o papel do setor saúde na promoção da...
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Acesso e qualidade da atenção
em beneficiários do Bolsa Família
no Sul e Nordeste do Brasil
Universidade Federal de Pelotas
FM – DMS – PPGE
Ministério da Saúde
SAS – DAB – CGAN
Rio, 5 de agosto de 2011
Equipe Técnica UFPel
• Luiz Augusto Facchini
• Roberto Xavier Piccini
• Elaine Tomasi
• Denise Silveira
• Elaine Thumé
• Fernando V. Siqueira
• Vanessa Andina Teixeira
• Alessander Osório
• Suele Manjourany
• Alitéia Dilélio
• Mercedes Lucas
• Danton Duro Filho
• Mirelle Saes
• Gil Ambrósio Facchini
Objetivo da apresentação
• Discutir possibilidades e mecanismos para a
melhorar o acesso e a qualidade em serviços
de saúde e para fortalecer a articulação da
APS com outras políticas sociais (Bolsa
Família), visando aumentar o impacto sobre
os DSS.
O papel do setor saúde
na promoção da equidade
• Thomas McKeown – publicações de 1950 a 1980
– De 1700 até o presente: o crescimento (desenvolvimento)
populacional no mundo industrializado não se deveu aos
avanços no conhecimento e nos serviços médicos e de
saúde pública, mas aos avanços nas condições gerais de
vida diária, especialmente na dieta, no estado nutricional,
resultado das melhores condições econômicas.
– Questão histórica: qual a efetividade de serviços e ações de saúde,
individuais e coletivas
• incluindo a APS, a reforma sanitária, a vacinação e o atendimento de urgências
– Esta tese provocou e modelou muitas hipóteses e continua alimentando
controvérsias – é uma discussão atual
• Colgrove, J AJPH, 2002
O papel do setor saúde
na promoção da equidade
• CMDSS e CNDSS-Brasil, 2006-2009
– O setor saúde é um determinante social de saúde
– Sua interação com outros determinantes sociais reduz diferenças
relativas à exposição e vulnerabilidade aos riscos ligados à saúde.
• Evidências crescentes de um papel ativo de políticas,
sistemas e serviços de saúde na promoção da equidade em
saúde
– Publicações brasileiras e sobre o Brasil são um destaque
contemporâneo
O papel do setor saúde
na promoção da equidade
• Estratégias para reduzir desigualdades e
iniquidades de saúde
– Fortalecer a interação do setor saúde com outros
determinantes sociais
– Ampliar a cobertura e a equidade no acesso e qualidade
dos serviços de saúde
– Promover o tratamento igualitário para todos os grupos
sociais – em todos os níveis da atenção
O papel do setor saúde
na promoção da equidade
• Para promover a equidade é preciso
entender o contexto de desigualdades e
injustiças
condições de vida = determinante social de saúde
DILEMA ÉTICO: Por que tratar as
pessoas e depois mandá-las de volta
para condições que as fazem adoecer?
Políticas anti-pobreza
• O país tem cerca de 9 milhões de miseráveis,
• queda de 12% para 4,8% da pobreza extrema entre 2003 e
2008, graças ao BOLSA FAMÍLIA
• Questão crucial para políticas de inclusão social e de reduçãoda miséria: o público-alvo dos benefícios é plenamentealcançado?
– Grande parte dos extremamente pobres já integra o BF (cerca de 85% da clientela do programa), mas o benefício pago não é suficiente paratodas as famílias em condições de pobreza
– O Nordeste concentra cerca de metade dos beneficiários do BF no país
– (IPEA, 2010)
Hipóteses para fortalecer a
promoção da equidade
• A coordenação de políticas voltadas aos grupossociais mais pobres e vulneráveis pode potencializarseu efeito na melhoria da qualidade de vida dapopulação e da redução das iniquidades.
