o pecado contra o espírito

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O PECADO CONTRA O ESPÍRITO SANTO O QUE É O PECADO CONTRA O ESPÍRITO SANTO? “Portanto, Eu vos digo: Todo pecado e blasfêmia se perdoará aos homens, mas a blasfêmia contra o Espírito Santo não será perdoada” (Mt. 12:31). Várias pessoas já me perguntaram o que é o pecado contra o Espírito Santo. Durante muito tempo eu fiquei sem saber o que realmente seria o pecado contra o Espírito Santo. Às vezes ficava preocupado com isso e esta preocupação durou até o momento em que o próprio Espírito Santo me falou de uma maneira tão simples, que pude entender com muita facilidade. Hoje, já respondi a várias pessoas. O Espírito Santo é a Terceira Pessoa da Trindade Divina. Ele é Santo, Puro e Perfeito. Por ser Ele uma Pessoa, Ele também entristece. A Palavra de Deus diz que não devemos apagar o Espírito e nem entristecê-lo (Ef. 4:30, I Ts. 5:19). No princípio da criação Ele pairava sobre a face das águas. O mundo foi criado com mais água do que terra (Gn. 1:2). Ele esteve com Deus no princípio de todas as coisas. É o Espírito Santo que convence o homem do pecado, do juízo e da justiça. O homem foi criado, espírito, alma e corpo; e após a sua queda ele tornou-se corpo, alma e espírito. O que entendemos por blasfêmia? Blasfêmia é uma ofensa à Divindade, um desrespeito ao Deus vivo, rejeição ao Criador, negar, ser contra. A blasfêmia envolvia um abuso direto e explícito do nome de Deus. Há um grupo de palavras traduzidas como blasfemar que ocorre 56 vezes no texto grego do Novo Testamento. O verbo gregoblasphemeo, por sua vez ocorre 34 vezes, com o sentido de “falar acusatoriamente”, “injuriar”, “descompor” e “caluniar”. O substantivo blasfêmia ocorre 18 vezes no texto grego, com o sentido de “injúria”, “detração”, “difamação” e “fala injuriosa”. As outras quatro ocorrências estão na forma adjetiva. Segundo Joseph Thayer, o sentido que deve ser atribuído à palavra blasfêmia é “falar injuriosamente contra o bom nome de alguém ou ainda falar de forma injuriosa contra a majestade divina”. No Antigo Testamento encontramos um grupo de palavras sinônimas traduzidas com o sentido de “blasfêmia”. Os termos hebraicos gadap, hârap, nâgab e nâáts são traduzidos respectivamente por “injuriar” (pessoas), “blasfemar” (contra Deus), “reprovar”, “blasfemar”, “desafiar”, “insultar”, “censurar”, “nomear”,

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O PECADO CONTRA O ESPÍRITO SANTO

