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O papel dos conselheiros nos Conselhos de consumidores de energia elétrica Erivaldo Marques

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O papel dos conselheiros nos Conselhos de consumidores de energia elétrica

Erivaldo Marques

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RANKING ATENDIMENTOS CONCESSIONÁRIAS ENERGIA ELÉTRICA

EMPRESA QUANT

1º ELETROPAULO METROPOLITANA ELETRECIDADE DE SÃO PAULO 4389

2º ESPÍRITO SANTO CENTRAIS ELÉTRICAS S/A 3421

3º COELBA - COMPANHIA DE ELETRECIDADE DO ESTADO DA BAHIA 3065

4º ENERSUL - EMPRESA ENERGÉTICA DE MATO GROSSO DO SUL 2701

5º CEMIG - COMPANHIA ENERGÉTICA DE MINAS GERAIS 2615

6º CPFL ENERGIA S/A 2479

7º CEMAT - CENTRAIS ELÉTRICAS MATOGROSSENSES 2264

8º CLG DISTRIBUIDORA S/A 2167

9º BANDEIRANTE ENERGIA 2166

10º CEMAR - COMPANHIA ENERGÉTICA DO MARANHÃO 2100

11º CELTINS - CIA DE ENERGIA ELÉTRICA DO ESTADO DE TOCANTINS 1448

12º ELETROBRAS - COMPANHIA DE ELETRECIDADE DO ACRE 1358

13º COELCE - COMPANHIA ENERGÉTICA DO CEARÁ 1133

14º CELESC DISTRIBUIÇÃO S/A 1105

Fonte: SINDEC

Período Pesquisado: 11/06/2013 a 09/08/2014

SETOR DE ESTATÍSTICA | PROCON/MS

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05.09.2012 - 14h28 | Atualizado em 05.09.2012 - 15h51

Rio de Janeiro – Os consumidores de energia elétrica não têm voz hoje no Brasil e acabam pagando caro por isso. A declaração foi feita hoje (5) pelo diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Hermes Chipp, em um seminário sobre novas fontes renováveis e redes inteligentes no planejamento energético nacional, promovido pela Coordenação de Programas de Pós-Graduação de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe-UFRJ), na zona norte da capital fluminense.

“O consumidor é mudo (...). Ele paga sem saber o que está pagando e sem saber o que ele não precisaria pagar”, disse Hermes Chipp.

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Para o diretor-geral, é preciso aumentar a participação dos conselhos dos Consumidores de Energia Elétrica...

“Os conselhos de Consumidores têm que se estruturar no país e começar a participar efetivamente, pois são a voz do consumidor. O conselho precisa entender melhor as questões, o que trazem de benefícios, para fazer os pleitos à própria agência reguladora.”

Os conselhos são compostos por representantes de todas as classe de consumo (rural, comercial, residencial e industrial, além do Poder Público) e têm o objetivo de orientar, analisar e avaliar questões ligadas ao fornecimento, às tarifas e à adequação dos serviços de energia elétrica prestados ao consumidor final.

Edição: Juliana Andrade

Fonte: http://www.ebc.com.br/2012/09/consumidor-de-energia-eletrica-nao-tem-voz-diz-diretor-geral-do-ons

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Artigo 13 da Lei nº 8.631/93 - determinou que as Concessionárias criassem os Conselhos, os quais são entes participativos de caráter consultivo, voltados para a orientação, análise e avaliação das questões afetas ao setor elétrico, como qualidade de fornecimento, tarifas e adequacidades dos serviços prestados ao consumidor. (corresponde ao art. 3º, da Res.451/2011)

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DEMOCRACIA REPRESENTATIVA E PARTICIPATIVA – CONTROLE SOCIAL

Os Conselhos possuem imensurável importância, pois representam os interesses dos consumidores junto ao órgão regulador e junto às distribuidoras de energia elétrica.

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Importante ressaltar que a defesa do consumidor decorre do princípio constitucional da Dignidade Humana, isto porque o legislador constituinte o inseriu no capítulo dos direitos e garantias fundamentais: Art. 5º, XXXII, CF: “O Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor”.

O art. 170, V, prescreve que a ordem econômica, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, devendo-se observar, dentre outros, a defesa do consumidor.

