o novo mp já existe
DESCRIPTION
balanço de gestãoTRANSCRIPT
O novo MP já existePresente e Futuro
Um biênio de conquistas, de resultados, de muito
trabalho e de infinito orgulho
Março de 2014
Estimado(a) Colega de Ministério Público,
Um pouco da nossa história de dois anos de trabalho e de
grandes resultados. Trabalho em favor do MP, que pulsa forte em
cada Promotor e Procurador de Justiça e que sempre se conser-
va novo, proativo e acima de tudo independente. Um pouco do
muito que poderemos ainda realizar.
Um registro do muito que conquistamos atuando lado a lado,
em comunhão, assumindo e renovando o compromisso de servir
ao Ministério Público, a seus Colaboradores e a seus Membros da
ativa e aos aposentados e do que juntos construiremos.
Ministério Público independente e resolutivo, que enfrenta as
dificuldades e que tem suas prerrogativas defendidas em todas
as instâncias.
Ministério Público que encontra na sociedade civil a sua parceira,
que dialoga com a imprensa, que garante o pluralismo, que tem olhos
para o futuro e enfrenta com coragem os desafios do presente.
Ministério Público que corresponde às expectativas de todos,
sempre apartidário e técnico.
Um trabalho moderno, que respeita o passado, tem olhos para
o futuro e não sucumbe a pressões de qualquer espécie.
Um pouco do muito que foi feito em favor do novo MP que
sempre existiu em cada Membro do MP Paulista e que seguirá
adiante ainda mais forte.
Trabalho, enfim, de quem ama o que faz, que respeita a Institui-
ção e que tem no Ministério Público a sua real e primeira vocação.
Márcio Fernando Elias Rosa
3
Gestão de resultados efetivos
Gestão de compromissos. O caminho a seguir
1. Real dimensão política. O início da jornada de grandes resultados
2. A chegada de novos Colegas. MP ainda mais forte
3. PEC 37. A Impunidade não venceu. A história que não foi contada
4. Colegas em igualdade de condições
5. Sem estratégia não há liderança e racionalização. Atuação que valoriza o Promotor local
6. A casa da cidadania: os grandes encontros com a nossa razão de ser
7. A boa execução orçamentária
8. A casa bem cuidada. Mais servidores e novos estagiários
9. A real autonomia administrativa
10. Assembleia Legislativa. Da crise ao relacionamento propositivo
11. ADIns e Enunciados. A PGJ conhece a atividade-fim
12. Criação dos Núcleos de Acompanhamento Processual e Legislativo
13. MP que não para de crescer
06
10
12
14
16
23
24
29
30
30
33
36
39
39
42
Sumário
4
44
46
49
51
55
60
62
64
65
67
68
68
69
70
14. Informatização. O processo eletrônico. Interoperabilidade. Portabilidade é a meta.
15. Atuação Criminal. O esteio e o alicerce da Instituição
16. Criminalidade. Segurança pública. MP proativo e resolutivo
17. Segurança Pública. Crime organizado existe. MP que se impõe
18. O Promotor faz a história
19. Infância e Juventude. Um capítulo à parte
20. Convênios que facilitaram a atuação do Promotor
21. Patrimônio Público. As ações que deram resultado
22. Assessoria Eleitoral
23. Direitos Humanos e Sociais – a atuação em rede, a regionalização futura
24. CAEx – o início de uma grande mudança
25. O projeto de regionalização
26. Memorial. O resgate da nossa história
27. Criação do Núcleo de Comunicação Social. Reformulação do Portal.
Ministério Público nas Redes Sociais
5
Gestão de resultados efetivos
DEMOCRATIZAÇÃO
E PLURALISMO:
Criados novos espaços de
participação política, como o
CONEPI. Estabelecido diálogo
propositivo que valoriza Promotorias,
Procuradorias, o Conselho Superior
e o Órgão Especial. 50 reuniões de
trabalho no interior, Grande São
Paulo e Litoral. Democracia é ideia,
compromisso e prática.
IMPESSOALIDADE - vOZ
E vEZ DE TODOS:
A impessoalidade é princípio,
norte e diretriz. Todos têm voz
e vez. O diálogo interno e a
transparência assegura tratamento
isonômico a todos – dos mais
novos aos mais antigos na
carreira. Não há favorecidos nem
perseguições políticas.
CRITÉRIOS OBJETIvOS:
Gestão plural que respeita a
isonomia. Critérios objetivos
para as designações, para a
nomenclaturação de cargos,
movimentação na carreira, na
aplicação de recursos. Critérios
conhecidos na lotação de
servidores. Transparência e respeito
a todos, indistintamente.
MOvIMENTAÇÃO NA CARREIRA:
A maior movimentação na história do
MP-SP: 1.300 promoções e remoções.
Gestão da carreira feita por quem
conhece o MP. Planejamento para o
futuro e manutenção da expectativa
na carreira. Real movimentação na
carreira. Grande São Paulo, Litoral
e Interior contempladas segundo
as necessidades e a expectativa
justa de carreira.
6
SEDES PRÓPRIAS
AUTONOMIA ASSEGURADA:
34 novas sedes para o
Ministério Público, sendo 14
prédios próprios. Atendidas
as necessidades de todas as
regiões e afirmada a autonomia
administrativa da Instituição.
Reversão da estagnação do
passado. Compromisso com
resultados efetivos.
QUITAÇÃO DE DÍvIDAS
DO PASSADO:
Foram quitados antigos
passivos de pessoal,
abrangendo todos, membros
inativos e pensionistas. Foram
renegociados passivos de
pessoal (Parcela Autônoma)
e garantida a quitação futura
de passivos da década de 90
que abrange grande número de
Membros. Assegurados recursos
para o futuro e implantação de
reajuste paulatino.
PIONEIRISMO:
A PEC 37 foi derrotada e teve para
isso atuação pioneira do MP-SP
iniciada em abril de 2012. Foi criada
campanha digital que contou com
mais de 460 mil apoiadores. A
campanha do MP-SP ganhou apoio
nacional, as ruas e a sociedade.
NOvOS PROMOTORES DE JUSTIÇA:
253 novos Promotores de Justiça que
também tornam real o MP de lutas e
de conquistas em favor da sociedade
paulista e dos ideais de Justiça.
ATIvIDADE-FIM. APOIO EFETIvO
Novos instrumentos que facilitaram
a atuação do Promotor de
Justiça por meio de acordos com
organismos da sociedade civil e do
Estado. Prioridade para a atuação
dos Promotores de Justiça
Criminais em todo o Estado
(INFOCRIM, Polícia Militar, agência
de atuação integrada).
7
POLÍTICA DE SUBSÍDIOS:
O MP tem autonomia e os
reajustes foram aplicados
imediatamente, independentemente
de lei local, conforme a expansão do
teto aplicável aos Ministros
do STF. O orçamento contemplou
todos os reajustes de subsídios
e de remuneração dos
nossos colaboradores.
SERvIDORES
Carreira valorizada
Aplicados reajustes segundo a
data-base e restituídas indenizações
(férias, licença-prêmio). Aplicadas
as progressões e promoções na
carreira que passaram a existir após
o Plano de Cargos e de Carreira de
quatro anos atrás.
NOvOS ESTAGIÁRIOS:
1.875 novos estagiários
serão credenciados para atuar
em todo o Estado.
A bolsa foi revalorizada.
MAIS COMPUTADORES:
1.784 microcomputadores, 500
notebooks, 821 impressoras a
laser e 182 pontos de acesso de
rede sem fio.
PGA: compromisso da
Administração Superior:
O Plano Geral de Atuação
passou a ser debatido
internamente, reunindo
a opinião de colegas,
representantes da sociedade
civil e das universidades. Sugere
metas e prioridades para a
Administração Superior, amplia
a discricionariedade e valoriza o
Promotor de Justiça.
8
PROMOTORIAS REGIONAIS:
Debatida e aprovada a proposta
inicial de criação de Promotorias
Regionais. Ouvido o CONEPI. Órgão
Especial deliberará. Organização que
valoriza o Promotor local, restitui
expectativa de carreira para todas
as regiões e firma compromisso
com resultados efetivos. Ninguém
ocupará os espaços conquistados e
mantidos com profissionalismo.
“Sem estratégia, não há liderança nem autoridade. Uma instituição que não se orienta de modo estratégico não alcança o melhor resultado.”
“É preciso cuidar da Instituição com olhos para o futuro e respeitar as pessoas. Cuidar da casa e dos homens que nela habitam.”Márcio Elias Rosa
SUSTENTABILIDADE:
1,6 tonelada de resíduos foi recolhida
para reciclagem e o MP-SP iniciou a
compensação dos gases emitidos.
Projeto Florestar é referência
nacional, motivando ADINs e
definindo estratégias de atuação. MP
que dá exemplo.
MAIS SERvIDORES:
1,4 mil cargos criados. 398 servidores
nomeados para diversos cargos.
9
Gestão de compromissos. O caminho a seguirO próximo biênio, calcado no muito que juntos já realizamos, poderá ser o biênio de outras grandes
conquistas históricas, reafirmando-se concretamente as autonomias institucionais, o profissionalismo
e o pluralismo político. A gestão eficiente e de resultados, a política que não abandona os critérios
objetivos, o respeito à impessoalidade e o foco na atividade-fim propiciarão a consolidação de um
modelo moderno de gestão política, administrativa e funcional compatível com o futuro desejado.
Conheça agora um pouco do muito que poderemos vir a realizar juntos:
GESTÃO POLÍTICA
Relação político-institucional propositiva e independente
Ampliação da participação política dos Promotores de Justiça
Instituição, por lei, do CONEPI como órgão de apoio à Procuradoria-Geral de Justiça,
conservando-se a representação exclusiva da Primeira Instância
Manutenção da Rede Informal de Apoio Externo
Manutenção do Núcleo de Acompanhamento Legislativo
Expansão do Núcleo de Comunicação Social
GESTÃO ORÇAMENTÁRIA
Manutenção da quitação progressiva de passivos de pessoal
Implantação imediata dos reajustes de subsídios e de remuneração dos servidores
Manutenção da política de investimentos (sedes, equipamentos e servidores)
Criação do fundo especial de despesas próprio para os investimentos do MP, a partir do
rateio de outras receitas públicas (custas, emolumentos e taxas judiciárias)
Respeito à paridade remuneratória com os Inativos e pensionistas10
GESTÃO FUNCIONAL
Nomenclaturação de cargos na Capital e em todas as regiões do Estado
Criação de Promotorias de Justiça especializadas na Capital
Criação de Promotorias de Justiça regionais para áreas específicas (meio ambiente,
educação, saúde etc)
Manutenção do Núcleo de Políticas Públicas
Expansão do Projeto Especial segundo a demanda regional
Criação dos Núcleos de Apoio às Investigações
Regionalização da Coordenadoria de Inteligência em apoio à atuação criminal
Expansão do Núcleo de Criminologia
Implantação do Núcleo de Delitos Cibernéticos
Implantação do Núcleo de Política Penitenciária
GESTÃO ADMINISTRATIVA
Expansão do Quadro de Apoio e Manutenção dos Critérios de Lotação de Servidores
Manutenção da Política de Expansão Física
Continuidade da Política de Investimentos (sedes, servidores, equipes de apoio)
Regionalização da Diretoria-Geral
Continuidade da Política de Regionalização do CAEx
Continuidade dos Programas Informatizados
Manutenção dos investimentos em Tecnologia da Informação
Desenvolvimento da interoperabilidade para o processo judicial eletrônico11
1. Real dimensão política. O início da jornada de grandes resultados
Ao falar pela primeira vez como Procurador-Geral de Justiça, em abril de
2012, Márcio Fernando Elias Rosa afirmou: “O Ministério Público não é e ja-
mais será fruto de qualquer ação individual, ele resulta da ação de todos
nós; trata-se de uma grande obra coletiva e o mais decisivo papel da Pro-
curadoria-Geral de Justiça sempre será o e de atuar em comunhão com
todos”. A gestão compartilhada e democrática tinha início.