O QUE É O PECADO CONTRA O ESPÍRITO SANTO?“Portanto, Eu vos digo: Todo pecado e blasfêmia se perdoará aos homens, mas a blasfêmia contra o Espírito Santo não será perdoada” (Mt. 12:31).Várias pessoas já me perguntaram o que é o pecado contra o Espírito Santo. Durante muito tempo eu fiquei sem saber o que realmente seria o pecado contra o Espírito Santo. Às vezes ficava preocupado com isso e esta preocupação durou até o momento em que o próprio Espírito Santo me falou de uma maneira tão simples, que pude entender com muita facilidade. Hoje, já respondi a várias pessoas.O Espírito Santo é a Terceira Pessoa da Trindade Divina. Ele é Santo, Puro e Perfeito. Por ser Ele uma Pessoa, Ele também entristece. A Palavra de Deus diz que não devemos apagar o Espírito e nem entristecê-lo (Ef. 4:30, I Ts. 5:19). No princípio da criação Ele pairava sobre a face das águas. O mundo foi criado com mais água do que terra (Gn. 1:2). Ele esteve com Deus no princípio de todas as coisas.É o Espírito Santo que convence o homem do pecado, do juízo e da justiça. O homem foi criado, espírito, alma e corpo; e após a sua queda ele tornou-se corpo, alma e espírito.O que entendemos por blasfêmia? Blasfêmia é uma ofensa à Divindade, um desrespeito ao Deus vivo, rejeição ao Criador, negar, ser contra. A blasfêmia envolvia um abuso direto e explícito do nome de Deus. Há um grupo de palavras traduzidas como blasfemar que ocorre 56 vezes no texto grego do Novo Testamento. O verbo gregoblasphemeo, por sua vez ocorre 34 vezes, com o sentido de “falar acusatoriamente”, “injuriar”, “descompor” e “caluniar”. O substantivo blasfêmia ocorre 18 vezes no texto grego, com o sentido de “injúria”, “detração”, “difamação” e “fala injuriosa”. As outras quatro ocorrências estão na forma adjetiva. Segundo Joseph Thayer, o sentido que deve ser atribuído à palavra blasfêmia é “falar injuriosamente contra o bom nome de alguém ou ainda falar de forma injuriosa contra a majestade divina”. No Antigo Testamento encontramos um grupo de palavras sinônimas traduzidas com o sentido de “blasfêmia”. Os termos hebraicos gadap, hârap, nâgab e nâáts são traduzidos respectivamente por “injuriar” (pessoas), “blasfemar” (contra Deus), “reprovar”, “blasfemar”, “desafiar”, “insultar”, “censurar”, “nomear”, “desprezar”, “rejeitar”, “abominar”. O substantivo blasfêmia, por exemplo, no Salmo 74:10, pode ser traduzido como “dizer coisas duras, censurar, zombar”. Blasfemar, portanto, tem o sentido de “falar (não apenas pensar) de forma deliberada e consciente contra a autoridade divina”. No contexto do Novo Testamento, o termo blasfêmia mantém o sentido de “atribuir ao diabo aquilo que é obra de Deus”, isto é, o que se constitui uma injúria e um insulto contra Deus. Os fariseus atribuíram a satanás

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aquilo que era obra do Espírito Santo, e Jesus disse que isto era uma blasfêmia.Por que a blasfêmia contra o Espírito Santo é um pecado imperdoável? A misericórdia de Deus não dura para sempre? Veja bem! Em primeiro lugar, quando analisamos o contexto onde a palavra foi aplicada, Jesus estava dirigindo aos fariseus que estavam atribuindo a Obra de Deus aos demônios. Atribuiu ao diabo uma obra do Espírito Santo. Jesus libertou e curou um endemoninhado cego e mudo pelo poder do Espírito Santo (Mt. 12:28, At. 10:38) e os fariseus murmuravam entre si dizendo que Jesus havia curado e expulsado o demônio pelo poder de Belzebu (maioral ou príncipe dos demônios; senhor das moscas). Quem eram os fariseus? Antes de prosseguirmos, deixa-me descrever um pouco sobre eles. O nome fariseu já adquiriu um sentido de hipócrita. Eram pessoas que faziam parte de uma das principais seitas dos judeus e de muita influência entre o povo, que insistiam no cumprimento rigoroso da lei e das tradições. Eram um povo separado dos outros povos e que observavam práticas minuciosas e esqueciam da Graça que estava acima da lei. A literatura talmúdica é unicamente obra dos fariseus. Eles nunca tiveram compromisso com Deus e não são convertidos ao Evangelho do Reino. Seguia a Jesus não como compromisso, amor ou obediência à Verdade, mas para tentar encontrar alguma coisa que pudessem usar para condená-lo. Eram perseguidores do ministério de Jesus (Mt. 15:7-9).Todo pecado e blasfêmia se perdoarão aos homens. Deus é quem perdoa todas as nossas iniqüidades (Sl. 103:3). Portanto, quando ofendemos, negamos e rejeitamos Aquele único que nos perdoa, anulando e cancelando nossos pecados, então não teremos perdão, pois, não teremos quem poderá nos perdoar! Quem não é com Jesus é contra Jesus (Mt. 12:30)!É o Espírito Santo quem nos convence do pecado, é Ele quem nos convence da justiça e do juízo de Deus (Jo. 16:8). A pessoa que ofende, nega e rejeita a presença do poder do Espírito Santo, está negando e rejeitando a si mesma a única esperança, a única chance e oportunidade; está cortando a comunicação, o contato e quebrando a aliança com Aquele que pode levá-la a Jesus Cristo, o único Senhor e Salvador dos homens. Quando o Espírito Santo é blasfemado, ou seja, injuriado, tendo suas obras atribuídas a satanás, quem irá convencer agora o homem? A. T. Robertson observa que é justamente isso que caracteriza o pecado imperdoável. Colin Brown observa que o “homem que blasfema contra o Espírito Santo é aquele que reconheceu que Deus está operando mediante o Espírito Santo e que deliberada e conscientemente dá uma definição falsa da fé em Deus como sendo fé no diabo”.

