o pregão, edição 15

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Propriedade: Escola Secundária Martins Sarmento Alameda Prof. Abel Salazar - 4810-247 Guimarães Tel.: 253 513 240 | Fax: 253 511 163 Código da Escola: 402187 Diretor: José Manuel Teixeira Coordenação Geral: Rosa Manuela Machado Grafismo e paginação: José Faria Email: [email protected] nº 15 Chegado mais um ano letivo ao seu fim, torna-se inevitável um novo olhar retrospetivo para o ano que lá vai. E, num misto de nostalgia e orgulho pe- rante os nossos pupilos que há três anos chegaram, pequeninos e ávidos de crescimento, vemo-los partir. Par- tem também num período em que se colocam questões sérias como a da inesperada distribuição pela Europa de milhares de refugiados sírios ou a da polémica defesa da escola pública em detrimento dos contratos de autono- mia de escolas privadas. Muitos outros temas relevantes pas- saram e muitas reflexões foram fei- tas com e por estes alunos que agora olhamos mais maturos. Basta olhar- mos os últimos números, assuntos e assinantes desta publicação para o comprovarmos. Por isso, encontrá-los agora à direita ou à esquerda; a favor ou contra; do lado de cá ou do lado de lá é completamente indiferente; basta-nos sentir que foram eles quem escolheu a posição. E assim, ficamos felizes, vendo-os partir, com a cons- ciência de quem contribuiu para o sur- gimento de novos cidadãos, pessoas críticas e pensantes. Temos a certeza de que estes jovens estão preparados para enfrentarem a sua vida, mais maturos, mais sábios, mais livres e em mais cidadania, tendo como lema a mensagem do filósofo e imperador romano: “Os homens existem uns para os outros; logo, ou os ajudas a melhorar ou os suportas”. Por cá, nós, educadores, esperamos tenras crias. E esperamo-las também com uma renovada esperança: que tragam energia, fome de saber, dúvi- da, ânsia e sonho. Prof.ª Glória Machado Editorial Jornal da Escola Secundária Martins Sarmento, Guimarães Junho 2016 21 09 Reportagem fotográfica: Sarau Cultural 2016 Notícias: Martins Sarmento na Feira (I) limitada do Porto 18 Notícias: Semana da Leitura 2016 e Concurso 'Ler Ciência' 05 Opinião/Reflexão: Os Piratas do séc. XXI Parlamento Jovem Europeu p. 13 1º lugar de novo para a Secundária Martins Sarmento

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Jornal da Escola Secundária Martins Sarmento, Guimarães. Edição 15

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Page 1: O Pregão, edição 15

Propriedade: Escola Secundária Martins Sarmento

Alameda Prof. Abel Salazar - 4810-247 Guimarães

Tel.: 253 513 240 | Fax: 253 511 163

Código da Escola: 402187

Diretor: José Manuel Teixeira

Coordenação Geral: Rosa Manuela Machado

Grafismo e paginação: José Faria

Email: [email protected]

nº 15

Chegado mais um ano letivo ao seu fim, torna-se inevitável um novo olhar retrospetivo para o ano que lá vai. E, num misto de nostalgia e orgulho pe-rante os nossos pupilos que há três anos chegaram, pequeninos e ávidos de crescimento, vemo-los partir. Par-tem também num período em que se colocam questões sérias como a da inesperada distribuição pela Europa de milhares de refugiados sírios ou a da polémica defesa da escola pública em detrimento dos contratos de autono-mia de escolas privadas. Muitos outros temas relevantes pas-saram e muitas reflexões foram fei-tas com e por estes alunos que agora olhamos mais maturos. Basta olhar-mos os últimos números, assuntos e assinantes desta publicação para o comprovarmos. Por isso, encontrá-los agora à direita ou à esquerda; a favor ou contra; do lado de cá ou do lado de lá é completamente indiferente; basta-nos sentir que foram eles quem escolheu a posição. E assim, ficamos felizes, vendo-os partir, com a cons-ciência de quem contribuiu para o sur-gimento de novos cidadãos, pessoas críticas e pensantes. Temos a certeza de que estes jovens estão preparados para enfrentarem a sua vida, mais maturos, mais sábios, mais livres e em mais cidadania, tendo como lema a mensagem do filósofo e imperador romano: “Os homens existem uns para os outros; logo, ou os ajudas a melhorar ou os suportas”.

Por cá, nós, educadores, esperamos tenras crias. E esperamo-las também com uma renovada esperança: que tragam energia, fome de saber, dúvi-da, ânsia e sonho.

Prof.ª Glória Machado

Editorial

Jornal da Escola Secundária Martins Sarmento, Guimarães Junho 2016

21

09

Reportagem fotográfica: Sarau Cultural 2016

Notícias: Martins Sarmento na Feira (I)limitada do Porto

18Notícias: Semana da Leitura 2016 e Concurso 'Ler Ciência'

05Opinião/Reflexão:Os Piratas do séc. XXI

Parlamento Jovem Europeu

p. 13

1º lugar de novo para a Secundária Martins Sarmento

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Page 3: O Pregão, edição 15

Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão3

Opinião # Reflexão

Reflexão

Pensamento e cidadania

Joana Torres, 11º CT4

A conceção de que os seres hu-manos merecem respeito pelo ideal de humanidade e dignidade reme-te-nos ao conceito de cidadania, um conjunto de direitos civis, políti-cos e sociais que cada cidadão deve exercer. Exercer a cidadania signi-fica conscientizar-se dos direitos e deveres para que a justiça possa ser colocada em prática.

Contudo, os seres humanos diferem entre si em inúmeras ca-racterísticas, o que não é um facto isolado. Os Direitos Humanos pres-supõem a cidadania não apenas como um facto e um meio, mas sim como um princípio, pois a privação da cidadania humana traz como consequência a privação do nosso estatuto, do nosso ADN, levando--nos a um sentimento de exclusão.

É importante lembrar que os Di-reitos Humanos são fruto de um processo permanente de eman-cipação humana e da procura de um sentimento moral e ético, evi-denciando uma igualdade comum e uma consciência da dignidade e de poder de soberania enquanto cidadão.

Deste modo, o principal veículo do processo de conscientização é o pensamento, considerado a expres-são mais “palpável” do ser humano.

O exercício de reflexão consolida

os valores do ser humano e torna-o, ao mesmo tempo, mais consciente, capaz de sair de si mesmo sem sair do seu interior.

A reflexão crítica contribui, assim, para formar cidadãos com espírito crítico, com capacidade de julga-mento, a fim de modelar o mundo de acordo com os seus desejos pe-rante os seus objetivos, tendo em vista o viver em comunidade.

Exercer a cidadania significa conscientizar-se dos direitos e deveres para que a justiça possa ser colocada em prática.

