o plátano #2 2009/2010

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N.º 2 2009/2010 A equipa do jornal do Agrupamento de Escolas de Alijó inscreveu “O Plátano” no Concurso Nacional de Jornais Escolares promovido pelo projecto “Público na Escola”, um projecto de educação para os media do jornal Público. Para este ano lectivo, constitui objecto de tratamento privilegiado a comemoração do primeiro centenário da Implantação da República em Portugal, que se assinala no próximo dia 5 de Outubro de 2010. → pág. 2 PÚBLICO NA ESCOLA Concurso Nacional de Jornais Escolares Saída de estudo Família Família da RTP1 O Projecto Estrela Polar – Criar o Futuro promoveu saída de estudo de um grande grupo de alunos da EB 2,3 e Secundária de Alijó e do Pinhão para participação nas gravações do programa televisivo da RTP1 “Família Família”. → pág. 5

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2ª Edição do jornal escolar do Agrupamento de Escolas de Alijó "O Plátano" no ano lectivo 2009/2010.

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N.º 2 2009/2010

A equipa do jornal do Agrupamento de Escolas de Alijó inscreveu “O Plátano”

no Concurso Nacional de Jornais Escolares promovido pelo projecto

“Público na Escola”, um projecto de educação para os media do jornal

Público. Para este ano lectivo, constitui objecto de tratamento privilegiado a

comemoração do primeiro centenário da Implantação da República em

Portugal, que se assinala no próximo dia 5 de Outubro de 2010. → pág. 2

PÚBLICO NA ESCOLA

Concurso Nacional de Jornais Escolares

Saída de estudo Família Família da RTP1

O Projecto Estrela Polar – Criar o Futuro promoveu saída de estudo de

um grande grupo de alunos da EB 2,3 e Secundária de Alijó e do Pinhão

para participação nas gravações do programa televisivo da RTP1

“Família Família”. → pág. 5

Estando para breve as férias da Páscoa, após onze semanas de aulas neste segundo período lectivo, nada mais agradável do que ter nas mãos a 2ª edição de O Pláta-no que despertará, com certeza, a curiosidade de todos aqueles que se ligam ao Agrupamento de Escolas de Alijó, ora por este constituir o seu local de estudo ou trabalho ora por simplesmente interessar a matéria prioritária sobre que se debruça e parte: a educação. Esperamos que por estes ou por outros fundamentos, esta renovada publicação seja para muitos leitores objecto de um grande desejo de leitura e informação, de ânsia de a desfolhar pelo simples prazer de ver, enfim, do regozijo de se reconhecer nas tantas páginas que a constituem. Foram vários os desafios a que o Jornal do nosso Agrupamento tentou dar resposta. Conforme anunciado em destaque na capa, a inscrição de O Plátano no Concurso Nacional de Jornais Escolares promovido pelo projecto Público na Escola, iniciativa que tem vindo a realizar-se de há alguns anos para cá com enorme adesão da parte das escolas portuguesas, foi um passo experimental que funcionou como incentivo tanto para a união definitiva da equipa do projecto do jornal como, consequentemente, para a produção de páginas de qualidade, tanto ao nível do design como dos motivos temáticos seleccionados ou, por úl-timo, embora com a máxima importância, da escrita. Deste modo, algumas das páginas preeminentes da edição foram construídas como resposta efectiva a um dos objectivos deste concurso, o investimento no tema “A República Portuguesa”, concretizando assim, antecipadamente, a sua comemoração. Outro dos desafios levados a cabo foi o de conseguir tornar visível o trabalho e as colaborações de todos aqueles que quiseram fazer esta edição. Agarrámos, tanto quanto possível, na maioria das contribuições dos correspondentes do jornal que foram chegando, bem como tentámos conquistar outros correspondentes, de forma a ampliar este grupo de alunos que constitui um motor imprescindível para a consecução deste projecto. Finalmente, consideramos como desafio maior a captura da componente da afectividade conseguida através das páginas que nos dão a conhecer com afinco alunos, professores e funcionários do agrupamento. Este vínculo afectivo, que se desprende dos textos informativos ou de opinião produzidos por muitos co-laboradores da presente edição, poderá tornar a escola actual numa escola melhor. Uma escola em que o trabalho se produz não tendo exclusivamente como pedra basilar a competitividade entre todos, o automatismo do quotidiano pautado pe-los toques de campainha que nos repartem as horas repetitiva e exaustivamente, mas um local humanizado, que prenda as pessoas umas às outras pelo afecto, pelo respeito para com a individualidade milagrosa daqueles com quem trabalhamos diariamente. Assim, é importante construirmos o jornal de uma escola que não se faça de alunos mas de um grupo coeso de alunos, que não se faça de professores ou de funcionários mas de verdadeiras equipas que lutam pela mesma vontade de vencer.

EdITORIAL dESAFIOS

PatríciaFONTINhA

Existe uma trilogia na comunidade educativa com poderes bem definidos, cujos esforços não podem ser confundidos por esses actores.

A Escola “educa” (palavra com um sentido muito vasto) levando o aluno à sua formação cognitiva, social e humana. Estabelece regras internas (Regulamento Interno) em conjugação com os normativos do M.E. Quando estas são quebradas a Escola pune, bem ou mal, fá-lo na convicção de que a formação do aluno deve ser a mais correcta possível. Mas há que pensar: será o castigo, como a suspensão de aulas, o mais correcto e adequado? Pessoalmente penso que não. Há aqui factores a considerar tais como as matérias perdidas e que nem sempre são recuperadas, a banalização das suspensões, uma maior revolta, a aversão à escola e, fi-nalmente, o insucesso escolar repetido. Será esse o papel da escola? Não! Temos de ter professores colaborativos, prestigiados e que se façam respeitar com o seu trabalho, a sua formação (qualificação) e a sua forma de dialogar com os alunos. Todavia, têm de ser firmes nas suas decisões. E as famílas? A escola não se pode substituir às familias na educação dos alunos. A essas exige-se respeito pelo trabalho do professor e quando este não é do seu agrado, que procurem soluções desejáveis e correctas com a gestão. Visitem a Escola mais vezes, apareçam de surpresa e verifiquem o comportamento dos vossos filhos em grupo, porque quando estão em casa o comportamento não é o mesmo. Venham à Escola, colaborem na procura de soluções. É o que propomos.

Palavras do director

Quanto aos alunos é preciso melhorar os comporta-mentos, só se é respeitado, quando temos respeito por nós próprios. Que se façam reinvindicações, mas que se seja sério e se esteja de boa fé, porque senão as reivindicações podem tor-nar-se slogans ocos e banais sem sentido. O pessoal não docente deverá ter uma mudança de men-talidades, ser colaborante e não se demitir das suas funções. Deverá ser interventivo no acto educativo. Chamar a atenção de um aluno (obviamente com mo-dos) que esteja a transgredir as normas internas não é mo-tivo para o aluno se sentir desprezado, humilhado. O pessoal não docente deverá empenhar-se mais e melhor e trabalhar em estreita colaboração com a gestão, a família e os alunos. É o que se pede. É o que sinto. É o caminho a seguir. Espero com ansiedade o trabalho de parceria com a Asso-ciação de Pais… vamos num futuro próximo colher frutos.

António Magalhães

comPortamentos

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Plátano, como forma de imprimi rem uma nova energia cívica à vida das escolas deste Agrupa-mento, conforme inten-ção dos mentores deste primeiro projecto. O Público na Escola tem o apoio do Minis-tério da Educação e de outras entidades reco-nhecidas como a Porto Editora, a Ciência Viva e o Centro Português do Design. O Museu Nacional da Imprensa realiza habitualmente uma exposição dos jornais escolares que participam no concurso que o Público na Escola organiza.

Professora Patrícia Fontinha

em destaque

PÚBlico na escolaconcUrso nacional de Jornais escolares

A equipa do jornal do Agrupamento de Es-colas de Alijó inscreveu, no mês de Janeiro, O Plátano no Concurso Nacional de Jornais Escolares promovido anualmente pelo pro-

jecto Público na Escola, um projecto de educação para os media do jornal Público. Para este ano lectivo, constitui objecto de tratamento priv-ilegiado a comemoração do primeiro centenário da Implan-tação da República em Portugal, que se assinala no próximo dia 5 de Outubro de 2010. Com este projecto o Público pretende transformar os jornais escolares num i nstrumento cívico que desencadeie a possibilidade de discussão e trata-mento de temas de interesse para a escola e seu meio envol-vente, incentivando um relacionamento próximo entre am-bos. Deste modo, partindo do tema recentemente lançado, os alunos do ensino básico e secundário poderão aprofundar a sua intervenção na vida pública, envolvendo--se mais no trabalho de jornalismo escolar que permite a produção de O

rePÚBlicaNa noite de 4 para 5 de Outubro de 1910 eclodiu em Lis-boa um movimento revolucionário, que culminaria com a proclamação da República em Portugal. O rei D. Manuel II, que nessa noite oferecera um banquete em honra do Presidente da República do Brasil (Dr. Afonso Pena), no Palácio das Necessidades (hoje Ministério dos Negócios Es-trangeiros). Foi aí que o monarca português foi surpreen-dido pelo inesperado acontecimento. Enquanto o ilustre visitante, assustado com o tiroteio, corria a refugiar-se no seu navio São Paulo, o rei permaneceu no palácio, procu-rando entrar em contacto com o seu Governo. Foi então que soube que diversos regimentos, entre eles o de Artilha-ria 1, ti nham aderido já ao movimento. No Regimento de Infantaria 16, havia também alguns aderentes que, abrindo as portas aos civis e matando o coronel Pedro Celestino da Costa e o capitão Barros, acabaram por sair para a rua, dando vivas à república, e dirigindo-se à Artilharia 1, onde o povo também entrara. Este regimento fora o centro da revolução, que se estendia então ao Bairro de Alcântara. Um grupo de civis, dirigiu-se para o Quartel da Marinha, quase em frente do Palácio das Necessidades, onde os marinheiros aguarda-vam os civis, tendo o comandante do corpo de marinheiros

dia 5 de oUtUBro de 1910: ProclamaÇÃo da Primeira rePÚBlica

sido ferido, ao tentar baldadamente evitar a rebelião. En-tretanto, os membros da comissão revolucionária estavam reunidos em casa de Inocêncio Camacho. A revolução esta-lava por todos os lados, tanto nos regimentos como na rua. Muitos civis armados batiam-se corajosamente. Do lado do Go verno, tudo era indecisões, não tomando medidas concretas. Apenas o capitão Paiva Couceiro, com os seus soldados, aparecia a dar combate aos revoltosos. O tiroteio conti nuava, cada vez mais vivo. O Governo, desorientado, pediu pelo telefone a D. Manuel II que retirasse para Mafra, onde se lhe juntou, no dia seguinte, a rainha-mãe, D. Amé-lia de Orleans e Bragança, que estava no Palácio da Pena, em Sintra. Às duas horas da tarde, chegou a Mafra a notícia da proclamação da República em Lisboa e a cons-tituição do governo provisório, presidido pelo Dr. Teófilo Braga. A revolução republicana triunfara. A Família Real dirigiu-se para a Ericeira e embarcou para Gibraltar onde um barco de guerra inglês os transportou até ao exílio, em Inglaterra. A revolução correu todo o país e, dentro em pouco, sem grandes resistências, a República era proclamada em todas as capitais de distrito.

Ana Isabel, Correspondente do Jornal

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em destaque

a PortUgUesaUm dos símbolos nacionais é a Portuguesa, instituída pela Constituição de 1976. Esta era uma canção de cariz patriótico em resposta ao ultimato britânico para que as tropas portuguesas abando-nassem as suas posições em África (Mapa cor-de-rosa). A Portuguesa foi escrita por Henrique Lopes de Mendon-ça em 1890 e a música é de Alfredo Keil. Desde cedo foi considerada um símbolo patriótico mas também republicano. Ainda também foi proibida pelo regime monárquico, onde assumia uma letra diferente da que tem actualmente, (dizia-se “contra os betrões” [contra os ingleses], e foi substi-tuída por “contra os canhões”), que veio substituir o antigo hino “hymno da Carta” já o hino nacional desde Maio de 1834.O actual hino foi alvo de alterações ao longo do tempo.

IHeróis do mar, nobre povo,

Nação valente, imortal,Levantai hoje de novo

O esplendor de Portugal!Entre as brumas da memória,

Ó Pátria sente-se a vozDos teus egrégios avós,

Que há-de guiar-te à vitória!

Às armas, às armas!Sobre a terra, sobre o mar,

Às armas, às armas!Pela Pátria lutar

Contra os canhões marchar, marchar!

IIDesfralda a invicta Bandeira,

À luz viva do teu céu!Brade a Europa à terra inteira:

Portugal não pereceuBeija o solo teu jucundo

O oceano, a rugir d’amor,E o teu braço vencedor

Deu mundos novos ao Mundo!

