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GOVERNOS Geografia – 3ª série do Ensino Médio

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Resumo dos governos brasileiros desde a Era Vargas, passando pelo Ditadura, até José Sarney, na Nova República.

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Page 1: Governos de Vargas até Sarney (Ditadura e Nova República)

GOVERNOS

Geografia – 3ª série do Ensino Médio

Page 2: Governos de Vargas até Sarney (Ditadura e Nova República)

Getúlio Vargas (1930-1945/1951-1954)

Chegou ao poder após a deposição do presidente anterior, Washington Luís (exilado), na revolução de 1930.

Seu primeiro feito foi anistiar todos civis e militares que, desde 1922, haviam participado de movimentos revolucionários. Outro feito importante foi a criação do Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio, do qual sairiam medidas como as férias remuneradas, regulamentação dos contratos de trabalho, fixação de horários de serviço, etc. Tais ações aumentaram o apoio do povo ao governo.

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Getúlio Vargas (1930-1945/1951-1954)

Após a II Guerra Mundial apareceram no Brasil movimentos de inspiração fascista e comunista, na tentativa de um golpe de estado. Vargas fundou então o Estado Novo (1937), desmanchando o congresso e afastando oposicionistas.

O Estado Novo teve administração nacionalista, dando uma atenção maior ao petróleo, preparando o caminho para a construção futura da Petrobras. A partir de negócios com os EUA, foi construída também a Usina Siderúrgica de Volta Redonda.

A partir daí, o estado novo já não se adequava mais, e os próprios “getulistas”, iniciaram um movimento para derrubá-lo. Em meio a eleições, onde concorriam Eurico Gaspar Dutra e Eduardo Gomes, o ditador é deposto em 29 de outubro de 1945.

As forças armadas exigiram que Vargas abandonasse a presidência, o qual preferiu “suicidar-se”, anos mais tarde.

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Eurico Gaspar Dutra (1946-1951) Ao fim da 2ª Guerra Mundial, onde participou da

organização da Força Expedicionária Brasileira, se manifestou pela redemocratização do país e esteve ao lado daqueles que destituíram Getúlio Vargas.

Dutra saiu vencedor na eleição que depôs Vargas, dizendo-se o “presidente de todos os brasileiros.

Fechou todos cassinos e proibiu o jogo no território nacional, deu continuidade às obras relacionadas ao petróleo, acabou com o comunismo no Brasil, tornando seu partido ilegal em 1947, rompendo relações com a União Soviética. Já com o EUA, estreitou relações.

No fim do seu mandato, abandou a vida política, negando-se a retornar a ela.

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Juscelino Kubitschek (1956-1961) Foi deputado estadual em Minas Gerais, e,

em seguida, prefeito de sua capital, Belo Horizonte. Pouco depois tornou-se governador do estado, sendo seu governo conhecido como o de “Energia e Transporte”.

Eleito para presidente da república, pôs em prática o programa de “metas”(programa de industrialização e modernização), percebendo, ao final do mandato, que havia se excedido em seus projetos, tentando fazer, como ele mesmo disse, 50 anos em 5.

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Juscelino Kubitschek (1956-1961) JK incentivou a indústria naval, lançou base às

indústrias automobilísticas além de formular nova política econômica e social para o Nordeste. No entanto, a construção de Brasília foi a maior e mais discutida de suas obras.

JK enfrentou bastante oposição do senado e também algumas tentativas de insurreições. Ao fim de seu mandato anistiou todos revoltados. Em 1964 teve seus direitos cassados, então afastou-se da vida política.

Num ‘acidente’ automobilístico, ele vêm a falecer.

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Jânio da Silva Quadros (31/1/1961 a 25/8/1961)

Jânio venceu as eleições em 1960, e logo após sua posse mandou apurar denúncias de corrupção administrativa.

Sofre oposição de alguns, devido a abertura comercial e diplomática aos países socialistas. O denunciaram quanto a organização de um golpe de estado, para instituir a ditadura.

Renunciou, numa tentativa falha, e pouco explicada, de “sensibilizar” a população, para que pedissem pelo seu retorno, o que não aconteceu.

Em 1964, teve seus direitos cassados.

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João Goulart (1961-1964)

Conhecido como Jango. Foi vice-presidente, tanto de JK quanto de Jânio

Quadros. Quando este último renunciou, Jango encontrava-se na China. Opiniões se chocavam no Brasil quando o retorno dele para assumir a presidência ou não. Transformou-se então o regime presidencialista em parlamentarista, para que ele pudesse assumir.

O país encontrava-se numa crise, a beira de uma guerra civil. O povo desejava o retorno do regime presidencialista.