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Opinião # Reflexão

Todos já ouvimos falar na pirata-ria online. A maior parte incentiva-a, mesmo que indiretamente. Quase ninguém a consegue impedir.

A pirataria online pode ser en-tendida como a disponibilização livre, de forma ilegal, de dados protegidos por direitos de autor em websites específicos, como é o exemplo de jogos, filmes, séries e músicas. Atualmente, é vista, pe-rante os olhos da lei e da justiça, como um problema para a cidada-nia. Porém, pode ser encarado, de outro ponto de vista, por aqueles que usufruem dos dados partilha-dos através da pirataria como algo benéfico, que contribui para a sua melhor qualidade de vida e que não deve ser proibido.

Mas, então, deve a pirataria ser bloqueada por ser uma afronta à cidadania? Ou deve continuar, por-que a sociedade em geral assim o deseja?

A cidadania é o conjunto de de-veres e direitos de cada cidadão e o modo como estes afetam a con-duta das pessoas, individualmente e na sociedade em que se inte-gram. Quando relacionados com a pirataria, podemos deduzir que esta é punível pelos princípios que regem a cidadania. A pirataria, apesar de todos os benefícios que acarreta para os utilizadores dos dados, prejudica os seus produto-res, principalmente as indústrias

ligadas ao entretenimento. Para além disso, pelo facto de ser ilegal, é afastada a hipótese de ser aceite pela cidadania.

Neste caso, e apresentando o meu ponto de vista relativamen-te a este tema, considero que os utilizadores não se preocupam mi-nimamente com os impactes que a pirataria, incentivada pelos mes-mos, pode ter nos produtores e na economia. Exemplificando, filmes e séries são produzidos com o prin-cipal objetivo de entreter, mas o lucro que estes possam ter é um fator relevante para as indústrias cinematográficas. Portanto, se os cidadãos não frequentam o cinema e acedem a dados disponibilizados através da pirataria, ou as estações televisivas não compram séries ao estrangeiro (pelo menos, como é o caso de alguns canais televisivos em Portugal), a produção deste tipo de conteúdo não é favorecida, levando ao desemprego de certos profissio-nais e ao prejuízo destas indústrias. Concluindo, é devido às nossas ações, dos utilizadores (e eu próprio admito ser um deles), que a pirata-ria continua ativa e que afeta o bom funcionamento da sociedade e da cidadania. Desse modo, esta deve ser bloqueada.

Por outro lado, não podemos fi-car indiferentes aos benefícios da pirataria para os utilizadores: é gra-tuita, é de fácil acesso, permite a

visualização duma grande quantida-de de conteúdos, ao que acresce que a maior parte deles não está dispo-nível de outra forma. Como vemos pelos constantes bloqueios, o tra-balho da lei e da justiça em tentar impedir a pirataria online não tem resultado, uma vez que os cidadãos

A pirataria online pode

ser entendida como a

disponibilização livre,

de forma ilegal, de

dados protegidos por

direitos de autor em

websites específicos,

como é o exemplo de

jogos, filmes, séries e

músicas. Atualmente,

é vista, perante os

olhos da lei e da justiça,

como um problema

para a cidadania.

Reflexão

Os Piratas do séc. XXI

José Soares, 11º CT3

Page 5: O Pregão, edição 15

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Opinião # Reflexão

contornam esses bloqueios devido ao seu desejo pelos conteúdos pira-teados. E será que somos dignos de os julgar?

Na minha perspetiva, tal é erra-do, já que os benefícios da pirataria são em maior escala para um gru-po de pessoas maior, mesmo que esta seja ilegal. Do mesmo modo, quem constrói a cidadania e a so-ciedade são os cidadãos e, portanto, são estes que decidem o que deve ser punido ou não, pelo que a pira-taria deve estar fora de questão. Além disso, se as indústrias quise-rem recuperar os seus lucros e ser beneficiadas pelas suas produções, devem arranjar uma solução para este problema que contemple os in-teresses dos dois lados em questão. Netflix, por exemplo, é um serviço de streaming legal, que foi criado para combater o problema da pira-taria bastante utilizado nos Estados Unidos da América. Porém, a sua chegada a Portugal foi considerada

um fracasso, uma vez que poucas pessoas se registaram, sendo que os sites piratas continuam a ga-nhar terreno em relação a serviços de streaming como este, devido às suas inúmeras vantagens.

Em jeito de conclusão, e dedu-zindo a partir de tudo o que foi mencionado, prevejo que a pirata-ria esteja longe de acabar. Mesmo interferindo com o equilíbrio da sociedade e da cidadania, com a si-tuação económica de determinadas indústrias e com a lei, a pirataria já está integrada na sociedade e, mes-mo não nos apercebendo, quando discutimos certos filmes ou séries com amigos, familiares ou colegas, referimos, indiretamente, a pirata-ria. Há centenas de anos atrás, havia o problema da pirataria marítima. Atualmente, chama-se pirataria on-line, mas o conceito não mudou: continua a ocorrer o roubo de pro-priedade alheia, protegida pelos seus criadores.

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Em destaque

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Notícias

No passado dia 23 de maio, nas instalações do Paço dos Duques, em Guimarães, e por decisão do júri, constituído, entre outros, pelos Chefes Rui Martins e Álvaro Dinis, a estudante Marta Silva, aluna do 3.º ano do curso profissional técnico de restauração da nossa escola con-quistou o segundo lugar na final da 1.ª edição do concurso “Chef.IN:AVE”.

Este concurso visa avaliar e pre-miar o conhecimento e desempenho dos alunos participantes assim como promover a valorização dos cursos de formação profissional de nível IV na área de Hotelaria, no âmbito das Escolas Empreendedoras IN.AVE.

“Gastronomia Minhota: o Passa-do, o Presente e o Futuro” foi o tema geral das provas definido pela Co-munidade Intermunicipal do Ave. Marta Silva, uma dos quatro finalis-tas (apuradas entre um conjunto de 76 candidatos), surpreendeu o júri com um delicioso prato de rojões contemporâneos à moda do Minho e uma deliciosa mousse de morango com molho de branco de chocolate

branco e amêndoa torrada, como sobremesa.

O 1º lugar foi atribuído à aluna do Agrupamento de Escolas Cami-lo Castelo Branco, Tamara Rocha, e o 2º à aluna da Martins Sarmento, Marta Silva. O 3º e 4º prémio cou-beram aos alunos João Francisco e Adriano Ferreira, das escolas Didáxis (Vale de S. Cosme e do Agrupamen-to de Escolas Camilo Castelo Branco, respetivamente).

Esta jovem aspirante a cozinhei-ra, que participou neste desafio com muita determinação, reconhece que recebeu grande apoio dos seus for-madores e professores bem como dos seus colegas, agradecendo o apoio especial dos Chefes Hugo Mo-rais, da Pousada de Santa Marinha da Costa e Luís Costa, formador da escola e aos colegas Samuel Lemos e Luís Pacheco. Todos se orgulham da sua excelente prestação.

