o programa segundo tempo escolar na escola municipal ... · ... um ensaio sobre a prática da...

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DENIS EDUARDO PIMENTA RELATO DE EXPERIÊNCIA O Programa Segundo Tempo Escolar na Escola Municipal Geraldo Teixeira da Costa Belo Horizonte 2007

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DENIS EDUARDO PIMENTA

RELATO DE EXPERIÊNCIA

O Programa Segundo Tempo Escolar na

Escola Municipal Geraldo Teixeira da Costa

Belo Horizonte

2007

ii

DẼNIS EDUARDO PIMENTA

RELATO DE EXPERIÊNCIA

O Programa Segundo Tempo Escolar na

Escola Municipal Geraldo Teixeira da Costa

Trabalho apresentado ao Curso de Especialização em Esporte Escolar do Centro de Educação à Distância da Universidade de Brasília em parceria com o Programa de Capacitação Continuada em Esporte Escolar do Ministério do Esporte para obtenção do título de Especialista em Esporte Escolar. Orientador: Prof. Ms. Rodrigo Borges de Oliveira

Belo Horizonte 2007

ii

IMENTA, Dênis Eduardo

Relativo de experiência – O Prog pal Geraldo Teixeira da Costa.

Belo Horizonte, 2007.

º de páginas , ex:) 55 p.

TCC (Especialização) – Universidade de Brasília. Centro de E

1. Palavras chave : Educação. Esporte Escolar, Educaç

P

rama Segundo Tempo Escolar na Escola Munici

(N

nsino a Distância, 2007.

ão Física.

i

DENIS EDUARDO PIMENTA

RELATO DE EXPERIÊNCIA

O Programa Segundo Tempo Escolar na

Escola Municipal Geraldo Teixeira da Costa

Trabalho apresentado ao Curso de Especialização em Esporte Escolar do Centro de Educação à Distância da Universidade de Brasília em parceria com o Programa de Capacitação Continuada em Esporte Escolar do Ministério do

Especialista em Esporte Escolar pela Comissão formada pelos professores:

Professor Mestre RODRIGO BORGES DE OLIVEIRA Corações

Membro: Professor Alberto de Figueiredo Gontijo

Universidade Federal de Minas Gerais

Belo Horizonte (MG), 10 de Agosto de 2007.

Esporte para obtenção do título de

Presidente: Universidade Vale do Rio Verde de Três

v

Ao grande colega e amigo o seu

ia um cação Física.

Às minhas meninas, tão lindas elas são.

Professor Mironi. Semincentivo eu não serprofissional da Edu

v

AGRADECIMENTOS

Agradecemos a todos aqueles que, direta ou indiretamente contribuíram para a laboração desta monografia.

e

v

“ Espere sentado, ou você se stá provado, quem espera nunca

alcança.” Chico Buarque

cansa. E

v

RESUMO

presente trabalho é um relato de experiência relativo ao Programa

egundo Tempo Escolar implementado e desenvolvido entre os anos de

004 e 2006 no Núcleo “Escola Municipal Geraldo Teixeira da Costa”

calizado na cidade de Belo Horizonte, Minas Gerais. Ao realizar a

escrição da realidade apresentamos primeiro uma leitura da realidade

eral incluindo o ensino na cidade de Belo Horizonte e a política

ducacional da cidade. Em seguida desenvolvemos uma leitura da

alidade específica que inclui a caracterizaçã

Geraldo Teixeira da Costa, um ensaio sobre a prática da Educação

ísica na Escola e as diferentes etapas de desenvolvimento do

rograma Segundo Tempo Escolar na Escola. Logo, seguem as

onsiderações relativas aos aspectos positivos e negativos do

rograma. Finalizamos com as conclusões e referências bibliográficas.

O

S

2

lo

d

g

e

re o da Escola Municipal

F

P

c

P

9

(colocar título – SUMÁRIO Este sumário está numa forma pouco comum!?) 1. Introdução 2. Descrição da Realidade

1 Leitura geral da Realidade

3 Política Educacional do Município

8 A prática da Educação Física na Escola

10 Introdução

zadas 15 Plano de Aula 1 – Vivenciando o Futsal

17 Exemplo de Atividades Planejadas Passíveis de

20 Aspectos Positivos e Negativos Observados no PST

22 Referências Bibliografia

2 O ensino e a cidade de Belo Horizonte

4 A Escola Plural - Projeto Político Pedagógico da Rede 5 O Sistema Municipal de ensino

6 Leitura específica da Realidade 7 A Escola Municipal Geraldo Teixeira da Costa

9 O Programa Segundo Tempo Escolar

11 Primeira etapa – uma perspectiva tecnicista 12 Bases Teóricas para a mudança de postura 13 Segunda etapa – uma perspectiva emergente 14 Exemplo de Atividades Planejadas e Concreti

16 Plano de Aula 2 – Futsal de duplas

Concretização 18 Bases Teóricas 19 Curso de Iniciação à Capoeira

21 Conclusão

23 Anexos

1

1. Introdução

iva

o, sobre o desenvolvimento do PST no Núcleo “E.M. Geraldo

Teixeira da Costa e a adesão da Escola ao

Programa no ano de 2004.

realidade geral – apresentamos uma rápida

descrição do ensi cional do Município. Em

seguida, passamos à reali racterizamos a Escola Municipal Geraldo

Teixeira da Costa e a prática

Ainda faze o

Programa Segundo Tempo Escolar no Núcleo “E a Costa”.

O Programa aconteceu em duas etapa que chamamos perspectiva tecnicista e

outra, perspectiva emergente. Ain teóricas que

.

, apontamos alguns aspectos do Programa Segundo Tempo

ue merecem destaque positivo. Também alguns aspectos negativos foram apontados nesse

em.

da Realidade

24 Leitura Geral da Realidade

a) O ensino e a cidade de Belo Horizonte.

Belo Horizonte, hoje uma grande metrópole com uma população de mais de

,2 milhões de habitantes (fonte IBGE, censo demográfico de 2.000), foi fundada

m 1897 e planejada para ser a capital do Estado de Minas Gerais. Seu traçado

arquitetônico moderno previa a “existência” da cidade apenas dentro dos limites da

O presente Trabalho de Conclusão de Curso pretende versar, de forma objet

e com algum suporte teóric

”, do qual participamos como Coordenador desd

No primeiro momento – leitura da

no na cidade de Belo Horizonte e a política Educa

dade específica, onde ca

de Educação Física na Escola.

ndo uma leitura da realidade específica discorremos sobre

scola Municipal Geraldo Teixeira d

s distintas: uma

da neste item, apresentamos as bases

permitiram mudar a perspectiva da prática da Educação Física na Escola

Antes de concluir

q

it

3. Descrição

2

e

1

avenida do contorno. A idéia era demarcar claramente a “cidade oficial” , dentro

esses limites, e a “cidade das provisoriedades”, a periferia. Nesse contexto de

1906, a instrução pública acontecia em Escolas Isoladas,

tituídas pelos Grupos

Escolares a partir de 1906. Belo Horizonte foi privilegiada na construção desses

Grupos Escolares foram a principal oferta de escolarização oficial da cidade durante

Em 1948 foi criada a primeira Escola Municipal – o Ginásio Municipal e um

primeiro movimento de criação de escolas mantidas pelo Poder Público Municipal só

aparece na década de 1950. Esse movimento tinha a educação como uma

dições de urbanidade necessárias à cidade.

ntece uma expansão significativa do número

l, principalmente em razão da Lei

5.692/71, aprovada em 1971. Essa lei determinou uma série de alterações na

estrutura e funcionamento dos sistemas de ensino daquele tempo, inclusive a

estratégia de municipalização do ensino de 1º grau. Ao final dos anos 70 o número

de escolas municipais chegou a 82.

d

produção e reprodução das desigualdades sociais, políticas, econômicas e culturais,

a instrução pública é negligenciada pelos governantes nas primeira décadas da

cidade.

