estadual.

De acordo com a de-núncia oferecida pelo Grupo de Atuação Es-pecial de Combate à Sonegação Fiscal e aos Crimes Contra a Ordem Tributária, Econômica, as Rela-ções de Consumo e a Economia Popular (Gaesf) do MPBA, o expediente utilizado por esses empresá-rios foi exatamente o de recolher o ICMS dos consumidores, sem repassá-lo à Fazenda Pública.

Levantamentocriterioso

De acordo com a Sefaz--BA, o fluxo de informa-ções encaminhadas ao MPBA deve aumentar nas próximas sema-nas, potencializando as ações de combate à sonegação. As notí-cias-crime já enviadas incluem empresas do comércio atacadista e varejista, nos ramos de combustíveis, alimentos, vestuário e brinquedos.

“Estamos realizando um levantamento crite-rioso sobre empresas na capital e no inte-rior envolvidas com o crime de omissão de pagamento do ICMS, de forma que o Ministé-rio Público disponha de todas as informações necessárias para o de-vido ajuizamento das ações penais”, afirma o secretário da Fazen-da do Estado, Manoel Vitório.

O titular da Sefaz--BA observa que esses contribuintes são deno-minados como omis-sos porque o valor do imposto é incluído no preço da mercadoria ao consumidor e o débito chega a ser declarado pela empresa, que no entanto não realiza o pagamento. “Como o débito já estava decla-rado e seu recolhimen-to, portanto, previsto pelo fisco, ocorre frus-tração de receitas que fazem falta ao Estado

sobretudo diante da atual crise econômica, reduzindo os recursos para investimentos e para a prestação dos serviços públicos”, explica Vitório.

Cira

A cooperação entre as instituições é re-sultado da estratégia definida pelo Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ati-vos (Cira), que reúne, além da Sefaz-BA e do MPBA, o Tribunal de Justiça (TJBA), a Procuradoria-Geral do Estado (PGE) e a Se-cretaria da Segurança Pública (SSP).

As ações para a re-cuperação do crédito sonegado envolvem não apenas o ajuiza-mento de ações pe-nais, mas também a realização de oitivas com contribuintes e de operações espe-ciais. Entre 2014 e 2017, o Cira realizou 13 grandes operações de combate à sone-gação com a partici-pação de servidores do fisco, policiais civis e promotores. A ope-ração especial mais recente foi a Beton. Outras grandes ope-rações realizadas pelo Cira foram a Boca da Mata, a Grana Padano e a Etanol II.

SECOM - SECRETARIA ESTADUAL DE COMUNICAÇÃO SOCIAL

Fontes confiáveis nos informaram que a GVT/VIVO tem apenas as três (3) centrais iniciais em Alagoinhas, porque, quando houve uma tentativa de expansão, a GVT não foi autoriza-da e as centrais foram enviadas para Feira de Santana, hoje com mais de quarenta (40).

Fizemos uma pesqui-sa e verificamos que a maior parte dos muní-cipes que têm banda larga na residência usa provedores locais e o grau de insatisfação é grande. Apesar da me-nor nota na pesquisa ser 1, teve até quem colocasse 0.

Setores da prefeitura e de outros órgãos públi-cos também enfrentam a descontinuidade dos serviços pela qualidade da banda larga utiliza-da. Tendo em vista a situação crítica da OI, as perspectivas são as piores possíveis. Para aqueles que dependem da internet para o seu trabalho, o problema alcança dimensões bem maiores. O designer Germano Carvalho, insatisfeito com a Oi, entrou em contato com a GVT/VIVO mas foi in-formado que não havia disponibilidade. Gabrie-la Rego, proprietária da Livraria Arte Cultural, também respondeu à nossa pesquisa: “em casa uso GVT/ VIVO e na livraria uso o Velox, os dois satisfazem per-feitamente, mas o custo benefício da GVT é me-lhor, porém não atende no comércio, não tem ramal disponível!”

A internet em banda

O que, ou quem, impediu a expansão da GVT em Alagoinhas?

larga tem importância fundamental na orga-nização dos processos produtivos, na circula-ção das mercadorias, do dinheiro, no setor de serviços e na organiza-ção da cultura. A veloci-dade de acesso à inter-net com capacidade de transmitir dados, som e imagem em tempo real é hoje condição básica para os mais diversos processos econômicos e sociais.

