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O papel das Agências Reguladoras e a qualidade dos serviços regulados IV Seminário Nacional de Fiscalização e Controle dos Recursos Públicos Câmara dos Deputados Brasília-DF Fernando Antônio Correia Serra Gerente de Estudos e Desempenho Portuário - GED - ANTAQ

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Page 1: O papel das Agências Reguladoras e a qualidade dos serviços regulados IV Seminário Nacional de Fiscalização e Controle dos Recursos Públicos Câmara dos

O papel das Agências Reguladoras e a qualidade dos serviços regulados

IV Seminário Nacional de Fiscalização e Controle dos Recursos Públicos

Câmara dos Deputados Brasília-DF

Fernando Antônio Correia SerraGerente de Estudos e Desempenho Portuário - GED - ANTAQ

Page 2: O papel das Agências Reguladoras e a qualidade dos serviços regulados IV Seminário Nacional de Fiscalização e Controle dos Recursos Públicos Câmara dos

O Ciclo da regulação (1) 2

Uma simples forma de ver a ideologia da regulação:1. O mercado funciona e não

gostamos de regulação2. Exceto quando o mercado não funciona, quando neste caso, gostamos de regulação3. Mas, somente gostamos de regulação quando ela faz o que queremos4. Caso precisemos de regulação, ela deve ser feita pelos estados e não pelo governo federal5. Exceto se o estado não fizer o que quero, quando neste caso a regulação deve ser federal

Page 3: O papel das Agências Reguladoras e a qualidade dos serviços regulados IV Seminário Nacional de Fiscalização e Controle dos Recursos Públicos Câmara dos

O Ciclo da regulação (2) 3

Uma simples forma de ver a ideologia da regulação:

6. Gostamos do mercado e ele deve se autorregular

7. Exceto quando o mercado fica tão grande e poderoso, que, neste caso, precisamos de regulação8. Mas, depois de um tempo sob regulação, voltamos ao início, quando não gostamos de regulação!

Page 4: O papel das Agências Reguladoras e a qualidade dos serviços regulados IV Seminário Nacional de Fiscalização e Controle dos Recursos Públicos Câmara dos

O que é regulação?4

Governos

Exigências

Fonte: OCDE (1997), OECD Report on Regulatory Reform, Paris..

OCDE - Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico

Page 5: O papel das Agências Reguladoras e a qualidade dos serviços regulados IV Seminário Nacional de Fiscalização e Controle dos Recursos Públicos Câmara dos

Tipos de regulação 5

econômicaSocia

l

administrativa

Saúde, segurança, meio ambiente = interesses públicos

Trâmites burocráticos e formalidades administrativas

Preços, concorrências, monopólios, entrada/saída do

mercado ...

Page 6: O papel das Agências Reguladoras e a qualidade dos serviços regulados IV Seminário Nacional de Fiscalização e Controle dos Recursos Públicos Câmara dos

...6

Percepção da Regulação6

Quem regula? Aprovação do Congresso e do Executivo?

Regulação causa incertezas?

Page 7: O papel das Agências Reguladoras e a qualidade dos serviços regulados IV Seminário Nacional de Fiscalização e Controle dos Recursos Públicos Câmara dos

Processo de formulação denorma nova nos EUA

7

Agência elabora e refina a norma

proposta

Revisão pela OMB

(impacto)

Publicação comentários públicos Revisão

Revisão OMB

(impacto)

Publicaçãofinal

Norma válida

Autorização ou exigência da regulação, na forma de lei

Revisão da norma final: aprovada ou rejeitada

“judicialização” da norma

Page 8: O papel das Agências Reguladoras e a qualidade dos serviços regulados IV Seminário Nacional de Fiscalização e Controle dos Recursos Públicos Câmara dos

OCDE – Melhores práticasEquilíbrio

8

Fonte: http://www.oecd.org/regreform/regulatory-policy/49990817.pdf

• Explicitar, em todas as políticas de Governo, o objetivo de se ter qualidade na regulação;

• Revisar sistematicamente os “ESTOQUES REGULATÓRIOS”

• Usar a Regulação aplicada às Políticas de Governo (Regulação objetiva!);

• Avaliar ANTES, DURANTE e DEPOIS da aplicação da regulação usar instrumentos objetivos e claros;

• Usar o AIR sempre que possível;

• Aderir ao “Open Government” transparência e participação dos interessados e impactados pela regulação.

