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Centro de Convenções Ulysses Guimarães Brasília/DF 16, 17 e 18 de abril de 2013 O PAPEL DOS VERIFICADORES INDEPENDENTES NOS CONTRATOS DE PPP: A EXPERIÊNCIA DO ESTADO DE MINAS GERAIS Eloy Henrique Saraiva de Oliveira Danuza Aparecida de Paiva

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Centro de Convenções Ulysses Guimarães Brasília/DF – 16, 17 e 18 de abril de 2013

O PAPEL DOS VERIFICADORES INDEPENDENTES NOS CONTRATOS DE PPP:

A EXPERIÊNCIA DO ESTADO DE MINAS GERAIS

Eloy Henrique Saraiva de Oliveira Danuza Aparecida de Paiva

2

Painel 51/193 Novos formatos, novas institucionalidades.

O PAPEL DOS VERIFICADORES INDEPENDENTES NOS

CONTRATOS DE PPP: A EXPERIÊNCIA DO ESTADO DE MINAS GERAIS

Eloy Henrique Saraiva de Oliveira

Danuza Aparecida de Paiva

RESUMO As parcerias entre setor público e o setor privado, sobretudo no modelo de parceria público-privada (PPP), são ainda um assunto recente e polêmico no âmbito da administração pública nacional, ganhando cada vez mais importância nas agendas dos governos e sociedade, devido à relevância desses projetos. Todavia, a complexidade desses contratos, com alocações de risco peculiares e relevantes impactos sociais advindos de sua implantação, requerem muita cautela e exatidão nos processos de regulação e controle da parceria, vez que imprescidem de garantir sua realização satisfatória, de modo a preservar os interesses públicos e privados. Aludida preocupação com relação à regulação e auditoria desses contratos, por parte do Poder Concedente levou à adoção de um sistema de Verificadores Independentes – VI. Estes surgiram com o intuito de se inserir um terceiro ente para garantir parcimônia e isonomia quanto à auditoria dos contratos. Sendo assim, a pesquisa que será desenvolvida neste trabalho tem como cerne o papel do VI, cuja investigação incide na análise dos aspectos mais relevantes da auditoria de contratos de PPP e a atuação deste mecanismo no Estado de Minas Gerais, analisando os contratos ora em vigor.

3

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.............................................................................................. 05

2 OBJETIVOS............................................................. .................................... 07

3 METODOLOGIA........................................................................................... 07

4 O VERIFICADOR INDEPENDENTE............................................................. 07

5 A EXPERIÊNCIA DO GOVERNO DE MINAS GERAIS................................. 08

5.1 Visão geral – o manual de boas práticas....................................................... 08

5.2 Verificação independente no contrato da MG-050....................................... 12

5.3 Verificação independente no contrato do Complexo Penal........................ 14

5.4 Verificação independente no contrato do Mineirão..................................... 15

5.5 Verificação independente no contrato da UAI.............................................. 17

6 CONCLUSÃO............................................................................................... 18

7 REFERÊNCIAS............................................................................................ 20

4

LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Processo de concessão de PPP e seus princípios.................................. 09

Figura 2: Elementos essenciais de um Verificador Independente........................... 10

5

1 INTRODUÇÃO

Desde a década de 1980 até os dias de hoje o Estado possui grandes

limitações financeiras para a realização de investimentos em infraestrutura,

notadamente pela expansão da sua dívida pública, pelas altas taxas de juros pagas

e pelas restrições à redistribuição dos gastos governamentais. Dessa forma, sob

esse cenário de restrição, responsabilização e racionalização fiscal, buscaram-se

alternativas que possibilitassem maior inserção do capital privado transferindo para o

particular a responsabilidade de investir em determinados setores e prestar certos

serviços públicos a fim de aumentar a eficiência.

Neste contexto, o instituto das Parcerias Público-Privadas foi introduzido

no Brasil como uma ferramenta capaz de responder à necessidade de realização de

grandes obras de infraestrutura, sem comprometer diretamente os recursos do

Estado e com ganhos de eficiência do setor privado.

Tal ferramenta, que surgiu no Reino Unido na década de 90, foi

introduzida no direito brasileiro pela Lei Federal nº 11.079, de 30 de dezembro de

20041. A referida Lei compreendeu a possibilidade de realização de concessões

patrocinadas e concessões administrativas; contratos por meio dos quais a

Administração Pública cede a execução de serviços públicos ou de obras públicas,

envolvendo cobrança de tarifa dos usuários e pagamento de contraprestação

pecuniária do parceiro público ao parceiro privado ou, quando a Administração

Pública seja a usuária direta ou indireta, ainda que envolva execução de obra ou

fornecimento e instalação de bens, respectivamente, somente o pagamento de

contraprestação pecuniária.