Às armas, às armas!Sobre a terra, sobre o mar,

Às armas, às armas!Pela Pátria lutar

Contra os canhões marchar, marchar!

IIISaudai o Sol que despontaSobre um ridente porvir;Seja o eco de uma afronta

O sinal do ressurgir.Raios dessa aurora forteSão como beijos de mãe,

Que nos guardam, nos sustêm,Contra as injúrias da sorte.

Às armas, às armas!Sobre a terra, sobre o mar,

Ás armas, às armas!Pela Pátria lutar

Contra os canhões marchar, marchar!

Andreia Caçador, 9º B

no temPo da rePÚBlicaDepois da proclamação da República surgiram várias revistas literárias como A Águia ou A Renascença que contavam com a colaboração de jornalistas, escri-tores, poetas que eram jovens, cultos, entusiastas e ansiavam divulgar as suas ideias e os seus ideais. Em 1915 foi posto à venda o primeiro número da revista Orpheu que causou escândalo por ser tão arrojada, tão à frente do seu tempo. Só saíram dois números, mas, associada aos nomes de Fernando Pessoa e Mário Sá-Carneiro

orPheU

As romãs são um dos símbolos da ma-çonaria – sociedade secreta à qual per-tenceram quase todas as grandes figu-ras da Primeira República. Nos templos maçónicos há 2 colu-nas, como no Templo de Salomão. Es-sas colunas têm nome: Joachim e Boaz. A primeira simboliza o elemento mas-culino, e a segunda o feminino. Estas colunas são encimadas por romãs, que significam a unidade entre os maçons – separados na sua individualidade, unidos por um ideal comum.

as romÃs

tornou-se um símbolo e hoje é consi-derada a revista emblemática do Mo-dernismo português.

Correspondentes do jornal

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Podemos comparar a bandeira de um país aos caracteres físicos que identi-ficam uma pessoa. Sabemos que uma pessoa á aparentada com outra pelas semelhanças apresentadas. Da mesma forma, identificamos um país pela sua bandeira. É como se esta fosse um dos muitos “caracteres” que compõe um país. A bandeira, sendo um dos emblemas máximos de qualquer país, acompa-nha-o em toda a sua História, evoluin-do com este. O mesmo aconteceu com a bandeira portuguesa. Sofreu muitas mutações ao longo dos séculos até ad-quirir a forma e o significado com que hoje a conhecemos: como o símbolo da República. Logo após a Revolução Republicana de 5 de Outubro de 1910, a bandeira monárquica foi abolida, e o Estado promoveu um concurso de bandei-ras, de modo a encontrar uma ban-deira que se harmonizasse com o novo governo e o diferenciasse do anterior. Instalou-se então, uma grande dissen-são no Governo Provisório, sobre qual deveria ser o novo aspecto da bandeira. As questões que se impunham eram a continuidade ou não do azul e branco da monarquia e a adopção do verde e vermelho do Partido Republicano Por-tuguês. A adesão por parte dos artistas da época foi muito grande e logo sur-giram dezenas de propostas para a nova bandeira, grande parte delas centradas no azul e branco, como foi o caso da bandeira proposta pelo poeta Guerra Junqueiro. No entanto, a bandeira aprovada acabou por ser uma bandeira vermelha e verde, (cores associadas ao Partido Republicano Português). A autoria do actual desenho do símbolo pátrio por excelência é devida aos artis-tas Columbano Bordalo Pinheiro, João Chagas e Abel Botelho. Para escolher a nova bandeira, o

Governo preferiu não esperar pelo consentimento da assembleia consti-tuinte nem proceder à realização de um plebis cito, como foi reclamado pe-los opositores das novas cores da ban-deira. A nova bandeira oficializada dia 30 de Junho de 1911, era muito seme-lhante àquela que Machado Santos, o “herói” da Rotunda usou, bem como a hasteada pelo navio rebelde Adamas-tor, durante a Revolução Republicana. Foi à Cordoaria Nacional que coube a responsabilidade confeccionar os primeiros exemplares da nova ban-deira, que foram rapidamente, por or-dem do governo, hasteadas por todo o país nas partições oficiais, no dia 1 de Dezembro seguinte, feriado que pas-sou também a ser designado por “Dia da Bandeira”. Mesmo com as constantes mudanças dos governos de modelo republicano, a estrutura da bandeira permaneceu in-alterável. Apesar de estar vigente há dé-cadas, a actual Bandeira de Portugal só foi consagrada, constitucionalmente, como símbolo nacional, em 1976, ao entrar em vigor a nova Constituição da República. Todos nós, em geral pensamos que

a Bandeira rePUBlicanaem destaque

conhecemos bem a bandeira. Mas será que conhecemos? Bem na verdade, grande parte de nós ignora algumas das suas características “aparentemente” insignificantes. De acordo com o De-creto nº 150, de 30 de Junho de 1911, a bandeira portuguesa é bipartida ver-ticalmente em duas cores basilares: verde-escuro e vermelho. Ao centro, obrigatoriamente aparece o escudo das armas de Portugal sobreposto à união das duas cores e delimitado de branco, assente como não poderia deixar de ser sobre a esfera armilar manuelina pinta-da de amarelo e contornada de negro. O comprimento da Bandeira de Portu-gal é uma vez e meia a altura da tralha . A distribuição das cores basilares é feita de forma a que 2/5 do comprimento total ocupados pelo verde e os 3/5 restantes pelo vermelho. O emblema central deve ser posicionado de modo a ocupar metade da altura da tralha, ficando equidistante das orlas superior e inferior da bandeira. A bandeira está impregnada de na-cionalismo e sentimentos republica-nistas. Muito se tem especulado sobre qual o real significado dos símbolos que a integram, mas segundo a comis-são responsável pela sua produção, a

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em destaque

saída de estUdoPrograma televisivo “família família”

Um grupo de alunos do Agrupamento de Escolas de Alijó e do Pinhão, nos dias 12 e 13 de Fevereiro, foi a Lisboa assistir ao programa televisivo “Famí-lia Família”, apresentado por Sónia Araújo. Os alunos, acompanhados pelos vários monitores do projecto “Estrela Polar – Criar o Futuro”, partiram no dia 12 pelas 10:30h de Alijó, transpor-tados pelo autocarro da autarquia, ten-do chegado a Lisboa apenas às 17:00h, mais concretamente à Gare do Oriente onde todos jantaram e apro veitaram para visitar o Centro Co mercial Vasco da Gama. Após o jantar o grupo diri-giu-se para as instalações da RTP 1 e aguardou, em convívio com as famílias participantes e apoiantes das mesmas nos bastidores, que fosse chamado para participar nas gravações do pro-grama. Por volta das 22:00h, os alunos entraram no estúdio de gravação para assistirem ao directo deste programa. Destaca-se o forte apoio prestado pe-los alunos à família Castro, oriunda de Gondomar que acabou por consti-tuir um grande contributo para a sua vitória.

Após esta experiência hilariante foram todos para a Pousada da Juven-tude do Parque das Nações onde con-tinuaram o convívio e pernoitaram. No dia seguinte iniciaram a viagem de regresso a Alijó, pelas 9:30 horas tendo tido a oportunidade de parar no Norte Shopping para almoçar e, mais uma vez, conviver. A chegada à vila de Alijó foi tranquila, tendo-se dado por

terminada esta visita inesquecível às 17:30 horas, com a recepção dos pais dos alunos.

Miguel Vieira, 9º CAndreia Caçador, Fábio Cunha, 9º B

Ana Carolina, Inês Gonçalves, 8º BMonitor José Mário Rodrigues

integração do vermelho na bandeira, deve-se ao facto de esta cor aparecer comummente associada à virilidade, à quentura e ao combate. “Uma cor cantante, ardente, alegre (...) Lembra o sangue e incita à vitória” justifica a comissão. A inclusão do verde está relacionada a conotação de esperança atribuída a esta cor e com a Revolta de 31 de Janeiro. Durante o Estado Novo, dissemi-nou-se a ideia de que o verde represen-

tava as florestas de Portugal e de que o vermelho representava o sangue de todos os que dos pereceram em prol da independência da Nação. O escudo das armas portuguesas sobreposto a uma esfera armilar repre-senta o Império Colonial Português e as descobertas feitas por Portugal. Os cinco pontos brancos represen-tados nos cinco escudos no centro da bandeira são uma alusão a uma lenda relacionada com D. Afonso Henriques

e que este as incorporou na sua bandei-ra como um forma de agradecimento a Cristo por este lhe ter concedido a vitória na Batalha de Ourique. Contrariamente ao que reza a tra-dição, os castelos foram introduzidos nas armas de Portugal por Afonso III de Portugal, que adoptou as armas de sua mãe que era castelhana.

Débora Fernandes, 9ºB

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No passado dia 23 de Dezembro de 2009 o Agrupamento de Escolas de Alijó organizou o Almoço de Natal. Toda a preparação deste almoço esteve a cargo dos Cursos de Co-zinha e Mesa. O Curso CEF de Cozinha preparou toda a confecção para este banquete e os alunos do CEF de Mesa serviram--no, com a ajuda imprescindível dos formadores dos referi-dos cursos. Prepararam uma mesa com doces natalícios muito bons, agradáveis ao palato e à vista, que fez as delí-cias dos comensais. A decoração da sala estava de acordo com as cores desta época festiva, com predominância para o vermelho e o verde do azevinho. A sala encheu e contou com a presença de todos os ele-

almoÇo de natalfora da sala

mentos da Direcção Executiva, profes-sores e funcionários. O resultado final desta actividade não seria o mesmo sem o empenho e a dedicação destes alunos, que apesar de terem o know-how, não se limitaram a pôr em prática todo esse conhecimento e, ao mesmo tempo, emprestaram um pouco da sua simplicidade e carinho na realização de todos os pratos, sem falar da forma como serviram esse “manjar dos deuses”. Uma palavra de apreço à Subdi-rectora Margarida Cascarejo, desde a primeira hora não poupou esforços no sentido de facultar toda a logística necessária à realização do evento. No final do almoço, o Director An-tónio Magalhães cumprimentou todos

os presentes e agradeceu aos que participaram no evento pela forma empenhada com que abraçaram esta actividade. Por último felicitou os alunos e formadores envolvidos na concretização desta actividade, destacando o sentido de responsabilidade demonstrado pelos alunos em todo o serviço prestado. Estão prometidas novas iniciativas do género, com o in-tuito de valorizar os alunos que frequentam os nossos cur-sos, numa perspectiva de preparação e inclusão no mercado de trabalho.

Coordenadora das Novas Oportunidades, Ana Sofia Leonardo Ventura Alves

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A tradição de cantar os Reis é vivida, todos os anos, pelos alunos da Escola E.B.1de Alijó. A turma E dos 3º e 4º anos, no dia 5 de Janeiro, cumpriu essa tradição, indo de porta em porta, pelas aldeias de Vila Chã e Presandães. Estes alunos, acompanhados de vários instrumentos mu-sicais e sob a orientação dos professores Cristina e Luís en-toaram lindas canções tradicionais. Os cantores recebiam em troca figos secos, nozes, amêndoas, rebuçados, e principalmente muitos sorrisos e agradecimentos. As vozes invadiram as ruas, caminhos, casas e os cora-ções dos mais idosos. É impossível descrever a alegria das populações e tudo o que os alunos aprenderam com esta actividade. Tiveram o privilégio de serem recebidos pelo Sr. Presidente da Junta de Freguesia de Vila Chã e pelo Sr. Fernando, ferreiro de profissão, que ensinou aos alunos a sua arte e mostrou a sua colecção de alfaias agrícolas em miniatura. E para recompor as forças, até houve tempo para os alu-nos se deliciarem com maravilhosos lanches! Desde já os nossos agradecimentos a todos aqueles que nos receberam e pela forma como o fizeram.

Turma E, Escola E.B.1de Alijó

cantar os reisfora da sala

a ágUa

A água é um recurso natural, essencial à existência e bem--estar de todos os seres vivos. É da água que nós temos falado nas aulas e também realizá mos alguns trabalhos sobre ela. Aprendemos como se processa o ciclo da água. Fizemos um trabalho com papel de cenário e outros materiais, representando o Ciclo da Água. Como se aproximava o Carnaval, pensámos participar no desfile com este tema por isso fizemos os adereços repre-sentando as gotinhas de água. Esta actividade foi articulada com a EB1 de Castedo. Como a água é um bem precioso não a desperdices.

