o pilão - número 2

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NÚMERO 2 2009 SEMESTRAL JORNAL INFORMATIVO DO N ÚCLEO DE E STUDANTES DE F ARMÁCIA DA A SSOCIAÇÃO A CADÉMICA DE C OIMBRA “YOU, PHARMACY AND THE OUTSIDE WORLD” - O QUE O MUNDO TE PODE DAR ………..….. 18 MEGA ENCONTRO DE ESTUDANTES DE FARMÁCIA ……. 22 BOLSAS DE I NTEGRAÇÃO NA I NVESTIGAÇÃO DO CEF: JOVENS INVESTIGADORES DA FFUC …….... 7 O Pilão DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

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JORNAL INFORMATIVO DO NÚCLEO DE ESTUDANTES DE FARMÁCIA DA ASSOCIAÇÃO ACADÉMICA DE COIMBRA - Número 2

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NÚMERO 2 2009 SEMESTRAL

J ORNAL INF O RMA TIVO D O N ÚCL EO D E E STU DAN TE S DE

F ARMÁ CIA D A AS SO CI AÇ ÃO AC A DÉMI CA D E C OIMB RA

“YOU, PHARMACY AND THE OUTSIDE WORLD” - O QUE O MUNDO TE PODE DAR ………..….. 18

MEGA ENCONTRO DE ESTUDANTES DE FARMÁCIA ……. 22

BOLSAS DE INTEGRAÇÃO NA INVESTIGAÇÃO DO CEF: JOVENS INVESTIGADORES DA FFUC …….... 7

O Pilão

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

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O Pilão | 2

Ficha Técnica ��

Edição Núcleo de Estudantes de Farmácia da Associação Académica de Coimbra

Faculdade de Farmácia

Universidade de Coimbra Pólo das Ciências da Saúde Azinhaga de Santa Comba

3000-548 Coimbra E-mail: [email protected]

Periodicidade

Semestral

Coordenação João Abrantes Teresa Torres

Grafismo

Diana Rodrigues João Abrantes

Fotografia da Capa: Diana Rodrigues

Redacção Eduarda Batista

João Vítor Ferraz Marta Domingues

Teresa Torres

Agradecimentos Prof.ª Dra. Celeste Lino Prof.ª Dra. Cristina Luxo Prof. Dr. Francisco Veiga

Prof. Dr. João Rui Pita Prof.ª Dra. Leonor de Almeida

Prof.ª Dra. Ligia Salgueiro Prof.ª Dra. Luisa Sá Melo

Dr. Luiz Cortez Pinto Prof.ª Dra. Margarida Caramona

Prof.ª Dra. Olga Borges Prof. Dr. Rui Barbosa

Prof. Dr. Sérgio Simões David Tanganho

Impressão e distribuição

Diário As Beiras

Tiragem 2000 Exemplares

Apoios

Alliance Healthcare Associação Nacional das Farmácias

APEF Ordem dos Farmacêuticos

Plural Revista Semana Médica

aros (as) leitores, Antes de mais gostaria de mostrar a minha enorme felici-

dade por ver a segunda edição e publicação do jornal dos estudan-tes da Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra, “O Pilão”. Mesmo com todas as alterações curriculares de que fomos alvo durante este ano, dedicamos todo o nosso trabalho, sacrifí-cio, esforço e dedicação aos nossos estudantes. Quanto existe este empenho, o trabalho fica a vista de todos.

Chegamos agora praticamente ao fim deste mandato com um enorme senti-mento de dever comprido. Posso mesmo afirmar que realizámos um mandato com inúmeras dificuldades, nomeadamente a falta de instalações definitivas e as incon-táveis reuniões em que as condições apenas nós sabemos.

Agora conseguimos olhar para trás e ver que o estudante hoje é um estudan-te diferente, começamos a sentir que as nossas actividades formativas têm muito mais adesão que as culturais ou desportivas. Numa altura em que as mentalidades mudam, também a forma de gerir um mandato tem de mudar. Foi assim que fize-mos apostando sempre em workshops de grande interesse para o nosso crescimento como futuros profissionais de saúde.

Com tudo isto resta-me, com o maior orgulho, congratular toda a nossa direcção e equipas dos vários pelouros pelo belíssimo trabalho realizado ao longo deste mandato. Não posso acabar este editorial sem antes dar um especial agradeci-mento à equipa do pelouro de Informação por mais uma edição do Pilão, em espe-cial ao João Abrantes e Teresa Torres, e a todas as entidades que acreditaram e tor-naram esta 2º Edição do Jornal o Pilão possível. Para finalizar quero dar os para-béns ao meu grande amigo e colega Tiago Craveiro pelo trabalho que vem realizan-do no NEF/AAC desde que começou como colaborador no 1º ano e como Presi-dente neste mandato que finda e que continue esses mesmo trabalho agora como Presidente da APEF.

A todos, o meu sincero Obrigado.

O Vice-Presidente do Núcleo de Estudantes de FarmáciaNEF/AAC

Bruno Figueiredo Nota Editorial Novo Semestre, Novo Pilão. Este “pasquim”, como tão carinhosamente foi apelidado este jornal, junta-mente com a criação do site do NEF/AAC e das Newsletters, é para nós, Pelouro da Informação, a maior conquista deste mandato. “Tudo vale a pena se a alma não é pequena” já dizia Fernando Pessoa. O Pilão subscreve a opinião do poeta e acredi-ta, tal como ele, que tudo é possível, desde que exista vontade e acima de tudo tra-balho. Resta-nos esperar que esta edição seja um sucesso, tal como a anterior, e que o leitor tenha tanto prazer a ler o nosso “bichinho” como nós tivemos a fazê-lo.

O PilãoDiana RodriguesEduarda Batista

João AbrantesJoão Vítor Ferraz

Teresa Torres

C

Editorial

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função social da Farmácia e do Farmacêutico é, a nosso ver, algo que é inerente às competências da institui-ção e do profissional Farmacêutico. Antes da industrialização do medica-mento, por todo o século XIX, a fun-ção social da Farmácia e do Farmacêu-tico, tantas vezes designado sarcastica-mente como boticário quando o tempo das boticas já estava ultrapassado, era evidente. Basta estarmos atentos às obras dos clássicos portugueses como Eça de Queirós e Camilo Castelo Branco para nos apercebermos como a função social do Farmacêutico e da Farmácia era significativa e que ultra-passava as barreiras da actividade Far-macêutica. A Farmácia era entendida como local de profunda partilha, comunhão, discussão de ideias políti-cas, sociais, religiosas, como local de prestação assistencial em muitas maté-rias sanitárias e, necessariamente, na produção de medicamentos e de assis-tência Farmacêutica. A Farmácia era entendida como espaço de enorme sig-nificado social e assistencial sendo, tal como hoje, muitas vezes, o primeiro ponto de encontro do utente com os serviços de saúde. A função social da Farmácia e do Farmacêutico tem pas-sado transversalmente através da his-tória da Farmácia e mantém-se orien-tada por novos vectores que vão sofrendo algumas diferentes orienta-ções em função das modificações que se operam a cada momento no plano social, económico, jurídico, etc. Basta estarmos atentos ao código deontoló-gico dos Farmacêuticos, tanto o de 1968 como o de 2001 para verificar-mos que se sublinha, justamente, esta função social da Farmácia de oficina e do Farmacêutico. Decreto-Lei nº 307/2007, de 31 de Agosto estabeleceu o novo regime jurídico da propriedade da Farmácia em Portugal. Este diploma permitiu que a propriedade da Farmácia ficasse aberta a não Farmacêuticos (a nosso ver muito discutível) mas, aquele diploma e a legislação conexa, por outro lado, lançou novos desafios ao

Farmacêutico moderno por possibilitar legalmente um conjunto de actividades na Farmácia e que alargam o papel do Farmacêutico e o fortalecem como elemento decisivo, como agente de saúde pública. O diploma não estabe-lece apenas o que a Farmácia pode comercializar mas define as activida-des que podem e devem ser executa-das numa Farmácia de oficina. A Por-taria nº 1429/2007, de 2 de Novembro veio definir, também em nosso enten-der, em moldes discutíveis, os serviços Farmacêuticos que a Farmácia pode prestar e neles encontramos: apoio domiciliário; administração de primei-ros socorros; administração de medi-camentos; utilização de meios auxilia-res de diagnóstico e terapêutica; admi-nistração de vacinas não incluídas no Plano Nacional de Vacinação; progra-ma de cuidados Farmacêuticos; cam-panhas de informação; programas de educação para a saúde. Alguns daque-les tópicos enunciados constituem uma renovação do que já havia sido consa-grado em legislação anterior onde já se referiam “medicamentos a entregar ao domicílio”, prática de “injecções”, a p r e s t a ç ã o a o p ú b l i c o d e “esclarecimentos quanto ao modo de utilização dos medicamentos…”. Con-tudo, a portaria de 2007 permite ir mais além ao consagrar oficialmente o programa de cuidados Farmacêuticos, as campanhas de informação e os pro-gramas de educação para a saúde. O tipo de serviços a prestar e o modo vão ser prestado ficam ao critério de cada

Farmácia mas, se levados a bom porto, podem acentuar a função social da Farmácia e do Farmacêutico e ser um acréscimo à sua responsabilidade social.

João Rui PitaProfessor da Faculdade de Farmácia;

Investigador do CEIS20Universidade de Coimbra

A

Opinião

Função social da Farmácia de Oficina e do Farmacêutico

Prof. Doutor João Rui Pita

João Rui Pita, Professor da Faculdade de Far-mácia da Universidade de Coimbra

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endo a biotecnologia aplicada

às ciências da saúde uma área em grande expansão, O Pilão conversou com o Prof. Doutor Sérgio Simões do Laboratório de Galénica e Tecnologia Farmacêutica da Faculdade de Far-mácia, professor de Biotecnologia Farmacêutica, e investigador do Cen-tro de Neurociências e Biologia Celu-lar da Universidade de Coimbra (CNC) sobre as potencialidades desta área, as suas aplicações, bem como para entender o seu trabalho de inves-tigação.

O Pilão (P)| Como surgiu o interesse por esta área? Prof. Doutor Sérgio Simões (SS)| O interesse surgiu após a realização do mestrado. Licenciei-me em Ciências Farmacêuticas, depois fiz um mestra-do em Engenharia, e na altura em que estava a terminar o mestrado, em mea-dos da década de 90, surgiu o “boom” da Biotecnologia nas ciências da saú-de, nomeadamente a utilização de fragmentos de genes para fins terapêu-ticos, o que despertou claramente o meu interesse. Achei que o futuro da terapêutica, da medicina, e consequen-temente da farmácia passaria por aí e resolvi modificar a minha linha de investigação, abandonando a engenha-ria para passar a focar-me nas áreas da

Biotecnologia e Tecnologia Farmacêu-tica moderna. P| A unidade curricular de biotecno-logia farmacêutica tem despertado o interesse dos alunos? SS| A minha experiência diz que sim. Trata-se uma disciplina relativamente recente, que começou como opcional. Com o passar do tempo verifiquei que todos os anos a procura era superior ao número de vagas disponíveis e com a reforma do plano curricular foi possí-vel torná-la uma disciplina obrigatória. Penso que correspondeu às expectati-vas dos alunos, pois veio enriquecer e modernizar o plano de estudos. Basi-camente veio preparar os novos mes-tres em Ciências Farmacêuticas para os novos desafios que decorrem dos avanços verificados nas áreas da Genética, Genómia, Proteómica, Far-macologia, Biologia Molecular ou da Nanotecnologia. A Biotecnologia Far-macêutica não é mais do que a junção destas áreas para o desenvolvimento de novas estratégias terapêuticas e de diagnóstico. P| Que conselho dá aos alunos que gostariam de seguir esta área? É de difícil acesso? SS| Diria que não é de difícil acesso. Contudo, necessita de algumas bases e conhecimentos nas áreas da Biologia Celular, da Bioquímica, mas também da Genética e da Tecnologia Farma-cêutica. Também são necessários bons conhecimentos de Farmacologia, Quí-mica Orgânica e Analítica, pois a con-cepção dos sistemas de transporte de material genético implica conhecimen-tos sólidos nestas ciências. É portanto, como já disse, uma área multidiscipli-nar que obriga a conhecimentos muito diversos. Para além disto, é fundamen-tal perseverança, muita dedicação e empenho, como em qualquer área científica. De resto as oportunidades estão aí. Há muitas empresas a nascerem todos os dias. Também o tecido empresarial na área da Biotecnologia é

um pouco diferente. Não estamos a falar de grandes empresas, mas sim de pequenas e médias empresas, com quadros altamente qualificados, muito orientados para as tecnologias de pon-ta e com uma mentalidade aberta a recrutar quadros em função das suas competências científicas a nível inter-nacional. A percepção que tenho é que os novos mestres em Ciências Farmacêu-ticas têm um conjunto de conhecimen-tos que lhes permite adaptarem-se muito rapidamente a estas novas reali-dades e terem sucesso.

