o processo de convergência com os padrões internacionais ... · padrões de contabilidade...

O processo de convergência com os Padrões Internacionais de Divulgação Financeira (IFRS): estágio atual e perspectivas

Sílvia Marques e Renato UemaSetembro de 2008

2

4. Aplicação dos IFRS às instituições financeiras

2. Banco Central do Brasil

1. Sistema Financeiro Nacional

O processo de convergência com os IFRS: Estágio atual e perspectivas

5. Conclusão

AGENDA:

3. IASB – International Accounting Standards Board

3





5. Conclusão

AGENDA:


4

Ministroda Fazenda

BancoCentral

TesouroNacional

ReceitaFederal

CMN

Ministrodo

Planejamento

Sistema Financeiro Nacional

5

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

01 02 03 04 05 06 07

Coop.

Bancos

Bancos e Cooperativas


6

Dezembro/2007

Ativos PL Lucro Depósitos

Top 50 1.299.667 113.606 14.579 500.806

% Total 86,30% 77,30% 79,00% 91,90%

US$ milhares


7





5. Conclusão

AGENDA:


8

Missão

Assegurar a estabilidade do poder de

compra da moeda e um sistema

financeiro sólido e eficiente.

Banco Central do Brasil

9

Estrutura organizacional

Banco Central do Brasil

10





5. Conclusão

AGENDA:


11

A contabilidade é a linguagem dos negócios, utilizada pelos agentes econômicos que buscam informações para avaliação dos riscos e oportunidades.

Noss“Nosso único problema é descobrir como inverter isso.”

Importância dos Padrões Internacionais

12

A contabilidade é fortemente influenciada no ambiente em que atua.

�Sistema político

�Crescimento e desenvolvimento

Econômico

�Sistema legal

�Regime tributário

�Inflação

�Regulação contábil

�Atividades empresariais

�Mercado de capitais e financeiro

�Profissão contábil

�Educação e pesquisa contábil

�Cultura

�Fatores sociais

�Fatores internacionais

Sistema

Contábil


13

Causas das diferenças na Contabilidade Internacional

PRINCIPAIS CAUSAS

• Ambiente: história, política, valores, estrutura legal

etc.

• Foco em diferentes usuários: investidores, credores,

fisco, governo

• Influência político-econômica

• Relativo isolamento de países/blocos

14

Importância de padrões internacionalmente aceitos

NECESSIDADE GLOBALIZAÇÃO

• Investidores à procura de investimentos

globais

• Busca por menores custos: financiamento,

operacionais etc.

• Empresas transnacionais

15

O que o mundo espera?

• Transparência

• Qualidade das informações

• Confiabilidade

• Tempestividade

• Melhor alocação de capital

• Menor custo de captação


16

O Futuro

… um conjunto único de normas contábeis globais ...

...de alta qualidade

...para ajudar a tomar decisões econômicas.


17

• Benefícios da convergência

- Menores custos de financiamento

- Acesso mais fácil ao mercado de capitais

- Maior transparência e comparabilidade

- Maior credibilidade do mercado financeiro

- Redução do risco de crise


18

O IASB

MISSÃO

“O IASB possui o compromisso de desenvolver, em nome do

interesse público, um conjunto único, de alta qualidade,

compreensível e obrigatório, de padrões contábeis globais

que requeiram demonstrações contábeis transparentes e

comparáveis. Além disso, o IASB coopera com reguladores

domésticos para que se atinja a convergência dos padrões

contábeis em nível mundial.”

Livre tradução do original em língua inglesa

19

O IASB

HISTÓRICO – FATOS MARCANTES

• 1973 – Criação do IASC - Austrália, Canadá, França, Alemanha, Japão, México, Países Baixos, Reino Unido e Irlanda, e Estados Unidos

• 1977 – Fundação do IFAC (órgão de classe dos contadores). Início do relacionamento com o IASC

• 1982 – Compromissos mútuos IASC x IFAC

• 1987 – IOSCO apóia e recomenda as normas do IASC

• 1990 – Comissão Européia (CE) participa do IASC –Observador

• 1995 – CE recomenda a utilização das normas do IASC para as empresas européias multinacionais