Alunos JI do Castedo

Ji de vila chÃ

Ji de castedo

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rostos com amor

No dia 12 de Fevereiro a turma do 7º F organizou uma exposição no âmbito do trabalho desenvolvido a partir do Projecto de Educação Sexual, em Formação Cívica, tendo servido para comemorar o amor e o Dia dos Namorados na escola. Num primeiro momento, a turma reuniu fotografias dos rostos de cada um dos alunos, algumas que os próprios alunos já tinham e outras tiradas na aula de Formação Cívica pela professora, e convidou também a turma do 7º E para participar neste projecto. Nas aulas de Formação Cívica cada aluno inscreveu no seu rosto quatro nomes relacionados com o amor, de forma a mostrar à comunidade escolar o que os jovens valorizam mais numa relação amorosa. Utilizaram para este trabalho diversos programas do computador como o Paint ou o Photoshop de forma a poderem dispor as palavras em várias direcções, tamanhos e cores. Depois de imprimirem os rostos dos alunos das duas turmas em folhas A4,

fora da sala

exPosiÇÃo

colaram-nos num poster gigante em papel de cenário e decoraram-no com corações autocolantes e o título em letras negras “Rostos com Amor”.Para esta exposição foi grande o contributo da turma A do 6º ano que em EVT construiu um marco de correio pintado de vermelho e decorado com corações especialmente

para este dia, o qual foi colocado junto do poster da exposição, para receber cartas de amor dos alunos da escola. Ambas as turmas gostaram bastante de realizar esta exposição que permitiu que todos se conhecessem melhor, inclusive a si próprios.

Correspondentes, 7º F

La S. Valentin c’est le jour où on fête l’amour. Ce jour-là, on offre à notre chéri(e) des fleurs, des chocolats, une carte postale…Quand on a de l’argent on lui paie un dîner romantique et on va au cinéma voir un film d’amour. Normalement, les filles apprécient plus la S.Valentin car elles sont plus sensibles et romantiques.

la s. valentinSentimentsVraisAmourLoin ou prèsEnsembleNuit et jourToujoursInfinitNotre amour

CEF-SM

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violência no namoro

No dia 26 de Janeiro, a disciplina de Cidadania e Mundo Actual or-ganizou uma palestra sobre “Vio-lência entre Géneros”. Os temas abordados foram os da “violência no namoro, violência doméstica e violência sexual”. Ansiosos e expectantes, até por-que muito pouco a turma ainda sabia, os alunos dirigiram-se ao auditório da escola. Na entrada iam como pingas: chegavam uns, chegavam outros… Uns estiveram mais interessados outros nem tanto. O que é certo é que todos se encontraram no mesmo espaço com vontade de aprender mais sobre este assunto. Trata-se de um tema bastante actual e polémico e profundamente interessante, no sentido em que certamente todos conhecem casos de violência entre duas pessoas de sexos diferentes. Na televisão, nos jornais, todos os dias aparecem novos casos de vítimas de maus tratos. ENGANEM-SE! En-ganem-se aqueles que pensam que na violência doméstica apenas as mulheres são as lesadas, 10% de situações co-nhecidas em Portugal resultam nos maus tratos infligidos ao homem. Claro que a maior percentagem (90%), incide sobre mulheres.

fora da sala

Surpreendente, foi os alunos terem tomado conhecimento na palestra de que a violência no namoro está cada vez mais a aumentar. Os preconceitos inculcados na sociedade como pedras grandes e pesadas, fazem com que ainda se ache que a mulher é que tem a fun-ção de fazer os serviços de casa… limpar, lavar, arrumar, limpar o pó, tratar dos filhos, fazer compras, ir trabalhar, ir comprar o jornal para o marido e uma “jola”para o caso de haver futebol em casa. Também as mulheres se sentem vítimas de

estereótipos sem sentido, porque afinal todos nascem iguais nos plenos direitos consagrados na Declaração Universal dos Direitos do Homem. Porque é que os bebés quando nascem, o menino veste azul e a menina de cor-de-rosa? É uma das muitas situações em que se denotam as diferenças culturais que todos, ho-mens e mulheres, devem combater. Foi interessante a explicação na palestra de todos estes as-pectos para os alunos reflectirem sobre a igualdade, a liber-dade e a fraternidade.

Anabela Ribeiro, Liliana Carvalho, Olga CasimiroCEF3 Cozinha

violência entre géneros

Ia eu a passar Numa bela ruaVi uma imensa belezaQue somente era a tua

E parando disse-lhe:- Espera por mim- Não me sinto bem- Não estou bem assim.

Mas porquê essa infelicidade?Porque estás assim?

Porque não te sentes bem?Isso terá a ver com alguém?

- Oh por acaso até tem- Isto é um desgosto de amor- Põe a mão no meu coraçãoE sente esta grande dor

Esta dor que me atormentaEsta dor que está a dar cabo de mimPois gostava de ter alguém a meu ladoGostava de alguém a meu lado até ao fim.

Alguém que me amasse Alguém que me respeitasse

Alguém em quem poder confiarAlguém que o meu mundo melhorasse.

Mas junta-te a mimTu irás gostarNós dois juntos Faríamos um belo par.

E amar-te-ei até ao fim das minhas forçasSerei a pessoa em quem poderás confiarSerei a única dona do teu coraçãoSerei no mundo o teu verdadeiro par.

Leuname, 11º Ano

Poema

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Quando a tarde chegou ao fim o caminho estava feito, o sortilégio tinha sido cumprido. A certeza ficou. Brevemente, voltaremos a encontrar-nos e a vontade será sempre a mesma: ler, ouvir, partilhar, sentir, imaginar, pen-sar, … as palavras. A Biblioteca Municipal espera-vos. Sintam-se convidados, portanto!

Otília Magalhães

“Xerazade tem um plano. Consumada a noite, antes que o dia nasça e o rei a mate, começa a contar uma história. Prolon-gando-se a história, adia o fim para a noite seguinte e o rei, cativo das suas palavras e das aventuras que descreve, adia a sua morte por mais uma noite. E em cada noite novamente ele inicia outra história cujo fim promete revelar apenas no dia seguinte. Das viagens de Simbad aos infortúnios de Ali Babá e os Quarenta ladrões, de Aladino à Lâmpada Maravilhosa, o rei deixa-se aprisionar pela teia de intermináveis histórias de Xerazade…”

in Companhia Panda-Pá

visita de estUdo À BiBliotecaNo dia 4 de Janeiro de 2010, primeiro dia de aulas do 2º período, os alunos do 10º ano da turma TIG, foram à Bi-blioteca Municipal de Alijó pesquisar sobre poetas portu-gueses do século XX. Cada aluno foi orientado pela pro-fessora de Português na selecção do seu autor e respectivo livro de poesia. Muitos foram os autores por que os alu-nos optaram: Eugénio de Andrade, António Manuel Pina, Manuel Alegre, Fernando Pessoa, Fernando Pinto do Ama-ral, Florbela Espanca, Ondjaki, José Régio, entre outros. A aula de português foi deste modo diferente, possibi-litando que os alunos conhecessem poetas da sua língua, lendo alguns poemas dos mesmos até se sentirem atraídos por eles. No final da aula, cada um dos alunos requisitou o livro de poemas de que mais gostou, para construir a partir dele a ficha de leitura do módulo em estudo e concluir a sua leitura em casa. No final os alunos que ainda não eram sócios da Bibliote-ca Municipal encontraram um motivo para se inscreverem e adquirirem um cartão.

Rui Aranda, Daniel Barros, 10º TIG

fora da sala

Aconteceu na véspera do dia dos namorados. A tarde iniciou-se plena de certezas. Como velhos conhecidos desde há muito, sabíamos que as palavras ensaiadas fariam deste encontro uma comunhão de saberes, magia e sentimentos. O seu nome tinha sabor de poesia: “As mil e uma noites ou como Xerazade enganou a morte”; a voz tinha o timbre de um tango argentino e o corpo deu vida a tantas persona-gens quantas couberam no seu tapete mágico. Para este en-contro, vieram outros conhecidos, companhei ros de aven-tura, cúmplices destes prazeres, habitantes desta casa. Quem entra na Biblioteca Municipal e olha para o seu lado esquerdo, vê uma sala. Tem paredes altas e tectos cla-ros, e diz-se que é habitada por uma legião de personagens fantásticas, possuidora de uma voz de muitas tonalidades, uma imaginação sem fronteiras e páginas coloridas por muitas mãos. Foi pois este o local. O palco do nosso encontro, a gruta de Ali Bábá, ou se quisermos o palácio da princesa de Ben-gala. Durante 50 minutos mergulhámos juntos nestes con-tos fantásticos das mil e uma noites, conduzidos por palavras muito velhas, vindas das crónicas dos antigos reis da Pérsia.

mil e Uma noites

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sos colegas também nos chamam gémeos.Eu sou inteligente e amigável mas sou desorganizado e irresponsável. O meu melhor amigo é o meu colega de turma Tiago M.. Gosto de ir à escola pois assim vejo os meus amigos e quero aprender para ser alguém na vida. Adoro Ciências, Inglês e História. Não gosto de E.V.T. e de E.M.R.C. Quando estudo, estudo no meu quarto com o meu irmão. Quando o meu irmão está triste, eu sinto-me mal. Não o consigo ver a chorar nem triste pois se o vir a chorar choro também. Em casa, temos respeito um pelo outro.

Ele é muito amigável mas na escola tem vergonha. Andamos sempre juntos na escola mas também nos chateamos um com o outro. Tal como em casa ele está sempre preocupado comigo. Os meus passatempos favoritos são jogar à bola, ver televisão e jogar computador. Adoro aprender línguas e até já sei alemão. Gosto muito de ver “Was ist Was” e “Das haus Anubis”. Também me interesso pela História desde os Gregos até à Alemanha Nazi. Adoro ser gémeo pois acho que estamos mais juntos do que os irmãos normais. No futuro gostava de ser advogado ou polícia.

Professoras Júlia e Cândida

discurso directo

OLÁ, O MEU NOME É CLÁUDIO. Eu tenho 11 anos, ando no 6º ano e sou da turma A. Nasci em Safres, perto de S. Mamede de Ribatua, em 1998 a 10 de Setembro. Sou muito desorganizado e tenho a letra muito desagradável mas sou inteligente e muito bem-educado. O meu melhor amigo chama-se Tiago Gonçalves Nunes e anda a estudar nesta mesma escola no 7º ano. Para mim a escola significa “muito trabalho”, mesmo assim gosto de ir à es-cola para garantir o meu futuro.As minhas disciplinas preferidas são Ciências da Natureza e Educação Física e a que menos gosto é E.V.T. porque eu não tenho muito jeito para trabalhos manuais. Quando acontece alguma coisa ao meu irmão eu também o sinto no meu coração. Isto parece estranho mas acontece a qualquer gémeo verdadeiro! O meu irmão é um chato em casa pois aborrece-me a toda a hora. Bem, admito que às vezes nos damos bem. Mas outras vezes chegamos mesmo a andar à porrada… Na escola eu e ele andamos sempre juntos, com mais al-guns amigos e damo-nos sempre ou quase sempre bem… Os meus passatempos preferidos são ver TV e brincar. Adoro brincar na rua com os meus colegas, jogar futebol, etc...Ao contrário da maioria de vós, eu e o meu irmão não ve-mos televisão portuguesa, vemos televisão alemã porque sa-bemos Alemão. O meu programa preferido é “ Was ist was”, que é muito divertido e ensina muito sobre a vida. Adoro ler sobre a mitologia grega, lendas e histórias. Eu adoro ser gémeo. Ter uma pessoa igual a mim na mi nha vida é fantástico e muitas vezes utilizamos o nosso poder: a telepatia. No futuro provavelmente serei polícia da G.O.I. que é polícia de intervenção. Com alguma sorte, militar, preferi-velmente, paraquedista.EU CHAMO-ME DAVID, tenho 11 anos e ando no 6º ano, na turma A. Sou baixo, tenho cerca de 1, 40 metros, sou magro e leve. Peso entre 36 e 40 kg. Os meus pais quando eu e o meu irmão éramos peque-nos, puseram-nos duas pulseiras para nos distinguirem: uma verde e outra azul.Os nossos amigos quando éramos peque-nos não nos chamavam pelo nome mas, sim, gémeos. Ao longo do tempo foram-nos distinguindo. Na escola os nos-

falar soBre mim a sériodois gémeos verdadeiros

curiosidadeNormalmente, na espécie humana, de cada parto resulta uma só criança. Porém, nalguns casos o parto é múltiplo, isto é, no mesmo parto nascem dois, três ou mais irmãos. Os irmãos que nascem de um parto múltiplo chamam-se gémeos. A maioria dos gémeos tem a sua origem quando, acidentalmente, a mulher produz dois óvulos que são fecundados ao mesmo tempo por dois esperma-tozóides. Neste caso, as crianças parecem-se tanto uma com a outra como os irmãos não gémeos e podem ter sexos diferentes: são os gémeos falsos. O caso mais raro acontece quando os gémeos provêm de um só óvulo que, depois de fecundado, dá lugar a dois embriões. Neste caso, os irmãos são praticamente iguais, têm o mesmo sexo, a mesma aparência e até a mesma maneira de ser: são os gémeos verdadeiros como o Cláudio e o David.

in Gravidez e Parto (adaptado)

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discurso directo

Quem é Alípio Alves?Alípio Almeida Alves, alijoense de 54 anos, Coordenador do Pessoal Assistente Operacional é tam bém Presidente da Junta de Fregue-sia de Alijó desde 1998, estando a cumprir desde então o quarto mandato. Como presidente desta freguesia deixou claro que pretende com a ajuda de todos contribuir para a construção de uma freguesia reconhe cidamente melhor.