– A expansão dos investimentos e o reajuste do BF deveestar em interação com a expansão do gasto públicofederal no SUS, particularmente na APS e na SF
•
serviços de saúde = determinante social de saúde
VIACAVA, Francisco et al. Ciênc. saúde coletiva 2004, 9(3):711-724
Estudo da UFPel, 2010 - Objetivo:
Comparar o acesso e a qualidade da atenção em beneficiários
do BF, considerando:
• Duas regiões: Sul e NE • Dois modelos de APS: SF e Trad
0% 0 a 25% 25 a 50% 50 a 75% 75 a 100%
• 6 grupos populacionais: estratificados segundo a renda per capita e o
recebimento do benefício do Bolsa Família
Delineamento
• Estudo transversal:
• inquérito epidemiológico de base populacional
(comunitária)• Grupo de comparação externo – seleção com base na
exposição (intervenção)Expostos (grupo intervenção): Beneficiários do BFNão expostos (grupo controle): Não beneficiários do BF
• População de referência• Crianças < 7 anos, suas mães e familiares,
• residentes em setores censitários sob abrangência de
serviços básicos de saúde
Grupos de comparação
Renda por
pessoa
Com
Bolsa Família
Sem
Bolsa Família
Até R$ 70 BF elegível até
R$ 70
Não BF elegível
R$ 70
R$ 71 a 140 BF elegível R$
71 a 140
Não BF elegível
R$ 71-140
Mais de R$ 140 BF não elegível Não BF não elegível
Trabalho de Campo
• Início – 16 de agosto de 2010
• Término – 27 de outubro de 2010
• Tempo
– Previsto: 77 dias
– Realizado: 73 dias
Bolsa Família
• 35% da amostra recebiam o benefício
– Saúde da Família 37%
– Tradicional 24%
– Sul 19,1%
– Nordeste 49,7%
85255
509 633
4502
325624
2146
952
2135
Não BF elegível até R$ 70
Não BF elegível R$ 71 a 140
BF elegível BF não elegível Não BF não elegível
Sul Nordeste
Crianças na amostra por grupos de comparação e região.Regiões Sul e Nordeste, 2010.
Total crianças =13.923
Distribuição da amostra de acordo
com a renda percapita e o
recebimento de Bolsa Família.
Regiões Sul e Nordeste, 2010.
*Proporção por grupo de renda percapita
28,3 37,6
114,3 104,5
281,1
534,2
444,0
32,3 30,5
110,0 104,6
229,9
397,3
210,1
31,4 31,5
111,2 104,6
250,4
490,2
325,2
0,0
100,0
200,0
300,0
400,0
500,0
600,0
Não BF elegível até
R$ 70
BF elegível até R$ 70
Não BF elegível R$
71-140
BF elegível R$ 71-140
BF não elegível
Não BF não elegível
Total
Média de renda per capita (R$), total e por região, de acordo com os grupos de comparação.
Sul Nordeste Total
Referênciade saída do
BF
Renda BF não inclui o benefício
Miséria e pobreza extrema:
Equiparação
28,3 32,358,9 52,7
114,3 110,0123,8 126,0
299,4
250,6
534,2
397,3
Sul Nordeste
Não BF elegível até R$ 70 BF elegível até R$70 Não BF elegível R$ 71-140
BF elegível R$ 71-140 BF não elegível Não BF não elegível
Miséria e pobreza
extrema:
Incremento de renda
R$ 20 – até R$ 70
R$10 – R$71-140
R$19 – ñ elegível
Média de renda per capita (R$), com a renda da Bolsa Família para
beneficiários, total e por região, de acordo com os grupos de
comparação.
Renda BF inclui o benefício
Idade e escolaridade da mãe.
5,7
55,7
36,3
2,3
13,2
33,1
44,8
8,9
30,433,6
26,0
10,0
0 a 4 anos 5 a 8 anos 9 a 11 anos 12 anos ou mais
Até 20 anos 21 a 39 anos 40 anos ou mais
A escolaridade aumenta de forma expressiva entre as mães
mais jovens. 0-4 anos de escolaridade = 5 vezes mais mães com 40 anos e mais
que até 20 anos de idade
Cor da pele e idade da mãe.
37,80
56,30
4,901,0
43,0
51,4
4,80,7
52,6
41,2
5,30,9
Branca Parda Preta Outras
Até 20 anos 21 a 39 anos 40 anos ou mais
Maior % mulheres brancas entre as mais velhas
Presença de companheiro e idade da mãe.