20

O IASB

HISTÓRICO – FATOS MARCANTES

• 1999 – Apoio do G7 e do FMI para processo de convergência

com as normas do IASB – Membros do IASC ultrapassam 100

países

• 2000 – Apoio do Comitê de Basiléia para convergência com

normas do IASC

• 2000 – CE anuncia a intenção de requerer a utilização das

normas do IASC, por parte das companhias abertas, até 2005

• 2001 – Transformação do IASC em IASB

• 2001 – CE edita legislação ratificando a intenção de 2000

21

Atual estrutura do IASB

22 Trustees22 Trustees

StandardsAdvisoryCouncil

StandardsAdvisoryCouncil

IASB14 membros IFRICIFRIC

Grupo de EspecialistasGrupo de Especialistas

I A S B

23

Processo de tramitação

Research

National

Standard

Setter

Discussion

PaperExposure

DraftStandard

Others

Comment

analysis

9-15 meses 9-15 meses

Comment

analysisEffective

Date

6-18 meses

I A S B

24

Research

National

Standard

Setter

Discussion

PaperExposure

DraftStandard

Others

Comment

analysis


Comment

analysisEffective

Date

6-18 meses


I A S B

25

Research

National

Standard

Setter

Discussion

PaperExposure

DraftStandard

Others

Comment

analysis


Comment

analysisEffective

Date

6-18 meses


I A S B

26

Research

National

Standard

Setter

Discussion

PaperExposure

DraftStandard

Others

Comment

analysis


Comment

analysisEffective

Date

6-18 meses


I A S B

27

Research

National

Standard

Setter

Discussion

PaperExposure

DraftStandard

Others

Comment

analysis


Comment

analysisEffective

Date

6-18 meses


I A S B

28

Research

National

Standard

Setter

Discussion

PaperExposure

DraftStandard

Others

Comment

analysis


Comment

analysis

Effective

Date

depois aprovação doméstica

6-18 meses


I A S B

29

• IAS – International Accounting Standards - 29

• IFRS – International Financial Reporting

Standards - 8

• IFRIC e SIC – Interpretations - 26

Normas Internacionais – IASB –

“Principles Based”

I A S B

30

Países que requerem ou permitem o uso dos IFRS

Países em processo de convergência com os IFRS

Aplicação dos IFRS às instituições financeiras

31

� tradução das normas internacionais;

� complexidade e estrutura dos pronunciamentos;

� freqüência, volume e complexidade das

mudanças das normas internacionais;

� limitação do conhecimento sobre as normas

internacionais;

� introdução no sistema de difusão da informação

ao mercado.

Problemas percebidos na aplicação dos padrões de contabilidade internacional


33





5. Conclusão

AGENDA:


34

Brasil - Fatores Determinantes

• Integração dos mercados financeiros

internacionais;

• Consolidação dos blocos econômicos;

• Atuação das instituições em vários países;

• Estabilidade financeira.


35

•Missão do Banco Central

•Melhoria na qualidade das demonstrações contábeis (credibilidade, transparência, comparabilidade) para usuários domésticos e estrangeiros;

•Otimização na alocação de capital: atração de capitais estrangeiros;

•Redução do custo de captação;

Motivação


36

•Redução de custos operacionais;

•Inserção das instituições brasileiras no

mercado internacional;

•Tendência mundial – Accounting Task Force

(Comitê de Basiléia), European Consultative

Group (Reguladores e instituições).

Motivação


37

I. Compromisso e suporte

II. Arcabouço legal e principais avanços

III.Comunicação e informação

IV.Treinamento e desenvolvimento

V. “Enforcement”

Infra-estrutura para Implementação de IFRS no Brasil


38

•Agenda do Governo

•Agenda do Banco Central

�Comitê de Basiléia – “Core Principles”

�Comunicado 14.259, de 2006

•Contribuição de vários “stakeholders”-instituições financeiras, contadores, auditores, analistas, investidores, academia etc.

I – Compromisso e Suporte


39

Prazos

•31 de dezembro de 2006 – Diagnóstico �

•30 de novembro de 2007 – Plano de Ação �

•31 de dezembro de 2010 – Elaboração e publicação de demonstrações contábeis – padrão IFRS

Responsabilidade regulatória

•Departamento de Normas do Sistema Financeiro -Denor

Comunicado 14.259 - Compromissos


40

2006 2008 20102007 2009

1

2

3

Diagnóstico

Consolidado

Redução de assimetrias


41


42


43


44

•Lei 11.638, de 2007

•Criação do CPC - Comitê de Pronunciamentos Contábeis – envolvimento de todos os grupos interessados

•Criação do Comitê Gestor da Convergência –Resolução CFC 1.103, de 2007- profissionais e reguladores

II – Arcabouço Legal e Principais Avanços


45

• Adoção dos IFRS:

– Várias empresas brasileiras de atuação

global

– Banco Central do Brasil em suas

demonstrações financeiras

II – Arcabouço Legal e Principais Avanços


46

•Estabelecimento de um cronograma para Convergência - 2006

•Audiência Pública – principais alterações normativas

•COREMEC - discussão com outras agências reguladoras

•Grupos de discussão com a indústria

III – Comunicação e Informação


47

•Estabelecimento de grupos técnicos

•Implementação de um programa específico de

capacitação

•Participação em fóruns nacionais e internacionais

– discussão técnica

IV - Treinamento e Desenvolvimento


48

•Garantir a qualidade e adequação das

informações, preservando a confiabilidade –

preparação das demonstrações financeiras,

revisão e aprovação

•Observância do prazo-limite – 2010

•Garantir a consistência na aplicação das novas

normas baseadas em princípios

V - “Enforcement”


49

• Res. 3.533 e 3.534 - Venda e transferência de

ativos financeiros (IAS 39 – Derecognition)

• Res. 3.535 – Provisões e Contingências (IAS 37);

Principais Ações Recentes do Bacen


50

• Res. 3.566 – Reconhecimento, mensuração e

divulgação de perdas em relação ao valor

recuperável de ativos (IAS 36 – Impairment).