P| Actualmente estão a ser desenvol-vidas várias terapêuticas para doen-ças do Sistema Nervoso Central e cardiovasculares (entre outras). Na sua opinião qual a terapêutica mais promissora neste momento? SS| É muito difícil para mim dizer qual a mais promissora. Mas definiti-vamente ela tem que ir de encontro aos mecanismos dessas doenças, ter por base um conhecimento extenso dos principais alvos moleculares, ser de simples aplicação e muito segura. Não basta sofisticarmos as terapêuti-cas e as tecnologias, temos que possi-bilitar também que elas sejam fáceis de implementar e que sejam acessíveis à grande maioria das populações, e esse é um dos grandes problemas que

“Espero que a biotecnologia dentro de 20 anos já não seja novidade, seja rotina.”

Prof. Doutor Sérgio Simões

Conversas de Laboratório

S Prof. Doutor Sérgio Simões, docente da FFUC e investigador do CNC

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se coloca à Biotecnologia. Ainda não é muito acessível, é sofisticada e conse-quentemente tem custos associados muito elevados.

P| O que espera que a biotecnologia se torne dentro de 20 anos? SS| Espero que possa ter correspondi-do a todas as expectativas nela deposi-tadas. Que esta área científica já não seja novidade, seja uma realidade transformada em muitas terapêuticas aplicadas em rotina. No entanto, a Biotecnologia tem surpreendido ao longo dos últimos 30 anos, porque se tem conseguido redescobrir permanen-temente. O que para nós era inovação nos anos 80, hoje é uma prática clínica comum. Entretanto a Biotecnologia permitiu reinventar e descobrir um conjunto vasto de novos conhecimen-tos que levaram ao desenvolvimento de novas estratégias terapêuticas e de

diagnóstico. Portanto, dizer como a Biotecnologia estará daqui por 20 anos, é absolutamente impossível para mim porque o conhecimento neste momento é exponencial e nesta área isso é ainda mais gritante. P| O que está neste momento a investigar? SS| No nosso grupo de investigação sediado aqui na Faculdade de Farmá-cia e que colabora com o Centro de Neurociências e Biologia Celular de Coimbra, estamos a trabalhar já há alguns anos, em torno do desenvolvi-mento de novas estratégias de trans-porte e entrega de material genético para fins terapêuticos, essencialmente genes ou fragmentos de genes que vão expressar determinadas proteínas no organismo e portanto desencadear uma resposta terapêutica. Por outro lado, também conduzimos investigação

visando o silenciamento específico de genes que são responsáveis por doen-ças, como os oncogenes. A lógica do nosso grupo de investigação é criar plataformas de base nanotecnológica que possibilitem uma entrega direccionada desses novos agentes terapêuticos. São os chamados medicamentos inteligentes, que é suposto iludirem o sistema imunitário e depois dirigirem-se especificamente para determinadas populações celulares e aí, de uma for-ma muito eficaz, entregarem os agen-tes activos (ácidos nucleicos). Como em todos os medicamen-tos o nosso objectivo é desenvolver estratégias racionais, possíveis e fáceis de implementar na clínica e mais efi-cazes e mais seguras do que as actual-mente disponíveis.

Marta Domingues [adaptado]

Conversas de Laboratório

Sucesso Escolar 2004-2008

estudo do sucesso escolar consistiu na análise dos dados relati-vos ao número de alunos aprovados nas diferentes unidades curriculares nos anos lectivos 2004/2005 a 2007/2008 (dados fornecidos pelo anterior conselho pedagógico). As conclusões tiradas basearam-se nos resultados globais de cada laboratório.

Analisando o número de alunos que compareceram a exame e o núme-ro de alunos reprovados por cadeira, conseguimos estabelecer algumas comparações relativamente aos oito laboratórios em questão: Laboratório de Bioquímica, Bromatologia, Farma-cognosia, Farmacologia, MIA, Micro-biologia, Química Farmacêutica e

Tecnologia Farmacêutica. Dos dados recolhidos pôde concluir-se que: o laboratório de Tecnologia, na média geral dos resultados de cada cadeira, apresenta um menor número de repro-vações relativamente aos restantes laboratórios, nos anos lectivos em cau-sa; o laboratório de MIA apresenta, no geral, um maior número de reprova-ções por cadeira; o laboratório de Quí-mica Farmacêutica apresenta a maior taxa de reprovação numa cadeira (Química Orgânica I, ano lectivo 05/06); o laboratório de Bioquímica também entra neste “ranking” com um número considerável de reprovações (relativamente a outras cadeiras lec-cionadas) na cadeira de Bioquímica II.

No que diz respeito aos restantes labo-ratórios, a taxa de reprovações oscila sendo, no geral, baixa.

De realçar que durante os anos lectivos analisados, as unidades curri-culares dentro de um laboratório sofre-ram alterações: algumas unidades cur-riculares deixaram de ser leccionadas, “surgiram” novas e, em alguns casos, estas sofreram reestruturação com a implementação do plano de 2005, substituto do plano de 1993 em vigor até então.

Inês Pereira

O

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O Pilão | 6 APEF

APEF - 11 anos a representar os estudantes

com grande orgulho que estou mais uma vez a escrever para o jornal dos estu-dantes da Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra, desta vez não só a repre-sentar os estudantes de Coimbra, mas também os estudantes das diversas faculdades pertencentes à Associação Portuguesa de Estudantes de Farmácia (APEF).

A APEF é uma associação nacional com 11 anos de existência, a nível de fun-cionamento, esta é composta pela Mesa da Assembleia Geral, Direcção da APEF e Con-selho Fiscal. Este ano a APEF foi condecorada com um prémio Almofariz. Não é demais relembrar que este prémio é entregue às demais indústrias e distribuidoras pela valorização do seu trabalho e espírito inovador. O NEF/AAC contribui todos os anos com elementos que integram a direcção da APEF. Para este mandato da APEF, que se iniciou no passado dia 23 de Outubro, o NEF/AAC contribuiu com os seguintes elementos: Presidente, Secretário, Student Exchange Officer (SEO), vice-presidente da Mesa da Assembleia Geral e Comissão Organizadora do ENEF. A grande maioria dos estudantes das diferentes Faculdades de Farmácia, conhecem a APEF apenas por realizar o Encontro Nacional de Estudantes de Farmácia (ENEF) e actividades que se tornaram mediáticas com grande participação dos membros que constituem a APEF, como por exemplo o Concurso de Aconselhamento ao Doente (CAD). Devo dizer que a APEF é muito mais que isso, um dos objectivos do actual mandato é mostrar isso mesmo. Para que este objectivo seja possível, vamos tornar o site da APEF (www.apef.pt), numa ferramenta de trabalho e consulta para todos os estudantes de Ciências Farmacêuticas, disponibilizando ofertas de emprego recentes que só numa dimensão Nacional se tornam de fácil acesso. Por outro lado, estamos a criar uma base de dados para que nos seja mais fácil dar a conhecer todo o trabalho da APEF, e todas as notícias de maior relevo que forem decorrendo no seio do nosso sector. Os Dirigentes Associativos de hoje sentem cada vez mais dificuldades em chegar a todos os estudantes. Novos pla-nos curriculares fazem com que a mentalidade dos estudantes mude, o segredo para o sucesso está em compreender as necessidades do futuro e transpô-las para o presente.

Com as mais cordiais saudações académicas,

Tiago Craveiro

Presidente da Direcção da APEF

Membros da APEF da Faculdade de Farmácia da Associação Académica de Coimbra

É

Tiago Craveiro Presidente da Direcção

Francisco A. Pereira Secretário da Direcção

Teresa Torres Student Exchange Officer

(SEO)

Bruno Figueiredo Vice-presidente da Mesa

da Assembleia Geral

Raquel Dias COENEF

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N o início do ano lectivo de 2008/2009, o C.E.F. (Centro de Estudos Farmacêutico) organismo de Investigação e Desenvolvimento Interno da FFUC, que desenvolve investigação em diversas áreas das Ciências Farmacêuticas, criou 12 Bolsas de Integração na Investigação (BII) financiadas pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT). Estas bolsas foram desenvolvidas para alunos do 1.º ciclo com aproveitamento, no intuito de promover uma ligação entre estes e o uni-verso da investigação científica e também para premiar o seu esforço e dedicação. As áreas abrangidas pelas bolsas são variadas e vão desde a Tecnologia Farmacêutica, à Química Farmacêutica, à Bromatologia, passando pela Farmacologia e pela Farmacognosia.

Um ano depois do início dos trabalhos, O Pilão foi falar com estes jovens para saber o que mudou nas suas vidas e como tem corrido o trabalho desenvolvido, mas acima de tudo saber se as expectativas e os sonhos se mantêm. Cada bol-seiro conta com a orientação científica e pedagógica de docentes do CEF que orientam e supervisionam os trabalhos. Os alunos foram integrados em projectos de investigação em curso levados a cabo pelos docentes ou por alunos do 3.º ciclo, o que tem possibilitado um maior contacto aluno-docente e condicionado a motivação e empenho do aluno de acordo com os inquiridos. É de referir que todos os alunos frequentam actualmente o 4.º ano do Mestrado Integrado em Ciências Far-macêuticas da FFUC.

Bromatologia: Carolina Macedo, David Saraiva e Raquel Cunha Na área de Bromatologia, as 3 bolsas propostas foram atribuídas aos alunos Carolina Macedo, David Saraiva e Raquel Cunha.

Carolina Macedo é orientada pela Prof. Doutora M.ª Conceição Castilho e o seu projecto de investigação gira em torno de um género alimentício tão característico e apreciado no nosso País: ‘Estou a trabalhar com o Queijo do Rabaçal, o DOP (Denominação de Origem Protegida) e o não DOP para avaliar se há alguma diferen-ça entre ser de origem denominada ou não. Faço análise centesimal e trabalho muito com cromatografia.’ Refere que o trabalhar autonomamente, o delinear e seguir um plano de trabalhos, assim como a discussão dos resulta-dos obtidos e o desenvolvimento do sentido crítico são os pontos a destacar desta experiência que é claramente uma mais-valia. Além disso, acrescenta que superou muito as suas expectativas: ‘O tema do meu projecto parecia muito restrito, mas tem tocado várias áreas.’ Destaca ainda o apoio da professora, de alunos de 3.º ciclo e dos

funcionários, mas ressalva que foi um pouco difícil ajustar o seu horário aos trabalhos.

David Saraiva tem algumas particularidades, para além de ter sido o único rapaz a ter conseguido uma bol-sa já tinha feito anteriormente um estágio no Laboratório de Bromatologia, o que lhe deu as ferramentas necessá-rias para enfrentar este desafio: ‘Eu de facto já tinha alguma experiência, pois já tinha feito um estágio nesta área e como gostei decidi concorrer a esta bolsa.’ Tem a orientação do Prof. Doutor Fernando Ramos e o seu trabalho consiste na validação de metodologias analíticas para a determinação de fitosteróis em matrizes alimentares. ‘Primeiro continuei um pouco com o trabalho que já tinha em curso e só agora é que estou a entrar propriamente no objectivo da bolsa/projecto.’ Refere que tem sentido muito apoio por parte do docente e dos colegas, que volta-ria a concorrer e pensa em seguir investigação. Apesar de gostar desta área não descarta a hipótese de experimen-tar outras.