Como surgiu a ideia de se candidatar a Presidente da Junta de Alijó?Depois de já estar envolvido no serviço da comunidade fui convidado pelo meu amigo Humberto Barbosa dos Santos para integrar uma lista do Partido Socialista. Lista que ven-ceu as eleições desse ano apenas por três votos, onde fiquei a desempenhar o cargo de tesoureiro por dois mandatos. No fim destes fui convidado a encabeçar uma lista, a qual venceu as eleições por uma grande margem de votos. Desde então tenho-me recandidatado com alguns iniciadores deste projecto, mas tendo sempre a preocupação de introduzir ele-mentos mais jovens para também eles poderem contribuir para o desenvolvimento da sua terra, e é com muito agrado que tenho visto renovado o voto de confiança dos eleitores de Alijó em cada nova candidatura.

Quais são os projectos de que mais se orgulha?Os projectos de que mais me orgulho são antes de mais a confiança e o carinho de todos os Alijoenses e habitantes de toda a freguesia. Em termos de obras tenho de destacar a reconstrução do edifício da Junta de Freguesia, o arranjo de várias ruas de Alijó, Granja e Presandães e a construção da Casa Mortuária. A plantação de muitas árvores, as come-morações do símbolo Alijoense, a Árvore Grande, envol-vendo os alunos das escolas primárias, assim como o Mu-nicípio, a participação da freguesia no cortejo etnográfico da Revidouro, representando vários temas que engrandecem a nossa vila, onde os Alijoenses não deixam de participar. To-dos estes projectos só se tornam possíveis dotando-nos de bom senso, serenidade e responsabilidade.

Que outras obras gostaria de realizar neste mandato?Sem dúvida que a obra mais importante que eu gostaria de realizar este mandato é o Centro de Dia de Presandães, reabilitando o antigo edifício asilo escola, dando-lhe assim a dignidade merecida, bem como aos nossos idosos.

O que o atrai verdadeiramente na política?O que mais me atrai na política é o convívio com as pessoas, o diálogo com os fregueses tentando resolver os seus proble-mas, a realização de projectos em prol de todos.

Como concilia o cargo da presidência da Junta de Fre­guesia de Alijó com o de Coordenador do Pessoal As­sistente Operacional?Consigo conciliar com sentido de responsabilidade e boa vontade, pensando e resolvendo os problemas da escola du-rante o seu horário de funcionamento, tentando estar mais presente na Junta de Freguesia durante a tarde. Contudo encontro-me sempre disponível e atento aos problemas da freguesia abdicando muitas vezes de algum tempo com a minha família e amigos. Identifico-me com os dois cargos, pois desempenho as duas funções com grande empenho e dedicação. Contudo a função de encarregado de assistente de pessoal operacional é aquele de onde provém o meu vencimento para fazer face às minhas despesas, embora também tenha uma pequena remuneração relativa às funções de Presidente da Junta de Freguesia. Julgo que ao longo destes 36 anos de serviço a esta escola nunca descorei as minhas obrigações. Relativa-mente ao papel de presidente da freguesia desempenho-o com igual empenho e dedicação, e é com muito orgulho que represento esta freguesia, tentando sempre dar resposta a todas as solicitações.

À conversa com...aliPio alves

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O que pensa dos nossos jovens alunos e da escola pública?Quanto aos jovens, penso que são um pouco mais irreve-rentes e mais inconsequentes do que na minha juventude. Quanto à escola, houve significativa mudança, principal-mente em termos técnicos e educacionais. Penso que estas mudanças foram para melhor.

O que recorda da sua época de estudante?A minha vida de estudante foi relativamente curta, pratica-mente o tempo da escola primária. Vivia-se na altura tempos conturbados e tive que iniciar a minha vida profissional com apenas 13 anos, para ajudar nas despesas do quotidia no.

Voltando à política, se pudesse definir a Freguesia de Alijó o que diria?Na minha opinião a Freguesia de Alijó é uma vila aprazível e um bom lugar para se viver. Aqui encontramos todos os serviços necessários ao dia-a-dia. Os nossos jovens têm ao seu dispor vários espaços para as diversas práticas desporti-vas e culturais, como a Biblioteca e o Auditório com o espa-ço Internet. Para os menos jovens temos excelentes jardins onde podem desfrutar de bons momentos.

O que destaca de melhor nesta freguesia?Como obra temos a destacar o Estádio Municipal Engen-heiro Delfim de Magalhães, as Piscinas Municipais, o Posto de Turismo, a Pousada da Juventude, a Pousada Barão de Forrester, a Unidade de Cuidados Continuados e o novo Centro de Saúde.

discurso directo

“a Freguesia de alijó é uma vila aprazível e um bom lugar para se viver. aqui encontramos todos os serviços necessários ao dia-a-dia.”

Na sua opinião que locais vale a pena visitar na freguesia?Como património paisagístico temos os Miradouros do Monte da Cunha, o Monte de São Domingos e de Santo António, e bem no coração da vila, o Jardim Dr. Matos Cordeiro. Como património edificado temos a Casa da Cultura, o Solar dos Castros, o edifício sede de freguesia, antiga escola primária, os Paços do Concelho, a Biblioteca Municipal, a primeira cantina escola do país, a igreja matriz que juntamente com o chafariz e o plátano constituem o tríptico mais emblemático da freguesia, senão do concelho.

Que conselho quer deixar aos nossos jovens alunos?Aos nossos jovens queria deixar uma mensagem: que es-tejam sempre atentos ao mundo que os rodeia, sejam hu-mildes, trabalhadores, honestos e humanos. Tendo estas características, mesmo os menos inteligentes terão sempre mais sucesso ao longo da sua vida.

E para terminar quero dizer que ninguém faz nada sozinho, daí agradecer a todos os que trabalham comigo tanto na Junta como na Assembleia de Freguesia, não esquecendo a colaboração que sempre tive e tenho na minha profissão de Coordenador do Pessoal Assistente Operacional.

Obrigado a todos.

P.F.

“aos nossos jovens queria deixar uma mensagem: que estejam sempre atentos ao mundo que os rodeia, sejam humildes, trabalhadores, honestos e humanos.”

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À conversa com...

Como surgiu a ideia de se candidatar a Presidente da Associação de Estudantes?Surgiu em conversa com os meus amigos que fazem parte da lista da Associação. No início foi tudo uma brincadeira mas aos poucos a ideia foi-se tornando mais séria. Como eu gosto de ajudar os outros a resolver os seus problemas, pensei “Porque não?”… Também porque gosto mesmo de saber quais são os problemas dos jovens como eu, ouvir as suas opiniões, o que eles pensam que pode melhorar a escola para nos sentirmos todos bem.

Gosta de política?Não costumo ver muitos programas sobre política na televisão mas gosto da política quando sei que a partir dela posso ajudar os outros a construir um mundo melhor.

Quais são os pontos fracos da escola de hoje?Na minha opinião um dos pontos fracos da escola de hoje é a insegurança. Em escolas públicas, os alunos correm muitos riscos. A partir do momento em que saem da escola pode-lhes acontecer tudo…Devemos ter atenção redobrada relativamente a pessoas que não conhecemos.

Como se pode fazer uma super­escola?Uma escola em que nos sintamos em segurança, onde tenhamos bons espaços tanto para trabalhar como para nos divertirmos, que promova a competição e em que encontremos bons amigos quer sejam alunos, professores ou funcionários.

Presidente da associaÇÃo de estUdantes

Das actividades que foram propostas para levar a cabo, já realizou algumas?Sim, já realizámos algumas como por exemplo o Concurso de Poesia, o Torneio de Andebol e de Badmington e presentemente está a decorrer o Torneio de Futsal.

O que é preciso para ser um bom presidente?Para ser um bom presidente é preciso saber ouvir as pessoas, estar disponível quando precisam dos nossos serviços e compreensão, cumprir as propostas, fazer o melhor para os alunos e para a escola para que eles se sintam bem onde passam a maior parte do seu tempo.

Revele duas características do Tiago Ferreira de que goste muito e outras duas de que goste pouco.As duas características de que mais gosto são… sei lá… a serenidade e, por outro lado, … a capacidade de diversão. As duas de que menos gosto são, sem dúvida, a timidez e não gostar de dar o braço a torcer .

P. F.

discurso directo

O Presidente da Associação de Estudantes aceitou dar uma entrevista à equipa do jornal para se dar a conhecer melhor a toda a comunidade escolar. Chama-se Tiago, tem 17 anos, reside em Pegarinhos e é aluno do 10º ano do Curso Profissional de Técnico de Informática de Gestão.

Quem é o Tiago Ferreira?Sou uma pessoa simples, simpática, um pouco tímida, orgulhosa, amigo dos meus amigos, estou disponível quando precisam de mim. É essencialmente isto que destaco da minha pessoa.

“uma escola em que nos sintamos em segurança, onde tenhamos bons espaços tanto para trabalhar como para nos divertirmos, que promova a competiçÃo e em que encontremos bons amigos…”

“…gosto mesmo de saber quais sÃo os problemas dos jovens como eu, ouvir as suas opiniÕes…”

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oBJectos e afectos

“O meu objecto preferido é o meu telemóvel. Gosto muito dele porque foram os meus pais que mo o fereceram. Sempre que preciso ele está comigo para telefonar aos meus pais, aos meus amigos e para me acordar de manhã. O meu telemó-vel anda sempre comigo, na escola está sempre na mochila e em casa faz-me companhia. Ele é um amigo.”

Jessica 5º B

discurso directo

“Eu adoro o meu anel de prata. Ando sempre com ele porque acho que dá sorte, principalmente quando tenho testes de avaliação. Guardo-o nos bolsos das calças mas a maioria das vezes na carteira para não correr o risco de o perder. Encontrei o meu anel no fundo de um regato enterrado na areia por isso o acho tão especial.”

Rui Afonso, 6º B

“Gosto das minhas fotografias e ando sempre com elas. Adoro tirar fotografias pois assim fico sempre com uma pequena recordação de quando era mais nova. É como se elas me dessem carinho porque me fazem recordar alguns dos momentos mais importantes que passei na vida e que tirei fotografias a mim e aos meus grandes amigos. Também gosto de mostrá-las aos meus amigos para que eles vejam como eu cresci. Muitas vezes é a minha irmã que me tira fotografias nas ocasiões mais es- peciais. Na minha carteira trago sempre d u a s fotos minhas. Uma de quando tinha 6 anos e outra de quando tinha 7. “

Sara, 6º B

“O objecto que trago sempre comigo é a minha carteira. Gosto muito da minha carteira, quem ma ofereceu foi a minha madrinha. Transporto a minha carteira no bolso do casaco ou no bolso das calças. Até as cores delas são muito especiais, é vermelha e preta. É uma carteira pequena, mas tem bolsos muito espaçosos onde guardo todos os meus documentos.”

Guilherme 5º B

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aula viva

design: Uma Palavra, mil imagensUma vez mais, o Curso Profissional de Técnico de Design Gráfico alia-se ao Jornal da Escola.

Para além do próprio grafismo editorial do jornal, desta vez a proposta insere-se no contexto de uma próxima actividade deste curso e que consistirá em apresentar à comunidade escolar mais de mil imagens com forte impacto visual.

Com o título “DESIGN: Uma Palavra, Mil Imagens”, esta actividade agendada para o mês de Abril, pretende demons-trar o enorme poder apelativo das imagens trabalhadas pe-los designers e que, hoje em dia, constituem um instrumen-to fundamental em todos os domínios da sociedade, com particular relevância na área dos media, da publicidade, do cinema, da moda, mas também noutras vertentes como o desporto, a política ou a arte.

Para a realização desta actividade será utilizado um projec-tor de vídeo e som, que passará mais de mil imagens de design, em todas as suas vertentes, a uma velocidade que será imposta pelo ritmo musical seleccionado. Destaca-se o facto de que uma série dessas imagens é representativa de alguns trabalhos desenvolvidos pelos alunos do Curso ao longo do ano.

No âmbito do tema – Edição de Imagem, trabalhado na disciplina de Oficina Gráfica, pretende-se também através do DESIGN, sensibilizar para um conjunto de problemas que afectam a sociedade. Para isso, foi proposto aos alunos que desenvolvessem de forma criativa um projecto de de-sign gráfico social, tendo sido realizados vários cartazes que emergiram da necessidade de comunicar e reflectir sobre o mundo que nos rodeia.

