o poder público e a rede de atendimento dos serviços de acolhimento para crianças e adolescentes...

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O Poder Público e a Rede de O Poder Público e a Rede de Atendimento dos Serviços de Atendimento dos Serviços de Acolhimento para Crianças e Acolhimento para Crianças e Adolescentes Adolescentes Tania Mara Garib Tania Mara Garib Campo Grande, 03 a 05 de junho de 2010 Campo Grande, 03 a 05 de junho de 2010

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Page 1: O Poder Público e a Rede de Atendimento dos Serviços de Acolhimento para Crianças e Adolescentes Tania Mara Garib Campo Grande, 03 a 05 de junho de 2010

O Poder Público e a Rede de O Poder Público e a Rede de Atendimento dos Serviços de Atendimento dos Serviços de Acolhimento para Crianças e Acolhimento para Crianças e

AdolescentesAdolescentesTania Mara GaribTania Mara Garib

Campo Grande, 03 a 05 de junho de 2010Campo Grande, 03 a 05 de junho de 2010

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Construção Histórica da Política Construção Histórica da Política Pública em Serviços de Pública em Serviços de

AcolhimentoAcolhimento

Representações NacionaisMinistério do desenvolvimento Social e Combate

a Fome – MDSConselho Nacional de Assistência Social – CNAS

Secretaria Especial de Direitos Humanos - SEDHConselho Nacional dos Direitos das Crianças e

Adolescentes – CONANDA

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Finalidade

Implementar o SUAS

Discutir o reordenamento dos Serviços de Acolhimento institucional (Abrigo e Casa Lar) para crianças e adolescentes em situação de afastamento familiar (excepcional e provisório)

Romper com práticas incompatíveis com os marcos regulatórios vigentes

Construir novos paradigmas

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Marco Marco RegulatórioRegulatório

Constituição Federal, em 1988 –Art.227 §6 Instituí o Direito à Convivência familiar e comunitária e igualdade entre filhos biológicos e adotivos

Lei Orgânica de Assistência Social, em 1993 – LOAS, Art.2º Assegura proteção e amparo à família, à infância e à adolescência

Estatuto da Criança e do Adolescentes – ECA, em 1990 – Ressalta a importância da família e assegura o acolhimento de crianças e adolescentes como medida protetiva, de caráter excepcional e provisório, Art. 4,19 e 101

Lei 12.010, em 2009 (Lei da Adoção)– Aperfeiçoamento da sistemática para garantia da convivência familiar e comunitária de crianças e adolescentes

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Mobilização Nacional para o Direito a Mobilização Nacional para o Direito a Convivência Familiar e ComunitáriaConvivência Familiar e Comunitária

Caravana da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, em (1ºsem.) 2002.

Departamento da Criança e do Adolescente (DCA) do Ministério da Justiça, Secretaria Estadual de Assistência Social (SEAS) do Ministério da Previdência e Assistência Social (MPAS) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) reuniram para discussão dos dados levantados pela Caravana.

Colóquio Técnico sobre a “Rede Nacional de Abrigos”, em agosto, 2002.

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Resultado:

Realização do Censo Nacional de crianças e adolescentes em abrigos.

Elaboração do Plano de Ação para o reordenamento.

Criação do “Comitê Nacional para Reordenamento de Abrigos” visando mudanças nas políticas e práticas de atendimento.

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Final de 2002, CONANDA e DCA do Ministério da Justiça alocaram recursos para financiar a pesquisa em 2003 pelo IPEA.

Levantamento Nacional de Abrigos para Crianças e Adolescentes realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA/CONANDA, em 2003.