Em Foco...

Bolsas de Integração na Investigação do CEF: Jovens Investigadores da FFUC

O que é uma Bolsa de Integração na Investigação (B.I.I.)? É uma bolsa que se destina a estudantes do 1º ciclo do ensino superior (incluindo estudantes do 1º ano) com bom desempe-nho escolar, inscritos em instituições nacionais do ensino superior público ou privado. Têm como objectivo criar condi-ções de estímulo aos jovens estudantes que pretendem o início da actividade científica e desenvolvimento do seu sentido crítico. Assim como, a sua criatividade e autonomia através da sua integração em equipas de projectos de I&D. Os anúncios disponíveis podem ser consultados em www.eracareers.pt.

O que é o CEF? Centro de Estudos Farmacêuticos da Universidade de Coimbra. Trata-se uma unidade multidisciplinar, motivada para a pesquisa e o desenvolvimento tecnológico na área das Ciências Farma-cêuticas e Biomédicas, visando a interligação entre a Química, Biologia, Medicina e Farmácia. Sediado na Faculdade de Farmácia está organizado em 6 áreas de pesquisa: (Bromatologia, Tecnologia Farma-cêutica, Química Fina e Medicinal, Farmacologia, Microbiologia, Farmacognosia).

Requisitos: Ser aluno do 1.º ciclo, não ter unidades curricula-res em atraso e conhecimentos de inglês. Foi tomada em consi-deração a média das disciplinas aprovadas até ao momento para o processo de seriação. Era também solicitada uma carta de motivação.

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Para Raquel Cunha a investigação não estava nos seus planos, mas decidiu experimentar: ‘Foi uma oportunidade que surgiu e quis agarrar para ver como era.’ Conta com a orientação da Prof. Doutora Angelina Pena e inicialmente o seu trabalho consistia na pesquisa de antibióticos em águas da região de Coimbra, juntamente com uma estudante de Erasmus que estava a fazer um estágio que entretanto terminou e passou a integrar um novo projecto: ‘Neste momento ando a investigar a aflatoxina A, com as alunas de doutoramento Sofia e Joana.’ Quanto ao conciliar refe-re que os professores são completamente flexíveis: ‘Não nos obrigam a estar aquelas horas. Há semanas em que faço mais horas que outras.’ Explica que uma vez entrando no esquema de trabalho este é um pouco repetido. Salienta que os objectivos estão cumpridos e que apesar de não ter o sonho da investigação, até à data está a gostar bastante.

Farmacognosia: Iolanda Costa, Margarida Dourado e Vanessa Mendes

Nesta área tão abrangente das Ciências Farmacêuticas foram criadas 3 bolsas com temáticas bastantes específicas que foram atribuídas à Iolanda Costa, Margarida Dourado e Vanessa Mendes.

Iolanda Costa revelou que gosta bastante da área das plantas e que sempre teve curiosidade em par-

ticipar num projecto destes, e como tal não hesitou em concorrer. O objectivo do seu trabalho é analisar a actividade antioxidante e antifúngica de extractos de plantas oriundas da Serra da Estrela. A sua orientadora é a Prof. Doutora M.ª Teresa Batista que a tem apoiado sempre. Descreve que o balanço tem sido positivo: ‘…sim é muito positivo, estou a gostar bastante, apesar de ser um trabalho ingrato, pois posso trabalhar um dia inteiro e não ter resultados, mas sei que é mesmo assim.’ Acrescenta que por vezes é difícil conciliar com as aulas e períodos de avaliação mas que com esforço tudo se consegue. Gostaria de seguir investigação, mesmo sabendo que não é fácil. Gosta desta área mas não se importaria de trabalhar noutras.

Para Margarida Dourado esta oportunidade tem permitido alargar um pouco os horizontes e também surge como uma valorização curricular. Refere que: ‘Este projecto tem cumprido muito os objectivos, mas tenho despendido algum tempo na sua execução.’ Explica que este projecto é totalmente novo, e como tal o início foi muito disperso pois andou a atirar em várias direcções até ter resultados. O objectivo do seu trabalho é tentar induzir a produção de arbutina ou arbutósido em alguns tipos de tecidos que não produzem estes compostos, a partir da hidroquinona. Devido à extensão e abrangência do projecto, o seu trabalho decorre no Laboratório de Cultura de Tecidos no Departamento de Botânica sob orientação do Prof. Doutor Jorge Canhoto e também no Laboratório de Farmacognosia da nossa faculdade com a Prof. Doutora M.ª Teresa Batista. Expõe que voltaria a concorrer, que gostaria de experimentar outras áreas antes de decidir o seu futuro, mas que a investigação é uma possibilidade a considerar.

Vanessa Mendes não esconde o seu fascínio pela investigação: ‘Tenho muito interesse na área da investi-gação’. Revela que tem sido uma boa experiência e que tem cumprido claramente os objectivos iniciais assim como as suas expectativas. Tem a orientação científica da Prof. Doutora M.ª da Graça Campos e trabalha junta-mente com duas colegas (Sónia Mendes e Bárbara Gomes) na execução dos trabalhos. Destaca a autonomia e o desenvolver do espírito crítico como pontos altos deste trabalho que consiste na pesquisa dos constituintes presen-tes nas borras de café e sua possível aplicabilidade na terapêutica. Refere que a sua orientadora é muito compreen-siva e flexível sobretudo em períodos de avaliação: ‘Podemos continuar os trabalhos noutra altura.’ Comenta que: ‘Gosto muito de investigação. Gosto de várias áreas e quanto mais multidisciplinares forem melhor.’ Quanto ao seu futuro remata: ‘Onde vou parar mais tarde ainda não sei’.  

  

Farmacologia: Marisa Gaspar A única bolsa criada nesta área foi atribuída à aluna Marisa Gaspar. É orientada pela Prof. Doutora M.ª Dulce Cotrim e trabalha com o colega Diogo Fonseca. O seu projecto gira em torno de técnicas farmacológicas com órgãos isolados, com o principal objectivo de compreender mecanismos de acção de alguns fármacos.

Comentou que de início ficou reticente em concorrer à bolsa, mas como sempre teve curiosi-dade em saber como é investigar decidiu agarrar a oportunidade; ‘Foi o tema e projecto que mais me interessou’ salienta. Refere que a adaptação aos horários foi um pouco complicada: ‘Tive que andar a trocar de turmas, pois preciso de ter um dia livre para executar os traba-lhos.’ Trabalhamos com material biológico (artéria mamária interna humana) e como tal não podemos parar a meio.’ ‘Tenho executado estudos funcionais para avaliar os efeitos de certos compostos (ecstasy

e extractos de plantas) nas artérias.’ Salienta ainda que tem sentido bastante apoio por parte da professora, que gosta da área apesar de também ter interesse noutras e que pondera a hipótese de seguir investigação.

Em Foco...

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Química Farmacêutica: Cátia Sousa, Marta Barejo e Tânia Sintra

Uma das áreas mais concorridas foi a de Química Farmacêutica, onde foram criadas três bolsas distintas, viradas essencial-mente para síntese de novos compostos com actividade terapêutica. As bolsas foram atribuídas às alunas Cátia Sousa, Marta Barejo e Tânia Sintra.

Cátia Sousa está sob orientação do Prof. Doutor Alcino Leitão enquanto Marta Barejo é orientada pela

Prof. Doutora Maria Manuel Silva. Referem que foi a curiosidade em experimentar novas áreas que as fez concorrer. O projecto é conjunto e tem como objectivo a ‘síntese de compostos com activida-de neuroprotectora, ou seja, design de novos fármacos. ‘Posteriormente será realizada uma análise para verificar a actividade biológica destes’, explicou Cátia Sousa. Em termos de trabalho prático, Marta Barejo esclareceu que ‘O trabalho laboratorial é muito mais moroso do que as pessoas possam pensar. Estamos sempre a aprender e tem sido mais-valia muito importante.’ Referem ainda que o

balanço tem sido muito positivo, voltariam a concorrer sem hesitar e se possível gostariam de continuar nesta área. Já Tânia Sintra está envolvida num projecto um pouco diferente. É orientada pela Prof. Doutora Fernanda Roleira e pelo Prof. Doutor Elisiário Tavares, dos quais tem sentido apoio incondicional, salientando que estiveram sempre disponíveis para esclarecer as suas dúvidas. O seu trabalho tem como objectivo a síntese e o estudo da relação estrutura-actividade de inibidores da aromatase para utilização no tratamento do cancro da mama estrogénio-dependente e também de inibidores da 5a-redutase para o tratamento da hiperplasia prostática benigna. Explica ainda que: ‘os trabalhos decorreram dentro do previsto, as pequenas dificuldades com que me deparei encarei-as como desa-fios e assim foi gratificante ultrapassá-las’. Considera a experiência muito enriqurecedora e acrescenta que: ‘gostaria muito de poder desenvolver investigação no futuro, preferencialmente na área de síntese de novas moléculas.’

Tecnologia Farmacêutica: Ana Sofia Valdeira e Marlene Lopes Para Ana Sofia Valdeira, que está sob a orientação da Prof. Doutora Olga Borges, o que a motivou a concorrer foi essencial-

mente a intenção de adquirir mais prática laboratorial, pois sente que o curso tem disciplinas muito teóricas. O projecto tem cumprido os objectivos propostos e consiste na preparação de nanopartículas: ‘É uma área nova e emergente da qual não tinha bem a noção de como funcionava. Estou a adorar. Temos um projecto delineado, vamos pesquisando novos artigos e introduzimos novas condições experimentais.’ Refere que voltaria a concor-rer, mas que tem sido difícil conciliar com as aulas: ‘Deveríamos ter um horário adequado para a investigação o qual não nos foi concedido. Preciso de um dia inteiro e tem sido muito difícil conseguir.’ Acrescenta ainda que apesar de considerar esta experiência única, em princípio não pretende seguir investigação mas voltaria segura-

mente a concorrer de novo.

Marlene Lopes revela que concorreu porque um dos seus objectivos era entrar no mundo da investigação: ‘Quero descobrir o que é realmente pegar num projecto com as nossas próprias mãos e tentar obter dele os melho-res resultados.’ Marlene conta com a orientação do Prof. Doutor António Ribeiro e refere que os trabalhos de momento estão em standby, uma vez que se encontra em Erasmus. No entanto, do que já foi feito, tem corrido tudo dentro da normalidade. O objectivo do seu trabalho é a determinação do índice de compressibilidade de micropartículas de insulina obtidas por emulsificação/gelificação interna. Acrescenta que tem sentido todo o apoio por parte do docente responsável: ‘foi sempre muito compreensivo, deixando-me gerir o meu próprio tempo, prin-cipalmente durante a época de exames.’ Considera esta oportunidade bastante importante para a sua formação, não só a nível laboratorial, pois pode ganhar autonomia, como a nível de conhecimentos teóricos e sentido crítico. Acrescenta ainda que se tiver a oportunidade de continuar nesta área gostaria muito de o fazer.

Os alunos em questão vêm com bons olhos a criação de uma nova unidade curricular opcional de Projecto de Iniciação à

Investigação no 5.º ano do MICF para outros alunos também interessados em descobrir esta área. Porém, de um modo geral, refe-rem que esta disciplina deveria surgir mais cedo no Plano Curricular do Mestrado Integrado: ‘A ter que existir essa disciplina deveria ser mais cedo. Um semestre é muito pouco, não dá para fazer grande coisa’ comenta Raquel Cunha. Opinião semelhante têm Vanessa Mendes e Margarida Dourado: ‘É necessário um tempo bem maior que um semestre para frequentar um projecto de investigação’. Por outro lado, Carolina Macedo remata que ‘uma disciplina nunca vai exigir tanto do aluno como uma bolsa.‘

Em Abril do próximo ano os alunos terminam os trabalhos em curso e terão ter que os apresentar a fim de lhe ser atribuído o certificado de participação no projecto.

