o período sarney

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1985 - 1990

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1985 - 1990

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Biografia de José Sarney

A transição democrática

Diretas já !

Eleição e morte de Tancredo Neves

A hiper-inflação

Planos econômicos

Indicadores Sociais do período

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José Ribamar Ferreira de Araújo Costa nasceu na cidade de Pinheiro - MA, em

24 de abril de 1930. Adotou o nome de Sarney em homenagem ao pai, Sarney

de Araújo Costa. Formado em direito em 1954, ingressou na política como

suplente do deputado federal pela UDN (União Democrática Nacional).

Foi eleito por dois mandatos como deputado federal (1958-1965) e, como um

dos líderes do grupo progressista da UDN, defendia entre outras bandeiras, a

reforma agrária no início dos anos 60. Em 1964, fez oposição ao golpe militar

que depôs o presidente João Goulart. Com a instituição do bipartidarismo, em

1965, aderiu ao partido governista, à Arena (Aliança Renovadora Nacional).

Governou o Maranhão (1966-1971) e cumpriu dois mandatos como senador

(1971-1985), tornando-se um dos principais representantes políticos do regime

militar.

Em 1979, após o fim do bipartidarismo, participou da fundação do PDS (Partido

Democrático Social). Deixou o partido em 1984, por ser contrário à escolha de

Paulo Maluf para disputar a eleição indireta à presidência da República.

Ingressou no PMDB (Partido do Movimento Democrático Brasileiro) e foi

indicado como vice-presidente na chapa de Tancredo Neves, pela Frente

Liberal. Em virtude do falecimento de Tancredo, Sarney assumiu a presidência

no dia 15 de abril de 1985.

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Em meio à grande comoção nacional provocada pela morte do recém-eleito Tancredo Neves, alguns setores mais à esquerda defenderam a realização de novas eleições, alegando que o vice-presidente José Sarney, por tudo aquilo que representava, não poderia ser o primeiro presidente da Nova República. Na época, diante das críticas à confirmação de seu nome como presidente, Sarney comprometeu-se com a transição democrática e com os acordos firmados por Tancredo - sem contar a nomeação dos ministros escolhidos pelo presidente eleito. A última eleição indireta de um candidato civil, em 1985, marca o fim do Regime Militar, mas a transição para a democracia só se consolida em 1988, no governo Sarney, quando é promulgada a nova Constituição por uma Assembléia Constituinte.

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Diretas Já foi um dos movimentos de maior participação popular, da história do Brasil. Teve início em 1983, no governo de João Batista Figueiredo e propunha eleições diretas para o cargo de Presidente da República. A campanha ganhou o apoio dos partidos PMDB e PDS, e em pouco tempo, a simpatia da população, que foi às ruas para pedir a volta das eleições diretas. Sob o Regime Militar desde 1964, a última eleição direta para presidente fora em 1960. A Ditadura já estava com seus dias contados. Inflação alta, dívida externa exorbitante, desemprego, expunham a crise do sistema. Em 1984, haveria eleição para a presidência, mas seria realizada de modo indireto, através do Colégio Eleitoral. Para que tal eleição transcorresse pelo voto popular, ou seja, de forma direta, era necessária a aprovação da emenda constitucional proposta pelo deputado Dante de Oliveira. Depois de duas décadas intimidada pela repressão, o movimento das Diretas Já ressuscitou a esperança e a coragem da população. Foram realizadas várias manifestações públicas. Aos gritos de Diretas Já! Mais de um milhão de pessoas lotou a Praça da Sé, na capital paulista. Uma figura de destaque deste movimento foi Ulysses Guimarães (PMDB), apelidado de “o Senhor diretas”. Para que a emenda fosse aprovada, eram necessários 2/3 dos votos. Foram 298 votos a favor e 65 contra e 3 abstenções. Para ser aprovada, a proposta precisava de 320 votos. Com o fim do sonho, restava ainda a eleição indireta, quando dois civis disputariam o cargo. Paulo Maluf (PDS) e Tancredo Neves (PMDB) foram os indicados. Com o apoio das mesmas lideranças das Diretas Já, Tancredo Neves venceu a disputa.

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Tancredo Neves nasceu no dia 4 de março de 1910 em São João Del Rei, Minas Gerais. Com a decretação do Estado Novo getulista, em 1937, interrompeu sua carreira, voltando à política em 1945, com a queda do Estado Novo. Foi eleito deputado federal em 1950 e em 1953, com o apoio de Juscelino Kubitschek, foi ministro da Justiça. Exerceu também os cargos de Primeiro-Ministro no governo de João Goulart e de governador do Estado de Minas Gerais em 1982.