Sobre a contraprestação da Administração Pública, poderá ser pactuado

uma remuneração variável ao parceiro privado que será vinculada ao seu

desempenho e medida de acordo com o cumprimento de metas e padrões de

qualidade estipulados conforme definição em contrato (PEREIRA, 2006, p. 8).

1

Ressalte-se o pioneirismo do Governo do Estado de Minas Gerais, que se antecipou à regulamentação Federal, por meio da Lei nº. 14.868, de 16 de dezembro de 2003, que criou o Programa Estadual de Parcerias Público Privadas destinado a disciplinar e promover a realização de parcerias público-privadas (PPP).

6

Esta previsão se caracteriza como um dos pontos mais inovadores na aplicação das

PPPs uma vez que fixa parâmetros de desempenho e de qualidade dos serviços a

serem prestado, garantindo que o parceiro privado irá, de fato, executar um serviço

otimizado, que satisfará a prestação de um serviço público eficiente.2

A referida qualidade dos serviços em PPP é regulada pelos chamados

Sistemas de Mensuração de Desempenho – SMD3, que se tratam de disposições

contratuais que contêm minucioso levantamento de índices de qualidade dos

serviços a serem realizados e forma de aferimento (de modo a permitir que tais

indicadores sejam acompanhados durante a vigência do contrato). O nível de

cumprimento dos índices de desempenho será representado por uma nota que

incidirá sobre o pagamento público feito a concessionária, podendo implicar em

redução no seu pagamento caso este não atenda devidamente os índices previstos.

Desta forma, nota-se que a satisfatória execução do contrato pela concessionária é

uma questão essencial para sua sobrevivência, uma vez que um mau desempenho

pode acarretar a inadequação da remuneração de seus investimentos.

2 A lei Estadual nº 14.868/2003 estabelece em seu artigo art. 2º inciso X e art. 10º inciso II,

respectivamente: Art. 2º - O Programa observará as seguintes diretrizes: (...) X - remuneração do contratado vinculada ao seu desempenho; Art. 10º - Os projetos de parceria público-privada encaminhados ao CGP, sem prejuízo dos requisitos estabelecidos em regulamento, deverão conter estudo técnico que demonstre, em relação ao serviço, obra ou empreendimento a ser contratado: (...) II – a viabilidade dos indicadores de resultado a serem adotados, em função da sua capacidade de aferir, de modo permanente e objetivo, o desempenho do ente privado em termos qualitativos e quantitativos, bem como de parâmetros que vinculem o montante da remuneração aos resultados atingidos; Por sua vez, a lei Federal nº Lei 11.079/2004 estabelece em seu artigo art. 5º inciso VI e art. 6º parágrafo único, respectivamente: Art. 5º As cláusulas dos contratos de parceria público-privada atenderão ao disposto no art. 23 da Lei no 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, no que couber, devendo também prever: (...) VII – os critérios objetivos de avaliação do desempenho do parceiro privado; Art.6º A contraprestação da Administração Pública nos contratos de parceria público-privada poderá ser feita por: (...) Parágrafo único. O contrato poderá prever o pagamento ao parceiro privado de remuneração variável vinculada ao seu desempenho, conforme metas e padrões de qualidade e disponibilidade definidos no contrato. 3 Segundo o Manual de Boas Práticas para Contratação de Verificadores Independentes: “Define-se o

SMD como o conjunto de índices interrelacionados, cujo objetivo é aferir o desempenho e a qualidade dos serviços prestados pelo Concessionário, a partir do estabelecimento de padrões aceitáveis de desempenho e das penalidades para o caso de não conformidade na execução do contrato, servindo como base de cálculo para definição da remuneração devida ao Concessionário.”

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2 OBJETIVOS

O objetivo principal deste trabalho é conceituar a figura do Verificador

Independente, evidenciando sua atuação em contratos de parceria público-privada,

além de apresentar as experiências do Estado de Minas Gerais com a utilização de

tal instituto nos contratos de PPP assinados.

Os objetivos específicos deste trabalho são:

a) Realizar um levantamento bibliográfico do instituto dos Verificadores

Independentes;

b) Analisar a evolução na estruturação dos Verificadores Independentes;

c) Comparar os contratos de verificação independente das parcerias

público-privadas em vigência no Estado de Minas Gerais.

3 METODOLOGIA

A técnica de pesquisa que orientará este trabalho será a pesquisa

documental. Primeiramente estudar-se-á o papel do Verificador Independente,

abordando as competências necessárias para este ator e as principais esferas de

atuação, abordando a estruturação do Verificador Independente nos contratos de

PPP em vigor, destacando as principais diferenças entre elas existentes.

Na pesquisa documental serão buscados os contratos de parcerias

público-privadas e dos Verificadores Independentes destes contratos, disponível na

Unidade Central de Parcerias Público-Privadas.