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Creio que os cristãos que temem blasfemar contra o Espírito Santo e crêem em Cristo como o Filho de Deus e seu Salvador, jamais cometerão este pecado.O apóstolo Paulo, escrevendo ao seu filho na fé, Timóteo (I Tm. 1:13-14), diz: “Ainda que outrora eu era blasfemador, perseguidor, e injuriador, mas alcancei misericórdia, porque o fiz por ignorância, na incredulidade”. Ele blasfemava contra os cristãos e contra o Autor da nossa fé por ignorância, mas, quando o Espírito Santo o convenceu de seus pecados, da justiça e do juízo de Deus e o levou a Cristo, ele foi perdoado.A blasfêmia contra o Espírito Santo é um pecado singular e somente abrange aqueles que já experimentaram o poder do Espírito em suas vidas e depois por algum motivo o rejeitaram com escárnio e endu-recimento. A blasfêmia contra o Espírito Santo é um pecado diferente dos demais; pois, para ele não há perdão. Os fariseus o cometeram quando, com intuito de afastar o povo de seguir a Jesus, afirmaram que Ele havia expulsado demônios pelo espírito de Belzebu: Mt. l2.24.Pecado contra o Espírito Santo é rejeitar as mais claras provas de que as obras de Jesus foram feitas pelo poder do Espírito e alegar que estes milagres pertencem ao Diabo. Isso é sinal de endurecimento completo, a ponto de não existir nenhuma esperança de arrependimento e conversão: o pecador torna-se incapaz de conhecer ou distinguir o divino do diabólico. Aquele que comete pecado dessa natureza sofre um afastamento imediato do Espírito Santo da sua vida, o que ocasiona morte espiritual total. É necessário ressaltar que, às vezes, aparecem pessoas, até chorando, por acharem que pesa sobre elas este pecado e, julgam que nunca poderão ser perdoadas. Porém, só o fato de estarem arrependidos, desejosos de salvação ou perdão, prova que não blasfemaram contra o Espírito Santo; pois, o próprio Espírito os está chamando para o arrependimento.Concluindo! Jesus advertiu aos fariseus duramente quanto ao perigo de blasfêmia e, através dessa advertência, fala aos homens de todos os tempos a respeito desse perigo de cortar a comunicação, o elo de ligação com o único que pode levá-los a Jesus Cristo. Portanto, quem peca contra o Pai e o Filho são perdoados, mas à partir do momento em que rejeitam o Espírito Santo, rejeita aquele que regenera, que convence; estão automaticamente rejeitando a salvação, e como poderão se salvar quem rejeita a salvação?

*****OS SOFRIMENTOS DO ESPÍRITO SANTO

1) Ele é desafiado pela rebeldia, Is. 63:10.2) Ele é blasfemado pela arrogância e impiedade do homem, Mt.

12:31-32.3) Ele é tentado através da hipocrisia, At. 5:1-11.4) Ele sente-se traído pela mentira e ganância do homem, At. 5:3.5) Ele é resistido pelos carnais e incrédulos, At. 7:31, Gn. 6:3.6) Ele é entristecido por conversas torpes, Ef. 4:29-30.

