o que É espaÇo geogrÁfico? - csjose.com.br · espaÇos entraram em choques e ... (paÍses...
TRANSCRIPT
VOZES CONTRA GLOBALIZAÇÃO
O QUE É ESPAÇO GEOGRÁFICO?
ESPAÇO GEOGRÁFICO: SEGUNDO MILTON SANTOS É O RESULTADO DA ATUAÇÃO DO HOMEM E SUAS TÉCNICAS DESENVOLVIDAS AO LONGO DA HISTÓRIA SOBRE O MEIO NATURAL. REFLETE A EVOLUÇAO DA SOCIEDADE, UMA VEZ QUE ESSA EVOLUÇÃO DEIXOU MARCAS VISÍVEIS SOBRE A NATUREZA, COMO ESTRADAS, PRÉDIOS, FÁBRICAS, CIDADES, PONTES ...
ESPAÇO GEOGRÁFICO NO PASSADO: AS PRIMEIRAS SOCIEDADES, DE CERTA FORMA, VIVIAM EM HARMONIA COM A NATUREZA. SUAS TÉCNICAS, FERRAMENTAS E INSTRUMENTOS ERAM ACESSÍVEIS A TODOS OS INDIVÍDUOS. O POUSIO, A ROTAÇÃO DE CULTURAS E A AGRICULTURA ITINERANTE GARANTIAM A REUTILIZAÇÃO DA NATUREZA E, CONSEQUENTEMENTE, SUA PRESERVAÇÃO. EX: COMUNIDADES INDÍGENAS.
O ESPAÇO GEOGRÁFICO DO
IMPERIALISMO
A EVOLUÇÃO DAS TÉCNICAS (INSTRUMENTOS, EQUIPAMENTOS E MÁQUINAS), GERARAM A ACUMULAÇÃO DE RIQUEZA (TERRA, METAIS PRECIOSOS E OUTRAS MERCADORIAS) QUE ORIGINARAM SOCIEDADES MAIS COMPLEXAS QUE DISPUTANDO ESPAÇOS ENTRARAM EM CHOQUES E GUERRAS. EXEMPLO: A PROPRIEDADE MEDIEVAL ONDE A LUTA PELA POSSE DA TERRA ORIENTOU AS RELAÇÕES ENTRE SUSERANOS E VASSALOS (O SERVO LIGADO À GLEBA).
NESTE PERÍODO, A PROPRIEDADE DA TERRA ERA A CONDIÇÃO PARA O CONTROLE DO ESPAÇO GEOGRÁFICO E, PORTANTO, PARA O EXERCÍCIO DO PODER.
O ADVENTO DO CAPITALISMO FEZ AS TÉCNICAS EVOLUÍREM MAIS
RAPIDAMENTE, PRODUZINDO UMA NOVA LÓGICA, BASEADA NA BUSCA
INCESSANTE DO LUCRO. A EVOLUÇÃO TECNOLÓGICA EXIGIA A
APROPRIAÇÃO DO ESPAÇO. A EFICIÊNCIA DA MÁQUINA ERA MAIOR
QUANDO MAIS TERRITÓRIOS ERAM CONQUISTADOS.
AS TÉCNICAS FICARAM, COM O TEMPO, MAIS APURADAS E OS PAÍSES
QUE AS DETINHAM PASSARAM A USÁ-LAS PARA SUBORDINAR OU
DOMINAR OUTRAS LOCALIDADES (PAÍSES).
OS TERRITÓRIOS QUE CONTROLAVAM AS TÉCNICAS TRANSFORMARAM-
SE EM PAÍSES HEGEMÔNICOS E, POR DIVERSOS MÉTODOS (MILITAR,
COOPTAÇÃO DAS ELITES LOCAIS, INFLUÊNCIA ECONÔMICA E
CULTURAL), IMPÕEM-SE NAS RELAÇÕES MERCANTIS, CRIANDO A
DIVISÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO (DIT).
A NECESSIDADE DE RECURSOS FORÇAVA AS POTÊNCIAS EUROPÉIAS A
INTENSIFICAR A ESPOLIAÇÃO SOBRE OS TERRITÓRIOS DOMINADOS – AS
COLÔNIAS, IMPONDO A DIVISÃO TERRITORIAL OU INTERNACIONAL DO
TRABALHO (DIT), DEFININDO O QUE CADA PAÍS DEVERIA PRODUZIR.
O CLIMAX DESTE PROCESSO FORAM AS DUAS GUERRA MUNDIAIS,
QUANDO AS ELITES DOS PAÍSES INDUSTRIALIZADOS FIZERAM DAS
GUERRAS O PALCO DAS DISPUTAS DE SEUS INTERESSES. O ESPAÇO
GEOGRÁFICO DO IMPERIALISMO FOI O ESPAÇO GEOGRÁFICO DO
CONFRONTO.
O ESPAÇO GEOGRÁFICO BIPOLARIZADO A GUERRA FRIA
SURGIU NO FINAL DA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL, QUANDO O MODELO CAPITALISTA DE PRODUÇÃO
(ESTADOS UNIDOS) PASSOU A ENFRENTAR O MODELO SOCIALISTA DE PRODUÇÃO (UNIÃO SOVIÉTICA).
A LUTA TRAVADA ENTRE OS DOIS MODELOS TEM COMO OBJETIVO AMPLIAR SUAS AS ÁREAS DE
INFLUÊNCIAS, ATRAINDO OS PAÍSES PARA SUAS ÓRBITAS.