Professores Nuno Canelas e Sérgio Dias

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aula viva

André Cruz André Cruz Cátia Jerónimo

Gerson Pinto Gerson Pinto Horácio Rodrigues

Patrícia Fonseca Paulo Oliveira Paulo Oliveira

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DIZ QUE DIZFormar uma roda. Transmitir uma mensagem ao ouvido do colega e fazê-la passar de uns para os outros. Chegar à con-clusão de que a mensagem ini-cial foi deturpada.

VENDA NOS OLHOSEscolher um colega e vendar-lhe os olhos. Este tem de conseguir conhecer o colega através do tacto .

PAPEL NAS COSTASEscrever num papel o que se acha do colega sem este ter conhecimento da mensagem. De seguida, fazer uma lei tura na turma com os colegas acer-ca do que foi escrito.

Ana Inês, Isaías Letra, Luís André, Marta Carvalho Grupo Espermatozóides, 7º E

edUcaÇÃo sexUal

Os alunos do 7º E em Área de Projecto experimentaram muitos jogos em algumas aulas dedicadas à implementação do projecto de Educação Sexual. Durante essas aulas foram tirando fotografias e escrevendo as regras de cada jogo para darem a conhecer às outras turmas e professores o trabalho que desenvolveram com entusiasmo e com a ajuda da pro-fessora Helena Matos.

ACRÓSTICOEscrever os nomes numa folha e com cada letra do nome formar uma palavra que exprima sentimentos.Exemplo: Mentira Amor Raiva Ternura Amizade

ESPELHO MEU COMO SOU EUEscolher dois colegas e um deles tem de tentar imitar o que o outro faz com a máxima rapidez possível.

Jogos de aUto-estima

aula viva

racismo e PreconceitoO racismo é a tendência do pensamento, ou do modo de pensar em que se dá grande importância à noção de existên-cia de raças humanas distintas e superiores umas às outras. O racismo consiste em crer que certas pessoas são su-periores a outras ao pertencer a uma raça específica. Os racistas definem uma raça como sendo um grupo de pessoas que têm a mesma ascendência. Diferenciam as raças com base em características físicas: – Cor de pele; – Aspecto do cabelo.

Abuso verbal: falar negativamente do grupo ou ao grupo; Discriminação: é um comportamento que despreza o grupo, trata-o o mal; Abuso violento: gozando, ameaçando, assediando, ou pre-judicando o grupo.

O preconceito é o acto de ter uma opinião contrária sobre

um determinado assunto, sem antes conhecê-lo. A grande razão para ocorrer o preconceito é que existem pessoas que se julgam superiores às outras, não usam o bom senso e concluem que a sua opinião sempre será a mais im-portante!

Inês Martins, Sara Cardoso,8º A

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edUcaÇÃo sexUalQueres saber o que é um Caleidoscópio?O Caleidoscópio é um aparelho óp-tico formado por um pequeno tubo de cartão ou de metal, com pequenos frag-mentos de vidro colorido, que através do reflexo da luz exterior em pequenos espelhos inclinados apresentam, a cada movimento, combinações agradáveis de efeito visual.

Queres saber como se faz um Caleidoscópio?

Material:- Canudo em cartão do rolo de papel de cozinha - Tubo de cola líquida - Papel de acetato- Missangas de várias cores ou vidros coloridos- Fita-cola- Tesoura- Folha de plástico opaca/translúcida- Papel autocolante de cor- 3 Espelhos- Jornal- Marcador para acetato- Régua- FuradorProcedimento:

Passo nº1Com a ajuda da fita-cola une muito bem os 3 espelhos de modo a que fique um prisma triângular, ficando a parte espelhada virada para dentro. Em seguida, com o jornal envolve o

caleidoscóPioaula viva

prisma triângular para que este fique bem apertado den-tro do canudo (cui-dado para o jornal não ultrapassar o comprimento do prisma).

Passo nº2 No papel de aceta-to e com a ajuda do marcador, desenha duas circunferências com o diâmetro igual ao diâmetro do canudo, recorta-das. Cola com muito cuidado, sem excesso de cola, uma das circunferên-cias numa das extremidades do prisma (divisão da circunferência em 3 partes iguais). Deixa secar…Enquanto seca, recorta um quadrado de papel auto-colante (com medida superior ao do diâmetro do canudo), no qual com a ajuda de um furador, possas fazer um orifício no centro. Retira a película protectora do papel autocolante e aí coloca a outra circunferência de papel de acetato, centrando-a. Em seguida, com a ajuda de uma tesoura, corta o papel autocolante (tendo como limite do corte, o início da circunferência em papel de acetato), de modo a que este pareça os “raios de sol”. Aplica o todo na outra extremidade do canudo, colando as pestanas recortadas (raios de sol). Podes reforçar a colagem das pestanas com fita-cola. Assim sendo tens numa das extremidades do ca-nudo, este último passo e na outra ex-tremidade do prisma, a circunferência de papel de acetato.

Passo nº3Com muito cuidado aplica cola na ex-tremidade da circunferência (que está colada no prisma) para que esta ao ser empurrada para dentro do canudo se

cole às paredes do mesmo. Empurra o prisma para dentro do canudo e deixa secar. Enquanto seca, corta um quadrado do mesmo tamanho do an-terior na folha de plástico opaca/trans-lúcida e no seu centro desenha uma circunferência igual às desenhadas no papel de acetato. Corta o plástico da mesma forma que cortaste o papel au-tocolante (parecendo os raios de sol e tendo como limite do corte a circun-ferência desenhada no seu centro).

Passo nº4Depois de empurrar o prisma para dentro do canudo, ficas com um es-paço de cerca de 1,5-2 cm até terminar o canudo. Nesse espaço coloca uma pequena quantidade de missangas ou de pequenos vidros coloridos. Aplica o plástico nessa extremidade (da mesma forma que aplicaste o papel autoco-lante, mas desta vez, só com a ajuda de fita-cola), cobrindo assim o espaço que tem as missangas ou vidros. Para terminar, decora o canudo com ele-mentos a teu gosto, como por exemplo com um trabalho ou com pedaços de papel autocolante. Parabéns! Tens aqui o teu Caleidoscópio, agora é só esprei-tar pelo orifício, girar o Caleidoscópio e ver o efeito visual que conseguiste!

6º A

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O Hi5 é uma rede social virtual que, até 2008, era dos 20 sites mais visitados na Internet. A empresa foi fundada em 2003 por Ramu Yalamanchi, que é actualmente o seu director. O Hi5 afirma que tem 60 milhões de membros activos, destes 4,2 milhões na América Latina. No Hi5, os utilizadores criam uma página pessoal para mostrar os seus interesses, idade e local de habitação (se acharem bem), bem como carregam imagens onde outros utilizadores podem comentá-las. O site também disponibiliza a possibilidade de criar álbuns de fotografia bem como de instalar um leitor multimédia para reproduzir as suas canções favoritas. Os utilizadores podem enviar entre si pedidos de amizade, po-dendo aceitar e rejeitar os que receberem, bem como blo-quear directamente os utilizadores. O Hi5 possui o sistema de grupos em que um utilizador pode aderir a um deter-minado grupo consoante os seus interesses (países, cidades, canções, etc.)

como utilizo o hi5 Eu utilizo o Hi5 e o Facebook sobretudo para sociali-zar mas é com o pessoal de cá da escola e com amigos doutros sítios que já conheço há muito tempo. Se não fosse esta rede social cibernética eu não comunicava, por exemplo, com os meus primos que moram no Canadá. Adoro, mais do que navegar e andar perdido nas frases e páginas dos outros, criar as minhas páginas com in-formações sobre mim, fotografias, textos que dedico a algumas pessoas ou sobre mim próprio. Comunicamos como se estivéssemos a falar ao telefone. É exactamente a mesma coisa para mim. No Hi5 antigo, que perdi, che-guei a ter quatro mil e tal comentários sobre vários temas e assuntos com a mesma pessoa. É divertido mas temos que ter muita atenção com a nossa segurança porque as nossas informações podem despertar o interesse de al-guém que nos queira fazer mal. No entanto eu nunca tive problemas. Para além de ouvir música, gosto muito de passar parte do meu tempo no Hi5 e no Facebook. É uma maneira de fazer e manter amigos e ter novidades deles a qualquer hora.

Isaías Letra, Correspondente do Jornal

o qUe é o hi5?Kiva é uma organização não governamental que permite, através da internet, o empréstimo de pequenas quantias de dinheiro - o micro-crédito, para pequenos negócios ou ini-ciativas de pessoas que vivem em países em desenvolvimen-to. É uma instituição não-lucrativa com sede em São Fran-cisco, que vive de doações e parcerias com grandes empresas (Youtube, Google, etc.) e outras instituições. O principal objectivo do Kiva é ajudar na diminuição de situações de pobreza em todo o mundo. O sistema de empréstimos da organização Kiva é muito simples. Tudo começa com os parceiros do Projecto Kiva, normalmente pequenas ONG’s locais, que identificam as pessoas com necessidade de crédito, realizando posterior-mente um perfil das mesmas, que irá ser colocado no sítio da internet do Projecto Kiva. As pessoas que quiserem ofe recer ou emprestar dinheiro, têm que se registar no respectivo sítio e escolher alguém. O dinheiro é encaminhado para o Projecto Kiva (São Francisco, E.U.A) através de uma trans-ferência bancária gratuita, pois o sistema Paypal também se tornou parceiro do Kiva. Depois, é reencaminhado para o país da pessoa que necessita desse dinheiro, os parceiros deslocam-se ao local onde a pessoa mora e entregam-lhe o dinheiro, com a condição de esse dinheiro ser depois pago novamente ao Projecto Kiva e/ou às pessoas que o empres-taram.

A turma do 9º C, no âmbito da disci-plina de Geografia, também se juntou a esta causa nobre. Cada aluno da tur-ma acordou juntar um cêntimo por dia, doando no máximo setenta e cinco cên-timos. Conseguimos juntar cerca de vinte euros, que foram encaminhados para

uma senhora que tinha um negócio nas Filipinas.

Estas iniciativas são de extrema importância, para a redução da pobreza dos países em desenvolvimento. Pes-quisem o sítio da internet www.kiva.org e façam vocês mes-mos os vossos donativos/empréstimos! Contribuam para o desenvolvimento dos países mais pobres. Amanhã, pode-remos ser nós a precisar!

9º C

kiva

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1imagem100Palavras

Recentemente numa floresta australiana incendiada não se sabe ainda por quem, um bombeiro que se encontrava a combater o fogo deparou-se com um coala em estado de choque. Junto a uma árvore que lhe servia de casa, o coala estava desfalecido pela intoxicação através de todo o fumo que inalou. O bombeiro australiano, ao avistar aquele animal mori-bundo, ficou desesperado com o seu sofrimento e, co-movido, resolveu ajudá-lo, dando-lhe um pouco de água na tentativa de o reanimar. O bombeiro, para além disso, estendeu-lhe a sua mão, acarinhando-o. O coala sentiu esse carinho e sobreviveu.

Texto colectivo, 7º F

Coalas são mamíferos marsupiais de pêlo cinza e branco, que vivem no Sudeste e Nordeste da Austrália. A sua bolsa marsupial situa-se nas costas. Vivem em média 14 anos e o seu habitat é o eucalipto, do qual retiram o seu alimento. Dormem cerca de 14 horas por dia. Eles estão em vias de extinção desde o início da colonização inglesa na Austrália. As queimadas nas florestas são o maior risco de morte. Quando se deslocam para cidades, podem ser atropelados ou caçados por cães. 60% dos seus habitats foram destruídos e em 30% já não existem.

Rafaela e Raquel, 10º ano

soBre os coalascoala em Perigo de extinÇÃo

aula viva

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aula viva

filmes qUe ensinam

Considerado um dos melhores filmes de 2009, O Rapaz do Pi-jama às Riscas é um filme rea-lizado por Mark Herman, basea-do no livro homónimo do escritor John Boyne, livro este aconse-lhado pelo Plano Nacional de Leitura (no original: “ The Boy with Stripped Pyjamas”).Passa-se durante a 2ª Guerra Mundial, esta história de um rapaz alemão, de 8 anos, chamado Bruno que

com inocência e ingenuidade ignora as recomendações da mãe e quando se encontra aborrecido e inquieto na nova casa da família, atravessa o bosque que separa a sua casa de um campo de concentração, à descoberta de amigos novos. Bruno vai fazer amizade com um menino judeu e meter-se num problema irremediável.