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Resultado da Pesquisa do IPEAResultado da Pesquisa do IPEA

Descompasso existente entre legislação e a realidade dos serviços de acolhimento para crianças e adolescentes no BRASIL

50,1 % de acolhimentos por motivos relacionados a pobreza

24,1 % exclusivamente em função da situação de pobreza

86,7% tinham família e 58,2 % mantinham vínculos familiares

43,4 % tinham processo na justiça

Apenas 10,7 % em condições de adoção

20% acolhidos há mais de 6 anos

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O CONANDA elege como prioridade em seu Planejamento Estratégia para 2004, a promoção do direito de crianças e adolescentes à convivência familiar e comunitária.

Transformação do Comitê em Comissão Intersetorial, em 2004/2005, integrando diversas políticas sociais básicas, nas três esferas de governo, além de entidades civis que lutam pelo direito de crianças e adolescentes.

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Missão Superior da Comissão Missão Superior da Comissão IntersetorialIntersetorial

Missão Superior da Comissão Missão Superior da Comissão IntersetorialIntersetorial

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O Conselho Nacional de Assistência Social(CNAS) e o Conselho Nacional dos Direitos das Crianças e Adolescentes(CONANDA) aprova o Plano Nacional de Promoção e Defesa do Direito de Crianças e Adolescentes à Convivência Familiar e Comunitária.

Representa um compromisso partilhado entre MDS, Secretaria Especial dos Direitos Humanos, CNAS e CONANDA para afirmação no Estado brasileiro, do direito de crianças e adolescentes à convivência familiar e comunitária.

Resolução Conjunta nº 1, de 13/12/2006Resolução Conjunta nº 1, de 13/12/2006

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Resolução Conjunta Nº 1, de 18/06/2009 Resolução Conjunta Nº 1, de 18/06/2009

Aprova o documento “ Orientações Técnicas: Serviços de Acolhimento para Crianças e Adolescentes”( versão inicial submetida a consulta pública em 2008).

Finalidade: regulamentar a organização e oferta de Serviços de Acolhimento para Crianças e Adolescentes no âmbito da Política de Assistência Social, no território Nacional.

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Organiza a matriz de funcionamento do SUAS.

Concretiza direitos assegurados na Constituição Federal/88 e na Lei Orgânica de Assistência Social/93.

Estabelece parâmetros para operacionalização do SUAS em todo território Nacional - NOB/SUAS/2005.

Política Nacional de Assistência Política Nacional de Assistência PNASPNAS

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Estabelece parâmetros Nacionais para a composição da equipe que atua nos Serviços Socioassistenciais- NOB/RH-SUAS/2006

Organiza por níveis de complexidade do SUAS os serviços de Proteção Social Básica e Proteção Social Especial de Média Complexidade e Alta Complexidade- Tipificação Nacional- resolução nº 109, de 11/11/2009

Prevê implantação de: Serviço preventivo e de fortalecimento de vínculos familiares e

comunitários-CRAS Atendimento especializado a indivíduos e famílias em situação de

ameaça ou violação de direitos – CREAS Serviços de Acolhimento Institucional e Família Acolhedora

Política Nacional de Assistência Política Nacional de Assistência PNASPNAS

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Serviço de Acolhimento

Abrigo (acolhimento institucional)

Casa-Lar (unidades residenciais)

Casa de passagem

Famílias acolhedoras(residência inclusiva)

Repúblicas

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Projeto: “ABRIGO: Medida de Proteção ou Exclusão?”Convivência Familiar e Comunitária na Perspectiva da Proteção Integral”, 2009/ SETAS e Secretaria dos Direitos Humanos da Presidência da República - Governo Federal

Objetivo:

Implementar, regular e sistematizar os serviços de acolhimento institucional e familiar de crianças e adolescentes no Estado de Mato Grosso do Sul, assegurando as diretrizes do Plano Nacional de Convivência Familiar e Comunitária, com base no Estatuto da Criança e do Adolescente e na Organização do Sistema Único de Assistência Social – SUAS.