A criação destas bolsas levou a que outros alunos procurassem junto de docentes da FFUC a oportunidade de integrarem pro-jectos de investigação em curso e como tal iniciarem o seu percurso na investigação científica em diversas áreas.

O Pilão apurou ainda que foram atribuídas mais BII a outros alunos da FFUC, mas criadas pelo Centro de Neurociências e Biologia Celular de Coimbra (CNC), sendo algumas delas também orientadas por docentes da FFUC.

João Vítor Ferraz

Em Foco...

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O

Licenciados em Ciências Bioanalíticas… que futuro? Prof.ª Doutora Leonor de Almeida

Entrevista

Pilão entreviu junto dos primeiros finalistas de Ciências Bioanalíticas, para tentar perceber todas as preocupações destes alunos em relação ao seu futuro profissional. Com o apoio da Profª Dr.ª Leonor Almeida foi possível esmiuçar todas as dúvidas.

O Pilão (P)| Actualmente, quais as fun-ções que exerce na faculdade de farmá-cia? Leonor Almeida (LA)| Sou professora cate-drática de Bioquímica e directora do Labora-tório de Bioquímica. Sou também Coordena-dora da Comissão de Curso do 1.º ciclo em Ciências Bioanalíticas. P| Porque razão existiu a necessidade de fundar um novo curso? LA| Não pertenci à comissão que apresentou a proposta da criação deste curso, mas esta necessidade surgiu na tentativa de recuperar uma vertente que sempre existiu nas Licencia-turas em Farmácia, a vertente bioanalítica. Anteriormente, os licenciados em Farmácia eram reconhecidos pelas suas excelentes com-petências laboratoriais. Mas com a adesão de Portugal à CEE, as licenciaturas em Ciências Farmacêuticas foram tendencialmente mais dirigidas à Farmácia Comunitária e foi-se per-dendo aquela vertente analítica.

P| Porque se decidiu criar um novo curso em vez de melhorar MICF? LA.: Não se deve colocar a questão em ter-mos de “melhorar” o MICF. O que existem são diferentes concepções de como poderia ter sido estruturado o MICF em conjunto com os outros cursos existentes na faculdade. Na minha opinião, em vez da criação dos novos primeiros ciclos, uma melhor solução teria sido criar um 1º ciclo comum com uma forte componente científica básica, nuclear, e diver-sos segundos ciclos de continuidade, dirigidos a diversas áreas profissionais. Nomeadamente, Farmácia de Oficina e Hospitalar, Indústria Farmacêutica e Análises Clínicas. P| Ao criar um curso mais analítico não estão a remeter os alunos de CF para uma farmácia oficina? LA| Há lugar para os dois cursos, que impli-cam áreas de trabalho diferentes. E não esque-cer que os alunos do MICF poderão sempre seguir, após o curso, vias profissionalizantes diferentes da Farmácia Comunitária, através de especializações em áreas de trabalho onde o Farmacêutico sempre se impôs. P| Quais as razões levam os alunos a opta-rem por este 1º ciclo em vez do MICF? LA| Este 1º ciclo trará vantagens aos alunos que, à partida, tenham gosto por áreas da Saú-de mais ligadas a trabalho laboratorial. Ao optarem por este, seguido de um 2º ciclo ade-quado, vão adquirir competências já dirigidas à actividade profissional que pretendem, sem terem de obter previamente o MICF.

P| Que opções existem no final do 1ºciclo para estes alunos na nossa faculdade? LA| Apesar da possível empregabilidade com este 1º grau académico, o objectivo principal do curso é a aquisição de competências cientí-ficas e tecnológicas multidisciplinares que permitem o acesso a diversos 2ºs Ciclos e, eventualmente, ao 3º Ciclo, em diferentes áreas ligadas à Saúde. Na nossa faculdade já está a funcionar o 2º Ciclo em Análises Clíni-cas que poderá considerar-se como um 2º Ciclo de continuidade. Existem outros previs-tos nas áreas da Nutrição e de Toxicologia, mas não foram ainda criados.

P| E noutras faculdades? LA| Existem muitas outras possibilidades de 2ºs Ciclos noutras Faculdades que se ajustam perfeitamente ao programa curricular deste 1º Ciclo. Como exemplos, refiro o Mestrado em Toxicologia Analítica Clínica e Forense, o Mestrado em Química Analítica Ambiental, o Mestrado em Controlo de Qualidade, da FFUP, e o Mestrado em Controlo da Qualida-de e Toxicologia dos Alimentos, da FFUL. P| Os alunos podem contar com o apoio da Comissão de Curso quando apresenta-rem o seu currículo noutras faculdades? LA| Como se trata de um curso novo, é natu-ral que os alunos se questionem sobre a sua aceitação noutras faculdades. Mas não tenho dúvidas que eles terão acesso fácil a diversos 2ºs Ciclos em áreas das análises químico-biológicas. Claro, podem sempre contar com o nosso apoio para intervir junto das comissões de outros cursos. P| Há estágio profissional no final do cur-so? LA| Não ficou previsto, embora fosse vantajo-so o contacto com diferentes realidades profis-sionais. Mas lembro que existem estágios de curta duração promovidos pelo Gabinete de Saídas Profissionais da UC, aos quais os alu-nos se poderão candidatar. P| As empresas nacionais têm conheci-mento destes novos profissionais? LA| É natural que não, já que só este ano é que vão surgir os primeiros finalistas. E em relação a estes novos “profissionais”, não digo que um aluno com este 1º grau académico não possa optar por trabalhar, mas deve antes encará-lo como um “trampolim” para diversos 2os Ciclos em diferentes áreas analíticas liga-das à Saúde. É esta a mensagem que eu procu-ro sempre passar aos alunos deste 1º Ciclo.

Eduarda Batista

Prof.ª Doutora Leonor de Almeida, docente da FFUC e coordenadora da comissão de cur-so de Ciências Bioanalíticas

“Este 1º ciclo trará vantagens aos alu-nos que, à partida, tenham gosto por

áreas da Saúde mais ligadas a trabalho laboratorial.”

“devem encarar este 1º ciclo como um “trampolim” para diversos 2os Ciclos …”

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om o apoio do Prof. Dr. Fran-cisco Veiga foi possível conhecer um pouco mais desta nova licenciatura que se baseia no acompanhamento do ciclo de vida do medicamento.

O Pilão (P)| Actualmente, quais as funções que exerce na Faculdade de Farmácia? Francisco Veiga (FV)| Sou professor de Tecnologia Farmacêutica III e Assuntos Regulamentares do Medica-mento. Para além disso, sou coordena-dor da licenciatura de Farmácia Biomé-dica e Coordenador do Programa Eras-mus. Pertenço também à Assembleia da Faculdade e sou membro, recentemente eleito, do Conselho Científico. P| Porque razão surgiu a necessidade de fundar um novo curso? FV| Estive na génese da criação do cur-so por entender que existia uma área que não estava suficientemente abrangi-da no âmbito do medicamento, nomea-damente os ensaios pré-clínicos e ensaios clínicos. E, à semelhança do que existia noutras Universidades, nomeada-mente na Universidade de Aveiro, em que se leccionava o curso de Biomedici-na Farmacêutica, a FFUC decidiu criar esta nova licenciatura. P| Em que se baseia o plano curricu-lar? FV| Existem diversas áreas científicas, tais como: Ciências Físico-Químicas, Ciências Biológicas e Biomédicas e Ciências e Tecnologias da Saúde. Para

além das áreas básicas, existem também áreas direccionadas para ensaios pré-clínicos e clínicos, como Screening Far-macológico, Desenvolvimento Pré-Clínico do Medicamento, Regulamenta-ção no Desenvolvimento do Medica-mento e Ensaios Clínicos I e II. Introdu-zimos também o ensino de Inglês Técni-co. Com estas competências multidis-ciplinares que os alunos adquirem no âmbito da inovação científica e tecnoló-gica associada ao desenvolvimento de medicamentos, estes devem ser capazes de desempenhar a gestão e garantia de qualidade, gestão de projecto e monito-rização de investigação clínica e a regu-lamentação do medicamento. 

P| A Faculdade de Farmácia possui opções de 2ºs ciclos para estes alunos? FV| Sim. É evidente que caberá a quem dirige a Faculdade criar opções de conti-nuidade a 2ºs ciclos. Uma das opções é o Mestrado de Tecnologias do Medica-mento e o Mestrado de Farmacologia Aplicada. Na minha opinião, uma outra opção, é que alguns destes alunos pode-rão inclusivamente vir a integrar o Mes-trado Integrado em Ciências Farmacêu-ticas. Terá de ser criada essa possibili-dade, passando por um processo de inte-gração curricular.

P| Na sua opinião, as funções de um Farmacêutico abrangem as de um licenciado em Farmácia Biomédica? FV| As Ciências Farmacêuticas, como curso de banda larga, têm revelado que podem cobrir diversas áreas. O que se verifica é que os alunos com o Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas não procuram as áreas de ensaios pré-clínicos e clínicos. Ao ser criada uma licenciatura dirigida para esta área, per-mite a formação de licenciados melhor preparados que outros licenciados em áreas afins e faz com que o mercado de trabalho procure estes profissionais. P| Os alunos ficam aptos para entrar no mercado de trabalho? FV| É nossa convicção que, um aluno que conclua a licenciatura em Farmácia Biomédica terá vantagens na saída para o mercado de trabalho nas áreas que referi anteriormente. Posteriormente, e consoante a área em que trabalhe, pode-rá e deverá complementar a sua forma-ção. O conhecimento não se esgota em 3 anos de licenciatura.

P| Conta com todo o apoio dos órgãos superiores para direccionar os alunos para o mercado de trabalho? FV| Espero contar. Pretendo que os alu-nos possam estar em pé de igualdade com os dos outros cursos leccionados na Faculdade, nomeadamente dos de Ciên-cias Farmacêuticas. Da minha parte, tenho mantido a preocupação em ser um coordenador de proximidade, através de reuniões que tenho realizado com alguma frequência com os alunos, na promoção de visitas de estudos e no convite de profissionais da área dos ensaios pré-clínicos e clíni-cos para proferirem palestras sobre o conteúdo funcional dos profissionais que exercem a actividade no desenvol-vimento do medicamento.    

Eduarda Batista

Farmácia Biomédica Prof. Doutor Francisco Veiga

Prof. Doutor Francisco Veiga, docente da FFUC e coordenador do curso de Farmácia Biomédica.

“Na minha opinião, uma das opções é que alguns destes alunos poderão inclu-

sivamente vir a integrar o Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas.”

“...um aluno que conclua a licenciatura em Farmácia Biomédica terá vantagens na saída para o mercado de trabalho...”

C

Entrevista

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O Inquéritos Pedagógicos

nosso principal objectivo ao realizar os Inquéritos Pedagógicos residia, essencialmente, no retomar de uma ideia há anos concebida, e no criar de uma nova tradição na nossa faculdade. Concordamos que todos os anos estes deveriam ser realizados, tornando-se um objecto de trabalho útil para professores e alunos.

Os alunos têm (ou deveriam ter) voz activa naquilo que lhes é dado. O medo impede-os, na maioria das vezes, de reclamar aquilo que lhes pertence: uma educação de excelência! Assim, e não sendo uma solução ideal, os inquéritos pedagógicos surgiram da necessidade de Mais e Melhor, de anó-nima e indirectamente opinar acerca não só do bom, mas também do mau, de forma crítica, mas acima de tudo, com o objectivo não de “apontar o dedo”, mas de construtivamente mos-trar o que não está “assim tão bem”. É, contudo, necessária uma reeducação dos nossos alunos – a realidade tem de ser retratada de forma nua e crua, no seu todo, não “perdoar” um mau pro-fessor porque as notas no final do semestre “até” foram boas, esquecer aqueles que realmente ensinaram após um exame mais exigente. Vivemos numa sociedade de números, e é-nos incutido que, no mundo lá fora, só a média importa. Contudo, o nosso bom-senso deveria indicar-nos que os inquéritos pedagógicos não são “um conjunto de papéis que me tiram 15 minutos do meu estudo, ou me impe-dem de beber mais um fino”, são a “forma activa da minha (até então) voz passiva”!

