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O OLHAR SOCIOLÓGIC0
• COMO a Sociologia pode nos ajudar a compreender a realidade na qual vivemos.
A Perspectiva sociológica (O olhar sociológico))
• A Sociologia é o estudo sistemático da sociedade humana. No coração da sociologia temos um ponto de vista, um olhar, chamado “A perspectiva sociológica”.
O OLHAR SOCIOLÓGICO
• Aprender a pensar sociologicamente significa cultivar a imaginação.
• Um sociólogo é alguém capaz de se libertar do quadro das suas circunstâncias pessoais e pensar as coisas num contexto mais abrangente,
• C. Wright Mill denominou esse olhar de A IMAGINAÇÃO SOCIOLÓGICA.
ver diferentee de forma abrangente
A imaginação sociológica
• Abstrair das rotinas familiares da vida quotidiana de maneira a poder olhá-las de maneira diferente.
• Exemplo: tomar um cafezinho...
O que a sociologiatem a dizer sobre o ato de tomar café?
O café não é apenas uma bebida. Enquanto parte de nossa vida social podemos olhar o café sob outros ângulos.
1. O café possui um valor simbólico. O ritual associado é mais importante do que consumir o café propriamente dito.
Em todas as sociedades beber e comer proporcionam ocasiões para a interação social e o desempenho de rituais.
2. O café contém cafeína. Pode ser classificado como uma droga, já que exerce um efeito estimulante… mas é uma droga socialmente aceitável.
O sociólogo está interessado nesses contrastes.
3. Ao tomar uma xícara de café estamos envolvidos numa rede de relações sociais e econômicas. É o principal produto de exportação de alguns países. É vendido nos mercados internacionais nas bolsas dos países do primeiro mundo, transportado por Kms até chegar aos consumidores.
4. Pressupõe todo um processo de desenvolvimento social e econômico passado . O café tornou-se um produto de consumo nos finais do século XIX. É uma herança do período colonial e teve grande impacto na economia mundial.
5. Envolve opções de estilo de vida. As pessoas podem escolher beber um café expresso, um capuccino, café orgânico ou descafeinado.
1. Vendo o Geral no Particular
Peter Berger (1963) descreveu esse olhar sociológico como “ver o geral no particular”.
Com isso ele quer dizer que o sociólogo procura os padrões gerais por trás do comportamento particular das pessoas.
Embora todo indivíduo seja único, a sociedade molda a vida de seus integrantes.
• No ocidente, por exemplo, as pessoas acreditam que para casar-se é preciso que exista amor recíproco entre as pessoas que se casam.
• Essa idéia é bastante incomum para uma pessoa que vive numa aldeia tradicional no Paquistão rural.
• As sociedades moldam a vida das pessoas em várias categorias (tais como crianças e adultos, mulheres e homens, ricos e pobres).
• Um estudo clássico sobre as expectativas das mulheres em relação a seus casamentos, feito por Lillian Rubin (1976), descobriu que as mulheres de renda mais alta esperam que seus maridos sejam sensíveis, falem com espontaneidade, e saibam compartilhar sentimentos e experiências. Mulheres de baixa renda têm expectativas bem diferentes: procuram por parceiros que não bebam demais, não sejam violentos e tenham um emprego estável.
• O que as mulheres pensam que podem esperar de um parceiro de relacionamento estável tem muito a ver com a posição social de classe.
• Em geral, as pessoas com posição social privilegiada tendem a serem mais otimistas e confiantes sobre suas vidas. O que não surpreende quando compreendemos que elas tiveram mais oportunidades, além de terem passado por uma formação educacional que torna possível que aproveitem essas oportunidades.
• Nós começamos a pensar sociologicamente quando compreendemos que a sociedade na qual vivemos – assim como as categorias gerais nas quais estamos inseridos nessa sociedade – molda nossas experiências particulares de vida.
O olhar sociológico
• O que você pensa sobre como a sua posição social influencia o tipo de profissão que você deseja para o futuro?
• Que consequências a posição social de alguém tem para conseguir ingressar ou não numa boa faculdade?
Nossas escolhas, seus limites e repercussões
• O fundamental é entender que o individual – o que é de cada um – e o comum – o que é compartilhado por todos- não estão separados; formam uma relação que se constitui conforme reagimos às situações que enfrentamos no dia-ainda.
Nossas escolhas, seus limites e repercussões
• Quando nascemos, já encontramos pontos valores, normas, costumes e práticas sociais.
• Também encontramos uma forma de produção da vida material que segue determinados parâmetros.
• Muitas vezes, não temos como interferir individualmente nem como fugir dessas regras já estabelecidas.
Nossas escolhas, seus limites e repercussões
• Existem vários níveis de interdependência entre a vida privada – a biografia de cada pessoa – e o contexto social mais amplo.
• A vida do indivíduo é condicionada por decisões e escolhas que ocorrem fora de seu alcance.
2. Vendo o estranho no familiar
• Usar o olhar sociológico resulta em ver o estranho no familiar.
• A crise e a marginalidade.
• Entrar na faculdade é apenas uma questão individual (esforço e condições cognitivas)?
• É apenas mérito pessoal?
3. Vendo escolha pessoal em contextos sociais
• Como a sociedade molda/enquadra as escolhas pessoais...
• Média de filhos/mulher.
O CASO DO SUICÍDIO
• Emile Durkheim (185801917)Muitos estudos contemporâneos sobre o suicídio focavam em características individuais. Durkheim estudou as conexões entre os indivíduos e a sociedade. Ele acreditava que se pudesse demonstrar o quanto um ato individual é o resultado do meio social que o cerca, teria uma prova da utilidade da sociologia.
• Neste livro, Durkheim desenvolveu o conceito de anomia. Ele explora as diferentes taxas de suicídio entre protestantes e católicos, explicando que o forte controle social entre os católicos resulta em menores índices de suicídio.
• De acordo com Durkheim, os indivíduos têm um certo nível de integração com os seus grupos, o que ele chama de integração social.
• Níveis anormalmente baixos ou altos de integração social poderiam resultar num aumento das taxas de suicídio:
níveis baixos porque baixa integração social resulta numa sociedade desorganizada, levando os indivíduos a se voltar para o suicídio como uma última alternativa;
níveis altos porque as pessoas preferem destruir a si próprias do que viver sob grande controle da sociedade.
Durkheim concluiu que:• taxas de suicídio são maiores entre os viúvos,
solteiros e divorciados do que entre os casados;
• são maiores entre pessoas que não têm filhos;• são maiores entre protestantes que entre
católicos.
Das questões individuais às questões sociais
• Questões sociais – vão além de nosso dia-a-dia como indivíduos, não dizem respeito apenas a nossa vida privada.
• C.Wright Mill (1915-1962) A Imaginação sociológica – ex. poucos desempregados numa cidade de 100 mil habitantes é um problema individual, mas se 5 há milhões de desempregados para 50 milhões de trabalhadores – é uma questão social que não pode ser resolvida no nível individual apenas. É preciso buscar soluções num nível mais profundo da estrutura econômica e política dessa sociedade.
• A crise / As minorias• A imaginação sociológica de Mills – ver com os
olhos do social.