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ANNO X RIO DE JANKlRO-a,s DE DEZEMBRO DE 1907 lí. _M*H */\•— Periódico JH-smntintil Humorístico ¦ e Illustrado » "-' * ¦ OB H ________ flB ___B§ _1__. Í2«fl00 Semestre ?%000 Papaenl» s.MDti.t (?. *. # .N-rtiic-i.» e administrava». a«ll «. ,1>A AWWKrWSr.ll.KA 1*. Tlt .¦•'.,....,,¦__ | _ K'CjMK/ Romodio efficai para flores brancas, colioase hemorrhagia, uterinas,obesidade o nr.hr. tis mo. Activa o utero nn oceasião do parto A SAÚDE DA MULHER A' vend» em todos «atados do Eratü Deposito geral DROGARIA PACHKCO Rua dos ítndradas. 59 I I I M I I 1 Mil IW/*^ S^. -W»fores ES. í?" " Sp^ gOT ESS? I éITWmBEZ. . ¦ >l_ A' .-: X [.'aquella attitude languida Como se vê da gravura, Essa linda creatura Nutre um desejo qualquer., Um riso travesso aos lábios Ella mantém com tal chiste, Que ao vel-o ninguém resiste Emfazer-lheo que ella quer... Então, na choise longite esplendida Com que prazer se reclina De um modo que nos fascina E.;. custa pouco a vencer... No emtanto esse typo ingênuo Não aproveita o ensejo... E ao ver-lhe, embora, o desejo Nâo se atreve a... se atrever... pk/jb Ternos sob Jgjtf) medida. Casi- UV" miras, diago- naesecheviots. Na rua Luiz de Camões, 28. 1 10 SW(-éPÃ'¦ i - ¦ —£G ;ÍL____í-íb¦___¦____> Ao vel-o tâo murcho e tiraido Ella, mostra claramente O grande calor que sente... Afim de dar-lhe uma entrada. Porém, o sujeito é estúpido £ sem atinar os meios... Põe-se ali com mil rodeios Mas.,. tres vezes nada... nada Eu, que sou rijo de músculos... Ao lado delia, garanto Nao se daria outro tanto... Uma vez que ella quizesse... E, redobrando as caricias Tudo eu faria a contento, E com mais atrevimendo Si uma entrada ella me désso... M^_ai___^_.^k_^ '-.'•.' X, 'S-^ii___ ____,'._____.

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ANNO X RIO DE JANKlRO-a,s DE DEZEMBRO DE 1907 lí. _M*H

— */\•—Periódico

JH-smntintilHumorístico

¦ e Illustrado— » "-' * ¦

OBH ________ flB ___B§_1__. Í2«fl00

Semestre ?%000Papaenl» s.MDti.t

(?.— • *. # • —

.N-rtiic-i.» e administrava». a«ll «. ,1>A AWWKrWSr.ll.KA 1*. Tlt.¦•'.,....,,¦__

|

_ K'CjMK/Romodio efficai para flores brancas,

colioase hemorrhagia, uterinas,obesidadeo nr.hr. tis mo. Activa

o utero nn oceasião do parto A SAÚDE DA MULHER A' vend» em todos o» «atados do EratüDeposito geral — DROGARIA PACHKCO

Rua dos ítndradas. 59

I I I M I I 1 Mil

IW/*^

S^. -W» fores _» ES. í?" " Sp^ gOT ESS?I éI TWmBEZ. . ¦

>l_ ' .- :X [.'aquella attitude languida

Como se vê da gravura,Essa linda creaturaNutre um desejo qualquer.,Um riso travesso aos lábiosElla mantém com tal chiste,Que ao vel-o ninguém resisteEmfazer-lheo que ella quer...

Então, na choise longite esplendidaCom que prazer se reclinaDe um modo que nos fascinaE.;. custa pouco a vencer...No emtanto esse typo ingênuoNão aproveita o ensejo...E ao ver-lhe, embora, o desejoNâo se atreve a... se atrever...

pk/jb Ternos sobJgjtf) medida. Casi-

UV" miras, diago-naesecheviots. Na ruaLuiz de Camões, 28.

1

10 SW(-éPÃ' ¦ i - ¦—£ G ;ÍL____í-íb ¦___¦____>

Ao vel-o tâo murcho e tiraidoElla, mostra claramenteO grande calor que sente...Afim de dar-lhe uma entrada.Porém, o sujeito é estúpido£ sem atinar os meios...Põe-se ali com mil rodeiosMas.,. tres vezes nada... nada

Eu, que sou rijo de músculos...Ao lado delia, garantoNao se daria outro tanto...Uma vez que ella quizesse...E, redobrando as cariciasTudo eu faria a contento,E com mais atrevimendoSi uma entrada ella me désso...

M^_ai___^_.^k_^ '-.'•.' X, 'S-^ii___ ____,'._____.

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O RIO NU-25 DE DEZEMBRO DE 1907

EXPEDIENTEASSIUNATURAS

Anno i2$ooo + 6 mezes 7$oooNumero avulso íon reis

Nos Estados e no Interior 200 róis

Os Agentes do Correio ou qualquer pessoa quenos enviar 3 assignaturas com pagamento adean-tado, podem descontar 20 % do eom min-silo.

Toda a correspondência, seja de que espéciefôr, deve ser dirigida a A. VELLOSO, Gerente.

1-**_iOs originaes enviados ã redacção não serão

restituidos, ainda que não sejam publicados./*AoH IIONNOH liSiSi^llllllteS, C-lljllM J1SHÍ-

fCiiHliiran terminam no dia .'fl do cor-reiit<-\ polimos que mandem refor-mal-an em lempo. alim de evllar qneseja. suspensa a remessa da (olha.

Semana PespidaA grossa pagodeira do ConselhoMunicipal, prosegue todo o dia;Por isso, oh! ferro 1 metto o meu,.. bedelhoSem dó nem piedade até com ganaEra cima dessa gente de arreliaQue representa o nosso Município,E que, nos sete dias da semanaAndou fazendo coisas de espantar,

Tomando por principioO lema original:—Não trabalhar —E opobrcdo r/.ò Povo que supporteAquellas bandalheiras na calada,Erguendo as mãos ao céo, com muita sorte

Si não levar pancada.Por lá, taes cousas fazem, que por fimSó mesmo a gente lhes cantando assim:

Ataca FelippeQue a coisa e seguraVocê náo me estripeSeu Rapadura

Quã, quá, quá, quá, quá,Seu Rabo do Eira vá si cata

Por fazer uma troça agora eu ardo,Sobre esse «gajo» pândego, estradeíro,

O tal Manoel Ricardo,Que além de ser baleiro

Possue um coração muito amoroso,E que tambem por certo é muito doce;Porquanto elle a lidar assim com balasPia de possuir um modo langoroso

Tal qual comopi tosse -Um Deus do ambr^ de adocicadas falasE assim, o nosso heróe (é natural)Deitou a e falação» toda melosaA'pobre daEtelyina do Amaral,Que achando aquella voz deliciosa

Cahiu na ratoeira..,E muito «ingenuamente», coitadinha,Ao gajo foi servir de compateiraPara um bon-bon... que o camarada tinha..,

O bravo capitão,Que ao Ministro da Guerra requereuLicença p'ra raspar o seu bigode,Sahiu-me na verdade um muganão,

E, á um commentario meuLivrar-se aqui não pode :

No seu requerimento elle allegavaEm estylo pujante, forte, HellenicoDizendo que o bigode o atrapalhava,Além de ser tambem anti-hygienico...