Page 9: O papel das Agências Reguladoras e a qualidade dos serviços regulados IV Seminário Nacional de Fiscalização e Controle dos Recursos Públicos Câmara dos

Ambiente regulatório 9

Independência (imunidade à captura) - Independência decisória – estabilidade dos dirigentes (mandato) - Autonomia financeira? – Judiciário: autonomia não existe (art. 5º, XXXV, CF;88) - Autonomia em relação à Administração Direta? - Caráter final de decisões – não passível de apreciação por outro Órgão/ent. da AP

Conselhos Setoriais - Proposição de políticas nacionais - Vinculação à Presidência da República - difícil operacionalização

Competências regulatórias - Normatização - Harmonização - Fiscalização - Outorgas

Controle Externos - TCU - CGU - Poder Judiciário - Ministério Público

Supervisão Ministerial - Ministérios - SEP, no caso da ANTAQ

Page 10: O papel das Agências Reguladoras e a qualidade dos serviços regulados IV Seminário Nacional de Fiscalização e Controle dos Recursos Públicos Câmara dos

10Estrutura de Estado para regular

Presidência da República

CONIT

MT SAC

Portos Marítimos, Fluviais e Lacustres

Modal Terrestre e HidroviárioInclusive IP4

Modal Aeroviário

ANTT ANACANTAQ

EPL

Administrações Portuárias CAP/CONAP/CLAP

SEP

DNITINPH INFRAERO

CONAPORTOS:MPOG, ANTAQ, MD, MAPA,

MF, MJ, MDIC

Page 11: O papel das Agências Reguladoras e a qualidade dos serviços regulados IV Seminário Nacional de Fiscalização e Controle dos Recursos Públicos Câmara dos

11ANTAQ?

Meio ambiente

Nav

egaç

ões

Inst

alaç

ões

Po

rtu

ária

s

Page 12: O papel das Agências Reguladoras e a qualidade dos serviços regulados IV Seminário Nacional de Fiscalização e Controle dos Recursos Públicos Câmara dos

AMAZONASPARÁ

AMAPÁRORAIMA

RODÔNIA

MATO GROSSO

TOCANTINS

GOIÁS

MATO GROSSODO SUL

MARANHÃO

PIAUÍ

CEARÁRIO GRANDEDO NORTE

PARAÍBA

PERNAMBUCO

ALAGOAS

BAHIA

MINAS GERAIS

SÃO PAULO

ESPÍ

RITO

SANT

O

PARANÁ

SANTACATARINA

RIO GRANDEDO SUL

SERGIPE

RIO DE JANEIRO

ACRE

MANAUS

SANTARÉM

BELÉM

VILA DO CONDE

ITAQUI

FORTALEZA

AREIA BRANCA

NATAL

CABEDELO

SUAPE

MACEIÓ

SALVADOR

ARATU

ILHÉUS

BARRA DO RIACHO

VITÓRIA

RIO DE JANEIROITAGUAÍ (Sepetiba)

SÃO SEBASTIÃOSANTOS

PARANAGUÁ

SÃO FRANCISCO DO SULITAJAÍ

IMBITUBA

PELOTAS

RIO GRANDE

MACAPÁ

RECIFE

NITERÓI

FORNO

ANTONINA

ANGRA DOS REIS

PORTO ALEGRELAGUNA

PORTOS PÚBLICOSMARÍTIMOS

34Apenas portos que movimentam cargas, sem

pequenos portos e portos pesqueiros

RESOLUÇÃO ANTAQ Nº 2.969/13Define a classificação dos Portos Públicos, Terminais de Uso Privado e Estações de Transbordo de Cargas em Marítimos, Fluviais e Lacustres