4 O VERIFICADOR INDEPENDENTE

O processo de acompanhamento de um contrato de PPP é altamente

relevante para ambas as partes envolvidas (poder concedente e concessionária),

mormente no acompanhamento do SMD, na medida em que garante a boa

qualidade do serviço prestado, resultando no valor da contraprestação pecuniária

paga ao privado.

8

Outrossim, conclui-se que tal processo é fator crucial dentro da relação de

riscos do contrato, visto que somente a sua perfeita realização poderá gerar

benefícios tanto para a concessionária quanto para o poder concedente, ao passo

que sua má realização acarreta prejuízo na qualidade dos serviços e prejuízo

monetário ao privado.

Com intuito de minimizar esse risco, tem-se adotado a contratação de

Verificadores Independentes – VI, que funcionam como um terceiro ente, que ficará

encarregado de, da forma mais imparcial possível: i) avaliar os indicadores de

desempenho; ii) calcular o valor da contraprestação devida; iii) dar suporte na

resolução de conflitos e iv) auxiliar na revisão periódica das metas e indicadores de

desempenho.Todos os resultados dessas atividades podem ser contestados tanto

pelo Poder Concedente quanto pela Concessionária.

Por oportuno, destaque-se que o VI não possui papel de órgão regulador, devendo

aquele sempre se reportar ao Poder Concedente para que este efetive a governança

do contrato.

Nesta seara, as grandes vantagens da adoção do modelo de verificação

independente são a multiplicidade de capacidades técnicas disponíveis (que muitas

vezes não podem ser supridas de imediato pelo poder público), a capacidade de

atuação isenta (livre de influência das partes) e a transparência que se imprime à

tomada de diversas decisões que são tomadas no âmbito do contrato (com base nos

estudos realizados pelo VI).

Para garantir a idoneidade e transparência na contratação do VI, tem-se

adotado a realização de processo licitatório pelo poder concedente. Os pontos

negativos desse modelo são os riscos inerentes ao processo licitatório e o custo

pelos serviços do VI.

5 A EXPERIÊNCIA DO GOVERNO DE MINAS GERAIS

5.1 Visão geral – o manual de boas práticas

Atualmente, a elaboração de um projeto de PPP no Brasil leva cerca de

dois anos (de sua concepção inicial até a licitação), devido a complexidade do

processo uma vez que envolve conhecimentos técnicos altamente especializados.

9

Por sua vez, os contratos de concessão de PPP têm prazo de vigência que podem

chegar a trinta e cinco anos e envolvem valores que podem chegar a bilhões de reais.

Ciente dessas peculiaridades, o Governo do Estado de Minas Gerais

buscou aprimorar tanto os processos de modelagem de PPP (que são cruciais para

o sucesso da parceria) quanto os processos de gestão dos contratos de PPP

assinados. Para tanto, a Unidade Central de PPP busca focar na gestão profissional

de serviços, especialmente na qualidade do serviço oferecido ao cidadão, na

eficiência e contínua melhoria de processos, elevando o patamar de qualidade, além

de desenvolver mecanismos de controle e transparência, indispensável em todos os

projetos, e estabelecendo padrões contratuais que incentivem a cooperação entre o

setor público e privado para que os ganhos de eficiência possam ser efetivamente

verificados e que níveis adequados de retorno sejam garantidos à Concessionária e

ao Poder Concedente.

Na figura 1, demonstram-se de forma analítica os requisitos essenciais

para estruturar o modelo de concessão e garantir eficiência na prestação dos

serviços públicos.

Figura 1: Processo de concessão de PPP e seus princípios Fonte: Manual de Boas Práticas para Contratação de Verificadores Independentes

Neste sentido, o Governo do Estado de Minas Gerais lançou em 2011, o

seu Manual de Boas Práticas para Contratação de Verificadores Independentes,

como uma:

10

tentativa de padronização do monitoramento preciso de contratos de PPP ou concessão, o que resulta na uniformização de conhecimento entre todos os gestores de contratos e elaboradores de políticas públicas (...) no desenvolvimento de estruturas institucionais adequadas ao bom uso de ferramentas gerenciais que otimizam o ganho público e a melhor prestação do serviço de interesse público.

Em sua experiência, o Governo de Minas Gerais adotou o modelo de VI

em todos os seus contratos de PPP, tendo acumulado experiências que, por sua

vez, foram traduzidas no referido manual, que explica de forma clara, o passo a

passo para a contratação do Verificador Independente e quais os aspectos mais

relevantes deste processo. Nesta seara, concluiu-se que a entidade que vier a atuar

como VI deverá se nortear pelos valores da independência, transparência,

previsibilidade, consistência, flexibilidade, integração, comunicação, eficácia e

eficiência, e responsabilidade, conforme descrito na Figura 2.

