edição nº 15

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O MUNICÍPIO de Duque de Caxias rece- beu a visita de uma co- missão de empresários de Taiwan, acompa- nhada do ministro das Relações Exteriores do País, Ying Yih Wu, e o embaixador Jorge Guang-Pu Shyu. Eles foram recebidos pelo Prefeito José Camilo Zito em seu gabinete, em Jardim Primavera (foto), onde discuti- ram vários assuntos, como a capacitação de mão-de-obra que possa ser absorvi- da em investimen- tos futuros no mu- nicípio. Os asiáticos demonstraram ter mais interesse nos setores de química fina (fabricação de medicamentos) e de alta tecnologia (in- formática). PÁGINA 4 ALBERTO ELLOBO PMDC/GEORGE FANT DIVULGAÇÃO/AGÊNCIA PETROBRAS Comissão de Taiwan visita Caxias O renascimento da nossa indústria naval Juiz destaca participação de jovens no processo democrático ANS mira Planos de Saúde Qualificação de sete mil jovens O MINISTÉRIO do Traba- lho e Emprego assinou um acordo de cooperação com o município de Duque de Caxias para o desenvolvi- mento das ações do Plano Setorial de Qualificação (Planseq). O objetivo é ca- pacitar estudantes acima de 16 anos para o mercado de trabalho no setor de Tecni- logia da Informação. A pre- visão é que o curso aconteça a partir de setembro, se es- tendendo até junho de 2011. De acordo com o Ministro Carlos Lupi, a iniciativa representa um invetimeto de R$ 9,5 milhões da União em educação, acrescentando que serão fechados também convênios com a iniciativa privada para aumentar as chances de absorção desses jovens pelo mercado de trabalho. PÁGINA 4 EM ENTREVISTA ao Capital, o Juiz da 103ª Zona Eleitoral de Duque de Caxias, Carlos Eduardo Carvalho de Figueiredo, enfatizou a participação dos jovens, exercendo sua cidadania como eleitor. O magistrado acredita que as eleições de outubro transcorrerão dentro da normalidade. A Justiça Eleitoral, segundo ele, está atenta e vai garantir a igualdade entre os candidatos. PÁGINA 2 LONGAS esperas por atendimento, dificulda- de para agendar con- sultas, recusa na hora de contratar exames complexos ou obter remédios caros. Essas são as principais quei- xas de clientes com planos de saúde junto a orgãos de defesa do consumidor. A Agência Nacional de Saúde Su- plementar (ANS) está realizando consultas em seu site para que sejam definidas novas regras no setor, que serão discutidas por um grupo de trabalho criado para esse fim. PÁGINA 3 A TRANSPETRO lançou ao mar o primeiro navio construído no Esta- do do Rio de Janei- ro para o Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promet). O evento marca o reencontro do estado - berço da indústria naval no País - com uma de suas vocações econômicas. O na- vio, batizado de Celso Furtado, é uma embarcação para transporte de derivados claros de petróleo, com ca- pacidde para 48,3 mil toneladas de porte bruto. PÁGINA 5 ANO 2 N° 15 | CAPITAL EMPRESA JORNALÍSTICA LTDA | JUNHO DE 2010, 2ª QUINZENA | NAS BANCAS RS 1,00 A dívida dos clubes de futebol PÁG. 6 Indicadores* Indicadores* Câmbio* Câmbio* (*) FECHAMENTO: 29 DE JUNHO DE 2010 (*) FECHAMENTO: 29 DE JUNHO DE 2010 MOEDAS COTADAS EM DOLAR (USA) MOEDAS COTADAS EM DOLAR (USA) Moeda Compra (R$) Venda (R$) Variação % Dolar Comercial 1,809 1,811 1,57 Dólar Paralelo 1,770 1,930 2,11 Dólar Turismo 1,760 1,920 1,58 Coroa Dinamarca 6,106 6,107 0,77 Dólar Austrália 0,848 0,848 2,56 Dólar Canadá 1,056 1,056 2,00 Euro 1,219 1,219 0,72 Franco Suíça 1,080 1,080 0,64 Iene Japão 88,460 88,510 0,95 Libra Esterlina Inglaterra 1,506 1,506 0,27 Peso Chile 545,000 545,500 1,53 Peso Colômbia 1.917,350 1.923,500 0,82 Peso Livre Argentina 3,910 3,950 0,00 Peso MÉXICO 12,887 12,892 1,22 Peso Uruguai 20,850 21,050 0,00 Índice Valor Variação % Ibovespa 61.977,91 3,50 Dow Jones 9,870,30 2,65 Nasdaq 2.135,18 3,85 IBX 19.358,15 3,30 Merval 2.193,10 4,32 Poupança 29/06 0,599 Poupança p/ 01 mês 0,560 Juros Selic meta ao ano 10,25 Selic over 0,985 TR 0,060 Salário Mínimo (Federal) R$ 510,00 Salário Mínimo (RJ) R$ 581,88

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Jornal Capital - Edição nº 15

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Page 1: Edição Nº 15

1CAPITALJunho de 2010, 2ª Quinzena

O MUNICÍPIO de Duque de Caxias rece-beu a visita de uma co-missão de empresários de Taiwan, acompa-nhada do ministro das Relações Exteriores do País, Ying Yih Wu, e o embaixador Jorge Guang-Pu Shyu. Eles foram recebidos pelo Prefeito José Camilo Zito em seu gabinete, em Jardim Primavera (foto), onde discuti-

ram vários assuntos, como a capacitação de mão-de-obra que possa ser absorvi-da em investimen-tos futuros no mu-nicípio. Os asiáticos demonstraram ter mais interesse nos setores de química fina (fabricação de medicamentos) e de alta tecnologia (in-formática).

PÁGINA 4

ALBERTO ELLOBO

PMDC/GEORGE FANT

DIVULGAÇÃO/AGÊNCIA PETROBRAS

Comissão de Taiwan visita Caxias

O renascimento da nossa indústria naval

Juiz destaca participação de jovens no processo democrático

ANS mira Planos

de Saúde

Qualifi cação de sete mil jovens

O MINISTÉRIO do Traba-lho e Emprego assinou um acordo de cooperação com o município de Duque de Caxias para o desenvolvi-mento das ações do Plano Setorial de Qualificação (Planseq). O objetivo é ca-pacitar estudantes acima de 16 anos para o mercado de trabalho no setor de Tecni-logia da Informação. A pre-visão é que o curso aconteça

a partir de setembro, se es-tendendo até junho de 2011.De acordo com o Ministro Carlos Lupi, a iniciativa representa um invetimeto de R$ 9,5 milhões da União em educação, acrescentando que serão fechados também convênios com a iniciativa privada para aumentar as chances de absorção desses jovens pelo mercado de trabalho. PÁGINA 4

EM ENTREVISTA ao Capital, o Juiz da 103ª Zona Eleitoral de Duque de Caxias, Carlos Eduardo Carvalho de Figueiredo, enfatizou a participação dos jovens, exercendo sua cidadania como eleitor. O magistrado acredita que as eleições de outubro transcorrerão dentro da normalidade. A Justiça Eleitoral, segundo ele, está atenta e vai garantir a igualdade entre os candidatos. PÁGINA 2

LONGAS esperas por atendimento, difi culda-de para agendar con-sultas, recusa na hora de contratar exames complexos ou obter remédios caros. Essas são as principais quei-xas de clientes com planos de saúde junto a orgãos de defesa do consumidor. A Agência Nacional de Saúde Su-plementar (ANS) está realizando consultas em seu site para que sejam defi nidas novas regras no setor, que serão discutidas por um grupo de trabalho criado para esse fi m.

