O que contam as obras literárias dos vestibulares?

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LITERATURA TEATRO

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SOCIOLOGIA

LÍNGUAS

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CINEMA HISTÓRIA

ARTES PLÁSTICAS

GEOGRAFIA

OBJETIVOS GERAIS OLHAR CRÍTICO SOBRE A REALIDADE

CAPACIDADE DE RELACIONAR

LEITURAS CONSISTENTES

CAPACIDADE DE ESTABELECER

ARTICULAÇÕES

REPERTÓRIO ABORDAGEM SOCIOLÓGICA,FILOSÓFICA E CULTURAL

Resposta à pergunta: Que é “Esclarecimento”? (Aufklärung)

• Publicado em 1783 com o objetivo de responder a proposta de um jornal de Berlim. A questão foi apresentada para o público intelectual da época e Kant se manifestou.

• Esse artigo de jornal está profundamente relacionado com o

trabalho filosófico de Kant, ou seja, com os eixos da sua filosofia:

aqui já está desenhado o que significa pensar livremente através de

uma responsabilidade que envolve a demarcação dos limites e as

condições de possibilidade desse pensar adequado.

Questões importantes

• Esclarecimento: saída da menoridade.

• Menoridade: é incapacidade de fazer uso da razão sem a

interferência do outro – o indivíduo usa a sua razão sob

tutela de outra pessoa, que lhe informa como deve pensar.

• O homem é responsável por qualquer uma das posições: seja

de tutela ou de liberdade de pensamento.

• É o sujeito responsável pela sua condição de menoridade e

de tutela, pela falta de vontade e pela falta de coragem.

• Uma vez que temos a razão e o entendimento, e a

possibilidade de nos dirigir, de nos governar, e não fazemos

isso, somos culpados.

• A consciência dessa culpa é o primeiro passo para sairmos

do estágio de menoridade e atingir um outro patamar de

realização que coincide com a liberdade.

Kant coloca uma questão: Estamos numa época de Emancipação?

• Não é a história que vai se encarregar de fazer essa saída da

menoridade – o indivíduo é responsável por viver sob tutela,

mas também é responsável em viver emancipado.

• A história não é uma coisa que transcorre por ela mesma,

mas sim através dos indivíduos que a fazem.

Kant faz uma filosofia crítica através de uma distinção:

• O uso privado e público da razão, e a maneira pela qual a liberdade se

manifesta naqueles usos.

• Uso privado: é aquele que o sábio pode fazer de sua razão em um certo

cargo público ou função a ele confiada. Quem tem responsabilidade pública

faz uso privado da razão e deve fazê-lo conforme as exigências da sua

posição pública. Exemplos: um político, padre, pastor, professor.

• Uso público: é aquele que qualquer um pode fazer enquanto sábio diante de

um grande público do mundo letrado.

Como compatibilizar a liberdade de pensamento com a funcionalidade social da esfera política?

• É preciso que haja organização política e social com as suas

normas e suas regras, com toda a sua funcionalidade, e é

preciso que haja a liberdade do indivíduo.

• Parece que faltou Kant dizer: Tenha coragem de fazer uso da sua

razão, mas não deixe de obedecer ao Estado!

A maioridade para Kant consiste em saber responder a essas perguntas:

1. O que posso saber?

2. O que eu devo fazer?

3. O que eu posso esperar?

• Essas três questões são o mapa da filosofia, e se conseguirmos

responder a elas em relação ao presente em que estamos

vivendo, então a filosofia terá se realizado.

O Manifesto Comunista

• O que é um manifesto? • Contexto

I. Burgueses e proletários

• Desenvolvimento do capitalismo trouxe a burguesia e o proletariado

• Ordem feudal incapaz de atender às demandas da modernidade

• Avanço levou aos conglomerados industriais

• Burguesia submeteu todas as relações e atividades

• Burguesia criou uma revolução sem precedentes provocando intercâmbio

comercial e cultural em todas as partes do mundo

• Exploração dos proletários aumenta cada vez mais em vários aspectos

• Parte da burguesia se aliaria aos proletários numa situação revolucionária

• Movimento proletário: único que atende aos interesses da maioria

II. Proletários e comunistas

• Comunistas constituem fração mais resoluta dos partidos operários de cada país

• Objetivos dos comunistas: organização dos proletários, derrubada da burguesia e conquista do poder político pelo proletariado

• “O que caracteriza o comunismo não é a abolição da propriedade em geral, mas a abolição da propriedade burguesa”

• O capital não é força pessoal e sim social, logo não deve ser transformado em propriedade privada

• Críticas aos comunistas sobre não serem patrióticos: tomar o poder dentro de cada nação – o fim dos antagonismos dentro de cada nação eliminará os antagonismos entre nações

• Críticas aos comunistas sobre religião e cultura: no processo histórico, novas condições materiais sempre levaram a novas ideias

III. Literatura socialista e comunista

1. O socialismo reacionário a) O socialismo feudal: crítica à burguesia como se a ordem feudal fosse

melhor b) Socialismo pequeno-burguês: crítica à burguesia condenando sua hegemonia c) O socialismo alemão: apropriação das ideias revolucionárias francesas num

país muito diferente

2. O socialismo conservador ou burguês Procura manter o controle sobre o proletariado na sociedade capitalista o convencendo de que ela pode ser boa para ele a partir de reformas

3. O socialismo e o comunismos utópicos e críticos • Não entendiam o proletariado como classe revolucionária

• Apelavam indistintamente para a sociedade inteira

IV. A posição dos comunistas em relação aos vários partidos de oposição

• Partidos comunistas sempre se aliam às forças que agem

revolucionariamente (de diferentes tendências)

• Comunistas nunca se descuidam de despertar nos operários uma

consciência dos antagonismos entre as classes

1. Globalização • Céticos x radicais Ambos abordam apenas o viés

econômico. A globalização é política, tecnológica e cultural, tanto

quanto econômica.” (p. 15) • Crise das instituições: Estado, família, igreja... já não

representam plenamente os anseios das sociedades no mundo globalizado.

2. Risco • Noção de risco – construção histórica:

- Séc. XVI-XVII: navegações (espacial) - Séc. XX: investimentos financeiros (temporal) - Séc. XXI: todo tipo de incertezas

• O risco está, por essência, associado ao futuro: é a civilização industrial moderna que quer romper com o passado. “O capitalismo é impensável e impraticável sem o risco.” (p. 36)

• Riscos internos: próprios de cada indivíduo (dietas, medicina, casamento...)