Profª. Isabel Lima

• Chef.IN:AVE

Marta Silva saboreia 2.º lugar

Marta Silva, uma dos quatro finalistas (apuradas entre um conjunto de 76 candidatos), surpreendeu o júri com um delicioso prato de rojões contemporâneos à moda do Minho

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Notícias

• André Silva, aluno do 12º LH2, é membro da equipa RSTeam DJA, onde se pra-ticam desportos de comba-te, tais como Box, Kickbo-xing e também MMA. Este jovem venceu o cam-peonato da Taça de Portu-gal que se realizou em Cas-cais, nos dias 9 e 10 de abril de 2016, ganhando assim o título de Campeão da Taça de Portugal de full-contact, na categoria Sénior, -57kg. Já tinha sido sagrado Cam-peão Nacional de Kickbo-xing (Low Kick), na catego-ria Júnior -54kg, no dia 5 de dezembro de 2015 em Faro. André participará, pela

segunda vez, no Campeo-nato Nacional, onde tenta-rá renovar o título. Porém, para tal, precisa de che-gar à final do Regional, que acontecerá a 14 de maio. O jovem atleta mostra-se feliz com esta experiência e pretende continuar a pra-ticar este desporto e a par-ticipar em competições. E quem sabe? Fazer disto a sua carreira e representar Portugal ao nível mundial.

• No âmbito das Jorna-das Culturais, realizou-se na nossa escola uma de-monstração de Basquete-bol em Cadeira de Rodas (BCR), a convite do gru-po de Educação Especial e promovido pela Associa-ção Portuguesa de Defi-cientes de Braga (APD).Esta atividade teve como objetivo demonstrar que a limitação física não é im-peditiva da prática despor-tiva. Nesse sentido, alguns atletas com deficiência convidaram professores e alunos para experiencia-rem um jogo de basque-tebol, usando a cadeira de rodas para o efeito. Esta iniciativa foi abraça-da pelos presentes com

entusiamo, tendo sido muitos aqueles que estive-ram a assistir ao jogo.Nas palavras da APD de Braga, tratou-se de “um momento puro de sen-sibilização/ conscien-cialização para a inclu-são na sociedade, neste caso, através do Desporto Adaptado”.O balanço da actividade foi, por isso, positivo, na medida em que todos pu-deram constatar que, com força de vontade, é possí-vel ultrapassar as suas li-mitações e estabelecer objetivos.

Alunos do Currículo Espe-cifico Individual das turmas 10.ºAV1, 11.ºAV1 e 12.ºLH3

• Desporto

Vítoria nacional em Full-Contact

• Jornadas Culturais

APD marca cestos com o Liceu

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Notícias

• Uma equipa (mini empresa) da Escola Secundária Martins Sarmento foi selecionada para a Feira Ilimita-da, que decorreu no Norteshopping, na cidade do Porto. Para começar esta notícia, nada melhor do que ou-vir os próprios:

“Ter o privilégio de estar presente na Feira Ilimitada no Porto, realizada no dia 22 de abril de 2016, foi uma experiência marcante e muito vanta-josa para o nosso futuro.

Tivemos a oportunidade de divul-gar a GumsBaby, de falar com vários empresários e de trocar diversas opi-niões, quer para a melhoria do nosso produto, quer para o desenvolvimen-to das nossas capacidades sociais.”

Nesta Feira, a equipa selecionada, da turma do 2º ano do curso profissio-nal de Auxiliar de Saúde, foi avaliada pelo seguinte júri: Dr. Paulo Nunes de Almeida, Presidente do Conselho Geral da Fundação AEP; Dr.ª Cristina Tenreiro, Vereadora do Pelouro de Educação, Desporto e Juventude da Câmara Municipal de Sta. Maria da Feira; Dr. João Silva, Diretor Adjun-to do Norteshopping, Sonae Sierra; Dr. Miguel Rangel, Diretor Comercial , Desenvolvimento e Comunicação da Fundação de Serralves. Este júri, as-sim como os participantes de outras edições da JA Portugal, os JA Alum-ni, certamente contribuíram para o amadurecimento pessoal e so-cial destes jovens, como os próprios referem.

Na escola, durante o proces-so de criação do projeto, os alunos contactaram com um Professor de Bioengenharia da Universidade do Porto para se certificarem so-bre a viabilidade de construção e segurança do produto que iriam apresentar. Os voluntários que acompanharam este projeto, Dr. Ví-tor Pereira e Dr.ª Carla Soares, da Sol do Ave - Associação para o De-senvolvimento Integrado do Vale do Ave, Departamento de Apoio ao Em-preendedorismo, desenvolveram um trabalho, nos grupos, fundamental

para a criação do Plano de Negócios.O nome da mini empresa, Gums-

Baby, está associado ao mundo dos bebés: Gums provém de gengiva e Baby provém de bebé. O nome sim-boliza toda a fase de crescimento dos dentes dos bebés. Como se de-nota no slogan, “First teeth, first solution!”, um dos objetivos des-te produto consiste em reduzir a dor e o desconforto do crescimento dentário. O mordedor contem uma inovação: um chip elétrico, projetado para funcionar a energia solar (deve-mo-nos preocupar com o ambiente!).

Estas experiências são estruturan-tes e moldam positivamente os alunos no sentido do empreendedorismo, realizadas num contexto de respeito e integração de valores ecológicos.

O Programa JA A Empresa – Ano letivo 2015/2016 foi acolhido pela Escola Secundária Martins Sarmen-to, pelo segundo ano consecutivo. Todas as equipas trabalharam bem, desta vez, sob a orientação do pro-fessor Luís Miguel Barrocas.

Estão todos de parabéns, espe-cialmente os vencedores: Márcia Costa; Verónica Costa; Rúben Abreu e Sabrina Faria. Assim como todos os professores envolvidos: a direto-ra de curso do 2º PS, Rosa Dinis, o coordenador do projeto, Carlos Félix, a professora Raquel Silva, e todos os professores da turma do 2º PS que colaboraram neste Projeto A Empre-sa, Junior Achievement.

Prof. Luís Miguel Barrocas

• Junior Achievement Portugal

ESMS na Feira (I)limitada do Porto

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Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão 10

Notícias

• No passado dia 17 de março, no âmbito das Jornadas Culturais da Escola Secundária Martins Sar-mento, realizou-se uma palestra su-bordinada ao tema “30 anos de ade-são à União Europeia – uma perspe-tiva da Geografia”, organizada pelo grupo disciplinar de Geografia.

Os oradores convidados foram os geógrafos Professor Doutor Álva-ro Domingues, da Faculdade de Ar-quitetura da Universidade do Porto, e a Professora Doutora Maria José Caldeira, do Departamento de Geo-grafia da Universidade do Minho.