Em outubro, o dire-tor de TI da prefeitura de Alagoinhas, Jorge Félix, participou de reu-nião onde discutiram a arquitetura do proje-to da RedeComep de Alagoinhas (Rede Co-munitária de Educação e Pesquisa do Litoral Norte Baiano). “Foi uma

reunião muito interes-sante e o pessoal da Remessa abordou te-mas como infraestrutu-ra interna das entidades participantes da Rede e modelo de Gestão”, explicou. “Além disso, também discutimos diversos Serviços que estarão disponíveis através dessa Rede, como o acesso a Rede Universitária de Tele-medicina (RUTE), que poderá estar disponível para Hospitais, centros de Pesquisa e Univer-sidades com cursos na área”. Acesso livre à internet banda larga já está sendo oferecido em alguns pontos do centro e, em breve, tan-bém na praça da Skin.

Notícias como essas, nos fazem crer que o prefeito Joaquim Neto está antenado com essa questão e interessado em avançar no sentido de transformar Alagoinhas em cidade digital, daí a nossa sugestão para que ele entre em contato com a GVT/VIVO e peça a imediata expansão do serviço na cidade, au-mentando significativa-mente a cobertura.

Secretário da Fazenda do Estado, Manoel Vitório

Uma das centrais da GVT na Praça Kennedy

Um levantamento criterioso de empresas na capital e no interior envolvidas com o crime de sonegação do ICMS será levado ao Ministério Público e, na sequência, para o ajuizamento das devidas ações penais.

Daí a nossa sugestão para que ele entre em contato com a GVT/VIVO e peça a imediata expansão do serviço na cidade, aumentando significativamente a cobertura.

FOTO GIORGIO ROSSARI

6 Nº 12 Novembro 2017

JOSEILDO RAMOSAo anunciar oficialmente a sua pré-candidatura a uma vaga no Congresso Nacional, durante entrevista coletiva concedida à imprensa de Alagoinhas, o deputado estadual e líder do PT na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), Joseildo Ra-mos, fez com que adversários e parceiros políticos também colocassem as cartas na mesa. Prefeito muito bem avaliado por dois mandatos consecutivos (2001 a 2008), o pré-candidato também apresentou os principais resultados do seu trabalho na Casa Legislativa.

Além da liderança do PT na Alba e de suas duas gestões como deputado estadual e outras duas como prefeito de Alagoinhas, Jo-seildo já atuou ao lado do então secretário de Relações Institucio-nais e hoje Governador do Estado, Rui Costa, auxiliando no trabalho de integração entre municípios e governo estadual; foi relator da CPI da Telefonia e presidente por quatro anos do colegiado mais importante da Casa, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

Quem acompanha o mandato de Joseildo, sabe das inúmeras

RADIOVALDO COSTA Em longa entrevista concedida a este jornal, Radiovaldo Costa contextualizou a sua pré-candi-datura a deputado estadual pelo PT. Abaixo as pontuações mais importantes:

O motivo da candidatura“A CUT tomou a decisão de po-tencializar algumas candidaturas em vários estados do Brasil, de candidatos que tenham origem no movimento sindical. Daí surgiu o meu nome, justamente no mo-mento em que Joseildo resolveu migrar para deputado Federal. Não aceitaria, em hipótese algu-ma, se fosse para disputar um espaço político com ele. Com a lacuna aberta no campo da es-querda, o diálogo foi intensificado e nós firmamos uma dobradinha em toda a região do Litoral Norte e Agreste Baiano, nas cidades e nos espaços sindicais.”

Base eleitoral“Minha base eleitoral, além do nosso território, será a região metropolitana de Salvador, a microrregião de Feira de San-tana e também o norte e o sul da Bahia. Mas o tripé mais forte é a região de Alagoinhas, de Feira de Santana e a metropolitana de Salvador.

Os adversários Paulo César é, naturalmente, uma candidatura forte. Foi Prefeito duas vezes e provavelmente será o meu maior enfrentamento em Alagoinhas. A candidatura de

ações junto a secretarias de go-verno em busca de benefícios para inúmeras cidades do terri-tório em todas as esferas.

A sua natural migração para a esfera nacional é justificada pela necessidade dos setores progressistas ocuparem espaço no Congresso. O desempenho atual do parlamento, sempre em detrimento dos interesses da classe trabalhadora, da classe média e da soberania nacional, é prova cabal disso.