• Riscos externos: fabricados pelas sociedades (aquecimento global, transgênicos...)

Outro autor: Ulrich Beck (Sociedade de risco)

3. Tradição • Tradições podem ser (e na maior parte são!)

inventadas e/ou reinventadas. Ex.: kilt dos escoceses; turbante dos soldados indianos.

• O iluminismo do século XVIII depreciou a tradição – forma de justificar seu interesse exclusivo pelo novo.

• Tradições são sempre coletivas e incorporam poder e “verdades”; mas são necessárias.

• O Iluminismo rompeu com as tradições nas instituições públicas, mas elas tendem a persistir em outras áreas da vida. Ex.: família e gênero.

• Perspectiva cosmopolita x fundamentalismo

4. Família

• A globalização produz uma revolução na vida das pessoas: na sexualidade, nos relacionamentos, no casamento e na família (instituições-casca).

• Ocorre de maneira desigual em diferentes regiões e culturas e encontra resistências nos fundamentalismos.

• Transformação da “Família Tradicional”, cuja base era econômica, fundada no casamento arranjado, na desigualdade entre homens e mulheres, no sexo para reprodução, na ausência de direitos para as crianças, na hostilidade para com a homossexualidade, vista como patológica.

• “Família atual” como fruto da separação entre sexualidade e reprodução (casamento), fundamentada no amor romântico, na igualdade de direitos entre homens e mulheres, na intimidade / comunicação emocional que também permeia as relações de amizade e entre pais e filhos. • A vida familiar está sendo substituída pelo casal informal ou pela

união informal. Franqueza, confiança são os pilares desses relacionamentos (Guiddens faz um paralelo com a democracia pública, pois ocorre entre iguais em direitos e obrigações).

5. Democracia • Democracia é definida por Giddens, como um sistema que envolve competição efetiva entre partidos políticos por cargos de poder, e que permite a participação de todos os membros da sociedade. Neste capítulo o autor ressalta a importância da globalização, sobretudo no que se refere aos meios de comunicação, quanto ao seu poder para a expansão da democracia. • Há atualmente, uma disseminação da democracia pelo mundo, contudo, em alguns países há uma desilusão generalizada como os processos democráticos e isso se deve principalmente à revolução das comunicações, que têm produzido mais conjuntos de cidadãos conscientes do que havia antes. • Corrupção sempre houve em toda a história da humanidade, mas com o

advento dos meios de comunicação em massa, essas notícias têm se tornado acessíveis para grande parte da sociedade. O grupos de causa única (ecologia, feminismo, GLBT) estão na vanguarda da disseminação da democracia.

• Afirma que é necessário democratizar a democracia, ou seja, promover uma descentralização efetiva de poder, ou ainda, criar medidas anticorrupção efetivas em todos os níveis, criando meios de promover um equilíbrio entre governo, economia e sociedade e basear nesse tripé a administração pública. Assim, conclui, “Nosso mundo em descontrole não precisa de menos, mas de mais governo – e este, só instituições democratizadas podem prover.”

Memórias Póstumas de Brás Cubas, Machado de Assis

Aspectos do Realismo em Memórias Póstumas

A cidade e as serras, Eça de Queirós • Portugal, 1901 – Terceira fase: Realista de transição - dicotomia entre Campo e Cidade; - aristocracia rural degradada por adoção de modelos de vida e inautênticos e estrangeirados, regenerada ao retomar as raízes nacionais portuguesas.

• 16 capítulos: I parte – vida urbana parisiense (requinte e civilização tecnológica); II parte – vida rural portuguesa (natureza e simplicidade = felicidade).

• Protagonista: Jacinto – fruto da elite rural portuguesa: ultracivilizado, ávido por progresso e tecnologia; depois entediado e pessimista; por fim, feliz com a vida rural - remédio para os males gerados pela civilização urbana.

• Narrador personagem: José Fernandes - compassivo, fidalgo culto, de origem rural portuguesa; centrado, prático e afetuoso.

Sentimento do mundo – Carlos Drummond de Andrade

• Momento da Segunda Guerra Mundial

• Governos Totalitários de Caráter Populista

• Pertencente à Segunda Geração Modernista Brasileira.

• Obra publicada em 1940 abre uma nova fase na poesia de Drummond, reunindo poesias escritas de escritas de 35 à 40, poucos poemas – 28

• Abre caminho para José (1942) e Rosa do Povo (1945)

• Retrata o tempo de angustias que antecede a 2ª Guerra Mundial, o crescimento do nazifascismo, as imposições do Estado Novo Getulista

• Quer reagir ao estado catastrófico que se prenuncia e a inconsequência humana de não se rebelar diante dos problemas que o mundo enfrenta

• Ao se ver impotente ante tal situação, confessa-se pessimista e solitário

Memórias de um sargento de milícias, Manuel Antônio de Almeida

• Romantismo: Romance de costumes ou urbano (projeto literário). • Publicado em folhetim – A Pacotilha (1852-1853), apresentando

metalinguagem, referência ao leitores e frases chamariz. • Narrador em terceira pessoa (com conversa com o leitor). • Época de D. João VI – 1808 – Corte no Brasil • Dois planos narrativos – tempo do narrador e tempo de

Leonardo (memórias). • Espaço: Rio de Janeiro. • Linguagem: jargão forense, lusitanismo, expressões de época,

ironia e humor. • Antecipação de características do Realismo: a) sem idealização da sociedade e da mulher; b) funcionamento das classes baixas; c) “jeitinho” brasileiro - “arranjei-me” (troca de favores); d) plano da ordem X da desordem; e) ausência de culpa; f) herói malandro.

A autoestrada do sul, Julio Cortázar (1914-1984)

• Conto publicado em 1969 – após Golpe Militar na Argentina.

• Inter-relação do tempo e do espaço narrativo: só há o “para frente”; sentido único da autoestrada que terminará em Paris.

• Enredo centra-se na construção de relações pessoais, formação de comunidades. O espaço proporciona a conveniência/ força da ocasião.