Inicialmente, até

com turmas de 45 alunos, na região urbana, sob orientação de um professor. As

aulas aconteciam em locais variados, incluindo a caso do próprio professor. O

funcionamento dessas Escolas dependia de reconhecimento do Estado.

Essas Escolas Isoladas foram, pouco a pouco, subs

estabelecimentos de ensino e já em 1917 a cidade contava com 17 unidades. Os

as primeira décadas do século passado. Sua manutenção e supervisão cabiam ao

Governo Estadual.

perspectiva de viabilizar as con

Somente na década de 1970 aco

de escolas sob responsabilidade do poder Municipa

1

O contexto sócio econômico e político do País, ao final dos anos 70, refletiu

de forma positiva na conformação da política educacional para a cidade de Belo

Horizonte. A tendência expansionista experimentada durante a década de setenta é

mantida durante as duas décadas seguintes: entre os anos de 1980 e 1990 foram

criadas mais 92 escolas.

A aprovação da constituição federal de 1988, que reconhece os municípios

à Educação

• 212 Escolas Municipais, sendo:

- 168 escolas municipais com educação infantil, ensino

fundamental, ensino médio;

- 44 unidades municipais de educação infantil (UMEIs, exclusiva

de educação infaltil)

como entes federados, permite a instituição dos sistemas municipais de ensino. Mais

tarde, em 1996 foi promulgada a “Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional” ,

a LDBEN. Esta determina novas alterações na gestão dos sistemas de ensino,

ficando para as redes municipais, como principal desafio, o atendimento

Infantil para crianças de zero a cinco anos. Nos últimos 13 anos, a política municipal

de atendimento educacional da criança nessa faixa etária tem sido priorizada na

agenda municipal.

Atualmente, é o seguinte o perfil da Rede Municipal de Educação:

• 193.000 alunos;

191 creches da rede conveniada (com 20.514 ALUNOS)

• 10.140 professores municipais

• 1.047 educadores infantis

1

• 278 pedagogos

• 43 bibliotecários

• 312 auxiliares de biblioteca

• 230 auxiliares de secretaria

• Professor M

• 1.125 auxiliares de escola

unicipal com nível superior: 9.659

• Professor Municipal com doutorado: 16

ducacional do Município

Plural

unicipal de Ensino vem passando por

profunda

eleições dire no de carreira profissional, abertura

para elaboração dos projetos políticos-

criação de colegiados, o incentivo à realização de assembléias

escolares com a participação da comunidade.

• Professor Municipal com nível médio: 481

• Professor Municipal com especialização: 3.693

• Professor Municipal com mestrado: 290

Fonte: gcos/smed/ascom/pbh

b) Política E

2) Programa Escola

Nas duas últimas décadas, a Rede M

s alterações. Dentre elas destacam-se a descentralização do planejamento,

ta para diretores, implantação do pla

pedagógicos em cada unidade escolar,

grêmios estudantis e

1

1995, a Escola Plural – o programa

político-pedagógico da Rede Municipal de Ensino. Esse programa, considerando o

perfil de alunos e professores, propõe a articulação das experiências significativas,

desenvolvidas na rede de ensino, que apontavam para uma nova escola.

Na Escola Plural, os alunos são considerados sujeitos de direitos e são o

centro da ação pedagógica. A escolarização, agora associada a um conjunto mais

am ermeado por experiências socioculturais,

acontece nos “ciclos de formação”. Estes se estruturam em períodos de três anos

nos quais os alunos têm

socialização e vivências socioculturais específicas. São três os ciclos: da infância (1º

ciclo) – 6, 7 e 8 anos; da pré-adolescência (2º ciclo) – 9,10 e 11 anos; e da

adolescên

O P orteadores interdependentes.

São eles: 2 e não com 1)

2. Um radical: busca romper com a exclusão, a

seletividade e a reprovação, garantindo o direito à educação e à cultura sem

3. Sensibilidade com a totalidade da formação humana: os alunos são sujeitos

socioculturais e a escola deve desenvolver as suas potencialidades,

considerando as diversas dimensões de formação do ser humano.

4. A Escola como tempo de vivência cultural: legitima, como integrantes do

currículo, vivências ligadas à arte, à literatura e ao teatro, à identidade de

gênero, raça e etnia.

Nesse contexto, foi implantado, em

plo de aprendizado significativo, p

identidades, interesses, necessidade de aprendizagem,

cia (3º ciclo) – 12, 13 e 14 anos.

rograma Escola Plural possui oito eixos n

(marcador de numeração começa com

a intervenção coletiva mais

interrupções.

1

5. Escola - experiência da produção coletiva: as escolas assumem identidade

própria, ao considerar as especificidades dos alunos e comunidades, ao

gico e de

mos ritmos e domínios.

etido com os

O Sistema Municipal de Ensino de Belo Horizonte foi organizado e

Federal de 1988 e pela LDBEN, aprovada em junho de 1998. Ele é constituído por

um órgão executivo, a Secretaria Municipal de Educação de Belo Horizonte –

desenvolver coletivamente normas, projetos e materiais e ao participar dos

movimentos culturais.

6. As virtualidades educativas da materialidade da escola: uma escola de

qualidade não pode prescindir de um projeto político-pedagó

condições físicas, materiais e organizacionais para participar da (re)criação,

de forma permanente, de suas condições de trabalho.

7. A vivência de cada idade de formação sem interrupção: a vivência da

experiência escolar com os pares de idade propicia aprendizado mais rico.

8. Socialização adequada a cada idade-ciclo de formação: uma nova lógica que

compreende a totalidade das dimensões formadoras, expressa nos Ciclos de

Idade de Formação, substituindo a lógica que favorecia os altos índices de

reprovação e exigia de todos os mes

9. Nova identidade da escola, nova identidade profissional: a construção de uma

escola inovadora exige a construção de um profissional comprom

movimentos sociais e que considere a mudança dos sujeitos, dos valores, dos

saberes e habilidades exigidos no momento atual.

● O Sistema Municipal de Ensino

instituído pelo poder municipal a partir das possibilidades geradas pelo Constituição

1

SMED, um órgão normativo e fiscalizador, o Conselho Municipal de Educação de

Belo Horizonte – CME ; pelos estabelecimentos de Educação Infantil, de Ensino

Fundamento e de Ensino Médio da RME; pelos estabelecimentos privados,

1. Aspectos Históricos

e e, por isso,

era

admini

militar

num m

escola lunos regionalizado. Tais

udanças no plano político implicaram em mudanças também no perfil do corpo

discen e

comunitários, filantrópicos, confessionais e particulares de Educação Infantil.

2.2 Leitura Específica da Realidade

a) A Escola Municipal Geraldo Teixeira da Costa

A Escola Municipal Geraldo Teixeira da Costa, também chamada de

GETECO pelos moradores da região, foi inaugurada em 1979, ao final dos governos

militares. À época de sua inauguração, os diretores das escolas ainda eram

indicados e nomeados pelo poder executivo responsável pela unidad

m representantes deste poder dentro da escola, reproduzindo o autoritarismo ao

strá-la.

Nos dez primeiros anos de funcionamento, a Escola possuía um caráter

tradicional em quase todos os sentidos. A admissão na instituição ocorria via exame

de seleção ou por indicação de políticos, o que, de certa forma, desde o início

representava uma forma de exclusão.

O processo de democratização da Escola iniciou-se com o fim da ditadura

e o fortalecimento dos movimentos sindicais e podemos citar como resultados

omento: a eleição pela comunidade escolar dos diretores; e o cadastro

r único, que tornou o encaminhamento de a

m

te da própria comunidade escola.

1

Po

Plural

torn u triz pedagógica adotada nas escolas

alvo de duas importantes mudanças.