Através da apresentação de um conjunto de fotografias relativas à cidade de Guimarães e respetiva re-gião envolvente, o Professor Álvaro Domingues mostrou algumas das al-terações ocorridas no território, nas últimas décadas. A paisagem rural deu lugar a uma paisagem cada vez mais urbanizada, que se traduziu no abandono da produção agrícola e dos campos e no desaparecimento de certos estilos de vida e práticas culturais. Por outro lado, a cidade passou de um ponto no mapa para uma mancha; a ocupação difusa e fragmentada implicou novas mobi-lidades e espacialidades, e a densi-dade de inter-relações já não signi-fica necessariamente aglomerações físicas.

Com a adesão à Comunidade Económica Europeia, o país passou de deficitário em infraestruturas para a proliferação de vias rápidas e autoestradas que trouxeram a ine-vitável urbanização extensiva.

A Professora Maria José Caldei-ra traçou um perfil evolutivo do país desde 1986 até à atualidade, atra-vés de indicadores económicos, de-mográficos, sociais e culturais. Ape-sar de em diversos parâmetros o país ter registado progressos como, por exemplo, na diminuição da taxa de mortalidade infantil, no aumen-to do número de médicos por mil

habitantes ou no número de mu-seus, são de registar do ponto de vista demográfico dois aspetos bas-tante nefastos, nomeadamente o envelhecimento demográfico e a taxa de emigração, a mais elevada das últimas três décadas.

Outra ideia-chave a reter des-ta comunicação é o facto de Portu-gal ter registado uma melhoria sig-nificativa no nível e qualidade de vida da população, visível nos dados dos indicadores apresentados, mas

continuar na “cauda” dos países da União Europeia, apesar dos sucessi-vos alargamentos que, entretanto, ocorreram.

Gostaríamos de agradecer aos oradores convidados pela qualidade das intervenções, aos docentes que acompanharam as turmas pela dis-ponibilidade manifestada e aos alu-nos presentes pelo interesse que revelaram.

Grupo disciplinar de Geografia

• Grupo disciplinar de Geografia

30 anos de adesão à União Europeia uma perspetiva da Geografia

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Notícias

• Em visita a Berlim, entre os dias 13 e 16 do passado mês de março, os alu-nos da turma 11.º LH3 e os professores acompanhantes puderam, no âmbito da disciplina de Alemão, fruir de uma agra-dável viagem cultural.

Iniciou-se a jornada com a visita à cé-lebre Porta de Brandeburgo, símbolo nacional da Alemanha, e ao Parlamen-to Alemão. Seguidamente, dirigiram-se ao Memorial aos Ciganos assassinados durante o Fascismo e ao Memorial aos Judeus mortos na Europa. A paragem seguinte foi o Checkpoint Charlie. Mais tarde, o local onde se encontrava a anti-ga Sede da SS e o Museu “Topografia do Terror”. Depois de terem passado pelo Berliner Dom, dirigiram-se à Torre de Televisão e à Alexanderplatz.

O dia seguinte começou com um pas-seio pela Ilha dos Museus e o resto da manhã foi passado no Museu de His-tória Alemã. Ainda antes do almoço, visitaram a Nikolaiviertel. Depois, subi-ram à Siegessäule e acabaram o dia na Potsdamerplatz. No último dia, visita-ram o famoso Muro de Berlim e tiveram a tarde livre.

As metas do Projeto Educativo abrangidas por esta atividade incluíram a valorização do ser, nomeadamente ao nível do saber-aprender, saber-ser e saber-estar; a fomentação da apro-priação do saber por parte dos alunos fora do âmbito da aula; a promoção das aprendizagens socialmente relevantes e a melhoria dos resultados escola-res. Desta forma, os alunos usufruíram

desta viagem beneficiaram de um con-tacto próximo com a língua alemã e puderam pôr à prova os seus conhe-cimentos acerca da mesma, os quais têm estado a adquirir e a desenvolver nos últimos dois anos escolares. A via-gem não só desenvolveu o crescimento interpessoal de todos, como também contribuiu para o bem-estar de todos os participantes.

Maria João Morais, Inês Ceia,

Paulo Freitas, 11.º LH3

Todas as novidades da escola em

www.esmsarmento.pt

• Grupo disciplinar de Geografia

Visita a Berlim

Page 12: O Pregão, edição 15

Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão 12

Notícias

• Em março foi a vez da turma 12.º LH2 realizar a sua visita de estudo a Munique, no âmbito da disciplina de Alemão, e acompanhada pela profes-sora Lurdes Araújo.

O grupo chegou por volta das 21 horas ao aeroporto de Memmingen e foi recebido com flocos de neve e com o frio típico da estação nesta cidade. Ansiosos por conhecer Muni-que, não se coibiu de fazer o primeiro passeio logo nessa noite.

No segundo dia, reservou-se a ma-nhã e parte da tarde para visitar o primeiro campo de concentração a servir de modelo para os restan-tes, na cidade de Dachau. Foi uma experiência única e inesquecível. Sentia-se no ar o peso dos horro-res provocados durante a 2º Guerra Mundial, e os testemunhos ouvidos ajudaram a tornar a visita muito mais crua e realista. À noite, no centro da cidade, tanto o frio como o som da música que pairava no ar embalaram o passeio.

No dia seguinte, teve oportuni-dade de visitar os pontos turísticos da cidade, tais como MarienPlatz; a igreja de S. Miguel, com uma beleza arquitetónica extraordinária; a tor-re da igreja de São Pedro, com uma vista panorâmica sobre a cidade e onde, às 11 horas em ponto, uma

multidão se juntou para assistir ao toque dos sinos na Neus Rathaus, nos quais desfilavam personagens que ilustravam acontecimentos históri-cos e, no interior da Neus Rathas e a FrauenKirche, com os seus quatro órgãos de tubos. Por volta da 13h, a turma foi ao Viktualmarkt para não deixar escapar a prova gastronómica de comida alemã e, claro, desfrutar dos cheiros e das cores presentes nas bancas de flores e comida do mercado. À tarde, foi a vez de visitar-mos a Hofbräuhaus, uma cervejaria muito conhecida; TheatinerKirche; a Residência de Munique; Hofgarten e o Feldherrnhalle, um monumento em homenagem do exército bávaro.

No último dia, a turma dividiu-se em grupos. Um dos grupos foi visitar o palácio de Nymphenburg, outrora residência das diferentes gerações de governantes da Baviera; o ou-tro foi visitar o Olympiapark (Parque Olímpico) e o museu da BMW. Antes da partida reservaram-se os últimos momentos para comprar lembran-ças. A despedida da cidade foi às 18 horas.