• Comunidades se formam por necessidade – a força do coletivo: solidariedade, compaixão, empatia.

• Estratégias: estabelecer prioridades – hidratação, nutrição, abrigo e defesa.

• Comunidade – local de exercício das práticas sociais – proteção e prioridade às crianças e aos idosos; defesa dos vínculos sociais; ética-moral: não roubar, não explorar o outro; formação de um fundo de reserva para as necessidades; divisão de alimentos e dos abrigos.

• Comunidade – construção de laços afetivos – exercício dos sentimentos, todos, inclusive a inveja.

Críticas presentes no conto

• O homem se molda à máquina/ à tecnologia; sucumbe sob seus bens de consumo.

• Apego aos carros: somente um personagem o abandona.

• Evidencia que o homem é um organismo biofisiológico, submetido às forças da natureza.

• Necessidades fisiológicas trazem o homem à realidade humana: excreção, fome e sede – momento em que saíam de suas “máquinas/ carros”.

• Capacidade de resiliência dos homens em nome da sobrevivência e com a força do coletivo.

• Práticas negativas do capitalismo – oportunismo, ágio, contrabando, mercado negro – exploração do outro.

Fim da estrada • Dissolução da comunidade construída.

• Trânsito normalizado “elimina” o relacionamento das pessoas. Ninguém se despede. A vida segue.

• Fragilidade das relações, sobretudo às construídas por força da ocasião.

“E na antena do rádio flutuava alucinadamente a bandeira com a cruz vermelha, e se corria a oitenta quilômetros por hora em direção às luzes que cresciam pouco a pouco, sem que já se soubesse bem para que tanta pressa, por que essa correria na noite entre automóveis desconhecidos onde ninguém sabia nada sobre os outros, onde todos olhavam fixamente para a frente, exclusivamente para a frente.”

1984, George Orwell (1949) • Europa pós horrores da Segunda Guerra. • Crítica aos regimes totalitários. • Período em que distopias tornam-se constantes. • Mundo permanentemente em guerra: Oceania X Lestásia X Eurásia • “Guerra é paz. Liberdade é escravidão. Ignorância é força”: pessoas devem acreditar no contraditório ( Ideologia Ingsoc); • Partido : Grande Irmão; Teletelas • Divisão a) Partido (núcleo) : privilégios b) Partdo eeterno: Winston - grande drama > não ser capaz de negar ou de acreditar contrariamente ao que ele consegue ver ou sentir de seu universo. c) Proletas: massa amorfa e alienada, sem importância; não reeducados. • Ministério da Verdade: mentira > falsificar a História; modificar dados; versão vendida é a que interessa ao Partido. • Ministério do Amor: tortura sob medida (com base nos medos das pessoas) – Quarto 101 (Gestapo); desqualificação da capacidade de julgamento do indivíduo (Crime de Pensamento);

Novilíngua (nova fala): projeto de redução da linguagem e mediações possíveis: para que não exista nenhuma dissidência no Partido (Goebbels/ Hitler).

Diário de Winston: ódio da sociedade opressora; ideias de rebelião; forma de resistência.

Julia: Departamento de ficção > cuida de máquinas que fazem livros;

Ambas as insatssaaçes: negação da individualidade e da liberdade por parte do partido: Julia > caminha para a corrupção dos ideais do partido como maneira de retomar parte da sua individualidade e liberdade; Winston > ânsia de justicatva, não conseguia compreender o porquê de o sistema se estabelecer de forma tão bruta e desumanizante.

Refleeão profunda sobre os conceitos de humanidade, de linguagem e de poder.

Projeção de um futuro perverso e tenebroso; caráter distópico: crítica do presente, revelação de pontos críticos sobre os quais devemos refletir para que essa projeção nunca se torne realidade.

Em A Metamorfose, o fantástico norteia a história

SAMSA - IMPOTENTE perante ações rotineiras, faz uma alusão às fraquezas humanas diante de pressões sociais. Denuncia como a sociedade restringe o valor do ser humano ao que produz e às aparências.

Gregório: “o acordado”, “o vigilante”, “o alerta”.

Se não pode mais produzir renda, não serve para mais nada. Não é só alusão à sociedade capitalista -

retrata a frieza e falta de escrúpulos do ser humano diante de situações de conflito.

TEMAS característicos da sociedade contemporânea: a crise existencial, a desesperança do ser, pessimismo, a ausência de resposta, a solidão, impotência e a fuga .

A morte de Samsa A sensação de alívio da

família CONVIVÊNCIA?

Peça sobre o astrônomo obrigado pela inquisição a negar que a Terra gira em torno do Sol representa o conflito do

intelectual com o poder

1ª. 1938, a vitória do nazismo na Alemanha parecia inevitável. Brecht (1898-1956) busca na trajetória de GG (1564-1642) o subtexto para expressar suas ideias sobre o comportamento dos intelectuais diante de uma sociedade repressora.

2ª. 1945 (com Charles Laughton) :a bomba atômica encerra uma guerra já terminada e Brecht - que vivia nos Estados Unidos - reconsidera a responsabilidade dos cientistas. Ele altera o desfecho de A Vida de Galileu , antes mártir, é condenado por render-se à opressão.

o astrônomo NÃO É herói, NÃO há idealizado, como o modelo do herói trágico da literatura clássica. Brecht obriga o espectador a duvidar se é justo que um cientista tenha de abrir mão de seus ideais para deixar seu legado à humanidade.

VERSÕES

"infeliz o povo que necessita de heróis"

Abaporu

Abaporu (85 cm × 72 cm), 1928 - Tarsila do Amaral

Localização: Museu de Arte Latino-americana de Buenos Aires (MALBA).

Analise do Titulo: aba -"homem" poru -"comedor de carne humana“.

Analise da Obra: As cores e a composição denotam uma critica à bandeira.

Relevância: Oswald ao se deparar com a temática da obra inspirou a convidar Raul Bopp a escrever o Manifesto Antropofágico e pregava que se “devorassem” os nossos colonizadores e incentivava independência cultural.