A primeira foi a extinção do curso de Magistério no Ensino Médio, como resultado

das transformações introduzidas, pelo Dec. 2208/97, nas diretrizes do Ensino

Profissionalizante no país. Neste ano, formaram-se as duas últimas desta

modalidade de Ensino na Escola.

cola, quando parte de sua estrutura foi cedida para

a construção de uma nova escola de ensino fundamental na região. No início do ano

de 2000, esta escola foi inaugurada, recebendo a denominação de Escola Municipal

Padre Marzano Matias de Ensino Fundamental.

s, houve, nos anos seguintes, uma

decrescente demanda pelo Ensino Fundamental no GETECO provocado por muitos

fatores, entre eles a absorção de parte da demanda pela nova escola inaugurada.

Dessa forma a escola que contava, à época de sua divisão, com aproximadamente

3.200 alunos, sofreu duas novas reduções no número de alunos matriculados: a

rém, uma grande transformação, no aspecto político-pedagógico,

ocorreu a partir de 1995, quando se implantou o projeto político-pedagógico

denominado “Escola Plural” pelo governo do prefeito Patrus Ananias. As principais

mudanças introduzidas, em relação ao sistema tradicional de ensino, foram: a

organização por ciclos de formação; a avaliação continuada e qualitativa; a

equalização da grade curricular; e, a mais polêmica das mudanças, o fim da

retenção do aluno por aproveitamento. Apesar da rejeição de muitos e toda

discussão provocada no início pela implantação deste Projeto, a Escola

o -se, pelo menos em princípio, a dire

municipais de Belo Horizonte.

Ao final do ano de 1999, a Escola foi

A segunda, e tão importante quanto a primeira, foi o processo de divisão,

em termos físicos, sofrido pela Es

Além de sofrer mudanças estruturai

1

primeira, de 3.200 para, aproximadamente, 2300 alunos; e a segunda, de 2300 para,

mais ou menos, 2070 alunos. Isto provocou mudanças significativas na estrutura

organizacional da Escola, uma vez que todo o quadro de pessoal depende

diretamen

2. Localização e área de abrangência

Localizada no bairro Rio Branco, no distrito de Venda Nova, em Belo

Horizonte, a Escola Municipal Geraldo Teixeira da Costa atende, em grande parte, à

comunidade do próprio bai

3. Estrutura de funcionamento (passar o título p/ a pág. seguinte)

te do número de alunos matriculados.

Portanto, é dentro desse contexto que localizaremos a Escola Municipal Geraldo

Teixeira da Costa. Uma escola pública, portanto, com poucos recursos disponíveis,

e que mesmo diante de tantos desafios - que se tornam cada vez maiores - sempre

teve como meta a excelência na qualidade de ensino, muitas vezes alcançando seus

objetivos, outras não.

rro onde se localiza e, também, aos bairros São João

Batista e Santa Mônica, e em menor quantidade, a moradores do Letícia, Jardim

Leblon e Piratininga e outros bairros mais distantes. A comunidade desta região

possui níveis sócio-econômicos variados. As classes sociais estendem-se desde a

muito baixa até a média.

A Escola atende a alunos do Ensino Fundamental e Médio. No primeiro

caso, é oferecido apenas o 3° Ciclo, o que corresponde às três séries finais do

Ensino Fundamental.

1

A E. M. Geraldo Teixeira da Costa é organizada em três turnos de

funcionamento, nos seguintes horários:

Manhã: 07:00 às 11:30;

Tarde: 13:00 às 17:30;

Em relação aos ciclos de formação, a Escola atende a alunos do 3° e 4°

Ciclos da Escola Plural de acordo com a seguinte

-

-

- Noite: 18:15 às 22:45 para os professores, e 19:25 às 22:45 para os alunos, devido

a ACA(Atividades Curriculares Alternativas).

distribuição:

Tabela 2 – Quadro de Pessoal (passar título e cabeçalho da tab. p/ pág. seguinte)

A Escola conta atualmente com o seguinte quadro de pessoal, excluindo a

Direção:

FUNCIONÁRIOS QUANTIDADE

Tabela 1 – Distribuição de Turmas por Ano, Ciclo e Turno

3° CICLO 4° CICLO OU CICLO DA

JUVENTUDE TOTAL

ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO MÉDIO N° DE N° DE

TURMAS ALUNOS

ANO DO

CICLO/

TURNO

1° 2° 3° 1° 2° 3°

MANHÃ -- -- 6 8 5 2 21 794

TARDE 7 8 5 -- -- -- 20 691

NOITE - -- -- 4 5 5 14 531

TOTAL DE 7 8 11 12 10 7 55 TURMAS

TOTA

2

PROFESSORES 76

COORDENADORES 06

PEDAGOGOS 02

BIBLIOTECÁRIOS 00

AUX. SERV. GERAIS 19

AUX. SECRETARIA 04

AUX. BIBLIOTECA 02

SECRETÁRIO 01

ESTAGIÁRIOS 07

TOTAL 117

É a seguinte a estrutura física da Escola:

Tabela 3 – Estrutura Física

Descrição Quantidade Capacidade

Salas de Aula de 70 m2 24 40 alunos

Biblioteca 01 --

2

Tabela 3 – Estrutura Física

Descrição Quantidade Capacidade

Sala de Artes 03 --

Sala de Multi-meios 01 --

Laboratórios 02 --

Dependências Administrativas 06 --

Almoxarifado 01 --

Mecanografia 01 --

Depósitos 02 --

Cantina 01 400 pessoas

Refeitório 01 100 pessoas

Auditório 01 380 pessoas

Sala Informática 02 (c/ 19 Micros ) 40 alunos

Pátio 01 800 pessoas

Quadra de Esportes 02 80 pessoas

Banheiros 11 --

Em termos de equipamentos, a Escola possui aparelhos de som,

microcomputadores e impressoras nas áreas administrativas e laboratórios,

2

aparelhos de T xérox, mimeógrafos, vídeo cassetes, projetores de

slide, ventiladores em sala de aula, retroprojetores, bebedouros, aparelho de fax,

entre outros.

b) A Prática da Educação Física na Escola Municipal Geraldo Teixeira da

osta

Fundada em 1978, a Escola Municipal Geraldo Teixeira da Costa começou

suas atividades fortemente influenciada pela visão tecnicista da educação. Com uma

excelente estrutura física, equipamentos sofisticados (maquinário, ferramentas,

esportivos, etc.) laboratórios (física, química, biologia), dom

toda a rede, um ndência que supervalorizava os meios, a

tecnologia, os procedimentos didáticos prontos e padronizados. Além de tecnicista, a

ivista, a começar pela forma de ingresso dos alunos -

stes de seleção ou indic política, passando pelos pro imentos

disciplinares de expulsão e culminando com o alto índice de reprovação. Tínhamos

uma escola pública de elite, com alunos altamente selecionados. “Bons tempos”

ofessores fundadores, le

ara a per idade de tal modelo de escola

a a tendência dominante. Dotada de

toda materialidade e equipamentos esportivos sofisticados, as aulas eram pautadas

eficiência através do en da técnica ideal, pela disciplina rígida,

o por sexo, pela competiçã o individualismo, pela discr nação e

seleção pela aptidão física. Muito se valorizava o rendimento e a formação de

V, máquinas de

C

1. Breve Histórico

aparelhos inava, na

Escola, assim como em a te

Escola era claramente exclus

por meio de te ação ced

dizem os pr mbrando como era motivador o trabalho

docente, mas sem atentarem p vers .

A área da Educação Física acompanhav

pela busca da sino

pela divisã o e imi

2

equipes para representar a Escola em competições escolares. “Bons tempos,

tempos de muitas medalhas”.