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7) Ele é apagado pela desobediência do crente, I Ts. 5:19.8) Ele é ofendido (injuriado, afrontado, ultrajado) pela soberba do

homem, Hb. 10:29.

Blasfêmia contra o Espírito Santo

Poucos tópicos bíblicos geram mais discussão do que a blasfêmia contra o Espírito Santo. Todos parecem saber que esse pecado é imperdoável, mas as opiniões diferem amplamente quanto ao que ele é. Alguns dizem que é suicídio, outros que é adultério, e ainda outros pensam que se refere à rejeição do evangelho depois que o Espírito Santo veio no dia de Pentecostes. Quase ninguém se detém para examinar os contextos das referências à blasfêmia contra o Espírito Santo. Como acontece com todos os outros assuntos, a análise disciplinada e cuidadosa do texto esclarece a confusão. Infelizmente, muitas pessoas religiosas desenvolveram o hábito de resolver os assuntos sem nem mesmo olhar para o texto, muito menos estudá-lo atentamente. Os textos relevantes são encontrados nos três primeiros evangelhos. Em Mateus 12, as afirmações de Jesus sobre blasfemar contra o Espírito Santo ocorreram quando ele curou um homem cuja possessão pelo demônio o havia feito cego e mudo. Em Marcos 3, a cura não é mencionada, mas a maioria d que Jesus disse na ocasião é. Lucas registra a cura no capítulo 11 e menciona a blasfêmia contra o Espírito Santo em 12:10.

O Contexto"Então, lhe trouxeram um endemoninhado, cego e mudo; e ele o curou,  passando o mudo a falar e a ver. E toda a multidão se admirava e dizia:  É este, porventura, o Filho de Davi? Mas os fariseus, ouvindo isto, murmuravam: Este não expele demônios senão pelo poder de Belzebu, maioral dos demônios" (Mateus 12:22-24)). Note três coisas. Primeiro, Jesus curou um homem que era cego e mudo. Há simplicidade impressionante no modo como Mateus registrou o milagre: ele simplesmente disse que o homem falou e viu. Segundo, a multidão viu o que Jesus fez e começou  a concluir que ele poderia ser o Filho de Davi; isto é, o Messias. Terceiro, os fariseus ouviram o que o povo estava dizendo e decidiram que eles tinham que descobrir algum plano radical para calar a influência de Jesus. Eles o acusaram de expelir demônios pelo poder de Satanás. Eles estavam tentando neutralizar o efeito dos milagres de Jesus e impedir os outros de crerem nele. Esta era uma manobra brilhante por parte dos inimigos de Jesus porque não somente explicava suas grandes obras, mas lançava uma sombra de suspeita sobre ele. Era imperativo que ele respondesse convincentemente à acusação deles.   A Defesa de Jesus"Jesus, porém, conhecendo-lhes os pensamentos, disse: Todo reino dividido  contra si mesmo ficará deserto, e toda cidade ou casa dividida contra si mesma não subsistirá. Se Satanás expele a Satanás, dividido está contra si mesmo; como, pois, subsistirá o seu reino? E, se eu expulso demônios por Belzebu, por quem expulsam os vossos filhos? Por isso, eles mesmos serão os vossos  juízes. Se, porém, eu expulso demônios pelo Espírito de Deus, certamente é chegado o reino de Deus sobre vós. Ou como pode alguém entrar na casa do valente e roubar-lhe