No último ano, o Ministério Público nacional se fortaleceu com o apoio da
sociedade civil e da imprensa. O momento histórico é o da derrubada da PEC
37, e todos conheceram o protagonismo da Procuradoria-Geral de Justiça de
São Paulo. Conclamando todos os colegas e cidadãos para uma discussão
que, ao final, nacionalizou e ganhou as ruas, estava criada a “rede informal de
apoio externo”, estratégia que o PGJ anunciou para a Classe.
Internamente, o Ministério Público de São Paulo se fortaleceu com a am-
pliação da democratização da carreira, com a chegada de novos Colegas,
com a interlocução qualificada com o Órgão Especial, com o Conselho Su-
perior, com as Promotorias e Procuradorias de Justiça. O ciclo de conquistas
históricas registra o maior crescimento do número de sedes próprias da Ins-
tituição, com importantes avanços na atividade-fim, com a implantação de
novos instrumentos para racionalizar a atuação dos Membros, com a moder-
nização, além da constante preocupação de sempre atender, não obstante as
limitações orçamentárias, as necessidades de cada Promotor de Justiça e de
todos os servidores.
Compromissos assumidos
No início da jornada de resultado, a PGJ firmou o compromisso de “con-
ferir espaço para as inovações indispensáveis”, destacando o pacto “com o
aperfeiçoamento, com a modernização e com as inovações para o presente
e o futuro”, explicitando-o desde o discurso de posse.
12
Explicou que tais inovações “no plano interno priorizam a carreira e a
atividade-fim; devolvem aos colegas de primeira instância reais possibilida-
des de movimentações e a todos garantem justas expectativas pessoais”. E
lembrou como devem refletir os avanços. “Inovações que possam ser discu-
tidas dentro e fora da instituição, melhorando a vida das pessoas”.
Afirmou que “a defesa do respeito ao regime constitucional conferido ao
Ministério Público, das nossas autonomias institucionais e prerrogativas fun-
cionais será, sempre, um ponto inegociável na nossa forma de atuar”. E não
faltaram exemplos de defesa serena e técnica das prerrogativas de todos nós.
Concebida a partir de três eixos fundamentais (Gestão Política, Adminis-
trativa e Funcional), a política institucional propiciou:
Gestão Política Gestão Funcional Gestão Administrativa
Criação do Núcleo de Comunicação Social
Real planejamento da Carreira e Política de Cargos
Expansão do Quadro Técnico de Apoio e Manutenção dos Critérios de Lotação de Servidores
Núcleo de Acompanhamento Legislativo
Coordenadoria de Inteligência e Núcleo de Criminologia, vitimologia e Execuções Penais
Manutenção da Política de Expansão Física
Rede Informal de Apoio Externo Núcleo de Políticas Públicas Continuidade da Política de Investimentos
Conselho de Políticas Institucionais Expansão dos Projetos Especiais e das Redes de Ação Protetiva de Direitos Sociais
Continuidade da Política de Regionalização do CAEx
Gestão Orçamentária de resultados com aplicação imediata de reajustes e garantia de quitação de passivosImplantação de novas formas de indenizações
Constituição de Núcleos Regionais de Apoio Técnico
Continuidade dos Programas Informatizados
- -Manutenção dos investimentos em Tecnologia da Informação
- -Planejamento Estratégico para Atividade Administrativa
13
Empossados 253 novos Promotores
de Justiça no biênio 2012-2014
Maior movimentação
na carreira na história do MP-SP
2. A chegada de novos Colegas. MP ainda mais forte
A realização de concursos de ingresso permitiu que o Ministério Público
desenvolvesse adequada política de movimentação na carreira e melhor ade-
quação das Promotorias de Justiça. Três concursos permitiram o ingresso de
novos Colegas:
Tudo em apenas dois anos.
Cargos Nomenclaturados
Não há expectativa de carreira sem política de cargos que respeite cri-
térios objetivos. Três critérios foram adotados: a) necessidade em razão do
volume de serviços; b) necessidade em razão da justa expectativa da carreira;
c) necessidade em razão dos indicadores locais e institucionais.
88º Concurso de Ingresso na Carreira do MP-SP: 96 empossados
89º Concurso de Ingresso na Carreira do MP-SP: 78 empossados
90º Concurso de Ingresso na Carreira do MP-SP: 79 empossados
Regiões atendidas
14
Para seguir adiante
O conhecimento da realidade das Promotorias de Justiça, das demandas
que já se apresentam e também a justa expectativa de carreira permitem
que no próximo biênio sejam reafirmados os critérios objetivos e assegu-
rada a continuidade da política de cargos. Os critérios devem respeitar as
peculiaridades da localidade e da região, observando dados extraídos da
atuação em áreas específicas, como o atendimento ao público, a defesa de
interesses difusos e coletivos, a obrigatoriedade de visitas e de inspeções, a
fiscalização externa, entre outros:
• Atendimento de todas as regiões do Estado;
• Criação das promotorias de justiça regionais;
• Atendimento prioritário para as seguintes regiões: Litoral Norte, Litoral
Sul, Grande São Paulo, Regiões de Franca e Presidente Prudente.
A peculiaridade dessas regiões, os equívocos da lei de reclas-
sificação de entrâncias e a enorme demanda que já se apre-
senta para todas as Promotorias impõem a adoção de estra-
tégia específica para aquelas Promotorias de Justiça.
• Criação de 30 cargos para a Capital com a implantação de novas Pro-
motorias de Justiça especializadas;
• Manutenção da prioridade de nomenclaturação para cargos com atri-
buições em Promotorias de Justiça da Infância e Juventude;
• Nomenclaturação de cargos para as Promotorias de Justiça com atri-
buição criminal nas Promotorias de Justiça de entrância intermediá-
ria e final, de modo a garantir paridade com Promotorias de Justiça
especializadas (2 Promotores por vara Criminal) para propiciar reais
condições de atuação nessa área estratégica.
15
3. PEC 37. A Impunidade não venceu. A história que não foi contada
O Ministério Público do Estado de São Paulo assumiu o papel de prota-
gonista na campanha contra a aprovação da PEC 37. No discurso de posse
e logo após sua posse, o Procurador-Geral de Justiça, Márcio Fernando Elias
Rosa, levou sua preocupação sobre a PEC às principais lideranças políticas
do País, como ao vice-Presidente da República, Michel Temer, ao então Pre-
sidente da Câmara dos Deputados, Deputado Marco Maia e ao Ministro da
Justiça. Para a imprensa, anunciou o desejo de conclamar a sociedade civil e
a comunidade jurídica. (Folha de São Paulo, edição de abril de 2012).
O tema passou a ocupar cada vez mais espaços na mídia, sempre com
a Procuradoria-Geral de Justiça reafirmando a defesa intransigente do po-
Manifestantes na Rua da Consolação contra a PEC 37
16
der de investigação do Ministério Público e muitos colegas assumiram claro
posicionamento. O assunto foi realçado com o lançamento, pelo MP-SP, do
abaixo-assinado eletrônico que logo teria milhares de adesões, com a partici-
pação em debates e atos públicos, com a realização de palestras, com a cons-
tante mobilização por meio de encontros institucionais com parlamentares,
com a busca de apoiamentos na sociedade civil organizada e com a efetiva
participação de todos os membros do Ministério Público paulista.
No grande esforço institucional pela rejeição da PEC 37, o reforço chegou
espontaneamente com as manifestações populares, que deram grande visi-
bilidade à contrariedade social com a proposta de emenda constitucional até
que ela finalmente fosse rejeitada, por históricos 430 votos contrários, em
sessão da Câmara dos Deputados na noite de 25 de junho de 2013. Alguns
encontros foram marcantes, como a defesa da tese institucional, em reunião
da Comissão de Justiça do Senado Federal, na bancada do PSDB e na ban-
cada do DEM com o colega Promotor de Justiça Rogério Sanches Cunha.
Na imprensa, os riscos da PEC 37
Folha de S. Paulo de 6 de maio de 2012: MANCHETE: “Chefe da Procuradoria
de SP ataca projeto que esvazia o órgão” – “A proposta representa um risco
de retrocesso e absoluta insegurança jurídica”, Márcio Elias Rosa.
O Estado de S. Paulo de 24 de maio de 2013: MANCHETE: “Propostas que
limitam MP vão na contramão da transparência, diz Elias Rosa” – “A PEC
37 não quer simplesmente regular o poder investigatório do MP, quer su-
primi-lo, reservando essa tarefa exclusivamente paras as carreiras policiais”,
Márcio Elias Rosa.
Le Monde Diplomatique de setembro de 2012: ARTIGO: “Os poderes inves-
tigatórios do Ministério Público” – “Ao longo desses quase 25 anos, desde
a promulgação da Constituição em 1988, notabilizando-se os Promotores e
Procuradores pela intensa dedicação no sentido de cumprir o mandato cons-
titucional recebido”.
17
Jornal do SBT de 28 de dezembro de 2012: “O que o MP defende é que a
polícia continue investigando, mas que o MP também possa realizar investi-
gações, como as CPIs podem, o COAF pode, que muitos podem investigar”.
Jornal da Cultura de 9 de junho de 2012: “O Ministério Público quando investi-
ga, ele investiga na perspectiva da defesa do interesse superior da sociedade”.
Rádio Jovem Pan de 25 de junho de 2012: “Há equívoco e o terrível desse
equívoco é que ele pode aumentar a insegurança da população e coloca o Bra-
sil em descompasso do que acontece no resto do mundo”, Márcio Elias Rosa.
GloboNews – Programa Miriam Leitão de 31 de janeiro de 2013: “O Ministé-
rio Público defende que, para concretizar o estado de direito, para defesa do
ordem jurídica, para que tenhamos a aplicação efetiva da lei, é preciso que,
dentro da estrutura do Estado, várias instituições possam realizar investiga-
ções”, Márcio Elias Rosa.