Figura 2: Elementos essenciais de um Verificador Independente fonte: Manual de Boas Práticas para Contratação de Verificadores Independentes

11

A partir desses valores, das primeiras experiências com VI e do

aprofundamento na análise de benchmarking internacional, passa-se hoje a ter uma

visão amadurecida das funções deste ente, que foram expandidas para abarcar,

dentre outras: (a) o auxílio técnico ao poder concedente e ao concessionário, para

que atinjam os objetivos do projeto de PPP; (b) garantir a eficiência do sistema de

monitoramento e controle de desempenho, buscando pontos para melhoria dos

índices de desempenho; (c) realizar a gestão de pleitos fornecendo suporte técnico

em casos de divergência; (d) garantir a efetividade dos processos de aferição do

desempenho e o alinhamento entre as partes – tentando automatizar e aprimorar os

mecanismos de aferição de desempenho; (e) monitorar e promover a visibilidade do

desempenho operacional do empreendimento de forma transparente; (f) efetuar a

análise de confiabilidade dos dados produzidos pelo Concessionário; (g) dar suporte

técnico em eventuais processos de ajuste nos pagamentos.

Nesse ponto, destaca-se que o VI foi criado, principalmente, para mitigar

riscos e agregar valor aos contratos de PPP, devendo o mesmo exercer as funções

acima mencionadas, agindo de forma independente, almejando “beneficiar” somente

o contrato que acompanha, ignorando a reação das partes que estão sujeitas ao

resultado do seu trabalho, quais sejam o Poder Concedente e a Concessionária.

Faz-se importante mencionar que as diretrizes acima referidas para

atuação do VI são genéricas e que o detalhamento do escopo de atuação do mesmo

deve ser definido em cada caso. Isso ocorre, porque há uma infinidade de serviços

que podem ser prestados por meio de PPP (estádios de futebol, metrô, hospital,

rodovia, etc) e cada um desses serviços exige um tipo de acompanhamento

diferente, com sistemas de mensuração de desempenho completamente diversos.

Ademais, recomenda-se que o VI, na construção da sua sistemática de

atuação, inicie seu trabalho pelo entendimento do contexto e dos objetivos que

envolvem a concessão que irá acompanhar. Em seguida, é necessário que o VI

compreenda o escopo de sua atuação (atividades abarcadas, variáveis de entrada e

saída, atores, frequência e duração dos trabalhos); aqui também deve ser

desenvolvido o desenho do processo para monitoramento. Adiante, vem a fase de

consolidação e análise das informações obtidas no acompanhamento, que culmina

com a aferição das metas e com os diagnósticos e recomendações para atualização

dos indicadores e tecnologias envolvidas.

12

Conforme demonstrado, o cerne da atuação do VI está ligada ao Sistema

de Mensuração de Desempenho, por isso é decisivo que a referida entidade tenha

grande intimidade e domínio deste. Para tanto, é importante que o VI construa

análises gráficas sobre os indicadores e também um mapa de benefícios associados

aos indicadores (caso já não existam juntamente ao edital de PPP). Relembre-se

que o SMD, a princípio, é elaborado de forma abstrata, durante a construção do

edital de licitação, e que o VI irá acompanhar a aplicação prática do SMD, o que

pode gerar severas divergências. Sendo assim, a construção de tais gráficos

mostra-se fundamental para o entendimento, acompanhamento e melhoria dos

indicadores, ficando claro quais são os benefícios almejados e se há necessidade de

adaptação do SMD para o alcance desses benefícios.

Seguindo a linha de raciocínio supracitada, durante o período de

concessão muitas vezes surgem situações que colocam em risco a sustentabilidade

do projeto ou que são configuradas como oportunidades de melhoria do valor

gerado. Nesses casos, também têm sido utilizados os Verificadores Independentes

para realização de Estudos de Viabilidade Econômica – EVTE, de possíveis

alterações na concessão.

5.2 Verificação independente no contrato da MG-050

Em 2007, o governo de Minas Gerais concedeu, mediante contrato de

Parceria Público-Privada, na modalidade de concessão patrocinada, a exploração da

Rodovia MG 050, com extensão de 372 km, considerando como parte da mesma: o

Trecho entroncamento BR 262 (Juatuba) – Itaúna – Divinópolis – Formiga – Piumhi

– Passos – São Sebastião do Paraíso, o trecho entroncamento MG 050/

entroncamento BR 265, da BR 49115 do km 0,0 ao km 4,65 e o Trecho São

Sebastião do Paraíso – Divisa MG/SP da Rodovia BR 265, mediante a prestação do

serviço pela Concessionária, para a execução dos investimentos de reestruturação

asfáltica, ampliação de faixas, conservação e manutenção rodoviária. Este foi o

primeiro contrato de parceria público-privada assinado no Brasil e previa avaliações

permanentes dos níveis de serviço do concessionário. Além do regime de cobrança

de pedágio aos usuários da rodovia, a concessionária faz jus ao recebimento da

contraprestação adicional que é 100% (cem por cento) impactada pelo seu

desempenho. Com isso, é possível observar a importância do processo de

mensuração de desempenho do privado.