Com o fim da ditadura militar a Escola acompanhou o processo de

ratização. Eleições diretas de ores, tempo para reuniões pe

os alunos através de cadastr gional (fim dos testes de sele

outras, foram conquistas importantes que possibilitaram a elaboração do primeiro

projeto político pedagógico da Escola no começo dos anos 90.

surge no bojo das m ocorrendo na

ira e evidencia o predomínio, no erior da Escola, de uma tend

próxima da pedagogia critica e mais distante do tecnicismo. Já se aponta para a

necessidade de se considerar o aluno enquanto sujeito do processo de ensino-

m, de se resignificar os conteúdos, educando para a vida cotidiana e

ão mais para o futuro, etc.

unicípio, ganha corpo e passa a ser uma tendência dominante - uma

política municipal para toda a rede pública de ensino. A afinidade da Escola Plural

com a pedagogia critica fica evidente se observarmos seus “Eixos Norteadores”. Sua

implantação foi – e continua sendo, recheada de avanços e retrocessos, de adesão

(é preciso pesquisar sobre a visão da

Educação Fís na

Diante dessas mudanças, a área de Educação Física, dentro da Escola (e

provavelmente em tantas outras), perdeu sua identidade. Se antes, numa

redemoc diret dagógicas,

ingresso d o re ção) dentre

O projeto udanças que vem educação

brasile int ência mais

aprendizage

n

Em 1995, acompanhando as novas tendências, inclusive a formulação das

Leis de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, a prefeitura de Belo Horizonte

lança a “Escola Plural” - um projeto político pedagógico para toda a rede municipal.

A tendência, apenas esboçada nos diversos projetos políticos pedagógicos de várias

escolas do m

e recusa e merece um capitulo à parte.

ica Escola Plural.)

2

perspectiva tecnicista, estavam claros os objetivos da Educação Física – função

disciplinadora, ensino de regras e normas de conduta, formação de equipes

competitivas .... , agora, já não podemos dizer o mesmo. A finalidade, os objetivos,

da Educação Física não estão claros nem para a Escola como um todo, nem para

os próprios professores da área.

2. Uma dificuldade a ser superada

A falta de clareza (e de consenso) para a comunidade escolar (professores,

pais e alunos), quanto à finalidade, quanto aos objetivos da área de Educação

Física, acarreta sérias dificuldades para uma ação pedagógica coerente com uma

educação transformadora. As aulas de Educação Física são percebidas pela

comunidade principalmente como uma atividade extra curricular, que tem por

objetivo apenas distrair os alunos por meio de jogos e brincadeiras.

Não são raras as vezes em que se propõe “ocupar o tempo” do aluno com

atividades esportivas afim de permitir que os outros professores realizem reuniões

pedagógicas, como se o professor não de Educação Física não tivesse nada que

para as quadras onde se juntam aos alunos do horário regular na prática de

atividades esportivas. É a Escola resolvendo seus problemas em detrimento das

aulas de Educação Física.

acrescentar. Na falta de professores de outras disciplinas os alunos são enviados

vôlei, basquete) está fortemente enraizada também no imaginário dos alunos.

A idéia de Educação Física como sinônimo de jogo (principalmente futebol,

Assim, qualquer atividade que fuja a essa idéia é rejeitada pelos alunos,

principalmente pelos mais aptos fisicamente - quem exerce forte liderança sobre os

demais, dificultando sobremaneira o trabalho do professor.

2

Na comunidade, os pais que na sua grande maioria freqüentaram escolas de

cunho tecnicista, também têm muita dificuldade para enxergarem a Educação Física

como componente curricular de grande importância para a formação de seus filhos.

Muitas vezes, eles apóiam iniciativas de redução do número de aulas de Educação

Física para aumentar aulas de Português e/ou Matemática, ou ainda acreditam que

a Educação Física deveria ser ministrada no período extra-turno “para não

ultural buscando introduzir e integrar o aluno na

atrapalhar a carga horária das outras disciplinas”.

Para nós, professores da área também falta clareza (e principalmente consenso)

com relação aos reais objetivos da Educação Física. Ainda que cada professor, a

partir de sua formação, de sua ideologia, de sua prática, acredite saber quais são os

objetivos, isso não está registrado (ou se está, não é suficientemente divulgado).

Tampouco existe um projeto unitário de intervenção pedagógica para todas as

séries.

Assim, cada professor de Educação Física trabalha de acordo com aquilo que

acredita e as aulas assumem ora um caráter tecnicista, ora espontaneísta, ora

caminham numa perspectiva socioc

cultura corporal de movimento. Os professores ora estão cheios de entusiasmo, ora

bastante desanimados, o que também dificulta o avanço.

Se há falta de clareza, a construção de um projeto político pedagógico para a

área irá contribuir para discutir, evidenciar e divulgar a finalidade, os objetivos da

Educação Física para a Escola. A partir daí, teremos a possibilidade de fazer uma

Educação Física DA Escola e não NA Escola.

c) O Programa Segundo Tempo Escolar

1. Introdução

2

O Programa Segundo Tempo Escolar é uma iniciativa do Ministério dos

Esportes, em parceria com o Ministério da Educação, a Universidade de Brasília, as

Secretarias Estaduais e Municipais de Esporte e Educação. É uma iniciativa de

âmbito nacional.

Dentre os objetivos do Programa vale destacar a inclusão de alunos em

situação de risco. Ao mesmo tempo o Programa objetiva a formação docente, ao

articipam de diferentes atividades esportivas em horário

oferecer cursos de capacitação para professores e graduandos , através da

Universidade de Brasília e do CEAD – Centro de Educação a Distância da UnB.

Na Escola Municipal Geraldo Teixeira da Costa, o Núcleo do Programa

Segundo Tempo conta atualmente com 2 professores coordenadores e 4 estagiários

– 2 graduandos em Educação Física e 2 graduandos em Pedagogia. Temos cerca

de 200 alunos cadastrados, na faixa etária de 12 a 16 anos (alunos do 3º ciclo do

ensino fundamental) que p

extra-turno.

A Escola aderiu ao programa por ocasião do seu lançamento no estado de

Minas Gerais, no ano de 2004. Nesse período passamos por duas etapas bem

diferentes.

A primeira etapa foi marcada por dificuldades e incertezas quanto aos rumos

do programa, atrasos no pagamento dos estagiários, falta de bagagem teórica e

prática para implementar a política pedagógica desejada e por uma visão tecnicista

do esporte.

Contudo, a partir de 2006, depois de um ano e meio desativado, o programa

ganhou um novo fôlego a partir de mudanças organizacionais no Programa em nível

2

do município, e em função da mudança de postura, por parte dos professores

coordenadores e estagiários diante da prática esportiva.

terial oferecido pelo Programa é de

o objetivo a formação de

os. Depois, a necessidade de formar

equipe ilidosos, exatamente aqueles que

mais precisam da p

de participar.

2. A primeira etapa – uma perspectiva tecnicista

Na primeira etapa do Programa selecionamos dois estagiários que, além de

serem atletas, com grande conhecimento técnico, traziam um visão muito tradicional

e tecnicista dos esportes. Como ainda havia muitas dúvidas sobre a implementação

do Programa, os estagiários acabaram conduzindo as atividades nessa perspectiva.

Mesmo sem um material adequado (o ma

péssima qualidade), aos alunos foram oferecidas práticas das principais

modalidades esportivas: voleibol, basquetebol, handebol e futsal. As aulas

aconteciam dentro daquele modelo tradicional: aquecimento (alongamento e/ou

corrida), treino de fundamentos (gesto perfeito) e ao final um pouco de jogo

obedecendo às regras convencionais. Colocamos com

equipes para disputar amistosos e eventualmente torneios regionais.

Na verdade, estávamos na contra-mão de tudo aquilo que o Programa

Segundo Tempo desejava. Primeiro o ensino da técnica pura e simplesmente, sem

permitir ao aluno compreender os seus motiv

s acabava por excluir os alunos menos hab

rática esportiva.