Caipira Picando Fumo

Caipira picando fumo (202 x 141 cm), 1893 José Ferraz de Almeida Júnior

Localização: Pinacoteca do Estado de São Paulo. Analise do Titulo: homenageia os costumes cotidianos do trabalhador do campo. Análise da Obra: A luz amarelada e detalhes dos pés e mãos marcadas e machucadas pelo trabalho mostram a simplicidade do campo. Relevância: Academia Imperial de Belas Artes (AIBA) trouxe ao Brasil o estilo Realista. Almeida Junior inseriu temas da arte Brasileira, pois ousou pintar independente das temáticas encomendadas.

Bananal

Bananal (87 x 127 cm), 1927 - Lasar Segall

Localização: Pinacoteca do Estado de São Paulo. Analise do Titulo: “Bananal”, privilegia a temática ao fundo não enfatizando a figura de Olegário. Análise da Obra: A composição neutraliza a figura central como parte da paisagem, desvalorizando o ex-escravo. Relevância: A cor verde era comum aos artistas que buscavam representar o naturalismo, diferencia-se de suas experiências anteriores, vindo de um ambiente de guerra, a tendência européia era o Expressionismos que explorava pinceladas marcadas em tons escuros.

Bicho

Série Bichos: Caranguejo Duplo (53 X 59 X 53) Ligia Clark, 1960

Localização: Pinacoteca do Estado de São Paulo Analise do Titulo: Sucede uma série chamada “Casulos”, indica progressão geométrica de bidimensional para o dinamismo da forma. Análise da Obra: O espiral das articuláveis remetem ao dorso de um animal, propõe a participação do observador, pioneira da arte interativa. Relevância: Grupo Frente no Rio de Janeiro e esta série de trabalhos são uma das referências e resultados do Manifesto Neo-concreto.

http://www2.uol.com.br/laerte/tiras/index-piratas.html

Criação de Laerte Coutinho • 1983 Revista Chiclete com Banana (Ed. Angeli; Editora Circo) primeira aparição • 1990 Revista Piratas do Tietê • 1991 Folha de SP • 2007 Piratas do Tietê – A Saga Completa (3 volumes; Editora Saraiva)

“(...) Quer dizer, uma sintonia entre os personagens e a coisa real mesmo. Todo mundo pirateia. O fato dos caras piratearem, roubarem, saquearem e depois venderem, traficarem escravo e tal, parece que é uma linguagem muito conhecida no Brasil, não surpreende ninguém. “ (Laerte, in http://www.los3amigos.com.br/13a/sexy.htm, acesso em 06/08/2005).”

“Com um olhar preciso e irônico sobre situações banais o autor vai tecendo um painel absurdo e engraçado de nossa realidade, criando ligações visuais inusitadas, absorvendo elementos de fantasias criadas por ele ou imagens-clichês e imediatamente reconhecíveis dentro do cenário paulista. Tudo isso, com muito humor.” (Elaine Ap. Barreto Gomes de Lima, Faculdade de Educação UNICAMP, Mestre em Educação)

Mao Tse Tung

Mao Tse Tung (87 x 127 cm), 1927 - Andy Warhol

Localização: Andy Warhol Museum Analise do Titulo: Foi líder da Revolução Chinesa e governou o país desde a criação da República Popular Análise da Obra: As formas seriadas de cores intensas fazem referência a Pop Arte. Relevância: A forma de apresentação contradiz o titulo e tema da obra como proposta critica a sociedade.

Os Jogadores de cartas

Os Jogadores de cartas ( 1892 ) - Paul Cézanne

Localização: Acervo da família real do Catar. Analise do Titulo: Apenas apresenta a cena não o contexto. Análise da Obra: As cores escuras apresentadas na obra denotam o período de referencia pós-impressionista. Relevância: A roupagem diferenciada entre os jogadores remete a um outro jogo, relacionado a termos de sociedade.

El Guernica

El Guernica (7,76 x 3,49m ) – Pablo Picasso1937

Localização: Museu Reina Sofia, Madri. Analise do Titulo: Relacionado ao bombardeamento da cidade Guernica na Espanha. Análise da Obra: As cores e as formas pontiagudas denota tristeza e angustia. Relevância: Referencia política do contexto histórico do inicio da Segunda Guerra Mundial.

Dont Forget to eat your lunch and make some trouble

“Não se esqueça de comer o seu almoço e fazer algumas encrencas” - Bansk

Localização: street art Analise do Titulo: A fala da figura da mãe super-protetora arrumando o filho com uma bandeira anárquica sugere o equivoco de comportamento jovem atual.

Análise da Obra: O texto à esquerda em cor vermelha enfatiza a intenção de leitura do artista.

Relevância: Faz uma denúncia critica à hipocrisia da sociedade capitalista.

Eles não usam black-tie – Lauro Escorel

• Título revelador sobre os protagonistas

• Baseado em peça de Gianfrancesco Guarnieri de 1958

• Filme de 1981 – período da distensão

• Contexto marcado pelo ressurgimento do movimento operário organizado, com destaque para a categoria dos metalúrgicos

• Expoente do Cinema Novo, cuja proposta era apresentar a realidade de forma direta, mostrando as contradições sociais e dando visibilidade às pessoas comuns

• O filme narra a história de uma casal de namorados, Tião e Maria, que ao saber que irão ter um filho, resolve se casar. Com muita esperança planejam uma nova vida para que possam dar de tudo à criança que vai nascer.

• Tião trabalha na mesma fábrica que o pai, Otávio, um sindicalista que esteve preso por três anos durante a ditadura, o que levou Tião a morar na infância com os padrinhos, na cidade.

• Enquanto Tião planeja seu casamento, um movimento grevista estoura na fábrica onde eles trabalham em São Paulo e a felicidade dos dois começa a desmoronar.

• Esse movimento divide os operários da fábrica. Pensando no casamento e no bem-estar do casal, Tião decide furar a greve e continuar trabalhando, entrando em conflito com seu pai.

• O filme mostra o contraste entre os personagens, enquanto o pai Otávio esteve preso, o filho Tião foi criado pelos padrinhos. O pai sempre foi solidário com a classe, enquanto o filho é individualista e seu objetivo sempre foi subir na vida.

• O problema principal apresentado no filme gira em torno dos antagonismos entre uma concepção e conduta individualista em contraposição a outra de caráter coletivo, solidário, num contexto de difíceis condições de vida e trabalho para o operariado e onde ainda respingam ações ditatoriais por parte do Estado.