TV Bandeirantes – Canal Livre de 3 de setembro de 2012: “Ela vai estabe-
lecer uma reserva de mercado para a investigação para a polícia civil dos
estados e do Distrito Federal, o que é inconstitucional e absolutamente em
descompasso com os tempos atuais”, Márcio Elias Rosa.
TV Bandeirantes – Brasil Urgente de 1º de março de 2013: “A PEC 37 quer
reformar a Constituição para dizer numa só frase: só a polícia pode realizar
investigações. Isso não enfraquece o Ministério Público, isso enfraquece a de-
fesa da sociedade, a defesa da cidadania, a aplicação da lei Penal”, Márcio
Elias Rosa.
TV Gazeta – Jornal da Gazeta de 2 de julho de 2012: “A Constituição em
nenhum momento estabelece. Para nenhuma instituição pública, ou nenhum
órgão público o monopólio ou a exclusividade na apuração dos delitos, dos
crimes”, Márcio Elias Rosa.
18
Sua palestra virou o livro “O Poder Investigatório do Ministério Público” (publicado pelo CIEE)
Poder de investigação do MP foi tema de mais de 10 palestras em todo o Estado
Para difundir a necessidade de manutenção do poder investigatório do MP,
o PGJ, Márcio Elias Rosa, ministrou palestras em universidades públicas e pri-
vadas em todo o Estado. A estratégia era a de conclamar os jovens estudan-
tes. Organizadas por colegas de todo o Estado, os encontros reuniram mais de
4.000 estudantes que se posicionaram contra a aprovação da PEC 37.
Presidente do STF reconhece poder investigatório do Ministério Público na sede do MP-SP
O então Presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ministro Carlos
Ayres Britto, proferiu palestra no Ministério Público do Estado de São Pau-
lo, em julho de 2012, quando reconheceu a constitucionalidade do poder in-
vestigatório do Ministério Público. Ayres Britto foi enfático ao afirmar que “a
Então Ministro Carlos Ayres Brito com Procurador-Geral de Justiça, Márcio Elias Rosa
19
democracia está entregue aos cuidados constitucionais do MP”. Às vésperas
do início do julgamento da Ação Penal 470, a grande imprensa tinha notável
interesse no posicionamento do Presidente do STF, que aceitou compartilhar
com o PGJ a busca da nacionalização da campanha que já era desenvolvida
contra a PEC 37.
O PGJ apresentou memoriais quando do julgamento do Recurso Extraor-
dinário n. 593727, que discute o poder investigatório, e o então Presidente do
STF, Ministro Carlos Ayres, antecipou seu voto favorável à tese defendida pelo
MP (julgamento iniciado em 21/06/2012).
PEC da Impunidade
Entidade ligada à polícia civil manejou representação criminal contra o PGJ
porque o batismo da PEC 37 de PEC da Impunidade teria atingido a honra das
categorias policiais. A representação foi indeferida. A PGJ jamais construiu o
seu discurso em oposição a qualquer carreira policial e o nome escolhido para
a PEC levava em conta o resultado que a aprovação propiciaria.
Abaixo-assinado eletrônico teve mais de 460 mil adesões
A campanha criada pelo MP-SP teve mais de 460 mil assinaturas. Esse
foi o abaixo-assinado com maior número de assinaturas da Change.org no
Brasil, desde que a plataforma foi criada no País.
20
As ações lideradas pelo Ministério Público de São Paulo se espalharam por
todo o Brasil. No dia 22 de abril de 2013, milhares de apoiadores se mobiliza-
ram pelo Twitter através da hashtag #NÃOPEC37 no Tuitaço Contra a Impu-
nidade, que levou o Ministério Público para o Trending Topics, ou seja, esse foi
um dos assuntos mais comentados do dia nessa rede social.
A atuação legislativa. Aclamada a liderança nacional.
“Dr. Márcio Elias Rosa é uma liderança nacional e a participação dele nessa
luta foi decisiva. Em silêncio, ele visitou diversos parlamentares em Brasília.
Esse trabalho foi fundamental”. Dias após a derrotada da PEC 37, já no iní-
cio de julho de 2013, o presidente do Grupo Nacional de Direitos Humanos
(GNDH) do Conselho Nacional de Procuradores-Gerais de Justiça dos Esta-
dos e da União (CNPG), Orlando Rochadel Moreira, fez questão de destacar a
importância da atuação de Márcio Elias Rosa na rejeição da PEC 37.
No mesmo mês, durante a reunião do Conselho Nacional de Procuradores-
Gerais do Ministério Público dos Estados e da União (CNPG), o Procurador-Ge-
ral de Justiça de São Paulo, Márcio Elias Rosa, é eleito, por aclamação, o novo
Coordenador do Grupo de Acompanhamento Legislativo daquele Colegiado.
21
Para seguir adiante
Ao longo dos anos, nem sempre o MP-SP se fez presente nos grandes de-
bates nacionais e algumas reformas constitucionais nos trouxeram gran-
des prejuízos institucionais, como as reformas da previdência e do Judi-
ciário (EC 19, 20, 41 e 45). O posicionamento precisa ser claro, direto e a
estratégia corretamente definida. É preciso conservar a rede informal de
apoio externo, que abriga os que se identificam com as nossas bandeiras.
A luta contra a PEC 37, como foi também a reprovação ao anteprojeto de
Código Penal e mesmo à legislação florestal, instituiu o verdadeiro pro-
tagonismo político da Instituição. É indispensável a manutenção desse
protagonismo para outras causas, tais como:
• Reforma legislativa que reveja o perfil remuneratório relativo a vanta-
gens pessoais (LCE 734/93)
• Continuidade das lutas para restabelecimento do ATS
• Continuidade da reivindicação de criação de um fundo especial de
despesas próprio do MP-SP
• Oposição às tentativas de inovações legislativa e constitucional que
representem retrocesso às conquistas de 1988
• Proposição de reforma legislativa que modernize a atuação em
Segunda Instância
22
4. Colegas em igualdade de condições
A lista sêxtupla
O biênio não fez distinção entre Promotores e Procuradores em suas es-
colhas, mas, durante a história do quinto constitucional, é notório que Pro-
motores de Justiça sequer figuravam nas listas sêxtuplas. Em 2012, o PGJ e
a maioria do CSMP defenderam pela formação de lista com a participação
paritária de 3 Procuradores de Justiça e de 3 Promotores de Justiça. O TJ
recusou por duas vezes a lista apresentada. O tema foi levado ao CNJ. A PGJ
solicitou da CONAMP o ajuizamento de ADIn em face do regimento interno
do TJ. O Colega Ricardo de Barros Leonel, Promotor de Justiça e assessor
do PGJ, fez a sustentação oral. O CNJ definiu para todo o País a proibição
da exclusão de Promotores de Justiça em listas para a composição de Tri-
bunais. A deliberação do TJ foi anulada. Em fevereiro de 2014, o TJ acolheu
a lista e indicou um Promotor de Justiça. O colega Amaro José Thomé Filho,
Promotor de Justiça, foi nomeado pelo Governador do Estado. “Saímos da
retórica, do mero discurso, enfrentamos com técnica a tese e o MP brasileiro
saiu vencedor.” Mais uma vez, a repercussão foi nacional, reafirmando-se o
protagonismo do MP-SP.
A luta pela elegibilidade do Promotor de Justiça
Pelo Conselho de Estudos e Políticas Institucionais (CONEPI), foram
aprovadas, por unanimidade, proposta de alteração da lei complementar nº
734/93 e a realização de consulta à classe, destinada a identificar se efetiva-
mente essa proposta reflete a von tade da maioria ou não.
A PGJ apresentou o anteprojeto ao Órgão Especial, postulando seja ime-
diatamente aprovado e encaminhado para a Alesp. A motivação registra a
impossibilidade de grande parte da carreira não poder concorrer e sequer
reunir a expectativa de vir a ser Procurador de Justiça. Cita exemplos históri-
cos em que o distanciamento entre a 1ª. e 2ª. Instância causaram grandes equí-
vocos, como a lei que reclassificou as entrâncias e a política de cargos que foi
23
mantida por longos períodos. A participação ativa da 1ª. Instância, segundo a
exposição de motivos, teria inibido aqueles erros que trouxeram, no passado
recente, graves prejuízos aos Promotores de Justiça em início de carreira.
5. Sem estratégia não há liderança e racionalização. Atuação que valoriza o Promotor local
O MP-SP se tornou mais uma instituição agregadora e de produção de
estudos e análises sobre a quantidade, eficácia e efetividade das políticas
públicas voltadas à implementação dos direitos sociais, com a criação do
Núcleo de Políticas Públicas (NPP), em abril de 2012. Desde o seu discurso
de posse, o PGJ reitera que o MP deve ter papel de articulador, de instrumen-
to de pressão legítima e de poder da sociedade, que se impõe e se constitui
toda vez que um Promotor de Justiça atua com independência e autonomia.
Com o NPP, o MP-SP busca aprimorar a interlocução com as universi-
dades, a sociedade civil e seus Membros para a construção de um Plano
Geral de Atuação com metas prioritárias ditadas por todos esses atores,
instituindo nova forma de racionalização dos serviços, que expande a dis-
cricionariedade local e apoia verdadeiramente as iniciativas locais. Antes da
existência do NPP, apenas o Promotor de Justiça conhecia as demandas
locais e responsabilizava-se pelo enfrentamento. Com os debates internos
e o diagnóstico das principais demandas, a Administração Superior deve
também apoiar essas iniciativas, ampliando as contribuições para a atuação
local exitosa.
A história do Plano Geral de Atuação
No ano de 2012, o NPP iniciou os debates com as universidades e as re-
presentações da sociedade civil, apresentando os resultados em dezenas
de reuniões regionais. O objetivo era detectar quais demandas necessita-
vam de enfrentamento prioritário. O resultado foi um amplo e inédito le-
24
vantamento, que delineou o trabalho em aliança com a sociedade para
a implementação de políticas públicas.
Para identificá-las, participaram 318 Promotores e foram ouvidos, por
meio de consultas públicas, a comunidade científica (78 professores e
especialistas de universidades como a USP, Unicamp, PUC e Unesp),
Institutos de Pesquisas (como a Fundação Seade), o Condephaat, 100
representantes da Sociedade Civil e 58 técnicos do MP. Não houve ne-
nhuma contratação nem terceirização dos debates.
Durante seis meses – de maio a novembro de 2012 – foram realizadas
cerca de 70 reuniões, que contaram com a participação de aproximada-
mente 600 pessoas. Ao final da pesquisa, as contribuições apontaram
as áreas de maior interesse da comunidade científica e as demandas
relatadas por colegas de todas as regiões do Estado.
As universidades contribuem; a sociedade civil é ouvida e quer participar
Os pleitos (segurança pública, mobilidade urbana, saúde, educação etc.)
ecoados nas manifestações de junho de 2013, figuraram coincidentemente
na lista entre os primeiros do ranking, ainda em outubro de 2012. Essas
questões foram levantadas pelos Membros do MP nas reuniões, onde apa-
receram com maior recorrência, e também foram apontados pela comuni-
dade científica e pela sociedade civil.