Felizmente, essa primeira etapa durou menos de um ano e terminou com o

abandono do programa, por parte dos estagiários, que não estavam recebendo

regularmente as suas bolsas. Também já era grande o número de alunos que

vinham desistindo

2

3. Bases Teóricas para a mudança de postura (Pequeno ensaio sobre as

bases teóricas que permitiram a mudança de postura com relação à pedagogia

do esporte)

• Pedagogia Crítico Social e as Perspectivas Emergentes da

Fundamentada na sociologia critica, ganha força a pedagogia crítico-

social. Segundo essa concepção, a pedagogia não se refere exclusivamente

Segundo LIBÂNEO (1994), a pedagogia

“... é um campo de conhecimento sobre a problemática educativa na

sua totalidade e historicidade e, ao mesmo tempo, uma diretriz

ação educativa, implicando objetivos sociopolíticos a partir dos quais se

Assim, o fazer pedagógico não é neutro, mas encerra objetivos

sociopolíticos determinados. A própria idéia de neutralidade da pedagogia

m

alista, a partir da

Educação Física

Com o fim da ditadura militar e a redemocratização da sociedade

brasileira, retoma-se o debate sobre as questões nacionais, dentre elas a

escola, o fazer pedagógico e o ensino da Educação Física.

ao modo como se ensina, não se limita às perspectivas metodológicas e

procedimentais.

orientadora da ação educativa. O pedagógico refere-se a finalidades da

estabelecem formas organizativas e metodológicas da ação educativa.”

atende aos objetivos políticos herdados da sociologia funcionalista que, e

ultima instância, pretende perpetuar a sociedade capit

formação de indivíduos acríticos e adaptados.

2

A pedagogia critica, ao contrario, tem, como seus objetivos políticos, a

transformação da sociedade, pretende uma sociedade mais justa e

preocupadas

á de fundamentalmente humano no exercício

de condutas motoras, faz-se necessário levar o

mia e criatividade.

Seg d

“...não basta aprender habilidades motoras e desenvolver capacidade

físicas, aprendizagem esta necessária, mas não suficiente. Se o aluno

democrática. No lugar de sujeitos adaptados e acríticos, busca-se a formação

de cidadãos que, para se superarem e serem sujeitos históricos - capazes de

transformar a sociedade - precisam desenvolver sua criticidade, sua

autonomia, sua liberdade de expressão, sua capacidade de reflexão.

Assim, não basta o como ensinar. O fazer pedagógico requer uma

reflexão também sobre o que ensinar, para quem ensinar e por que ensinar.

Buscando rechaçar as práticas de ensino

fundamentalmente com o ensino de destrezas motoras, sem permitir que o

educando desenvolva sua criticidade sobre o conteúdo ensinado, Paulo Freire

(1996) afirma:

“...transformar a experiência educativa em puro treinamento técnico é

amesquinhar o que h

educativo: seu caráter formador.”

Portanto, numa perspectiva emergente da Educação Física,

fundamentada na pedagogia critica, além da técnica, da aprendizagem do

jogo em si, da aquisição

educando a entender o esporte como fator cultural, humano, recheado de

historicidade, estimulando sentimentos de solidariedade, cooperação,

autono

un o Mauro Betti (2002):

3

aprende os fundamentos técnicos e táticos de um esporte coletivo,

precisa também se organizar socialmente para praticá-lo, precisa

compreender as regras como um elemento que torna o jogo possível,

fazer a síntese dos principio que norteiam a Educação Física

no ens nclusão:

e comunicação de massa e na

economia.

revistas,

aprender a respeitar o adversário como um companheiro e não como

um inimigo, pois sem ele não há competição esportiva.”

Sobre o “para quem ensinar”, os Parâmetros Curriculares Nacionais –

PCNs (1998), ao

ino fundamental, apontam o principio da i

“A sistematização de objetivos, conteúdos, processos de ensino e

aprendizagem e avaliação tem como meta a inclusão do aluno na

cultura corporal de movimento, por meio da participação e reflexão

concretas e efetivas. Busca-se reverter o quadro histórico da área de

seleção entre indivíduos aptos e inaptos para as praticas corporais,

resultante da valorização exacerbada do desempenho e da eficiência.”

Resta ainda o “por que ensinar” Educação Física. Nesse sentido, vale

ressaltar que, além de ser um hábito saudável, que se carrega por toda a

vida, a cultura corporal e esportiva ocupa lugar de destaque na sociedade

atual e é um importante fenômeno nos meios d

Segundo Betti (2002):

“O esporte, as ginásticas, a dança, as artes marciais, as práticas de

aptidão física tornam-se, cada vez mais, produtos de consumo (mesmo

que apenas como imagens) e objetos de conhecimento e informação

·amplamente divulgados ao grande público. Jornais,

3

videogames, rádio e televisão difundem idéias sobre a cultura corporal

de movimento.”

Nesse contexto, ainda segundo Betti (2002), a Educação Física deve

incorporar uma grande tarefa:

uzir e integrar o aluno na cultura corporal de movimento, formando o cidadão

i produzi-la, re

“introd

que va produzi-la e transformá-la, instrumentalizando-o para usufruir

do jogo, do

aptidã ísica

emergente

Horizo

profes

do cu

prática

isão da Prefeitura de contratar não só um

estagiário de para auxiliar no

acompanham

Física e Ped

acrescentar u

esporte.

perspectiva.

de excesso d ior risco social.

A formação de equipes continuou sendo um dos objetivos, mas não para participar

esporte, das atividades rítmicas e dança, das ginásticas e práticas de

o f , em beneficio da qualidade de vida.”

4.A segunda etapa – uma perspectiva

Uma segunda etapa teve início em 2006, quando a Prefeitura de Belo

nte assumiu a contratação e o pagamento dos estagiários do programa e os

sores coordenadores já haviam adquirido uma bagagem teórica, no decorrer

rso de Pos-graduação em Esporte Escolar, capaz permitir a mudança da

esportiva no âmbito do PST.

Importante também foi a dec

Educação Física, mas também um de Pedagogia

ento dos alunos. Em nossa opinião, essa “dobradinha”, Educação

agogia, foi essencial para o êxito dessa segunda etapa, pois pôde

m olhar pedagógico ao ensino do esporte, melhorou-se a pedagogia do

Os alunos foram novamente recrutados, agora já sob uma nova

Não houve qualquer tipo de seleção por nível de habilidade e, em caso

e demanda a seleção era feita a partir daquele com ma

3

de torneios

compe

també te abaixo)

estagiários, ap

participação d

criarem regras

5. Ativ

monitores

Objetivo Geral:

1. "vivenciar o futsal a partir de seus aspectos históricos, teóricos, técnicos e

táticos, compreendendo a relevância da educação física como componente

curricular que possibilita o desenvolvimento do universo da cultura corporal"

2. Publico Alvo: alunos do ensino médio, da Escola Municipal Geraldo Teixeira

da Costa, de ambos os sexos, cadastrados no Programa Segundo Tempo

Escolar, com faixa etária entre 16 e 20 anos;

3. Objetivos específicos:

a.

.

b.

ão e a solidariedade.

d. Vivenciar fundamentos do Futsal.

competitivos, mas sim de festivais de esporte, onde a ênfase na

tição é reduzida. Além dos esportes tradicionais, passamos a oferecer

m capoeira e dança. (ver mudança de formatação – fon

O esquema das aulas também foi modificado. A partir de reuniões com os

resentamos outras formas de se desenvolver as aulas, onde se privilegia a

os alunos, levando-os a se sentirem sujeitos de sua própria aprendizagem, a

para jogos adaptados, a criarem novos jogos.

idades planejadas pela coordenação e concretizadas junto com os

a)Plano de Aula 1 - Vivenciando o futsal

Compreender o Futsal como uma produção humana, considerando

sua historicidade

Desenvolver noções táticas.

c. Desenvolver a cooperaç

3

e. Refletir sobre as questões de gênero, diferenças e desigualdades,

reprodução de valores.