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os bens sem primeiro amarrá-lo? E, então, lhe saqueará a casa" (Mateus 12:25-29).   Jesus respondeu com três pontos. Primeiro, ele mostrou que era ilógico pensar que Satanás estava lutando consigo mesmo. É difícil imaginar que o diabo pudesse ser tão tolo. Poucos procuram ferir a si mesmos, e aqueles que o fazem provavelmente não sobreviverão por muito tempo. Se, de fato, o diabo tivesse começado a atacar a si mesmo e aos seus próprios servos, então todos poderiam deixar de se preocupar com ele, porque seu reino logo desapareceria. Segundo, Jesus questionou os fariseus sobre os outros que estavam expelindo demônios. Ele estava, provavelmente, se referindo a pessoas a quem ele tinha dado o poder de expelir demônios (veja Mateus 10:1; Lucas 9:49-50; 10:1, 17). Muitos destes eram, provavelmente, filhos dos próprios fariseus. Conquanto eles pudessem levianamente acusar Jesus de expelir demônios em aliança com o diabo, certamente eles não estariam querendo dizer o mesmo de seus próprios filhos.   Finalmente, Jesus mostrou como sua expulsão de demônios era parte do programa do reino. A missão de Jesus era tirar pessoas do domínio de Satanás. Antes dele vir, Satanás podia, por causa do pecado, declarar que todos os homens eram sua propriedade. Jesus veio para perdoar os pecados e assim "roubar" do diabo aquelas almas que ele tinha considerado como suas possessões. Para poder roubar a casa de um valente, contudo, precisa-se primeiro amarrá-lo, antes de tirar seus bens. Isto é o que Jesus estava fazendo ao expelir demônios. Ele estava amarrando Satanás para que ele pudesse tomar as almas que tinham estado sob o controle do diabo. Este era um conflito entre dois reinos. Jesus, libertando os homens do domínio demoníaco, estava demonstrando que sua soberania era superior à de Satanás.   A Advertência de Jesus"Quem não é por mim é contra mim; e quem comigo não ajunta espalha. Por  isso, vos declaro: todo pecado e blasfêmia serão perdoados aos homens;   mas a blasfêmia contra o Espírito não será perdoada. Se alguém proferir alguma palavra contra o Filho do Homem, ser-lhe-á isso perdoado; mas, se alguém falar contra o Espírito Santo, não lhe será isso perdoado, nem neste mundo nem no porvir" (Mateus 12:30-32). Aqui, Jesus advertiu sobre a necessidade de decidir em que lado estar. A guerra torna a neutralidade impossível. Temos que servir a Jesus ou a Satanás.   Jesus também advertiu sobre o perigo de blasfemar contra o Espírito Santo. Sabemos que Jesus expelia demônios pelo poder do Espírito Santo: "Se, porém, eu expulso demônios pelo Espírito de Deus, certamente é chegado o reino de Deus sobre vós" (Mateus 12:28). Então, quando eles o estavam acusando de expelir demônios por Belzebu, o rei dos demônios, eles estavam blasfemando contra o Espírito Santo, o verdadeiro poder através do qual estas grandes coisas estavam sendo executadas. Eles não somente testemunharam a forma humana de Jesus, mas viram a demonstração do Espírito Santo. Pode ter sido perdoável terem deixado de reconhecê-lo como um homem, mas desde que Deus tinha posto seu Espírito dentro dele (Mateus 12:18), eles não tinham desculpa.