Esta visita revelou-se enriquecedo-ra, bastante completa e, com certeza, mostrou a todos os visitantes uma ci-dade a revisitar.

Carolina Fonseca, 12º LH2

• No dia 14 de abril, as turmas 12º LH2 e 12ºCT4 realizaram com as do-centes de Psicologia uma visita de estudo ao Hospital Psiquiátrico Con-de Ferreira, para aprofundarem os seus conhecimentos no âmbito da disciplina e contactarem com a rea-lidade de um hospital deste tipo. A visita principiou com uma sessão de esclarecimento sobre a história do hospital e sobre os mitos associados às doenças do foro mental, onde os alunos puderam expor as suas dú-vidas. Seguiu-se uma visita guiada às instalações do centro hospitalar, sendo possível constatar Os méto-dos desumanos que eram utilizados até meados do século XX para tratar doenças psiquiátricas. Toda a visita foi muito esclarecedora, já que con-seguimos aprender um pouco mais acerca dos doentes mentais e des-mitificar certas crenças sobre estes problemas que, infelizmente, ainda são tabu nos dias de hoje.

Margarida Vasconcelos, 12º LH2

• Visita de Estudo

Línguas e Humanidades em Munique

• Psicologia

Aprender no Hospital Psiquiátrico Conde Ferreira

Page 13: O Pregão, edição 15

Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão13

Notícias

• A Escola Secundária Martins Sar-mento conquista 1ª fase da 8ª edição do Parlamento Jovem Europeu e re-pete vitória de fase final, no dia 21 de maio na Plataforma das Artes. A equipa, constituída pelos alunos Diogo Costa, Esperança Lima, Luís Pedro Rosmaninho e Mariana Guer-reiro, debateu questões ambientais e conquistou o júri, na disputa con-tra alunos de Neuchâtel (Suiça) e de Compiègne (França).

O projeto, intitulado “Bio Project”, que foi sendo elaborado ao longo do ano com a orientação do Professor

de Biologia, Filipe Freitas, valoriza o rejuvenescimento da natureza com base em quatro ideias: a urna bioló-gica, a aposta em iluminação LED, a criação de um parque de campismo próximo da cidade com utilização sa-zonal e o reembolso de uma quantia em dinheiro pela devolução das em-balagens a reciclar.

Assim a Martins Sarmento repe-te a conquista angariada em 2014, em Tourcoing (França), trazendo um novo troféu à escola que muito a dig-nifica e orgulha.

Para os alunos participantes

significou uma grande honra poder representar a nível europeu não só a Escola Martins Sarmento, como também a própria comunidade es-tudantil vimaranense. A equipa teve também oportunidade de desen-volver diversas competências no domínio da língua inglesa e de con-tactar com culturas diferentes, ao receber na nossa cidade alunos de escolas de Compiègne e Neuchâtel.

Esperam, com as medidas por eles apresentadas, ter contribuído para a candidatura de Guimarães a Capital Europeia Verde de 2020.

Prof. Filipe Freitas

• Natureza e Preservação Ambiente

Parlamento Jovem Europeu:1º lugar de novo para a Secundária

O projeto, intitulado “Bio Project”, (...) valoriza o rejuvenescimento da natureza com base em quatro ideias: a urna biológica, a aposta em iluminação LED, a criação de um parque de campismo próximo da cidade com utilização sazonal e o reembolso de uma quantia em dinheiro pela devolução das embalagens a reciclar.

Page 14: O Pregão, edição 15

Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão 14

Universo ESMS

• "Hard Candy", filme complexo, que aborda os mais variados temas, foi o ponto de partida para uma lon-ga discussão. Visualizámo-lo com o principal objetivo de captar as ideias relacionadas com violência, com a violação de liberdade de um ser hu-mano (até mesmo da sua intimidade) e com o abuso de pessoas. Posterior-mente, o Professor, familiarizado com a legislação portuguesa nes-tas áreas, prestou-nos uma sessão de esclarecimento, de modo que ficámos mais informados sobre es-tes temas. Pessoalmente, considero esse esclarecimento muito útil, pois ajudou-me a entender as várias pu-nições relativamente aos diversos tipos de abuso ou violência. Para além disso, e apesar de antes achar que estava informada, obtive novas explicações e, consequentemente, novas informações acerca desta ma-téria. Não fazia ideia de que havia assim tantos crimes e atos terrí-veis relacionados com a intimidade de uma pessoa o que, na verdade, deveria ser da decisão de cada ser humano se a quer exposta ou não. Considero inadmissível tirarem-nos esse direito de escolha, daí haver di-versas penas de prisão/multas que nos foram também apresentadas.

Para finalizar, o professor ex-plicou-nos mais detalhadamente outros significados do filme, pois muitos alunos, inclusivamente eu, ficaram com dúvidas que pareciam não ter resposta. Assim, as aulas que despendemos com a realização do Projeto de Educação Sexual não fo-ram de modo algum aulas perdidas, mas sim extremamente interessan-tes e educativas.

Carolina, 11º CT2

• Educação Sexual

Comportamentos desviantes, conhecer, alertar e prevenir

O Filme: Depois de algumas semanas a falar pela Internet com Jeff, um

fotógrafo de 32 anos, a adolescente Hailey combina um encontro no café local

para se conhecerem pessoalmente. Apesar da diferença de idades, Hailey vai

com Jeff até à casa deste para uma sessão fotográfica. Jeff pensa que é o seu dia

de sorte, mas Hayley não é tão inocente como parece. Após tomar uma bebida

preparada por Hayley, Jeff desmaia. Quando acorda, está amarrado a uma

cadeira, com Hayley a acusá-lo de pedofilia. A presa, transformada em caçadora,

dá início a uma espiral de violência para que Jeff confesse o seu passado...

Page 15: O Pregão, edição 15

Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão15

Universo ESMS

Integrity, ladies and gentlemen,... what a beautiful word, full of life! In my speech I will show you why I be-lieve the lack of integrity can lead to the end of the human species. Well, it’s kind of like the relationship be-tween my cat and my dog... almost impossible to control.

What is integrity? Integrity is doing the right thing in a reliable way or it is being complete, who-le, united, even one. However, let’s be real, we often don’t really know what integrity is, so we use other words to explain it, even if integri-ty is something that we all should know and have. Imagine what would happen to the world without it. Do you think that without integrity we would have friends and trust each other the way we trust a mirror? Of course not. Maybe we would live in a world where friends weren’t expec-ted, because if you had them, one day you would be surprised by their hypocrisy. And if we didn’t want it to happen, we would be taught not to have friends; maybe there would be even a civil law: ‘’art.x – you can’t have friends’’. And without having friends, we wouldn’t have girlfrien-ds or boyfriends, husbands or wives, and that means that we would have no babies and that makes me won-der: ‘’If we had no babies, how would humans survive?’’ The human spe-cies would disappear off the face of the Earth. And that would be awful, indeed.