ADORAMOS a personagem principal, Bruno, uma criança de 8 anos e os seus amigos pois lembraram-nos da alegria completa em que vivem as crianças, da sua bondade, da sua pureza, da capacidade de perdoar, da amizade verdadeira que são capazes de criar com os outros, e da ingenuidade e traquinice que os leva a sofrer consequências impensáveis como a própria morte. Foi fabuloso aprender factos sobre o tempo em que Hitler liderava a Alemanha e ver cenários que reproduziam o ambiente da 2ª Guerra Mundial. Impressionou-nos muito negativamente, em particular, a crueldade e a total desumanidade do tenente nazi, pai de Bruno, para com os judeus, bem como o modo como os ju-deus eram tratados e viviam miseravelmente nos campos de concentração. O sofrimento brutal da mãe ao perder o seu filho, num momento final, revoltou toda a turma que para sempre aprendeu que o ódio aos outros não deve jamais ser ensinado, muito menos às crianças.

Correspondentes, 7º F

o raPaz do PiJama Às riscas les choristesUn film de Christophe Barratier

En 1948, Clément Mathieu, professeur de musique sans em-ploi accepte un poste de surveil-lant dans un internat de réédu-cation pour mineurs ; le système répressif appliqué par le direc-teur, Rachin, bouleverse Ma-thieu. Jusqu’au jour où il décide d’initier ces enfants difficiles aux bienfaits d’une chorale scolaire...

Os alunos das turmas do 9º ano, B e D e da turma CEF-SM, viram este filme numa aula de Francês e adoraram. Alguns retratam essa experiência nos textos que escreveram sobre o cinema e o seu filme preferido… É um filme único, imperdível, onde a emoção se mistura com as gargalhadas e compreendemos que, afinal, todos te-mos o direito de sonhar e de tentar concretizar os nossos sonhos, por mais que o futuro nos pareça desolador… O professor Aires, de E.M.R.C diz que “ama” este filme e que o mostra, sempre que tem oportunidade, aos seus alunos. Eu afirmo que o adoro e que permanece, defini-tivamente, no primeiro lugar do meu top 10 de filmes fa-voritos. Mais do que um filme, é uma lição para as nossas vidas.

Professora Ivete Baptista

Moi, j’adore le cinéma qui me fait rire, qui est marrant.Mes films préférés sont : High School Musicall 1/2/3, les comédies, les musicales, les films d’aventures, d’animation, et d’amour.Les Choristes est un film où on apprend vraiment les règles de la vie et qui touche une personne. J’aime manger les pop-corn, et boire du coca-cola dans le cinéma.

Andreia Caçador, 9º B

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desporto

desPorto escolar

No dia 11 de Fevereiro os alunos do 2º e 3º ciclos do Agru-pamento de Escolas de Alijó participaram no corta-mato distrital que se realizou na cidade de Chaves, no aeródromo, em provas que decorreram toda a manhã. A acompanhar as turmas foram os professores Berta Miranda, Nuno Barbosa, João Santos, Evaristo Afonso e Sérgio Rodrigues. Estiveram também presentes outras es-colas vindas do Pinhão, de Sabrosa, de Vila Pouca de Agui-ar, de Santa Marta, de Vila Nova de Poiares, da Régua, de Mesão Frio, de Chaves, entre outras localidades. Foi com grande alegria que os alunos conviveram neste dia desportivo num ambiente salutar, tendo o aluno do 6º ano, turma B, Jorge Maximino, ganho o primeiro lugar desta modalidade. De regresso à escola, os alunos de Alijó encontravam-se mais alegres ainda na companhia de um pintainho ofertado por uma senhora residente de Chaves a uma das alunas par-ticipantes.

corta-mato

Os alunos acham que esta iniciativa desportiva devia repetir-se mais vezes ao longo do ano.

Alexandra Pereira, Eduardo Pinto, 7º F

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Sou o João António Ribeiro Pinto, tenho 42 anos, muito bem casado e pai de duas lindas princesas, trabalho nos serviços administrativos do Agrupamento de Escolas de Alijó.

Os meus passatempos favoritos são ouvir música: U2, Pink Floyd, Black Eyed Pees, Rui Veloso, Pedro Abrunhosa entre outros… jogar online com a consola PS3, com destaque para Killzone 2, Uncharted 2, Grand Theft Auto IV, Resistence 2, Motor Storm Pacific Rift. Actualmente jogo mais tempo o Call-Duty Modern Warfare, o meu Nick é JARPINTO e o meu clã actual é EMAs –“ Eu e os meus amigos”. Gosto ainda de trabalhar digitalmente, fotografia, vídeo e áudio. Sou natural de uma ex-colónia ultramarina Portuguesa, Moçambique, mais propriamente da cidade portuária de Quelimane. Com os meus 2 dois anos de idade, os meus pais vieram de férias à metrópole, na viagem de ida embarcámos no navio Gil Eanes e contam os meus pais que, um belo dia passeando pelo convés do navio, com um balão que me haviam comprado, um cavalheiro por despeito o rebentou com a ponta de um cigarro. Foi tal a birra que eu fiz, que o Sr. se viu na obrigação de repor o balão e ao que parece os outros passageiros acharam piada e em dois dias esgotámos o stock de balões do navio. Talvez esta seja a história da minha infância que permite dar a conhecer melhor um pouco da minha personalidade. Quanto ao aluno que fui, não me esforcei o suficiente, ou melhor, a minha meta era tão somente a positiva (erro crasso!) e a escola de então, assim como a de hoje, exigia dedicação, determinação e empenho, possibilitando as bases e as médias para um qualquer curso superior, imprescindível para enfrentar o mercado de trabalho. Actualmente a minha categoria é Assistente Técnico. Na prática, a minha função dentro da área de pessoal docente é a de gerir os processos dos docentes do 2º e 3º Ciclos. Dedico-me ao que faço e na minha modesta opinião, sou um bom profissional, integrado numa excelente equipa de serviços administrativos da qual destaco o meu colega de área Rui Mansilha, pela sua simplicidade, simpatia e ajuda para com os demais. A minha opinião formada acerca do nosso corpo docente é a melhor possível. Os docentes são simpáticos, com currículos impressionantes e com experiência profissional adequada às nossas necessidades.

Aos alunos pedia, de uma forma geral, mais civismo, tolerância e educação, sobretudo em espaços comuns como a cantina, onde podemos falar, relaxar, desabafar com colegas e amigos, sem importunar a refeição de terceiros. O ensino da actualidade surpreende-me pela negativa… Se por um lado se fragilizou o papel do professor dentro da sala de aula, passou-se a tolerar comportamentos e atitudes inqualificáveis, desculpabilizando alunos problemáticos em função do ensino obrigatório?! Para mim, confuso é também as Novas Oportunidades. Então eu em seis meses posso concluir quantos anos escolares?

Um sonho que gostaria de tornar realidade era ver as minhas filhas felizes e realizadas profissionalmente. O que mais abomino no ser humano é a mentira, a ingratidão e as falsas modéstias. Finalmente, o que mais valorizo na vida é a saúde e o conforto da minha família.

espelho meu

esPelho meU...JoÃo Pinto

alice aragÃo

Estávamos em Julho. Nessa manhã, fervi-lhava um movimento frenético diário de trabalho das várias raças e etnias que se en-trelaçavam com o calor húmido do Equador e o cheiro a terra que se fazia sentir. Ao longe ouvia-se um ribombar dos trovões duma tempestade que teimava em aproximar-se. A chuva caía forte.

No Hospital, por essa altura nascia duma família média, oriunda de Trás-os-Montes, “uma menina”, segunda na li-nhagem, e que mais tarde se viria a chamar em linguagem nativa “País das Maravilhas”. O arquitecto de tal obra estava, por essas horas no seu trabalho diário, quando lhe foi comu-nicado que era pai duma menina. Ficou branco, amarelo e a custo recuperando de emoção pronunciou duma forma vaga e pouco articulada “… Enganei-me, não pode ser.” Estado de choque… Como fora possível? Deveria ter sido um rapaz.Com o tempo a criança foi-se desenvolvendo num espírito de “Maria arrapazada” e obrigando o seu pai a reconhecer que o feitio era seu, sendo parecida com a mãe no sexo.

Dessa afeição, resultou uma grande amizade entre pai e filha, que ainda hoje perdura entre ambos.

A sua querida mãe, bem se esforçava e dedicava o pouco tempo que lhe sobrava da lida de casa, para lhe ensinar croché, a bordar,…tal como às outras irmãs, dedicadas e aplicadas a essas tarefas. Mas o seu desejo era andar de bicicleta, saltar à

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espelho meu

esPelho meU... tenha sido devidamente preparada. Entendo que a resolução dos problemas e a defesa da escola pública passa, inevitavel-mente, por debatê-la de forma séria e construtiva. É necessário definir claramente a função da escola. A es-cola deve ser acolhedora, mas exigente, de forma a preparar as nossas crianças e jovens para a competição global em que vão viver. Para além de leccionar a disciplina de EVT, sou Ad-junta da Direcção Executiva. Aceitei o convite envolvi-me neste cargo e desempenho - o com dedicação e empenho, na perspectiva de contribuir, sobretudo, para a educação e formação dos nossos alunos. A minha interacção entre pro-fessores, alunos, pessoal não docente, pais/encarregados de educação, vai no sentido de com todos participarmos para o bom ambiente neste Agrupamento. Professores e alunos, assim como o pessoal não docente são a minha segunda família.um sonho que gostaria de tornar realidadeA vida é feita de sonhos, uns são possíveis, outros não.Se todos fossem concretizados, o dia-a-dia não teria graça... Os sonhos são o alimento da nossa alma. “A possibilidade de realizar um sonho é que torna a vida interessante” (Paulo Coelho). Caso todos eles se concret-izassem, a vida não teria sentido…o que mais odeio no ser humanoOdeio no ser humano o ser fingido, simulado, desleal, in-triguista.o que mais valorizo na vidaValorizo muito a família e a amizade.

corda, jogar às escondidas, à macaca, etc… tudo menos ter sossego para aprender os bordados.

Mas com o correr dos anos aprendeu croché, a bordar, a pintar…

O feitio, esse mantém-se o mesmo, desde o dia em que na-sceu. De manhã um pouco tempestuoso, à tarde afável, ami-ga solidária do seu amigo, excepto quando a traem na sua a mizade.a aluna que Fui e o que penso da escola Escola, palavra mágica, que desde os longínquos anos da minha infância me aflorava a mente, insistente e persis-tentemente, e me fazia sonhar com o que, tinha a certeza, era a minha vocação: ser professora. O meu desempenho como aluna pautou-se pela respon-sabilidade, pelo sentido do dever que os meus pais me in-cutiram e o fascínio que sentia em aprender coisas novas, em satisfazer a minha curiosidade o que me fazia saltar da cama e correr para a escola com uma imensa alegria. O meu percurso escolar decorreu sem grandes sobressal-tos e foi com grande entusiasmo que, terminado o curso, me dediquei à causa da educação, à difícil tarefa de pro-mover a formação integral de crianças e jovens, de os ajudar a aprender, a saber, a saber fazer, a saber estar e a saber ser. A minha formação pedagógica sustentou-se na convicção, defendida por muitos pedagogos, de que as aquisições não são obtidas pelo estudo de regras e leis, pela memorização de conteúdos, mas sim pela experiência. A motivação era a palavra-chave do sucesso educativo, não interessando muito o produto final, mas sim os processos, os percursos que cada aluno palmilhava.o meu trabalho, colegas, proFessores, alunos... o ensino actualO descontentamento, transversal a docentes, alunos, pais e encarregados de educação, relativamente ao estado da educação é uma realidade que não podemos escamotear. Defrontamo-nos hoje com uma crise de soluções. Na génese da crise que a escola pública atravessa, está, na minha óptica, a inexistência de uma Política Educativa Nacional clara, bem como, a descontinuidade das políticas educativas. Múltiplas e constantes têm sido as mudanças in-troduzidas sem que as experiências anteriores tenham sido alvo de uma avaliação séria e sem que a sua implementação

alice aragÃo (cont.)

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sociedade

O eterno jovem sr. José Fonseca Moutinho Silva:Há meses, um dos filh os, bem-humorado, desafiava:

– Ninguém aqui sabe dizer quem é o sr. José Fonseca Moutinho Silva!Os presentes bem tro-caram olhares inter-rogativos. Mas nada. Sabiam lá quem era tal homem!– E o Sr. José Latas? -

atirou ele, triunfante.Quem é que não o conhecia! Sim senhor. Zé Latas. Homem de trabalho. Devia a alcunha ao trabalho de latoaria.