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Neste sentido a jurisprudência vem reconhecendo reiteradamente que “a intervenção do Estado na ordem econômica, fundada na livre iniciativa, deve observar os princípios do direito do consumidor, objeto de tutela fundamental especial”. (STJ, Resp.744.602, Rel. Min.Luiz Fux, DJ 15/03/07)

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Art. 1° O presente código estabelece normas de proteção e defesa do consumidor, de ordem pública e interesse social, nos termos dos arts. 5°, inciso XXXII, 170, inciso V, da Constituição Federal e art. 48 de suas Disposições Transitórias.

Art. 2° Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final.

Parágrafo único. Equipara-se a consumidor a coletividade de pessoas, ainda que indetermináveis, que haja intervindo nas relações de consumo.

Art. 3° Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços.

§ 1° Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial.

§ 2° Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito e securitária, salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhista.

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Art. 4º A Política Nacional das Relações de Consumo tem por objetivo o atendimento das necessidades dos consumidores, o respeito à sua dignidade, saúde e segurança, a proteção de seus interesses econômicos, a melhoria da sua qualidade de vida, bem como a transparência e harmonia das relações de consumo, atendidos os seguintes princípios: (Redação dada pela Lei nº 9.008, de 21.3.1995)

I - reconhecimento da vulnerabilidade do consumidor no mercado de consumo;

II - ação governamental no sentido de proteger efetivamente o consumidor:

a) por iniciativa direta;

b) por incentivos à criação e desenvolvimento de associações representativas;

c) pela presença do Estado no mercado de consumo;

d) pela garantia dos produtos e serviços com padrões adequados de qualidade, segurança, durabilidade e desempenho.

III - harmonização dos interesses dos participantes das relações de consumo e compatibilização da proteção do consumidor com a necessidade de desenvolvimento econômico e tecnológico, de modo a viabilizar os princípios nos quais se funda a ordem econômica (art. 170, da Constituição Federal), sempre com base na boa-fé e equilíbrio nas relações entre consumidores e fornecedores;

IV - educação e informação de fornecedores e consumidores, quanto aos seus direitos e deveres, com vistas à melhoria do mercado de consumo;

V - incentivo à criação pelos fornecedores de meios eficientes de controle de qualidade e segurança de produtos e serviços, assim como de mecanismos alternativos de solução de conflitos de consumo;

VI - coibição e repressão eficientes de todos os abusos praticados no mercado de consumo, inclusive a concorrência desleal e utilização indevida de inventos e criações industriais das marcas e nomes comerciais e signos distintivos, que possam causar prejuízos aos consumidores;

VII - racionalização e melhoria dos serviços públicos;

VIII - estudo constante das modificações do mercado de consumo.

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Art. 6º São direitos básicos do consumidor:

I - a proteção da vida, saúde e segurança contra os riscos provocados por práticas no fornecimento de produtos e serviços considerados perigosos ou nocivos;

II - a educação e divulgação sobre o consumo adequado dos produtos e serviços, asseguradas a liberdade de escolha e a igualdade nas contratações;

III - a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com especificação correta de quantidade, características, composição, qualidade e preço, bem como sobre os riscos que apresentem;

III - a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com especificação correta de quantidade, características, composição, qualidade, tributos incidentes e preço, bem como sobre os riscos que apresentem; (Redação dada pela Lei nº 12.741, de 2012) Vigência

IV - a proteção contra a publicidade enganosa e abusiva, métodos comerciais coercitivos ou desleais, bem como contra práticas e cláusulas abusivas ou impostas no fornecimento de produtos e serviços;

V - a modificação das cláusulas contratuais que estabeleçam prestações desproporcionais ou sua revisão em razão de fatos supervenientes que as tornem excessivamente onerosas;

VI - a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos;

VII - o acesso aos órgãos judiciários e administrativos com vistas à prevenção ou reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos ou difusos, assegurada a proteção Jurídica, administrativa e técnica aos necessitados;

VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências;

IX - (Vetado);

X - a adequada e eficaz prestação dos serviços públicos em geral.

Art. 7° Os direitos previstos neste código não excluem outros decorrentes de tratados ou convenções internacionais de que o Brasil seja signatário, da legislação interna ordinária, de regulamentos expedidos pelas autoridades administrativas competentes, bem como dos que derivem dos princípios gerais do direito, analogia, costumes e eqüidade.

Parágrafo único. Tendo mais de um autor a ofensa, todos responderão solidariamente pela reparação dos danos previstos nas normas de consumo.

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Dispositivos de leis que embasam a Resolução Normativa 451/2011, a

qual estabelece as condições gerais para criação, organização e

funcionamento dos Conselhos de Consumidores de Energia Elétrica

►Art. 5º da Lei 8.078/90

Art. 5° Para a execução da Política Nacional das Relações de Consumo,

contará o poder público com os seguintes instrumentos, entre outros:

V - concessão de estímulos à criação e desenvolvimento das Associações de

Defesa do Consumidor.