PÁGINA 3

A TRANSPETRO lançou ao mar o pr imeiro navio construído no Esta-do do Rio de Janei-ro para o Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promet). O evento marca o reencontro do estado - berço da indústria naval no País - com uma de suas vocações econômicas. O na-vio, batizado de Celso Furtado, é uma embarcação para transporte de derivados claros de petróleo, com ca-pacidde para 48,3 mil toneladas de porte bruto.

PÁGINA 5

ANO 2 � N° 15 | CAPITAL EMPRESA JORNALÍSTICA LTDA | JUNHO DE 2010, 2ª QUINZENA | NAS BANCAS RS 1,00

A dívida dos clubes de futebol

PÁG. 6

Indi

cado

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Indi

cado

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Câmbio*Câmbio*

(*) FECHAMENTO: 29 DE JUNHO DE 2010(*) FECHAMENTO: 29 DE JUNHO DE 2010

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Moeda Compra(R$)

Venda(R$)

Variação %

Dolar Comercial 1,809 1,811 1,57Dólar Paralelo 1,770 1,930 2,11Dólar Turismo 1,760 1,920 1,58

Coroa Dinamarca 6,106 6,107 0,77Dólar Austrália 0,848 0,848 2,56Dólar Canadá 1,056 1,056 2,00Euro 1,219 1,219 0,72Franco Suíça 1,080 1,080 0,64Iene Japão 88,460 88,510 0,95Libra Esterlina Inglaterra 1,506 1,506 0,27Peso Chile 545,000 545,500 1,53Peso Colômbia 1.917,350 1.923,500 0,82Peso Livre Argentina 3,910 3,950 0,00Peso MÉXICO 12,887 12,892 1,22Peso Uruguai 20,850 21,050 0,00

Índice Valor Variação %

Ibovespa 61.977,91 3,50Dow Jones 9,870,30 2,65Nasdaq 2.135,18 3,85

IBX 19.358,15 3,30Merval 2.193,10 4,32

Poupança 29/06 0,599Poupança p/ 01 mês 0,560

Juros Selic meta ao ano 10,25Selic over 0,985TR 0,060

Salário Mínimo (Federal) R$ 510,00Salário Mínimo (RJ) R$ 581,88

Page 2: Edição Nº 15

CAPITAL Junho de 2010, 2ª Quinzena22

CAPITAL EMPRESA JORNALÍSTICA Ltda - CNPJ 11.244.751/0001-70Av. Governador Leonel Brizola (antiga Presidente Kennedy)

nº 1995, Sala 804 - Edifício Sul América - Centro, CEP 25.020-002Duque de Caxias, Rio de Janeiro

Telefax: (21) 2671-6611ENDEREÇOS ELETRÔNICOS:

[email protected]@[email protected]

DEPARTAMENTO COMERCIAL:(21) 2671-6611 / 9287-1458 / 7854-7256 ID 8*21653

Diretor Geral: Marcelo Cunha ([email protected])Diretor de Redação: Josué Cardoso ([email protected])

Paginação e Arte: Alberto Ellobo (21 9320-1379)

Colaboradores: Arthur Salomão, Carla Ferreira, Frederico Costa Ribeiro, Jorge Cezar de Abreu, Jorge Picciani, Leandro Feital, Marivaldo Caruzo, Pedro Paulo B. Noyma e Roberto Daiub

Filiado À ADJORI - Associação de Jornais do InteriorFiliado À ADJORI - Associação de Jornais do Interior

Mais recursos para os municípios

JORGE PICCIANI, deputado estadual (PMDB), é presidente da Assembléia Legislativa do Estado do Rio (Alerj)

O SECRETÁRIO de Transportes do Estado, Sebastião Rodrigues, fez um balanço, du-rante entrevista, sobre o Bilhete Único e comentou a decisão do Governo do Estado de aumentar em meia hora o tempo máximo de integração entre a primeira e a segunda viagem para os usuários. O secretário falou ainda a respeito da ação do Estado para fiscalizar as empresas que queiram bur-lar a utilização do bilhete. “Até este momento, mais de um milhão de pessoas já aderiram ao Bilhete Único. Devido a engarrafamentos, o Governo do Estado de-cidiu ampliar o tempo em meia hora para os usuários utilizarem o bilhete”, disse o secretário.

D e acor-d o c o m Rodrigues, o Detro está fiscalizando, multando e apreendendo as empresas que tentam recusar o bi-lhete. Segundo o secretário de Transportes, a meta do Governo do Estado é aten-der 100% da população da Região Metropolitana nesta questão. “Com o Bilhete Único, qualquer patrão pode contratar qualquer empregado que more dis-tante do trabalho, entre outros casos”, concluiu o secretário.

Tempo de uso do BilheteÚnico aumenta em meia hora

OS EMPREENDEDORES da Rua Teresa, principal pólo comercial de Petrópo-lis, na Região Serrana do Rio, já podem comemorar. O Programa Rio Estado Digital, idealizado pela Secretaria Estadual de Ci-ência e Tecnologia, chegou à localidade no dia 17. A iniciativa conta com as parcerias da Fundação de Apoio à Escola Técnica (Faetec) e da PUC Rio, um somatório de forças que hoje permite que qualquer

pessoa que esteja na via e suas adjacências já possa acessar, gratuitamente, internet sem fi o e em ban-da larga. A cerimônia de inauguração aconteceu na Associação de Amigos e Empresários da Rua Teresa, e foi dirigida pelo secretá-rio estadual de Ciência e Tecnologia, Luiz Edmundo Costa Leite; pelo antecessor de Luiz Edmundo na Se-cretaria e deputado federal, Alexandre Cardoso; pelo presidente do Sindicato do

Comércio Varejista local e da associação que abrigou o evento, Marcelo Fiorini; além de Luis Silva Mello e João Célio Brandão, profes-sores da PUC Rio, universi-dade responsável pela parte

técnica da implantação em Petrópolis. Representando a Faetec, esteve presente seu diretor de implantação de projetos e de Formação Inicial e Continuada, Laér-cio Aguiar.