Tancredo aceitou o desafio de se candidatar à Presidência da República e, com o apoio de Ulysses Guimarães venceu as eleições, sendo eleito o primeiro Presidente civil em mais de 20 anos, no dia 15 de janeiro de 1985. A posse estava prevista para o dia 15 de março mas, na véspera, Tancredo foi internado no Hospital de Base, em Brasília, com fortes dores abdominais e José Sarney tomou seu lugar interinamente. Depois de sete cirurgias, veio a falecer em 21 de abril de 1985, aos 75 anos de idade, vítima de infecção generalizada.

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A hiper-inflação ocorreu no Governo José Sarney (1985 – 1990), quando o índice de inflação chegava a 224% ao ano, ocorrendo o congelamento de salários e o fim da correção monetária. Somente em 1994, no final do governo do Itamar Franco, ocorreu o controle financeiro no Brasil. O plano Real, manteve-se em baixa no sucessor governo FHC e está em vigor até os dias de hoje. As inúmeras táticas do Governo Sarney para aplacar os índices de inflação exorbitantes tiveram como conseqüência o desabastecimento. Em Janeiro de 1988, a inflação local chegou à histórica marca de 484,05%, batendo o recorde nacional.A instabilidade econômica gerou insegurança alimentar na população.

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À volta aos padrões democráticos não é suficiente para superar os graves problemas sociais e econômicos advindos da inflação e do endividamento externo. Para enfrentar seus desafios, os governos dos Presidentes José Sarney e Fernando Collor irão praticar sete planos consecutivos de combate à inflação: Cruzado (início de 1986), Cruzado II (final de 1986), Bresser (junho de 1987), Verão (janeiro de 1989), Collor (março de 1990) e Collor 2 (janeiro de 1991). O fracasso ou má condução desses planos levou o país a uma hiperinflação, com a moeda desvalorizada em três decimais duas vezes no período de três anos.

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O aspecto mais importante do Plano Cruzado foi o congelamento dos preços e também dos salários, por um período de um ano. O plano teve um efeito imediato no que se refere ao controle da inflação e aumento do poder aquisitivo da população, mas depois de muita euforia (pois a população de modo geral começou a vigiar os preços e denunciar remarcações), a inflação voltou a crescer.

O Cruzado II foi um pacote fiscal que acabou por fornecer uma válvula de escape para toda a inflação reprimida durante o congelamento de preços. O Plano pretendia controlar o déficit fiscal aumentando a receita tributária.A população teve que enfrentar vários aumentos de preços, num só dia: 60% no preço da gasolina; 120% dos telefones e energia; 100% das bebidas; 80% dos automóveis; 45% a 100% dos cigarros.

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O plano Bresser foi apresentado em 12 de junho de 1987 e apesar de incluir congelamento de preços e salários, ele era diferente do plano anterior pela flexibilidade dessas medidas que deviam durar noventa dias com reajustes periódicos. Essas medidas também foram aplicadas aos preços do setor público e ao câmbio com a finalidade de evitar os déficits das empresas públicas e a supervalorização da moeda que poderia prejudicar as exportações do país. O Plano Bresser também anunciou a adoção de políticas monetária e fiscal ativas. Em relação à política monetária, o governo praticaria taxas de juros reais positivas com o objetivo de inibir a especulação com estoques e o consumo de bens duráveis. A política fiscal visava reduzir o déficit público em 1987 dos 6,7% do PIB para cerca de 3,5%.

No início de 1989 o governo tentou

um novo plano para lidar com a

inflação e contrair a demanda

agregada. Chamado “Plano

Verão”, suas medidas eram um novo

congelamento de preços e

salários, e a introdução de uma

nova moeda, o “Cruzado

Novo”, equivalente a mil cruzados.

Os fracassos dos planos anteriores

se depararam com a falta de

credibilidade do governo e

tornaram sem efeito os decretos

oficiais para congelar e desindexar

preços, resultando no uso de

medidas extralegais para aumentar

os preços. A crise piorou nos últimos

quatro meses, pois a falta de um

ajuste fiscal eficiente e os

persistentes déficits orçamentários

obrigaram o governo a manter uma

alta taxa de juros.

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Como medida de combate à inflação, o governo Sarney adota em 1986 novo padrão monetário, o cruzado, equivalente a mil vezes a moeda anterior, o cruzeiro. A exemplo dos procedimentos anteriores, as cédulas do antigo padrão recebem um carimbo com indicação do valor correspondente em cruzados. A efígie do Presidente Juscelino Kubitschek, que figurava nas cédulas de 100.000 cruzeiros, volta a aparecer na nova nota de 100 cruzados. Posteriormente, novas cédulas são postas em circulação, contendo a legenda DEUS SEJA LOUVADO. Figuras da vida cultural brasileira são agora introduzidas em vez dos tradicionais vultos da história política. No lugar das antigas moedas de cruzeiro, foram cunhadas, entre 1986 e 1988, as moedas de aço inoxidável de 50, 20, 10, 5 e 1 centavos; as de 5 e 1 cruzados, que substituíram as cédulas de 5.000 e 1.000 cruzeiros; e, de 1987 a 1988, as de 10 cruzados também em aço. As moedas de 100 cruzados surgiram em 1988 para comemorar o centenário da assinatura da Lei Áurea e traziam a efígie de criança, homem ou mulher negros, junto com a saudação africana Axé. O conjunto de estrelas ao lado do valor simbolizava o número cem, para facilitar a leitura pelos deficientes visuais.