ASSIM, TEM ORIGEM A “GUERRA FRIA”, QUE IMPLANTOU UMA NOVA REGIONALIZAÇÃO MUNDIAL (PAÍSES
CAPITALISTAS E PAÍSES SOCIALISTAS). TAL FATO DEU ORIGEM A UMA BIPOLARIZAÇÃO DO ESPAÇO
GEOGRÁFICO MUNDIAL, QUE RESULTOU EM DIVERSOS CONFLITOS E IMPASSES QUE PUSERAM O PLANETA À
BEIRA DE UMA GUERRA ATÔMIA (NUCLEAR). DENTRE ESTES PODEMOS APONTAR:
FORMAÇÃO DE DUAS ALIANÇAS MILITARES RIVAIS – A ORGANIZAÇÃO DO TRATADO DO ATLÂNTICO NORTE
- OTAN (1949) E O PACTO DE VARSÓVIA (1956), QUE REPRESENTAVA OS PAÍSES DO LESTE EUROPEU.
GUERRA DA CORÉIA (1950-1953) – RESULTOU DA DIVISÃO DO PAÍS, SEPARADOS PELO PARALELO DE 38º.
REVOLUÇÃO CUBANA (1959) – FIDEL CASTRO E ERNESTO CHE GUEVARA DERRUBOU O GOVERNO DE
FULGÊNCIO BATISTA, APOIADO PELOS ESTADOS UNIDOS E IMPLANTOU UM REGIME SOCIALISTA , COM O
BENEPLÁCITO DA URSS.
CRISE DOS MÍSSEIS (1962) – A INSTALAÇÃO DE MÍSSEIS SOVIÉTICOS EM CUBA PROVOCOU O BLOQUEIO DA
ILHA PELA MARINHA AMERICANA, FORÇANDO A RETIRADA DAS ARMAS SOVIÉTICAS.
DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA – SURGE COM A CRISE ECONÔMICA NO PÓS SEGUNDA GUERRA
MUNDIAL, QUANDO MOVIMENTOS NACIONALISTAS LIBERTÁRIOS E ALGUNS DE LINHA SOCIALISTA
RECEBERAM O APÓIO DAS SUPERPOTÊNCIAS (EEUU – URSS). BASEARAM-SE NO PRINCÍPIO DE
AUTODETERMINAÇÃO DOS POVOS, QUE NÃO IMPEDIU DE CONTINUAREM SUBMETIDOS AOS INTERESSES
ECONÔMICOS DE UM NEO-IMPERIALISMO.
O MURO DE BERLIM (1961) – RESULTOU NA DIVISÃO DA ALEMANHA (ALEMANHA OCIDENTAL E ORIENTAL),
TORNANDO-SE O SÍMBOLO DA “CORTINA DE FERRO” , TERMO CRIADO POR WINSTON CHURCHILL.
GUERRA DO VIETNÃ (1960-1975) – FRUTO DO AVANÇO DO SOCIALISMO NO SUDESTE ASIÁTICO, FORÇANDO OS
ESTADOS A INTERVIREM, COLOCANDO 500 MIL HOMENS QUE FORAM VENCIDOS E EXPULSOS, PERMITINDO A
UNIFICAÇÃO DO VIETNA DO NORTE E DO SUL.
CORRIDA ARMAMENTISTA E AEROESPACIAL – LEVOU A UM INCREMENTO DA INDÚSTRIA BÉLICA E
ESPACIAL QUE TERMINOU COM SENDO VENCIDA PELOS ESTADOS UNIDOS QUE COLOCOU UM HOMEM NA
LUA.
UMA ALTERNATIVA À BIPOLARIZAÇÃO
CONFERÊNCIA DE BANDUNG
REALIZADA NA INDONÉSIA EM 1955 E REUNIA OS PAÍSES DO TERCEIRO MUNDO QUE NÃO SE ALIARAM NEM AOS ESTADOS UNIDOS, NEM À UNIÃO SOVIÉTICA.
PROCURAVAM UMA TERCEIRA VIA, MANTENDO-SE NEUTROS, SEM SE ENVOLVER NA LÓGICA DA GUERRA FRIA.
TAMBÉM RECONHECIDA COMO MOVIMENTO DOS NÃO-ALINHADOS.
TERCEIRO MUNDO
REFERÊNCIA AO TERCEIRO ESTADO DA REVOLUÇÃO FRANCESA): EXPRESSÃO CRIADA NO
FINAL DA 2ª GM PELO FRANCÊS ALFRED SAUVY (economista e demógrafo) PARA DESIGNAR OS PAÍSES SUBDESENVOLVIDOS, TÊM EM COMUM A POBREZA, NA GRANDE MAIORIA SÃO EX-COLÔNIAS DE EXPLORAÇÃO, MARCADOS PELA ESPOLIAÇÃO IMPOSTAS PELAS ANTIGAS METRÓPOLES.
SEGUNDO MUNDO: PAÍSES SOCIALISTAS, LIGADOS À UNIÃO SOVIÉTICA.
PRIMEIRO MUNDO: PAÍSES DESENVOLVIDOS.
DETERIORAÇÃO DOS TERMOS DE TROCA
COM A PERSISTÊNCIA DA CRISE MUNDIAL, CARACTERIZADA
SOBRETUDO PELO CRESCIMENTO MEDÍOCRE DE PODEROSAS
ECONOMIAS, COMO O JAPÃO, O PREÇO DAS MATÉRIAS-PRIMAS –
QUE EM GRANDE PARTE VÊM DOS PAÍSES MAIS POBRES – CAIU
MAIS DE 20% NA ÚLTIMA DÉCADA. AO MESMO TEMPO, OS PAISES
RICOS LUCRARAM 60 BILHÕES DE DÓLARES COM A QUEDA DO
CUSTO DO PETRÓLEO.
