7/25/2019 O Paradigma Norte

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O paradigma norte-americano

Para a aferio dos elementos que orientam a definio do que vem a ser o contedodo que se compreende por liberdade de pensamento no espectro norte-americano,

analisaremos trs julgamentos realizados pela Suprema orte daquele pa!s"

#specificamente, estudaremos os julgamentos con$ecidos como Sn%der v" P$elps,

&cullen v" oa'le% e (ustler &agazine v" )al*ell"

Sn%der v" P$elps

#nquanto ocorria o funeral de &att$e* Sn%der, &arine +ance pl, os membros da

greja atista de .estboro invadiram o local e realizaram manifestao depreciativa em

relao aos soldados /mericanos, carregando cartezes com os dizeres0 1$an' 2od for dead

soldiers e )ag troops"

/ fam!lia processou a igreja e seus fundadores por difamao, invaso de privacidade

e imposio intencional de sofrimento emocional"

O juiz do distrito, 3ic$ard ennett, condenou a igreja e os fundadores em 4 mil$5es de

d6lares por danos, mas o 1ribunal de /pelao dos #7/ para o 8uarto ircuito reverteu o

julgamento pois considerou que $avia sido violada a proteo da Primeira #menda de

e9presso religiosa"

/ Suprema orte aceitou o caso sob a seguinte indagao0 Ser: que a Primeira

#menda protege manifestantes em um funeral de responsabilidade por infligir

intencionalmente sofrimento emocional sobre a fam!lia do falecido;

/ Suprema orte /mericana confirmou, por dio do voto condutor do $ief ?ustice ?o$n 2"

3oberts ?r"

O 1ribunal considerou que a Primeira #menda protege pessoas que promovem

manifestao no funeral de um membro do servio militar, afastando a responsabilizao por

danos"

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O voto dissidente foi do ?ustice Samuel /lito, no qual ele argumentou0 @O nosso

profundo compromisso nacional de debate livre e aberto no > uma licena para a agresso

verbal vicioso que ocorreu neste caso"@

&cullen v" O/A+#B

Co ano DEEF, o #stado de &assac$usetts, por interm>dio de um lei, criou uma zona de

G4 p>s ao redor das entradas e sa!das de cl!nicas de aborto, protegendo-as do acesso dos

indiv!duos que rotineiramente se engajam em @aconsel$amento pr6-vida@"

Os autores perderam no Histrito e no 1ribunal de /pelao do Primeiro

ircuito"

Ca Suprema orte, por F9E, considerou que na lei de &assac$usetts a violao no

dependia do teor do discurso, mas da localizao do discurso, e, portanto, o n!vel de an:lise

no necessitaria de aprofundamento"

oncluiu que, ao negar aos requerentes a possibilidade de se envolver na

conversa e panfletagem em vias pblicas e caladas, a lei os impede de se envolver na

transmisso de ideias, que > o cerne de proteo da Primeira #menda"

(7S1+#3 &/2/IC# v" )/+.#++

#m novembro de =F

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O ?ri deu gan$o de causa a )al*ell sobre a alegao de sofrimento emocional

e condenou a revista a uma indenizao de 7L =4E,EEE

Ca orte do 8uarto ircuito, alegou como tese de defesa a teoria da 3eal &al!cia e

apresentou como precedente o caso Ce* Bor' 1imes v" Sullivan, caso que deu origem M esta

teoria"

/ orte do 8uarto ircuito compreendeu que era suficiente para a condenao

que a +ei do #stado da Nirginia recon$ecesse que bastava a intencionalidade da ao"

/ Suprema orte americana aceitou a apelao da (ustler sob as seguintes

indaga5es0

Ser: que a liberdade de discurso, proteo da Primeira #menda, abrange a

elaborao de declara5es ofensivas sobre figuras pblicas resultando em sua aflio

emocional;

O Poder ?udici:rio pode e9pandir as :reas no alcanadas pela Primeira

#menda e criar novas e9ce5es M +iberdade de #9presso;

#m uma deciso unnime, a Suprema orte considerou que figuras pblicas, como

?err% )al*ell, para que l$es seja garantida indenizao em razo de ofensas oriundas da

liberdade de e9presso por meio da imprensa, devem demonstrar que a publicao ofensiva

conten$a e9ceo da proteo constitucional de liberdade de e9presso realizada de forma

dolosa"

/ Suprema orte acrescentou que o interesse de proteger a liberdade de e9presso, sob

a Primeira #menda, superou o interesse do #stado em proteger figuras pblicas do discurso

ofensivo, desde que tal discurso no enseje interpretao verossimel acerca dos fatos

descritos"