23,617,1 19,1
76,482,9 80,9
Até 20 anos 21 a 39 anos 40 anos ou mais
Não Sim
Maior % mulheres s/ companheiro entre as mais jovens
Proporção de bolsa família conforme idade da mãe
70,265,1 64,7
29,834,9 35,3
Até 20 anos 21 a 39 anos 40 anos ou mais
Não Sim
Menor % de BF em mulheres mais jovens (mais pobres, mais sozinhas)
Cor da pele e escolaridade da mãe.
33,7
40,645,1
68,1
61,4
53,849,2
26,2
4,2 4,9 5,1 3,60,7 0,7 0,6 2,0
0 a 4 anos 5 a 8 anos 9 a 11 anos 12 anos ou mais
Branca Parda Preta Outras
Maior escolaridade em mulheres brancas
Proporção de bolsa família conforme escolaridade da mãe
43,8
59,2
74,4
93,8
56,3
40,8
25,6
6,2
0 a 4 anos 5 a 8 anos 9 a 11 anos 12 anos ou mais
Não Sim
% de BF diminui com a escolaridade – achado essencial para
fortalecer interação de políticas (>BF e + educação p/ + jovens)
Indicadores selecionados
Pré-natalNão BF
elegível
Até R$
70
BF
elegível
Até R$
70
Não BF
elegível
R$ 71-
140
BF
elegível
R$ 71-
140
BF
Não
elegível
Não BF
Não
elegível
Todo pré-natal
com mesmo
profissional
Não
Médico
Enfermeiro
18,2%
49,1%
32,7%
15,7%
43,8%
40,5%
17,2%
55,4%
27,4%
17,0%
52,9%
30,1%
16,1%
61,0%
22,9%
16,2%
75,7%
8,2%
Maior % de vínculo médico em mais ricas
Indicadores selecionados
Pré-natalNão BF
elegível
Até R$
70
BF
elegível
Até R$
70
Não BF
elegível
R$ 71-
140
BF
elegível
R$ 71-
140
BF
Não
elegível
Não BF
Não
elegível
Exame
ginecológico
Não
UBS da área
Outro serviço
Ambos
26,5%
34,7%
37,2%
1,6%
31,7%
34,9%
30,9%
2,5%
24,6%
31,3%
41,0%
3,1%
25,9%
29,9%
42,1%
2,1%
21,9%
30,9%
45,0%
2,3%
16,3%
22,2%
58,7%
2,7%
Menor % de ex. Ginecol. entre as gestantes mais pobres
Indicadores selecionados
Pré-natalNão BF
elegível
Até R$
70
BF
elegível
Até R$
70
Não BF
elegível
R$ 71-
140
BF
elegível
R$ 71-
140
BF
Não
elegível
Não BF
Não
elegível
Exame HIV
Não
UBS da área
Outro serviço
Ambos
5,7%
46,6%
46,3%
1,4%
12,1%
45,5%
40,4%
2,0%
6,1%
40,9%
51,0%
2,0%
6,8%
41,2%
50,0%
2,0%
5,2%
40,6%
52,3%
1,9%
2,6%
27,9%
67,3%
2,2%
Exame VDRL
Não
UBS da área
Outro serviço
Ambos
13,0%
45,0%
40,8%
1,1%
20,0%
40,7%
37,3%
2,0%
11,0%
38,3%
48,8%
1,9%
12,5%
40,9%
44,6%
2,0%
9,9%
39,5%
48,6%
1,9%
6,3%
27,3%
64,4%
2,0%
Indicadores selecionados
Pré-natalNão BF
elegível
Até R$
70
BF
elegível
Até R$
70
Não BF
elegível
R$ 71-
140
BF
elegível
R$ 71-
140
BF
Não
elegível
Não BF
Não
elegível
Exame de glicose
Não
UBS da área
Outro serviço
Ambos
22,2%
39,1%
38,0%
0,8%
25,9%
36,8%
35,1%
2,2%
19,0%
34,2%
44,7%
2,1%
23,3%
34,0%
41,1%
1,6%
15,7%
36,6%
45,7%
2,0%
9,6%
25,6%
62,8%
2,0%
Exame ultrassom
Não
UBS da área
Outro serviço
Ambos
3,7%
45,4%
48,3%
2,7%
4,6%
47,0%
45,6%
2,7%
2,0%
42,4%
52,9%
2,7%
2,4%
41,9%
52,8%
2,9%
0,9%
40,9%
55,0%
3,2%
0,8%
26,1%
69,4%
3,7%
Indicadores selecionados
Pós-parto (15 dias)Não BF
elegível
Até R$
70
BF
elegível
Até R$
70
Não BF
elegível
R$ 71-
140
BF
elegível
R$ 71-
140
BF
Não
elegível