ESSE FENÔMENO, CONHECIDO COMO DETERIORAÇÃO DOS
TERMOS DE TROCA (OU DEPRECIAÇÃO DAS BASES DE TROCA),
FEZ GRANDE PARTE DO MUNDO SUBDESENVOLVIDO REDUZIR
SUA PARTICIPAÇÃO NO COMÉRCIO INTERNACIONAL. SE, EM
MÉDIA, ESSA REGIÃO RESPONDE POR PELO MENOS 30% DAS
TROCAS MUNDIAIS, EM LOCAIS COMO A ÁSIA CENTRAL E O
NORTE DA ÁFRICA ESSA PARTICIPAÇÃO É QUASE INEXISTENTE:
0,2% E 0,7%, RESPECTIVAMENTE.
O COLAPSO DO SOCIALISMO REAL E A
TRANSIÇÃO PARA A GLOBALIZAÇÃO
CAUSAS DO FIM DO SOCIALISMO REAL
MODELO ECONÔMICO, BASEADO NUM ENORME COMPLEXO INDUSTRIAL-MILITAR, ORIENTADO PARA A CORRIDA ARMAMENTISTA;
MODELO ECONÔMICO ESTATIZADO E ENGESSADO PELA EXCESSIVA CENTRALIZAÇÃO DAS DECISÕES (PARTICO COMUNISTA), GERANDO FORTE CARÊNCIA DE INDÚSTRIAS DE BENS DE CONSUMO E O SUCATEAMENTO DAQUELAS QUE JÁ EXISTIAM.
EM RESUMO, PODE-SE AFIRMAR QUE O FIM DO SOCIALISMO, EM PARTICULAR NA UNIÃO SOVIÉTICA, PODE SER EXPLICADO PELA SUA IMPOSSIBILIDADE (TECNOLÓGICA) DE FAZER A TRANSIÇÃO DA SEGUNDA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL (MODELO FORDISTA-TAYLORISTA) PARA A TERCEIRA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL (MODELO TOYOTISTA – JUST-IN-TIME).
REFORMAS POLÍTICAS E ECONÔMICAS DE MIKHAIL GORBATCHEV
PERESTROIKA – REFORMAS ECONÔMICAS, QUE GARANTIRIAM O RETORNO AO MODELO CAPITALISTA DED PRODUÇÃO.
GLASNOST – REFORMAS POLÍTICAS – QUE FARIAM A IMPLANTAÇÃO DEMOCRÁTICA COM A ESCOLHA DOS REPRESENTANTES DO POVO ATRAVÉS DO PROCESSO ELETIVO (VOTO POPULAR).
DESINTEGRAÇÃO DA UNIÃO SOVIÉTICA
AS REFORMAS IMPLEMANTADAS POR MIKHAIL GORBATCHEV AGRAVOU A SITUAÇÃO PELA INSATISFAÇÃO POPULAR REVOLTADA COM A FALTA GENERALIZADA DE BENS DE CONSUMO, INCLUSIVE DE BENS DE PRIMEIRA NECESSIDADE, COMO PÃO.
A CRISE POLÍTICA, COM O POVO PROTESTANDO NAS RUAS, LEVOU A UMA TENTATIVA DE GOLPE DE ESTADO QUE FOI SUPERADO POR GORBATCHEV COM A AJUDA DE BORIS YELTSIN, PRODUZINDO O FIM DA UNIÃO DA SOVIÉTICA, EM 25 DE DEZEMBRO DE 1991.
COM O COLAPSO DA UNIÃO SOVIÉTICA FOI CRIADA A COMUNIDADE DE ESTADOS INDEPENDENTES (CEI),UM BLOCO SUPRANACIONAI QUE DEVERIA MANTER AS RELAÇÕES ECONÔMICAS E DIPLOMÁTICAS ENTRE AS ANTIGAS REPÚBLICAS SOVIÉTICAS E PROMOVER A TRANSIÇÃO PARA O CAPITALISMO.
DAS ANTIGAS REPÚBLICAS, AS BÁLTICA: LETÔNIA, ESTÔNIA E LITUÂNIA – NÃO ACEITARAM PARTICIPAR DA CEI E APROXIMARAM-SE DA UNIÃO EUROPÉIA.
PLANTÃO DO JORNAL NACIONAL – REDE GLOBO
O FIM DO BLOCO SOCIALISTA
EM VÁRIOS PAÍSES DO LESTE EUROPEU SURGIRAM CONFRONTOS NACIONAIS. ASSIM OCORREU NA:
IUGOSLÁVIA: QUE ACABOU DESMEMBRADA EM VÁRIOS PAÍSES.
EM OUTROS A TRANSIÇÃO FOI PACÍFICA, COMO:
TCHECOSLOVÁQUIA – REVOLUÇÃO DE VELUDO QUE DIVIDIU O PAÍS EM DUAS REPÚBLICAS: TCHECA E A ESLOVÁQUIA.
REUNIFICAÇÃO ALEMÃ, APÓS A QUEDA DO MURO BERLIM.
O RETORNO DOS MOVIMENTOS NACIONALISTA, BUSCANDO A INDEPENDÊNCIA.
CHECHÊNIA – PROVÍNCIA RUSSA
KOSSOVO – PROVÍNCIA SÉRVIA
REPÚBLICA THECA, HUNGRIA E A POLÔNIA AVANÇARAM AS REFORMAS ESTRUTURAIS DE CUNHO CAPITALISTA, COMO A ABERTURA COMERCIAL E FINANCEIRA, AS PRIVATIZAÇÕES E O FECHAMENTO DE MILHARES DE VELHAS FÁBRICAS HERDADAS DO PERÍODO SOCIALISTA. OBJETIVO AUMENTAR A COMPETITIVIDADE, FAZENDO-AS APTAS A ENFRENTAR A CONCORRÊNCIA.