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João Goulart (1961-1964)

Para piorar, Goulart não apresentava capacidade alguma de administrador, deixando-se envolver por políticas esquerdistas. O governo perdeu o controle, multiplicaram-se crises, até que essas chegassem ás Forças Armadas, fazendo com que a autoridade presidencial fosse dissipada.

Em setembro de 1963, houve em Brasília um levante de sargentos da Marinha e da Aeronáutica. No ano seguinte, registraram-se choques entre fazendeiros e camponeses, além de uma revolta de um grupo de marinheiros contra o ministro da marinha.

O movimento das Forças Armadas, que teve início em 31 de março, a Revolução de 1964, depôs o até então presidente, que se refugiou no Uruguai.

Tropas de Minas Gerais e de São Paulo saem às ruas, e os militares tomam o poder. Inicia-se a Ditadura Militar.

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Humberto Castelo Branco (1964-1967)

Foi oficial de gabinete do marechal Eurico Dutra, quando este era ministro da Guerra, colaborando na Força Expedicionária Brasileira, como tenente coronel.

No pronunciamento, afirmou defender a democracia, no entanto, assumiu caráter autoritário em seu governo.

Acusou o governo de Goulart de pretender implantar um governo esquerdista no Brasil.

Foi editado o Ato Institucional nº1 e Castelo Branco foi eleito presidente da República.

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Humberto Castelo Branco (1964-1967)

Assinou cassações de mandatos, suspensão de direitos políticos, além de romper relações com Cuba. Era um homem de pulso firme e grande patriota. Acabou com vários partidos, e em seu governo foi instituído o sistema bipartidário.

Só estavam autorizados o funcionamento de dois partidos: Movimento Democrático Brasileiro (MDB) e a Aliança Renovadora Nacional (ARENA). Enquanto o primeiro era de oposição, de certa forma controlada, o segundo representava os militares.

Foi responsável também pela implantação do Banco Central, e do Ato Institucional nº2, que aumentou seus poderes punitivos. O último ato de seu governo foi a instituição da Lei de Segurança Nacional.

Morreu logo após deixar a presidência, num desastre de avião.

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Artur da Costa e Silva (1967-1969)

Já havia sido instituído o Regime Militar e confirmada suas ações. Crescia no país sua oposição, como a UNE (União Nacional dos Estudantes), que organiza a Passeata dos Cem Mil. Operários param, uma guerrilha urbana tem seu início.

Colaborou também na organização da Força Expedicionária Brasileira. Reprimiu tendência esquerdistas no governo de Goulart, e, aderindo ao levante de 1964, também foi responsável pela formulação do Ato Institucional nº1.

Ministro da guerra no governo de Castelo Branco, foi eleito num sufrágio indireto – eleição de governantes por membros de um corpo eleitoral; hoje vivemos o sufrágio universal, onde fazem parte todos os cidadãos maiores de idade e não incapazes por lei, - assumiu a presidência, num mandato de 4 anos, o qual não foi terminado.

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Esta lei decretava o exílio e a pena de morte em casos de "guerra psicológica adversa, ou revolucionária, ou subversiva".

Lei de Segurança Nacional

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Artur da Costa e Silva (1967-1969)

A conduta da oposição e o aumento de atentado terroristas o levaram a assinar o Ato Institucional nº5, além de outros sete. Também colaborou para o maior desenvolvimento da indústria petroquímica, como a criação da Petroquisa, que dava subsídio a Petrobras. No seu governo foi iniciada a construção da Ponte Rio-Niterói, que recebeu seu nome.

Confiou a seu vice-presidente, Pedro Aleixo, a missão de elaborar uma nova constituição, o que foi feito. Porém, quando se afastou, devido uma trombose, uma junta militar assumiu o poder no lugar de seu vice, e seu mandato foi considerado extinto, antes do término legal.

Foi indicado como seu sucessor Emílio Garrastazu Médici.

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Este foi o mais duro do governo militar, pois aposentou juízes, cassou mandatos, acabou com as garantias do habeas-corpus e aumentou a repressão militar e policial.

Ato Institucional nº5

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Emílio Garrastazu Médici (1969-1974)

Quando assumiu após voto indireto do Congresso, a nação estava em crise.

Durante seu governo foi criado o Plano de Integração Nacional, que incluía, por exemplo, a criação da Transamazônica, que seria responsável por ligar a região Norte ao resto do país. Entretanto, houveram muitos conflitos entre os trabalhadores e os índios, impossibilitando a construção da rodovia que, segundo intelectuais da época, era “uma estrada que ligava o nada a lugar nenhum”.