And to stop this ‘’bleak vision’’, we need to be whole, we need to be complete; we need to be one... But how do we get it? How can we be one? Well... maybe it grows with us, with the experiences that we get in life, with the mistakes, the achieve-ments, the progress, with sadness and with happiness. Maybe it grows the way we grow as people, the way we get to know what’s good and what’s bad for us, what we want

and what we don’t, what is worth fighting for and what is not... It’s knowing that we’re doing the right thing because it’s genuine, becau-se it comes from the bottom of our heart, because either we love a per-son and we want to help a loved one or we don’t know the person, but let’s help that person, let’s give that person some hope, happiness, a smile, joy, in this life that’s alrea-dy so hard and so tough for every one of us. As Bob Marley once said: “The greatness of a man is not in how much wealth he acquires, but in his integrity and his ability to affect those around him positively.” I to-tally agree with him. It is true that the happiness that we bring to the other people, what we can do for them will warm us, in the deepest and the most perfect – yet not that perfect - part of us, our hearts. So why put rules on something that’s so natural, so warming? If it needs

to happen, it’ll happen no matter what... Because all of us have a kind side. On the other hand, we can also listen to our elder’s advice, as we are told in a saying, not because we think they are always right, but be-cause they have more experiences of being wrong.

So, in conclusion, ladies and gen-tlemen, it’s vital that we have integrity, or we may not survive. As Marcus Aurelius once said: “If it’s not right, do not do it; if it’s not true, do not say it.” Ultimately, my mes-sage to you is: live this life fully, in every possible way. Be true to your-self, because that’s definitely the worthiest thing in your lifetime.

Maria Inês Soares Abreu, 10º AV1

Whole living

Discurso que a aluna Maria Inês Soares Abreu, do 10º AV1, proferiu na National Public Speaking Competition, que decorreu no British Council, em Lisboa, a 10 de abril de 2016.

• British Council

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Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão 16

Universo ESMS

Foi este o mote da “Semana da Lei-tura 2016”, uma iniciativa do Plano Nacional de Leitura e que aconteceu no mês de março em todas as biblio-tecas escolares do território nacional.

Com uma participação elevada de professores e alunos, decorreu na semana de 14 a 18 de março a 8ª edição desta Semana, organiza-da pela biblioteca escolar Martins Sarmento, integrando as Jornadas Culturais 2016.

Com uma presença muito signi-ficativa de alunos e professores, apresentaram-se livros, declamou--se poesia pelas salas, ouviu-se um escritor falar das suas emoções e dos seus pensamentos, e o profes-sor João Miguel Ferreira dissertar (e brincar!) com o “Memorial do Convento”, perante uma assistên-cia composta por alunos do 12º ano, surpreendidos pela irreverência da abordagem.

A apresentação de livros, pelos alunos, tem sido todos os anos o ponto alto do programa. O primeiro dia foi dedicado à poesia de Fernan-do Pessoa, apresentada pela mão dos alunos da turma do 12º CT1, que fizeram uma leitura e análise exaus-tiva de três dos poemas da obra “Mensagem”.

Ainda os alunos do 12º ano, da tur-ma CT5, escolheram para ler obras da literatura universal que tocaram a assistência pela atualidade e per-tinência dos assuntos e temáticas abordadas, e que os alunos soube-ram transmitir de forma eloquente e, nalguns casos, sentida.

“Ler noutras Línguas” é mais uma das atividades do programa que é sempre uma surpresa, quer pela es-colha da Língua em que se apresenta a obra e/ou se lê o texto escolhido, quer pela presença dos alunos que a protagonizam, que através des-ta exposição pública se revelam aos colegas.

Os alunos do 11º ano, das turmas CT2 e CT3 optaram também, na sua maioria, por obras da literatura uni-versal, de teor muito distinto, mas trabalhado e comunicado sempre de uma forma eloquente, e de acor-do com a personalidade e interesses de cada um dos intervenientes.

Os discentes do 11º AV2 surpreen-deram os colegas ao irromperem pelas salas dentro, declamando poe-sia de José Saramago, de Manuel Alegre e outros poetas portugueses, que selecionaram e prepararam.

Pode-se afirmar que o balanço desta Semana foi, sem sombra de dúvida, extraordinariamente posi-tivo! Participaram de forma direta com a apresentação das obras lite-rárias e poéticas um total de trinta alunos, apoiados e orientados pelas suas professoras, que os incentiva-ram e estiveram sempre presentes durante todo o processo de trabalho.

De forma indireta, estiveram pre-sentes na globalidade das sessões realizadas um total de 540 alunos, compreendendo 18 turmas e res-petivos professores, e da parte dos

quais a equipa da biblioteca escolar sempre recebeu apoio e colabora-ção, o que foi determinante para o sucesso.

Biblioteca Escolar

• Semana da Leitura

Elos de leitura

De forma indireta, estiveram presentes na globalidade das sessões realizadas um total de 540 alunos, compreendendo 18 turmas e respetivos professores

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Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão17

Universo ESMS

• Semana da Leitura

Concurso Ler CiênciaOrganizado pelo segundo ano

consecutivo, o concurso Ler Ciên-cia integra a Semana da Leitura, com a apresentação pública das obras a concurso lidas pelos alu-nos e que, desta forma, ganham visibilidade.

Organizado pelo Departamento de Matemática e Ciências Experi-mentais, pretende que os alunos leiam obras de divulgação científica, articulando essas leituras com os conteúdos disciplinares, permitindo desenvolver uma apreensão holísti-ca e transversal do conhecimento.

Do concurso saíram vencedoras três alunas, duas do 10º ano, tur-ma CT6 e uma última do 1º ano, da turma do Curso Profissional de Técnico de Saúde. Estilos diferen-tes, leituras diferentes, mas todas enriquecedoras.

A apresentação da obra, Bre-ve História de Quase Tudo, de Bill Bryson valeu a Joana Cruz o pri-meiro lugar do concurso. Num estilo bem-humorado, a Joana re-velou à audiência algumas ironias do desenvolvimento científico, com exemplos inusitados, respeitan-do o teor do livro, e o seu carácter distintivo.

Cartas a Um Jovem Cientista, de Edward O. Wilson conferiu a Marta Soares o segundo lugar do concur-so. Com uma apresentação cuidada e rigorosa, as ciências foram apre-sentadas aos jovens presentes na plateia como uma área pela qual todos se podem apaixonar, reve-lando as maravilhas do mundo natural e o modesto lugar do ser humano no ecossistema. E, por fim, Carla Teixeira quis prestar uma homenagem sentida a uma familiar, apresentando um livro que transportou os ouvintes para a incerteza, para o sofrimento e a dor que uma doença pode causar, e perante a qual, muitas vezes, toda

a família se sente impotente para lidar. Foi um belo testemunho, apresentado de forma sentida, fluida e clara.