13

Nesta PPP, tanto o Departamento de Estrada e Rodagem (DER-MG)

quanto a concessionária fazem a aferição da sua performance, cabendo ao

Verificador Independente, contratado pelo Poder Concedente, analisar os dados

encaminhados e, quando existir divergência, ser o responsável por adotar a medição

de uma dessas entidades, com base em um levantamento em campo e outro

mecanismo que julgar necessário, definindo, por meio de critérios objetivos, qual

aferição é procedente.

O Quadro de Indicador de Desempenho do contrato é constituído por um

total de 24 indicadores, que são divididos em 4 áreas: Operacional (11 indicadores

com peso de 70%); Financeira (8 indicadores com peso 10%); Ambiental (2

indicadores com peso de 10%); e, Social (3 indicadores com peso de 10%). Os

indicadores da área operacional abrangem os serviços relacionados à operação da

rodovia quanto à área de engenharia, ao estado do pavimento, à sinalização, à

segurança do tráfego, o atendimento ao usuário e ao fluxo de veículo. Já os

indicadores ambientais englobam às políticas de preservação e fomento ao meio

ambiente, por meio de medidas como o controle da poluição, trânsito de cargas

perigosas, ruídos, desmatamento e prevenção de acidentes ambientais. Os

indicadores financeiros avaliam a responsabilidade financeira da concessionária

quanto o gerenciamento de custos, otimização de investimentos, endividamento e

adoção de práticas contábeis transparentes. Por fim, os indicadores sociais

auferem quanto ao tratamento dispensado aos usuários e habitantes ao longo do

sistema existente.

No primeiro contrato de Verificador Independente da PPP da MG-050, o VI

era responsável pelas seguintes atribuições: acompanhar e processar os dados

obtidos pela supervisão geral do desempenho da Concessão, com relação às obras e

serviços necessários ao atendimento às exigências do Quadro de Indicadores de

Desempenho (QID); levantar os dados necessários à aferição permanente dos

serviços e obras programados para atendimento ao (QID), utilizando-se das

informações fornecidas pela fiscalização do DER/MG, pela Concessionária e/ou por

sua própria verificação; analisar os Relatórios Periódicos apresentados pelo DER/MG

e pela Concessionária; desenvolver um Sistema de Aferição Mensal dos Índices

Constantes no QID e disponibilizá-los as partes da PPP; realizar o Cálculo Mensal da

Nota dos Indicadores de Desempenho (NQID) da Concessionária, determinando o

percentual do cumprimento dos índices de serviços da Concessionária; e, emitir a

Nota dos Indicadores de Desempenho da Concessionária.

14

Ao longo da execução do Contrato de PPP, novas formas de atuação do

VI foram necessárias para garantir melhor parcimônia da parceria entre o setor

público e o privado. Dessa forma, na segunda contratação do Verificador

Independente novas atribuições foram previstas, quais sejam: suporte técnico para

mediação de conflitos; gestão de estudos e inovações; realização de pesquisa de

satisfação; e validação da integridade das informações (segurança da informação).

Foi incluído também melhorias nas atribuições anteriores: com a obrigação de

aferição em campo e fazer a gestão do Sistema Integrado de Concessões. A nova

estruturação do escopo de atuação do VI contribuiu para garantir maior controle das

informações, visto que avalia a veracidade das informações repassadas pela

concessionária, contribuindo diretamente na prestação de um serviço público de

qualidade pelo parceiro privado e maior equilíbrio econômico do contrato.

5.3 Verificação independente no contrato do Complexo Penal

O contrato de concessão administrativa para desenhar, construir e

implantar um Complexo Penal formado por 5 (cinco) unidades que somam 3040

(três mil e quarenta) vagas entre o regime fechado e semi-aberto, assinado em

2009, foi o primeiro contrato de PPP para a construção e gestão de um complexo

penitenciário no Brasil. Os serviços que abrangem a vigilância interna, a prestação

de serviços assistenciais, a manutenção de infraestrutura e demais serviços

relacionados a operação da infraestrutura são de responsabilidade do parceiro

privado, já a segurança externa e de muralha, a movimentação de internos e a

implantação da via de acesso ao complexo são atribuições do parceiro público, que

ainda garante 90% (noventa por cento) da demanda a concessionária. Por ser uma

concessão administrativa, o pagamento público representa a única fonte de receita

do parceiro privado e é composto por parcelas referentes à vaga ocupada e a vaga

disponibilizada pelo parceiro privado, sendo que 20% do pagamento mensal é

submetido a uma avaliação periódica de desempenho. Os indicadores para

avaliação de desempenho do concessionário abrangem a quantidade de vagas

disponibilizadas em um determinado período, a qualidade da disponibilidade destas

vagas e o desempenho operacional do concessionário na prestação de serviços

assistenciais e de segurança do complexo. Ao todo são monitorados 380 (trezentos

e oitenta) indicadores.