12

Page 13: O papel das Agências Reguladoras e a qualidade dos serviços regulados IV Seminário Nacional de Fiscalização e Controle dos Recursos Públicos Câmara dos

Lei nº 12.815/13 Decreto 8.033/13

Revoga a 8.630

Setor aquaviário: cronologia de fatos 13

2001Criação do

CONIT, DNIT, ANTT e

ANTAQ: Lei 10.233/01

1967Surge o MT1960

Década de 60: Surgem as

primeiras Cias. Docas

1975Portobras

1990Extinções: Portobras,

MT eCriação do

MINFRA

1992Extinção do MINFRA e criação do

MTC

1993Volta do MT e publicação

da Lei nº 8.630/93 1995

Lei 8.987/95Lei das

Concessões e Permissões

2005Res. 517-ANTAQ

Regulamenta exploração de

Terminal de Uso Privativo - TUP

2008Dec. 6.620

Regulamenta Outorgas para exploração de

Terminais e Portos Públicos

2010Res. 1.660-ANTAQ

Regulamenta exploração de TUP: substitui a Res. 517

MARCO REGULATÓRIO – Lei dos PortosCriação da nova estrutura organizacional para Portos Públicos com o surgimento do Órgão Gestor de Mão de Obra do Trabalho Portuário Avulso OGMO) e do Conselho de Autoridade Portuária (CAP) e da Autoridade Portuária (AP).

2002Res. 55-ANTAQRegulamenta exploração de

Porto Público na forma de

arrendamentos

Res. 2.240-ANTAQRegulação de

arrendamentos

20112013

2007SEP/PR

Linha do tempo do setor portuário:• Modelo de gestão vai da centralização, com a

Portobras, até a edição da Lei nº 12.815/13.• A Lei nº 12.815/13 volta a atrair a iniciativa

privada na injeção de capital financeiro em novos portos.

1888: Modelo da concessão de Santos Totalmente privado – por Decreto

Page 14: O papel das Agências Reguladoras e a qualidade dos serviços regulados IV Seminário Nacional de Fiscalização e Controle dos Recursos Públicos Câmara dos

14Normas de regulação da ANTAQ

Page 15: O papel das Agências Reguladoras e a qualidade dos serviços regulados IV Seminário Nacional de Fiscalização e Controle dos Recursos Públicos Câmara dos

Efeitos da regulação no mercado15

Fonte: Página da ANTAQ na Internet em www.antaq.gov.br, acesso em 18/07/2013

45 ETC

11 IP4

5 IPT

69 TUP

130 requerimentos já

feitos à ANTAQ

Page 16: O papel das Agências Reguladoras e a qualidade dos serviços regulados IV Seminário Nacional de Fiscalização e Controle dos Recursos Públicos Câmara dos

Regulando o regulador16

CongressoÓrgãos de Controle Executivo Judiciário

Regulados(audiências

públicas,Pedidos de

reconsideração)

Próprio mercado

Iniciativas internas das

Agências(autorregulação)

Métodos de aferição da regulação

(indicadores)

A G Ê N C I A R E G U L A D O R A

Page 17: O papel das Agências Reguladoras e a qualidade dos serviços regulados IV Seminário Nacional de Fiscalização e Controle dos Recursos Públicos Câmara dos

Desregulamentação Vs. Regulamentação

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Terminal Privativo Vs.

Terminal arrendado

Page 18: O papel das Agências Reguladoras e a qualidade dos serviços regulados IV Seminário Nacional de Fiscalização e Controle dos Recursos Públicos Câmara dos

Fernando Correia [email protected]

0800-6445001www.antaq.gov.br