►Art. 13 da Lei nº 8.631/93:

Art. 13. O concessionário de serviço público de distribuição de energia

elétrica criará no âmbito de sua área de concessão, Conselho de

Consumidores, de caráter consultivo, composto por igual número de

representantes das principais classes tarifárias, voltado para orientação,

análise e avaliação das questões ligadas ao fornecimento, tarifas e

adequacidades dos serviços prestados ao consumidor final.

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►Art. 7º da Lei 8.987/1995 (dispõe sobre a concessão e permissão da prestação dos serviços públicos)

Art. 7º. Sem prejuízo do disposto na Lei no 8.078, de 11 de setembro de 1990, são direitos e obrigações dos usuários:

II - receber do poder concedente e da concessionária informações para a defesa de interesses individuais ou coletivos;

IV - levar ao conhecimento do poder público e da concessionária as irregularidades de que tenham conhecimento, referentes ao serviço prestado;

V - comunicar às autoridades competentes os atos ilícitos praticados pela concessionária na prestação do serviço;

►Art. 3, da Lei 9.427/96 (institui a ANEEL, disciplina o regime das concessões de

serviços públicos de energia): Art. 3o Além das atribuições previstas nos incisos II, III, V, VI, VII, X, XI e XII do

art. 29 e no art. 30 da Lei no 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, de outras incumbências expressamente previstas em lei e observado o disposto no § 1o, compete à ANEEL: (Redação dada pela Lei nº 10.848, de 2004) (Vide Decreto nº 6.802, de 2009).

(...) XVII - estabelecer mecanismos de regulação e fiscalização para garantir o

atendimento à totalidade do mercado de cada agente de distribuição e de comercialização de energia elétrica, bem como à carga dos consumidores que tenham exercido a opção prevista nos arts. 15 e 16 da Lei no 9.074, de 7 de julho de 1995; (Incluído pela Lei nº 10.848, de 2004)

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►Art. 4º do Decreto 2.335/97:

Art. 4º À ANEEL compete:

XVIII - estimular a organização e operacionalização dos conselhos de consumidores e comissões de fiscalização periódica compostas de representantes da ANEEL, do concessionário e dos usuários, criados pelas Leis nºs 8.631, de 4 de março de1993, e 8.987, de 13 de fevereiro de 1995;

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Art. 2º Para fins e efeitos desta Resolução, são adotados os seguintes termos e respectivas definições:

I - conselho de consumidores de energia elétrica: órgão sem personalidade jurídica, de caráter consultivo, formado por representantes das principais classes das unidades consumidoras, com a incumbência de opinar sobre assuntos relacionados à prestação do serviço público de energia elétrica, doravante denominado genericamente pelo termo Conselho;

II - conselheiro titular: representante efetivo de uma classe de unidades consumidoras no Conselho de Consumidores; e

III - conselheiro suplente: representante habilitado a assumir, em caso de vacância, o cargo de Conselheiro Titular.

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Art. 3º A distribuidora deve criar, na forma desta Resolução, para atuar no âmbito de sua área de concessão, Conselho de caráter consultivo, voltado para a orientação, análise e avaliação das questões ligadas ao fornecimento de energia elétrica, às tarifas e à adequação dos serviços prestados ao consumidor, tendo como atribuições aquelas dispostas nesta Resolução.

Parágrafo único. Os Conselheiros devem ser indicados na forma desta Resolução, por entidades representativas das classes de unidades consumidoras residencial, industrial, comercial, rural e poder público.

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DAS ATRIBUIÇÕES Art. 13. Compete ao Conselho, observado o disposto nesta Resolução: I - manifestar-se formalmente, especialmente quando solicitado pela

ANEEL, a respeito das tarifas e da qualidade do fornecimento de energia elétrica da respectiva distribuidora;

II - cooperar com a distribuidora e estimulá-la no desenvolvimento e na disseminação de programas educativos destinados à orientação dos consumidores sobre a utilização da energia elétrica, esclarecendo-lhes sobre seus direitos e deveres;

III - acompanhar, quando solicitado, a solução de conflitos instaurados entre consumidores e a distribuidora;

IV - analisar, debater e propor soluções para assuntos que envolvam a coletividade de uma ou mais classes de unidades consumidoras;