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O PIB brasileiro crescia a uma taxa de quase 12% ao ano, enquanto a inflação beirava os 18%. Com investimentos internos e empréstimos do exterior, o país avançou e estruturou uma base de infra-estrutura. Todos estes investimentos geraram milhões de empregos pelo país. Algumas obras, consideradas faraônicas, foram executadas, como a Rodovia Transamazônica e a Ponte Rio-Niteroi.

Milagre Econômico

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Emílio Garrastazu Médici (1969-1974)

Criou também o Movimento Brasileiro de Alfabetização, o Programa de Assistência ao Trabalhador Rural, Programa de Redistribuição de Terras e de Estímulo à Agropecuária do Norte e do Nordeste, dentre outros. Criou também o Provale, Programa Especial para o Vale de São Francisco.

Em 1974 passa seu governo para Ernesto Geisel.

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Seu governo é considerado o mais duro e repressivo do período, conhecido como " anos de chumbo". A repressão à luta armada cresce e uma severa política de censura é colocada em execução. Jornais, revistas, livros, peças de teatro, filmes, músicas e outras formas de expressão artística são censuradas. Muitos professores, políticos, músicos, artistas e escritores são investigados, presos, torturados ou exilados do país. O DOI-Codi (Destacamento de Operações e Informações e ao Centro de Operações de Defesa Interna ) atua como centro de investigação e repressão do governo militar.

Anos de Chumbo

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General Ernesto Geisel (1974-1979)

Foi general de exército, ministro do Supremo Tribunal Militar, além de dirigir a Petrobras.

Assumiu em 1974, coincidindo com o fim do Milagre Econômico. Em seu governo foram criados o Ministério de Previdência Social, a Secretária do Planejamento, o Conselho de Desenvolvimento e o II Plano Nacional de Desenvolvimento. Aprovou o Plano Nacional de Saneamento, e assinou o acordo de cooperação nuclear entre Brasil e Alemanha.

Preparou a abertura política, que se consolidaria no governo seguinte.

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Em 1978, Geisel acaba com o AI-5, restaura o habeas-corpus e abre caminho para a volta da democracia no Brasil.

Rumo à democracia

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João Baptista Figueiredo (1979-1985)

Em seu governo a abertura da política foi consolidada, de forma que a pressão dos movimentos conquistaram o fim da ditadura.

Quando assumiu, havia uma delicada situação econômica no país, crise que se estendia a alguns anos, aumentando a insatisfação popular com o regime militar. O choque do petróleo 1979 aumentou as taxas de juros e disparou a inflação, foi quando a dívida externa do Brasil ultrapassou os 100 bilhões de reais.

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João Baptista Figueiredo (1979-1985)

Foi lançado então o III Plano de Desenvolvimento, do ministro Delfim Neto, que não obteve sucesso. Incentivou-se então a agricultura, com o slogan “Plante que o João garante!”, fazendo com que fosse modernizado este setor, para que o Brasil pudesse ser um dos maiores exportadores de produtos agrícolas do mundo.

Aumentou o PIB, a exportação e a independência do mercado interno, especialmente em relação ao petróleo, o que equilibrou a situação econômica do país.

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João Baptista Figueiredo (1979-1985)

Houve uma reforma na política, acabando com o sistema bipartidário, surgindo então vários partidos. Declarou anistia dos militares e perseguidos políticos. Acabou por libertar até mesmo os acusados de tortura, e devolver direitos planos aos exilados.

Foi no seu governo que ocorrem as Diretas Já, quando grande parte da população saiu as ruas em busca do voto direto, em favor do projeto de Dante de Oliveira, que saiu derrotado quando votado no Congresso. No entanto, a pressão dos movimentos populares garantiu o fim da ditadura e o voto direto, ainda que a longo prazo.

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Período de governo civil que sucedeu ao regime militar imposto durante 21 anos no Brasil.

Nova República

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Tancredo Neves

Venceu Paulo Maluf, em 15 de janeiro de 1985. Pouco antes de sua posse, foi hospitalizado para uma operação, que desencadeou numa série de outras mais, resultando na sua morte em abril do mesmo ano.

Assume seu vice, José Sarney.

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José Sarney (1985-1990)

Em seu governo foram estabelecidas as eleições diretas. Instalou a Assembleia Nacional Constituinte e promulgada a nova Constituição.

Em 1989 tenta equilibrar a economia e conter a inflação com o Plano Cruzado Novo. Mas o plano fracassa, e a inflação atingir 80% ao mês.

São realizadas as primeiras eleições diretas.