GLOBALIZAÇÃO: A NOVA ORDEM INTERNACIONAL
A DESESTRUTURAÇÃO DO
MODELO SOCIALISTA
PROPICIOU A MUNDIALIZAÇÃO
DAS RELAÇÕES CAPITALISTAS –
APARENTEMENTE A FORMAÇÃO
DE UMA ORDEM UNIPOLAR.
CHINA, VIETNÃ E CUBA
PASSARAM A INCORPORAR
PRÁTICAS CAPITALISTAS – A
IMPOSIÇÃO DAS ZONAS
ECONÔMICAS ESPECIAIS NA
CHINA, O USO QUASE
CORRENTE DO DÓLAR
AMERICANO EM CUBA E O
INGRESSO DE CAPITAIS NO
VIETNÃ.
AS TRANSNACIONAIS CONSTITUEM-SE NOS PRINCIPAIS AGENTES DA GLOBALIZAÇÃO, CONCENTRANDO E CENTRALIZANDO EM SUAS MÃOS A RIQUEZA.
AS 10 MAIORES DO MUNDO PRODUZEM MAIS DE 1,5 TRILHÃO DE DÓLARES AO ANO, SUPERIOR AO PIB CONJUNTO DE BRASIL, MÉXICO E ARGENTINA.
INFLUÊNCIAS DAS TRANSNACIONAIS
A CRESCENTE PARTICIPAÇÃO NO MERCADO INTERNACIONAL ESTÁ ACIRRANDO A CONCORRÊNCIA, EXIGINDO SOFISTICADAS ESTRATÉGIAS DE ATUAÇÃO E INSERÇÃO NO MERCAO, COMO:
FUSÕES GIGANTESCAS;
LOBBY SOBRE OS GOVERNOS NACIONAIS, FORÇANDO-OS A ADOTAREM AS PRIVATIZAÇÕES E ABERTURA ECONÔMICAS (PILARES DO NEOLIBERALISMO);
ESTADOS UNIDOS – SUSTENTADOR DO NEOLIBERALISMO (VIDE CONSENSO DE WASHINGTON - UNILATERALISMO), JAPÃO E EUROPA.
TRÍADE ECONÔMICA
MUNDIAL: EEUU,
JAPÃO E EUROPA.
PLANO MARSHALL;
PLANO COLOMBO:
EMPRÉSTIMOS
CONCEDIDOS AO JAPÃO
NOS MOLDES DO
PLANO MARSHALL.
JOHN WILLIANSON, economista inglês e diretor
do instituto promotor do encontro, foi quem
alinhavou os dez pontos tidos como consensuais
entre os participantes. E quem cunhou a
expressão "Consenso de Washington", através
da qual ficaram conhecidas as conclusões
daquele encontro, ao final resumidas nas
seguintes regras universais:
1. Disciplina fiscal, através da qual o Estado deve limitar seus gastos à
arrecadação, eliminando o déficit público;
2. Focalização dos gastos públicos em educação, saúde e infra-
estrutura;
3. Reforma tributária que amplie a base sobre a qual incide a carga
tributário, com maior peso nos impostos indiretos e menor
progressividade nos impostos diretos;
4. Liberalização financeira, com o fim de restrições que impeçam
instituições financeiras internacionais de atuar em igualdade com as
nacionais e o afastamento do Estado do setor;
5. Taxa de câmbio competitiva;
6. Liberalização do comércio exterior, com redução de alíquotas de
importação e estímulos á exportação, visando a impulsionar a
globalização da economia;
7. Eliminação de restrições ao capital externo, permitindo investimento
direto estrangeiro;
8. Privatização, com a venda de empresas estatais;
9. Desregulação, com redução da legislação de controle do processo
econômico e das relações trabalhistas;
10. Propriedade intelectual.
A FORMAÇÃO
DOS
BLOCOS SUPRANACIONAIS
NÍVEIS DE INTEGRAÇÃO DE UM BLOCO ECONÔMICO
AUMENTOU O COMÉRCIO
INTERNACIONAL
EXISTEM 32 BLOCOS ECONÔMICOS
MOVIMENTARAM EM 2001 4,7
TRILHÕES DE DÓLARES, CONTRA 80
BILHÕES NA DÉCADA DE 1970.
PLANO SCHUMAN – DEFINIÇÃO DAS FRONTEIRAS ENTRE A FRANÇA E ALEMANHA.
A CECA OU COMUNIDADE EUROPEIA DO CARVÃO E DO AÇO foi criada em 1951, no Tratado de Paris. Este foi o primeiro passo concreto com vista à integração e também para evitar outra Guerra Mundial.
Os seus inspiradores foram Robert Schuman, ministro francês dos Negócios Estrangeiros, e Jean Monnet, o seu primeiro presidente. Foram seis os países fundadores: França, Itália, Alemanha Ocidental, Bélgica, Países Baixos e Luxemburgo.
A CECA tinha como objetivo a integração das indústrias do carvão e do aço dos países europeus ocidentais e é também a primeira vez que havia transferência dos direitos de soberania de alguns estados para uma instituição europeia.
À CECA juntaram-se duas comunidades semelhantes em 1957, com quem se fez a partilha de algumas instituições. Em 1967 todas as instituições foram reunidas na Comunidade Econômica Europeia, que mais tarde se tornaria a União Europeia, mas reteve a sua identidade independente. Em 2002, com a expiração do Tratado de Paris, e sem desejo de renovação do tratado, todas as atividades e recursos da CECA foram absorvidos pela UE. Durante a sua existência, a CECA conseguiu criar um mercado comum mas não evitou o declínio da indústria do carvão e do aço.