Confesso que tem graça,O muito illustre e bravo militar,Dizendo aquitlo (a sério ou por chalaça).Não sei em que é que possa atrapalhar,Em certos trabalhinhos o bigode...E ha muita mulherzinha que até gosta

De ver qualquer rapazDe bigodão bem grosso,,. ai que pagode I

Pelas cócegas que faz...

Manoel dos Reis, um cabra arrehento,Um malandrão de marca, resolvido,Que a vida vae levando a seu contentoNas costas de uma pobre rapariga,E' mesmo um camarada decidido;E assim por qualquer cousa logo briga.

Pois bem; esse sujeito,Fez em casa um banze com a mulherE sem ligar-lhe o minimo respeito,Metteu-Ihe o broço cheio de furor

Assim como quem quer,Fazer as vezes de um heróa senhor,E não contente ainda por fazel-o,Pegou de um pau, reparem só que horror !

Inda lhe foi mata outra vez no pello,Deixando a pobre do mulher da molho;E o fez com tanta gana, o desastrado,Qua o pau lhe foi direito mesmo ao olho,

Que grande desalmadolE, fel-o de tal geito

Que foi-lhe ao olho... direito

Nos muitos íactos mais, desta semanaE cuja lista é vasta,Agora su dou o—basta —

Porquanto a Musa alegre se espadanaE, sobrnçando Ilores, muitas Mores,Vem cspargil-as hoje, que e Natal,Pur subre ti, leitora, e víis, leitores

A' todos em geral,Embora em phrases chás e bem modestasA desejar-vuá muito iíoas-Kcstas.

Deiró Jumou.

Cura todadôr!g POE? QELOL!

|f Infallivel no rheumatismo. 2$ooo. — A. ||§ FREITAS & C. -Ourives, 114. (jj

COMMENTARIOSDeu-se um dia destes no Moulin Rouge um

caso interessante.listava uma actriz cantando em scena. Um es-

pectador quiz imital-a e cantou... uma raparigaque estava em um camarote.

A rapariga não quiz fazer caso e o rapaz ca-hiu-lhe em cima de pau, que loi um Deus nos acuda.Si a policia nao acudisbe táo depressa matava-a...

Emfim-.. está regulando. Eile convidou-a a irpara casa. Ella náo aceitou e elle ali mesmo met-teu-lhe o pau.

Pois, si era isso que elle queria.C8SO

Ah, ah ! os argentinos estão sempre a falar denós, mas agora sahiram de lata.

Dizem telegrammas de Vienna que o governoaustríaco mandou publicar um aviso aconselhandoos immígrantes a que não venham para a Repu-blica Argentina onde os seus compatriotas temsido maltratados.K. Viram ? Pois aqui os austríacos e principal-mente as austríacas dão-se muito bem. Vivem semtrabalhos, chamam a todos de sympathicos e tor-nam-se logo tão relacionadas que levam o dia in-teiro... recebendo visitas

Co §3O governo acaba de tomar uma providencia

digna dus maiores encomios.Mandou reduzira tarifa de transportes sobre o

gado.Ainda bem. Agoramuitas senhoras que andam

por ahi sósinhas, poderão viajar com seus ma ri-dos.

E aquelle argentino que a bordo do '(Avon» di-vertia-se em atirar ao mar as cadeiras dos passa-geiros brazileiros.

O pateta tem tanto ódio de nós, que nem ascadeiras dos nossos compatriotas queria ver.

Pois sim. Mas aposto que elle faz isso só comos brazileiros.

Si elle encontrasse uma brazileira, dessas quetôm cadeiras largas e roliças, aposto que se haviade babar por ellas.

O governo da Hollanda resolveu supprimir oimposto sobre o assucar brazileiro, que agora en-trará ali sem tropeços na alfândega.

Era de esperar essa medida, porque nos Pai-zes Baixos tudo entra.

Pôde encontrar difficuldades no principio masdepois até ú ura gosto.

Zé Fidelis.e-_ _-»

f\ consoada dos "ricos"

TIaM°s os ^'® ^'° ^"' n3° Quereraos como osUu nossos grandes,illustres e «philantropicos»collegas, distribuir obulos... á custa alheia.

Durante o anno inteiro, damos, aos pobres...de espirito e de acção, alguns momentos de alegriae «energia electrica», gratuitamente —mediante 200modestos rmsemanaes, ou um insta por exemplard'O Rio Nu .

Além d'isso, consolámos, sempre na medidadas nossas torças... as inconsolaveis viuvas; emantemos uma '(Assistência Affectiva de Irmãs deCôr eldade», para allivio dos doentes.., valides.

Agora, uns leslas do Nntnl, vamos dar niai»uma alta prova do altruísmo; dispondo dos nossosricos arames,,, n receber na próxima extracçHoda loteria da BohlOj paia a qual encommcndnmoadeante mão 100.000 bilhetes... branquinhos dáSilva,

Contando que, maís que certamente, a surtegrande seril de quem n levar, ea immedinta atrazogualmente, oflerecemos, nn noite de hoje e ma*drugadn de amnrihfl, uma riquíssima consoada aosnossos ricos assignantes— leitores,amigos, leitorasamigas, actores, camaradas, acquetoras, e conheci"dus... lilnntes.

O repasto renlizni-sc-ha noIiAR TIIOI.U MI'U

recentemente; inaugurado no becco da MuzícaO menu 6 assim composto:- Papes á In mnmá du Bispe; Bacalhoulhade

Mer d'Espanhe; Rabanades n Menrabenade; Cnü-tanhes de cavalle castra de, Vinhe de parre, marqueP. O,; liqueiir de bonde lavade et agua de bar-relle.

Café C. D. Al. et trabuques marque -'Leir-á»,Cartões de avança com o Provedor —Mãe.

Escauaveliio.

Coisas... ó Rosa...No quarto de dormir da baroneznDe... Qualquer Coisa. Emferma ha longos dias-Sentadas junto á pequenina mesaDe cabeceira, estão as velhas tiasDa joven dama—Ilortencia e Marianna(Duas viuvas respeitáveis, graves...)

Vêm, do jardim, furando a persianaAromas : uns febris outros suaves,.,

E, a tia Marianna, á baronezaPergunta então :

— E, as noites, ó Gabriella,As passas todas, mal; tenho certeza...

E' sim, titia (assim responde-lhe ella)O somno... o bello «somno» hoje me falta,

li só dormir consigo...Com elle, ás vezes, de cabeça alta,..Isto é—com tres ou quatro travesseiros».

A mesma cousa já se deu commigo(Replica a tia Hortencia)

O meu Malheiros,O meu marido hom, quão bom amigo,Até baixar a intermina morada,

Sempre dormiu commigo,A* noite, de cabeça levantada...

Escaravelho.

íí* Aos apreciadores de bons cigarros, recom-mendam-se os afamados CaslellÕeH ávendanas-charutarias Paris, Palace Theatre e Maison Mo-derne.

E QUE TAE~? "

Havia numa cidade do interior um sapateiroe remendão, que tinha casado com uma formosamulher, embora pobre.

A mulher, visto a sua rara belleza, era viva-mente apoquentada pelos mil adoradores que ti-nha, resultando disso a acquisição dura amante,com o qual mantinha, abertamente, relações, fa-zendo este grandes despezas de comedorias, queenviava para casa do sapateiro, a titulo da amisadeque aífectava dedicar-lhe.

Aos lautos jantares assistiam amigos e conhe-cidos, que comiam a não poder mais, até que oamante, vendo que estava gastando de mais paramuitos comerem, resolveu combinar com a suaamada comerem elles sós.

Mas, um dia, entrando o marido em casa, evendo-os banquetear-se opiparamente, teve estaphrase expressiva:

«Arre I Ou todos hão de comer, ou então ha dehaver aqui moralidade!»