O Pagador de Promessas • Filme de 1962, dirigido por Anselmo Duarte, com texto

original de Dias Gomes, estrelando Leonardo Vilar, norma Bengel e grande elenco.

• Tempos de instabilidade sociopolítica. Findavam os anos dourados. O entusiasmo da era JK.

• Zé do Burro carregara uma cruz pesada ( o mesmo peso que a do Cristo, segundo ele) de algum lugarejo da roça baiana até a capital, Salvador.

• O tema central da obra é de cunho social(Um homem simples, de uma sociedade marginalizada – a roça – entra em conflito com os valores da cidade)

• Crítica ao autoritarismo, • À intolerância e à corrupção das autoridades. • Sincretismo religioso

• Premiado com a Palma de Ouro no Festival de Cannes. • De Anselmo Duarte e a equipe do filme foram recebidos com

um desfile público em carro aberto, ao desembarcar no Brasil após o recebimento do prêmio em Cannes.

• Foi o primeiro filme brasileiro a ser indicado ao Oscar, em 1963. • Com Leonardo Villar e Glória Menezes.

Cabra marcado pra morrer – Eduardo Coutinho • 1964, Golpe Militar.

– Eduardo Coutinho gravava um documentário no sertão da Paraíba sobre a morte de um líder das Ligas Camponesas morto.

– O regime instaurado impede a continuidade das filmagens e persegue participantes.

– Em 1984, na abertura política, ocorre o retorno das gravações, mas com a própria gravação como tema.

• O filme é uma narrativa semidocumental da vida de João Pedro Teixeira, um líder camponês da Paraíba, assassinado em 1962.

– Em 1964. O engenho da Galileia foi cercado por forças policiais. Parte da equipe foi presa sob a alegação de "comunismo", e o restante dispersou-se.

– O trabalho foi retomado 17 anos depois, recolhendo-se depoimentos dos camponeses que trabalharam nas primeiras filmagens e também da viúva de João Pedro, Elizabeth Altino Teixeira, que desde dezembro de 1964 vivera na clandestinidade, separada dos filhos.

• Cinema de denuncia, reconstrução da memória da repressão e da luta contadas por indivíduos humildes que foram diretamente afetados pelas ações repressivas e coercitivas, tanto do governo quanto da elite rural da região.

• A diáspora familiar da família de Elizabeth é contada por Coutinho em uma continuação do documentário, em 2014 chamado A Família de Elizabeth Teixeira.

Pro dia nascer feliz – João Jardim • Contrastes da escola brasileira em que as divergências entre o espaço

público e o privado, nas quais a violência e a apatia de estudantes, do nordeste e sudeste, ganham corpo a cada quadro mostrado.

• Filmado em três estados brasileiros, em 2006, abordando classes sociais distintas, o documentário de longa-metragem de João Jardim.

– É um diário de observação do adolescente brasileiro, montando um quadro complexo das desigualdades e da violência no país a partir da realidade escolar.

• Numa chave de oposições, verificam-se os abismos sociais que afastam realidades educacionais brasileiras muito distintas, com a escola como palco desses contrastes.

– Enquanto a ausência de estrutura impede que o alunado veja sentido na educação oferecida em alguns locais.

– Angustias “típicas” como o vestibular e a escolha profissional representam, na verdade privilégios, pela comparação com realidades opostas.

• Chama a atenção no filme a presença “nua” dos discursos dos alunos e professores ampliando as concepções do que vem a ser a experiência escolar brasileira.

– Fazendo do título emprestado de uma música de Cazuza uma ironia.

• Filme de 2014 com direção e roteiro de Anna Muylaert.

• Com Regina Casé, Camila Márdila, Karine Telles, Lourenço Mutarelli, Michel Joelsas e grande elenco

• A narrativa se passa na zona sul da cidade de São Paulo, nos bairros do Morumbi e Campo Limpo

• Centrado na figura da empregada doméstica e babá Val (Regina Casé), Pernambucana de Recife, mora com os patrões Carlos (Mutarelli) e Bárbara (Karine Telles) desde quando cuidava do filho do casal Fabinho (Michel Joelsas), agora um adolescente na fase pré-vestibular.

• Vivendo uma vida calma e sem questionar sua condição, Assim que a filha de Val, Jéssica (Camila Márdila) vem para a casa dos patrões da mãe para prestar vestibular no curso de Arquitetura da Universidade de São Paulo, a relação da empregada e da família começa a se deteriorar.

• O filme fala sobre desigualdade social, sobre a lógica do favor, as “Regras” implícitas de hierarquia e conduta entre patrões e empregados, e a complexidade das relações entre pais e filhos.

• Trabalhando com a dinâmica do olhar da empregada que evidencia o mal-estar dos preconceitos sociais que se escondem sob o manto da cordialidade de ser “quase da família”

Que Horas Ela Volta? – Anna Muylaert

Laranja Mecânica

Londres futurista: Alex Beethoven, estupros e ultra-violência

https://beatlespider.files.wordpress.com/2012/06/laranja-mecanica1.jpg http://www.mundogump.com.br/origem-dos-drugues-de-laranja-mecanica/

Após 1 noite de ultra-violência, Alex é preso Tratamento Ludovico: drogas, Beethoven, cenas violentas náusea ‘cura’

http://www.planocritico.com/critica-laranja-mecanica/

Capelão: Alex foi privado de seu livre-arbítrio dado por Deus: "... Ele deixa de ser um malfeitor, mas também deixa de ser uma criatura capaz de escolhas morais".

Tentativa de reabilitação através de condicionamento psicológico

Stanley Kubrick, 1971 Psiquiatria, gangues, delinquência juvenil

Blade Runner Ridley Scott – 1982

Opressão/paranoia/pessimismo/sobrevivência vs. amor/sonhos/memória/realidade

Los Angeles distópica de 2019: cultura e propaganda japonesa Escuro, chuvoso, poluído: Ficção científica neo-noir ‘Off-world’

Teste de Voigt-Kampff – empatia (humanos)

Personagens: • Deckard; Gaff • Roy Batty; Pris; Leon; Zhora • Rachael

Batty: “I've seen things you people wouldn't believe. Attack ships on fire off the shoulder of Orion. I watched C-beams glitter in the dark near the Tannhäuser Gate. All those moments will be lost in time, like tears in rain. Time to die.”