4. Conteúdos:

a. Futsal

• A sexualidade aparece como tema transversal

5. Método:

6. Descrição da aula:

A metodologia se baseia na pedagogia histórico-crítica e segue os princípios:

da intencionalidade, da inclusão, da problematização e da diversidade.

iii. realização do jogo formal;

iv. avaliação da aula e encaminhamentos de trabalhos extra-

classe.

• Apresentar o tema da aula utilizando a seguinte dinâmica:

1. Aula Sábado com 4 horas de duração e 30 minutos de intervalo,

2. Dividimos a aula em 4 partes:

i. apresentação do tema e objetivos da aula;

ii. realização dos jogos adaptados;

• Parte 1 (tempo: 1 hora) – Apresentação do tema e dos objetivos da

aula

• Dispor os alunos em círculo, buscando distribuí-los aos pares:

um homem, uma mulher, um homem.... e apresentar os objetivos da

aula;

3

• Dividir o círculo em dois grupos - dois semicírculos

• O professor lança perguntas sobre o futsal e a

sexualidade buscando problematizar as questões de gênero,

como por exemplo: porque os homens jogam melhor o futsal que

as mulheres?

• O círculo grande se desfaz, formando 2 círculos menores

os alunos fiquem ombro a

ombro, permitindo a participação de todos);

e

mpo 1 hora) – realização dos jogos adaptados

r as duplas (casais);

unos que precisamos inventar um jogo

cada dupla (casal) deve

dadas (ou abraçados pela cintura)

lunos à proposição das regras básicas para o

jogo;

para debater o tema (sugere-se que

• Um casal deve ser escolhido para apresentar as

conclusões do grupo;

• Ao fim do tempo estabelecido, volta-se ao grande círculo

passa-se às apresentações. Pode-se incluir o pagamento de

prendas para o casal (ou o grupo) que não conseguir se expressar

adequadamente.

• Parte 2 (te

• Futebol em duplas:

• Forma

• Explicar aos al

parecido com o futsal, mas onde

permanecer de mãos

durante o jogo - uma regra pedagógica;

• Levar os a

3

• Garantir a participação de todos;

evem observar o

jogo, a fim proporem mudanças nas regras;

isputarão

e si, duas a duas;

a

ante se posiciona pela quadra. Não

mencionar a forma do posicionamento.

• O primeiro da fila indiana deve rebater a bola, rolada pelo

professor, com os pés e sair correndo a fim de percorrer um

percurso pré-estabelecido e demarcado com cones e aros.

pes buscando o equilíbrio - nem muito fácil, nem muito

• A equipe atacante deve buscar a bola usando os pés e

• Trocar o papel das equipes.

• Ganha a equipe que fizer mais gols.

• Uma variação possível é acrescentar um ou dois

• Os alunos que não estiverem jogando d

• Futebol com rebatidas:

• Dividir a turma em 3 ou 4 equipes mistas que d

entr

• A equipe rebatedora se posiciona em fila indiana próxim

ao gol e a equipe atac

Esse percurso deverá ser ajustado de acordo com as

equi

difícil. O segundo da fila indiana passa a ser goleiro.

tentar fazer o gol antes que o rebatedor termine o percurso.

• A rodada termina quando o último aluno rebater a bola.

jogadores de defesa na equipe dos rebatedores, obedecendo a

fila indiana.

3

• tsal com as regras convencionais

• Busc

futsal, afi

• (ver posição dos marcadores neste trecho de texto)

• Parte 4 (tempo:1 hora) - Avaliação e encaminhamento de trabalhos

extra-classe

• Dispor os alunos sentados em círculo ;

s de 4 ou 5 alunos e apresentar as atividades

• ar uma pesquisa sobre um dos

temas sugeridos e apresentá-lo para a turma de forma livre e

criativa;

• temas sugeridos:

tebol feminino no Brasil;

biológicas, diferenças

Parte 3 - (tempo: 1 hora) Jogo de fu

ar a homogeneidade das equipes quanto a habilidades e vivências do

m de garantir a motivação;

• Avaliar a aula com os alunos;

• Formar grupo

extra-classe:

cada grupo terá de realiz

Historia do futebol;

• História do futsal;

• O futebol feminino no mundo;

• O fu

• Questão de gênero - diferenças

culturais e desigualdade;

• etc.

3

• Análise P

O planej de aula, ou plano de unidade) é

coerente com a pers

visão mais amp

culturais.

Os objetiv

aluno a compre

considerando su

A metodo

e capaz de cri

atividades propostas.

A abertur

a participação d

o futal em particular a

no afeto, permitindo desenvolv

Dos jogos adaptados, o primeiro - futebol de casais - leva o aluno a criar as

regras a partir de uma regra pedagógica geral: “Jogar em duplas (casais) de mãos

dadas ou abraçados pela cintura”. Está clara a intenção de problematizar a questão

da sexualidade.

O segundo jogo adaptado - futebol com rebatidas - se preocupa em levar o

aluno a descobrir necessidades táticas de posicionamento, necessidade da

co

edagógica

amento apresentado (o plano

pectiva emergente de uma pedagogia histórico-crítica e de uma

la de Educação Física, considerando seus aspectos históricos e

os, o geral e os específicos apontam para a necessidade de levar o

ender a realidade, e o futsal particularmente, de forma dialética,

a historicidade.

logia pretende considerar o aluno enquanto sujeito da aprendizagem

ar e transformar a realidade. Isso fica claro se observarmos as

a, em forma de dinâmica, orienta a intencionalidade da aula, garante

e todos, problematiza levando à reflexão sobre o esporte em geral (e

) e sua relação com a questão de gênero. Trabalha o corpo, toc

er a cooperação e a solidariedade.

operação, dentre outras coisas.

3

O jogo formal que pode ou não conter regras pedagógicas procura garantir a

inclusão de todos e a democratização dos espaços e tempos.

"vivenciar ricos, técnicos e táticos,

compreend como componente curricular que

possibilita o desenvolvimento do

• ciclo, entre 30 e 40, de ambos os sexos e com

faixa etária entre 11 e 16 anos;

• icos:

tivas, melhorando o relacionamento

e se refere à questão de gênero;

construção humana e portando,

somos nós

momento;

• refletir sobre a questão de gênero;

condução.

• Conteúdo:

b) Plano de Aula 2 : Futsal de duplas

Objetivo Geral:

o futsal a partir de seus aspectos históricos, teó

endo a relevância da educação física

universo da cultura corporal"

Alunos: alunos do 3º

Objetivos específ

• vivenciar experiências afe

da turma, especialmente no qu

• perceber que o jogo é uma

, os seres humanos, que o criamos e modificamos a todo

desenvolver a cooperação e a solidariedade;

vivenciar alguns fundamentos do futsal como chute, passe,

3

• Futsal

• A Orientação Sexual aparece como tema transversal

• Descrição da aula

em...

Formar as duplas (casais);

• Explicar aos alunos que precisamos inventar um jogo

parecido com o futsal, mas onde cada dupla (casal) deve

permanecer de mãos dadas (ou abraçados pela cintura)

durante o jogo - uma regra pedagógica;

• Levar os alunos à proposição das regras básicas para o

jogo;

• Garantir a participação de todos;

• A aula, de 1 hora, será dividida em 3 partes: abertura, jogo adaptado,

avaliação do jogo adaptado e conclusões.