UNIÃO EUROPEIA – UE
A União Europeia nasceu no dia 1º de novembro de 1993, cujos tratados de fundação
remontam a 1957 (ano da assinatura do TRATADO DE ROMA), conta hoje com
vinte e sete Estados membros: Alemanha, Áustria, Bélgica, Dinamarca, Espanha,
Finlândia, França, Grécia, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Países Baixos, Portugal,
Reino Unido, Suécia e outros.
Os tratados de 1957 foram submetidos a três revisões: em 1987 (ATO ÚNICO, que
estabeleceu as bases para a criação do mercado único europeu a partir de 1992), em
1992 (TRATADO DE MAASTRICHT, que prevê a união econômica e monetária
dos Estados membros) e em 1997 (TRATADO DE AMSTERDÃ, especialmente
voltado para temas sociais e de direitos humanos). OS PRINCIPAIS OBJETIVOS DA
UNIÃO EUROPEIA PARA OS PRÓXIMOS ANOS INSCREVEM-SE NOS
SEGUINTES DOMÍNIOS:
Incrementar a integração econômica e a reforçar a cooperação entre seus estados-
membros.
O Tratado de Maastricht firmado em 1992 pelos 12 chefes de governos da União
Européia.
Estabeleceu uma política exterior e monetária comuns e projetou a criação de um
banco central para o ano de 1999; iniciou também políticas comuns de defesa, de
cidadania e de proteção do meio-ambiente
A União Europeia (UE) é formada, atualmente, por 27
ESTADOS (Alemanha, Áustria, Bélgica, Bulgária, Chipre,
Dinamarca, Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Estônia,
Finlândia, França, Grécia, Holanda, Hungria, Irlanda, Itália,
Letônia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Polônia, Portugal,
Reino Unido, República Tcheca, Romênia e Suécia).
O grupo tem três sedes principais, a da COMISSÃO
EUROPEIA (braço executivo da UE), que fica em Bruxelas
(Bélgica), a do PARLAMENTO, que fica em Estrasburgo
(França) e a do BANCO CENTRAL, em Frankfurt
(Alemanha).
ASSOCIAÇÃO EUROPEIA DE LIVRE-COMÉRCIO - EFTA
A EFTA, criada em 1960, conta hoje apenas com a Suíça, Islândia, Liechtenstein e Noruega como países membros.
A COMUNIDADE DOS ESTADOS
INDEPENDENTES – CEI surge em 1991 com o fim da
União Soviética. Originalmente, pretendia estabelecer uma
moeda única, o rublo, e a centralização das Forças Armadas. Na
prática, a integração político-econômica sofre com a instabilidade
política dos países integrantes que, entre outros problemas,
enfrentam movimentos separatistas.
MEMBROS: Armênia, Azerbaidjão, Belarus, Cazaquistão,
Federação Russa, Geórgia, Moldávia, Quirguistão, Tadjiquistão,
Turcomenistão, Ucrânia, Uzbequistão.
NAFTA – NORTH AMERICAN FREE TRADE AGREEMENT
NAFTA – O Acordo de Livre Comércio da América do Norte foi iniciado em 1988 a partir de um acordo entre Estados Unidos e Canadá para garantir o livre comércio entre os dois países. Em 1994, o acordo passa a vigorar já com a presença do México. O Nafta surge graças aos esforços dos EUA como uma forma de fazer frente ao poder da União Européia. A união, no entanto, não é tão ambiciosa como a dos europeus, visto que se trata de uma zona de livre comércio, sem pretensões de estabelecer uma moeda única ou permitir a livre circulação de pessoas. Os EUA exercem um papel hegemônico dentro do Nafta e pretendem expandi-lo para todo o continente americano por meio da ALCA, uma associação de países em moldes parecidos com os do Nafta, mas abrangendo toda a América.
MEMBROS: Canadá, Estados Unidos e
México.
ÁREA DE LIVE COMÉRCIO DAS AMÉRICAS – ALCA
ALCA – A ÁREA DE LIVRE COMÉRCIO DAS
AMÉRICAS é um bloco ainda em viabilização. Estabelecido
em 1994, pretende criar um corredor de livre comércio entre
todos os 34 países do continente americano, exceto Cuba. Seu
principal articulador são os Estados Unidos. A eliminação de
todas as barreiras alfandegárias ainda está em negociação e
calculava-se que a Alca começaria a funcionar como bloco
após 2005.
MEMBROS: todos os países
americanos, exceto Cuba.
ASSOCIAÇÃO LATINO-AMERICANA DE INTEGRAÇÃO – ALADI
• A ASSOCIAÇÃO LATINO-AMERICANA DE INTEGRAÇÃO (ALADI) foi estabelecida em 1980, quando da assinatura do Tratado de Montevidéu, e é integrada por treze membros: os países do MERCOSUL (Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai) e da Comunidade Andina (Bolívia, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela), além do Chile, México e Cuba. A ALADI atua com a perspectiva de criação de uma zona de livre comércio entre seus membros até 2005.
• A relação de produtos que gozam de referências tarifárias no âmbito da ALADI e seus respectivos códigos constam de tabela existente no SISCOMEX.
MERCADO COMUM DO SUL - MERCOSUL
O Mercado Comum do Sul é formado
pelo Brasil, Uruguai, Argentina e
Paraguai, com Chile e Bolívia como
associados e, futuramente, Venezuela.
TRATADO DE ASSUNÇÃO: eliminar
as tarifas alfandegárias entre seus
membros, possibilitando um livre
comercio entre os mesmos.