• Replicantes mostram empatia uns pelos outros; humanos não ... • Dúvida no final: Deckard é humano ou replicante?

Babel - Alejandro Gonzáles Iñárritu • Produção multinacional (EUA, MEX) faz uso de grandes nomes da

indústria como Cate Blanchett, Brad Pitt e Gael Garcia Bernal como motores de um filme sensível e diverso do cinema blockbuster típico.

• O texto de Guilhermo Arriaga, o mesmo de 21 Gramas, materializa-se na película de Alejandro González Iñarritu, Gravidade e Birdman, que constrói a narrativa numa atmosfera contemporânea.

– A lógica da globalização impõe um ritmo no qual nenhum sujeito se compreenderá, dada a velocidade e superficialidade das relações pautadas, primordialmente, pelo consumo.

• Fazendo uso de flashes rápidos, que vão apresentando 4 histórias que a priori não tem relação, mas aos poucos vão se mostrando aproximáveis, principalmente no tocante à chave da impossibilidade de comunicação entre as experiências.

• Importa como um valor muito pertinente, a referência da Babel que dá título ao filme, em que em Genesis 11:7, que Jeova faz com que os homens não mais se compreenderiam, dada sua ousadia. Na Babel filme, 4 línguas fazem-se presentes, como se não houvesse tradução para certas experiências.

PERSÉPOLIS - Marjane Satrapi • Persépolis é uma novela gráfica lançada em primeiro

momento separadamente em quatro volumes, sendo a primeira edição do ano 2000 e as demais lançadas a cada ano seguinte. Em 2007 a editora Companhia das Letras reuniu os quatro volumes e lançou Persépolis Completo em sua linha Quadrinhos na Cia. A iraniana recebeu o prêmio de melhor história em quadrinhos pela Feira do Livro de Frankfurt na edição de 2004. O livro inspirou um longa-metragem homônimo, dirigido por Satrapi em parceria com Vincent Paronnaud lançado em 2007. O filme foi indicado ao Oscar de melhor animação em 2008 e recebeu também o Grand Prix do júri do Festival de Cannes de 2007.

• Sua temática gira em torno de Marjane Satrapi, uma iraniana que narra e desenha em preto e branco sua vida e a trajetória de seu país ao longo dos quase quinze anos em que a narrativa se passa. Nesse ínterim, guerras, lutas, exílio, intolerância, revolução, ditadura e resistência perpassam a narrativa entrecruzando as histórias do país às suas experiências pessoais.

Noel de Medeiros Rosa: sambista, cantor, compositor, bandolinista, violonista brasileiro e um dos maiores e mais importantes artistas da música no Brasil. *11/12/1910, RJ 04/05/1937 RJ

Entre os anos de 1930 a 1937, Noel compôs mais de 300 músicas, entre sambas, marchinhas e canções. Entre seus sucessos destacam-se, "Com Que Roupa", seu primeiro sucesso

Com que roupa, Noel Rosa

Linguagem coloquial Bordão

COM QUE ROUPA

11X

EU

AGORA VOU

MUDAR

FUTURO VOU ACABAR FICANDO NU

PASSADO VOCÊ ME

CONVIDOU

HOJE ESTOU

PULANDO...

EU = CABRA

MUDAR

PRA LUTA

TRATAR PRO

SAMBA ACABA

R

VOU

CONSCIENTE

REDUZIDO

DESEJO x REALIDADE ME APRUMAR PULANDO COMO SAPO COBERTO DE FARRAPO

Lourinha Bombril, Paralamas do sucesso

Indicações: MTV Video Music Award: Video Music Brasil

Artista: Os Paralamas do Sucesso Álbum: Nove Luas Data de lançamento: 1996

miscigenação LOS PERICOS

PÁRATE Y MIRA

Cultura Raça

culinária

Refrão

Imperativo Observação

atenção

verbos

imperativo

gerúndio

indicativo heterogeneidade

MULHER

BRASILEIRA ESTRANGEIRA

PRODUTOS

ESTRANGEIROS BRASILEIROS

ESSA CRIOLA

LOURINHA/MULATA

AQUELA ÍNDIA

O Mundo é um Moinho cantor e compositor de samba Cartola

gravada por ele em 1976.

música composta para Creuza Francisca dos Santos (1927 - 2002), criada por Cartola como filha.

A canção refletiria as preocupações de Cartola para sua filha adotiva e suas opções amorosas.

Muitos cantores cantam essa música, na seguinte parte: "preste atenção, o mundo é um moinho" com a frase seguinte: "vai triturar teus sonhos tão mesquinhos", ou seja, os sonhos são mesquinhos.

SONHOS X MUNDO

"mesquinho", no singular, para designar que o mundo é mesquinho e não sonhos da pessoa para qual a música é cantada.

Cálice: Criolo e Chico Buarque • Em se tratando de criação artística, na tentativa de aproximar uma obra de

outra, utilizar uma obra como base para a produção de outra, os artistas podem "tomar por empréstimo" um elemento específico, uma estrutura, ou toda a obra, reelaborando-a com o uma proposta diferente.

• Para tanto, valem-se do processo de intertextualidade que é definido por Fiorin (2003) como a "incorporação de um texto em outro, seja para reproduzir o sentido incorporado, seja para transformá-lo".

• Segundo Kristeva (1974), “todo texto se constrói como mosaico de citações, todo texto é absorção e transformação de um outro texto”.

• A intertextualidade pode ser definida ainda como o "diálogo" de um texto com outro(s)texto(s).

Cálice (Chico Buarque) Cálice (Criolo) Pai! Afasta de mim esse cálice Pai! Afasta de mim esse cálice Pai! Afasta de mim esse cálice De vinho tinto de sangue Como beber dessa bebida amarga Tragar a dor e engolir a labuta? Mesmo calada a boca resta o peito Silêncio na cidade não se escuta De que me vale ser filho da santa? Melhor seria ser filho da outra Outra realidade menos morta Tanta mentira, tanta força bruta Como é difícil acordar calado Se na calada da noite eu me dano Quero lançar um grito desumano Que é uma maneira de ser escutado Esse silêncio todo me atordoa Atordoado eu permaneço atento Na arquibancada, prá a qualquer momento Ver emergir o monstro da lagoa De muito gorda a porca já não anda (Cálice!) De muito usada a faca já não corta Como é difícil, Pai, abrir a porta (Cálice!) Essa palavra presa na garganta Esse pileque homérico no mundo De que adianta ter boa vontade? Mesmo calado o peito resta a cuca Dos bêbados do centro da cidade Talvez o mundo não seja pequeno (Cale-se!) Nem seja a vida um fato consumado (Cale-se!) Quero inventar o meu próprio pecado (Cale-se!) Quero morrer do meu próprio veneno (Pai! Cale-se!) Quero perder de vez tua cabeça! (Cale-se!) Minha cabeça perder teu juízo. (Cale-se!) Quero cheirar fumaça de óleo diesel (Cale-se!) Me embriagar até que alguém me esqueça (Cale-se!)