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   Ligue estas afirmações sobre o perigo de blasfemar contra o Espírito Santo com o próximo ponto que Jesus afirmou: "Ou fazei a árvore boa e o seu fruto bom ou a árvore má e o seu fruto mau; porque pelo fruto se conhece a árvore. Raça de víboras, como podeis falar coisas boas, sendo maus? Porque a boca fala do que está cheio o coração. O homem bom tira do tesouro bom coisas boas; mas o homem mau do mau tesouro tira coisas más. Digo-vos que de toda palavra frívola que proferirem os homens, dela darão conta no Dia do Juízo; porque, pelas tuas palavras, serás justificado e, pelas tuas palavras, serás condenado" (Mateus 12:33-37). Jesus estava mostrando que o problema da blasfêmia é muito mais sério do que meras palavras por si mesmas. O que dizemos revela o que somos. Se alguém examina o conteúdo do balde, sabe o que está no fundo o poço. Se alguém examina as palavras que são faladas, ele sabe o que está no coração. Palavras são sinais de caráter. E isto não é verdade somente quanto a palavras de blasfêmia, é verdadeiro também quanto a palavras de confissão. Paulo escreveu: "Se, com tua boca, confessares Jesus como Senhor e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dentre  os mortos, serás salvo. Porque com o coração se crê para justiça e com a boca se confessa a respeito da salvação" (Romanos 10:9-10). Não é que as palavras, em si mesmas, tenham algum poder mágico, supersticioso, mas é que as palavras mostram algo mais profundo sobre nós.   Quando os acusadores de Jesus o acusaram de expelir demônios pelo diabo, mostraram uma profunda dureza de coração. Assim como o homem falou e viu, assim os inimigosviram o Espírito expelir demônios e falaram contra ele. Estavam tão empedernidos contra a verdade que podiam realmente testemunhar os maravilhosos milagres e santidade de Jesus e, ainda assim, acusá-lo, sem hesitar, de estar aliado ao diabo. Eles estavam extremamente cegos e corrompidos. Enquanto outras blasfêmias podiam ser perdoadas, a blasfêmia deles contra Jesus demonstrava um grau de dureza espiritual que poderia tornar impossível para eles o arrependerem-se. O problema aqui é o problema deles, não de Deus. Deus tem capacidade ilimitada para perdoar a qualquer que o busque, mas estas pessoas não tinham coração para buscá-lo. Portanto, eles nunca seriam perdoados.

Lições PráticasConsidere três pensamentos práticos. Primeiro, Jesus demonstrou uma admirável capacidade para superar objeções. Ele calmamente respondeu a cada acusação e  combinou a resposta com um importante ensinamento. Ele nunca ficava frustrado, mas sempre respondia perfeitamente. Segundo, ver milagres não mudava os inimigos de Jesus. Eles eram incorrigíveis. Nós também podemos desenvolver corações endurecidos. Hoje, alguns pensam que creriam se apenas pudessem ver Jesus vivo fisicamente na terra, novamente, e testemunhar alguma grande demonstração de poder. Estes o viram, mas isso não teve efeito. O fato que muitos hoje recusam Jesus é por causa de seus corações endurecidos, não por causa de evidência insuficiente. Finalmente, considere a importância das coisas que dizemos. Somos responsáveis por nossas palavras e atos. O que dizemos e fazemos reflete nossa verdadeira natureza. Não há nada que saia de nossa boca que não

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estivesse antes em nossa mente. Precisamos vigiar nossa língua... e nosso coração.

Pecado Imperdoável

Você acredita que existe pecado que não pode ser perdoado?

Há milhões de pessoas no mundo que cometeram o pecado imperdoável e milhões mais, preocupadas porque não sabem se já cometeram esse pecado.

O pecado imperdoável é cometido contra o Espírito Santo. Foi Jesus que explicou: "Todo o pecado e blasfêmia serão perdoados aos homens; mas a blasfêmia contra o Espírito Santo não será perdoada." Mateus 12:31 E no verso 32 Ele acrescentou ". . . se alguém falar contra o Espírito Santo, não lhe será isto perdoado, nem neste mundo, nem no porvir."

Muitos tem idéias estranhas quanto ao que vem a ser pecado contra o Espírito Santo. Alguns pensam ser o suicídio; outros que seja praguejar ou amaldiçoar.

Há centenas de ministros ensinando que o pecado contra o Espírito Santo é não reconhecer que as "línguas estranhas" por eles faladas, sejam autênticas e do Espírito Santo. Muitos ainda pensam que este pecado seja o roubar ou o adulterar.

Notemos que Jesus afirmou, "todo o pecado e blasfêmia serão perdoados ao homem." Isto está em harmonia com Isaías 1.18 onde o Senhor promete apagar, limpar e perdoar nossos pecados mesmo que sejam tão sujos ou vermelhos como o carmesim ou a escarlate.

Em I João 1:9 nos é feita a promessa de que "se confessarmos nossos pecados", Deus na Sua fidelidade e justiça nos perdoa todos os pecados e nos purifica. Não importa quão terrível tenha sido o nosso pecado, Deus está disposto a nos perdoar.