Lapides morfuarias(de pessoas vivas)

José Vaie

O transformista tão célebre,(Da nação luzo oriundo)Que aperna aos outros passou.Por simples troça, por pândega,Ao morrer, se transformou...Era alma do outro mundo.

Jeremias.

O RIO NU—25 DE DEZEMBRO DE 1907

BASTIDORESBevista o.os -tlieatros

Recebemos estas notas:

Lucinda prepara-se para uma viagem em/•c..-/v.. (marca Colas) ao Reino da Gloria,

O Chauffeur, que 6 o Portulez, diz queo Fon-Fon vae cai regado : entre o pessoal queleva dentro conta-se as Sras. Ismenia Matheuse El-vira Roque,

t*. rez o seu 20 beneficio deste anno a sra.Amoedo, unia das actrizes que mais se tem es-íalfado nos trabalhos... do palco.

Entre os muitos presentes recebidos na noitede sua festP, deu ella grande apreço a duas latas:uma de marmcllnda e outra de manteiga nacional.

í£ A actriz Esther Bergerath esta sendo victi-ma de uma perversidade que só pôde ter partidode quem anda despeitado com o seu desprezo.

Socegue a graciosa actriz : por mais nojentaque seja a vingança, nunca a attingirá.

{?> Em toda a parte ha o preconceito de bair-rismo.

Assim, na Bahia, logo que souberam que o«leite» do Chiquinho era de Guaratinguetá, os ba-hianos torceram o nariz e não engoliram nem umagotta.

O leite, lã na Bahia, só de coco.ij> Consta que está contratada para o Recreio

a actriz cantora Claudina Montencgro.Bonita como é, duvidamos que chegue a es-

trear.Lá no Recreio só se admitte uma actriz bo-

nita e esta...Emfim, veremos.

fí) Na sexta-feira ultima realizou-se uma festano Recreio em beneficio da «Sociedade ííumani-taria dos Pedreiros.»

Quasi todas as actrizes que tomaram parte narepresentação eram virgens, e declararam que tudodeviam aos beneficiados, e por isso os ajudavamtambém.

0 Eu, si fosse militar bradaria ás armas quan-do vi, quarta-feira ultima, a maestrina de mãos da-das com nm tenor a cantar uma ária no corredorde uma casa da travessa do Rosário.

Mas, como sou paisano, contento-me em dizer:«Chi!... que feio!»

{& A actriz Regina Moreno, do Lucinda, rece-beu na noite do seu beneficio, o telegramma se-guinte :

Paris, Dezembre, 1907.-Ma collegue. Votrecarrière brilhante me dunne calle-fries de mede;felizment vous n'êles pas a Paris, sinon je esta-rie dejã dans le chinele.

Je te felicite pour ton trionphe e t'abrace—Sa-rah Bernhardt,

i% A actriz Josephina Ely, vendo um pasquimespalhado contra a actriz Either Bergerath, indi-gnou se e declarou que houve engano na copia doretrato, que devia ser o delia, como é de direito.

Muitos collegas, entre os quaes o actor MarioBrandão, lhe deram razão.

S A Delphica de Araújo está preparando o seubeneficio para Janeiro, no Recreio.

E' natural; ha tanta gente que faz benefi-cios... é justo que ella também o faça,, (çá vásansdire) porque os tempos estão bicudos.

$ Consta que vae ser aproveitado no Minis-

te rio da Guerra o actor Cardoso da Motta, um doshomens mais aptos para ínstruetor da "linha detiros».

O Mambembe, também lembrado, foi postotora do combate, por só usar armas antigas.

í.2. Está fazendo suecesso no Moulin Rougen mascchietfisfa Petrolini, além dos cnnçonetístasJosí Vaz, A. Fava, Em ma Bastos cantora lyrica eoutros.

Esta ultima, deu-nos n prazer de sua amávelvisita em companhia do VA Vaz, que fazia de «ci-cerone».

Gratos.Cf) A actriz Laura Brnzào, na noite dc sua festa,

que e brevemente, proclamará os benefícios queobteve com o uso diário da A Saude da Mulher. Jáú um attractivo para a noite.DiAiio Negro.

*u Bijou de Ia Mode- %$aW\tcado e a varejo. Calçado nacional e estrangeiropara homens, senhoras e crianças. Preços bara*tissimos, rua da Carioca ns. 74 e 76.

MODINHAS BRASILEIRAS.-fali. KEI.TC.K ..!¦: AMO 1!

Musicada modinha «meia noite formosa donzella»

Eu quizera em teus braços tão bellos,Teus encantos de virgem gozar,Doces beijos sugando em teus lábiosOu fitando teu collo sem par IEm teus braços de virgem formosaEu quizera, ditoso, viver,Enlaçado :'i delgada cinturaDesmaiando de intenso prazer.Minha vida é ura constante delírio,Só pensando nos gozos sensuaes.Que em teu corpo divino eu tereiEntre risos, suspiros e ais !Quem me dera, comtigo oh I querida,Uma noite ditosa, passar,Bem unido ao teu collo de fadaE entre gozos de amor desmaiar I...

estribilhoAttende oh ! querida,Ao teu trovador,Vem dar-me formosaMil beijos de amor I

Elgeniro .SN. VI

os hstoiatosNoivo bocó.Junto da noiva, fica com uns olhos de mantei

ga, sem dizer nada, ou si o diz, ê:— «Que calor ouque írio I»

Nos «assustados» de domingo, faz «pão comrosca», isto ê, dança só com a noiva.

Noivo cacete.Chega á casa da noiva ás cinco horas e só se

retira ãs onze. Isso todos os dias úteis, ainda quechova espetos.

Aos domingos «fila» o jantar.A futura sogra Já anda damnada com tanto

«choco»...

Noivo amável,Trsz todos os dias para os futuros cunhadi-

nhos um rosário de balas e náo deixa passar sempresente um sú parente da noiva no seu anniver*sario natalicio.

Joga o vispora só para ficar perto da noiva,com quem mantém a «telegrnphia dos pes*,..

Noivo ciumento.E' um horror. Vive embnrrado com a noiva,

porque a menina em conversa, disse, por exemplo,que seu Manéco, o guarda livros do armazém doseu Pereira, 1. um moço npresentavel, ou porque nobonde olhou para um doutorzinho de lunetas.

Noivo pelintra.Calças estreitinhns que põem em evidencia

duas perninhas marca-caniço, collarinho "engole-elle», chegando até ás orelhas, frack parecendoaza de gafanhoto, chaspelinho de palha, sapatosamarullos, «pé de gallinha».

Quando puxa o lenço é como se destampasseum vidro de essência; óleo para o cabeliame e osbigodes reluzem de brilhantina.

Seu futuro sogro, seu Mendonça, acha-o um«boneco».

Noivo lyrico.Traja de preto, usa cabelleira, ó pallido, re-

cita com voz cavernosa a «Min'hhna é triste». Nãoquer baile no casamento e dispensa a casaca.

Noivo babão.E' viuvo, tem 45 annos, pinta o bigode e o ca-

bello e não tem um pingo de vergonha na «lata».

_A_ DIETA

j=S_|*FA tres dias que me não visita o medico, en-_-j _s_ tretanto, parece-me que já podia alimei-tar-me melhor.

Si elle vier hoje conforme prometteu, fal-lar-lhe-hei sobre ífso. E' necessário que tenhas umpouco de paciência, nhonhô. D. Petronilha, mãede nhonhô, tinha muita razão em dar-lhe esteconselho e conservar a mesma dieta até ouvir omedico, que tinha que lhe tinha salvo o filho deuma moléstia grave, que o havia prostrado oitomezes na cama.