Internet sem fi o chega a PetrópolisDIVULGAÇÃO

Os jovens de Duque de Ca-xias, especialmente os si-tuados na faixa etária de 16 aos 18 anos, tem demons-trado maturidade e vontade de promover mudanças e melhorias no processo democrático do país. A opinião é do juiz eleitoral Carlos Eduardo Carvalho de Figueiredo, da 103ª Zona Eleitoral de Duque de Caxias, em entrevista ao Capital. “Somos um País novo, se comparado a muitas outras nações. A nossa juventude demons-tra que quer mudanças, quer o aperfeiçoamento da democracia, e isso é feito com a sua participação no processo eleitoral, esco-lhendo criteriosamente e com consciência, seus can-didatos”, acrescenta o juiz.

Tendo atuado na eleição de 2008 no município, Car-los Eduardo disse acreditar que as eleições deste ano serão tranqüilas, a exem-plo da anterior. “Tivemos uma eleição difícil mas dentro da normalidade. E acredito que as próximas serão mais tranqüila. Hoje podemos observar que os candidatos e os partidos políticos estão amadure-cendo. A justiça eleitoral tem agido com fi rmeza e determinação, coibindo

excessos, de modo a evitar o abuso do poder econômi-co e garantir pleitos equili-brados e sem vícios”, res-s a l v o u o ju iz , que atua também n o I I Juizado Especial Cível do Municí-pio e na Vara de Execuções Penais da Comarca da Capital.

- Realizamos o reca-dastramento dos eleitores dentro da normalidade, apesar da grande movi-mentação nos três últimos

dias, especialmente de jovens, que estão exer-cendo seus direitos como cidadãos. Isso certamente

demons-t r a q u e o Brasil está me-lhorando e s u a s i n s t i -tuições, c o n s e -q ü e n t e -

mente, se consolidando cada vez mais - assinalou o magistrado. Duque de Caxias, segundo o juiz, possui 590.370 eleitores aptos a votarem. Com relação à chamada “fi cha

limpa”, o juiz enfatizou que a decisão é a “grande novidade” nas eleições e “fruto do amadurecimen-to da nossa democracia”.

- As pessoas foram para as ruas brigar por isso, fazendo passeadas, mani-festações e abaixo-assi-nados. E a justiça acatou essa reivindicação. Assim é a nossa democracia – explica o doutor Carlos Eduardo. Finalizando, ele voltou a enfatizar a impor-tância de escolher bem os candidatos “para que estes, depois de eleitos, venham a representar as legítimas reivindicações e os interes-ses da coletividade”.

Juiz eleitoral enfatiza participação de jovens no processo democrático

ALBERTO ELLOBO

“ “ A fi cha limpa é a grande novidade das Eleições

CARLOS EDUARDO CARVALHO DE FIGUEIREDO, Juiz da 103ª

Zona Eleitoral (Duque de Caxias)

O GOVERNO DO ESTADO anunciou que repassará aos 92 municípios do estado R$ 400 milhões correspondentes à verba arrecadada com a multa de juros e mora do sobre dívidas de ICMS e de IPVA entre os anos de 2004 a 2007. Este repasse será dividido em quatro parcelas, a partir de julho. Posteriormente, serão repassadas as verbas dos anos seguintes. Não é uma benesse. Mas reconhecer e pagar dívidas são um avanço considerável. No mesmo dia, foi anunciado que os servidores estaduais terão metade do 13º salário antecipado para julho. Não se trata de farra com dinheiro em ano eleitoral. Ambas as medidas são viáveis porque as contas estão em dia. O dever de casa foi feito pelo governo.

Nos últimos quatro anos, foram criados mecanismos no es-tado para modernizar a gestão, não apenas de pessoal, mas dos recursos do orçamento. Pregões eletrônicos trouxeram economia às compras do estado, que por sua vez passou a responder com mais agilidade aos seus fornecedores, criando um calendário de pagamento para os serviços executados. Quando se sabe que o pagamento é em dia, o preço cai.

No que tange à arrecadação, a realização de quatro concur-sos para fi scal de renda, depois de 17 anos sem renovação do quadro, ampliou o poder de fi scalização do estado. Mais fi scais geram mais arrecadação, o que permite que esses recursos agora sejam repassados para que os municípios possam investir na melhoria dos serviços prestados ao cidadão.

Como municipalista que sou, defendo a máxima de que as pes-soas moram na cidade e não no estado. A Constituição de 1988 já reconhecia a necessidade e a responsabilidade dos municípios no atendimento ao cidadão. Ao entregar aos municípios o que é deles por direito, estamos conseguindo cumprir com esta determinação.

Fico muito satisfeito de poder assistir, como presidente do Poder Legislativo, a essas mudanças que têm como conseqüência direta a melhoria de vida do cidadão. Na Assembleia Legislativa do Estado do Rio, que presido há oito anos, a economia dos recursos não é novidade. No ano passado, por exemplo, destinamos um total de R$ 75 milhões de nosso orçamento para as universidades estaduais e o Ensino à Distância, para 20 municípios atingidos pelas chuvas – que receberam R$ 1 milhão cada –, e para o início das obras do Hospital Regional de Volta Redonda. Este ano, já prevendo que sobrariam recursos, doamos R$ 20 milhões para a construção de dez escolas profi ssionalizantes.

São medidas como estas que demonstram a importância de investir no aprimoramento da gestão pública e em sua moderni-zação, sem esquecer de valorizar as pessoas, que tornam possíveis estes avanços. Estamos no caminho certo: da responsabilidade e do desenvolvimento. Vamos em frente.

Page 3: Edição Nº 15

33CAPITALJunho de 2010, 2ª Quinzena

Direito EmpresarialDireito EmpresarialFREDERICO COSTA RIBEIRO*

As empresas em crise e o CADE

LONGAS ESPERAS por atendimento médico, difi culdade para agendar uma consulta, recusa na hora de contratar exames complexos ou obter remédios caros. Eis algumas das principais queixas de clientes insatisfeitos com planos de saúde aos órgãos de defesa do consu-midor. Durante o ano passa-do, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) recebeu 12.728 denúncias de infrações cometidas pelas ope-radoras privadas. Além disso, pelo décimo ano consecutivo, as operadoras de seguro de saúde ocuparam o topo da lista de reclamações feitas ao Ins-tituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec).