• - Parte 1 (tempo: 15 min.) - Abertura

• Dispor os alunos em círculo, de pé, um homem, uma mulher, um

hom

• Lançar perguntas sobre os motivos que fazem dos homens

melhores jogadores de futsal que as mulheres, problematizando a

questão de gênero;

• Apresentar como a aula será dividida:

• - Parte 2 (tempo 35 min.) - Jogo adaptado: Futebol em duplas:

4

• Jogar

• - Parte 3 (tempo 10 min.) - Avaliação, comentários e conclusões

a expressarem sua

OBSERVAÇÕES:

a acima apresentado se enquadra na

persp

sso

• É inclusivo, garantindo a participação de todos;

• Tem uma intencionalidade definida pelos objetivos geral e específicos;

Problematiza, levando à reflexão

6. Atividades planejadas pela coordenação e aguardando concretização

a) Bases Teóricas

BREVE HISTÓRICO DA CAPOEIRA

A Capoeira é uma manifestação cultural de origem afro-brasileira. A partir de

eleme do século

• Dispor os alunos em círculo (agora pode ser sentados na

quadra)

• A partir de perguntas, levar os alunos

avaliação sobre a aula;

Podemos afirmar que o plano de aul

ectiva de uma pedagogia crítica, dentro outros motivos, por que:

• Valoriza o ambiente e considera o aluno enquanto sujeito do proce

de aprendizagem;

• O conteúdo é apresentado de forma contextualizada;

ntos da cultura africana, os negros, trazidos para o Brasil a partir

4

XVI, e mantidos em condições de escravos, desenvolveram, junto com seus

a como forma de liberdade.

tâncias de luta por liberdade, nos

tempos da escravidão.”

Os escravos, movidos pelo instinto natural de sobrevivência e liberdade,

descobriram no próprio corpo a sua arma, imitando as brigas dos animais.

Aproveitaram ainda suas manifestações culturais trazidas da África.

Areias (1996), também citado por FONTOURA(2002) comenta que

“...os escravos, tendo como mestra a natureza e utilizando-se das

manifestações culturais trazidas da África criam e praticam uma luta de

autodefesa.”

Perseguida desde suas primeiras manifestações, pois representava uma

arma contra oeira era praticada de forma

clandestina e

praticada nos

de 1597 a 1694.

Após e

“...a capoeira já era conhecida como meio de ataque e defesa pessoal,

princip Pernambuco, Rio de

Janeiro...”

descendentes, a capoeir

Segundo Reis (1997), citado por FONTOURA (2002), “a capoeira é uma

manifestação cultural brasileira nascida em circuns

os senhores donos dos escravos, a cap

dissimulada nos terreiros e senzalas. Acredita-se que tenha sido muito

quilombos, dos quais o mais importante é o de Palmares, que durou

sse período, esclarece Santos (1999):

almente nos estados da Bahia, Alagoas,

4

Com a aboliçã a

sem emprego, se valiam da capoeira como forma de autodefesa. Formaram-se as

famosas maltas

sociedade.

Em 1890 a capoeira foi considerada ilegal pelo antigo Código Penal da

República. Contudo os capoeiristas conseguem, manter viva a capoeira.

e mesclada

de tantos artifícios quantos fossem necessários para safar-se da perseguição dos

poderosos...” (AREIAS, 1983).

Somente com implantação da ditadura Vargas, na década de 30, a capoeira

deixa de ser proibida. Os ideais nacionalistas do Estado Novo, vêem na capoeira

uma lut en

alvará da polícia.

Com o fim da perseguição à capoeira, ela passa a ocupar importante espaço

os, os capoeiristas, sedentos de expressão,

FALCAO (2004) afirma que:

o d escravatura, em 1888, muitos escravos largados nas ruas,

de capoeiras, também perseguidas pela polícia e discriminadas pela

“...transformada em uma verdadeira luta acrobática, aperfeiçoada

a g uinamente nacional e a sua prática passa a ser permitida, ainda que

somente em locais fechados e com

nas festas populares. Areias (1983) relata:

“... não sendo mais perseguid

infestavam as ruas e praças das cidades com suas rodas de capoeira...”

Nessa época foi inaugurada a primeira academia de capoeira pelo legendário

Mestre Bimba. Foi ele o primeiro a tratar a capoeira de forma didática, criando a

capoeira Regional.

4

“...Bimba metodizou um sistema de seqüências de movimentos de capoeira e

criou uma série de procedimentos didáticos, dentre eles, exame de admissão,

curso de especialização, emboscadas, o esquenta banho, a cintura

empo em que surgia a capoeira Regional, outro legendário

ostra a extraordinária flexibilidade dos capoeiristas. Mas, Capoeira

tilos,

egional trás elementos que contribuem para o seu trato pedagógico,

nquanto a capoeira Angola se liga mais às tradições.

Segundo FROHLICH FILHO ((2004):

desprezada, cerimônias de batismo e graduação, sistema de hierarquia com

graduações, formaturas, que caracterizaram o que se tornou mundialmente

conhecido como Capoeira Regional.”

Mestre Bimba, citado por FONTOURA(2002) afirma:

“... criei, completa, a Regional, que é o Batuque misturado com a Angola, com

mais golpes, uma verdadeira luta, boa para o físico e para a mente.”

Ao mesmo t

capoeirista, Mestre Pastinha, apoiado nas tradições antigas, estrutura a capoeira

Angola.

PASTINHA (1988), em seu livro Capoeira Angola afirma:

“A capoeira Angola se assemelha a uma graciosa dança onde a ginga

maliciosa m

Angola é, antes de tudo, luta e luta violenta.”

Apesar das diferenças filosóficas, estéticas e simbólicas entre os dois es

observa-se que antes de se contraporem, eles se complementam: de um lado a

capoeira R

e

Alguns autores afirmam ainda que hoje em dia pratica-se uma capoeira onde

se misturam a capoeira Angola e a Regional.

4

“Nos últimos anos, foi criado um terceiro estilo de capoeira, onde há uma

mistura da capoeira Angola e da capoeira Regional: a capoeira

inua a ser

raticada e cada vez mais difundida, seja em academias ou em escolas e

ial, com a disseminação de academias e métodos de

ensino por praticamente todas as regiões do Brasil, estando inclusive

presente em diversos países do mundo, tendo sua imagem distanciada de

uma prática considerada ‘marginal’...”

nuinamente brasileira [...] está

o mesmo tempo, luta, jogo e dança.

sta através dos seus diversos movimentos de

ataque e defesa e foi, como vimos, uma das estratégias utilizadas pelos escravos

em busca de sua liberdade.

contemporânea.”

O fato é que, independentemente do estilo, a capoeira cont

p

universidades. CASTRO (2000), afirma que:

“...nos últimos anos, a capoeira vem ganhando status de atividade

reconhecida no meio soc

FALCAO (2004) afirma que:

“A capoeira, manifestação exportivo-cultural ge

presente em diversas escolas e universidades brasileiras, e também em

vários países.”

A CAPOEIRA NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR

A capoeira, enquanto conteúdo específico da Educação Física se justifica de

forma ampla pelos múltiplos enfoques que ela pode contemplar.

Capoeira é, a

Enquanto luta ela se manife

4

A ginga centrada nos quadris, regida pelo toque do berimbau acompanhado

tros instrumentos – pandeiro, agogô, atabaque, caxixi, ganzá – é a mais clara

são da capoeira enquanto dança. E essa dança acontece ao mesmo tempo

e a luta. A antropóloga Letícia Reis, citada por Falcão (1998) afirma que os

entos acrobáticos dos capoeiras durante a roda fazem com que “o corpo lute

ndo e dance lutando” o que coloca a

dos ou

expres

em qu

movim

dança capoeira em uma “zona imaginária e

pela a rescenta

a, desperta o gosto pelo inesperado, pelo imprevisível.” .

nvolvimento motor,

permitindo traba

espaço-temporal, coordenação motora.

“Sua pratica [da capoeira] na escola possibilita o desenvolvimento de

deve ser ensinada de forma

erá ter somente o aspecto técnico de

aprender determinada forma de luta ou esporte; o ensino dos movimentos

ambígua, situadas entre o lúdico e o combativo”.

Também é um jogo, pois se caracteriza pelo descompromisso, pela alegria,

usência de objetivos práticos e imediatos. Ao mesmo tempo, ac

FALCAO(1998):

“...consegue atender a necessidade de fantasia, utopia, justiça e estética e

aind

A capoeira é, ainda, rica em possibilidades de dese

lhar o esquema corporal, a lateralidade, equilíbrio, orientação

Além disso, segundo SOUZA (2001):

conteúdos conceituais, procedimentais e atitudinais, como autonomia,

cooperação e participação social, postura não preconceituosa, entendimento

do cotidiano pelo exercício da cidadania, historicidade etc.”