15

Diante dos rígidos padrões de qualidade dos serviços, especificamente

neste contrato, o papel do VI é fundamental, principalmente na realização do

monitoramento permanente do processo de aferição do desempenho da

concessionária, que impacta diretamente no sistema de pagamento. Diferentemente

do Contrato de PPP da MG-050, neste contrato somente o Verificador Independente

é responsável pela aferição do desempenho, sem prejuízo da concessionária e do

poder concedente também a realizar. A contratação do VI para este contrato de PPP

abrange as seguintes atividades: desenhar os processos e procedimentos para

execução das verificações; treinar os profissionais das partes envolvidas nos

processos, procedimentos e metodologias definidas; executar os procedimentos de

verificação e aferir os dados produzidos pelo Parceiro Privado; atuar no

entendimento dos processos e procedimentos de verificação, propondo melhorias;

verificar os níveis de segurança da informação dos sistemas utilizados pelo Parceiro

Privado para cálculo dos indicadores; participar do processo de revisão do Sistema

de Mensuração de Desempenho; suportar a conciliação, em eventuais casos não

previstos no escopo inicial da Concessão; e, mensurar e apresentar ao Poder

Concedente os resultados de desempenho da concessionária.

Para a compreensão da sua atuação e embasamento para execução das

suas atividades, o VI elabora um diagnóstico, apresentando uma análise crítica do

Sistema de Mensuração de Desempenho e do Mecanismo de Pagamento, além de

mapear os processos de verificação para subsidiar no momento efetivo da

verificação do contrato, uma vez que a contratação do VI ocorreu em momento

anterior a entrada em operação do complexo penitenciário, permitindo um

aprendizado do processo pelo VI antes mesmo do início da operação da PPP.

5.4 Verificação independente no contrato do Mineirão

Em 21 de dezembro de 2010, o Estado de Minas Gerais celebrou contrato

de concessão administrativa (PPP) com a Sociedade de Propósito Específico (SPE)

Minas Arena – Gestão de Instalações Esportivas S.A, cujo objeto é a exploração da

operação e manutenção, precedidas de obras de reforma, renovação e adequação

do complexo do Mineirão.

16

O valor a ser pago pelo Estado nesse contrato varia em função da

Margem Operacional (MO) obtida pela concessionária, conforme apresentado no

Apêndice I ao ANEXO IV – Remuneração da Concessionária e Mecanismo de

Pagamento, do Edital da Concorrência nº 001/2012. De tal modo, o modelo estimula

a geração de receitas oriundas da comercialização de ingressos de futebol, área

VIP, exploração comercial, exploração imobiliária e publicidade e patrocínio,

definidos no respectivo Edital.

Além disso, o desempenho da Concessionária, com impacto direto no

valor de sua remuneração, depende da aferição da qualidade do serviço prestado

pela Concessionária (índice de Qualidade – IQ); do grau de disponibilidade do

Complexo Do Mineirão (Índice de Disponibilidade – IDI); da conformidade às

normas, certificados e relatórios exigidos (índice de Conformidade – IC); e do

desempenho financeiro da Concessionária (índice Financeiro – IF).

Para auxiliar as partes na árdua tarefa de acompanhamento desta

Concessão, em 2012, foi contratado o Verificador Independente para a concessão

administrativa do Mineirão, com o intuito de assessorar na sugestão de melhorias

dos processos de execução do contrato de PPP pela Concessionária, no

monitoramento e na mensuração dos indicadores de desempenho de qualidade, na

verificação dos dados produzidos pela Concessionária, na análise das soluções

tecnológicas para o cumprimento de suas atividades e para assessorar nos cálculos

e apresentações dos valores da contraprestação pecuniária à Concessionária, que

será analisado e aprovado pelo Poder Concedente. Percebe-se que a atuação do VI

do Mineirão segue os mesmo pressupostos do VI do Complexo Penal, o que já

sinaliza o aprendizado do Governo de Minas Gerais quanto a melhor forma de

estruturação para a verificação independente.

As atividades do VI também se iniciaram antes da operação do estádio do

Mineirão, e se complementaram no momento da entrada em operação da estrutura.

Finalmente, assim como no contrato de VI do Complexo Penal, foram

exigidas as atividades de: planejamento, que envolve a realização de um

cronograma geral do projeto; de diagnóstico, que consiste no entendimento dos

papéis e responsabilidades de cada um dos envolvidos na parceria público-

privada, avaliação dos indicadores e processos de medição propostos e

entendimento do sistema de coleta de dados e cálculo dos indicadores; de

17

desenho de processos, cujo objetivo é a construção da metodologia de aferição

dos dados produzidos pela concessionária para fins de apuração dos indicadores

de desempenho; de desenvolvimento de uma solução de tecnologia da informação,

com a construção de um sistema de informação web que realiza as rotinas de

cálculo automáticas dos indicadores de desempenho monitorados pelo VI, com a

permissão de acesso remoto pelo poder concedente e pela concessionária; de

verificação, para a atuação efetiva de aferição de indicadores para subsidiar no

cálculo do mecanismo de pagamento; melhorias de todos os sistemas

mencionados; e, por fim, de gestão do projeto.