Jesus esclareceu que o pecado imperdoável é cometido contra o Espírito Santo.

Que pecado é este que Deus não possa perdoar? Como é cometido?

A Bíblia declara que o pecado contra o Espírito Santo não é um tipo de erro, mas a "recusa persistente em abandonar o pecado conhecido, e obedecer a Deus."

Assim sendo, o pecado contra o Espírito Santo não é um tipo particular de pecado como praguejar, matar ou suicidar-se, mas é uma condição pecaminosa à qual a pessoa chega por recusar-se a atender aos rogos do Espírito Santo.

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Como pode uma pessoa atingir tal condição, da qual não possa mais arrepender-se? Muitos pensam, especialmente os jovens, que devem aproveitar a vida agora, e quando velhos, dedicar-se então à religião.

O que estas pessoas desconhecem é que ninguém jamais poderá obter a Salvação e o perdão de seus pecados sem o legítimo arrependimento.

O arrependimento de que fala a Bíblia é uma obra do Espírito Santo na vida. Esta obra produz mudança radical nos hábitos do pecador que se faz disposto a cumprir a vontade de Deus.

A Bíblia afirma em Atos 5:31 que Deus "exaltou a Jesus para ser o Salvador, para dar arrependimento e perdão dos pecados". Como vemos a ação de arrepender-se, não surge por acaso, da vontade do homem, mas é causada pela ação de Deus.

Jesus prometeu que quando o Espírito Santo viesse, o Consolador, "Ele convenceria o mundo do pecado." João 16.8. Quando alguém aceita, atenta e segue os rogos do Espírito Santo, este então alcança o arrependimento que vem de Deus.

E, quando arrependido, recebe o perdão de Deus. E tendo recebido perdão divino, recebe com ele também a salvação. Mas, pelo contrário, se alguém rejeita os apelos do Espírito Santo e não atenta à Voz de Deus, jamais pode ser perdoado e salvo.

A Bíblia nos orienta, "E não entristeçais o Espírito de Deus, no qual fostes selados para o dia de redenção." Efésios 4:30. Como o Espírito Santo age em nossa vida, guiando-nos, orientando-nos, mostrando-nos a vontade de Deus, a nossa reação para com sua atuação vai decidir diretamente nossa sorte eterna.

Assim, se nós seguirmos as instruções do Espírito Santo, contidas na Bíblia, seremos selados para a salvação. "Porque todos quantos são guiados pelo Espírito Santo, estes são filhos de Deus." Romanos 8:14

Em Marcos 9:43-46 Jesus nos ensinou que se nossa mão, ou nosso pé ou nossos olhos nos fizerem tropeçar e cair em pecado, seria melhor eliminar estes membros do que perder a salvação.

Jesus não ensinou que deveríamos mutilar nosso corpo. O que Jesus ensinou foi que devemos vigiar nossos costumes, gostos, tendências e impedir que nossos membros estejam nos afastando de Deus e nos levando ao pecado e à perdição.

Quando o Espírito Santo fala à nossa mente, devemos educar nossa vontade a fazer o que Ele nos pede que façamos.

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É muito melhor sabermos disciplinar nossa vontade pecaminosa e seguirmos a orientação de Deus para termos a salvação do que seguirmos nosso próprio caminho rumo à morte.

Como saber que ainda não cometemos este pecado? Se ainda ouvimos a Voz de Deus nos orientando e nos chamando de volta ao caminho do Senhor; e se sentimos tristeza pelos pecados cometidos, isto é prova de que Deus está falando ao nosso coração e tentando salvar-nos.

É a certeza de que não cometemos o pecado imperdoável, contra o Espírito Santo.

O conselho divino é: "Hoje, se ouvirdes a Sua Voz, não endureçais o vosso coração." Hebreus 3:15

Se agora você está sentindo necessidade de Deus. Abra seu coração e Deus o perdoará.