Apesar das criticas acima indi-cadas, a experiência foi positiva e esperemos que seguida pelos colegas que no futuro ocupem o nosso lugar na Pedagogia! Não é possível uma análi-se fria dos dados, e existem, obvia-mente, incongruências e injustiças. Contudo, no geral, é possível fazer “A” chamada de atenção pretendida Àqueles com quem estamos mais des-contentes, assim como também foram brindados Aqueles que primaram pela

Excelência. (Os resultados serão bre-vemente apresentados)

A segunda parte de Inquéritos

baseou-se no auscultar de qual o conhecimento dos nossos estudantes acerca do plano curricular e funciona-mento do curso. Foi também atestada a frequência com que os alunos fre-quentam as aulas teóricas, e as razões pelas quais não o fazem. Por fim, foi requerida a opinião da comunidade estudantil acerca da importância das Aulas Laboratoriais e do facto destas estimularem – ou não – a autonomia e o espírito crítico.

Constatou-se então que a maio-ria dos estudantes ingressou na facul-dade com conhecimento do plano cur-ricular e das saídas profissionais, embora não fizesse ideia do funciona-mento do curso. É contudo de realçar que, apesar de afirmarem conhecer as saídas profissionais, constatou-se que apenas as socialmente badaladas, tais como farmácia de oficina, hospitalar ou análises clínicas, eram conhecidas. Cerca de 70% dos alunos afirma que o curso está a corresponder às suas expectativas, sendo que 90% concorda que os conteúdos programáticos são interessantes. Apesar disso, metade dos estudantes considera que não é incentivado o espírito crítico, assim como não é adquirida a preparação necessária para exercer a actividade profissional.

E as aulas teóricas? Andam estes futuros profissionais de saúde a baldar-se à componente teórica? Pois bem, não chega a 30% a percentagem de alunos que afirma frequentar mais de 80% das aulas. Um número seme-lhante de alunos admite não as fre-quentar de todo. As razões que levam os alunos a faltar pautam-se principal-mente pela falta de motivação dos pro-fessores (30%), as aulas demasiado cedo e muito seguidas, e ainda a defi-ciência pedagógica dos docentes.

No que respeita às aulas labo-ratoriais, é de consenso geral que estas serão imprescindíveis na futura vida profissional. Contudo, apesar de cerca de 60% dos alunos concordar que o

que se aprende nas aulas teóricas e nas aulas laboratoriais se correlaciona, e que estas últimas desenvolvem a auto-nomia e o espírito crítico, foi observa-do que são poucas as unidades curricu-lares em que tal se constata.

Por último, e talvez o mais importante, foi pedido a todos os inquiridos que indicassem o que, na sua opinião, poderia motivar os alunos a assistir às aulas teóricas. Muitas opi-niões foram recolhidas, mas o consen-so é geral: mais e melhor comunicação entre professores e alunos, residindo numa maior motivação por parte dos primeiros. Na opinião dos estudantes, as aulas teóricas devem ser mais inte-ractivas, em prole de alunos mais cati-vados e interessados. Dinamismo e Inovação são palavras de ordem! Alte-rar o plano curricular, instituindo mais exemplos práticos e mais direcciona-dos com os encontrados na vida pro-fissional, em detrimento da leitura de diapositivos. Uma actualização de conteúdos, uma melhoria no horário, e uma maior conexão entre as avalia-ções contínuas das diferentes unidades curriculares são também pontos con-sensuais.

Concluindo, os nossos alunos exigem Exigência! Professores moti-vados e motivantes, que primem pelo dinamismo e inovação, interactuarão certamente com alunos cativados e cativantes, que primem pelo empenho e dedicação.

Maria Inês Correia

(com base no trabalho de: Diogo Fonseca, Cristiana Aveiro,

Francisca Paisana, Inês Pereira, Luí-sa Martins, Mafalda Santos, e Renata

Gonçalves)

Pedagogia

Nas próximas páginas…Ansiedade do jovem adulto enquanto estudante,

artigo gentilmente cedido por Revista Semana Médica – Edição 531

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Congresso Anual da Associação Europeia de Estudantes de Farmácia

D e 18 a 23 de Outubro de 2009 teve lugar em Génova, Itália, a 6ª edi-ção da EPSA Autumn Assembly, o segundo maior evento do ano da EPSA (European Pharmaceutical Stu-dents’ Association).

O programa educacional do evento foi elogiado por todos os parti-cipantes e incluiu um dia inteiro passa-do em Nice, França, onde estes tive-ram a oportunidade de participar gra-tuitamente no 3º Clinical Forum da DIA (Drug Information Association), tendo esta associação realizado duran-te aquele dia workshops e palestras totalmente dedicados aos estudantes. O “symposium day” neste evento foram, na verdade, dois dias, onde teve a palavra o presidente de Associa-ção Europeia de Farmacêuticos Hospi-talares, Dr. Roberto Frontini, Fergal Cooney da EMEA, quatro professores doutorados da Faculdade de Farmácia da Universidade de Génova e ainda os directores de todos os Working Com-

mittees da EPSA que apresentaram workshops baseados nos dados reco-lhidos nos passados meses com a acti-vidade do seu comité de trabalho. Alguns destes workshops foram reali-zados em colaboração com membros da equipa da IPSF (International Phar-maceutical Students’ Association). No topo do programa educacional esteve o jogo “Riscky Business” da Merck Sharp & Dohme no qual os estudantes assumiam o papel de donos de indús-trias farmacêuticas e enfrentavam os riscos inerentes ao lançar de novos fármacos no mercado: os insucessos de ensaios clínicos de 1ª, 2ª ou 3ª fase, fusões e parcerias, a falência da empresa, etc.

Para além da parte educacional do evento, decorreu ainda a 38º Assembleia Geral da EPSA onde foi criada uma nova posição na equipa da EPSA – Alumni Officer – e onde dois novos membros deram entrada na associação (ArmSA – Arménia e

AHUPS – Ankara, Turquia). De maior importância a entrada da ArmSA (Armenian Students Association) uma vez que se trata de um membro ordi-nário que terá, dentro de um ano, direito de voto em Assembleia Geral, órgão máximo da associação.

As noites foram repletas de muita festa e animação com particular interesse para a festa internacional onde mais uma vez a comitiva portu-guesa envergou o seu traje académico, elogiado pelos restantes colegas euro-peus. Na última noite decorreu o tradi-cional jantar de gala no Hotel Savoia, de 5 estrelas, onde se proferiram os últimos discursos e onde os estudantes se despediram até um próximo reen-contro – o 34º Congresso Anual da EPSA que vai ter lugar de 26 de Abril a 2 de Maio em Cracóvia, Polónia.

Mariana Fróis

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O IPSF, a EPSA e o SEP

O Mundo é uma coisa enorme. Existem nele mais de 6,6 mil milhões de pessoas, milhares de culturas e

etnias, e centenas de religiões e políti-cas. Existem vegans e punks, muçul-manos e budistas , pessoas que vivem em iglos, homens que têm 15 esposas e 32 filhos e mulheres que vestem saias de palha. O Mundo tem maravi-lhas que às vezes a imaginação não chega para ter uma ideia da sua gran-diosidade. Tu fazes parte deste mundo. O que é que tu já viste do mun-do? Já pensaste que tens a vida toda pela frente e nas mãos a oportunidade de ver todas estas coisas? Conhecer pessoas, descobrir cultu-ras… o mundo está cheio de vida ape-nas à espera que tu a descubras! A vida é uma aventura a que toda a gente tem direito e o mundo é demasiado grande para que restrinjas a tua aven-tura apenas à vista da tua janela! Se é farmácia aquilo que tu queres estudar, se é farmacêutico que tu queres ser quando saíres da faculdade, não espe-res que só Portugal te ensine farmácia! Descobre farmácia pelo mundo e cres-ce não só a nível educacional como pessoal. Queres saber como é que podes conhe-cer Farmácia no mundo lá fora? - É muito simples, existem vários pro-gramas organizados pelas associações internacionais que te dão esta oportu-nidade inesquecível. Estas associações são a EPSA (European Pharmaceu-tical Students Federation) e o IPSF (International Pharmaceutical Stu-dents Federation)   

A EPSA -O Twin I Threen I Quatrino -O IMP - EPSA Annual Congress e Autumn Assembly

- O Twin I Threen I Quatrino – Este é o principal programa de mobilidade da EPSA, envolvendo a partilha de conhecimentos científicos, culturais e pessoais entre vários países membros. Actualmente o NEF/AAC encontra-se num programa denominado Push Obe-sity, juntamente com a AEFFUP do Porto, a AEFFUL de Lisboa e a AEC-FUL da Universidade de Lusófona, em que damos a oportunidade aos nossos alunos de irem à Suécia, Bulgária e Turquia, pelo período de uma semana! Posteriormente, iremos receber estu-dantes destes 3 países, possibilitando-lhes igualmente uma oportunidade única a nível formativo e social! - O IMP (Individual Mobility Programme) – É a tua opor-tunidade de fazer um estágio remune-rado no estrangeiro! É o mais recente projecto da EPSA que permite aos alu-nos de Ciências Farmacêuticas no últi-mo ano de faculdade ou recém-licenciados, usufruir de uma experien-cia profissional no estrangeiro, de 2 a 12 meses, estagiando em empresas, hospitais, laboratórios, faculdades e centros de investigação cientifica de renome a nível europeu. - Autumn Assembly & Annual Con-gress – São os dois maiores eventos

da EPSA, reunindo num único espaço as inúme-ras associações euro-peias membros. Ambas abarcam iniciativas educacionais, nomeada-mente sobre as áreas dos “Working Comi-

tees” – Humanitarian, Pharmaceutical Education, Pharmacy Awareness, Professional Development, Public Health, Mobility e Pharmaceutical Sciences – e sobre o tópico anual – Patents, generics and counterfeits – facing the pharmaceutical challenges of today – para além de actividades recreativas e científicas, como visitas às cidades e o Science Day. O Annual Congress de Abril de 2009 teve lugar

em Reims, França e o próximo ano será em Cracóvia, Polónia. O Autumn Assembly decorreu no passado mês de Outubro, em Génova. O IPSF - O SEP (Student Exchange Officer) - MPNUP (Mobile Pharmacy in Northen Uganda Project) - IPSF World Congress Nesta edição d’O Pilão vamos concentrar-nos no IPSF e nos seus programas. O primeiro e mais famoso de todos, é o SEP. SEP – Student Exchange Programme O que é? O SEP é um programa de inter-câmbio que te dá a oportunidade de fazer um estágio no estrangeiro. Para que países posso ir? Sendo o SEP um programa do IPSF, e sendo o IPSF uma federação internacional, podes ir para vários paí-ses pelo mundo fora! Actualmente mais de 50 países participam no SEP e meio milhar de intercâmbios são feitos todos os anos.

Em que período posso ir? Os intercâmbios podem ocorrer a qualquer altura do ano. No entanto, normalmente acontecem entre Maio e Setembro. Os meses de Verão (Junho, Julho e Agosto) são os preferidos da

You, Pharmacy and “The Outside World”

Internacional

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maior parte dos estudantes. Os está-gios duram normalmente de 1 a 3 meses, mas podem durar menos (2 ou 3 semanas).

Em que áreas se faz estágio? Podes fazer estágio nas seguin-tes áreas: Farmácia Comunitária, Far-mácia Hospitalar, Indústria Farmacêu-tica e Investigação. O que tenho de pagar? As únicas coisas com que te tens de preocupar a nível monetário são: - Tens de pagar uma “aplication fee” de 36€ à APEF, apenas depois de seres pré-seleccionado. - Tens de preparar um cheque caução de 100€, também apenas depois de seres pré-seleccionado. Este dinheiro apenas é debitado caso: desistas do teu estágio depois de já teres sido coloca-do ou caso estragues alguma coisa durante o teu estágio. Como é para o Alojamento e para a Viagem?