5.5 Verificação independente no contrato da UAI

No ano de 2010, o Estado de Minas Gerais contratou, por meio de uma

parceria público-privada, um concessionário responsável por implantar, gerenciar,

operar e realizar a manutenção de 6 (seis) Unidades de Atendimento Integrado

(UAI), localizadas nos municípios mineiros de Betim, Governador Valadares, Juiz de

Fora, Montes Claros, Uberlândia, e Varginha. Os serviços prestados nas UAI, bem

como toda a manutenção da infraestrutura e demais aspectos da operação foram

delegados ao parceiro privado.

Assim como o contrato do Complexo Penitenciário e o Mineirão, nesta

concessão administrativa o pagamento público é vinculado ao nível de performance

da concessionária e está relacionado a quantidade de atendimento realizado por ela.

Ao todo 40% (quarenta por cento) da contraprestação pública está submetida a

avaliação periódica de desempenho, cujos indicadores mensuram o grau de

satisfação do cidadão, medido através de informação registrada pelo cidadão

usando o teclado (pad) de avaliação ao término do atendimento no guichê; tempo

médio calculado a partir da emissão da senha até o momento em que a senha é

chamada no painel para ser atendida no guichê; e, Quantidade de Senhas Atendidas

(SA) em relação às senhas emitidas (SE). Adicionalmente, o estado garantiu 70%

(setenta por cento) da demanda ao concessionário, sendo que no caso do número

real de atendimentos de todas as UAI for, em qualquer ano da concessão, inferior ao

percentual mínimo da demanda projetada total ou da demanda ajustada (70%) será

paga uma Parcela Anual Complementar.

18

A contratação do Verificador Independente para atuar na aferição do

desempenho e da qualidade da concessionária do contrato de concessão das

Unidades de Atendimento Integrado (UAI) foi concluída em 2013. Para fins de

otimizar a atuação deste ente, o Poder Concedente requisitou os seguintes domínios

do VI: expertise em gestão de projetos utilizando a metodologia baseada no PMBoK

(Project Management Body of Knowledge) do instituto PMI (Project Management

Institute) ou equivalente; conhecimento em desenho de Processos; experiência em

monitoramento de indicadores de desempenho e em análise de segurança da

informação (dado a importância de aspectos tecnológicos na prestação dos serviços

pela concessionária). Alguns desses domínios também foram requisitados nos

outros contratos de VI, sendo que estes são demandados conforme com as

características do contrato de PPP.

No VI da UAI, assim como no VI do Complexo Penal e do Mineirão,

também se exige as atividades de planejamento, de diagnóstico, de

desenvolvimento de uma solução de tecnologia da informação, de verificação, e de

gestão do projeto. Tal configuração demonstrou-se a mais adequada para atender

ao processo de verificação de fato independente e eficiente, contribuindo para o

sucesso da PPP.

6 CONCLUSÃO

Com base nas pesquisas realizadas, nota-se que a contratação de

Verificadores Independentes para auxiliar no acompanhamento dos intricados

contatos de PPP é uma prática salutar gerando impacto positivo para o Poder

Concedente, para a Concessionária, e, sobretudo, para a população, que recebe

melhores resultados das políticas públicas executadas a partir de contratos que são

cumpridos e monitorados fielmente.

Para que isso aconteça, a instituição que venha assumir a função de VI

deverá contar com valores determinantes como: independência, transparência,

consistência e responsabilidade. Isto porque, o Verificador estará inserido em

contexto de possíveis conflitos e, portanto, é necessário que ele transmita segurança

e credibilidade às partes envolvidas, no que diz respeito às suas aferições de

desempenho e recomendações.

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Ademais, nota-se um amadurecimento na utilização dos Verificadores

Independentes no contexto dos contratos PPP, demonstrada através da evolução do

escopo de sua atuação ao longo do tempo, que vai além do que o acompanhamento

dos indicadores de desempenho do contrato, atuando inclusive na fase que

antecede a operação do serviço público. Podemos destacar também a atuação

deste ente para sugestão de melhorias a partir do conhecimento que acumula da

execução do contrato e de novas tecnologias, a realização da automação de

indicadores, o desenvolvimento de estudos de viabilidade técnica e econômica para

possíveis alterações na estrutura do contrato de PPP, dentre outras inovações.