O Plano obriga a Administração Superior a apoiar e conceder meios para
que os Órgãos de Execução atuem de forma mais propositiva e resolutiva,
segundo o posicionamento destes. É instrumento de gestão comprometi-
da com resultados e que apoia os Promotores de Justiça. O antigo modelo
de PGA foi substituído por um documento que indica as prioridades de
gestão, em apoio ao Promotor e à sua real condição de agente político.
Trata-se do mais inteligente e efetivo instrumento de racionalização dos
serviços afetos aos Promotores, na medida em que fixa a proposta de um
mínimo a ser alcançado, mínimo este fixado a partir de balizas democrati-
camente construídas, sem qualquer imposição.
25
Concluídas as discussões, o NPP e o Centro de Apoio Operacional das
Promotorias de Justiça Cível e de Tutela Coletiva, durante três meses (se-
tembro a novembro de 2012), promoveram 17 seminários e oficinas, com a
participação de quase 400 integrantes do MP. As palestras foram ministradas
por especialistas da comunidade científica e trataram dos assuntos que hoje
diariamente são enfrentados em todas as Promotorias de Justiça.
A estratégia de apoiar a atividade-fim, de eleger prioridades e de fomen-
tar o diálogo incentiva a racionalização dos serviços e garante resultados efe-
tivos. Racionalizar não significa apenas deixar de fazer, renunciar, mas antes
de tudo conferir meios para que todos possam atuar.
Há muito tempo, e quem conhece a realidade das Promotorias compreen-
de com facilidade, Promotores de Justiça, sobretudo nas Promotorias cumu-
lativas de inicial, intermediária e final, têm sob sua responsabilidade uma infini-
ta gama de atribuições e uma expansão cada vez maior de responsabilidade.
A lotação de assistentes jurídicos, de servidores, de estagiários e de equi-
pamentos de informática conferem melhores condições de trabalho, mas o
volume de atribuições, a diversidade dos temas e consequentemente de res-
ponsabilidades já não se mostram razoáveis para a imensa maioria. Supor ser
da atribuição do Promotor de Justiça toda a defesa dos interesses difusos e
coletivos e o acompanhamento de toda e qualquer política pública não ga-
rante resultados práticos e não conforta aqueles que verdadeiramente fazem
o MP, os Promotores e os Procuradores de Justiça. A Administração Supe-
rior deve, com a participação voluntária de todos, planejar a gestão e definir
prioridades de atuação, aproximando-se da atividade-fim, confortando-a e
apoiando-a efetivamente.
O PGA horizontaliza a relação entre a Administração Superior e os Mem-
bros da Instituição.
Democratização das decisões institucionais com a criação do CONEPI
Pela primeira vez na história do Ministério Público de São Paulo, os
Promotores de Justiça puderam contribuir para a gestão da Instituição,
26
fazendo-o de forma colegiada e com representantes de todos os seg-
mentos da carreira. A criação do Conselho de Estudos e Políticas Institu-
cionais (CONEPI), em outubro de 2012, proporcionou um evidente com-
partilhamento e democratização das decisões, aprimorando o ambiente
político interno e que combina com a estratégia de liderança que não se
apoia no autoritarismo.
Integrado por Promotores de Justiça de todas as regiões do Estado e
da Capital, eleitos pelos pares em votação facultativa, o CONEPI já deli-
berou sobre temas de inegável relevo, como a aprovação do processo de
democratização do acesso de Promotores ao cargo de PGJ, a criação de
Promotorias Regionais, a nova regulamentação do Ato 484 (inquérito civil),
a nova regulamentação do PIC (procedimento de investigação criminal) e
ainda apresentou sugestão ao Conselho Superior para efetiva regulamen-
tação do critério de merecimento para provimento de cargos.
O CONEPI nasceu para promover a participação de todos os órgãos in-
tegrantes da Instituição na formulação de políticas de gestão e de atuação.
Atendeu, ainda, à necessidade de criação de mecanismos de permanente
interlocução entre os órgãos da Administração Superior e os órgãos de
execução. Propõe-se a funcionar como mecanismo de coleta de informa-
ções e de consulta dos órgãos de execução de Primeira Instância para am-
pliar a possibilidade de oferta de subsídios ao Órgão Especial do Colégio
de Procuradores de Justiça e ao Conselho Superior do MP, em seus pro-
cessos decisórios.
O CONEPI tem por missão a avaliação dos processos decisórios de temas
institucionais, contribuindo para a eleição de prioridades e para a construção
do plano de metas institucionais; a articulação, no âmbito regional, da execu-
ção de políticas diferenciadas de atuação; a participação na formulação da
política de modernização administrativa e funcional da Instituição, além da
discussão de temas de relevante caráter institucional. Possui, ainda, a missão
de apresentar sugestões ao Procurador-Geral de Justiça para o aprimora-
mento da política de divisão de atribuições, observando, entre outros crité-
rios, a padronização e as peculiaridades regionais e a adoção de medidas
para ampliação da eficiência das atividades do MP.
27
Para seguir adiante
O CONEPI é uma realidade festejada por todos e o modelo já começa a
ser seguido por outros Ministérios Públicos brasileiros, a exemplo do Nú-
cleo de Políticas Públicas. A experiência acumulada recomenda que, no
próximo biênio, façamos:
• Inserção do CONEPI como órgão da Administração Superior, modifi-
cando-se a LCE nº 734/93;
• Inserção, entre outros, dos seguintes temas de atuação obrigatória
do CONEPI:
• Definição de critérios de nomenclaturação de cargos
• Definição de critérios de divisão de atribuições
• Acompanhamento e fiscalização dos critérios de lotação
de servidores
• Discussão das propostas orçamentárias
Retomada dos projetos de modernização da Segunda Instância
28
Debate sobre a tarifa dos trasportes coletivos na sede do MP
6. A casa da cidadania: os grandes encontros com a nossa razão de ser
Em todo o Estado de São Paulo foram diversos os encontros realizados
pelos Promotores de Justiça, que abriram as portas do Ministério Público
para ouvir as demandas da população, na manutenção do novo modelo de
atuação do MP paulista. O MP independente e resolutivo, que sempre existiu
em cada Promotor de Justiça do Estado de São Paulo, esteve ainda mais
próximo e verdadeiramente apoiado pela PGJ.
Atuação que faz história
Um exemplo histórico de trabalho conjunto à
sociedade foi o convite feito pelo MP – por meio
da Promotoria de Habitação e Urbanismo, apoiada
pela Procuradoria-Geral de Justiça – aos movimen-
tos sociais contrários ao reajuste de tarifa das pas-
sagens do transporte coletivo urbano para discutir
os atos públicos que pararam a Capital, no mês de
junho de 2013. Na reunião, o MP defendeu a garan-
tia do exercício do direito à manifestação, inibin-
do-se a prática de atos de violência ou vandalismo
que pudessem prejudicar a segurança das pessoas
e causar danos ao patrimônio público.
Outro exemplo de atuação junto à sociedade se deu em Brodowski, com
as audiências públicas de Escuta Social promovidas pelo Núcleo I da Rede
Protetiva dos Direitos Sociais em conjunto com a Promotoria de Brodowski.
Em janeiro de 2012, a população, junto ao MP, elegeu os três maiores proble-
mas da cidade - Segurança, Saúde Pública e Infância e Juventude - e sugeriu
metas para solucioná-los, como o aumento do policiamento, o combate ao
uso de álcool e drogas e a ampliação das oportunidades para adolescentes
a partir de 14 anos. Também foram eleitos membros da comunidade para
acompanhar os trabalhos do MP.
29
7. A boa execução orçamentária
A Instituição empenhou-se na gestão com responsabilidade dos re-
cursos orçamentários, de modo a não alimentar dívidas nem deixar de
realizar os investimentos necessários ao crescimento da Instituição. Dí-
vidas resultantes de diárias não quitadas e diferenças devidas aos ser-
vidores foram quitadas. Não foi rompida a paridade remuneratória com
a carreira da Magistratura. Ao contrário, o reconhecimento de novas
vantagens observou a adequada lei aplicável e que melhor atende às
peculiaridades da Instituição. Nos últimos seis anos foram implantados:
auxílio-livro; auxílio-alimentação; indenização de licença-prêmio.
No biênio não ocorreu qualquer violação da paridade com os colegas
inativos e pensionistas.
8. A casa bem cuidada. Mais servidores e novos estagiários
Estagiários
A gestão promoveu, em 2013, concurso de estagiários, no qual 1.875
candidatos foram aprovados e irão atuar na Capital, Grande São Paulo e
interior. A bolsa foi revalorizada.
Servidores
Em 2013, a Procuradoria-Geral de Justiça promoveu a expansão do qua-
dro de pessoal do Ministério Público apresentando dois projetos de lei, já
convertidos em lei e que permitiram a criação de mais de 1,3 mil cargos
de serviços auxiliares, entre Assistentes Jurídicos e Auxiliares de Pro-
motoria, além de possibilitar a criação da carreira de Analista Técnico-
Científico, com 120 cargos efetivos, um marco na história da instituição.
Os projetos de lei foram aprovados pela Assembleia Legislativa do
Estado de São Paulo, no dia 11 de dezembro de 2013, e sancionados
30
pelo Governador Geraldo Alckmin no dia 15 de janeiro de 2014. São:
O Projeto também cria as funções de confiança, sendo:
Nova Carreira:
Em 2013, também foram abertos concursos para Analista de Promotoria
I (Assistente Jurídico), com 107 vagas, Analista de Promotoria II (Agen-
te de Promotoria), com 29 vagas, e Analista de Promotoria I (Área da
Saúde) Médico Clínico, com 1 vaga; de Legista, com 3 vagas, totalizando
140 novas vagas.
Assistentes Jurídicos: Concurso e lotação nos órgãos de execução
A carreira dos analistas ou assistentes jurídicos foi criada há 5 anos.
Foram definidos os critérios de lotação, priorizando as Promotorias de
Justiça de todo o Estado. Todos foram admitidos por concurso público.
Definiu-se a prioridade de lotação para as áreas específicas e a ma-
nutenção dos critérios fixados na atualidade permitirá que para cada
Membro haja a lotação de 1 assistente jurídico.