Como ir pro trabalho sem levar um tiro Voltar pra casa sem levar um tiro Se as três da matina tem alguém que frita E é capaz de tudo pra manter sua brisa Os saraus tiveram que invadir os botecos Pois biblioteca não era lugar de poesia Biblioteca tinha que ter silêncio, E uma gente que se acha assim muito sabida Há preconceito com o nordestino Há preconceito com o homem negro Há preconceito com o analfabeto Mais não há preconceito se um dos três for rico, Pai. A ditadura segue meu amigo Milton A repressão segue meu amigo Chico Me chamam Criolo e o meu berço é o rap Mas não existe fronteira pra minha poesia, Pai. Afasta de mim a biqueira, Pai. Afasta de mim as biate, Pai. Afasta de mim a coqueine, Pai. Pois na quebrada escorre sangue, Pai. Pai Afasta de mim a biqueira, Pai. Afasta de mim as biate, Pai. Afasta de mim a coqueine, Pai. Pois na quebrada escorre sangue.

Domingo no Parque, Gilberto Gil

© Gegê Edições / Preta Music (EUA & Canadá)

voz e violão: Gilberto Gil arranjo: Rogério Duprat direção musical: Rogério Duprat guitarra: Lanny Gordin baixo: Sérgio Barroso órgão & piano: Chiquinho de Moraes bateria: Wilson das Neves

O rei da brincadeira - ê, José O rei da confusão - ê, João Um trabalhava na feira - ê, José Outro na construção - ê, João A semana passada, no fim da semana João resolveu não brigar No domingo de tarde saiu apressado E não foi pra Ribeira jogar Capoeira Não foi pra lá pra Ribeira Foi namorar O José como sempre no fim da semana Guardou a barraca e sumiu Foi fazer no domingo um passeio no parque Lá perto da Boca do Rio Foi no parque que ele avistou Juliana Foi que ele viu Juliana na roda com João Uma rosa e um sorvete na mão Juliana, seu sonho, uma ilusão Juliana e o amigo João O espinho da rosa feriu Zé E o sorvete gelou seu coração

O sorvete e a rosa - ô, José A rosa e o sorvete - ô, José Oi, dançando no peito - ô, José Do José brincalhão - ô, José O sorvete e a rosa - ô, José A rosa e o sorvete - ô, José Oi, girando na mente - ô, José Do José brincalhão - ô, José Juliana girando - oi, girando Oi, na roda gigante - oi, girando Oi, na roda gigante - oi, girando O amigo João - João O sorvete é morango - é vermelho Oi, girando, e a rosa - é vermelha Oi, girando, girando - é vermelha Oi, girando, girando - olha a faca! Olha o sangue na mão - ê, José Juliana no chão - ê, José Outro corpo caído - ê, José Seu amigo, João - ê, José Amanhã não tem feira - ê, José Não tem mais construção - ê, João Não tem mais brincadeira - ê, José Não tem mais confusão - ê, João

• Lançada em 1987 no álbum homônimo

• A música foi escrita em 1978, na época em que Russo ainda fazia parte da banda Aborto Elétrico

• No encarte do disco a banda escreve que: “Que país é este nunca foi gravada porque sempre havia a esperança de que algo iria realmente mudar no país, tornando-se a música então totalmente obsoleta. Isto não aconteceu e ainda é possível se fazer a mesma pergunta do título”

• Referindo-se ao cenário político brasileiro

• Desestabilização nos primeiros anos sem Regime militar

• Morte de Tancredo Neves • Fracasso do plano Cruzado • Vazamento de Césio 137 em

Goiânia • Assembleia Constituinte

enfrentava problemas de organização interna

Legião Urbana

Que país é esse Que país é esse? Que país é esse? Que país é esse? No Amazonas, no Araguaia-ia-ia Na baixada fluminense Mato Grosso, Minas Gerais E no Nordeste tudo em paz Na morte eu descanso Mas o sangue anda solto Manchando os papéis Documentos fiéis Ao descanso do patrão Que país é esse? Que país é esse? Que país é esse? Que país é esse? Terceiro mundo se for Piada no exterior Mas o Brasil vai ficar rico Vamos faturar um milhão Quando vendermos todas as almas Dos nossos índios num leilão Que país é esse? Que país é esse? Que país é esse? Que país é esse?

Revolution John Lennon & Paul McCartney

Revolution 9: 26/08/1968 (Heavy guitar: lado B de Hey Jude) Revolution 1: 22/11/1968 (Folksy blues: ‘Álbum Branco’)

“Paz e amor” vs. protestos, Vietnam, revolta em Paris, MLK† Escrita nas montanhas da Índia, durante período de meditação transcendental Fala de revolução, mas também é otimista:

“You say you got a real solution Well, you know We'd all love to see the plan You ask me for a contribution Well, you know We're all doing what we can But if you want money for people with minds that hate All I can tell you is brother you have to wait”

* 2005: Nike usou em propaganda (US$ 250.000 p/ M. Jackson e Capitol Records) McCartney: “Songs like Revolution are not a pair of sneakers, but revolution!”

Young Americans

David Bowie, lançada em 07/03/1975, no álbum homônimo Fim do “sonho”, crise do petróleo em 1973, economia em baixa,

‘paz e amor’ sobreviver

2 partes: 1. Jovens descompromissados tornando-se adultos e encarando os fatos 2. Classe média americana em dificuldades vs. Submundo endinheirado: “A

pimp's got a Cadi and a lady got a Chrysler”

Notas: • Nixon renunciou 3 dias antes do lançamento. • Montada com ‘cut-up technique’ (Dadaísmo, William Burroughs). • Usada no final de Dogville, de Lars von Trier, que critica severamente a

sociedade americana.