Naturalmente, o crescimento do campo de atuação do Verificador

Independente exige o refinamento das qualidades técnicas da empresa que

desempenhará tal função, com a exigência de competências como capacidade de

realização de desenhos de processos para monitoramento e controle,

conhecimento de tecnologia para análise de ambiente da concessionária e aferição

de ambiente de TI seguro, experiência em estruturação de sistemas de

mensuração de desempenho e conhecimento e aplicação de metodologia para

realização de estudos de viabilidade técnica e econômica que possam suportar as

sugestões de melhoria apresentadas.

Todavia, mesmo confirmada a crescente relevância dos VI no

acompanhamento de contratos de PPP, não se deve olvidar que o Poder

Concedente permanece sendo, legalmente, o titular do múnus de gerir e fiscalizar

o contrato, sendo o responsável por todo o processo decisório relacionado.

Em resumo, resta evidenciado o valor do Verificador Independente como

ferramenta ampliadora dos benefícios advindos dos contratos de PPP, servindo

como ferramenta benéfica a todos os envolvidos. Ainda assim, deve-se alertar que

a utilização dos VIs é algo novo, dentro da gestão pública brasileira, merecendo

ainda aprimoramentos e estudos, até mesmo para buscar a expansão de sua

aplicação em outros contratos administrativos, que não somente os de Parceria

Público-Privada.

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7 REFERÊNCIAS

BRASIL. Lei 11.079, de 30 de dezembro de 2004. Institui normas gerais para licitação e contratação de parceria público-privada no âmbito da administração pública.

MINAS GERAIS. Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico. Unidade Central de Parcerias Público-Privadas. Verificador Independente: Práticas para agregar valor aos projetos de Parceria Público-Privada. Belo Horizonte: Estado de Minas Gerais, 2011.

MINAS GERAIS. Departamento de Estradas de Rodagem de Minas Gerais. Edital de Licitação nº070/06: Concorrência para Concessão Rodoviária, 61 p., Belo Horizonte, 2006.

MINAS GERAIS. Lei 14.868, de 16 de dezembro de 2003. Dispõe sobre o programa de parcerias público-privadas de Minas Gerais.

MINAS GERAIS. Secretaria de Estado de Defesa Social. Edital de Licitação nº 01/2008: Exploração Mediante Concessão Administrativa da Construção e Gestão do Complexo Penal, 52 p., Belo Horizonte, 2008.

MINAS GERAIS. Secretaria de Estado de Defesa Social. Edital de Licitação nº 397/2010: Contratação do Verificador Independente para Monitoramento Permanente do Processo de Aferição do Desempenho da Concessionária do Complexo Penitenciário PPP, 34 p., Belo Horizonte, 2011.

MINAS GERAIS. Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão. Edital de Licitação nº 167/2012: Contratação de Empresa Especializada para Atuar como Verificador Independente na Aferição do Desempenho e da Qualidade da Concessionária do Contrato de Concessão Administrativa das Unidades de Atendimento Integrado, 47 p., Belo Horizonte, 2012.

MINAS GERAIS. Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão. Edital de Licitação nº 001/2010, 44 p., Belo Horizonte, 2010.

MINAS GERAIS. Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão. Edital de Licitação nº 02/2010: Exploração, Mediante Concessão Administrativa, da Operação e Manutenção, Precedidas de Obras de Reforma, Renovação e Adequação do Complexo do Mineirão, 46 p., Belo Horizonte, 2010.

MINAS GERAIS. Secretaria Geral da Governadoria do Estado de Minas Gerais. Edital de Concorrência nº 001/2012: Contratação de Empresa para a Prestação de Serviços Especializados de Aferição do Desempenho e da Qualidade da Concessionária Minas Arena Gestão de Instalações Esportivas S.A., 45 p., Belo Horizonte, 2012.

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PEREIRA, Carlos Eduardo de Queiroz. Parcerias Público-Privadas: Novo modelo brasileiro de concessão de serviços públicos e novos desafios para o controle. 22f. Trabalho de Conclusão de Curso – Instituto Serzedello Corrêa da Universidade de Brasília, Brasília, 2006.

PINTO, M. B. Repartição de riscos nas parcerias público-privadas. nº. 26, jan-jul. Brasília: Revista do BNDES, 25, junho 2006.

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AUTORIA

Eloy Henrique Saraiva de Oliveira – Advogado, formado pela Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais, pós-graduado em Direito Empresarial, MBA em Gestão Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas – em andamento. Empreendedor Público do Governo do Estado de Minas Gerais, atuando juntamente à Unidade Central de Parcerias Público-Privadas, na Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico.

Endereço eletrônico: [email protected]

Danuza Aparecida de Paiva – Administradora Pública, formada pela Escola de Governo Professor Paulo Neves de Carvalho, graduada em Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais – em andamento. Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental, atuando juntamente à Unidade Central de Parcerias Público-Privadas, na Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico.

Endereço eletrônico: [email protected]