Cargos providos por meio de nomeação
Nos últimos dois anos foram atendidas demandas de lotação, por meio
de nomeações, totalizando 398 cargos.
cargos de Analistade Promotoria I(Assistente Jurídico)
675cargos de Oficialde Promotoria
221cargos de Auxiliarde Promotoria I
353cargos de Auxiliarde Promotoria III
87
AnalistaTécnico-Científico
120
funções de Oficialde Promotoria Chefe
75funções de Auxiliarde Promotoria Encarregado
12
31
Para seguir adiante
• Lotação dos assistentes jurídicos, observando-se a relação de 1 assis-
tente por Membro do Ministério Público
• Conservação da prioridade de lotação para áreas específicas
• Instituição, por lei, da carreira de analista de promotoria I, permitindo-
se a progressão em período de tempo menor do que o estabelecido
no Plano de Cargos e Carreiras, instituído há 5 anos
• Lotação dos novos servidores – Oficiais e Auxiliares –, segundo as ne-
cessidades conhecidas, mantendo-se o critério objetivo de definição
• Manutenção e ampliação da estrutura de apoio à Segunda Instância
32
9. A real autonomia administrativa
Defesa das Prerrogativas
Poucas vezes na história institucional conquistou-se a real afirmação das
prerrogativas do Ministério Público. Fruto da atuação coordenada da PGJ e da
real participação de todos os Membros da Instituição, as conquistas consagra-
ram as prerrogativas institucionais e realçaram a importância do MP-SP, que
hoje coordena o Acompanhamento Legislativo do MP Brasileiro, no CNPG.
A administração pautou-se pela defesa intransigente das prerrogativas
institucionais, utilizando-se do permanente diálogo e da diplomacia sem
prescindir, quando necessário, da adoção das medidas administrativas e/ou
judiciais. A serenidade de quem conhece o MP faz a diferença. Nenhum tema
deixou de ser tratado com absoluta transparência, prestando-se contas do
quanto era realizado e debatido.
Espaço do MP nos fóruns
Um dos maiores desafios institucionais do MP-SP nos últimos anos foi
enfrentado pela gestão em 2013. Diferentemente do que ocorreu no passa-
do, a PGJ editou ato assumindo com exclusividade o tratamento do tema e
exigindo a manutenção das instalações da Instituição. Ocorreu, em um epi-
sódio, a imediata suspensão das atividades e a restituição do espaço físico
inadequadamente ocupado pelo Judiciário. O tema foi tratado com absoluta
transparência, conservando sempre a perspectiva de que seria solucionado,
como de fato foi.
A ilegalidade do posicionamento inicial da Presidência do TJ foi levado
imediatamente ao CNJ e depois ao STF. O Executivo acolheu a tese do MP e
a Secretaria da Justiça passou a não formalizar a permissão de uso daqueles
prédios para o TJ exclusivamente. A partir de agora, o Governo do Estado
confere título administrativo expresso que garante ao MP a afetação daque-
les espaços físicos. Todos na comunidade jurídica e imprensa abonam a tese
do MP, que não deixou de utilizar um centímetro dos espaços físicos afetados.
33
A representação ao CNJ
A PGJ adotou todas as medidas legais, levando o tema para a apreciação
do CNJ, por meio de Reclamação e, quando necessário, ao STF. A represen-
tação descreve a gravidade da matéria e efetua contundente crítica ao equi-
vocado posicionamento adotado pela Presidência do TJ da época. Não faltou
técnica no enfrentamento do tema e a classe pode acompanhar cada passo.
O tema foi tratado sem perder de vista a necessidade de conciliação e de
manutenção da relação política com o Judiciário. As tratativas deixam claro
que o MP é uma instituição que não sucumbe nem abre mão de suas prerro-
gativas, o que permitiu não apenas o reconhecimento notório da tese defen-
dida, como o expressivo apoio de todas as carreiras jurídicas e da imprensa.
O fim do impasse. Autonomia preservada
O espaço físico localizado no interior dos prédios forenses sempre mo-
tivou graves discussões e apenas recentemente o MP passou a desenvol-
ver uma política de expansão de suas sedes próprias. Com a chegada dos
novos servidores, com a política de expansão de cargos e de promotorias,
reafirmou-se a necessidade da Instituição efetivamente crescer. A autonomia
administrativa compreende: sede própria, servidores e equipamentos de in-
formática, o que exige posicionamento claro e planejamento efetivo.
O PGJ representou ao Governo do Estado a necessidade de ser definida
política de sedes que respeitasse as necessidades próprias, abandonando-se
a prática comum de o Executivo definir, por critérios outros, as comarcas que
deveriam ser atendidas. O Judiciário também compartilha a necessidade de
as suas prioridades serem por ele definidas.
Por provocação da PGJ, foi firmado termo de cooperação com o Governo
do Estado, com intervenção da Secretaria da Justiça e Defesa da Cidadania
e da Secretaria do Planejamento, e com o Judiciário, para instituição de GT
para elaboração do “Programa de Expansão das Sedes do Sistema de Justiça
Paulista”. O Grupo foi instituído por Decreto do Poder Executivo e elaborará
a nova política de sedes para o MP e para o TJ.
34
Para seguir adiante
A conquista da Procuradoria-Geral de Justiça permitirá que o Minis-
tério Público de São Paulo tenha, com planejamento, sedes próprias
– anexas ou contíguas – aos prédios forenses em todo o Estado. Serão
definidas as localidades que deverão ser atendidas em até 10 anos.
35
10. Assembleia Legislativa. Da crise ao relacionamento propositivo
A PEC 01
Em fevereiro de 2013, o Procurador-Geral de Justiça, Márcio Elias
Rosa, afirmou que o Ministério Público de São Paulo se posicionava “cla-
ra e inequivocamente” contrário à iniciativa de alguns deputados esta-
duais de propor modificação à Constituição Estadual a fim de conferir
ao PGJ competência privativa para realizar investigações quando a au-
toridade reclamada for deputado estadual.
“A proposta de concentração de poder nas mãos do Procurador-
Geral de Justiça não é só inconveniente para o Ministério Público, mas
sobretudo e antes de tudo para a sociedade, para a defesa do próprio
Estado e para a afirmação da cidadania”, afirmou o PGJ.
Márcio Elias Rosa lembrou que a instituição já se pronunciou sobre
esse tema na década de 90, quando houve iniciativa semelhante, e pro-
vocou o questionamento de dispositivo do artigo 116 da Lei Comple-
mentar 734/93, com o ajuizamento de uma ação direta de inconstitucio-
nalidade (ADIn) que aguarda julgamento no Supremo Tribunal Federal.
A resposta imediata
O Procurador-Geral de Justiça, Márcio Elias Rosa, reuniu-se dia 20 de
junho de 2013 na Assembleia Legislativa do Estado, com a liderança do
36
PSDB, quando manifestou concordância quanto à necessidade de diálo-
go a fim de esclarecer eventuais dúvidas e de dissipar o que motivou a
PEC, mas refutou proposta concebida por alguns de encaminhamento de
projeto de lei que regulamentasse o inquérito civil no âmbito estadual.
Jamais, disse o PGJ, o MP-SP admitirá esse tratamento para a matéria.
A PEC 01 foi colocada em pauta duas vezes, mas não foi votada por
falta de quórum. Há o compromisso de todas as lideranças de que o
tema não será deliberado e, se votado, será rejeitado. Em fevereiro de
2014, o Conselho Nacional do MP aprovou nota técnica na qual se posi-
cionou contrário à PEC 01, porque o acompanhamento é permanente e
o posicionamento contrário da PGJ é inequívoco.
Ao longo do biênio, por vezes, discursos inflamados de parlamenta-
res colocaram em xeque a atuação do Ministério Público e de grandes
colegas. O Procurador-Geral de Justiça não se furtou ao debate e emitiu,
sempre que necessário, notas públicas de repúdio e expressou publica-
mente a defesa institucional.
Aprovação dos Projetos de Lei
Dois projetos de grande importância estratégica foram apresentados
pelo Procurador-Geral de Justiça e aprovados pela Assembleia Legislativa,
revertendo-se o quadro de crise instalado com a PEC 01. A Lei Comple-
mentar n. 1.232/2014 e a Lei n. 15.309/2014 promoveram a expansão do
quadro de servidores e foram criados mais de 1.400 cargos. O diálogo foi
mantido por meio de reuniões periódicas no Colégio de Líderes e nas ban-
cadas, sempre com respeito à Casa Legislativa.
37
Para seguir adiante
As importantes conquistas legislativas de janeiro de 2014 permitirão que
sejam implantados núcleos regionais de apoio às investigações criminais
e de tutela coletiva. O Centro de Atividades Extrajudiciais (CAEx) regional
passará a ser realidade, com a admissão de novos servidores cujos cargos
foram recentemente criados. Além disso, o biênio permitirá:
• Descentralização do CAEx
• Lotação dos servidores
• valorização da carreira de analista I e de assistente jurídico, per-
mitindo-se a progressão em período de tempo inferior ao esta-
belecido na atualidade.
38
11. ADIns e Enunciados. A PGJ conhece a atividade-fim
O crescente número de representações e o interesse de vários seg-
mentos da sociedade levaram a PGJ a atuar de forma proativa e a ajuizar
193 Ações Diretas de Inconstitucionalidade (entre abril de 2012 a dezem-
bro de 2013). A estratégia é a de combater, entre outras inconstitucio-
nalidades, a indevida criação de cargos em comissão na Administração
Pública, como enaltecido pela grande imprensa (O Estado de S. Paulo, em
24 de janeiro de 2013).
Ainda na defesa da Constituição da República, foram ajuizadas Recla-
mações no Supremo Tribunal Federal para assegurar o respeito à Súmula
13 e a eficácia da decisão que entendeu que a ação penal por lesão cor-
poral contra a mulher no ambiente doméstico é pública incondicionada
(Enunciado nº 57).
A PGJ, que conhece a atividade-fim e estimula a atuação marcada pela
independência funcional, apresenta periodicamente os seus enunciados
aplicáveis ao art. 28 do CPP e aos conflitos de atribuições. Foram publi-
cados 57 enunciados de entendimento e que visam assegurar a todos a
transparência no trato de temas relacionados à atividade-fim.
12. Criação dos Núcleos de Acompanhamento Processual e Legislativo
A Procuradoria-Geral de Justiça criou e mantém dois novos Núcleos: o
Núcleo de Acompanhamento de Processos nos Tribunais Superiores – Su-
perior Tribunal de Justiça (STJ) e Supremo Tribunal Federal (STF) – e nos
Conselhos Nacionais – Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e Conselho
Nacional do Ministério Público (CNMP) – ; e o Núcleo de Estudos Institu-
cionais e Acompanhamento Legislativo.
Até então, no Ministério Público do Estado de São Paulo não havia
um sistema institucionalizado de acompanhamento sistemático de ações
39
cíveis tendo o Ministério Público como autor ou como réu junto aos Tri-
bunais Superiores.
Antes da criação do Núcleo de Acompanhamento de Processos nos
Tribunais Superiores e do Núcleo de Estudos Institucionais e Acompanha-
mento Legislativo, as decisões contrárias ao Ministério Público, proferidas
nos tribunais superiores, frequentemente transitavam em julgado, e só se
tomava ciência tempos depois, quando da baixa dos autos.