Já os procons de 24 estados brasileiros, juntos, contabi-lizaram 14,8 mil queixas contra as operadoras no Sistema Nacional de Informação de Defesa do Consumidor (Sindec), do Ministério da Justiça. Para a assistente de direção do Procon-SP, Selma do Amaral, esses números são apenas um indício da situação, que ela diz ser pior. “A situação é pior do que registramos. Há pesquisas que indicam que apenas 0,5% dos consumidores insatisfeitos reclama dos problemas com os planos”, disse Selma à Agência Brasil.

Somados os clientes dos convênios de assistência médica e odontológica, o número de usuários de planos particulares ultra-passava 56 milhões de pessoas em março. O que equivale a dizer que um em cada quatro brasileiros paga pelo acesso à saúde que, constitucionalmente, deveria ser garantido pelo Estado. De acor-

do com dados da ANS, o número de usuários cresceu acima dos 5%

ao ano entre 2005 e 2008. Em 2009, a taxa foi de 4,9%. A

distribuição dos usuários, contudo, refl ete as discrepâncias econômicas regionais, com quase

80% dos clientes concentrados nas regiões Sul e Sudeste, sobretudo nos estados de São

Paulo e do Rio de Janeiro.LUCRO FÁCIL - Para o presidente do Sindicato dos Médicos de São Paulo, Cid Carvalhaes, a questão

não é essa. Apesar de reconhecer a importância do sistema de saúde

suplementar, que ajuda a desafo-gar o atendimento nos hospitais

públicos, Carvalhaes aponta a busca por maiores lucros como uma das causas do mau atendimento. Além

disso, ele sugere que a ANS não tem cumprido a contento o

papel de fi scalizar as operadoras e defende a primazia do sistema público sobre o particular. “A importância dos planos privados é inegável e ninguém pretende que eles desapare-çam, mas é preciso que cumpram uma função social mais relevante. As operadoras de saúde suplementar perseguem o lucro fácil, demonstrando enorme oportunismo e ganância”, afi rmou Carvalhaes. “Há várias operadoras cujo atendimento é péssimo. Falta um monte de coisas nos hospitais, ambu-latórios e prontos-socorros e toda a responsabilidade acaba recaindo sobre os médicos”.

Queixas revelam: Planos deQueixas revelam: Planos desaúde pecam pela má qualidadesaúde pecam pela má qualidade

A AGÊNCIA Nacional de Saúde Suplementar (ANS) convocou administradoras e clientes de planos de saúde a contribuir com informações e sugestões que ajudem a defi nir novas regras para o atendimento dos estabeleci-mentos particulares. Desde o

último dia 21, duas consultas estão disponíveis na página da agência na internet: a primeira, aberta a todos os in-teressados, busca reunir ele-mentos para que a ANS de-fi na as regras da Notifi cação de Investigação Preliminar, mecanismo administrativo

usado na mediação de con-fl itos decorrentes da eventual recusa das empresas em auto-rizar procedimentos médicos como exames, internações e tratamentos; e a segundo é uma pesquisa a ser respondi-da somente pelas operadoras dos convênios e trata do

tempo médio que os clientes esperam pela autorização e realização dos mais diversos procedimentos médicos. As informações obtidas serão posteriormente discutidas por um grupo de trabalho criado para criar uma nova norma que regulamente o assunto.

ANS colhe informações e sugestões para aperfeiçoar fi scalização

(*)FREDERICO COSTA RIBEIRO É GRADUADO EM DIREITO, CIÊNCIAS POLÍTICAS E COM DIVERSOS CURSOS DE ATUALIZAÇÃO NAS ÁREAS JURÍDICAS, PÓS GRADUADO EM DIREITO TRIBUTÁRIO E DO ESTADO, GRADUANDO EM DIREITO AMBIENTAL E AUDITORIA AMBIENTAL, ESPECIALISTA EM ADMINISTRAÇÃO DE PASSIVOS EMPRESARIAIS E ADMINISTRADOR JUDICIAL DE RECUPERAÇÕES JUDICIAIS, ADVOGADO ATUANTE EM FALÊNCIAS-CONCORDATAS.

(CONSELHO ADMINIS-TRATIVO de Defesa Econô-mica) é uma autarquia vincu-lada ao Ministério da Justiça com finalidade de orientar, fiscalizar, prevenir e apurar abusos de poder econômi-co, tendo como seu diploma regulador a Lei nº 8.884/94. É, pois, a última instância administrativa responsável pelo julgamento das matérias concorrenciais (atos de fusão, concentração, cartel etc.) que derivam da SEAE/MF (Se-cretaria de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda) e da SDE/MJ (Secre-taria de Direito Econômico do Ministério da Justiça).

Há muito se discute o papel exercido pelo CADE frente às empresas em difi culdade, em es-

pecial as sociedades que tiveram sua recuperação judicial deferida ou falência decretada. Ora, é evidente que as empresas em difi culdade econômica ou em recuperação judicial ao sofrerem interferência do CADE em suas relações negociais, muitas das vezes padecem em virtude da morosidade processual ou até mesmo de uma negativa da aplicação da tese da faling fi rm. Neste aspecto, observa-se a capacidade da empresa de resolver suas obrigações num futuro próximo e de se reorganizar sob a exegese da lei falimentar.

O CADE também fi scaliza as relações fi rmadas por Mas-sas Falidas na composição do seu ativo. No entendimento da autarquia, a venda de alguns

bens e/ou direitos da Falida pode alterar substancialmente o exercício do poder de mer-cado do adquirente, sendo assim passível de análise pelo CADE. Em contrapartida sua atuação pode engessar os me-canismos de composição do ativo da Falida e gerar con-sequências irreparáveis aos interesses dos credores.

Diante desse cenário, alguns questionamentos são trazidos à baila: (1) Os padrões de análise da tese da faling fi rm devem ser relaxados em períodos de difi culdades macroeconômi-cas? (2) Quem deve decidir sobre os atos de concentração envolvendo massa falida?

No primeiro ponto, o CADE vinha entendendo que os pa-drões de análise da fi rma falida

não devem ser relaxados em nenhuma hipótese; em contra-partida uma nova corrente vem ganhando força com o enten-dimento de que em tempos de crise os padrões de análise em questão devem ser relaxados, desde que observados os cus-tos de aplicação da faling fi rm e se a difi culdade econômica suscitada é derivada da crise ou oriunda de outros fatores.

No que tange à competência para julgar os atos de con-centração envolvendo massa falida não há entendimento pacífi co em nossos Tribunais. Portanto não se sabe ao certo o que deve prosperar: a palavra do Estado Juiz ou do Estado Administrador, deixando à mercê da sorte os interesses de milhares de credores.