Meia hora depois, appareceu o doutor que de-pois de examinar o doente, que encontrou emoptimas condições, ao ser consultado sobre a mu-dança da dieta disse a d. Petronilha:

Já pôde pôr de parte a gallinha 1Pode comer seus bifes com batatas, seus en-sopadinhos, seu peixe? perguntou d. Petronilha.Pôde ; não ha novidade...

E também sua lingüiça, seus ovos...—Isto nunca I i__ com um ar de riso foi-se des-

pedindo.A&IORA.

X faz uma viagem de lua de mel.O dono do hotel reconhece-o.—Ah! senhor já aqui está'?-Já.—Mas a sua senhora está mais magra.-Está.

Parecia mais alta dantes.E era.E mais loura.

Também; o que não admira porque eraoutra.

^OUtSIETinVLMEMÓRIAS porDE

Uma «C_ai.e-Lo.pe:..iclorien k Sanssay

17

A ão era a policia, mas simplesmente um des-Jf graçado inquilino retardatario, que batia á^> porta ha perto de tres quartos de hora,

sem que lograsse ser ouvido. Finalmente, farto depuxar o botão da campainha, com os dedos morti-ficados por tão fastidioso exercício, enraivecido,cheio de cólera, receíando passar toda a noite narua, decidiu-se, armado duma pedra—a rua estavajustamente em obras nessa oceasião —a arrombara porta. A porta ficou inteira, mas logo que aabriram e que o locatário entrou, despejou emtermos de injuria grosseira a sua indignação. Ou-víram-n'as boas e bonitas os pobres porteiros!Tentaram explicar-se, mas tudo foi trabalho bal-dado. O outro não queria saber de nada.

Ha duas horas que estou á porta ! Isto é inde-centel... Quem não quer ser lobo, não lhe vista a

pelle.,, vou queixar-me ao senhorio... que os hade pòr nomeio da rua... Todos os inquilinos as-signarâo a minha queixa. Nào bebam de mais...toda a gente o sabe... isto é indecente. ..

Praguejando ainda, subiu a escada, batendocom toda a força com os pés, em signal de pro-testo, certamente.

Soou num relógio a meia hora depois das tres.Martha, Lisette, Maria e meu amo entreolharam-se.Surprehendia-os a hora; não julgavam que fossetão tarde. Nem siquer tinham pensado em beber.As garrafas que tinham ido buscar á adega, espera-vam sobre o fogão, em cima dum velador; haviauma no «fauteil_>, outra na cama, e também eu tinhauma no meu seio.

A presença das garrafas fez-lhe lembrar quetinham sede. Saltaram fora as rolhas e beberamvoluptuosamente, a grandes tragos. Mas, acabarao riso, Tudo cança neste mundo, Agora, os quatro,uns assentados, outros estendidos, um aqui, outroacolá, Lisette no «fauteü->, Maria sobre mim, Mar-tha e meu amo, deitados na cama, apenas pensa-vam em dormir. Mas como dormir? Si bem que oleito fosse largo, não podiam pensar em deitar-setodos quatro.

Todavia, era preciso decidirem-se. A siluaçãonão era agradável. O somno invadia-os a pouco epouco. Martha sobre o leito estava quasi despida;Maria já ha muito tempo que tirara o espartilho eos sapatos, que lhe magoavam um callo; Lisette

acocorada sobre o «fauteil», desapertava as ligasque lhe apertavam as pernas. Todos bocejavam,

Meu amo, dum braçado, levou para a sala dejantar os chapéos, as capas, numa tremenda bara-funda, sem respeito pelas plumas nem pelas ren-das. Numa outra peregrinação, fez desapparecer osvestidos, as saias, os sapatos espalhados peloscantos e os espartilhos disseminados por toda aparte.

Quando entrou novamente no quarto, appare-ceu em cerculas; usara da sua prodigiosa habili-dade para se despir — ahi nâo creio que haja nomundo um homem que tire mais facilmente as cal-ças qne meu amo.

O quarto pareceu maior e os seus habitantesmais pequenos. As tres mulheres deitaram-se nacama. Meu amo estendeu-se sobre mim, embru-lhado num cobertor, e aquella noite que podia tersido uma noite de orgia, segundo os prognósticosdo leito, da .'pequena cadeira e do plácido «fauteil»,acabou por um somno muito prudente e soce-gado.

[Continua)

Este esplendido romance, bem- encadernado,com trezentas e tantas paginas, e illustrado comsuggestivas photogravuras, acha-se á venda emnosso escriptorio, pelo preço de 3S000. Pelo cor-r=io 3$S°o.

¦-HfSBSií.J5__at___.-il___Éi__ ,

O KIO NU-25 DE DEZEMBRO DE

¦J^^jmML , /IQ<>7

H0II10 Mlcvlrlco (O reidos temperos) PrJde ser usadocom Ioda e qualquer espécie decomida de sal, com a vantagemde poder ser addlcionado a cadaprato em maior ou menor quan-cidade, conforme o gosto eos ha-l.iio.s de cada um. Da" muito real-ce ;'.s sopas, guisados e refuga-dos. O churrasco, as costelletas,:i carne de porco c a de carnci-ro, ficam exceIIentes quando ndu-l.iiilos com esle afamado mullio.

A' vendasas.

nas principaes ¦

s-Nje^aCallopcdlna. - Único in-

fallivel extirpador dos callos,11.10 impede andar calçado-Ruados Andradas. 59,

I í^»M_S'' í*m^:'jh '¦¦<>-¦>

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rivVU^-aJ!?"*/!? *b.\ ¦yifZám$ã ks^>

mn

Gedeflo COHU.V- 103 annos dc

—Então, cumo è isso Thereza !aproveitando a minha ausência?— Ora minlfama .. a senhoratlão mette ?...

Mettes ura homem na cozinha

ia ausência do pátrio também

idade, quando recebeu a noticiade que «avia fallecido umsobri-uhi) seu, com íio annos.

— Pobre rapaz-exclamou elle-morrei' tao jovrnl Nao de-viam nascei- os que silo destina-dos a morrer na llor da idad";e d'aiii, quem sabe? talvez ellenílo tivesse leitoo mesmo que eu, .,; ._., -fumando única-mente os cigarrosGavroches.

• 1 V

.comii-Toma, grande patife, para mio fazer es mais isso.,tensa mim que sou tua mulher; pVa isso ú que te casa-d

Asila .lapouexa — DeefVeito çrompto parn anujl'az crescei,!dar ao cabello a còr que se deseja, _' tônico

tirpa a caspa — Rua dos Andradas, n 59.

5

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-»V. Ex. é a joven mais linda e mais e modesta que comparece hoje ao b^iile—Ora, cavalheiro, isso é extrema bondade de sua parte.—Oígo a verdade; e gosto muito de vêr uma moca completamente despida..,dessa etiquetas e vaídades sem cabimento.

Rosa (falando á criada) - Si me procura-rem, dirás que estou fóra de casa, ouviste ?Criada — K si procurarem o senhor queentrou ?Rosa-Diráa que está dentro, natural-

Versos a completarA menina Gabrietla,Rapariga espertalhona,Costa que seu namoradoLhe dé beijinhos na... (?)

Tendo com elle uma zangaFicou zangada a valerE sempre lh- foi dizendoQue elle sõ qu'ria,.. (?;

Elle em desculpas desfez-seDizendo ser isso peta,Sendo ella então a própriaA fazer-lhe uma... (?)