Com a assinatura do Protocolo de Ouro
Preto, em dezembro de 1994, o
MERCOSUL ganhou personalidade
jurídica de direito internacional: o
Protocolo reconhece ao bloco
competência para negociar, em nome
próprio, acordos com terceiros países,
grupos de países e organismos
internacionais.
O MERCOSUL contempla a
eliminação de tarifas aduaneiras e
restrições não-tarifárias à circulação
de mercadorias entre os países
membros, tendo por horizonte
garantir, no futuro, a livre circulação
de bens, serviços e fatores produtivos
em um mercado comum.
TARIFA EXTERNA COMUM -
TEC (que caracteriza uma união
aduaneira) – 1995 – a adoção de
políticas comerciais comuns em
relação a terceiros países representam
avanços significativos no processo de
integração. Prevê uma lista de
exceções tributárias para
determinados produtos, cujas
alíquotas devem convergir para a
TEC.
AS
RELAÇÕES
ENTRE OS
PAÍSES DO
MERCOSUL
COMUNIDADE ANDINA DE NAÇÕES - CAN
O Pacto Andino foi estabelecido em 1969, tornando-se a Comunidade Andina em 1996.
Compreende os países Bolívia, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela, com uma população de 101 milhões de habitantes e um PNB de 260 milhões de dólares.
Formou uma região de mercado comum e, a partir de 1995 (com a exceção do Peru), adotou uma TEC (Tarifa Externa Comum).
Em 1997, constituiu um acordo comercial com o MERCOSUL. Desse modo, prevê-se a união deste bloco com o MERCOSUL, devido à força expressiva deste último, a fim de fortalecer a América Latina nas discussões da ALCA.
ASSOCIAÇÃO DAS NAÇÕES DO SUDESTE ASIÁTICO - ASEAN
É integrada por Indonésia, Malásia, Filipinas, Cingapura, Tailândia e Brunei. A rede do secretariado geral fica em Jacarta, na Indonésia. Surge em 1967 com o objetivo de acelerar o progresso econômico e aumentar a estabilidade regional. Em 1988 é criado o Fundo Asean, com capital de US$ 150 milhões, para financiar a indústria da região. A organização incentiva a produção de bens complementares (de autopeças, por exemplo), que têm os países-membros como compradores preferenciais. Em 1992, é assinado acordo para acabar em 2008 com as barreiras econômicas e alfandegárias entre esses países. A Asean também prevê a cooperação nas áreas de transporte, comunicação, segurança, relações externas, indústria, finanças, agricultura, energia, transporte, tecnologia, educação, turismo e cultura. Em julho de 1993, a Asean decide se inserir como um movimento dentro da Apec (Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico).
COOPERAÇÃO ECONÔMICA DA ÁSIA E DO PACÍFICO - APEC
É um bloco econômico que integra Austrália, Brunei, Canadá, Chile,
China, Hong Kong, Indonésia, Japão, Coréia do Sul, Malásia, México,
Nova Zelândia, Papua Nova Guiné, Filipinas, Cingapura, Formosa
(Taiwan), Tailândia e Estados Unidos. Surge em 1989, na Austrália,
como um fórum de conversações informais entre os países membros
da Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean). Prevê a
cooperação nas áreas de comércio e investimentos. Adquire contornos
de bloco econômico em 1993, com a Conferência de Seattle, nos
EUA. Em 1994, é estabelecido que as negociações para a eliminação
das barreiras comerciais tenham início no ano 2000 e sejam
completadas num período de dez anos nos países desenvolvidos, em 15
anos nas economias recém-industrializadas e em 20 anos nas nações
em desenvolvimento. A partir de sua consolidação, será o maior
bloco econômico do mundo, totalizando 50% da produção
mundial e envolvendo 46% do comércio global.
OUTROS BLOCOS SUPRANACIONAIS
MERCADO COMUM
CENTRO AMERICANO -
MCCA
O MCCA foi criado em 1960
e implementado em 1963,
com os países Guatemala, El
Salvador, Honduras, Costa
Rica e Nicarágua. Eles
adotaram uma TEC (Tarifa
Externa Comum) e
participam ativamente no
processo de implementação
da ALCA.
MERCADO COMUM DA
COMUNIDADE DO CARIBE
(CARICOM) é um bloco de
cooperação econômica estabelecido
pelo Tratado de Chaguaramas em
4 de julho de 1973. É integrado por
12 países e três territórios: Antígua e
Barbuda, Bahamas, Barbados,
Belize, Dominica, Granada, Guiana,
Jamaica, Santa Lúcia, São Cristóvão
e Névis, São Vicente e Granadinas,
Trinidad e Tobago, Ilhas Virgens
Britânicas, Ilhas Turks e Caicos e
Montserrat. O Caricom substitui a
Associação do Livre-Comércio do
Caribe (Carifta), criada em 1967.
SOUTHERN AFRICAN
DEVELOPMENT COMMUNITY
A SADC (Comunidade da África
Austral) teve início em agosto de
1992. Apresenta uma população
total de 137 milhões de habitantes e
um PIB total de US$ 146 milhões.
Atualmente, discute-se a cooperação
econômica, sendo estes os países
participantes: Angola, República
Democrática do Congo, Malawi,
Moçambique, Seychelles,
Swaziland, Zimbabwe, Botswana,
Lesotho, Mauritus, Namíbia, África
do Sul e Tanzânia.
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DO
COMÉRCIO – OMC.