Panorama das ações de Acolhimento no Estado de Mato Grosso do Sul

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Mapeamento dos Serviços de Acolhimento Institucional e Família Acolhedora em MS, fevereiro a abril de 2009

Participantes = 78 municípiosMunicípios que responderam o questionário: 75Municípios que executam o Serviço de Acolhimento para Crianças e Adolescentes: 48

Modalidades de atendimento:Abrigo = 49Casa de Passagem = 2Casa – Lar = 14Família Acolhedora = 3República = 0

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Crianças e Adolescentes abrigadas(mapeamento em 2009)Abrigo = 130Casa de Passagem = 28Casa – Lar = 89Família Acolhedora = 17

Principais motivos para o acolhimento Abandono dos pais/responsáveis Violência doméstica (maus tratos, abuso e exploração sexual) =62 Pais/responsáveis dependentes químicos Pais/responsáveis falecidos Situação de rua Pessoas com deficiência

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Tempo de permanência no acolhimento: maior número acima de 12 meses

Origem do encaminhamentoConselho Tutelar Ministério Público Assistência Social Justiça da Infância e Juventude Outros ( CREAS, Pastoral da criança, denúncias)

73% dos Serviços de Acolhimento são favoráveis ao reordenamento

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Seminário Estadual com aproximadamente 250 participantes( Autoridades, dirigentes,coordenadores e técnicos dos acolhimentos) que integram a Rede de Atendimento à Criança e Adolescente nos 78 municípios do Estado,em 2009

Construção coletiva durante o seminário das propostas para elaboração do Plano Estadual de Convivência Familiar e Comunitária

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Instituída a Comissão Intersetorial para Mato Grosso do Sul com vistas à execução do Plano Nacional de Promoção, Proteção e Defesa dos Direitos de Crianças e Adolescentes à Convivência Familiar e Comunitária, DIÁRIO OFICIAL n. 7.674 30 DE MARÇO DE 2010 PÁGINA 41

Composta por representantes das Secretarias de Estado de Assistência Social, Educação, Justiça e Segurança Pública, Saúde, e representantes dos Conselhos de Assistência Social e dos Direitos da Criança e do Adolescente

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I – acompanhar a implementação das ações estabelecidas no Plano Nacional e Estadual de Promoção, Proteção e Defesa dos Direitos da Criança e Adolescentes à Convivência Familiar e ComunitáriaII – Articular os atores na implementação para o alcance dos objetivos propostosIII – Acompanhar, controlar e identificar os resultados e impactos de sua implementaçãoIV - Proporcionar informações necessárias e contribuir para a tomada de decisõesV – Mensurar o desenvolvimento das ações e atividadesVI – Socializar informações, avaliar e realizar a revisão do plano, de forma a visando as deliberações das Conferências dos Direitos da Criança e do Adolescente e da Assistência SocialVII – Articular e dialogar com a Comissão NacionalVIII – Apoiar tecnicamente os municípios

Competência da Comissão Intersetorial

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Conquistas

•Aprovação dos Parâmetros : Orientações Técnicas: Serviços de Acolhimento para Crianças e Adolescentes. Resolução conjunta nº. 1 de 18/06/09.

•Resolução nº. 109, de 11/11/09 – Aprova a Tipificação Nacional do Serviços Socioassistenciais. Organizados por níveis de gestão do SUAS.

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Desafios Fortalecer as políticas de apoio às famílias para a redução

dos índices de abandono e institucionalização.

Ampliar a oferta de programas de famílias acolhedoras para crianças e adolescentes em situação de violência, retiradas do convívio com sua família de origem na primeira infância.

Reforçar os mecanismos de coleta e análise sistemática de dados desagregados da infância e adolescência, especialmente sobre os grupos em situação de vulnerabilidade,

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SECRETARIA DE ESTADO DE TRABALHO E ASSISTÊNCIA SOCIAL DE MATO GROSSO DO SUL–SETAS

Superintendência da Política de Assistência Social- SUPAS

www.setas.ms.gov.br

[email protected]

FONE: (67)3318-4100