Bônus do emprego ou ônus do desemprego

PEDRO PAULO B. NOYMA é Secretária de Desenvolvimento Econômico de Duque de Caxias

MUITO TEM-SE DITO recentemente sobre ascensão de uma ‘’nova’’ classe média no Brasil, durante mais de uma década, se assim podemos afi rmar, de estabilidade econômica, expansão de crédito, evolução do PIB, ainda que de forma homeopática de longos e vastos anos, e avanços estruturais de grande impacto sociais, o que refl ete, por exemplo, em uma maior frequência de brasileiros nos bancos escolares e o aumento do nível médio de escolaridade, o que possibilitou que mais de 50% da população brasileira passasse a se enquadrar em um novo ‘’estrato social’’.

Pois bem, entender quem é essa classe média ascen-dente, o que ambiciona, o que consome e quais são seus futuros planos, não é uma tarefa fácil, desvendar e decifrar esses mistérios provem em render relativa-mente oportunidades.

O sucesso na transformação dessas oportunidades refere-se na forma de como a sociedade se comportará e se organizará para obter esse desenvolvimento, onde há lacunas que precisam ser superadas. A discussão agora deve ser mais aprofundada. Precisamos saber que tipo de desenvolvimento queremos, e qual tipo de educação precisaremos.

Há uma predominância em nosso país, de um mo-delo desenvolvimentista de décadas atrás, que não abrange as transformações geradas pela tecnologia da informação. Assim, necessário se faz que se adotem políticas públicas que preparem o mercado de trabalho, tanto do lado da oferta, quanto do lado da demanda. Isso converterá “o bônus demográfi co” (aumento da população economicamente ativa e diminuição da taxa de dependência) em desenvolvimento sustentado.

O NOVO PARQUE de en-garrafamento da distribui-dora de Gás LP SHV Gas Brasil, que detém as marcas Supergasbras e Minasgás, foi inaugurado na manhã do dia 29 em Duque de Caxias. O evento marca assim o início da operação da base após a conclusão de todas as obras de modernização, para as quais foram destina-dos mais de R$ 30 milhões. A nova unidade receberá o nome do ex-funcionário Ericil Pregnolato, que de-dicou 46 anos de trabalho à empresa e foi o primeiro Diretor de Relações com o Mercado da SHV Gas Brasil. Segundo o Diretor-Presidente da empresa, Lau-ro Cotta, a nova unidade irá garantir o abastecimento de Gás LP em todo o Estado.

O projeto de moderni-zação foi realizado em parceria com a empre-sa dinamarquesa Kosan Crisplant, líder mundial no segmento de envase de Gás LP. O parque ganhou um novo sistema de enchi-mento, denominado Flex Speed, que conta com 60 balanças e produz 4 mil vasilhames de 13 Kg por hora, o dobro dos demais em operação atualmente. O Flex Speed, em conjunto com os dois carrosséis já em atividade, aumentou a capacidade de produção da unidade de 1 para 1,5 mi-lhão de botijões por mês. O Gás LP tem sido crescente em todo o mundo, já que o produto é uma energia limpa, segura, acessível e de custo reduzido.

SHV Gas Brasil inaugura parque industrial em Caxias

SCERJ/CARLOS MAGNO

Page 4: Edição Nº 15

CAPITAL Junho de 2010, 2ª Quinzena44

- Salão Alfa- Monte Sinai- Monte Kid’s- New Centar

UMA COMISSÃO lide-rada pelo ministro das relações exteriores de Taiwan, Ying Yih Wu, esteve em Duque de Ca-xias no último dia 18, para formalizar um ter-mo de cooperação com o município. O objetivo é promover a capacita-ção de mão-de-obra que possa ser absorvida em investimentos futuros na cidade. O grupo foi

recebido pelo prefeito José Camilo Zito em seu gabinete e lhe entregou de presente uma lata do mais fino chá produzido em Taiwan. O ministro manifestou interesse, também, na criação de laços de irmandade en-tre Duque de Caxias e Taipei, além de outras cidades do país asiático. “Nosso país estará de portas abertas para rece-

ber este povo trabalhador de Duque de Caxias”, declarou Ying Yih Wu, ao convidar o prefeito para uma visita a Taiwan.

Nos en tendimentos para a formação téc-nica profissional dos futuros trabalhadores, os asiáticos manifesta-ram mais interesse nos setores de química fina (fabricação de medica-mentos) e de alta tec-

nologia (informática). As negociações serão feitas pelo comissário de Taiwan no estado do Rio, Hu Yun Kuang. O encarregado de falar em nome do município será o seu procurador-geral, Francisco Alves Rangel Filho, que acompanhou a reunião e considerou fundamental a criação de um vínculo ent re Caxias e Taipei. “Em-

bora tenhamos culturas muito diferenciadas, é de grande importância a parceria entre as duas cidades”, observou Ran-gel.

O prefeito destacou que a cidade de Duque de Caxias está à disposição dos visitantes para que se torne um modelo para o Brasil em termos de cooperação internacio-nal. “Esta visita é fruto

de um trabalho sério que estamos implementando em Duque de Caxias para torná-la uma das cida-des mais atraentes para investimentos e geração de empregos do país”. Integraram a comitiva, além do ministro Wu e o comissário Kuang, o em-baixador de Taiwan no Brasil, Jorge Guang-Pu Shyu, e o cônsul Ramón Tzung-Hsien Chen.

Comissão de Taiwan interessada em negócios visita Caxias

PROGRAMA DE qua-lifi cação na área da tec-nologia da informação que beneficiará 7 mil alunos do ensino médio foi lançado no CIEP 434, Professora Maria José Machado, em Duque de Caxias, no último dia 24. A assinatura de um acor-do de cooperação para o desenvolvimento das ações do Plano Setorial de Qualifi cação (Planseq) contemplará 133 CIEPs no Estado do Rio de Ja-neiro, teve a presença do ministro do Trabalho e Emprego (MTE), Carlos Lupi, a secretária Esta-dual de Educação (SE-EDUC), Tereza Porto, e o secretário de Trabalho, Emprego, Renda, Ciência

e Tecnologia de Duque de Caxias (SMTERCT), Jorge Cezar. O objetivo do Planseq é capacitar estudantes acima de 16 anos no Estado para o mercado de trabalho no setor de Tecnologia da Informação. O curso será ministrado pela IBM. A primeira etapa terá carga de 30 horas/aula, em oito módulos.

Para Jorge Cezar, existe grande demanda no merca-do de trabalho no ramo da tecnologia da informação, por isso é tão importante qualificar esses jovens. “A iniciativa é necessária porque incentiva o jovem, dando oportunidade para ingressar no mercado de trabalho”, afi rmou o Se-

cretário. No local, também foi realizada uma audiên-cia pública que defi niu a comissão para elaboração do projeto. De acordo com o ministro Carlos Lupi, essa assinatura representa um investimento de R$ 9,5 milhões da União em educação. “Abrir oportu-nidade para a juventude é o nosso papel, sete mil alunos vão ter a chance de aprender tecnologia da informação de ponta”, ressaltou o ministro. Ainda serão fechados convênios com a iniciativa privada para aumentar as chances de absorção desses jovens pelo mercado de trabalho. A previsão é que o curso aconteça entre setembro deste ano e junho de 2011.