Antecedentes: A OMC foi estabelecida em 1 de
janeiro de 1995 e criada nas negociações da
rodada do Uruguai (1986-94). A organização
internacional que procedeu a OMC foi o GATT,
apesar que hoje os acordos do GATT continuam
sendo parte dos acordos da OMC. O GATT foi
substituído pela OMC, pois nâo tinha nenhuma
base legal e além disso só lidava com o comércio
de mercadoria. Na rodada do Uruguai as regras
foram estendidas para serviços, mercadorias e
propriedade intelectual (patente). Assim foi
criada a OMC que teria uma base legal mais forte
e que acobertasse todas as faces do comércio.
Sede: A sede da OMC fica em Genebra/Suíça
com 132 países membros.
Propósitos: A OMC regulariza e organiza o
comércio internacional, resolvendo diferenças
comerciais entre os países, ajudando a facilitar o
comércio.
GIGANTES ECONÔMICOS
BLOCO Integrantes
PIB
(em dólares,
1997)
População
(1999)
Renda per
capita (em
dólares,
1997)
Exportações
(em dólares,
1996)
APEC 20 países e
Hong Kong 16,5 trilhões 2,5 bilhões 6.715 1,7 trilhão
ASEAN 10 países 725 bilhões 510,3 milhões 1.464 77 bilhões
MERCOSUL 4 países* 1,1 trilhão 209,2 milhões 5.450 17 bilhões
NAFTA 3 países 8,8 trilhões 404,5 milhões 22.547 436 bilhões
UNIÃO
EUROPÉIA 15 países 8 trilhões 374,8 milhões 21.625 1,2 trilhão
* São quatro países membros (Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai) e dois associados (Bolívia e Chile). Fonte: Almanaque Abril
Zona de livre comércio
• Livre circulação de mercadorias, ou seja, não há impostos na circulação de produtos entre os países membros.
• A moeda nacional é mantida.
• Cada país define o imposto de importação para os produtos vindos de nações não-pertencentes ao bloco e as regras para o trânsito de capitais, serviços e pessoas.
União aduaneira
• Livre circulação de mercadorias.
• Cada país define suas regras para a circulação de capitais, serviços e pessoas.
• A moeda nacional é mantida.
• Imposto de importação comum para as mercadorias vindas de nações não-pertencentes ao bloco.
Mercado comum
• Livre circulação de mercadorias, capitais, serviços e pessoas.
• Imposto de importação comum para produtos vindos de nações não-pertencentes ao bloco.
• A moeda nacional é mantida.
União econômica e monetária
• Livre circulação de mercadorias.
• Imposto comum para produtos vindos de fora do bloco.
• Livre circulação de capitais, serviços e pessoas.
• Moeda é comunitária. Exemplo: euro, na União Européia.
CONCENTRAÇÕES FINANCEIRAS
TRUSTE – Associação financeira constituída por uma única empresa, resultante da fusão de várias outras com o objetivo de controlar o mercado. Exemplo: General Eletric.
HOLDING – surgiu basicamente para substituir o truste e consiste em uma organização econômica que tem sob seu controle as atividades de várias empresas através da aquisição total ou parcial de suas ações. Exemplo: Autolatina e Petrobrás.
CARTEL – acordo comercial entre empresas produtoras, as quais, embora conservem a autonomia interna, organizam-se em forma de sindicato para distribuir entre si as cotas de produção e os mercados e determinar os preços, suprimindo a livre consciência. Exemplos: OPEP e as indústrias automobilística e de cimento no Brasil.
JOINT-VENTURE – associação econômica de risco de duas empresas que geralmente pode ser de nacionalidades diferentes, porém de um mesmo setor, com objetivo principal de expansão do mercado. Exempo: Staroup na ex-URSS.
MONOPÓLIO – é o controle da quase totalidade do mercado de um determinado produto por uma grande empresa. Exemplo: Petrobrás.
OLIGOPÓLIO – é quando o mercado se caracteriza por um grande número de compradores e um reduzido número de grandes empresas dominando as vendas. Exemplos: as indústrias farmacêutica e automobilística no Brasil.
OLIGOPSÔNIO – é a estrutura de mercado em que há apenas um reduzido número de compradores, que geralmente correspondem a grandes grupos financeiros. Exemplo: a indústria de autopeças abastecendo a indústria automobilística no Brasil.
CONGLOMERADOS – é a associação que tem como objetivo principal monopolizar a produção e a comercialização de produtos industrializados e serviços. Exemplo: General Motors, Grupo Votorantim etc.
A SOCIEDADE TÉCNICO-CIENTÍFICO-
INFORMACIONAL: O NOVO ESPAÇO GEOGRÁFICO
É FRUTO DA REVOLUÇÃO TECNOLÓGICA, PRINCIPALMENTE DA INFORMÁTICA NOS ANOS 1970.
A REVOLUÇÃO DA INFORMATÁTICA LIGOU AS DIVERSAS ESTRUTURAS: HIDRELÉTRICAS, FÁBRICAS, FAZENDAS MODERNAS, PORTOS, RODOVIAS, EMPRESAS E CIDADES.
O COMPUTADOR É A BASE DE OPERAÇÃO DAS TRANSNACIONAIS – INFORMAÇÃO GLOBALIZADA (DESMATERIALIZAÇÃO DO DINHEIRO), BENEFICIAMENTO DAS ATIVIDADES FINANCEIRAS (PARAÍSOS FISCAIS).
OS COMPUTADORES SÃO
RESULTADO DE DUAS ONDAS
TECNOLÓGICAS:
1975-90 – INFORMÁTICA,
ROBÓTICA, TELECOMUNICAÇÕES
E BIOTECNOLOGIA;
ATUAL – SOFTWARES, PODEROSOS
BANCOS DE DADOS,
TELECOMANDOS DE CONCEPÇÃO
E PRODUÇÃO, SISTEMAS
INTELIGENTES, MENSAGEIROS
ELETRÔNICOS ETC.