O Concurso tem sido, nestes dois anos, uma experiência interessan-te de abordagem da literatura de divulgação científica, constituindo um caminho diferente e, por isso mesmo, inovador, na forma como os nossos alunos podem abordar a Ciência e a Leitura.

Biblioteca Escolar

As alunas Joana Cruz , Marta Soares e Carla Teixeira foram as finalistas da edição deste ano do concurso

Page 18: O Pregão, edição 15

Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão 18

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• Literatura Portuguesa

Cantiga de amigo inspira conto

“Levou-s’a louçana”

Não conseguia dormir, estava ner-vosa demais com a sua ida à fonte e o possível encontro com o ami-go como esperado para alguém da sua idade.Os primeiros raios de sol da manhã apareciam no límpido céu enquan-to ela se dirigia para a cozinha onde pretendia comer algo antes de sair.A cozinha encontrava-se fria e pou-co iluminada. No pequeno móvel de madeira encontrava-se o ha-bitual pão seco e algumas frutas que lhe pareciam deliciosas com a fome repentina que a atingiu.Como era habitual, a sua mãe ti-nha saído e dali a alguns instantes ela iria também, já que o ambiente começava, agora, a ficar cada vez mais iluminado. Na sua ida à fon-te aproveitaria para lavar os seus belos e compridos cabelos para bem parecer perante o amado. Deixando tudo arrumado, saiu da pequena casa.O vento, que naquela altura da manhã, já soprava com uma cer-ta intensidade fez que a saia verde tropa que usava ondulasse e com que os fios de cabelo, presos na-quele momento com uma pequena fita, se soltassem.Seguia estrada fora com dois algui-dares de madeira na mão, como a mãe lhe ordenara na noite anterior, e com o passo apressado. Estava ansiosa. Não havia dúvidas disso. O seu coração insistia em mostrá-lo pela rapidez com que batia no seu

peito, e também a natureza, ao seu redor, parecia agitada.Já o sol estava alto quando a mo-rena chegou finalmente à fonte onde outras raparigas da sua idade já se encontravam. Aproximou-se de uma das bordas e encheu os recipientes enquanto as outras ra-parigas se ausentavam.Olhou para o seu reflexo na água parada, soltou os cabelos, incli-nou um pouco o corpo e colocou-se por baixo do cano por onde a água brotava para os lavar. Durante o processo, marcado pelo pingar da água, o seu amigo fez-se ver aproximar da fonte, o que levou à felicidade evidente da morena.O rapaz de cabelos e olhos casta-nhos aproximou-se da pequena donzela, segurou as suas mãos e olhou, em seguida, nos seus olhos, demonstrando-lhe o quanto a amava. Ela sorriu levemente para o rapaz; algo no seu caloroso olhar a fez sentir-se segura. Ele, por sua vez, retribui-lhe o sorriso.Era a primeira vez que se encon-travam depois de muitos meses e tanto a saudade como o desejo eram agora palpáveis. Num im-pulso o rapaz aproximou-se ainda mais da rapariga e beijou-a com vontade, enquanto as suas mãos seguravam a cintura da moça que saboreava aquele momento por ela tão esperado.

Ariana Silva, 10.º LH3

EvoluçãoÓ encantadora evolução!Que nos tiraste a infância,Que, por sua vez, o mundo corre,Tão rápida como um flash, mais rápida até !!!Isto é mistério do mundoTão obscuro como um dia primaveril...Tão claro como a noite !!

Ó computadores, ó te-lemóveis, ó tablets,Ó televisores de 20, 40 e 60 polegadas,Ó grandes guardado-res de memórias,Ó pens, ó discos rígidos,Ó grande e inovador poema,Que a muitos trouxeste alegrias,A outros indigna-ção … pela evolução!

O que hoje é novida-de, amanhã é histórico.Hoje aborrece o que on-tem seduziu!Ah! Nunca estou feliz, por-que já não tenho o que quis…Eia evolução! … Mas com que função?

João Pereira, 3.º PR

Jorge Oliveira, 3.º PR

José Rodrigues, 3.º PR

Page 19: O Pregão, edição 15

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Universo ESMS

(Levou-s’a louçana), levou-s’a velida;vai lavar cabelosna fontana fria,

leda dos amores, dos amores leda.

(Levou-s’a velida), levou-s’a louçana;vai lavar cabelos na fria fontana;leda dos amores, dos amores leda.

Vai lavar cabelos na fontana fria,passa seu amigo, que lhi ben queria,

leda dos amores, dos amores leda.

Vai lavar cabelos na fria fontana,passa seu amigo, que a muit' ama,

leda dos amores, dos amores leda.

Passa seu amigo, que lhi ben queria;o cervo do monte a áugua volvia;

leda dos amores, dos amores leda.

Passa seu amigo que a muit' ama,o cervo do monte volvia a áugua

leda dos amores, dos amores leda.

Pero Meogo (CBN 1188, CV 793), in TOR-

RES, Alexandre Pinheiro, 1987.

Antologia da Poesia Trovadoresca Galego-

-Portuguesa. Porto: Lello & Irmãos (2.ª ed.)

Ao jeito de Álvaro de Campos

TecnologiaÀ dolorosa luz dos focos desta sala…Estou cansado e com febre mas escrevo este poema.Sem me esforçar muito, escrevo para todos os meus colegas,Para a beleza totalmente inexistente e desco-nhecida de alunos e professores!?

Ó canetas de tinta de gel, que se gastam na escrita deste poema!Oh tablets, Oh computadores … que dentro têm Virgílio e Newton!!!Tudo o que era no passado não será no presente.Passamos das brincadeiras de rua às brincadeiras virtuais.

Mas, oh! … Outra vez a raiva tecnológica constante…A obsessão movimentada pelos televisores!São LG, são Samsung e são Sony….Oh Lcd’s, oh plasmas e televisores barriga!?Eia, eia, eia, eia!Eia eletricidade para carregar estas baterias!Eia Steve Jobs, eia, eia …Eia Bill Gates com a sua Microsoft.Todo o mundo virado para os telemóveis!!É só facebook e instagrams!Ah! Toda a gente colada nas redes sociais….

Eia aparelhos de todas as espécies!Teclar com tudo por cima de tudo…

A não ser eu, toda a gente os usa!!!Diogo Ribeiro, 3.º PR

Samuel Lemos, 3.º PR

Page 20: O Pregão, edição 15

Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão 20

Universo ESMS

A Escola Secundária Martins Sar-mento assinou durante o mês de maio mais duas parcerias, um com o Lyons Clube de Guimarães e ou-tro com o Laboratório da Paisagem. Com estas parcerias, pretende-se desenvolver energias com as insti-tuições da comunidade educativa, permitindo aproveitar sinergias e desenvolver projetos e atividades conjuntas, ao mesmo tempo que se potenciam competências transver-sais nos alunos.