AçNAREPSE.«fí í-o

Tonieo Tapo nez — E' o melhorpreparado para perfumar o cabello edestruir parasitas, evitando com o seuuso diário todas as enfermidades dacabeça— Rua dos Andradas, 59.

<\5«^JAos apreciadores de bons cigar-

ros, recommendam-se os afaraadosDustelloe* ;'« venda nas charutarlasParis, Palace Theatre e Maison Mo-dterne.

-Que diabo estis tu pintando? E'porventura algum labvrintho de arames':-.Nao ; isto é apenas uma allegorU symboüca ao telegraíio sem fio.

*.,-?pil -jft*. I

''¦¦*ím

ri (Um dos quatro que yadepois de retirar-se um def{\

esse Maniede ; e está commais rico do que nós.

—Deixwl-o ir, que não íaiií

Fqm

WWMf

e_L3 {Ao sahir o terceiro, dis,

-Ora, ahi está; nunca vi t)1»Jde presumpçüo do que essei<jei sua mania de riqueza,

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rr".

5 (Depois de estarNâo tenho commigoa despeza! (chamanseu patrão que quisso,

diiiheiiiH.pa<o) -<%!

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O RIO NU--5 DE DEZEMBRO DE i_9o-,_V i í:T l—"=

73 'hif ¦ hÉMf 13?^™ \ 1 P/m 1 «

,.„,. H j -Poiséo que te digo meu caro; minha Kíf .''-'. _M_R____' V / li|i"'iíl • 1 I '

cT!liqlV mulher tem soIVrido muito do utero e até '¦ '-;"I^W^¦ "

•'J I ! ' "' ¦-MiJBnígo. . . agora náo achei um remédio paia cllrala. <i53pi Wi 111 i I 1' :! - Sempre me sahiste um palerma I Vae ______ íí^f

' "Pi i I -1 1 >' 'i.-illlljtpelle, e já a Drogaria Pacheco, Andradas 59, lÉrP^Hl-^^B^i ' II

'. •'¦ ' '•' I«ttiiHlo e es- compra A Saúde da Mulher, e garanto-te __BotTtI8BM_---Wi ,71 ,J j,^. 1;

| que em breve ella estará boa. imkwSÊamWkWihi I íJSsN-^.<_v. f.—1=± mmM,»]

_Sjltí*fc -Envergonho-me ~

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¦"'^"iVíS-slíiS'-.', ¦'^FvM:È: ']X:X:~q de ser ma innil. Es -vSÇWjílJi r;W»«-í--TlufifflSH 5E^í©ÍlaÍ®_gW|| «nu perdida, e lias de 1 V !|| Vp3"

^gí^ndv '¦ acabar na cama de um ^t^sÊ^^1 ZTryrrJ «~

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I1 mm^mò ^tí•>i,ii!!Í%^ri^4«ílI1

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— Envergonho-mede ser tua irrita. E'suma perdida, e nas deacabar na cama de umlospítal i

Ora, tu dizes isso por que sabes que eslou quasi sem-pre na cama, Bebam so água Vitalis.

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2 {Um dos três, ao saliir onlro)—EsseEuclydes é outro que tal/ fala do Ma-mede, e no entretanto lambem só tem ba-sofiasj acha que ninguém é mais rico doque elle.

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O Peitoral «le Intrico Pelotense — A cura datísica, oas brunchites.das anginas do peito, dessas tossestenazes que muitas vezes só findam quando finda a vida desua victima, é 11111 problema hoje praticamente resolvido paraquem conhece o magnífico remédio tao popular no Brazilo Peitoral de Angico Pelotense. Deposito:"£m Pelotas —Eduardo C. Sequeira. Rio—Drogaria Pacheco. S. Paulo. —Ba-ruel & C. Santos- Drogaria Colombo.

—Posso entflo contar que me receberá em sua casa?—Sem duvida, eu estou sempre prompta a receber..,

.Soro .torneiem (adoptada no Exercito Na-cional)—Pomada milagrosa para a cura radical de es-pinhas, darthros, assaduras, queimaduras, empigens,sarnas, eezemas, ozagres, frieiras, herpes escoriaçõese todas as moléstias da pelle.

As rachaduras do bteo do seio que tanto atorraen-tam as jovens máes, curara-se com esta santa pomada,que não suja a roupa.

Vende-se era todo o Brazil—Deposito geral. Dro-garia Pacheco-Rua dos Andradas 59. .^_

Poma..» Set/cativa <Ie S. lázaro-Estapomada ó huje universalmente conhecida como a uni-ca que cora toda e qualquer ferida sem prejudicar osangue, allivia qualquer dor como a erysipela e o rheu-matismo—Rua dos Andradas n. 59.

1-

dois)cheio

o com

É:%ii¥l4 {Ao sahir o penúltimo) - São na verda-

de uns pulhas esses meus omigalhotes.Sao todos muito ricos, mas os quatrojuntos não possuem metade da minha íor-tuna.

licor Tífiaina t melhor purificadorsangue. Cranado &.Rua Primeiro de

/Harço, 12.Ms

5i'' Jí1-- fírJi. Win í

¦diabo I1 pagar|iga ao

pago

6 Garçon - Eu logo vi que a farofadesses pulhas acabava nisso. S5o ricos,archi-millionarios, e afinal não pagam adespeza, e dão de gorgeta um miseráveltostão. Raios os partam.

V\>- ^^y -¦¦¦-^ / tf ¦<?.>') J¦ r^mk i à/j <^>T . .

Ao ver-lhe aquellas fôrmas táo redondas...—Inda tenho que escrever uma carta ao meu oitavo amante. Já prestes a banharem-se no marSim senhor I oito amantes I Bem dizia rainha mSe que eu havia l!u desejara transformar-me em ondasde ser uma mulher de grande coração,.. Para poder também por ella entrar...

O RIO N ü-as DÈ DEZEMBRO DE 1907

AS MINHAS FESTAS;lí_/)o_i natal aquelle IJjTjt Eu tinha it) annos, já nílo era ingênuo•sSs^mas ainda adorava as mulheres com fervorcom misticismo,sentimento, e ellas ainda tinham paramim um doce encanto de mysterio e cada mulherera para mim, nesse tempo ainda uma divina sur-preza.

Quem me dera susttr ainda as emoçOes quenesses tempo me agitavam ao primeiro beijo <lecada uma; uniu conquista nova dava-me entãoa alegria de um triumplio supremo de uma venturasem igual.

E amava a cada uma d'ellas sinceramente,não apenas com o desejo da carne, mas com todoardor du alma; adorava-as não só pelo corpo sa-boroso como também pela generosidade de attenderao meu amor., e pelo favor sublime que eu jul-gava receber com um enlace de momentos.

Fui passar aquelle Natal na roça, em uma ci-dade de águas, onde a alegria de um vasto hotelcheio de hospedes dava a illuzflo de uma existêncianova e elegante.

Eu fora para lá, despachado pela famiiia parame curar de uma paixão que já me arrastava atéao desespero dos mais sinistros planos de... matri-monio.

Mas o cuidado foi inútil. Eu effeetivãmente eu-rei-me d'íiquella paixão, mas fui devorado por outra.Apaixonei-me no hotel por uma viuvinha aindamoça; muito clara, muito loura, muito bonita, queíazia todas as cabeças andarem a roda.

Na idade que eu tinha então, a gente aindanão sabe dist-inuilar os sentimentos. Em poucosdias todos gracejavam sobre a minha ternura qu.éra escandalosamente evidente.