Estão sob acompanhamento 1.799 processos de interesse institucional
nos Tribunais Superiores e foram emitidas 3 notas técnicas em torno dos
principais projetos de lei em discussão no Congresso Nacional. Exemplo dis-
so é a discussão em torno do projeto de reforma penal e da lei de execuções
penais, que mereceram ampla discussão interna e divulgação dos posiciona-
mentos críticos da Procuradoria-Geral de Justiça. Foram dezenas de entre-
vistas à imprensa e todos foram convidados a emitir seus posicionamentos.
Na atualidade, mais de 90% - exatamente isso, mais de noventa por
cento – das teses defendidas pela Procuradoria-Geral de Justiça ganha-
ram o acolhimento nos Tribunais Superiores.
Criado o Núcleo de Estudos Institucionais e Acompanhamento Legislativo
40
Para seguir adiante
O profissionalismo é a marca registrada do MP-SP. Além da atuação da
PGJ na competência originária cível e criminal, é preciso:
• Instituir a Divisão de Apoio à 1ª Instância
• Expandir o Núcleo de Criminologia
• Expandir o Programa de Localização e Identificação de Desapare-
cidos (PLID)
• Implantar o Núcleo de Política Penitenciária
41
13. MP que não para de crescer
Foram 14 novas unidades próprias, construídas ou reformadas, nos úl-
timos 24 meses. Esse foi o ritmo empregado durante a atual gestão (bi-
ênio 2012/2014) para colocar em prática a concretização do Projeto de
Expansão das novas sedes para abrigar as Promotorias de Justiça, tanto
no interior quanto no litoral do Estado.
Nunca uma gestão conquistou, em apenas dois anos, um número tão
expressivo de sedes próprias: foram 14 novas Promotorias de Justiça en-
tregues à população. Ao final desse mandato, a Instituição soma em seu
patrimônio 35 sedes próprias no total; ou seja, 40% das sedes próprias
que integram o patrimônio do MP-SP foram conquistadas na atual gestão.
Isso sem contar os esforços nos últimos dois anos para a instalação
de unidades do Ministério Público em espaços locados (18 imóveis) para
abrigar as Promotorias de Justiça. Em menos de dois anos a atual gestão
aumentou em 62% o número de sedes próprias.
Aumento de 62% no número de sedes próprias em menos
de dois anos
Sede Mirassol
42
Com a gestão do Procurador-Geral de Justiça Márcio Elias Rosa, o Ministério Público do Estado de São Paulo ganhou
34 sedes em apenas 2 anos.
34
23
17
31
4
un
idad
es
imp
lan
tad
as
198
7 -
19
90
199
0 -
19
93
199
4 -
19
96
199
6 -
20
00
20
00
- 2
00
2
20
02
- 2
00
4
20
04
- 2
00
8
20
08
- 2
012 2012 - 2014
Márcio Elias Rosa
34 SEDES
próprias14{
locadas18{
cedidas2{
821 121 switches
IMPRESSORAS
A LASER
1.784microcomputadores 202
scanners
500 notebooks
leitores de código de barras
servidores de rede
160 44
monitores de vídeo989 Também foram instalados
182 pontos de acesso de rede sem fio
14. Informatização. O processo eletrônico. Interoperabilidade. Portabilidade é a meta
Investimentos de informática
Nesses dois anos, a Procuradoria-Geral de Justiça manteve o forte in-
vestimento em equipamentos de tecnologia, de forma a atender todas
as Promotorias de Justiça do estado. Nesse período foram adquiridos:
44
O processo judicial eletrônico do TJ foi definido em 2005 e 2006. A
Instituição, naquela ocasião, aceitou o sistema concebido e agora o Judi-
ciário passou a automação de sua atividade-fim, implantando aquele pro-
cesso digital em cerca de 40% das unidades judiciárias. O modelo trouxe
profundas mudanças nas rotinas de trabalho dos Promotores e Procura-
dores de Justiça alcançados pelo plano, mas a Instituição já conseguiu
reverter inúmeras inadequações (acesso via web, por exemplo).
Diante dessa realidade, uma série de medidas foi implementada para
minimizar o impacto dessa iniciativa para o MP e mitigar as dificuldades
relativas ao uso do sistema adotado. O CTIC criou equipes para atendi-
mento das demandas relacionadas ao processo digital, instituiu canais
específicos de atendimento e suporte e produziu material de instrução.
Foram disponibilizados equipamentos (notebooks, computador, se-
gundo monitor, scanners de alta performance etc.) e implementadas
melhorias na infraestrutura (redimensionamento dos links) para as uni-
dades alcançadas pelo processo digital. Também foi buscada a interlo-
cução com o TJ e propostas várias alterações do sistema (muitas das
quais atendidas) para facilitar o trabalho nas Promotorias de Justiça.
Em outra frente, a assessoria da Procuradoria-Geral de Justiça, acom-
panhada de técnicos do CTIC, realizou mais de 90 treinamentos em todas
as regiões do Estado.
Mobilidade Digital
A Microsoft foi contratada para desenvolver
a estratégia de enfrentamento dos desafios
derivados da virtualização dos processos, de
modo a garantir a todos plena acessibilidade.
visão do futuro da tela de trabalho do Promotor: mobilidade, compartilhamento de informação, acesso a e-mails, agenda e
seus processos digitais.
45
Consolidação do gerenciamento eletrônico de documentos
Também cresceu a implantação da Biblioteca virtual (BvA), software
desenvolvido pelo CTIC especialmente para controle e gestão de conte-
údo das áreas do MP-SP.
Melhorias no atendimento ao usuário
Investiu-se, ainda, na adequação do atendimento no Help Desk 0800
e foi criado um canal alternativo, no Portal web, denominado “Sistema de
Abertura de Chamados”, de fácil e intuitiva utilização. Foram mais de 30
mil chamados atendidos, sendo que 42% dos chamados são atendidos
remotamente, sem a necessidade de deslocamento de técnicos, gerando
agilidade e barateando custos.
Além disso, mais de 50% das solicitações técnicas são realizadas pela
internet e não pelo 0800.
15. Atuação Criminal.O esteio e o alicerce da Instituição
É da atuação na área criminal que decorreu o grande conhecimento
da Instituição. São notáveis os colegas que, atuando ou se especializando
nos mais diferentes temas da área penal, reclamam que a criminalidade
seja combatida e a lei penal verdadeiramente aplicada. O CAO Criminal
desenvolveu novas políticas de apoio à área criminal, como os Núcleos
das Execuções Penais, de vitimologia e de Criminologia.
A atuação dos Promotores Criminais
A atual gestão buscou o resgate do protagonismo natural da atuação
criminal do Ministério Público de São Paulo, sobretudo para incentivar
46
e facilitar a atuação dos Promotores de Justiça da área, visando o
compartilhamento de ferramentas e de sistemas de informação para dar
suporte à investigação criminal.
O CAO Criminal realizou visitas a todas as regiões do Estado para
colher subsídios e apresentar novas diretrizes de atuação na área
criminal. Também foram realizadas regularmente edições de Notas
Técnicas, com adoção de posturas institucionais de repercussão geral
sem vinculação e com respeito ao Promotor natural. O posicionamento
contrário às tentativas de modificação das leis penais sempre foi
manifesto. Promotores e Procuradores de Justiça passaram a integrar as
comissões de estudos no Senado e na Câmara dos Deputados e a PGJ
emitiu seguidas notas técnicas.
Núcleos de Execuções Criminais, Vitimologia e Criminologia e Apoio à Investigação
Em 2013, o CAO Criminal passou a contar com os Núcleos de Execução
Criminal; de Apoio às Investigações Criminais e de Criminologia e vitimologia.
Na área de execução penal, a Procuradoria-Geral de Justiça designou
um Promotor de Justiça com a exclusiva incumbência de monitorar
decisões concessivas de indulto, bem como o retorno dos beneficiados ao
sistema prisional. Os estudos contribuem para a visão crítica da política
prisional adotada no País.
Alterações na Lei de Execução Penal
O Núcleo de Execução Penal também procedeu à análise do Projeto
de Lei n. 513/2013, em curso perante o Senado Federal, com o fim de
promover alterações substanciais na Lei n. 7.210/84 – Lei de Execução
Penal, elaborando estudo crítico sobre as principais modificações que se
pretende impor à legislação vigente. Os estudos já foram apresentados às
principais lideranças políticas.
47
Combate à Violência Doméstica
O combate à violência doméstica contra a mulher foi intensificado com a
criação, em maio de 2012, do Grupo de Atuação Especial de Enfrentamento à
violência Doméstica (GEvID). O objetivo era garantir os direitos das mulheres
vítimas de violência doméstica, elaborando políticas de repressão, proteção
e prevenção desse tipo de agressão, visando maior articulação com outros
Promotores de Justiça para padronizar atendimento às vítimas.
O GEvID conta com seis núcleos espalhados por várias regiões da capital
(Centro, São Miguel Paulista, Penha, Butantã, Santana e vila Prudente) e
já capacitou cerca de 150 Promotores de Justiça substitutos, além de 60
técnicos da Rede de Atendimento às Mulheres, como assistentes sociais e
psicólogos, para atuação no enfrentamento desse tipo de problema.
A atuação do GEvID tem sido marcante na Capital e contribuído
decisivamente para a construção de uma doutrina de atuação do MP na
área. Organizou o Encontro Nacional do Ministério Público, difundiu os seus
trabalhos em cartilhas à população e vem mobilizando todos à luta contra a
violência de gênero e violência doméstica.
48
16. Criminalidade. Segurança Pública. MP proativo e resolutivo
O MP-SP passou a integrar o Grupo Gestor para monitoramento
e supervisão do Acordo de Cooperação Técnica firmado, no final
de 2012, entre União, Estado de São Paulo e Ministério Público
para o desenvolvimento de atividades destinadas à repressão da
criminalidade no Estado.
A participação do MP-SP no Grupo Gestor, por meio da
Secretaria-Executiva do GAECO, é resultado da intensa colaboração
da Instituição para a formulação da Agência de Atuação Integrada
contra o Crime Organizado.
Transmissão de Documentos de inteligência Convênio PM
Um convênio firmado com a Polícia Militar passou a possibilitar o
compartilhamento das bases de dados administradas pelo Ministério Pú-
blico e pela PM, efetivadas pela concessão recíproca de acessos a perfis
de consulta do SIS Integrado do MP-SP e do FOTOCRIM da PM. Nasce
um canal seguro de transmissão de documentos de inteligência, como a
disponibilização recíproca de dados sobre organizações criminosas.
O Fórum Permanente de Combate à Corrupção
O Ministério Público de São Paulo foi um dos signatários do Protocolo
de Intenções, firmado em dezembro de 2013, por meio do qual foi criado
o Fórum de Combate à Corrupção no Estado de São Paulo, com o obje-
tivo de discutir e propor ações no combate à corrupção e à lavagem de
dinheiro. A iniciativa de criar o Fórum nasceu das discussões no âmbito
da Agência de Atuação Integrada contra o Crime Organizado.