Assinado convênio para a qualifi cação de sete mil jovensPMDC/GEORGE FANT

Empresa contrata Contato Publicitário para atuar na Baixada Fluminense.Os interessados devem se apresentar na Av. Presidente Kennedy, 1995, sala 804,

Centro de Duque de Caxias, em dias úteis, das 8h às 10h.Currículos para: [email protected]

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55CAPITALJunho de 2010, 2ª Quinzena

A TRANSPETRO lançou ao mar no dia 24, no Es-taleiro Mauá, o primeiro navio construído no estado do Rio de Janeiro para o Programa de Moderniza-ção e Expansão da Frota (Promef). O evento marca o reencontro do estado, berço da indústria naval no País, com uma de suas vocações econômicas. O navio foi batizado Celso Furtado em homenagem ao economista que participou da criação da Sudene (Su-perintendência do Desen-volvimento do Nordeste) e lançou os fundamentos do mais recente ciclo de desenvolvimento do país. Como madrinha, a Trans-petro resolveu homenage-ar sua força de trabalho, escolhendo Giovana da Silva Almeida de Morais, funcionária do quadro de marítimos, hoje imediata do navio Pedreiras. “É uma honra ter sido escolhida madrinha, representando os marítimos. Meu sonho é ser, no futuro, comandante de um dos novos navios do Promef”, afi rmou Giovana.

O Celso Furtado é uma embarcação para transpor-te de derivados claros de petróleo, com capacidade para 48,3 mil toneladas de

porte bruto e 183 metros de comprimento. Além do batismo e lançamento, foi feito o batimento de quilha do segundo dos quatro na-vios de produtos encomen-dados no Estaleiro Mauá pelo Promef, simbolizando o início da montagem da embarcação. A solenida-de no Mauá segue o cro-

nograma de lançamentos previsto para este ano, que se iniciou no último dia 7 de maio, no Estaleiro Atlântico Sul (PE), com o Suezmax João Cândido. O Estado do Rio, maior e mais tradicional polo na-val do país, já conta com 16 navios encomendados pelo Promef, com R$ 2,2

bilhões em investimentos. O programa vai criar pelo menos 50 mil empregos no Estado, sendo 10 mil diretos e 40 mil indiretos.

O Estaleiro Mauá, que construirá quatro navios de produtos do Promef, está localizado na Ponta D’Areia , em Niterói , região onde nasceu a

indústria naval brasilei-ra no século XIX pelas mãos do Barão de Mauá. “Este lançamento tem um significado histórico muito grande, já que foi aqui mesmo na Ponta D’Areia onde a tradição brasileira de construir navios começou. Es-tamos retomando esta

tradição”, destacou o presidente da Transpe-tro, Sergio Machado.

O lançamento teve a presença do ministro da Secretaria Especial de Portos, Pedro Brito, da presidente em exercício da Petrobras, Graça Foster, e do presidente da Transpe-tro, Sergio Machado.

Transpetro lança navio construído no RJDIVULGALÇAO/AGÊNCIA PETROBRÁS

A PETROBRAS vai lan-çar nos próximos dias, a segunda fase do progra-ma Empresa Brasileira de Navegação (EBN 2). O programa visa a esti-mular a indústria naval brasileira mediante a garantia de afretamen-to, pela estatal, de no-vos navios construídos no Brasil, pelo período mínimo de 15 anos. A informação foi dada pelo diretor de Abastecimen-to da Petrobras, Paulo Roberto Costa. “Com esse contrato, o em-preendedor consegue os financiamentos, faz o navio, tr ipula com bandeira brasileira e tem garantidos 15 anos de contrato”, disse Cos-ta. A primeira fase do programa contratou 19 navios. Segundo Costa, na segunda fase, serão contratados 20 navios. “Com certeza, o Rio de

Janeiro vai pegar uma série grande desses na-vios”, previu o diretor da estatal.

As demandas para os estaleiros ainda estão sendo quantifi cadas pelo Sistema Petrobras e pela Transpetro. De antemão,

sabe-se que a necessida-de de navios, platafor-mas de produção e de barcos de apoio deverá aumentar expressiva-mente em relação às duas primeiras fases do Pro-mef, projetadas antes das descobertas do pré-sal.

FORTALECIMENTOA indústria naval flu-

minense tem fortalecido sua posição no cenário na-cional, impulsionada pelo Promef, com demanda e oferta equilibradas, mão de obra qualifi cada e compe-titividade. Segundo dados do Sindicato Nacional da Indústria de Construção e Reparo Naval e Offshore (Sinaval), o Rio de Janeiro concentra mais de 50% da capacidade produtiva do País, em condições de pro-cessar 288 mil toneladas de aço por ano. Mais de 40% do total de empre-gos diretos gerados no setor estão no estado, que conta hoje com quase 25 mil trabalhadores. Antes da criação do Promef, a indústria brasileira de construção naval em-pregava cerca de 2 mil trabalhadores em todo o País. Hoje, esse número já supera 46 mil.

Petrobras vai anunciar nos próximos dias asegunda etapa de estímulo à indústria naval

A VERDADEIRA revolu-ção vivida pelo Brasil na indústria naval está multi-plicando empregos em terra fi rme. O país, que já foi o terceiro maior construtor de navios na década de 1970, viu o setor praticamente falir nas duas décadas se-guintes. Hoje, os estaleiros comemoram a retomada do crescimento. O sucesso é puxado principalmente pelo setor petrolífero, im-pulsionado pelas descober-tas no pré-sal, e também pela decisão do governo de impulsionar o transporte marítimo e fl uvial, que há muito estava esquecido, substituído pelo transporte rodoviário.

Nos últimos dez anos, os empregos diretos gerados na área pularam de 1,9 mil em 2000 para 46,5 mil em 2009. Em 2014, ano da Copa do Mundo no Bra-sil, os postos de trabalho

diretos devem chegar a 60 mil e os indiretos, a 240 mil, gente sufi ciente para lotar três estádio como o Maracanã. Os dados são do relatório Cenário 2010 – 1º Trimestre, do Sindi-cato Nacional da Indústria da Construção e Repa-ração Naval e Offshore (Sinaval).

A continuidade deste crescimento deverá re-colocar o Brasil entre os países líderes na constru-ção naval mundial, graças à decisão do governo de privilegiar os investimen-tos em estaleiros nacio-nais, segundo informou o ministro dos Portos, Pedro Britto. Ele previu que, em pouco tempo, o Brasil deverá disputar mercados com potências asiáticas que hoje domi-nam a construção naval, tanto de navios quanto de plataformas.