A viuvinha que se chamava Delia e andavamuito cercada por uma chusma de adoradores, nãomostrara dar por isso, mas falaram-lhe em mim,felicitaram ironicamente pela adoração que inspi-rara no pequeno .. Chamavam-me pequeno 1

Outros também,em tom rie gracejo continuaram,por pi .turbar d'aquelle modo um coração inno-cerne .. Ella de certo fora a primeira a adivinhara adoração que eu lhe votava, mas entendeu defingir ignorância.

Entretanto, como a minha ridícula contempla-ção se tornasse a fábula do hotel, não teve outroremédio sinão mostrar que sabia.

Mus isso como que despertou nella ódio pormim. Desde esse dia, Delia tomou-me na conta,como se costuma dizer, e reduziu-me a uma espe-cie de «tony» para divertir os hospedes.

A mesa interpellava-me em alta voz.— Olá, ó meu apaixonado ? Então'/ que ê issonão come ? A paixão tirou-lhe o appetite. Nãofaça isso I Eu não gosto de namorados magros.

Todos riam-se, e eu corava como um tomate.E continuou essa brincadeira cruel, incessante.Não me chamava sinão «meu apaixonado» e fa-

zia-me perguntas cômicas... parecia-me ter gostoem humilhar-mo, ridicutorisar-me deante de todos.O mais interessante ti que eu, podendo perfel-tamente mudar de hotel ou pelo menos responder-

lhe com uma insolL-ncia, aturava tudo submisso eadorando a cada vez mais, com desespero, comfuror as vezes, mas sempre com adoração,..

O mais que eu fazia quando ella era dema-siadamente má eme envergonhava muito— o maisque eu fazia era esquivar-me e dar grandes pas-seios. Mas isso era peor, porque, quando eu appa-recia, a minha própria ausência servia para os maisdolorosos motüjos.

-Oh I por onde tem andado 7 dizia-me Deliacom lindo sorriso implacável. Pensei quo ja tinhamudado por causa dessa paixão mortal. Venha ci,venha confessar mu tudo. Foi ver outra namorada.Veja lá! Olhe que sou ciumenta... Si o senhor metrahir, mato-o!...

E eu ficava com cara de tolo no meio das risa-das geraes.

Atd hoje ainda não comprehendo como ó queaturei aquillo tudo... sentindo um exquisíto pra-zer em ser maltratado por elia, sollrer por ella...

Mas por vezes era demais, eu tinha conscien-cia do papel aviltante que Delia me obiigava arepresentar, e tinha horror, não delia, mas de mim,da minha covardia.

O que me prendia, é que em outros momentosella fazia cousas tão singulares que me inebriavamde esperança.

Um tarde, passando por unia varanda desertae vendo -me a um canto recostado, immovel com oolhar perdido no céo, approximou-se e perguntou:Em que estava pensando ?

Eu respondi serio e triste.Na senhora.

Ella sorriu, passou a inflo pelos meus cabellosde leve, e disse apenas,..

—Criança.,.Afastou-se, mas pareceu-me notar no sorriso

que lhe illuminava a face nesse momento, um fui-gor enternecido, um quebranto de meiguice queme deixou deslumbrado, louco!

E no dia seguinte recomeçou a tortura.Eu não sabia que pensar, vivia allucinado, ra-

lado... Foram dias horríveis.De outra vez encontrando-me também só, aba-

tido, ella perguntou-me docemente:Está com raiva de mim ?..,

Sacudi a cabeça numa negativa humilde. Eralá possível ter raiva de uma creatura com aquellabocea, aquelle riso, áquelles cabellos e aquelle corpo?Gosta mesmo muito de mim?

A senhora bem sabe...A resposta era boba, pueril, mas pareceu cau-

sar-lhe prazer.Delia bateu-me no rosto cora o leque e afãs-

tou-se.

Mas chegou a véspera do Nata!.Pela manhã, em tom de gracejo, Delta disse*

me: Vamos a ver as festas que o meu namoradomo dá.'1

ive logo uma idéia de apaixonado e de crian-ça. Ali nflo havia llores; era o defi ito principaldaquella cidade de águas. Todas as senhoras acqueixavam disso.

Montei a cavallo ris 9 horas da manhã e fui AVilla Rosado, um logar a 7 léguas de distancia.

Passei o oia inteiro ao sol, por caminhos im-possíveis, e sò voltei ris oito horas da noite, exle-nuado, com as pernas doWdas, o rosto ere.tadi.,,.

Mas trazia um apanhado soberbo de rosas...rosas magníficas, exhuberantes,

Delia estava no salão, tive vergonha dd lh'asentregar, e com a cumplicidade de uma criadamandei depositar o 1 amo occultumcnte no quartoda viuvinha.

Só appareci A hora do chá na mesa redonda,Ella perguntou-me onde eu cstivúra todo o

dia, estrnnlnunie assim queimado do sol c com arfatigndo, mas não fez gracejos cruéis.

Recolheram-se todos os hospedes. Eu fiqueiainda acordado por algum tempo, sem somnoapezar de cançado, tentando ler;

Ue súbito, ouvi á porta de meu quarto um li-geiro rumor.

Pareciam bater a medo muito de leve. Appro*ximei-nie da porta e perguntei em voz baixa:

Quem está ahi ?Abra — murmurou uma voz que me íez estre-

mecer.Abri ; o corredor estava escuro mas á luz de

meu quarto vi deante de mim Delia em roupãolindo, nos braços o ramo que ou trouxera.

-Foi o senhor que teve esta lembrança? —perguntou a viuvinha com um ar grave.

Abaixei a cabeça.'- Coitadinho! - disse ella- K eu tenho sido taomá. São as minhas festas, nâo é?.,,

Hesitou um pouco; depois, mergulhando o rostonas rosas odorantes, continuou :

Pois eu também nflo o esqueci, também te-nho uma cousa para o senhor ; venha buscal-a.

Tomou-me a mao, fez-me fechar a porta, le-vou-me até o seu quarto que ficava pouco adeantee ahi, atirando sobre a mesa as flores agarrou-mea cabeça c beijou-me com íorça, furiosamente, mur-murando:

—Aqui tens as tuas festas I

Ah ! que festas, meus amigos!Quando ao amanhecer voltei para meu quarto,as pernas tremiam-me tanto que mal acertei com

a porta.

V. VlLLAFLOR.

íntimosFazia gosto vel os á noitinha,Sua excellencia; o Barão e a Boroneza,

Juntinhos passear;E a gente murmurava com firmeza:"A Sarah como vae tâo bonitinha 1,..

Ah ! que ditoso par 1E a Baroneza que não era «gata»

Naquelle tempo ainda,Tinha uma graça natural, infinda I...E eu, quanta vez, em confidencia disse

Ao Barão sorridente:— «O olhar da tua Baroneza, mata I...»Depois... Já nem sei quando,Brigaram por um futil desaccordo.

Talvez uma tolice..,E o Barão já descrenteSe ora, não me recordo:

Qual novo Othelo, tetrico cravandoDo despreso o punhal, fero e brilhante

Da querida no peito,Com voz roufenha, voz de máu soprano

Murmurou contrafeito:— «Esquece-te de mim, pérfida amante !..

E aqui cahiu o panno...Hoje, vagando, a pobre Baroneza,Sem ter na triste vida um companheiro,

Que por ella se bata,Sem vigor, sem saude, sem realeza,

Sem pose e sem dinheiro,Sem a menor valia,

Exposta ao vento, ao temporal bravio,Agüentando dos males o chorrilho;E5 qual si fora abandonada «gata»Que vaga pela zona Lavradio.

Salvando o trocadilho,Na gata eu sempre a vejo todo o dia I

Boticário,

JE' SOA!Um cavalheiro de industria entra numa cha-

rutaria para comprar cigarros. Pagou, accendeuum, e pediu um décimo da loteria de 500 contos.Quando já tinha o décimo em seu poder, passouum seu conhecido que lhe perguntou:Que fazes ahi?