V - cooperar com a distribuidora na formulação de propostas sobre assuntos de competência do Conselho, encaminhando-as à ANEEL ou ao órgão conveniado por ela indicado;

VI - cooperar com a ANEEL e com o órgão conveniado por ela indicado, durante as consultas públicas de preparação da fiscalização dos serviços prestados, visando ao cumprimento do Contrato de Concessão e da regulamentação de interesse do setor de energia elétrica;

VII - solicitar a intervenção da ANEEL ou do órgão conveniado por ela indicado para a solução de impasses surgidos entre o Conselho e a distribuidora;

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VIII - conhecer e acompanhar a evolução da legislação e da regulamentação do setor de energia elétrica;

IX - cooperar com a distribuidora na divulgação das decisões e dos atos praticados pelo Conselho;

X - enviar à ANEEL, com cópia para a distribuidora, até o último dia útil do mês de outubro o Plano Anual de Atividades e Metas referente ao exercício seguinte, utilizando-se dos modelos de formulários disponibilizados no endereço eletrônico www.aneel.gov.br e em conformidade com o disposto nesta Resolução;

XI - enviar à ANEEL, com cópia para a distribuidora, até o último dia útil do mês de abril, o relatório contendo a prestação de contas do Plano Anual de Atividades e Metas referente ao exercício anterior, observando-se o disposto nesta Resolução;

XII - aprovar o seu Regimento Interno, observado o disposto nesta Resolução;

XIII - interagir previamente com os consumidores e com as entidades representativas, visando à indicação de representantes quando da renovação dos mandatos dos Conselheiros;

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XIV - realizar, num prazo de até 90 (noventa) dias antes do início dos mandatos, Audiência Pública abordando, no mínimo, a representatividade das entidades e dos Conselheiros indicados e os aspectos ligados ao fornecimento de energia elétrica, tais como o atendimento ao consumidor, as tarifas aplicadas e a adequação dos serviços prestados pela distribuidora, encaminhando a ata à ANEEL;

XV - observar, juntamente com a distribuidora, a correta utilização dos recursos financeiros em consonância com o limite e os procedimentos estabelecidos nesta Resolução;

XVI - divulgar, em cooperação com a distribuidora, através de sua página eletrônica na internet ou outros meios adicionais, a existência do Conselho, seu Regimento Interno, sua agenda de trabalho, os canais de comunicação com os consumidores, as pautas das reuniões e os atos por ele praticados, respeitando as restrições de divulgação de informações previstas no art. 22 desta Resolução;

XVII - manter atualizados junto à ANEEL, tendo como co-responsável a distribuidora, os dados cadastrais e de contato dos Conselheiros, das entidades representativas responsáveis pelas indicações e do Secretário-executivo.

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Exemplos de boas práticas levadas a efeito pelos Conselhos: "Projeto ABC da Energia investe na educação de jovens consumidores de energia elétrica em Mato Grosso do Sul"

O projeto ABC da Energia é uma iniciativa pioneira no setor elétrico que une o Conselho de Conselho de Consumidores da Enersul – Concen/MS e a Empresa Energética de Mato Grosso do Sul S.A.- Enersul com a finalidade de promover a prática da cidadania pela divulgação de material pedagógico sobre a utilização da energia elétrica de forma segura, econômica, sustentável em todas as escolas da rede pública localizadas na área de concessão da distribuidora.

Implantado em 2011, o projeto já passou por 170 escolas sensibilizando cerca de 110 mil alunos do ensino fundamental. As informações chegam às crianças e adolescentes por meio dos coordenadores pedagógicos que recebem, no lançamento de cada etapa do projeto, o conteúdo do ABC da Energia e participam de seminário para capacitação.

Durante a Semana Nacional de Segurança com Energia, evento promovido pela concessionária em parceria com o Concen/MS, os educadores assistem palestras, realizam visitas guiadas às áreas técnicas (como centros de operação ou de eficiência e inovação) e recebem um kit com o conteúdo educativo sobre uso seguro e eficiente de energia. O material da campanha, composto por cartilhas, livros e vídeos, é multiplicado nas instituições de ensino e aplicado como disciplina extracurricular nas escolas.

O projeto ABC da Energia visa conscientizar o jovem consumidor sobre a importância do uso sustentável da energia elétrica de forma a garantir a sua disponibilidade e o conforto para as futuras gerações e para o planeta.

Promover a aproximação das entidades que compõe o Conselho à sociedade e informar aos cidadãos os canais disponíveis para atendimento aos consumidores são outros benefícios oriundos dessa iniciativa.

