O que é a Primeira Infância?A Primeira Infância é o período de vida de uma criança compreendido entre a gestação e os 6 anos de idade. É nessa faixa etária que se encontram grandes desafios para o Poder Público no sentido de garantir a promoção dos direitos dessas crianças, assegurando-lhes a proteção integral, dada sua condição peculiar de desenvolvimento. Atualmente, aproximadamente 13% das crianças de 0 a 6 anos estão abaixo da linha da pobreza no Brasil, enquanto a média nacional entre todas as idades é de 7% (PNAD, 2011). No Distrito Federal, a primeira infância corresponde a aprox. 8,5% do total de moradores, ou 236.318 crianças de 0 a 6 anos que necessitam da atenção de toda a sociedade na garantia do seu desenvolvimento integral.

O que faz o Comitê Distrital pela Primeira Infância?Criado pelo Decreto 34.136 de 5 de fevereiro de 2013, reestruturado em 22 de maio de 2015 pelo Decreto 36.509, o Comitê Distrital pela Primeira Infância tem como atribuição precípua aprimorar a integração das políticas distritais para criança de até seis anos de idade e monitorar, avaliar e fiscalizar a implementação do Plano Distrital pela Primeira Infância,.

O Plano Distrital foi elaborado com a participação das pessoas mais interessadas, ou seja, das crianças de até 6 anos de idade. Essa característica do Plano demonstra que protagonismo e a cidadania podem e devem ser exercidos desde os primeiros anos de vida, e cabe a nós, adultos, garantirmos o direito de participação dessas crianças da forma que elas conseguem se expressar, e não necessariamente da forma que nós entendemos ser a correta.

As crianças sabem muito bem o que querem, e a metodologia construída para realizar a consulta a elas sobre o Plano Distrital possibilitou que este documento expressasse as suas necessidades e anseios reais.

Por que é importante ouvir as crianças e como ouvi-las?

O Comitê pela Primeira Infância entende a criança como:

• Sujeito de direitos;• Única e com valor em si mesma;• Pessoa em condição peculiar de desenvolvimento.

Portanto, um ser capaz de perceber, construir, sentir e criar significados para o que faz parte de sua vida.

Assim, realizar a escuta das crianças pretendeu não apenas a observação e descrição dos adultos daquilo experienciado na infância, mas preconizou a participação dos sujeitos que mais sabem o que é estar nesse período da vida.

Ao considerar as contribuições das crianças e seus pontos de vista, podemos definir estratégias mais eficazes às suas necessidades, resultando, assim em mudanças no seu cotidiano por meio e garantias ao exercício do direito de participar destas.

O exercício de escuta das 90 crianças aconteceu em uma Instituição de Educação Infantil de Brasília, e foi desenvolvida pelas professoras de quatro turmas com crianças de 4 a 6 anos. As estratégias de escuta e observação aconteceram por meio de:

• Rodas de conversa;• Entrevistas; • Situações de brincadeiras;• Oficinas lúdicas; • Registro fotográfico.

O resultado deste trabalho está disponível no Plano Distrital pela Primeira Infância, foi documentado em vídeo e inspirou a proposta de Projeto de Lei que institui o Marco Distrital pela Primeira Infância. Confira em www.crianca.df.gov.br

O que tinha que ter em Brasíliapara a cidade ser melhor?

Escola e Educação “A escola deveria ser colorida”“Escola deveria ter mais plantas”“Adultos têm que ajudar as crianças a irem para a escola”

Família e Comunidade“Colocar mais ônibus porque demoram muito a passar e estão sempre muito cheios”“Ter mais médicos para ajudar as pessoas doentes”“Ajudar os pobres”

Saúde e Alimentação“Dar comida para acabar com a fome das crianças”“Ter saúde é poder brincar, comer frutas, verduras, arroz, feijão e poder dormir”“O hospital tem que ser muito colorido, com camas macias, árvores, sol e jardim”

O Brincar“Construir um monte de brinquedos novos e diferentes”

“Dar brinquedos para as crianças que não tem brinquedos”“Espaço grande para pular e correr”“Árvores para subir”“Ter parque e praça perto de casa para poder brincar”

Alguns dos maiores medos das crianças:Medo de bêbado;Medo de ficar sozinho;Medo de ficar sem comida, sem casa, sem roupa;Medo de injeção;Medo da briga dos pais;Medo de ficar com frio;Medo de pessoas grandes; Medo de perder a mãe;Medo de morrer;Medo de ladrão e bandido;Medo de doença.

Declaração Universal dos Direitos das Crianças• Toda criança tem direito à igualdade, sem

distinção de raça, religião ou nacionalidade.

• Toda criança tem direito à especial proteção para o seu desenvolvimento físico, mental e social.

• Toda criança tem direito a um nome e a uma nacionalidade.

• Toda criança tem direito à alimentação, moradia e assistência médica adequadas para a criança e a mãe.

• Toda criança tem direito à educação e a cuidados especiais para a criança física ou mentalmente deficiente.

• Toda criança tem direito ao amor e à compreensão por parte dos pais e da sociedade.

• Toda criança tem direito à educação gratuita e ao lazer infantil.

• Toda criança tem direito a ser socorrido em primeiro lugar, em caso de catástrofes.

• Toda criança tem direito a ser protegido contra o abandono e a exploração no trabalho.

• Toda criança tem direito a crescer dentro de um espírito de solidariedade, compreensão, amizade e justiça entre os povos.

Comitê Distrital Pela

Primeira infanCia^Secretaria de

Políticas para Crianças,Adolescentes e Juventude

G O V E R N O D E

G O V E R N O D E

Secretaria de Políticas para Crianças,Adolescentes e Juventude

Comitê Distrital pela Primeira Infância

Subsecretaria de Políticas para Crianças e Adolescentes

Em caso de suspeita de violação dos direitos de crianças e adolescentes, procure o Conselho Tutelar

mais próximo de sua residência, ou ligue para:

Disque Direitos Humanos – Disque 100

Coordenação de Denúncias de Violação dos Direitos da Criança e do Adolescente (Cisdeca)

SErvIçO 24H: 61 3234.8555 ou 3234.2876

vAmOS OUvIr AS CrIAnçAS?

Brasília pela primeira infância