Não BF
Não
elegível
Mamas
examinadas
Não
UBS da área
Outro serviço
Ambos
59,3%
14,6%
25,9%
0,3%
64,6%
12,2%
23,1%
0,1%
53,3%
15,4%
30,9%
0,4%
58,8%
10,6%
30,3%
0,3%
51,6%
12,4%
35,4%
0,6%
40,9%
10,5%
48,1%
0,5%
Investigação de
depressão
Não
UBS da área
Outro serviço
Ambos
69,4%
8,0%
22,3%
0,3%
76,3%
7,2%
16,4%
0,1%
69,4%
10,5%
19,8%
0,3%
71,6%
6,3%
21,9%
0,1%
67,5%
7,4%
25,0%
0,1%
62,0%
7,5%
29,7%
0,3%
Indicadores selecionados
Revisão do partoNão BF
elegível
Até R$
70
BF
elegível
Até R$
70
Não BF
elegível
R$ 71-
140
BF
elegível
R$ 71-
140
BF
Não
elegível
Não BF
Não
elegível
Mamas
examinadas
64,6% 60,9% 65,3% 61,3% 62,1% 70,3%
Orientação sobre
uso de chupeta
73,5% 80,0% 75,3% 78,2% 75,4% 73,0%
Investigação de
depressão
Não
UBS da área
Outro serviço
Ambos
55,8%
16,0%
28,2%
0
59,6%
14,2%
26,2%
0
56,8%
13,5%
29,4%
0,3%
61,8%
11,2%
27,0%
0
59,3%
13,3%
27,4%
0
56,3%
11,8%
31,9%
0,1%
51,3
60,869,0
63,658,6
74,3 72,7 74,970,3 71,2
Não BF elegível até R$ 70
Não BF elegível R$ 71-140
BF elegível BF não elegível Não BF não elegível
Proporção de mulheres para as quais não foi investigada depressão pós-parto
Sul Nordeste
Indicadores selecionados
Primeiros 15 dias da criançaNão BF
elegível
Até R$
70
BF
elegível
Até R$
70
Não BF
elegível
R$ 71-
140
BF
elegível
R$ 71-
140
BF
Não
elegível
Não BF
Não
elegível
Colocado para
mamar
Não
UBS da área
Outro serviço
Ambos
37,9%
33,1%
29,0%
0
36,4%
35,0%
28,1%
0,6%
40,0%
29,5%
29,2%
1,3%
39,1%
31,6%
28,5%
0,8%
38,6%
29,4%
31,3%
0,8%
45,2%
18,9%
35,1%
0,8%
Teste do pezinho
Não
UBS da área
Outro serviço
Ambos
7,3%
39,1%
53,3%
0,3%
7,9%
41,7%
50,2%
0,1%
4,4%
41,1%
54,2%
0,3%
7,6%
38,4%
53,9%
0,1%
4,7%
35,4%
59,5%
0,4%
2,1%
27,3%
70,1%
0,6%
Crianças com atendimento no
último anoNão BF
elegível
BF elegível Não BF
elegível
BF
elegível
BF Não BF
Até R$ 70 Até R$ 70 R$ 71-140 R$ 71-140 Não
elegível
Não
elegível
UBS 50,3% 54,6% 45,0% 52,9% 54,7% 41,4%
Hospital 11,9% 12,4% 10,5% 12,4% 11,2% 10,0%
Pronto-socorro 23,8% 25,4% 28,9% 30,1% 35,9% 35,4%
Crianças com atendimento no
último anoNão BF
elegível
Até R$
70
BF
elegível
Até R$
70
Não BF
elegível
R$ 71-
140
BF
elegível
R$ 71-
140
BF
Não
elegível
Não BF
Não
elegível
Odontólogo 9,8% 12,1% 12,4% 17,2% 21,3% 21,1%
Enfermeiro 8,3% 8,7% 8,8% 8,1% 8,0% 7,0%
Médico
especialista
19,4% 19,8% 25,6% 26,0% 35,1% 40,4%
Acesso a odontólogo e médico especialista cresce com a
renda e com o acesso ao BF
Indicadores selecionados
Crianças
Não BF
elegível
Até R$ 70
Não BF
elegível
R$ 71-140
BF
elegível
BF
Não
elegível
Não BF
Não
elegível
Sem
esquema
vacinal em
dia
30
(7,4%)
63
(7,2%)
176
(6,7%)
67
(4,3%)
188
(2,9%)
Maior parte
das vacinas
na UBS da
área
312
(76,5%)
651
(74,9%)
2029
(77,0%)
1146
(73,0%)
4354
(66,1%)
Quanto maior a vulnerabilidade, pior a situação vacinal, mas
maior a proporção de crianças que fazem vacinas na UBS
da área.