Estou a ensinar os mandamentos da Lei deDeus aqui ao dono da casa.

E sahiu precipitadamente da loja indo juntar-se ao seu conhecido.E o décimo?—gritou o dono da casa vindo á

porta—o decirao?O décimo é não cobiçar as cousas alheias,

respondeu o cavalheiro.

TOURADASCom um domingo esplendido de sol como o ul-

timo, nao era de esperar outra cousa, sinão a bellatourada que tivemos.

Foi na verdade uma tarde cheia: bom gado,boas sortes, muitos . pplausos, muita barrigada derisoe... pouca gente, infelizmente ; porque atou-rada foi de encher o olho até aos mais exigentes.

A rapaziada do «Rebola a bola» como semprefartou-se de fazer a gente rir, e é pena que o PoucaRoupa tivesse levado aquella marrada, que quasi omandou d'esta para melhor.

Felizmente está são como um pero.Toque lá os ossos seu Zé Bento.

ÜÍfec JISTunca...

nisso!..— Um homem de idade, viuvo, pre-

cisa de uma senhora do 6o annos paratomar conta de seus negócios ; carta noescriptorio desta folha a A. O.

«De um Jornal.»

Que um homem viuvo, e de uma certa idade,Incertamente certa, inda precize,Após não poucos, duros, desenganosDe uma mulher, que, em plena mocidade

Na tlôr dos sessenta annosDos seus negócios tome conta ?..

Leitor, gentil leitora, si ella podeAinda tomar. .De algum negocio, conta ?

Pois, francamente, eu achoQue a coisa em pouco tempo hade virar1-icando ella por cima, elle por baixo.Mas, des que a sócia a sua idade prove:Annos sessenta. E' mais que naturalQue, unida ao sócio, irá fazer mais nove..Bello palpite: -Porco I

"

— O* dize

Nflo te illóde

DOEL.GELOL— Hoje, é fatal!..A. Canninha.

LICQRTIBAÍNA0 melhor purificador do sangue.Granado «__ Ç. Rua i°. de Março, ia

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U Pollins. Kuu tio Piws.-i» n. 70

O RlONU-a5 bEDEZEMBRÇy^DBi^''' * " .' ?

CíVRTEIR^pEUMPERU'í»4 oi pelo Sulssò que eu desta vez dei começo\y At cavaçOes da minha adorada «Carteira»

Sem ter destino cisrfo, depois de ter ian-tado como o niellior burett. 2, na l'ens,io llragà alina rua da Carioca 39 fnl atd ao Suissoa vêr si ca-vava alguma cousa por lá.Pois, nAo Iluss digo nada: o Liberato recebeu-me cotp todas as honras que merece um linguarudo

j?_/° C"' jez'me tom'Hr ""« dns« de- Vinho Villar<t Mm, e ainda por cima me informou que ia pedira Julia em casamento.Confesso-lhes que pasmei! Sim, porque o ca-marada, segundo se diz por ahi, tem a «rica mu-Inerztnha da oilra banda. Será verdade ?Sahindo de l.-i do Suisso, fui at. ao Cabaret«Arom», mas poucos movimentas vi por 1,1 que fos-sem dignos de nota. Km todo o caso disseram-me lámesmo, que a Chiquinha Trem, anda agora muitoligada a dona do «Ari™». U, ! será proiecto dealgum novo cultivo de roças 1 Veremos.Depois disso resolvi marchar para o meu ..cam-

J)o de acçilo»: a Lapa, e quando subia pela zonaLavradio, fui abordado pelo Pilota, que me per-giintou quem era o gajo que viajava com a líuge-ma das «selvas» na semana passada, para a Ti-jucá.

Olhe,,.» Pitót_, eu n.1o sou informante dessascoisas ouviu ? em todo o caso sempre lhe direi que,si 11:10 foi o Jucn, foi outro qualquer. E lamba-secom essa informação.Segui depois para a Lana. No Largo, esta-vam os perus costumeiros. Um delles chegou-seassim que me viu, para dizer-me que a Maria «cru-zeiro», nem mesmo levando uns cortantes se emen-dou. Ora a rapariga! O que ella devia fazer era to-mar um pouco de juizo, para fazer esquecer as«scenas» que fez em S. Paulo, e para comrletaraobra devia inscrever-se no Club de Sombrinhascom castAo de ouro, por 2S000 semanaes, na Cha-

pelaria Armada.Depois, um outro «gajo» chegou-se tambem, in-formando-me de que o Zéca «carangueiio» depois

que fez as pazes com a Rozinha, só lhe dá A Sau-de da Mulher.Pois faz elle muito bem; e si o faz elle terásuas razõ.s para isso. Entfto vocês pensam que oresulLado de umas pazes não causam alguns es-tragos ?...Soube tambem "que o «Cara de velho» faz dasboas I Durante a semana anda de bem com a La-

gartixa, e aos sabbados briga com ella para ter ora-ções. Ora seu moço, isso é feio.

Quando eu menos esperava, appareceu-me aMaria Soares toda chie, trazendo um lindo chapéode plumas caríssimas, que, segundo ella mesmodisse, foi comprado no Petit Louvre, na rua Setede Setembro 132.Pela sympathica rapariga eu soube que a Ali-

çSo, para evitar que lhe descobrissem o esconde-rijo do celebre «anjo secco», botou-o em uma re-doma, encaixotou-o, enviando-o em seguida para ailha das Graiínas do seu «amant du cceur».A Maria pediu-me por tudo que eu não dissesse

que foi ella quem me informou isso, e bem se vèque cumpri com o seu desejo : não digo quem foi.

A Petronilha «vira tripa» appareceu-me tam-bem e disse-me que aRipinha «florista da Avenida»foi vista a entrar em uma casa de «modas» dazona Joaquim Silva.O que irá ella fazer lá tão a miúdo ? Dar-se-icaso que a rapariga tenha trocado as flores pelas«modas* ?...Ainda no Largo, um outro gajo informou-mede que a Jacintha «avestruz capado» offereceu aoPedrinho os seus serviços, pautados no systemamoderno. A Maria Peruana soube da «coisa» e pa-rece-me que fez um banze onça 1 Ai, que belleza!Depois disso fui ató ao Bar, onde havia «pes-

soai» a valer. A primeira cousa que soube, foi que,o estudante Faisca, depois de preparar um Zé Pe-reira respeitável na pobre da Chiquinha Capenga,deu ás de Villa Diogo, deixando a infeliz no ultimoextremo de penúria, e que si não fosse a materni-dade e o bom coração de alguns camaradas, nemsei. Ora ahi está o pago que ella teve desse in-grato por quem taratos sacrifícios fez!

Soube depois que certa casadinha que dá pelonome de Celeste Império, da zona Amaro da Be-neficeiacia, foi vista tntrar em uma casa de «modas»do beccc do Império, com um «gênio» da tal Bene-ficencia. Como ellas andara a cata de bonitos «en-feites» para os maridos I

Informaram-me ainda, que o Piaba deixou defazer seu «pé de alferes» a Julia Wesught; poisvoltou de novo ás pazes com o «ramalhete deflores brancas»; e, com medo que lhe roubem o dito«ramalhete» deixa-o trancado no chateou.

t- Este Piaba sempre me sahiu uma águia IConsegui tambem saber que a Petiza, depois

de-comer a carne do Rezende, deixou os ossos

chi!

para n Santa ..... Promessas c arames ha multo,mas. . s d o cheiro. Jíi é ser generoso, livra ISahindo do Bar, fui ató o Leme por d,sfaslio, ofrancamente, não me arrependi, porque fui iá en-rontrnr o «amnriscado» Sava Agi! cm companhiade uma moreninha que en n.io posso dizer quem e,e, á qual. n camarada chegou a oflerecer Chain-

pague Assis Brasil.Cuidado, rapaz ; olha que si a America sabe...! que baruião 1E sabem vocês quem en fui lá encontrar tam-bem ? foi o Manduca «toureiro» que á viva força,e em plena areia da praia, (jucria ver si mettiaum ferro curto em certa gaja, com os riquisitosmodernos... da arte I Ora, até o Manduca iá estáficando viciado !