• Res. 3.604 – Demonstração dos Fluxos de Caixa

(IAS 7)



51

• Normas em estudo:

� IAS 27 e normas correlatas – Consolidação

� IAS 38 – Intangíveis

� IFRS 3 – Combinação de Negócios

� IAS 16 – Ativo Imobilizado



52

Impacto

No SFN

Complexidade do Pronunciamento

IAS39

IAS33

IAS36

IAS38

IAS7IAS37

IAS24

IAS27

IAS28IAS31

IAS32

IAS23

IAS21

IAS19

IAS18

IAS17

IAS16IAS14

IAS12

IAS10 IAS8

IAS 1

IFRS1

IFRS2

IFRS3

IFRS5

IFRS7IFRS8

Alinhado Em estudo A alinharParcialmentealinhado


53

E as Instituições de menor porte ?

• Por exemplo cooperativas, Administradoras de

consórcio (grande parcela) e SCM não têm

orientação para o mercado de capitais

• Não têm suas cotas negociadas em Bolsa

• Não emitem debêntures

• Receptores da informação são

majoritariamente sócios e não acionistas


54

E as instituições de menor porte ?

• Por outro lado, essas instituições não

querem/devem ficar de fora do processo de

convergência – poderiam ser consideradas de

“segunda categoria” do ponto de vista contábil

• Ainda, são receptores de “poupança popular”.


55

• Normas baseadas em princípios –responsabilidade e julgamento profissional;

• Capacidade de análise e argumentação;

• Prevalência da essência econômica sobre a forma jurídica;

• Constante atualização;

• Investimento – pessoal, capacitação, sistemas (controles internos, compliance, tecnologia, gerenciais).

Desafios


56

• Influenciar o IASB – Acompanhamento e PARTICIPAÇÃO nas audiências públicas;

• Academia – Atualização do currículo das universidades (ONU – “Contador Global”)

• Pré academia – Língua inglesa e valorização da profissão contábil

Desafios


57

Fonte: ICAEW

Alguns números... União Européia

Custos – percentual do faturamento

% do Faturamento

Empresas com faturamento anual

até 500 milhões de euros0.31%

Empresas com faturamento anual de

500 milhões a 5 bilhões de euros0.05%

Empresas com faturamento anual

acima de 5 bilhões de euros0.05%


58

Prazo médio para

implementação:

12 a 18 meses

Alguns números... Alemanha

Custos - milhares de Euros:

Item Custo

RH próprios 255,52

TI 247,62

Consultoria 154,2

Treinamento 59,47

Total 716,81Fonte: United Nations - ISAR


59





5. Conclusão

AGENDA:


60

“Uma regulação nunca chega sozinha...”

• Boa Governança requer

transparência:IFRS

• 25 Princípios Supervisão

Eficaz:IFRS

• Basiléia II:disciplina de

mercado e transparência

• Normas internacionais de

auditoria

• ........ outras

Conclusão

61

Cenário atual traz desafios... E cria

oportunidades!

Conclusão

“Já se sentiu entrando em uma jaula de leões?”

62

“...benefícios de relatórios financeiros comparáveis

e perspectivas de incremento de fluxo de capital

superam os custos esperados para implementação

e distorções econômicas decorrentes de práticas

contábeis locais distintas.”

Market Reaction to Events Surrounding the Adoption of IFRS

in Europe – Armstrong et al, outubro 2006

Resposta dos Investidores

Conclusão

63

“...introdução do IFRS proporcionou mais

transparência e a confiança e comparabilidade

deste novo padrão são reconhecidas como

superiores.”

Investor Perspectives on IFRS implementation – Fédération

Française des Sociétés d’Assurances e Association Française

de la Gestion Financière – Dezembro 2007

Resposta dos Investidores

Conclusão

64

• Assim como a globalização, a convergência é

um “caminho sem volta”, trata-se da nova

regra do jogo no universo da contabilidade.

• Até a maior economia do mundo, os Estados

Unidos compreenderam essa mensagem e

fomentam o processo de convergência com as

normas do IASB

Conclusão

65


MUITO OBRIGADO!

[email protected]

o processo de convergência com os padrões internacionais ... · padrões de contabilidade...

Documents