The Boy in the Bubble Paul Simon/Forere Motloheloa

Paul Simon na África do Sul: 1985 – Apartheid Álbum ‘Graceland’: Agosto 1986 Músicos e ritmos sul africanos Chernobyl (26/04/86); Challenger (28/01/86). Dualidade: esperança e medo Simon: “Hope and dread — that's right. That's the way I see the world, a balance between the two, but coming down on the side of hope.“

• “The boy in the bubble”: David Phillip Vetter (September 21, 1971 – February 22, 1984) – severe combined immunodeficiency (SCID)

• “The baby with the baboon heart”: Stephanie Fae Beauclair (a.k.a. Baby Fae) (October 14, 1984 – November 15, 1984) – hypoplastic left heart syndrome.

Rehab

https://pt.wikipedia.org/wiki/Rehab_(can%C3%A7%C3%A3o_de_Amy_Winehouse)#/media/File:Amy_Winehouse_Rehab_(Capa).jpg

Lançada em 2006, no álbum Back to Black

2005: abuso de álcool e drogas empresários levam à Clínica Pryor (Londres): “Meus empresários resolveram parar de segurar as pontas para mim e me comunicaram que iam me levar ao centro de reabilitação. Perguntei a meu pai se ele achava que eu deveria ir. Ele disse que não, mas que valeria a pena tentar. Eu fui por quinze minutos. Entrei, cumprimentei e expliquei que bebia porque estava apaixonada e o relacionamento tinha acabado. Então, fui embora.”

Depois, em NY, conversando com amigo: "Você sabe que eles tentaram me fazer ir à reabilitação, mas eu disse não, não, não". Depois compôs a música em 3 horas. Apesar de tudo, há otimismo:

I don't ever wanna drink again I just, ooh, I just need a friend I'm not gonna spend ten weeks Have everyone think I'm on the mend

Nota: Donny Hathaway: Tem como maiores sucessos as musicas, "A Song for You", "Jealous Guy", "For All We Know" e "The Closer I Get to You" No ano de 1973 foi diagnosticado com esquizofrenia paranoica, sofrendo de fases de depressão desde os anos 60. Donny suicidou-se em 1979.

FGV Direito 2013-2017 Ano de

ingresso Questão 1

2013 A: Marx & Engels (Manifesto do Partido Comunista) x Cabra Marcado para Morrer B: Gregor Samsa (Metamorfose, Kafka) x Kant (Resposta à pergunta)

2014 A: Conversa de Botequim (N. Rosa): redigir notícia contemporânea B: Conversa de Botequim + Antonio Cândido (A revolução de 30 e a cultura): explicar a popularização da cultura nas décadas de 20-30

2015 A: Revolution (Beatles) + Kant (Resposta à pergunta) + Giddens (O Mundo em Descontrole): relacionar cada obra à época de sua criação B: O que têm em comum

2016 A: Marx & Engels (Manifesto do Partido Comunista) x Giddens (O Mundo em Descontrole): diferenças B: posição ante “Nunca seremos senhores de nossa própria história”

2017 A: Marx & Engels (Manifesto do Partido Comunista) x Eça (A Cidade e as serras): o que têm em comum B: Marx & Engels (Manifesto do Partido Comunista) x Eça (A Cidade e as serras): fazer distinção

FGV Direito 2013-2017

Ano de ingresso Questão 2

2013 Giddens (O Mundo em Descontrole) x Quino (Humanos Nascemos): O que têm em comum?

2014 Giddens (O Mundo em Descontrole) + Quino (Humanos Nascemos) x Babel: explicar o filme com base nos textos

2015 Capitães da Areia (J. Amado): relação com época de criação

2016 A: Que País É Esse (Legião): Qual a ironia? B: Relacionar o ritmo com o sentimento expresso pelo compositor

2017 Kafka (A Metamorfose): ideia de distanciamento do leitor está presente?

FGV Direito 2013-2017

Ano de ingresso Questão 3

2013 A: Domingo no Parque (G. Gil): Qual é o enredo? B: Relação dessa obra com outras artes

2014 A: Kant (Resposta à pergunta): conceito de liberdade B: Marx & Engels (Manifesto do Partido Comunista): conceito de liberdade

2015 A: Abaporu (Tarsila do Amaral): comentar e explicar imagens B: A que época pertence a obra?

2016 Pro Dia Nascer Feliz (João Jardim): relacionar violência de jovens da periferia e a apatia de jovens de classe média com a conjuntura sociocultural e valores

2017 A: Aluísio de Azevedo (O Cortiço) x Almeida Júnior (Caipira picando fumo): a presença do sol nas obras B: Almeida Júnior (Caipira picando fumo): apreciação positiva está presente?

FGV Direito 2013-2017 Questão 1 Questão 2 Questão 3

2013

A: Manifesto do Partido Comunista x Cabra Marcado para Morrer B: Metamorfose x O que é Iluminismo

Humanos Nascemos x O Mundo em Descontrole

Domingo no Parque

2014

Conversa de Botequim B: x Antonio Cândido (A revolução de 30 e a cultura)

O Mundo em Descontrole + Humanos Nascemos x Babel

A: O que é Iluminismo B: Manifesto do Partido Comunista

2015 Revolution x O que é Iluminismo x O Mundo em Descontrole

Capitães da Areia Abaporu

2016 Manifesto do Partido Comunista x O Mundo em Descontrole

Que País É Esse Pro Dia Nascer Feliz

2017 Manifesto do Partido Comunista x A Cidade e as Serras

A Metamorfose A: Caipira picando fumo x O Cortiço B: Caipira picando fumo

Professores envolvidos: ALESSANDRA BONAZZA

ARNO ALOISIO GOETTEMS

CLAUDIO ROBERTO SOUSA

COSME FREIRE MARINS

JOSÉ ANTONIO PIRES DE OLIVEIRA FILHO

JULIANA FERREIRA COSTA

LIA MARA LEITE CERIALLE

THOMAS JOB LANE SUPERVISÃO: FRANCISCO EDUARDO CERIALLE Equipe de apoio DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO E MARKETING FILIPE ORLANDO VIVIANE JORGE