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No ano de 1989, verifica-se nova desvalorização de três decimais no padrão monetário, que passou a denominar-se cruzado novo. procedendo-se à carimbagem das cédulas de 10.000, 5.000 e 1.000 cruzados, que passaram a valer 10, 5 e 1 cruzados novos. Entram em circulação as cédulas de 100 e 50 cruzados novos, homenageando os poetas Cecília Meireles e Carlos Drummond de Andrade e, para comemorar a passagem do centenário da Proclamação da República, a de 200 cruzados novos. No ano seguinte, faz-se a última emissão em papel-moeda desse padrão, a cédula de 500 cruzados novos, que homenageia o naturalista Augusto Ruschi.

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Em 1990, nova reforma monetária modificou a unidade do sistema, que volta a denominar-se cruzeiro, sem que houvesse entretanto alteração dos valores. As cédulas de 500, 200, 100 e 50 cruzados novos receberam carimbos apenas para corrigir a designação da moeda. Houve, em seguida, a emissão das cédulas definitivas naqueles valores. A inflação desenfreada exigiu a emissão de cédulas de valores mais elevados: a primeira, de 1.000 cruzeiros, homenageava o sertanista Cândido Rondon; em seguida, circularam duas cédulas de 5.000 cruzeiros, a primeira, provisória, com a efígie da República, e a segunda, definitiva, dedicada ao maestro e compositor Carlos Gomes. Em 1991, circulam as notas de 10.000 cruzeiros, com a figura do médico Vital Brazil, e a de 50.000 cruzeiros, com a do folclorista Luís da Câmara Cascudo. Em 1992, aparece a nota de 100.000 cruzeiros, trazendo no anverso o desenho de um beija-flor e, no reverso, as cataratas do Iguaçu. Em 1993, no auge da inflação, surge a cédula de maior valor de face já impressa no Brasil: a de 500.000 cruzeiros, dedicada ao escritor Mário de Andrade, retomando assim as homenagens a expoentes da cultura brasileira.

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Em 1993, já no governo Itamar Franco, a moeda é novamente

desvalorizada em três decimais: o cruzeiro passa a chamar-se

cruzeiro real. As cédulas de 500.000, 100.000 e 50.000 cruzeiros

recebem um carimbo, passando a representar 500, 100 e 50

cruzeiros reais. Nesse mesmo ano surgiram as cédulas definitivas

do novo padrão, nos valores de 5.000 e 1.000 cruzeiros reais

(originalmente desenhadas para representar 5 milhões e 1 milhão

de cruzeiros, que não chegaram a entrar em circulação), a

primeira trazendo a figura do gaúcho (acompanhando a série dos

tipos regionais) e a segunda, a efígie do educador Anísio Teixeira.

Os crescentes índices de inflação, que atingiram mais de 40% em

abril de 1994, levaram ao lançamento da cédula de 50.000

cruzeiros reais, mostrando outro tipo regional, a baiana.

As poucas moedas do padrão cruzeiro real, sempre cunhadas em

aço inoxidável, acompanhavam a temática da fauna brasileira.

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Taxa média geométrica de crescimento anual da população: A taxa média de crescimento da população vem mostrando uma tendência regular ao declínio desde a década de 60 (em 1960 a taxa foi de 2,89%, em 1970 foi de 2,48%, caindo para 1,93% em 1980). No último período censitário (1991 a 1996) chegou a 1,38%.

Esperança de vida ao nascer: Entre 1940 e 1990, a esperança de vida ao nascer aumentou de 41,5 para 67,7 anos de idade, ou seja, uma média de mais de 5 anos por década

Taxa de analfabetismo: Entre 1986 e 1997 a taxa de analfabetismo da população de 15 anos e mais de idade passaram de 20,0% para 14,7%. Os valores para os anos de 1987, 1988, 1989, 1990, 1991, 1992, 1993 e 1995 foram, respectivamente, 20,0%; 17,0%; 19,7%; 19,0%; 19,0%; 18,3%; 16,3% e 15,5%.

Famílias por Sexo do Chefe (ou pessoa de referência): Desde a década de 80 vem crescendo de maneira regular a proporção de domicílios com chefes mulheres. Em 1981 e 1985, esta proporção era , respectivamente, de 16,9% e 18,2% ; em 1990 e 1995, era de 20,3% e 22,9%.

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Ana Flávia

Arthur

Gabriella

Juliana

Maysa

Raquel