A cidade do Porto, a reconquista e o

papel da Igreja

• A região onde hoje se localiza o Porto foi ocupada desde a época Neolítica, sobretudo, junto das regiões marítimas com melhores pescarias.

Inscrição do tímpano ocidental da igreja românica de Cedofeita comemorativa da fundação do Mosteiro de Cedofeita relatando que este teria sido sagrado pelo bispo Lucrécio, em 14 de Outubro de 559, metropolita bracarense, na sequência de um voto do rei suevo Teodomiro.

Igreja de Cedofeita

Suevos e Visigodos na península Ibérica

Vímara Peres (Galiza, c. 820 – 873). Vassalo do Reino das Astúrias, foi enviado, pelo rei Afonso III, a conquistar o vale do Douro aos mouros, uma linha de defesa fundamental para este pequeno reino.

Vímara Peres foi um dos responsáveis pela repovoação da região entre o Minho e Douro, e pela acção de presúria do burgo de Portucale (Porto), que foi definitivamente conquistado aos muçulmanos no ano de 868.

Nesse mesmo ano, tornou-se o primeiro conde de Portucale.

Em 1123, D. Hugo concede ao Porto o seu primeiro Foral

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Com a instalação de D. Hugo na Sé portucalense assiste-se ao nascer do verdadeiro Porto Medieval - 1113

Maqueta do morro da Sé

Capela Mor

transeptoTransepto

Nave central

Nave lateral

Nave lateral

Porta principal

Do exterior podemos observar que a sé catedral conserva o aspecto de uma igreja fortaleza medieval com ameias

• Fundada no século VI, a diocese do Porto teve, desde as suas origens, a sua Sé, dedicada a Nossa Senhora da Vândoma, num morro situado na margem direita do rio Douro.

• Do edifício do século XII pouco resta. A Catedral foi construída ao longo dos séculos XII e XII (estilo românico). Mais tarde, nos séculos XVII e XVII foi profundamente alterada (estilo barroco). No século XX volta a ser restaurada e no final do XX e XXI, sofre obras de conservação.

• Como a Sé catedral começou por ser construída no estilo românico, possui uma planta em cruz latina, com grossos pilares fasciculados (divididos como se fossem troncos de uma árvore), abóbadas e arcos redondos (embora já levemente ponteados, como se viria a usar no estio gótico).

• É formada por: capela-mor, transepto, nave central e 2 naves laterais.

• Repara na beleza da rosácea, agora do lado de dentro: Vês oito pétalas com os evangelistas (S. Marcos; Mateus; Lucas e S. João) e quatro motivos vegetais. No centro, a Virgem Maria.

• Nave central e Naves laterais:• Existe uma nave central e duas laterais. A altura da nave central é superior

às das naves laterais.• A arte de talhar (cortar) a pedra permite que o tecto seja simultaneamente

telhado. São, apenas, estas pedras muito bem encaixadas umas nas outras que protegem a Catedral da chuva. Não há telhas nem outras coberturas.

• Junto às portas laterais encontram-se as grandes pias de água benta, dos

fins do século XVII feitas em mármore de duas cores.

Do "claustro velho" românico, restam arcos com ornamentos geométricos e que integrava, outrora, o chamado "cemitério do Bispo", alguns túmulos e sarcófagos, várias peças arqueológicas e restos de obras já desaparecidas, como é o caso do portal românico da Sé, substituído pelo actual, em 1722.

• Na torre norte, ( em frente à porta principal, volta-te para o lado esquerdo) vês dos símbolos, uma estrela de David ( estrela de seis pontas – símbolo ligado aos judeus que permaneceram na cidade do Porto) e uma coca, barco nórdico, lembrando a ligação da cidade ao comércio marítimo.

Do lado sul, aparecem duas medidas.

Na frontaria, destaca-se, uma rosácea com decoração. Por baixo da rosácea, está uma imagem da Nossa Senhora da Assunção.

• Capela –Mor• A actual capela mor subsistiu

• Toda a sua arquitectura, os retábulos em talha dourada são de um período posterior. O portal foi transformado em 1722, logo, no século XVIII.

• Decoração pictórica nas paredes (pintura coloridas), assinada por Nicolau Nasoni.

• Por cima dos cadeirais figuram os dois antigos órgãos de tubos, revestidos de talha barroca. O da esquerda, do século XVII, o da direita do século XIX, o mais usado nas celebrações litúrgicas.

• No subsolo existe uma cripta onde estão os túmulos de alguns Bispos do Porto.

Transepto esquerdo • No transepto esquerdo encontramos a

imagem de Nossa Senhora da Assunção que é a padroeira da cidade do Porto. (figura na bandeira da cidade do Porto) – uma da obras mais importantes da arte barroca em Portugal.

• Fica, aqui, também, a capela do

Santíssimo Sacramento onde se encontra o famoso altar de prata lavrada do século XVII, com o respectivo sacrário.

• È considerada uma das peças raras e valiosas da ourivesaria portuguesa, com as suas figuras bíblicas.

Transepto Direito No transepto direito, fica a imagem de Nossa Senhora da

Silva. Conta a lenda que a senhora foi encontrada nas silvas

ali, dando indicação do sítio onde se devia construir a igreja. O

povo, ater há pouco tempo tinha muita devoção a esta santa e

acreditava que ela afastaria as silvas (dificuldades) para as

almas atingirem o céu com facilidade. A rainha D. Mafalda,

mulher de D. Afonso Henriques tinha particular devoção à

Senhora da Silva.

Foi Santa Mafalda filha de D. Sancho I, que fundou o culto de

Nossa Senhora da Silva, depois de ter sido encontrada a sua

imagem numas silvas. Santa Mafalda diz a tradição, morreu

em Rio Tinto ou em Arouca em peregrinação à Senhora da

Silva.

Claustros da Catedral

• Claustro gótico – Data do século XIV e apresenta as paredes revestidas com sete grandes painéis de azulejos, do século XVIII.

• Estes belos azulejos apresentam cenas do “Cântico dos Cânticos” (livro do Antigo Testamento).

• De notar nos pórticos barrocos de Nasoni, que dão acesso à casa do cabido.

• Os religiosos usavam este local para meditarem, reflectirem e fazerem as suas orações antes das celebrações.

Fontes:• http://pt.wikipedia.org/wiki/

Ficheiro:Maqueta_cidade_medieval_3_(Porto).JPG• ({{Information |Description="Casa do Infante"

museum in Porto, Portugal |Source=self-made |Date=26 Dec. 2007 |Author= Manuel de Sousa |Permission= |other_versions= }} Category:Porto)

• Garcês, José, Duarte Luis, História do Porto em BD, Ed. Asa, Porto, 2001

• Fernandes, Conceição, Portugal 8 séculos em Banda Desenhada, Porto Editora, Porto 1994