A'S quatro horas, descia um bonde, e eu re-solvi descer tambem; indo parar na Sympalhia doRibeiro, na Avenida Central esquina da rua doRozario, onde já fui cncouynr uma bella rapaziadaentrando nuns pratarrões de ostras fresquinhas,que o Sogra servia, e as cajuadas de i]2 litro su-piRlpas mesmo.

Finalmente, fui para o cha/eauc hoje aqui estoudescrevendo o que houve, c aproveito a oceasiãopara desejar a vocês todos, muito Boas Festas!E digam depois que o Lingua 6 mau rapaz !

{.íngua de Prata.(T»JÇ_^

Çtiilllicraie Tell—Nova marca de cigarrosdeliciosos, cada carteira é premiada.

IMílVfll Rfli, — Cervejaria, bebidas de todas as1.(1 Ml;s UUl qualidades, comidas frias á «Ia mi-nute»-Boa e especial canja. Concertos todas asnoites pelos Sustenidos.Rua Visconde de Maran.

até i hora da noite. guape n. Aberto

7~

-K

SEZÕES, MALEITASFebres palustres e intermittentesJPiCulas de Cafe-rana

PB ABREU SOBRINHOMilhares de curas Não tem dieta

d'J!mejjl_&,, _u_.fe.ro, 8.RIO DE JANEIRO ¦—-1*4.

Elias e, EUestxnr3* *

Alexandrina Sa,.d.vi«__Por Visconde Itauna uma estadiaTeve essa rapariga poucos annos.Longe da festa e dos vae-vens mundanosA sorte sempre boa a protegia.Para a Lapa, caprichos soberanosTrouxeram-na depressa certo dia IAgora entre prejuízos, vários damnos,Da antiga zona sente a nostalgia...Oh ! Céos I que feio alcunha lhe puzeram !Fica-lhe o rosto meigo enrubescido,E seus olhos de magoa desesperam IMuitas vezes olhando-a com espanto,A meditar no bárbaro appellido,Si ella fez ou não fez eu não garanto !..,

Braz Procopio.

OÍJasilio companheiro de casa do pintor, jáandava aborrecido do tanto ouvir falar cm gra-vuras, e planejou vingar-se, divcrtlndo-ae a custado companheiro.

Em seu pod.-r ainda linha um carl.lo de visi-Ias, dc uma sua nnlign conhecida da vida fácil, todorendado, cheio de eslrellínhas azuea circundando onome da diva, e sua morada.Immediatamente escreveu, imitando tetra fe.mininn, reclamando attesciosamente a visita do

pintor, afim de lhe mostrar uns quadros, com ve-lhas gravuras, que ella desejava vender por preçomódico.Quando Lourenço recebeu a cartinha, toda

perlumada, e verificou o seu contendo, exultou decontentamento, cantarolou, pulou, e assim que che-gou a hora marcada para aentrevisto.esperada comimpaciência, partiu apressado em direcção a casada vendedora.

Mal tinha chegado, foi logo perguntando si lámorava D. Fernanda, que lhe tinha e»cripto e res-peito de uns quadros.. Sim, outra sympathico,—atalhou logo uma alentada inullieraça, ignobilmentepintada e envolta ,,'um simplespeignoir de indiscre-tos decoles.

Já por aquella primeira impressão, Lourençoque ainda náo estava bem lançado na tvida», co-meçou a sentir-se mal, atrapalnado, encalistrado...

Imagine-se agora o seu embaraço ao penetrarna sala apontada pela mulher : era um comparti-mento apertado, quasi escuro, mobiliado com uralargo leito de casado, cheio de cortinados e rendas,altos travesseiros, meia dúzia decadeiras estofadas.— Eu queria ver os quadros e as gravuras,disse elle timidamente.Oh \simon p'tit, bonitos quadros, e gritou: Re-née ! chamando uma companheira, venes pour lestableaux vivants!

Não sei mais o que se passou lá... mas o certo ^////^é que Lourenço entrou para a casa indignado, ba-\P'-;^''j%tendo os pés, empurrando as portas, derrubando cil-C/ "Si' "'

deiras e resmungando, como um endemoninhado.Rodolpho Bohemio.

PH'$? 1 I i doDr.EíinardoPiaasá'd.UOU &_¦<(_$ adootado na Europa e _o<_}DEPOSITO nu «f%#% hospital de marinha iíBrazil %j %£ kskeijio sem aoa.A. FREITAS & COMP. _ H pura. Cura ef-114 - Ourives -114 g_ag ficar, das moles-S. Pedro, 30 - Na Europa, IVfl « tias da. -

Carlo Krba- Milão. Èft] J4 pelle, ie- *~ridas, empineens, frieiras, suor dos pés, as3_-duras, manchas, tinha, sardas, brotoejas

¦li".'--.-T "ty/'-

ZíÊ

¦¦¦ •.»,.;,

norrhéa*. p.tc go-

Curatodas.isfesridas, ulceras, moléstias depelle,moléstias do utero, brotoejassárnas, sardas,pannos,espi-nhas,cravos, signaesde variola,dar- ,thos soe- ._ 7S_ L-* • - e humicos ,_. "C-? JT>- dos, frieiras

. >- e como preservativo%6*idas moléstias contagiosas,ypllilis, etc.Deposito: Gotltty Fer«mides __ /•«Í1I..RUA DE S, PEDKO, 74

ÍJO

uic.t,(ü,_ ue

GRAVURAS ANTIGASnn Lourenço, um dos rapazes mais pudicos quem*ê conheci, andava ha muito com a mania decomprar gravuras antigas; a todos, o heróe expu-nha o sen desejo e pedia encarecidamente que oajudassem; alórn disso ainda corria belchiores, bibli-othecas, casas de leilão, e tudo era examinado de-moradamente.

Até parecia monomania. No emtanto não pas-sava de um negocio como outro qualquer, com adifterença de ser maduramente estudado. Lou-renço já tinha ganho algum dinheiro no Brazil,como pintor, e tencionava ir dar um gyro pelaEuropa para melhor estudar sua arte e divertir-seum pouco, mas queria tirar tambem um proveitopecuniário de sua viagem levando o maior nu-mero possível de velhas gravuras, em vista daalta cotação que ellas tem no velho mundo e opouco caso que aqui se lhes costuma ligar. Erapois uma transacção vantajosa.

Quebra cabeçasHiiigma

Eh I rapaziada boaChega-te cá para ver,O que em minha frente tragoConstantemente a escorrer.Porém, assim escorrendo,Certo serviço acabou,Por ter a ponta molhadaElla até me consolou.P'ra Scar alliviadoEm carne eu a entaleiCom um pequenino esforçoD'ella liquido tirei.

Que grande consolaçãoQuando ella se me allivia,Mas que desconsolaçãoSe ella pinga noite e dia.Em P. lhe começa o nomeQue _ tal cousa tudo dáE tendo só duas syllabasTerminar vae por um A.

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Chico Ficha.

0 MO NU-a.s DE DEZEMBRO DE 1907

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