O alojamento é sempre provi-denciado pela associação local que te acolhe. No entanto, este alojamento pode ser gratuito ou não. I s t o depende do país para onde decidas ir. Existem países onde não tens que pagar absolutamente nada, outros em que pagas parte e outros em que pagas tudo. Porém, normalmente estes valores nunca são muito altos dado que se trata de locais como residências universitárias ou pousadas.

A via-gem é da res-ponsabil idade do estudante. És tu quem trata de

reservar e pagar todas as despesas relativas ao voo. Como faço a minha candidatura? No site da base de dados do SEP: http://sep.ipsf.org Depois de te registares, fazes o login e preenches a tua Aplication Form. Aqui tens que nomear 3 países à tua escolha e em seguida 2 áreas do teu interesse. Não te esqueças de anexar um Curri-culum Vitae e uma Motivation Letter. Tudo isto deve ser escrito em inglês.

Como é feita a selecção e quanto tempo demora? Depois de te candidatares ao SEP tens que esperar pela Pré-Selecção. Esta Pré-Selecção é feita pelas Relações Internacionais do NEF/AAC e os critérios são basicamente estes (não estão por ordem de priorida-de): Possuir CV e Carta de Motivação

escritos em inglês; Domínio do Inglês e/ou da língua do

país para onde vai. Necessário apre-sentar certificado após a pré-selecção, caso isso não se verifique a selecção é anulada e passa-se a vaga para o primeiro suplemento;

E x p e r i ê n c i a A s s o c i a t i v a (Associações locais, nacionais e internacionais);

Alunos de Investigação e estágios extracurriculares;

Ano em que estás matriculado (5º> 4º> 3º…);

Congressos Internacionais; Congressos Científicos Locais ou

Simpósios; Qualidades e mais-valias (exemplo:

Voluntariado, Trabalho para a Comunidade);

Alojar estudantes de SEP em anos anteriores ou ajudar na sua recepção;

Estudantes que não foram Pré-seleccionados em anos anteriores ou não foram colocados pelo SEO.

Estudantes que já participaram no SEP posteriormente ou que foram colocados mas desistiram do intercâm-bio têm pontos negativos. Os resultados da Pré-selecção saem em Janeiro e o sucesso/insucesso da tua Colocação é te informado mais tarde, assim que todo o processo esti-ver concluído.

As Inscrições abrem

dia 4 de Dezembro e duram até dia 18!

Para mais informações contacta: [email protected]

MPNUP – Mobile Pharmacy in Northen Uganda Project

MPNUP é um projecto dispo-

nível para todos os estudantes de far-mácia. O voluntariado é uma experiên-cia que ninguém deveria perder.

Conhecer o mundo não signifi-ca só conhecer aquilo que ele tem de bom. Este mundo de maravilhas, está ainda mais cheio de tristezas e desgra-ças que tu podes mudar! Crescer, aprender, ser alguém na vida não se resume àquilo que estudas ou àquilo que pensas que sabes. Crescer, signifi-ca saber e ter consciência de que a vida é muito mais do que aquilo a que estamos habituados. Não queiras pen-sar que cresceste quando ainda não sabes aquilo que o mundo te é capaz de dar e tirar. Existem crianças pelo mundo fora que nunca vão ter a opor-

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tunidade de chegar à tua idade e já viveram situações com que tu nunca poderias imaginar, situações que a tua vida não te ensinou a enfrentar. Elas conhecem a palavra Coragem, tu ainda não. Ajudar estas crianças a suportar a vida que o mundo lhes deu é a maneira

mais profunda que alguma vez podes encontrar para aprender a enfrentar a tua própria vida e aquilo que queres fazer dela. Doenças, fome, pobreza… não são coisas que só existem em filmes e documentários, são reais e tu podes fazer alguma coisa por elas! Tens a oportunidade de estar em contacto com tudo isto e muito mais nas tuas mãos, não fiques a ver pela televisão, tu podes estar lá, tu podes mudar a vida destas crianças e com toda a cer-teza, também a tua.

Este é um programa de volun-tariado do IPSF. O trabalho de quem se voluntaria consiste basicamente na dispensa e aconselhamento individual de medicamentos. A maioria das pessoas está mui-to doente ou mesmo à beira da morte. A maior parte das vezes, resta-nos aju-dar da melhor manei-ra que conseguirmos.

Este projecto, vai realizar-se no dis-trito de Pader, no Norte do Uganda. É uma área segura. Na capital, Gulu trabalham algumas

organizações não-governamentais, o que faz com que a presença de indiví-duos e organizações que ajudam, atra-vés de todas as maneiras possíveis, as vítimas da guerra civil que dura há cerca de 21 anos, seja uma constante. A cerca de 50km de distância de Gulu, existem campos de recolonização, cujos habitantes são também popula-ção-alvo deste projecto. Ogwil, Ongany, Amoko Lagwai, Awal, Owe-ka e Bolo-Agweng são alguns destes campos. Apenas dois deles têm escola, os outros não têm qualquer tipo de facilidades. As estadias duram no mínimo 6 sema-nas. Por muito que te digam que não, tu

podes mudar o mundo! O Mundo destas pessoas... e o teu!

Para mais informações, contacta: [email protected]

IPSF World Congress

É a única actividade anual que reúne todos os membros da Federação Internacional de Estudantes de Farmá-cia, sendo um espaço de diálogo, debate e de toma de posições no que diz respeito ao futuro da federação. No entanto os participantes têm também acesso a workshops sobre as mais variadas actividades e projectos do IPSF, a um Fórum Educacional, um simpósio Científico e a eventos sociais.

Este ano decorreu na paradisíaca ilha de Bali, Indonésia e no próximo Verão terá lugar na belíssima cidade de Liubliana, Eslovénia.

“O 56th IPSF Congress – Slo-venia” vai ter como tema “Gene The-rapy: Use or Abuse?” para o Simpósio e Poster Exhibition, e o tópico “Leadership in Practice” para o Forúm Educacional. No que diz res-peito ao programa dos Workshops, podes contar com temas como HIV,

Tobacco, Diabetes, Humanitarian, Clinical Skill Event, etc. Por fim, não nos podemos esquecer do objectivo sociocultural do congresso. Este con-gresso conta com uma cerimónia de abertura, uma noite de gala, uma noite internacional, uma noite tipicamente Eslovena e muitas noites temáticas. Outra oportunidade imperdível é o Post Congress Tour, uma excursão de uma semana que te dá a conhecer tudo o que a Eslovénia tem para mostrar!

Caso estejas interessado em par-ticipar, os períodos de inscrição são entre 15 de Janeiro e 31 de Março –350€ – ou entre 1 de Abril e 31 de Maio – 450€ – ou entre 1 de Junho e 15 de Julho – 550€. Estes preços incluem o alojamento, comida e todas as actividades do congresso (à excep-ção do Post Congress Tour). As des-pesas com a viagem também são da tua responsabilidade. Para saber mais sobre o congres-so e a tua inscrição contacta a CP da APEF, Catarina Lopes ([email protected]).

Teresa Torres

Internacional

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O Pilão | 21Internacional

Projecto Quatrino - Suécia

projecto Quatrino consiste num intercâmbio de estudantes de far-mácia entre 4 países. Este ano lectivo as nações seleccionadas foram Portu-gal, Suécia, Turquia e Bulgária. Na semana de 13 a 20 de Novembro de 2009 foi a vez da Suécia receber os alunos dos outros países, tendo feito um excelente trabalho.

De Portugal seguimos 12 alunos, de Coimbra, Porto e da Universi-dade Lusófona e após chegarmos ao aeroporto da capital Sueca, o Paul (responsável na Suécia) estava à nossa espera e levou-nos até à cidade de Uppsala, cidade essa que seria a nossa casa durante uma semana. Estava muito frio, cerca de 2ºC, mas isso não parecia incomodar o Paul, apenas a nós Portugueses. A universidade de Uppsala é das mais antigas da Europa e do mundo (1477), quase tão antiga como a Universidade de Coimbra (1290). Logo na 1.ª noite fomos à Uplands Nation. “Mas o que é uma Nation?” perguntámo-nos. Uppsala tem 13 Nation’s que representam as várias regiões da Suécia, sendo cada Nation gerida pelos estudantes que provêm da sua região. Assim, uma Nation é uma casa onde os alunos responsáveis organizam eventos culturais, desportivos e sociais como festas na própria Nation, onde para além de um bar há várias pistas de dança. Um facto engraçado é que estas Nation’s são casas particulares bastante grandes e antigas onde, como foi o caso da Uplands Nation, uma das pistas de dança ficava na biblioteca da casa! Mas à 1h da manhã foi hora da pista fechar e de ir dormir!

No entanto, nem tudo era convívio e como havia um trabalho a desenvolver sobre o tema “Doenças Cardiovasculares” fomos divididos em 8 grupos. Durante os primeiros dias os grupos 1 a 4 criaram um panfleto com advertências aos riscos car-diovasculares enquanto que os grupos 5 a 8 formularam um questionário englobando perguntas desde alimentação, desporto até conhecimentos pessoais dos riscos cardiovasculares. Para nos ajudar a desenvolver este trabalho tivemos 3 palestras com pro-fessores da Universidade. Na Quarta-feira à tarde os grupos 1 a 4 distribuíram os panfletos no centro da cidade enquanto que os outros grupos deslocaram-se à Faculdade de Farmácia e de Engenharia para que os questionários fossem respondidos pelos estudantes. Nestes dias, para além do trabalho desenvolvido, a diversão não faltou na Pharmen (Associação de Estudantes de Farmácia), com bilhar, TV, Internet, guitar hero, ping-pong, xadrez, piano e à noite não podia faltar o bar e a pista de dança! Numa das tardes fomos ao ginásio do Campo das Ciências e jogámos floorball. Domingo à tarde tivemos oportunidade de visi-tar Estocolmo. Apesar do tempo ser pouco e de às 16H estar já noite cerrada, deu para apreciar uma parte da bonita cidade que tem uma arquitectura rica, tendo visitado também as várias ilhas pela qual a cidade é conhecida. Terça-feira visitámos o Jardim Botânico de Uppsala onde ficámos a conhecer muito da vida de Carl Linné, uma das figuras Suecas mais importantes de sem-pre. As noites em Uppsala eram sempre uma surpresa! Ao jantar a diversão era a palavra de ordem! A delegação Sueca ensi-nou algumas músicas que costumam cantar (e dançar!) aos jantares. Quando se batia com as mãos na mesa lá começávamos todos a cantar músicas como “Oh my Darling Clementine” e “Cocaine Bill”. Segunda-feira à noite fomos surpreendidos na Pharmen, onde sempre jantávamos, por uma pequena banda formada por alunos de Farmácia vestidos a rigor para se diverti-rem. A actuação foi sem dúvida engraçada pois risos não faltaram, apesar de os dotes vocais e musicais dos elementos não serem dos melhores. Terça-feira à noite fomos à Snerikes Nation no qual o jantar foi animado pelos Portugueses ao som da tra-dicional canção “ E se a … quer ser cá da malta, tem que beber esse copo até ao fim” e como não podia deixar de ser a anima-ção continuou na pista de dança. Na Quarta-feira de manhã visitámos rapidamente a cidade de Uppsala e apesar de se asseme-lhar a uma pequena vila, tem uma beleza muito especial que nos faz sentir em casa. Nesse dia à noite foi o jantar de gala onde todos nos vestimos a rigor e saboreámos o maravilhoso jantar preparado pelos nossos colegas Suecos. No penúltimo dia deixá-mos Uppsala e fomos para Norreda, uma pequena estância no meio da floresta com cerca de 7 cabanas junto a um lago magní-fico. Os rapazes Suecos e Búlgaros cumpriram uma tradição de mergulharem no lago frio e de irem logo a seguir para a sauna, enquanto que os restantes estudantes ficaram quentinhos na cabana do convívio, quer a ver filmes, quer a jogar xadrez ou cartas ou a ouvir música.