Direção da ESMS

SOLUÇÕES DAS PALAVRAS CRUZADAS N.º 15ACAMAM; ABATER; M; MERA; TELA; E; AV; LER; ELO; AC; RAS; AT; MO; ARU; ALEM; IDO; AMAS; SEMEAR; RABAÇA; MENTI; IRARA; T; ROAZ; ZACO; C; RA; RIA; AIA; MA; AMA; SR; RS; RUM; TATO; A; A; CANA; ARU; AMAME; RIR; D; MAIO; OLEO; A; OS; GASOSOS; AD; SOM; S; S; TIA.

Era impossível pôr por palavras o entusiasmo que sentia, pois sabia que o dia havia chegado. Levantei--me de um impulso só e aguardei sentada na cama pelo habitual pedi-do da minha mãe que hoje, acima de todos os outros dias, teria de ouvir.

Enquanto aguardava, caminhando de uma ponta à outra, com entusias-mo, ouvi-a:

- Ofélia? - a minha mãe chamava, das profundezas do andar de baixo.

- Sim? – tentei responder, abafan-do o tremor que sentia.

- Fazes-me um favor? Importas-te de ir buscar…

- Claro que vou! – disse enquanto batia a porta atrás de mim. Cor-ri o mais agilmente que conseguia,

enquanto o lenço que trazia, pren-dendo os meus cabelos, esvoaçava a seguir-me, quase como se fosse o prolongamento do meu corpo.

Ao alcançar a fonte, respirei pela primeira vez; sentia-me perdida, apesar de estar onde queria. Olhei para o meu reflexo e fixei o olhar no meu rosto corado, levando, ime-diatamente, água à cara para me refrescar. Deixei que cada dedo sentisse toda a minha face, permi-tindo que estes se estendessem até às pontas dos meus longos cabe-los dourados e ao início das minhas costas. Um momento de consciência pura, eu e só eu.

Abri os meus olhos e obser-vei a água enquanto todas as suas

pequenas ondulações se acalma-vam, formando, novamente, um espelho imaculado, concedendo-me ver o meu rosto. Mas desta vez não refletia só o meu.

Voltei-me para me deparar com quem perturbava os meus sonhos há semanas, os olhos que envergo-nhavam o próprio céu. Formou-se um leve sorriso no meu rosto, da-queles incontroláveis que revelam todos os nossos segredos, e senti--o a entrelaçar os seus dedos nos meus. Com apenas um olhar, deixei--me levar para o seu Mundo.

Mafalda Costa, 10.º LH3

• Semana da Leitura

Novas parcerias

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Universo ESMS

• Reportagem fotográfica: Casting

Sarau Cultural 2016(2º PTM e Gabinete de Imagem e Comunicação)

Page 22: O Pregão, edição 15

Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão 22

Universo ESMS

• Reportagem fotográfica: Casting

ESMS na 4YouMinho(1º PTM e Gabinete de Imagem e Comunicação)

Page 23: O Pregão, edição 15

Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão23

Universo ESMS

Page 24: O Pregão, edição 15

H 1 Adoecem; fazer baixar de posição.

2 Simples; pano grosso sobre o qual se pintam os quadros.

3 “Avenida”; decifrar; gavinha; actínio (s.q.).

4 Unidade de irradiação absorvida, de símbolo rd, que corresponde à absorção de 0,01 joules por quilograma (Física); ástato (s.q.); molibdénio (s.q.); anfíbio de cor acastanhada, corpo achatado, cabeça com focinho pontiagudo e patas traseiras com membranas, que ocorre na região do Amazonas.

5 Levantem; passado; gostas muito.

6 Ferir com seta; nome vulgar de uma planta herbácea, da família das Umbelíferas, espontânea e frequente em Portugal, nos poços, charcos, ribeiros, etc.

7 Enganei; enfurecera.

8 Destruidor; sacerdote supremo, entre os Bonzos.

9 Rádio (s.q.); braço de mar; dama de companhia; madrasta.

10 Estima; “Senhor”; “Reis”; aguardente obtida da destilação do melaço depois de fermentado.

11 Delicadeza moral (figurado); utensílio de pesca.

12 Sapo do Amazonas; cavalo malhado de preto e branco; gracejar.

13 Um dos meses do ano; gordura.

14 Aqueles; gaseificados; antiga coligação política.

15 Sensação audível; pessoa geralmente de camada social elevada e que se comporta de forma afetada.

V 1 Pousas no mar o hidroavião; acordos entre Estados.

2 Socorrem; gostar muito; desacompanhado.

3 Amerício (s.q.); suspender; peixe teleósteo da família dos Escombrídeos, frequente nas costas marítimas de Portugal, especialmente no Algarve.

4 Doçura; antónimo de maior; prata (s.q.).

5 Medida da superfície de uma figura plana (Geometria); embaraçais; damas de companhia.

6 Atormentáramos.

8 Espavoríramos.

9 Que provoca uma emoção estética; lavrais; gavinhas.

10 Elevo; bananeira das Filipinas de fruto comestível e produtora de fibras têxteis; pertences.

11 Tântalo (s.q.); nome masculino; invulgar.

12 Pequena árvore da família das Mirtáceas, de frutos comestíveis, frequente no Brasil e cultivada em Portugal, também conhecida por araçazeiro (Botânica); abasteci; momento.

13 Negativa; tratamento entre militares e entre filiados de certos partidos políticos.

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15www.esmsarmento.pt

Jornal ‘O Pregão’ online em http://issuu.com/opregaoSe pretendes ver publicado o teu artigo ou trabalho no jornal da escola, envia-o para o email: [email protected]

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03: Fim 11º, 12º09: Fim 10º13: Exames 12º (1ª fase)

19: Exames (2ª fase)

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Calendário 2016

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Equipa de ‘O Pregão’Glória M. MachadoJoão M. FerreiraJorge C. FariaJosé L. FariaJosé M. TeixeiraMaria G.PachecoRosa M. Machado

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Sugestões web (Prof.José Faria)

http://www.ciencia20.up.pt Projeto de comunicação de ciência desen-volvido na Universidade do Porto, que tem como objetivo fundamental promover um maior diálogo entre ciência e sociedade, abrindo ao público a possibilidade de partici-par com conteúdos de divulgação científica.http://travelbydrone.com Permite-nos um ponto de vista diferente sobre vários locais do mundo. São imagens gravadas usando drones e colocadas nos res-petivos locais num mapa.

Post it “A coisa mais indispensável

a um homem é reconhecer

o uso que deve fazer do seu

próprio conhecimento.” Platão

Prof. António [email protected]

Palavras Cruzadas 15

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