Renascida, a indústria naval deve contratar

300 mil pessoas até 2014

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CAPITAL Junho de 2010, 2ª Quinzena66

MAIS DA METADE das dívidas dos clu-bes de futebol do Brasil são com o governo. E o valor só vem crescendo. Essa é uma das con-clusões de um estudo feito pela empresa de audito-ria Casual Auditores - especializada em clubes de futebol e parceira da inglesa Parker Randall, um dos maiores escri-tórios de con-tabilidade do mundo - e apresentado dia 9 em São Paulo.

O estudo foi desenvolvido apoiando-se na análise das demonstrações financeiras dos clubes nos últimos quatro anos. Segundo ele, a dívida dos clubes de futebol do Brasil ultrapassou R$ 2,4 bilhões em 2009. Em 2006 estava em R$ 1,3 bilhão. “O aumento se deve porque a principal dívida dos clubes é a fi scal, com o gover-no. São os impostos atrasados. O governo até criou uma lote-ria, a Timemania, que viria a angariar parte da receita da lo-teria para abater essas dívidas. Mas o fato é que a loteria não vingou porque as receitas não são grandes, o clube parcelou 100% de suas dívidas nessa Ti-

memania - em 240 parcelas - e agora tem de honrá-las. E como o clube não paga,

sob os passivos de impostos in-cidem uma va-riação da taxa

Selic [taxa bási-ca de juros do governo

federal], que é alta, e mais uma multa. Então,

a tendência é que os passivos continuem aumentando - expli-cou Carlos Aragaki, um dos responsáveis pela es tudo. Para

Aragaki, a redu-ção dessas dívidas

só virá num novo acordo entre o governo e os clubes. “Ou os clubes negociam com o gover-no uma solução ou continuarão nesse passo, empurrando com a barriga e, enquanto isso, os números do balanço vão sem-pre aumentando”.

Dois clubes cariocas lide-ram o ranking dos endivida-dos. No ano passado, o clube com a maior dívida era o Fluminense, com R$ 319,7 milhões (R$ 162,2 milhões referentes à dívida fiscal), seguido pelo Botafogo, com R$ 301 milhões (dívida fiscal de R$ 152,7 milhões). No entanto, o clube com a maior dívida fiscal é o Flamengo, que deve R$ 223,6 milhões ao governo.

Governo é credor de mais da metade da dívida dos clubes de futebol

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O COMÉRCIO do Rio de Janeiro está deixan-do de vender cerca de 50% do faturamento nos dias de jogos do Brasil na Copa do Mundo da África do Sul. Segundo o presidente do Clube dos Diretores Lojistas (CDL), Aldo Gonçal-ves, a situação se agra-va em dias que resultam em feriado prolongado, como as sextas e segun-das-feiras. “As lojas fecham mais cedo e não reabrem. Só os shoppin-gs voltam a funcionar. E, mesmo assim, o mo-vimento é muito fraco”. O diretor da Associação Comercial do Rio, Da-niel Plá, afirmou que as partidas do Brasil na Copa estão prejudican-do muito o comércio. “Se o país for à final, a gente está falando em torno de R$ 1 bilhão no estado do Rio em perdas para o comércio”. Para ele, somente no muni-cípio do Rio de Janeiro,

as perdas irrecuperáveis no comércio represen-tam, por jogo do Brasil, R$ 35 milhões.

De acordo com Gon-çalves, a queda repre-senta um faturamento de R$ 100 milhões, uma vez que um dia normal de movimento para o comércio resulta, em média, em vendas em torno de R$ 200 mi-lhões. Ele ressal tou, porém, que uma parte do comércio está ven-dendo bem, referindo-se ao varejo de produ-tos mais baratos, rela-cionados diretamente com a Copa, entre eles camisetas, cornetas e bandeiras. “Essa turma es tá contente com a Copa. Mas, é uma par-cela pequena”. Nesse caso, se enquadram os lojistas do maior sho-pping a céu aberto da América Latina, a So-ciedade de Amigos das Adjacências da Rua da Alfândega (Saara).

Comércio pode perder R$ 1 bilhãose o Brasil chegar à fi nal da Copa

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77CAPITALJunho de 2010, 2ª Quinzena

O PRESIDENTE da Fun-dação de Apoio à Escola Técnica (Faetec), Celso Pansera, agora é “Cidadão Honorário do Estado do Rio de Janeiro”. A entrega do título aconteceu dia 16, na Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Ja-neiro (Alerj), no Palácio Tiradentes. A indicação do título foi feita pelo deputado estadual Dionísio Lins, que presidiu a sessão, ao lado do deputado federal Alexandre Cardoso e do secretário estadual de ciência e tecno-logia, Luiz Edmundo Costa Leite. Na mesa principal, também estavam: a vice-presidente educacional da Faetec, Maria Cristina La-cerda, o deputado estadual Wilson Cabral, o presidente do sindicato dos bancários da Baixada, Rúbio Barros, e o deputado estadual Rogé-rio Cabral, além do próprio homenageado. Ao terminar a sessão, o público foi con-vidado a participar de um coquetel no salão nobre da Assembléia Legislativa.

Com o Plenário lotado de servidores e amigos, Celso Pansera recebeu a homenagem como forma

de reconhecimento por sua atuação a frente da Faetec, e “principalmente por ter consolidado uma visão da educação de forma moderna e atuante em todas as cama-das da sociedade”, destacou Dionísio Lins. Após a entre-ga do título, a Banda Luiz Gonzaga Pires, do Centro de Educação Tecnologia e Profi ssionalizante (Cetep) Quintino, protagonizou, um dos momentos mais emo-cionantes da homenagem, ao tocar a música “Amigo”, de Roberto e Erasmo Car-

los. Comovido, Celso Pan-sera agradeceu a presença e o carinho do público que se manifestava com mensagens em cartazes e incessantes aplausos. Ele aproveitou para lembrar sua trajetória política ao sair do Sul e escolher o Rio de Janeiro como cidade para viver.

- A minha vida é movida pela vontade de realizar desejos. Quando cheguei ao Rio, a imagem que eu tinha da Baixada era mui-to ruim. Essa percepção

mudou. Com o trabalho empenhado pelo Alexan-dre Cardoso, do qual tive a honra de participar, nasceu uma esperança de uma vida melhor, mais digna para aquela população. Veio a idéia da inclusão di-gital, que é um dos nossos lemas. Com isso, percebo que é possível reinventar o Estado e o próprio país. Quero manifestar meu pro-fundo agradecimento pelas pessoas que me faz a cada dia acreditar nessa mudan-ça”, afi rmou emocionado.