49
50T 39,9tde maconha
5,9tde cocaína
9,2tdiversos
Rodovias Portos Aeroportos
L O C A I S:
Também houve apreensões de:
25,4 mildrogas sintéticas
211,1 milmedicamentos
+ 15 milhõesde maços de cigarrossem documentação
LAVAGEM DE DINHEIRO
PARA RETER OSMATERIAIS ILÍCITOS
Em 12 meses a atuação resultou na apreensão deR$ 1.062.235,90 e o
equivalente a R$ 682 milem moeda estrangeira-
somando R$ 1,74 milhão
Polícias e agentes esquematizaram 1.495 bloqueios
e abordaram mais de 49 mil veículos
de drogas apreendidas
Compartilhando responsabilidades. A Agência de Atuação Integrada
O MP-SP colaborou para a formatação da Agência de Atuação Integrada
contra o Crime Organizado, grupo formado a partir de uma parceria entre
os governos de São Paulo e Federal e integrado pela instituição. Em 2013,
a agência contribuiu para a prisão de mais de 1,4 mil acusados e apreendeu
mais de 50 toneladas de drogas.
50
17. Segurança Pública. O crime organizado existe. MP que se impõe
Depois de três anos e meio de investigações, o Ministério Público de
São Paulo concluiu um levantamento sobre o crime organizado e sobre
o Primeiro Comando da Capital (PCC). A Procuradoria-Geral de Justiça
ofereceu todas as condições para que o Grupo de Atuação Especial de
Combate ao Crime Organizado (GAECO) pudesse desenvolver a maior
investigação já realizada no País contra o crime organizado, denunciando
a sua existência e o modo de atuação.
Foram denunciados 175 acusados e pedida à Justiça a transferência de
32 presos líderes da facção para o Regime Disciplinar Diferenciado - entre
eles a cúpula recolhida em Presidente venceslau, no Interior do Estado.
A denúncia foi assinada por 23 Promotores de Justiça dos Núcleos do
GAECO em todo o estado.
51
A atuação do GAECO
Somente no ano de 2013, as ações do GAECO resultaram na recu-
peração de R$ 3,2 bilhões correspondentes aos valores sonegados dos
cofres públicos.
Os núcleos do GAECO também denunciaram 1.205 pessoas, das
quais 194 foram condenadas (processos findos em 2013). Desse total,
104 denunciados são agentes públicos, dos quais 46 foram condena-
dos. Foram realizadas 161 operações, com 1.312 pessoas presas. Foram
apreendidos 247 armas, 2.980 munições, 11 toneladas de cocaína, 175
kg de crack, 30 toneladas de maconha, 2.058 pontos de LSD, 1.750
comprimidos de ecstasy, 3 kg de haxixe e 69 tubos de lança-perfume.
Também foram apreendidos 3,5 milhões de reais, 416 mil dólares, 3.115
euros e 470 mil guaranis. Um total de 294 bens foi sequestrado judi-
cialmente, além de 314 veículos apreendidos.
O GAECO também manteve interlocução permanente com a Secre-
taria da Segurança Pública, Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia Federal,
Polícia Rodoviária Federal, Secretaria de Administração Penitenciária e
Secretaria da Fazenda, entre outros órgãos, possibilitando a troca de
informações e ações conjuntas.
Também houve permanente articulação junto ao CAO Criminal e ao
CAO Cível, para possibilitar a atuação conjunta do GAECO com as Pro-
motorias de Justiça Criminais e de Interesses Difusos e Coletivos de
todo o Estado, bem como com outros grupos de atuação, em especial
GEDEC e GECEP.
Os Promotores de Justiça designados para os Grupos de Atuação
têm atribuição natural e são definidos segundo critérios objetivos. Os
Grupos constituem instrumento de atuação do MP-SP e não sofrem
qualquer tipo de ingerência da Administração Superior, exceto para
apoiá-los.
52
PGR propôs ao STF ADIn contra lei que altera a Organização e a Divisão Judiciárias do Estado de São Paulo
O Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, aceitou a representação
do Procurador-Geral de Justiça de SP, Márcio Elias Rosa, e propôs em
novembro de 2013 ao Presidente do Supremo Tribunal Federal, Ministro
Joaquim Barbosa, Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIn 5070) contra
a Lei Complementar Estadual nº 1.208, que altera a Organização e a Divisão
Judiciárias do Estado, criando o Departamento Estadual de Execuções
Criminais, ao qual serão vinculadas as unidades prisionais do Estado, e o
Departamento Estadual de Inquéritos Policiais, perante o qual tramitarão os
inquéritos policiais.
Bases para laboratório de apoio à investigação de crimes cibernéticos
No âmbito do Núcleo de Apoio à Investigação também foram lançadas
as bases para a implementação do laboratório de apoio a investigação de
crimes cibernéticos, destinado a auxiliar o Promotor de Justiça natural em
investigações e instruções de feitos que envolvam crimes praticados por
meio de computador ou contra dispositivos informáticos.
Coordenadoria de Inteligência
Ato do PGJ criou a Coordenadoria de Inteligência, que atende a necessidade
de o MP integrar, formal e efetivamente, a comunidade nacional de inteligência
de segurança pública. Destacada do CAEx, a Coordenadoria de Inteligência foi
estruturada em 5 setores: Coordenação, Administrativo, Operações, Análise e
Gerenciamento das Operações Telefônicas e Internet. Em seu primeiro ano de
funcionamento, já produziu mais de 130 relatórios de inteligência.
Produzidos 130 relatórios de inteligência
53
Para seguir adiante
• Nomenclaturação de cargos para as Promotorias de Justiça com
atribuições criminais (intermediária e final), estabelecendo-se, com
planejamento, a relação de 2 Promotores por vara Criminal
• Nomenclaturação de cargos com atribuições específicas para en-
frentamento da violência doméstica e de gênero e para o JECRIM
• Manutenção de critérios objetivos para a Segunda Instância
54
18. O Promotor faz a história
Foram colecionados alguns exemplos de atuação que contaram com a
direta participação da PGJ. São histórias de atuação exitosa do novo MP que
existe dentro de cada Promotor de Justiça, mas que passou a ser efetiva-
mente apoiado pela PGJ. São histórias que mudam positivamente a vida das
pessoas. MP com compromisso social.
TAC garante tratamento adequado a pacientes psiquiátricos da região de Sorocaba
Por iniciativa dos colegas Promotores de Justiça de Sorocaba, votorantim,
Piedade e Salto de Pirapora, o MP-SP formalizou em dezembro de 2012 um
TAC com o Ministério Público Federal, União, Estado e municípios para en-
frentamento dos problemas no atendimento dos sete hospitais psiquiátricos
particulares da região de Sorocaba que compõem o maior polo manicomial
do País, com mais de 2,7 mil pacientes. Foi o primeiro TAC tripartite na área
de saúde mental envolvendo todas as esferas de governo. A PGJ apoiou a
iniciativa e garantiu condições de formalização. A atuação exemplar dos cole-
gas diretamente envolvidos e com atribuições ganhou repercussão nacional.
Cuidadores na Rede Escolar Estadual
Por iniciativa dos Promotores Julio César Botelho, Micaela Carli Gomes,
João Paulo Faustinoni e Silva, Luiz Antônio Miguel Ferreira e Maria Izabel do
Amaral Sampaio Castro; e adesão dos Promotores Luiz Roberto vaquim, Car-
los Eduardo Anapurus, Adriana de Cássia Delbue Silva, Anna Cláudia Galvão,
Carlos Macayochi de Oliveira Otuski, Flávia Mendes Pereira Rivelli Caçador,
Flávio Okamoto, Milene Telezzi Habice, Luiz Sérgio Hulle Catani, Alexandre
Barbieri Júnior, Gustavo dos Santos Montanino, Ana Beatriz Sampaio Silva
vieira, o MP formalizou, em março de 2013, o TAC com as Secretarias Estadu-
ais da Educação e da Saúde, que se comprometeram a disponibilizar o serviço
de cuidador para alunos com deficiência, para toda a rede estadual de ensino.
55
O TAC foi considerado um marco de política pública na área da educação
inclusiva. A PGJ apoiou a iniciativa, concedendo meios para a formalização.
Construção de Centro de Reabilitação em Sorocaba
Por iniciativa do Promotor de Justiça Julio César Botelho, o MP-SP e o
Banco do Brasil firmaram, em abril de 2013, um Termo de Ajustamento de
Conduta pelo qual a instituição financeira se comprometeu a destinar R$ 5,8
milhões ao Governo do Estado para financiar a construção, em Sorocaba, de
uma unidade da Rede Lucy Montoro, que atende pessoas com deficiência,
para receber 800 pacientes/mês de Sorocaba e 47 municípios da região. A
interlocução com os Poderes Públicos que ajudou a viabilizar o TAC foi man-
tida pela PGJ, segundo desejado pelo Promotor de Justiça natural.
Justiça Restaurativa nas Escolas da Rede Estadual
O MP-SP iniciou, em agos-
to de 2012, um programa pio-
neiro de Justiça Restaurativa,
um modelo metodológico de
resolução pacífica de confli-
tos. O trabalho foi reconhe-
cido pelo Unicef como para-
digma de iniciativas entre o
MP e demais atores para área
da Educação e da Infância e
Juventude. viabilizado em
conjunto com a Secretaria
Estadual de Educação, o pro-
jeto capacitou cerca de 10 mil
educadores sobre práticas
restaurativas. Programa de Justiça Restaurativa foi reconhecido pelo Unicef
56
Guias de serviços públicos de saúde para idosos
A grande iniciativa idealizada pela Promotora de Justiça Anna Trotta
Yarid recebeu integral apoio da PGJ: o lançamento do Guia de Informa-
ções sobre serviços públicos para a pessoa idosa e o Guia de Informações
sobre medicamentos para a pessoa idosa na Capital.
As duas publicações, elaboradas com a colaboração da Secretaria Mu-
nicipal da Saúde, fazem parte do Projeto Saúde Cidadão, cujo objetivo é
fortalecer a cidadania e o exercício do direito à saúde, facilitando o acesso
dos idosos aos equipamentos da rede pública de saúde. O propósito é o
de apoiar iniciativas que podem ser replicadas em todo o Estado.
Manual Básico de Saúde Pública
Idêntica iniciativa que contou com o apoio da PGJ foi idealizada pe-
los Promotores de Justiça Adelmo Pinho, Lenise Patrocínio Pires Cecilio,
Marcelo Sorrentino Neira, Dório Sampaio Dias, Fabiano Pavan Severiano
e Fernando César Burguetti. O Manual Básico de Saúde Pública, de 2012,
visa, de forma simples e direta, orientar as pessoas sobre o direito aos ser-
viços de saúde que lhes é assegurado por lei, explicar-lhes no que consis-
te e indicar-lhes como garanti-lo de maneira efetiva. O trabalho não tem
a pretensão de discorrer sobre todos os assuntos relacionados à saúde,
mas sim de abordar alguns temas que comumente atingem e afligem os
menos favorecidos, quando estes necessitam do acesso à saúde e encon-
tram dificuldades.