Geraldo Melo vai depender muito do prefeito e do governo que seja feito. A que realmente considero que tenho que enfrentar é a de Paulo César, porque, apesar de estarmos no mesmo campo, pessoalmente temos posições políticas muito dife-rentes, e essas divergências tendem a se acentuar durante a campanha, até porque o debate vai ter que ser basicamente em cima do que está acontecendo no país hoje. Quem estava do lado de quem; quem estava apoiando o governo Temer; quem estava omisso diante dos ataques aos direitos conquistados. Minha posição política sempre foi firme e clara e sempre na defesa dos direi-tos conquistados, do patrimônio e da soberania nacional, as outras candidaturas ou estavam do lado ou se omitiram diante do desca-labro político, econômico e social que aí está.

7 Nº 12 Novembro 2017

GERALDO MELOA entrevista durou mais de uma hora, pratica-mente respondendo à primeira pergunta: quem é Geraldo Melo e porque essa candidatura a deputado estadual nesta região.

O candidato começa me dizendo que tem o umbigo, literalmente, enterrado em uma das fazendas do seu avô paterno, de quem herdou o nome e o interesse pela política. A fazenda em questão fica em Itanagra, as outras em Sátiro Dias e Feira de Santana.

“Minhas ligações com a região são muitas e antigas, minha avó mora em Inhambupe, onde minha mãe nasceu. As famílias Reis, Rocha e Cavalcante, daqui de Alagoinhas, são parentes nossos, Carlinhos Rocha e Altino Ro-cha são primos da minha mãe. Minha esposa trabalhava como enfermeira em Inhambupe, onde fixei residência e formei família, enquanto exercia cargo de secretário de administração em Sátiro Dias.

Em 2002, aos 20 anos, assumi o cargo de oficial de gabinete do governador Paulo Souto. A partir daí convivi com a política a nível de estado, trabalhando diretamente com o governador, recebendo prefeitos, deputados, lideranças políticas em geral. Quando Souto perdeu a eleição em 2006, voltei para Sátiro Dias e, por conta da cassação do prefeito, acabei eleito vice-prefeito, junto com o presidente da câmara, para um mandato de 4 meses. Joaquim Neto,

eleito pela terceira vez prefeito de Sátiro Dias, me convidou

para ser secretário de administração. No final do mandato, tive um problema grave de saúde que levou a família para Salvador, onde fiquei um tempo internado.

Fui coordenador na região de Alagoinhas até Crisópolis e Itapicuru, na última eleição para governador, pelo entrosamento que tenho aqui. Depois vim para estudar o terreno em relação à candidatura de Joaquim, se seria ele a pessoa a quem o grupo de ACM e Paulo Souto apoia-ria. Ele foi escolhido porque tinha uma rejeição mais baixa. Trabalhei com as lideranças locais e fui o responsável pela ida dele para o DEM.

Caso conseguisse que Joaquim se elegesse em Alagoinhas, eu estaria credenciado para me candidatar a deputado estadual, sobretudo por que não há deputado do nosso grupo em uma área muito grande que vai de Pojuca até Paulo Afonso. No início do ano, conversamos com ACM Neto, informando que eu seria candidato a deputado e, a partir daquela data, Neto me designou como representante do grupo, re-conhecendo que não tem ninguém do nosso campo com a capilaridade que tenho na região.”

A candidatura de Paulo Azi, como esperado, será à reeleição para a Câmara Federal. E a de Paulo Cesar, que está em campanha desde que retornou do descanso após a derrota nas elei-ções municipais, será a deputado estadual, com o apoio do governo Rui Costa. Em entrevista à radio Alagoinhas Hoje, declarou que fará dobra-dinha com Joseildo Ramos, considerado por ele um excelente representante da região para a câmara federal.

Daí chegamos às dobradinhas com deputados federais

Segundo Geraldo, serão vários, mas em Ala-goinhas e região o parceiro natural será Paulo Azi. Na região de Canavieiras, Adolfo Viana; em Pojuca, João Gualberto e por aí segue formando parcerias em diversas regiões.

Geraldo não tem nenhuma preocupação com adversários, enxerga seu campo político total-mente aberto. Quanto à votação em Alagoinhas, tem plena consciência de que dependerá muito da aprovação ao governo Joaquim Neto.