Após todo o convívio entre as 4 delegações e de muitas amizades já feitas, todos se davam conta que a semana estava a chegar ao fim. Alguns, para aproveitarem todos os momentos, ficaram a falar durante a madrugada, fazendo directa. E assim, na manhã de Sexta-feira, por volta das 7H, as despedidas faziam-se ouvir. A saudade dos momentos passados juntos já se sen-tia, mesmo sabendo que nos voltaríamos a ver brevemente em Portugal!

Agradeço em nome de todos os participantes Portugueses ao Samo, Paul, Vida, Heaven, Mabel, Hanna, Robert, Elin, Namir, Anna, Levar, Josefin, Milen, Haly e Karin por todo o vosso esforço e dedicação, pelas refeições que cozinharam para nós, pelo magnífico hotel académico onde nos instalaram (onde o chão da casa de banho era aquecido), por nos terem guiado na cidade de Estocolmo… enfim, foram incansáveis e fizeram-nos esquecer o frio e o céu nublado que encobria totalmente o sol durante todo o dia (só vimos o sol um dia!). Muito obrigado e vemo-nos em Portugal!

Francisca Paisana

O

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Cultura e Lazer

N No passado dia 13 de Novem-bro, um grupo de 25 estudantes da Faculdade de Farmácia de Coimbra arrancou rumo a Seia para mais um inesquecível MEEF – Mega Encontro de Estudantes de Farmácia.

Éramos um grupo restrito mas cheio de vontade de conviver, de se divertir e acima de tudo deixar de par-te, por momentos, todas as preocupa-ções e trabalho que tão bem caracteri-zam Bolonha e que foram responsá-veis por ter deixado tantos colegas sem hipótese de participar.

Chegados à Quinta do Creste-lo, começámos logo por fazer slide e nem parecia 6ª-feira 13, já que nin-guém caiu e tudo correu da melhor forma. Do slide seguiu-se a piscina interior e depois o jantar onde não fal-tou nada, com qualidade na ementa acima de qualquer expectativa e um espírito de grupo próprio de quem estuda nesta faculdade. As músicas eram umas atrás das outras e acompa-nhavam o espírito boémio no calor do salão de jantares, onde se iniciou a noite. Por nossa conta tínhamos poste-

riormente um espaço, também dentro da quinta, com matraquilhos, snooker e ping-pong, música, bebida e muita vontade de dançar. Era a noite das cores e cada um se vestiu consoante a cor atribuída ao seu ano. A noite ter-minou nos apartamentos que nos encheram os olhos e a alma por pro-porcionarem tanto conforto, depois de um dia em cheio.

No sábado, acordámos para um almoço recheado que nos deu energia para uma tarde de paintball, também num espaço apropriado da quinta, com acompanhamento de um monitor que rapidamente se tornou o nosso melhor amigo! Seguiu-se novamente piscina interior, ou exterior para quem não teve medo do frio e novamente um jantar com tudo aquilo a que tínhamos direito. A noite foi nossa, a noite do PIJAMA. Nunca tínhamos saído à noi-te tão confortáveis! Vestidos a rigor, a animação não faltou e as músicas gri-tadas ao som de uma cerveja foram constantes! E sim, estávamos numa quinta porque não faltaram as nossas amigas galinhas e o nosso querido Ganso, aos quais não tivemos tempo de atribuir nomes mas foram grandes companheiros da noite. Um bem haja para eles. Domingo, dia de regresso, a Quinta já deixava saudades e ainda estávamos só no pequeno-almoço. Queijo da serra e pãozinho quente faziam as delícias da manhã. Arruma-

ram-se sacos e mochilas para regres-sar, ainda houve mergulhos na piscina e convívios entre apartamentos. Almo-çámos e para grande surpresa nossa fomos presenteados com castanhas e jeropiga, não estivéssemos nós em ple-no Novembro, ao som de um organista (não era o Sérgio Paulo mas não esta-va nada mal) que fez um bailarico enquanto dançávamos com os nossos amigos e amigas da 3ª idade que nesse dia almoçaram no mesmo espaço.

Não podemos deixar de referir o nosso grande caloiro BISCOITO, que foi o único caloiro com disponibi-lidade de participar no MEEF e do qual temos muito orgulho por todo o espírito dele durante o seu 1º MEEF! Esperemos que os próximos possam ter a participação de todos para que tenham a vivência deste encontro. Mochilas feitas, muita saudade e muita história para contar…regressámos a Coimbra, com juramen-to feito de para o ano lá voltar.

Catarina Costa

Mega Encontro de Estudantes de Farmácia (MEEF)

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O Pilão | 23 Informação

Sabias que podes ter acesso às últimas novidades de divulgação científica a partir de tua casa?

uantos de nós, para fazer este ou aquele trabalho, não perdemos longas horas à procura de informação em livros, enciclopédias e nos sites da vasta internet… Motores de busca (tipo Google) e enciclopédias on-line (tipo Wikipédia) são por vezes as opções que resultados mais rápidos nos oferecem, no entanto, podem não ser a fonte mais fiável de informação. Pois bem, e se te disséssemos que grande parte da informa-ção que encontras nos locais mencionados provém de publicações periódicas que podes facilmente consultar on-line, acreditarias?

A b-on – biblioteca de conhecimento online, http://www.b-on.pt/ – é um serviço que reúne as principais editoras de revistas internacionais de modo a oferecer um vasto conjunto de artigos on-line, em texto integral e de acesso ilimita-do e permanente, nas diversas áreas do conhecimento divididas por tópicos: Artes e Humanidades, Ciências Sociais, Ciências da Saúde, e Engenharia/Tecnologia.

O site do serviço está disposto de forma intuitiva, com um verdadeiro manual de instruções de utilização - o E-

LEARNING - e com dicas muito úteis para nós estudantes, desde como escolher palavras-chave para pesquisas, a reco-mendações de como fazer uma apresentação em Powerpoint ou mesmo uma tese [em Página Inicial > A b-on para… ESTUDANTES]. Poderás também registar-te e ter acesso a uma área pessoal em que poderás guardar pesquisas, criar aler-tas, visualizar pesquisas anteriores, entre outras opções.

Como aceder a toda esta fonte de informação?

Necessitas apenas de um computador com ligação à internet na rede da Universidade de Coimbra (subscritor do serviço), ou a partir de casa através de Proxy ou VPN. Caso contrário, não estarás autorizado a fazer pesquisas no site.

Que passos devo seguir para usufruir do acesso sem limites a publicações de maior referência a nível mundial?

No domínio uc.pt (i.e., se estiveres conectado à rede da U.C.), poderás aceder ao serviço directamente no site da b-on, http://www.b-on.pt/.

Em casa, terás de aceder ao serviço de acesso remoto a bibliotecas on-line, Webvpn http://webvpn.uc.pt/ inse-

rindo no espaço USERNAME o e-mail respectivo ao teu número de aluno na UC (por ex. no formato uc200*****@student.ff.uc.pt) e no espaço PASSWORD a password respectiva ao e-mail por ti utilizado. Terás acesso a um menu com diversas ferramentas: a Encyclopedia of Life Sciences, Web of Knowledge e, entre outras, o encaminhamento para o serviço b-on (desta vez de forma já autenticada).

Como pesquiso na b-on e acedo aos artigos?

Na página inicial da b-on deverás preencher o espaço “Insira a expressão de pesquisa” com as palavras-chave do que pretendes encontrar e o conjunto de pesquisa com o respectivo conjunto (ex. Ciências da Saúde), carregando depois em OK. A pesquisa nas várias bases de dados poderá demorar um pouco de acordo com a velocidade da tua internet. Após terminada a busca, aparecer-te-á uma lista com os registos descarregados ordenados (por predefinição) de acordo com um ranking com os respectivos detalhes. Se desejares alterar a ordem de como os artigos estão expostos poderás fazê-lo de acordo com o assunto, datas ou mesmo Autores, na coluna no lado direito da página.

Para acederes ao artigo integral deverás clicar no ícone da b-on que acompanha a referência ao artigo. Aparecer-te-á uma nova janela que, no caso do texto integral estar disponível para download (o que nem sempre acontece, particu-larmente com artigos muito recentes), te reencaminhará para o site onde o artigo está disponível e onde poderás fazer o download.

Como vês, este serviço é simples, rápido, e ainda mais… completo! No caso de não encontrares o que pretendes exactamente, podes sempre dirigir-te à nova Biblioteca das Ciências

da Saúde, que terás ao teu dispor a ajuda que necessitares. Se ainda não conheces a b-on, não hesites em experimentá-la! O verdadeiro conhecimento, à distância de um

clique.

Fonte: b-onJoão Abrantes

Q

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O Pilão | 24

N “Exmos Srs Leitores do Pilão” …

a altura em que escrevo, devo começar por anunciar que está prevista a realização do IV Congresso Científi-co Anual do Núcleo de Estudantes de Farmácia para os dias 2 e 3 de Dezem-bro de 2009. Este evento terá lugar nos Auditórios da Reitoria da Universida-de de Coimbra no pólo 1 da Universi-dade, e será subordinado ao tema das “Doenças Degenerativas”.

É importante dizer que este, naturalmente, um evento principal-mente dirigido aos estudantes da Faculdade de Farmácia da Universida-de de Coimbra, mas também a todos os membros de uma enorme comuni-dade: o meio Universitário e Científi-co Português, bem todos os docentes e profissionais do sector das Ciências da Saúde interessados. Passava agora a contar a história da “montagem” de um Congresso… A escolha do tema para o Con-gresso é sempre baseada numa pesqui-sa na Internet, onde procuramos entre os temas que considerámos possíveis as várias temáticas que podem ser abordadas. É assim que acabamos por eleger o tema: será aquele que tiver mais do que se falar, que seja mais vasto, mais abrangente e ao mesmo tempo mais “aplicável” à nossa vida presente e futura, enquanto estudantes da Faculdade de Farmácia. E foi assim que escolhemos o tema das Doenças Degenerativas: é actual, é vasto, é completo e interessa-nos enquanto profissionais de Saúde! Além disso este é um tema que nos permite fazer vários “intercâmbios” de conhecimen-tos com os vários profissionais de Saú-de. A escolha dos oradores é crite-riosa, e pode ser feita de dois modos. Durante a pesquisa sobre o tema, mui-tas vezes encontramos trabalhos inte-ressantes desenvolvidos por um indivi-duo ou entidade que queremos trazer. Nesse caso, envidamos todos os esfor-ços possíveis para trazer essa pessoa ou equipa ao nosso Congresso. Outro

modo (e de longe o mais vastamente utilizado, não só pelas maiores garan-tias e sucesso mas também porque é mais fiável) é através do aconselha-mento feito por um Professor. No caso do IV Congresso Cientifico anual do NEF¸ contámos com a preciosa ajuda da Sra. Professora Isabel Vitoria Figueiredo. Foi ela quem nos aconse-lhou procurarmos muitos dos oradores que vão estar presentes no Congresso. Já agora, deixamos aqui publicamente uma nota de agradecimento. Tudo isto se processa com o objectivo de trazer apenas os oradores mais qualificados e conceituados para que a formação que transmitimos aos participantes no Congresso seja inequivocamente a melhor.