58,8 56,6 54,959,9 59,9
81,1 82,3 82,2 81,7 79,0
Não BF elegível até R$ 70
Não BF elegível R$ 71-140
BF elegível BF não elegível Não BF não elegível
Proporção de crianças com maior parte das vacinas na UBS da área
Sul Nordeste
Melhor situação no Nordeste para todos os grupos de comparação.
Discussão
• Estudo abrangente (35 municípios), comparando
duas regiões do país
– Trabalho de campo em tempo reduzido (73 dias) coleta
eletrônica de dados (PDA)
– Poucas perdas e recusas
• 35% da amostra recebia BF
– 50% no NE e 19% no Sul
– BF e Renda p.c.
• Até R$ 70,00 – 74% com BF
• R$ 71,00 – 140,00 – 63% com BF
• R$ 141,00 e + - 19% com BF
Discussão
• O BF é um programa eficiente e efetivo
que terá maior impacto na inclusão social
e na saúde com a melhor focalização,
combinada com aumento do benefício e
extensão de cobertura
– O número de beneficiários não elegíveis é
suficiente para incluir o número de elegíveis
que não recebem o benefício
Discussão
• O BF é um programa efetivo, de alta relevância
social, capaz de em interação com a SF promover a
equidade na situação de saúde, na utilização de
serviços e na qualidade da atenção
– Investimentos significativos em estrutura física, educação
permanente e processo de trabalho nas UBS e na SF
permitirão acolher e priorizar os beneficiários do BF
• Busca ativa em ações de saúde, sala multimeio para educação em
saúde e suporte social , equipe capacitada e comunicativa
desenvolve atividades clínicas e educativas voltadas aos
beneficiários do BF
Discussão
• Quanto maior a vulnerabilidade, maior a proporção de
mães e crianças sem contato com o sistema de saúde
no primeiro ano de vida – situação pior no NE
• Os indicadores dos grupos BF são similares aos dos
grupos não BF, ajustado para renda per capita
– Determinação social em saúde: renda x serviço de saúde
– Se os beneficiários não recebessem BF sua situação de
saúde, utilização de serviço e qualidade da atenção seriam
ainda piores
Discussão
• Maior vínculo com a UBS da área população mais
pobre, em áreas de SF e do Nordeste– Melhoria do desempenho e da qualidade do serviços de APS é indutora
de equidade em saúde
• Logo, ampliar a cobertura do BF e da ESF, com maior
focalização, pode melhorar os indicadores de saúde e
contribuir para maior equidade, especialmente no
Nordeste
Conclusão
• A garantia de integralidade e da qualidade das ações de saúde serão essenciais para melhoria dos indicadores de saúde dos grupos mais vulneráveis, particularmente dos beneficiários do BF
– Processos completos por grupos de interesse – mães e crianças: indicadores sensíveis do início do pré-natal ao fim da puericultura
– Padrão de qualidade para o país Rede Cegonha• Atenção ao parto e puerpério
Agradecimentos
• Ministério da Saúde, SAS, DAB, CGPAN
• OPAS
• UFPel, DMS, FSB
• Grupo de Pesquisa AQUARES
• Municípios, UBS, equipes SF e população