O mesmo autor ressalta, porém, que a capoeira

globalizada:

“... a aprendizagem da capoeira não dev

4

deverá ser acompanhado da transmissão de todos os elementos que

sileira precisa, assim, resgatar a capoeira enquanto

Física

prazer

la praticada nas

capoeira deve ser ensinada para além do jogo em si, da técnica, dos movimentos

adronizados. Deve-se preocupar em levar o aluno a entender a capoeira como uma

onstrução humana, cheia de historicidade, e que encerra em seus movimentos, a

lo abaixo p/ a pág. seguinte?)

IRA NO ÂMBITO

SCOLAR

envolvem sua cultura, história, origem e evolução.”

O mesmo ressalta o COLETIVO DE AUTORES (1992):

“A Educação Física bra

manifestação cultural, ou seja, trabalhar com a sua historicidade, não

desencarná-la do movimento cultural e político que a gerou.”

Não sendo a escola, na perspectiva de uma pedagogia critica da Educação

, um lugar para se treinar o aluno, mas para ensiná-lo de forma significativa e

osa, concordamos com FALCAO (1998), para quem:

“... a capoeira, na escola, não deve ser algo apenas para ser praticado, mas

sim estudado.”

Isto vai diferenciar, em muito, a capoeira na escola daque

ruas ou academias.

Na escola, enquanto campo de intervenção educacional intencional, a

p

c

luta da emancipação do negro no Brasil. (mover o títu

b) Curso de Iniciação à Capoeira numa perspectiva Crítica

PLANO DE ENSINO PARA CURSO DE INICIAÇÃO À CAPOE

DO PROGRAMA SEGUNDO TEMPO E

4

1.Introdução

Como desdobramento daquilo que foi pesquisado, apresentamos um plano de

ensino para um curso de capoeira específico, ainda que contenha elementos

passív

motora, como ao nív

deve f

O curso será realizado durante um bimestre letivo, com aulas de uma hora e

meia (90 min), duas vezes por semana, . Esse tempo foi

determ

do Pro

6. O Obje

Vivenciar a capoeira e entendê-la como uma manifestação cultural de origem

afro-brasileira, enquanto uma construção humana, cheia de historicidade, e que

eis de generalização, para alunos do “Núcleo Escola Municipal Geraldo

Teixeira da Costa” do Programa Segundo Tempo Escolar. Portanto, representa uma

proposta de intervenção que pretende se concretizar no âmbito daquele programa.

O Grupo de Alunos

O grupo de alunos para o presente curso de iniciação à capoeira deverá ser

formado a partir daqueles que já estão cadastrados no programa, por adesão

voluntária.

São adolescentes na faixa etária entre 12 e 15 anos, cursando o 2o ciclo do

ensino fundamental. Na sua maioria são alunos em situação de risco, pertencentes

às camadas mais carentes da população.

O grupo será heterogêneo tanto com relação ao nível de coordenação

el de conhecimento e vivencia da capoeira. O total de alunos

icar entre 20 e 30.

5. Duração e organização temporal do curso

totalizando 10 encontros

inado a partir das possibilidades e limitações concretas da Escola e do núcleo

grama Segundo Tempo.

tivo Geral

4

encerra em seus movimentos, a luta da emancipação do negro no Brasil,

contribuindo, assim, para a formação de cidadãos críticos e comprometidos com

uma s

7. Con

• Quilombos/Zumbi – histórico

• Fundamentos: Ginga, Cocorinha, Meia Lua de Frente, Aú simples, Base

• Ritmos e Instrumentos da capoeira:

confecção de instrumentos com materiais alternativos.

ecidas da capoeira;

8. Met

a adotada se baseia na pedagogia critica, é pautada na

emocracia e no respeito. Objetiva a participação critica e consciente dos alunos e

ociedade mais justa e democrática.

teúdos

• Origem da capoeira – histórico

do macaco, Queda de quatro, Armada, Negativa com role

• Musicas de capoeira:

• criação de letras (paródias) para musicas conh

• Roda de Capoeira

odologia

A Metodologi

d

se fundamenta em princípios como a inclusão, diversidade, complexidade,

adequação ao aluno.

Dentre as estratégias didáticas, será dado ênfase às dramatizações e

problematizações, buscando facilitar o entendimento do processo de iniciação à

capoeira.

4

Ainda se inter-

re

aula anterior, ava por e explicar a

novo tema. Desenvolvimento (50 min):

vivenciar a capoeira: fundamentos, seqüências, ritmos, musicas, instrumentos, etc.

Conclusão (20 min): formação de nova roda de conversa para: discutir e avaliar a

9. Avaliação:

avaliação, etc.

ecursos necessários são: uma sala de aula, aparelho de som, e

lar pode ser considerado um dos maiores

os objetivos – dentre os quais destacamos a inclusão de

ofessores e graduandos – tudo

isso são aspectos altamente positivos.

como o sentimento, desenvolvido pelos alunos a partir da participação no Programa,

com fins didáticos, as aulas terão três momentos que devem

lacionar: Introdução (20 min): formação de uma roda de conversa para: resgatar a

liar o que esta sendo apreendido pelos alunos, ex

aula do dia, apresentando sempre um

aula com o grupo, encaminhar trabalhos para serem desenvolvidos em casa.

A avaliação será processual, a partir da observação e registro do

comportamento dos alunos, elaboração de trabalhos, discussões em grupo, auto

10. Recursos materiais:

Os r

instrumentos musicais da capoeira: berimbau e caxixi, atabaque, agogô, pandeiro.

3. Aspectos Positivos e Negativos Observados no PST

O Programa Segundo Tempo Esco

programas sociais do Ministério do Esportes dos últimos anos. A abrangência

nacional, a idéia de trabalhar em parceria com outros ministérios e com secretarias

estaduais e municipais,

alunos em situação de risco social e a formação de pr

Ao nível da Escola também podemos destacar outros aspectos positivos

5

de “pertencimento” à Escola, a vontade de cuidar da Escola. Temos ainda a

melhoria do rendimento escolar e o resgate da auto estima de alunos marginalizados

articipação no Programa.

relevantes, mas vale destacar alguns: O

o de alunos para cada estagiário é excessivo. O mesmo vale para o

número de aulas que cada um deve ministrar. Os estagiários precisam de mais

tempo com os professores coordenadores, precisam acompanhar as aulas regulares

para se familiarizarem tanto com as aulas como com os alunos. Da forma como o

ap a qualidade.

l esportivo oferecido pelo Programa é

ou esportivas.

Co mpo

Escolar deve continuar existindo. Isso porque, em nossa opinião, ele se constitui, na

prática, em importante política social do Governo Federal em parceria com os

Governos Estaduais e Municipais que busca favorecer as camadas mais carentes da

também através da p

A formação de professores e estagiários é outro ponto alto do Programa. O

desenvolvimento de uma nova concepção de Educação Física Escolar possibilitou a

mudança da prática que aos poucos vai se distanciando do “tecnicismo” para se

aproximar de uma prática de cunho mais crítico social.

Poucos são os aspectos negativos

grande númer

Programa foi pensado não sobra tempo para que o estagiário possa planejar, inovar,

resentar novas formas de organização das aulas. Isso compromete

A quantidade e a qualidade do materia

tro ponto negativo que compromete a qualidade das atividades

4. Conclusão

mo conclusão apresentamos a idéia de que o Programa Segundo Te

população.

5

Podemos observar com facilidade o quanto os alunos que participam do

Programa em nossa Escola desenvolveram sua capacidade de participação, sua

auto e

ida na Escola, agora muito mais inclusiva e mais preocupada com a

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Outro ponto que podemos observar é a nova concepção de Educação Física

desenvolv

formação integral do aluno.

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