Quanto às datas, há a considerar que é já tradição que o Congresso encerre um mandato do NEF/AAC, portanto apontar-se-á sempre para Dezembro. É também importante ter em conta a maior disponibilidade pos-sível (que possamos prever no momento de início da organização) de todos os alunos da Faculdade, bem como dos profissionais contactados. É de relevar que os oradores e modera-dores das sessões são profissionais

com vida estabelecida, com os seus empregos, famílias e compromissos particulares. São estes pormenores que no dia-a-dia da organização de um Congresso se revelam como um enor-me desafio… Aliás, tudo o que se rela-cione com coordenar muitas pessoas ao mesmo tempo, para o mesmo local, em horários distintos, com (in)disponibilidades próprias é forçosa-mente complicado… Por fim vem o apoio logístico, nem sempre disponível a tempo e horas, nem sempre disponível sequer... Uma vez que todo este projecto é de grande envergadura e tudo tem os seus custos, procuramos obter o maior número e os melhores patrocínios pos-síveis – quer em géneros (como cane-tas) quer em dinheiro. Em contraparti-da asseguramos sempre às entidades a melhor publicidade possível! Depois de muitas peripécias (naturais e próprias das circunstâncias) esperamos que o Congresso seja, como sempre tem sido, um sucesso e que tudo corra pelo melhor! É impor-tante sobretudo não deixar de partici-par, uma vez que estar no Congresso é sempre uma aposta no Futuro.

Margarida Dourado

IV Congresso Científico Anual do NEF/AAC Doenças Degenerativas

Actividades

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Pelouros do NEF/AAC

Cultura Caros Colegas, tal com disse na ultima edição do nosso pilão “Ser estudante não é só ir às aulas,a formação pessoal é também muito importante, passando por um bom acesso à cultura, lazer e convívio”.Sendo assim este semestre o pelouro da Cultura veio dar conti-nuidade ao seu projecto organizando o último Mega Convívio no Palácio dos Melos, a últi-ma despedida nos nossos Claustros que tantas histórias viveu com os Estudantes da nossa Faculdade, o tradicional Magusto Farmacêuti-co, estreando o Pólo III relativamente a activi-dades de convívio organizadas pela Cultura, o Jantar da Serenata na Latada e a barraca “Farmácia um Porto de Abrigo” na latada. Temos ainda pela frente a organização da Semana Cultural e o Jantar de Gala do próxi-mo congresso do NEF.

Bruno Agria _____________________________________ Desporto O Pelouro do Desporto é um pelouro que continua a apostar nas actividades despor-tivas e radicais para os estudantes da Faculda-de de Farmácia. Como exemplo disso, tivemos um início em grande com actividades do tipo: torneio de Futebol, Torneio de PES e Torneio de Sueca/Trivial. Agora neste 1º Semes-tre começamos em grande, nada melhor do que sentir a brisa do rio Mondego, fizemos a Descida deste mesmo, de Kayak com um pequeno Rappel de 9 metros a meio do percur-so. Passamos por rápidos (pequenos) e por baixo de várias pontes com muita molha pelo meio. Como era de esperar, ainda deu para a bela da cervejinha na praia Fluvial. Continuamos agora com o Torneio de PES/POKER/PARTY & CO que promete. Logo a seguir avançamos para actividades com mais cultura promovendo alguns jogos tradicionais com uma MEGA MOBILIZAÇÃO de caloi-ros. Para terminar o semestre em grande, nada melhor que uma corrida de KARTS. Sentes-te preparado para a adrenalina?

Filipe Pires _____________________________________ Formação Este semestre estivemos a preparar o IV Congresso Científico Anual sobre "Doenças Degenerativas". Vai realizar-se nos dias 2 e 3 e Dezembro de 2009 nos Auditórios da Reitoria da Universidade de Coimbra. Vamos contar com a colaboração dos Serviços de Neurologia e Reumatologia doa HUC, colaboradores dos Cuidados Paliativos do IPOFG de Coimbra, docentes da FFUC, FMUC e Universidade de Aveiro. Esta equipa, tal como a conheceram ao longe de um ano de mandato, termina aqui e assim a sua tarefa. resta-nos desejar ao próximo grupo da Formação a melhor sorte e o maior sucesso possíveis.

Margarida Dourado

_____________________________________ Informação

Ver Nota Editorial

____________________________ Pedagogia Este semestre, o pelouro da Pedagogia continuou o seu trabalho na tentativa de perce-ber efectivamente aquilo que os alunos sentem face ao ensino na FFUC. Tanto por meio de inquéritos pedagógicos, que se pautaram por um conjunto de questões acerca das diferentes unidades curriculares, como por inquéritos mais pequenos de resposta rápida relativos ao Ensino no geral. Inseridas na semana cultural, as Jorna-das Pedagógicas realizaram-se na semana de 23 a 27 de Novembro. Consistiram num work-shop relativo às “Saídas Profissionais – As diferentes vertentes da actividade Farmacêuti-ca” cujo objectivo foi esclarecer os alunos quanto ao ramo a escolher aquando o final do curso de Ciências Farmacêuticas; e culmina-ram com um debate entre professores e alunos onde, mais do que confrontar ideias e perceber os pontos comuns, se pretendeu estabelecer uma ponte de diálogo entre estes dois interve-nientes fulcrais no sistema de ensino, esperan-do ter aberto o caminho a conversações futu-ras.

Maria Inês Correia _____________________________________ Projectos para a Sociedade Desde a última edição do Pilão até hoje o pelouro organizou uma acção de Detecção de Doenças Cardiovasculares, no dia 13 de Maio, que decorreu no Anfiteatro da AAC. Tem a Semana da Solidariedade programada (23 a 27 de Novembro), organização de duas acções de formação de rastreios (com data ainda a definir) e está em contacto com o Coimbra Shopping para a organização de ras-treios juntamente com a recolha de fundos para a compra de uma cadeira de rodas. Con-tactos com a ValorMed foram feitos para par-ticipar nesta iniciativa (falta a confirmação das duas partes).

Eliana Mota _____________________________________ Promoção da Saúde

Este semestre o pelouro da promoção para a saúde pretendeu com as actividades realizadas sensibilizar os alunos da faculdade de farmácia para algumas causas solidárias em que podemos intervir. Neste sentido, e em conjunto com o instituto Português do sangue, realizámos uma mega recolha de sangue, que teve um grande sucesso na nossa faculdade, pois mais de noventa pessoas contribuíram para esta causa entre alunos e professores.

Aproveito ainda para mencionar, que visto que dia 1 de Dezembro é o dia mundial da SIDA vamos ainda realizar durante este mês um workshop, cuja oradora será a Dr. Ana Miguel, que nos vai elucidar acerca do

papel do farmacêutico no dia a dia destes doentes.

Rita Silveira

____________________________ Relações Internacionais

A Semana Internacional é uma activi-dade da APEF que visa informar os alunos sobre todos os projectos que a Associação realiza além fronteiras.

Todos os interessados puderam estar presentes no passado dia 18 de Novembro no anfiteatro Garcia da Horta e ver desvendadas todas as suas dúvidas. Para isso contámos com a presença de vários membros da APEF.

Para começar, Miguel Mendes (LS), que sendo o responsável pelas ligações com a EPSA (European Pharmaceutical Students Association), falou sobre esta associação e dos seus objectivos. Lígia Gomes, como futura IMP, isto é, responsável pelo Individual Mobi-lity Programme, projecto também da EPSA, explicou-nos tudo acerca deste programa, bem como do Quatrino, projecto que já começou na nossa faculdade (ver pag….artigo sobre quatrino).

Foi focada também a International Pharmaceutical Students Federation – IPSF – associação organizadora do bem sucedido Student Exchange Programme (SEP). A res-ponsável pelo programa, Teresa Torres, pôde esclarecer todos os que tencionam fazer um estágio de verão no estrangeiro. E para aque-les que não estavam ainda convencidos, escu-tar o testemunho, na primeira pessoa, de alu-nos que passaram por tudo este ano vieram desfazer qualquer incerteza!

Para aqueles que não puderam estar presentes ou que, por qualquer motivo, ainda tenham alguma dúvida, podem esclarecer-se contactando o pelouro das relações internacio-nais: [email protected]

Aventura-te! Patrícia Pessoa

_____________________________________Relações Internas-Externas Nesta segunda fase de mandato o Pelouro das Relações Externas tem, como habitualmente, trabalhado para a angariação de patrocínios para as actividades do NEF/AAC. Para além disso, foi o responsável pela representação do teu núcleo na ExpoFarma tendo preparado uma brochura para distribuir aos participantes deste evento; durante o mes-mo, foram distribuídos exemplares d’O Pilão e pastas académicas da Casa Infantil Elísio de Moura. No passado dia 10 de Novembro este pelouro organizou uma visita de estudo ao Biocant que contou com a participação de 38 alunos desta faculdade. Estes tiveram a opor-tunidade de conhecer um centro que realiza investigação recorrendo à tecnologia de mais alto nível que existe no nosso país na área da Biologia Molecular.

Mariana Fróis

Pelouros

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O Pilão | 26 Pelouros do NEF/AAC

______________________________________________________ Saídas Profissionais

Activo, dinâmico, feminino, é assim o Pelouro das Saídas Profissionais!

O nosso pelouro, tal como aconteceu no semestre passado, manteve como objectivo principal o esclarecimento dos alunos quanto as saídas profissionais e portanto continuar a dar a oportuni-dade de “abrir novos horizontes”!

No passado dia 19 de Outubro decorreu o workshop de “Criopreservação de Células estaminais”, cuja oradora foi a Drª Carla Cardoso, doutorada em Farmácia e investigadora do departa-mento de I&D da Crioestaminal. A exposição incidiu sobre o fun-cionamento da Crioestaminal e deu a conhecer como se desenrola todo o processo de preservação das células do cordão umbilical. Trata-se de uma área ainda em desenvolvimento, tendo em conta que, por agora, as células estaminais são preservadas durante um período de 20 anos. No entanto, está em franca expansão e perspec-tiva-se que venha a ter grandes progressos nos próximos anos, e que consequentemente o tempo de vida útil destas células aumente. O modo como as células são recolhidas e como são transportadas até à sua chegada aos laboratórios da Crioestaminal foi outro ponto abordado nesta sessão. “O farmacêutico e as perícias forenses: química e toxicologia forense” foi o tema do workshop realizado no dia 16 de Novembro e teve como orador o Professor Duarte Nuno Vieira que entre outros títulos conta com o de presidente do Instituto Nacional de Medicina Legal. O workshop começou com uma resenha histórica da medicina legal e com o desvirtuar da ideia de que a medicina legal se resume à realização de autópsias. Foi-nos então dada infor-mação sobre todo o trabalho que é desenvolvido pelos peritos, quer através de imagens divertidas, quer através de imagens chocantes. Foi muito bom e muito construtivo.

Sónia Silva

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O Pilão | 27

Sopa de Letras Encontra as 16 Formas Farmacêuticas escondidas em todas as direcções.

“Estou a gostar mui-to do ambiente da nossa faculdade, está a superar as minhas expectati-vas. A praxe foi bastante integrante, diverti-me imenso.”

Ricardo, Ciências Bioanalíticas

Caloiros na FFUC

Sudoku Nível: Intermédio. O objectivo é preencher uma quadrícula de 9x9 qua-drados, divididos em sub-quadrículas de 3x3, com os números de 1 a 9, par-tindo de números dispostos em alguns dos quadrados, sem repetir nenhum número.

Passatempos

“Estou adorar! Os colegas mais velhos são muito simpáticos e ajudaram imenso a integração de todos os caloirinhos. Só tenho pena de não ter estu-dado nos Mellos.”

Eva, MICF

“A praxe permitiu-me conhecer novas pes-soas e fazer grandes amigos. Une-nos e torna-nos uma grande família.”

Inês, Farmácia Biomédica

3 8 4

6 7

6 3 8

1 5 4

4 3 8 2

2 7 1 8 4 1 5 7

1 2 6 Soluções:

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O Pilão | 28Cartoon

Mais nesta edição d’O Pilão...

Ouvimos a opinião do Prof. Dr. João Rui Pita sobre a função social do Farmacêutico e da Farmácia de oficina . . . . . . . . . 3

________________________ Biotecnologia, Presente e Futuro . 4

________________________ APEF - 11 anos a representar os estudantes . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6

________________________ Pedagogia - Um mito na FFUC? . 12

________________________ Ansiedade do jovem adulto enquanto estudante. Revista Semana Médica . . . . . 13

________________________

EPSA Autumn Assembly . . . . . 17 ________________________

b-on, como funciona? . . . . . . . . 23________________________

Congresso Científico NEF/AAC . 24