O projeto premia alunos e coordenadores pedagógicos das escolas participantes com o intuito de valorizar o esforço dedicado à tarefa cidadã e o compromisso com o uso sustentável da energia elétrica.

A premiação é concedida aos melhores trabalhos desenvolvidos sobre o tema, segundo critérios e avaliação definidos pela Secretaria Estadual de Educação. Os alunos podem expressar a criatividade com a produção de redações, desenhos, artesanatos, peças teatrais e outros meios.

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Campo Grande/MS, 29/07/2014

Tarifa social poderá excluir 80.000 usuários de energia em MS Cerca de oitenta mil usuários de energia do programa federal de Tarifa Social, cadastrados no programa em Mato Grosso do Sul, poderão ser excluídos caso não se cadastrem. De acordo com Maria Rita Barcelos Giraldelli, membro do Conselho de Usuários de Energia (CONCEN/MS), que representou o segmento residencial pela ABCCON/MS, na reunião de hoje (29/07/14), foi alertado pela concessionária Enersul/Energisa que os beneficiários do programa federal tem até o mês de outubro para se cadastrar, ou serão excluídos, sendo que na conta de novembro já estarão pagando a conta sem o beneficio. Será um grande prejuízo social alerta a conselheira Maria Rita, principalmente para aquelas famílias de baixa renda que poderão inclusive ficar inadimplentes (em atraso com as contas), em função da baixa renda e desemprego que tem aumentado todo mês em Mato Grosso do Sul, aumentando casos de “gambiarras” os chamados “gatos” ligações clandestinas que coloca em risco o usuário. Fonte: http://jnpg.com.br/tarifa-social-podera-excluir-80-000-usuarios-de-energia-em-ms/

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Cinco categorias, defendidas pela Presidente do Concen/MS Dra. Rosimeire na 2ª Audiência Pública, ocorrida em junho de 2014 na área de concessão da ENERSUL que devem orientar a análise de uma esfera pública tal como são os conselhos: a) visibilidade social, na qual, as ações e os discursos dos sujeitos devem expressar-se com transparência não apenas para os diretamente envolvidos, mas também para aqueles implicados nas decisões políticas; b) controle social que significa acesso aos processos que informam as decisões no âmbito da sociedade política, o qual possibilita a participação da sociedade civil organizada na formulação e na revisão das regras que conduzem as negociações e a arbitragem sobre os interesses em jogo, além do acompanhamento da implementação daquelas decisões, segundo critérios pactuados; c) representação de interesses coletivos, que implica a constituição de sujeitos sociais ativos, que se apresentam na cena pública a partir da qualificação de demandas coletivas, em relação às quais exercem papel de mediadores; d) democratização, que implica a dialética entre conflito e consenso, de modo que os diferentes e múltiplos interesses possam ser qualificados e confrontados, daí resultando a interlocução pública capaz de gerar acordos e entendimentos que orientem decisões coletivas; e) formação da cultura política que implica construção de mediações sócio-políticas dos interesses dos sujeitos sociais a serem reconhecidos, representados e negociados na cena visível da esfera pública.

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Podemos concluir que o papel dos conselheiros nos conselhos de consumidores de energia elétrica não é outro senão de fazer com que as previsões legais existentes sejam cumpridas, sobretudo, aquelas inscritas no CDC, as quais são normas de ordem pública e interesse social, isto é, normas imperativas e que não comportam renúncias, ou seja, não admitem serem afastadas por disposição particular.

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Não medir esforços para reduzir a assimetria de informações, para tanto, necessitam de consultoria técnica e capacitação contínua;

É interagir com todas as outras classes representativas;

Tornar-se conhecido e dar publicidade às ações;

Dialogar com o órgão regulador, com a concessionária e com outros órgãos de defesa do consumidor, de forma autônoma e compromissada com os interesses dos consumidores;

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Promover a contínua interlocução com os consumidores representados;

Exigir sempre a devida qualidade na prestação do serviço de energia elétrica;

Defender a Modicidade Tarifária;

Divulgar os direitos e deveres dos consumidores de energia elétrica previstos no CDC, na Resolução 414 e nas demais legislações.

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“Se, na verdade, não estou no mundo para simplesmente a ele me adaptar, mas para transformá-lo; se não é possível mudá-lo sem um certo sonho ou projeto de mundo, devo usar toda possibilidade que tenha para não apenas falar de minha utopia, mas participar de práticas com ela coerentes”.

Paulo Freire

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