EEUU: COMÉRCIO PELA INTERNET
ENTRE EMPRESAS – BUSINESS TO
BUSINESS COMMERCE OU B2B.
OS SENHORES DO MUNDO E SEUS PORTA-
VOZES: OS ORGANISMOS INTERNACIONAIS
CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS
PARA O COMÉRCIO E O
DESENVOLVIMENTO (UNCTAD):
AUMENTO NAS TRANSAÇÕES COMERCIAIS
DESDE 1988 (6,5% AO ANO) E O PIB
MUNDIAL APENAS 3,4% AO ANO.
O FATO ACIMA EXPLICA-SE PELA
INTERFERÊNCIA DOS PAÍSES RICOS SOBRE
OS POBRES ATRAVÉS DO G-8 (GRUPO DOS
SETE PAÍSES MAIS RICOS INCLUINDO A
RÚSSIA), A OCDE (ORGANIZAÇÃO PARA A
COOPERAÇÃO E O DESENVOLVIMENTO
ECONÔMICO), O FMI (FUNDO MONETÁRIO
INTERNACIONAL),O BIRD OU BM (BANDO
MUNDIAL), OMC (ORGANIZAÇÃO
MUNDIAL DO COMÉRCIO) E ATÉ A OTAN
(ORGANIZAÇÃO DO TRATADO DO
ATLÂNTICO NORTE).
FMI – OS ESTADOS UNIDOS SÃO SÓCIO
MAJORITÁRIO (17% DOS VOTOS), OU
SEJA, SEM OS EEUU O FMI NÃO DECIDE
NADA.
OMC – PROMOVE A EXPANSÃO DO
COMÉRCIO MUNDIAL, DEFENDE A
ADOÇÃO DE:
SUBORDINAÇÃO Á LEI DE PATENTES E
PROPRIEDADE INTELECTUAL;
FORMAÇÃO DE BLOCOS ECONÔMICOS;
POLÍTICAS NEOLIBERAIS (QUEDAS DAS
BARREIRAS COMERCIAIS E AS
PRIVATIZAÇÕES.
ESVAZIAMENTO DO PAPEL DA ONU
(ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS)
– CONSELHO DE SEGURANÇA (FRANÇA,
INGLATERRA, EEUU, CHINA E RÚSSIA).
SUBDESENVOLVIMENTO: SOLUÇÕES
FRACASSADAS E O PROBLEMA DA DÍVIDA
TENTATIVA DE SUPERAR A
DESCAPITALIZAÇÃO:
EXPORTAÇÃO CRESCENTE DE
COMMODITIES (BENS NEGOCIADOS
NAS BOLSAS DE MERCADORIAS OU
DE FUTUROS). EXEMPLO: A SOJA NO
BRASIL – DETERIORAÇÃO DOS
TERMOS DE TROCA E
DETERIORAÇÃO AMBIENTAL.
EMPRÉSTIMOS DOS ORGANISMOS
INTERNACIONACIONAIS (FMI E
BANCO MUNDIAL) PARA ATRAIR
INVESTIMENTOS ESTRANGEIROS
(INCENTIVOS FISCAIS),
PRODUZINDO:
CONTRAÇÃO DA DÍVIDA EXTERNA;
TRANSNACIONAIS REMETEM OS
LUCROS PARA SUAS MATRIZES (LEI
DE REMESSA DE LUCROS)
ABERTURA DO MERCADO
FINANCEIRO – ALTAS TAXAS DE
JUROS PARA ATRAIR DÓLARES
(CAPITAL ESPECULATIVO).
OBTENÇÃO DE NOVOS
EMPRÉSTIMOS, GERALMENTE,
JUNTO AO FMI, SOB CONDIÇÕES:
SUPERÁVIT PRIMÁRIO
(SUCATEAMENTO DA EDUCAÇÃO,
SAÚDE FALIDAS, FORÇAS ARMADAS
E SEGURANÇA PÚBLICA
DESASSISTIDA, INFRAESTRUTURA
OBSOLETA;
ADOÇÃO DOS PRECEITOS DO
NEOLIBERALISMO (LIBERALIZAÇÃO
DOS MERCADOS, PRIVATIZAÇÕES,
FLEXIBILIZAÇÃO DAS LEIS
TRABALHISTAS, GERANDO
DESEMPREGO NO CAMPO E NA
CIDADE.
AS DIVERGÊNCIAS ENTRE O NORTE
DESENVOLVIDO E O SUL SUBDESENVOLVIDO
LEI DE PATENTES E
DE PROPRIEDADE
INDUSTRIAL –
beneficia os países ricos
que investem mais em
P&D, por isso, agregam
mais valor aos produtos,
obrigando os países
pobres a pagarem pelo
uso da tecnologia
(royalties) – gerando um
apartheid tecnológico
ou digital.
MEDIDAS NEOLIBERAIS PARA OS
PAÍSES SUBDESENVOLVIDOS x
PROTECIONISMO PARA OS
DESENVOLVIDOS. OS PAÍSES
EXIGEM O FIM DO
PROTECIONISMO MAS O
PRATICAM. VEJAMOS:
BARREIRAS TARIFÁRIAS,
COMERCIAIS OU ALFANDEGÁRIAS;
BARREIRAS NÃO-TARIFÁRIAS:
COTAS DE IMPORTAÇÃO,
BARREIRAS SANITÁRIAS E
FITOSSANITÁRIAS;
LEIS ANTI-DUMPING;
SUBSÍDIOS DOMÉSTICOS;
SUBSÍDIOS ÀS EXPORTAÇÕES.