Nos distantes e não saudosos anos do pão de trigo a 15 tostões, o sacerdote salpicou-me a moleirinha com chorosos pingos de água-benta. Era o Padre Júlio. A madrinha Júlia. O pai Júlio. E eu, para não descompor o ramalhete, lá recebi a mesma graça! Ah! E também António a louvar a santidade de Fernando Bulhões. Tanto Júlio!, observou, então, prazenteiro, o pároco de Ribatua. O mesmo para todos os outros nomes da paróquia, acrescento agora eu. E os nomes próprios de tão comuns tornaram-se tão pouco próprios! Vai daí, prático, o Povo, na sua ancestral sabedoria, criou as alcunhas que não só celebrizam a diferença individual como também escancaram francamente a alma do colec-tivo. Perpetuam a singularidade da família. Ora vejamos: O padre. Esse era o único padre Júlio. Obviamente dis-pensava a alcunha. BISPOS – A madrinha e o pai. Herança familiar: do tio-avô paterno Cipriano da Silva Bispo. Naturalmente parti-lho a herança. Já o meu primo Júlio, pela idade, ocupa nível mais elevado na hierarquia: Cardeal. Sinalizam, seculares formas de comércio, anteriores ao fontismo. CARQUEJA – Um bisavô de uma tia minha desloca-va-se ao Porto com os machos carregados de mercadoria (viagem de uma semana!). Quando lhe perguntavam qual a alimentação que dava aos animais para os ter tão bem trata-dos, ele respondia: “Dou-lhes carquejas!”.

Lembram as romarias e os singelos brinquedos de ou­trora. BOMBINHO – pelo facto de o bisavô do sr. Fernan-do “Bombinho” em criança pedir aos pais um brinquedo, bombinho, quando eles iam às festas e romarias das redon-dezas.Documentam o amor do camponês ao cão, companheiro de folguedos. PINCHA AO FIGO – tinha o hábito de brincar com o cão: erguia um figo na ponta dos dedos para que o animal saltasse.Lembram a prática de ofícios medievais, no nosso con­celho, em pleno século XX.Casos de: LATAS, CESTEIRO, MOLEIRO, SAPATEIRO, ALFAIATE, PANELAS.Comprovam a importância de Ribatua, enquanto área atractiva, na época. PEDREIROS – Família que se fixa na localidade.Manifestam a actividade principal das gentes do sul do concelho de Alijó: a viticultura. CAMADAS – Um senhor formava novas videiras enter-rando ramos das já existentes. PARREIRAS – Um senhor começou por produzir ap-enas dezoito almudes de vinho. Decidido a aumentar a ren-dibilidade da vinha formou parreiras. E tanto porfiou que conseguiu expandir as suas propriedades até se tornar num dos maiores viticultores do concelho.Realçam o valor da terra e da água como garantia da so­brevivência humana. BOMBAS – Um senhor costuma ameaçar, da disputa de extremos da sua propriedade: – Qualquer dia, deito lá uma bomba! – Felizmente a ameaça nunca se consumou. RAPOSA – Uma senhora conseguia aceder à água do poço comum levantando-se mais cedo que os seus vizinhos. E não me alongo mais para não monopolizar o espaço do jornal. Já agora agradeço a partilha de alcunhas. O vosso contributo pode ser encaminhado para o meu e-mail: [email protected]. Mas que fique bem claro que elas só me interessam pelo seu valor cultural. Já aquelas que pela sua boçalidade in-diciam o desonesto e cruel propósito de ferir e apoucar o próximo pura e simplesmente serão excluídas da minha re-colha.

Professor António Júlio Pinto da Rocha

alcUnhas da nossa terra

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crónica sem vergonha

Luís Sepúlveda, um grande escritor chileno, diz num dos seus livros que “Os mortos só morrem quando deixamos de os nomear, de contar as suas histórias”. Por isso devemos continuar a falar daqueles que amamos e que já partiram, deixando-nos o coração mais pequeno. Ao recordar o sorriso, o olhar, as palavras e os gestos, eternizamos cada momento passado na sua companhia, como se de um filme se tratasse, sem fim.

A minha mãe morreu a 4 de Janeiro de 2006. Não consegui, durante muito tempo, imaginar o que seria o resto da minha vida sem ela. Não se ultrapassa a morte de uma mãe pois não há nada neste mundo que a substitua. Comemos rebuçados de mentol para compensar a falta do cigarro, trocamos de carro, de casa, de emprego, de cidade, de amigos e até de amores, mas não trocamos a nossa mãe por nada. A nossa mãe sabe sempre o que nos vai na alma, faz o nosso prato preferido quando a visitamos, acende aquela magnífica fogueira ou o fogão a lenha, e nada se iguala ao cheiro que emana dos seus cozinhados, do calor do lume e dos seus braços. Ela é o alicerce, a casa, a força que empurra e faz andar as nossas vidas e o mundo. Com tenra idade, a minha mãe deixou a aldeia e partiu para “servir” em Lisboa. Os tempos eram difíceis e cabia aos irmãos mais velhos ajudar a sustentar a família. A minha avó, viúva com sete bocas para alimentar, não viu outro remédio senão aceitar que os filhos, ainda crianças, fossem trabalhar

nem que fosse por uma tigela de caldo e um abrigo. As raparigas tinham mais sorte e normalmente eram requisitadas para criadas nas grandes cidades, nas grandes casas dos grandes senhores. Era assim a sociedade de então, já tão estratificada e injusta, onde a infância era roubada e maltratados os meninos a quem era exigido que fossem adultos ( “o trabalho do menino é pouco e quem não o aproveita é louco”, diz a sabedoria popular…). Só muito mais tarde decidi arrumar o quarto dela: dei as roupas e guardei os óculos de ver. Tentei arrumar na minha cabeça que a tinha perdido. Como se arruma na nossa cabeça a morte de uma mãe? Deixamos sempre para mais tarde as decisões difíceis. É uma forma de adiar os problemas, esperando que uma força superior os resolva, sem dor, sem lágrimas, sem perdas, nem arrependimentos. Alguém me diz como se arruma na nossa cabeça a morte de uma mãe? Como se aceita que não a voltamos a ver, a ouvir, a beijar? Só nos resta o filme incessante a passar à frente dos olhos, as memórias e as fotografias…Em Lisboa a minha mãe sofreu imenso. Era uma pobre rapariga da aldeia que nada entendia de cozinhados, rendas ou ferros de engomar. A patroa era uma mulher dura, exigente, que adoptou como método para educar os filhos, as criadas e o marido, uma espécie de regime militar. O Toninho e o Zezinho não podiam pisar o risco, pois esta mãe ditadora não perdoava e transformava-se no pior carrasco da triste história da Humanidade. Com as criadas não se atrevia a tanto mas também as castigava, humilhando-as, fazendo repetir vezes sem conta a mesma tarefa até ficar perfeita. “ Isaura, esta camisa está mal passada. O senhor não pode andar na rua com uma camisa neste estado”, mergulhava-a novamente no tanque de lavar a roupa e a Isaura tinha de recomeçar a operação. “Ficava-

iveteBaPtista

a maldade das mUlheres

lhe com um ódio, nem imaginas”, confessava muitos anos depois, “ O que será feito dos meninos? Que pena que eu tinha deles, levavam tanta porrada…”, concluía. Agora já consigo falar dela. Sem raiva de a não ter ao meu lado, sem revolta por me ter deixado tão depressa, quase de surpresa. Consegui arrumar o quarto e deposito flores na sua campa, no dia do seu aniversário, no dia da mãe e no Natal, agora sem magia, sem luzes, sem gargalhadas… (Mas dói, continua a doer esta ausência imposta, cruel – esta terrível saudade.) A minha mãe era uma mulher muito bem-disposta. Na sua mesa havia sempre lugar para mais um e partilhava generosamente o que tinha. Adorava estar rodeada de gente feliz que escutava atentamente as suas histórias e as suas canções. Mesmo quando a doença a impediu de ter uma vida com qualidade, presenteava os filhos com as “modas” aprendidas na sua mocidade, em Lisboa. Recordo a quadra de uma em particular, a que ela chamava de “A maldade das mulheres”. Não conheço a autoria mas imagino-a cantada por uma voz e um estilo únicos, ao jeito do Marceneiro: “As mulheres são interesseiras Falsas e coscuvilheiras Não se engana quem disser Sempre a falarem da vida Não há língua mais comprida Do que a língua das mulheres” Os risos soltavam-se à sua volta e as cantigas lá continuavam, noite fora, como se o tempo tivesse ali parado, como se mais nada interessasse para além daquele lugar, daquelas gentes simples, da mesa, cúmplice da nossa alegria…A minha mãe brilhava mais do que as estrelas reluzentes das noites de Verão… e sabia-o.

“Os mortos só morrem quando deixamos de os nomear, de contar as suas histórias”.

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opinião

telmacoUtinho

a ProPósito de gramática

Falar de gramática é sempre falar do pesadelo dos alunos, que se questio-nam sobre a sua utilidade, a sua relação com a vida diária, bem afastada de re-gras e teorias abstractas e directamente ligada ao imediatismo de resultados. Mas será que o estudo do funcio-namento da língua ou, como actual-mente se designa, o conhecimento ex-plícito da língua, enfim, a gramática, está a ssim tão afastada do nosso quo-tidiano? Poder-se-á apelidar este estu-do de i nútil? Num mundo actualmente domi-nado pelo audiovisual, pelo poder de revelação e sobretudo de sugestão criado pela imagem, persiste teimosa-mente uma sociedade arreigada à es-crita, durante muitos séculos sinónima de cultura, logo de poder. De facto, o desconhecimento da leitura e da escrita é sinónimo de fra-casso escolar, logo do indivíduo como ser social, uma vez que é através da es-colaridade que a pessoa pode ter acesso à cultura, almejar outro estatuto social, ter emprego, logo poder económico, mas também social – a escrita é um factor eliminatório na hora de procu-rar um emprego. Deste modo, uma condição essencial na nossa sociedade da informação é a capacidade genera-lizada de ler e escrever. É preciso saber escrever de uma for-ma correcta, diremos nós, professores, de um ponto de vista ortográfico, de acentuação, coerência, coesão, adequa-ção à situação de enunciação… Mas, como conseguir esta correcção se não conheço os tempos verbais, não faço o acordo entre o sujeito e o verbo, escre-vo uma sucessão de frases sem qualquer relação entre elas, sem pontuação algu-ma e repletas de repetições…

Então, na minha vida de jovem, como vou responder por escrito a um anúncio, elaborar um curriculum vi-tae, escrever a um superior no meu emprego, reclamar num dos muitos livros espalhados por esse país, comen-tar uma notícia num fórum na internet ou simplesmente escrever um bilhete a alguém, isto é, comunicar por escrito? Pois bem, aí, nessa realidade concreta, entra o saber adquirido na escola sobre a língua, a sua estrutura e as diversas regras que a compõem. Gramática é isto: encontrar e compreender os ali-cerces que constroem a minha língua materna – e, já agora, as línguas es-trangeiras que eu, enquanto cidadão europeu, estudo na escola. Uma boa maneira de permitir essa compreensão é colocar a gramática em situação de uso, de comunicação, reali-zando exercícios com vista à concreti-zação de uma tarefa que tenha algo a ver com as vivências quotidianas ou partindo de situações / documentos que nos bombardeiam diariamente: notícias, anúncios, slogans, spots pub-licitários, letras de canções, artigos de opinião, entre outros. Desta forma, po-demos aliar a imagem ao texto, recor-rendo ainda a projecções multimédia, a tabelas e esquemas, linhas do tempo, mapas e desenhos, com o objectivo de estimular a memória visual, que será nossa aliada na fixação de parte dos conhecimentos veiculados. Tudo deve ser servido num ambiente saudável e motivador, facilitador de uma predis-posição para a aprendizagem. Claro está que tal exige tempo de preparação – numa época em que os profissionais do ensino vivem assober-bados de tarefas para realizar, que não dão espaço para aquilo que seria im-

portante – e ainda tempo de execução, numa lógica de trabalho de aula ofici-nal: trocar, expandir, resumir, comple-tar, enfim, jogar com a língua para que se proceda a actividades pedagógicas em que os alunos são expostos a exem-plos de língua em uso, cujo objectivo é chegar a uma compreensão explícita das propriedades linguísticas em estudo – tal não se consegue com dois blocos lectivos semanais de noventa minutos, tendo de seguir um programa extenso, que visa trabalhar várias competências intrinsecamente ligadas. Por outro lado, é profícuo juntar o útil ao agradável: todos gostam de computadores e desse manancial de informações que brotam da internet. Então, porque não recorrer à blogos-fera: construir um blogue com os alu-nos em volta de aspectos gramaticais e de actividades lúdicas sobre a língua ou então de incentivo à escrita de tex-tos de tipologias diversificadas – não é preciso ser um técnico especializado, pois já há bastantes endereços elec-trónicos que permitem “brincar” com a gramática, claro está, quando a inter-net está d isponível para o efeito. A escola deve preparar os alunos para usar a língua materna em situa-ções de interacção comunicativa com alguma segurança de modo a não gerar discriminação na comunidade linguís-tica em que o aluno se insere. Enfim, estas são algumas pistas… Este texto pretende ser apenas uma breve reflexão, uma listagem de hipó-teses daquilo que a escola pode fazer pelos alunos de modo a que estes cons-truam o seu conhecimento explícito da língua materna a partir de experiên-cias significativas, que se transfigurem numa aragem renovada para lutar con-tra o fantasma da gramática, que afinal é o alicerce da linguagem que usamos d iariamente.