Presidente da Faetec é agora ‘Cidadão do Estado do Rio’

DIVULGAÇÃO

A ADJORI/RJ (Associa-ção dos Diretores dos Jornais do Interior do Estado do Rio de Janeiro) anunciou, durante seu XIII Congresso, promo-vido entre os dias 25 e 27 no Hotel Alpina, em Teresópolis, que vai lutar na justiça pelo direito dos jornais impressos de fazer a publicação legal dos municípios. Segundo a entidade, algumas ci-dades obtiveram autori-zação judicial para fazer a publicação na internet, o que, para a Adjori, além

de ser inconstitucional, contraria interesses de seus associados. A Adjori anunciou ainda que vai interceder junto ao Go-verno Federal no sentido de incluir os veículos de municípios com menos de 20 mil habitantes na mídia oficial de órgãos federais.

O evento contou com a participação de cerca de 300 pessoas, repre-sentantes de 75 jornais, além do prefeito de Te-resópolis, Jorge Mário, e dos deputados estaduais

Cristiano Áureo e Wag-ner Montes, o últ imo representando também o presidente da Alerj, Jorge Picciani. Montes garantiu que vai enca-minhar as decisões da Adjori ao Governo do Estado e à Assembléia Legislativa. Durante o congresso os participan-tes puderam acompanhar palestras minis t radas pelo deputado federal Hugo Leal; pelo Supe-rintendente de Comuni-cação de Mangaratiba, Paulo Bareto; pelo ex-

deputado Marcelo Cer-queira, pré-candidato ao Senado; e pelo Presiden-te da Adjori/SC, Miguel Ângelo Gobbi.

O presidente da ADJO-RI-RJ, Paulo Cesar Cal-deira, falando ao Capital, disse que o evento “su-perou as expectativas e certamente vai trazer pro-veitos aos associados”. Ele aproveitou para agra-decer ao prefeito Jorge Mário, ao deputado Jorge Picciani e ao Governador Sérgio Cabral “pelo apoio aos jornais do interior”.

Jornais do RJ irão à justiça para publicar atos ofi ciais

A AGÊNCIA Nacional de Telecomunicações (Ana-tel) quer debater com a sociedade uma nova de-fi nição para áreas locais, o que poderá permitir a realização de chamadas telefônicas a custo de li-gação local entre todos os

municípios de uma mes-ma região metropolitana ou região integrada, que tenham o mesmo DDD. A proposta de revisão do Regulamento sobre Áreas Locais para o Ser-v i ço Te le fôn ico F ixo Comutado está em con-

sulta pública até o dia 28 de julho. As mudanças deverão contemplar 27 regiões metropolitanas e três regiões integra-das de desenvolvimento. Segundo os estudos ini-ciais da Anatel, cerca de 63 milhões de pessoas

serão benefi ciadas, direta ou indiretamente. O envio de sugestões e críticas ao órgão regulador poderá ser feito pela internet, através do site www.anatel.gov.br. As regiões do Rio de Janeiro não fazem parte da consulta.

Anatel vai discutir mudanças nas ligações locais entre municípios

CRIADO EM ABRIL de 1976 e regulamen-tado pela Lei n.° 6321, com o objetivo de promover melhores condições nutricionais aos trabalhadores, com repercussões positivas na qualidade de vida, na redução de acidentes de trabalho e na produtividade. A lei faculta às pessoas jurídicas e às pessoas físicas equi-paradas em Lei, a dedução das despesas com a alimentação dos próprios trabalhadores em até 4% do Imposto de Renda devido, limite que é cumulativo com dois outros programas de incentivo fiscal.

O PAT ainda conta com um baixo percentual de adesão entre as micro e pequenas empre-sas e também não abrange a grande parcela de empregos informais, porém trata-se de um programa vantajoso para todos os que nele se enquadram: O governo, a população e as em-presas. Os trabalhadores ganham em melhoria de suas condições nutricionais, melhoram seu desempenho, aumentam sua capacidade física e sua resistência a doenças e ainda reduzem os riscos a acidentes de trabalho.

Pelas mesmas razões a empresa ganha em produtividade, diminui o absenteísmo, melhora o relacionamento com seus colaboradores, e ganha em incentivos fi scais. Não fora disto, o governo também tem vantagens, pois diminui seus gastos com saúde, aumenta o bem estar social, e como resultante, contribui com o cres-cimento econômico do País.

Programa de Alimentação do Trabalhador - PAT

LEANDRO FEITAL é médico cardiologista, coordenador Médico em empresa de medicina do trabalho. CRM 5274934-6

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CAPITAL Junho de 2010, 2ª Quinzena88

O 8° ENCONTRO de Ne-gócios do Grande Rio, pro-movido pela Representação da FIRJAN em Duque de Caxias entre os dias 8 e 10, no SESI, movimentou R$ 93,4 milhões em contratos para dois anos. Passaram pelo evento 12.850 pesso-as. Houve um aumento de 8,05% (R$ 7 milhões) em relação ao último evento, ocorrido em 2007, quan-do foram fechados R$ 87 milhões em contratos. O público presente também aumentou em relação à última edição, dando um

salto de 25,5%, de 10.200 para 12.850.

O Encontro de Negócios totalizou 126 empresas expositoras. Além das pe-quenas e médias empresas e de grandes como Petrobras, Bayer, Essencis, Sadia e Unigranrio, as prefeituras de Belford Roxo, Duque de Caxias e Magé também participaram como exposi-toras no evento buscando atrair empreendimentos para os seus territórios. O Encontro contou com sindicatos e o Pólo das Empresas Fornecedoras da

Zona Oeste, a Associação do Mobiliário do Estado do Rio de Janeiro, a Rede Petro e o Pólo Calçadista de Belford Roxo e Duque de Caxias. O jornal Capital

Mercado & Negócios, úni-co na região voltado para esse segmento, também participou como expositor, atraindo muitos empreen-dedores.

Para o Gerente da Fir-jan em Duque de Caxias, Jorge Migon (à direita na foto, com o diretor do Ca-pital, Marcelo Cunha), o 8° Encontro de Negócios atingiu os objetivos pro-postos. “O evento foi bem sucedido, principalmente no quesito organização e na infra-estrutura disponi-bilizada aos participantes. Destacou também a parti-cipação das prefeituras e o excelente nível das pa-lestras que superaram as expectativas de público”. O empresário concluiu

enfatizando a participação do jornal Capital Merca-do & Negócios no evento: “Para nós, da Regional da Firjan-Baixada, é muito importante ter um jornal como o Capital, que é um espelho de negócios e das atividades das empresas. É um trabalho que reflete o que nós, empresários, esperamos em termos de visibilidade. O Capital dá valor ao que o meio empresarial está reali-zando, de forma séria e competente. Parabéns à toda sua equipe”.

Saem os números: 8º Encontro de Negócios movimentou R$ 93 milhõesALBERTO ELLOBO