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nuarão a construir o amanhã dos nos-sos jovens, com a ajuda dos pais e en-carregados de educação.

Professora Dores Costa

Ser director de turma é hoje, mais do que nunca, um cargo de importância estratégica numa escola. A minha já longa experiência no desempenho das tarefas que lhe estão adstritas leva-me a dizer que o director de turma é o rosto visível da escola no interface que estabelece com os intervenientes no processo educativo. É a ele que cabe a responsabilidade da coordenação pe-dagógica do trabalho dos docentes e discentes da turma, procurando con-certar estratégias de actuação, optimi-zando recursos, prevenindo situações de insucesso, na detecção de casos problema, quer a nível do aproveita-mento, quer a nível do comportamen-to. A sua posição de charneira coloca-o, frequentemente, no papel de mediador de conflitos e, quantas vezes, no de ori-entador dos pais e famílias. Em certos casos mais problemáticos, é o DT o interlocutor privilegiado da Comissão de Protecção de Crianças e Jovens em Risco e chega mesmo a ser ouvido pelo poder judicial, em situações extremas. Perante a diversidade de interlocutores e de níveis de actuação, sente-se, mui-tas vezes, impotente para encontrar a solução mais adequada em tempo útil. Por tudo isto, repito, o director de turma tem um papel decisivo na con-strução do percurso escolar e educativo dos nossos jovens. A esta realidade acresce o exercício de funções burocrático-administrativas que o desviam da verdadeira essência das suas atribuições e que, no ensino básico toca as raias do absurdo. Vive-se, hoje, nas escolas, a obsessão do relatório, da acta e do registo por tudo e por nada. A floresta de documentos orientadores de extensão desmesurada e nalguns casos de teor repetitivo que, na verdade, só alguns conhecem, com-plica a articulação das várias estruturas e, claro está, o trabalho do DT.

Esperemos que, num futuro próxi-mo, o DT seja efectivamente reco-nhecido na nobreza e importância das suas funções de orientação pedagógica, bastando para tal, a eliminação de toda a carga burocrática. Até lá, o DT con-tinuará a ser o herói ignorado e incom-preendido no combate diário contra as dificuldades e problemas que o quo-tidiano escolar dos jovens lhe reserva. Entretanto, o que o faz continu-ar? Uma grande entrega e dedicação e, também, tenho a certeza disso, a alegria de ver o brilho no olhar dos seus alunos. Porque no olhar de uma criança se espelha o sonho do futuro, os DT que eu tenho a honra de coordenar, conti-

ser director de tUrma hoJeopinião

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diz-me o qUe lês...

Olá, sou a Bruna da turma A do 10º ano, este foi um dos primeiros livros que li, escrito por Jane Austen uma famosa escritora Inglesa que tem os mais belos romances de sempre. A sua escrita, adequada à época, inicialmente foi bastante difícil para mim, mas consegui chegar ao fim do

Sou Margarida Cascarejo, integro a equipa responsável pela gestão do Agrupamento de Escolas de Alijó e neste momento estou a ler um livro de Daniel Pink - “A Nova Inteligência”. Este livro mostra-nos o novo paradigma cultural que está ocorrer na nossa sociedade contemporânea. Apresenta-nos as seis competências essenciais de que o sucesso profis-

sional e pessoal dependerá no futuro: Design, História, Sin-fonia, Empatia, Diversão e Sentido. A conjuntura está a mudar. As competências associadas ao Conhecimento e Informação continuam a ser necessárias, mas já não são suficientes. A imaginação, a criatividade, a empatia, o bom-humor e a procura de um sentido de vida são factores que marcam a diferença entre o êxito e o fra-casso. Assim, os “designers”, os inventores, os criativos, conta-dores de histórias, ou seja, todos aqueles que viram as suas capacidades menosprezadas na Era da Informação e cujo raciocínio privilegia o lado direito do cérebro, poderão prosperar e participar nas maiores alegrias da sociedade.No livro explica-se que todas as pessoas podem desenvolver estas competências, mesmo as que têm um perfil mais racio-nal e lógico. Na segunda parte do livro é dedicado um capítulo a cada uma das seis aptidões, descrevendo como a mesma é usada no quotidiano. A sua leitura leva-nos a reflectir sobre os currículos es-colares. Será cada vez mais importante o desenvolvimento das artes (música, teatro, dança, etc.) na escola actual para prepararmos os nossos jovens para a nova Era?

Para mais leituras: http://bisleya.blogs.sapo.pt/

http://mundopessoa.blogs.sapo.pt/

cultura

Sou a professora de Português Patrícia Fontinha e aconselho-vos a leitura deste conto juvenil, “O Dourado”, de Agustina Bessa-Luís, uma das mais consagradas escritoras portuguesas cujas palavras nos fazem entrar num mundo tão fantástico que jamais o esquecemos. É um óptimo livro,

ilustrado magnificamente por Helena Simas, que serve de introdução ao estilo desta autora. A partir do imaginário deste texto recordamos as histórias do Zé do Telhado, conhecido como o Robin dos Bosques português. Fica um pequeníssimo excerto para açular o apetite pelo texto integral: “Depois de fecharem as mulheres num quarto (a cozinheira meteu-se no forno do pão e lá esteve até que os ladrões se foram embora), a casa foi roubada com muito vagar e espírito poético”.

Para os leitores adolescentes e adultos sugiro o “Desacordo Ortográfico”, um livro de contos lançado em Fevereiro deste ano, organizado por Reginaldo Pujol Filho, que conforme revela o título, concilia pequenas histórias de autores que escrevem, todos eles, em língua portuguesa, e que com a mesma gramática e o mesmo alfabeto conseguem tornar--se tão diferentes. Estes contadores comprovam que “Há uma certa beleza no facto de estarmos, de certo modo, em desacordo”, demonstrando que a Literatura apenas pode singrar onde a liberdade de opinião existe. Esta é, na minha opinião, uma grande colectânea do desacordo ortográfico em que os amantes de Literatura podem chegar a um acordo, ou não…

livro e gostar da história… outras dificuldades ficarão para quando o reler. Deixo palavras que não esqueço:

“… Tua mãe nunca mais te verá, se não casares com Sr. Collins, e eu nunca mais te quero ver se o fizeres …”.

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passatempos

PassatemPos

cantinho da matemática

CRIANÇAEsta palavra é uma derivação do verbo criar, proveniente do Latim creare. “Criança” tem fortes semelhanças com “criação”, palavra que normalmente se aplica aos animais. Lembremo-nos que entre os romanos, os filhos eram, tal como os animais de estimação, considerados propriedade de pai de família, que detinha sobre eles o poder da vida e da morte.

PARABÉNSParabéns é a aglutinação das palavras “para” e “bens” e tra-duz o sentido de desejar bens, benesses, coisas boas. Em Latim, bene designava felicidade e sucesso, ao passo que para era a preposição com sentido de atributo e fim, pelo que a expressão exprime algo como rumo à felicidade.

Alexandra Pereira, Leandro, Sara Sanjurjo, Tiago Nunes, Correspondentes do Jornal

matematiqUices...

Encontra o teu caminho pelo labirinto assinalando os números que são divisíveis por 7. Mas atenção aos becos sem saída, que podes marcar com um X. Podes andar na diagonal. Partida

Meta

curiosidadeJá agora… qual a origem dos labirintos? Dá uma “espreitadela” no site www.ufrgs.br e verás que os labirintos vêm do “tempo das múmias egípcias”. À falta de consolas, Internet, televisão e afins, também os gregos cansados de tantos jogos, guerras e catástrofes naturais se dedicaram a exercitar os neurónios. É deles o labirinto mais conhecido da história – o labirinto de Creta – relacionado com a lenda do Minotauro, da qual podes conhecer mais pormenores em www.pt.wikipedia.org. E diga-se que àqueles gregos o que não lhes faltava era imaginação! Por agora, chega de becos sem saída e encruzilhadas e estando já na saída de mais um matematiquices deixa-te a sugestão de www.web.educom.pt, onde encontrarás programas para construíres os teus próprios labirintos, jogos online, labirintos para imprimir, labirintos verdadeiramente impossíveis e invisíveis e, ainda poderás ajudar a múmia de um faraó a sair da pirâmide.

história das Palavras

Em cada par, identifica a forma correcta.Podes sempre pedir ajuda ao teu professor de Português se sentires muitas dúvidas. Depois de saberes a solução, lança o desafio aos teus amigos e familiares e faz brilhar o teu Português. Aqui vai:

interdisciplinaridade / interdisciplinariedadecondicente / condizentecônjuge / cônjugue podesse / pudessecarrocel / carrosseldespoletar / despultarmagestoso / majestoso obcessão / obsessão perscrutar / prescrutarprecariedade / precaridaderesplandecente / resplandescente subestimar / substimartorácico / toráxico

P. F. P.F.

Um Par de dÚvidas

Vencedores da primeira edição:5º Ano – Turma APedro Barros, Pedro Martins, David Silva, Hugo Teixeira e Carlos Santos.5º Ano – Turma DDavid Pereira, Ana Cardoso, Filipa Ribeiro, Marta Mar-tinho, André Vieira e Nuno Moreira.Parabéns a todos!

Professora Paula Dinis

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divulgação

Antoni Tàpies, homenageado e autor da principal exposição da Bienal. Este artista catalão, é considerado pela crítica um dos maiores artistas plásticos do séc. XX, ao nível de Pi-casso, Marcel Duchamp ou Pollock. Apesar da sua idade avançada ainda produz muita arte. A sua Fundação em Barcelona é uma referência das ins-tituições de arte em Espanha e no mundo. Antoni Tàpies está representado em Portugal através da galeria Fernando Santos (Porto), daí a parceria cultural estabelecida no âm-bito desta 5ª edição da Bienal. Esta exposição será apresentada na principal galeria de exposições do Museu do Douro na Régua.Nas anteriores Bienais foram homenageados os artistas Oc-tave Landuyt (Bélgica) e os portugueses Vieira da Silva, Gil Teixeira Lopes, Nadir Afonso e Paula Rego. A Organização prevê homenagear futuramente o grande gravador Bartolomeu dos Santos, Comissário desta Bienal e recentemente falecido, bem como David de Almeida, uma das principais figuras da gravura portuguesa. Esta será a maior Bienal de sempre, orçada em 80.000 euros e apresenta um programa com 10 exposições e 600 artistas convidados de 70 países de todos os continentes,

concretizando-se finalmente em pleno a vontade da orga-nização em levar a Bienal do Douro às principais locali-dades da região, nomeadamente ao Porto (Gráfica Urbana), Vila Real (Teatro Municipal), Régua (Museu do Douro), Foz-Côa (Centro Cultural e Museu do Côa), Favaios (Mu-seu do Pão e do Vinho) e obviamente em Alijó que mantém a posição de sede do evento e onde se concentrará a maior parte das obras expostas, ocupando todos os espaços cul-turais e outros, nomeadamente o Pavilhão Gimnodesporti-vo, a Biblioteca, o Auditório Municipal e o átrio das Pisci-nas Municipais. De salientar ainda, uma exposição do Centro Português de Serigrafia, com duas dezenas de gravuras dos artistas mais representativos da arte portuguesa; uma exposição da Uri Art Galery (Porto-Rico) com gravadores do Caribe; uma exposição da associação de Gravura Água-Forte (Lisboa); duas exposições individuais respectivamente de Fernando Santiago (Porto-Rico) e Daniel Hompesch (Bélgica), uma exposição dos Comissários da Bienal; um workshop de Gra-vura Não-Tóxica, bem como, conferências sobre gravura contemporânea e gravura rupestre, entre outras iniciativas.

Director da Bienal, Nuno Canelas

5ª Bienal internacional de gravUra – doUro 2010

Antoni Tàpies - Gravura

FIChA TéCNICA

PropriedadeAgrupamento Vertical de Escolas de Alijó

CoordenaçãoPatrícia Fontinha

Projecto EditorialAna RomãoCristina GonçalvesSérgio Dias

Coordenação do Design GráficoNuno Canelas Sérgio Dias

Design da CapaDaniel Vasconcelos

Design do LogotipoPaulo Oliveira

ImpressãoGráfica do Norte – AmaranteAuditório Municipal de Alijó

ColaboraçãoCurso Profissional de Técnico de Design GráficoAlunos correspondentes do Jornal

Tiragem300 exemplares

Edição 2 – Março 2010