Promotor Amigo da Escola
Outra iniciativa é o Projeto “Promotor Parceiro da Escola”, pelo qual as 200
escolas mais vulneráveis da rede estadual de educação foram visitadas por
representantes do MP e das diretorias de ensino, com o objetivo de melhorar
a segurança nas escolas e seus arredores; avaliar e melhorar a articulação da
escola com a rede de proteção da criança e do adolescente e com o sistema
57
de garantia de direitos; realizar ações visando a redução de atos infracionais
na escola; fortalecer ações para melhorar os laços familiares e comunitários
de crianças e adolescentes em situação de extrema vulnerabilidade; fazer le-
vantamento de famílias vulneráveis e incentivar ações articuladas com a rede
protetiva; com vistas a contribuir para a melhoria do ambiente escolar e para
reduzir os índices de evasão escolar. O GEDUC, o CAO Cível e o então asses-
sor da PGJ, Antonio Carlos Ozório Nunes, hoje no assessoramento do CNMP,
desenvolveram intensos trabalhos na definição da política estadual de educa-
ção e atuaram com vistas a prevenir e reprimir os danos na área.
Manual dos Planos Diretores
Promotores de Justiça e Assistentes Técnicos do Centro de Apoio Cível e
Tutela Coletiva (CAO-Cível) - Núcleos Urbanismo e Meio Ambiente e o Cen-
tro de Apoio à Execução (CAEx) elaboraram o Manual dos Planos Diretores,
concebido para garantir a existência de Planos Diretores e sua aplicabilidade,
conforme as metas 1 e 2 do Plano Geral de Atuação 2013 do MP-SP.
O manual apresenta os principais aspectos a serem observados por Pro-
motores na análise da elaboração e revisão dos Planos Diretores Municipais.
Projeto Florestar
Lançado em outubro de 2012, em Caraguatatuba, no litoral norte, o Proje-
to Florestar estabeleceu uma programação de trabalho do Ministério Público
nas áreas de Urbanismo e Meio Ambiente para o desenvolvimento de ações
e estudos referentes à proteção florestal e da biodiversidade após as altera-
ções legislativas, em especial o novo Código Florestal. O projeto, por meio do
Grupo Estratégico de Proteção Florestal e do Programa de Diagnósticos e
Integração de Entendimentos Técnico-Jurídicos, vem fornecendo aos mem-
bros do Ministério Público soluções para superar as dificuldades da tutela
jurídica do meio ambiente trazidas pela Lei 12.651/2012 e, por via do Progra-
ma de Cidadania Florestal, vem fomentando parcerias da instituição junto à
sociedade civil.
Promotores visitaram
as 200 escolas mais
vulneráveis da rede pública
58
O Florestar entrou para a história do MP brasileiro e serve hoje de referen-
cial no tema, devolvendo ao MP-SP o protagonismo na área.
Acompanhamento da ampliação da rede de saúde mental
O MP-SP firmou, em fevereiro de 2014, Termo de Cooperação Técnica com
a Secretaria Estadual da Saúde para conjugar esforços visando a prestação
mútua de informações e dados relativos à construção da Rede de Atenção
Psicossocial (RAPS). A finalidade é a criação, ampliação e articulação de pon-
tos de atenção à saúde mental no âmbito do SUS. O Termo acompanhará o
processo de implantação de 63 RAPS no estado. Caberá ao MP, por meio dos
Núcleos da Rede Protetiva de Direitos Sociais, o monitoramento das iniciativas
municipais visando a aproximação delas com os projetos apresentados.
TAC da Acessibilidade
Por iniciativa dos Promotores de Justiça Julio César Botelho, João Paulo
Faustinoni e Silva, Michaela Carli Gomes, Maria Izabel do Amaral Sampaio
Castro e Sandra Lúcia Garcia Massud, o MP-SP firmou, em fevereiro de 2014,
TAC sobre acessibilidade arquitetônica de todas as escolas estaduais de SP,
facilitando a atuação dos Promotores da Infância e da Pessoa com Defici-
ência que já têm inquérito Civil instaurado sobre a questão e possibilitando
que aqueles que ainda não tenham instaurado algum procedimento possam
resolver as demandas dos alunos com deficiência em suas comarcas.
Educação Inclusiva
O MP-SP promoveu, em março de 2013, o Seminário “Educação Inclusiva:
Teoria e Prática”, que marcou o lançamento do “Guia prático: o direito de to-
dos à Educação”, de autoria dos Promotores Júlio Cesar Botelho e Lauro Luiz
Gomes Ribeiro. O Guia é resultado da união dos esforços do MP-SP e a Sor-
ri-Brasil, organização não governamental, que tem por finalidade promover o
acesso pleno e imediato e a participação ativa das pessoas com deficiência.
59
19. Infância e Juventude. Um capítulo à parte
Ministério Público e os Conselhos Tutelares
O papel do Ministério Público e do Conselho Tutelar na área de Educação
também mereceu a atenção do MP-SP. Em dezembro de 2012 foi promovido
um amplo debate sobre o tema, com a presença de Promotores de Justiça
do CAO-Cível e do GEDUC, de membros dos Conselhos de Defesa da Crian-
ça e do Adolescente de São Paulo (estadual e municipal) de conselheiros
tutelares, educadores e autoridades.
A revisão das resoluções
O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) acolheu sugestões
apresentadas pelo Ministério Público de São Paulo e aprovou alterações das
Resoluções nº 67 (16 de março de 2011) e 71 (de 15 de junho de 2011), que
tratam da fiscalização das unidades para cumprimento de medidas socio-
educativas e da atuação dos membros do MP na defesa do direito à convi-
vência familiar e comunitária de crianças e adolescentes em acolhimento. As
mudanças foram aprovadas em maio de 2013 e passaram a ser adotadas em
todo o País.
O Ministério Público de São Paulo mostrou que, pela grande quantidade
de entidades socioeducativas e de abrigos para serem inspecionados, aliada
ao fato de que grande parte dessas unidades representam espaços de quali-
dade de atendimento, seria importante selecionar as visitações para concen-
trar esforços nos locais que necessitam receber punições severas.
A lotação de servidores
Nesta gestão, os técnicos do Núcleo de Atendimento Técnico (NAT) pas-
saram a atuar junto ao Centro de Apoio Cível e de Tutela Coletiva, subsidian-
do os Promotores de Justiça com manifestações técnicas, principalmente na
área social, nas visitas de inspeção e por meio do acompanhamento para
60
implementação de políticas públicas. Hoje estão lotados no NAT 33 assisten-
tes sociais e 24 psicólogos. É preciso ter em conta que o NAT não existia até
recentemente, e passou a contemplar os profissionais da área de saúde que
foram admitidos por concurso público. O prosseguimento dessa política, que
atende também a área protetiva dos idosos, deve oferecer condições mais
razoáveis para os Promotores de Justiça com atuação natural.
A criação das equipes
Foram criadas Equipes de Inspeção das entidades de acolhimento de
crianças e adolescentes para auxiliar as Promotorias de Justiça da Infância e
Juventude, cujo início de atuação dar-se-á em 2014.
Priorização de cargos para lotação de oficiais e analistas técnicos
A PGJ já lotou assistentes jurídicos prioritariamente nas Promotorias de
Justiça da Infância e Juventude em todo o Estado. A política de prioridade
necessita ter continuidade, com o objetivo de facilitar o atendimento ao pú-
blico e as demandas da população, em razão das alterações na Lei 12.010 que
estabelece o protagonismo do Ministério Público no enfrentamento da ques-
tão da convivência familiar e comunitária. Também a nomenclaturação de
cargos passou a privilegiar essa área sensível de atuação, tendo sido criados
cargos nas Promotorias de Justiça de maior demanda.
Os encontros
Encontro de Campos do Jordão
O CAO-Cível realizou, em novembro de 2013, em Campos do Jordão, o
Encontro dos Promotores de Justiça da Infância e Juventude, no qual
puderam trocar ideias e estabelecer metas de atuação, compartilhando
experiências no enfrentamento das demandas da área.
61
Encontro de São Roque
O Ministério Público, por meio do Centro de Apoio Operacional Cível e
de Tutela Coletiva, Área da Infância e Juventude, realizou o evento “Imer-
sões”, em São Roque, com o objetivo de abordar estratégias técnicas e
jurídicas sobre o tema do atendimento integral às crianças e adolescentes
usuários de álcool e outras drogas.
Reunião sobre medidas socioeducativas
Reunião de Trabalho com os Promotores de Justiça da Infância e Ju-
ventude dos Foros Central e Regionais da Capital e da Área de Execução
de Medidas Socioeducativas teve o objetivo de discutir o posicionamento
a ser adotado para o adequado atendimento dos adolescentes em cum-
primento de medidas protetivas; o acompanhamento das medidas prote-
tivas pelos Foros Regionais; a possibilidade e a forma de participação dos
Promotores de Justiça na implantação da Justiça Restaurativa.
20. Convênios que facilitaram a atuação do Promotor
Acesso a informações de licenças ambientais
Desde agosto de 2013, está mais fácil para os Promotores de Justiça que
atuam na área ambiental obter informações da Secretaria Estadual do Meio
Ambiente (SEMA) e da CETESB. Por iniciativa do MP-SP, foi celebrado um
Acordo de Cooperação Técnica que permite que o próprio Promotor ou Pro-
curador obtenha informações on-line no Sistema Integrado de Gestão Am-
biental sobre licenças ambientais, estudos de impacto ambiental, termos de
ajustamento de conduta, termos de compromisso de recuperação ambiental,
autorizações para intervenção em recursos naturais, áreas contaminadas e
autos de infração ambiental.
62
Ministério Público e FIPE
O MP-SP e a FIPE firmaram, em março de 2013, um Termo de Cooperação
Científica e Tecnológica para aumentar a eficiência das atividades do MP re-
lacionadas à fiscalização das fundações e entidades de interesse social e, ao
mesmo tempo, proporcionar a realização de atividades científicas, a capaci-
tação e o desenvolvimento dos alunos, pesquisadores e professores da FIPE.
Ministério Público e Sindicom
Em junho de 2012, o MP-SP firmou Convênio de Cooperação com o Sin-
dicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrifi-
cantes (SINDICOM) para que fossem realizadas a coleta e destinação final de
embalagens plásticas e óleos lubrificantes adquiridos pelo MP-SP, a fim de
que houvesse a destinação ambientalmente adequada a esses recipientes.
Ministério Público, Tribunal de Justiça e Defensoria Pública
Em setembro de 2012, o MP firmou com o Tribunal de Justiça e a Defenso-
ria Pública uma portaria conjunta para aprimorar a interlocução entre as três
instituições no âmbito do Plano de Unificação, Modernização e Alinhamento
(PUMA). Foi criada uma comissão mista para estudar formas de reduzir ou
eliminar o trâmite de papeis entre os órgãos.
Compartilhamento de informações entre MP-SP, MP-MG e Secretarias da Fazenda
O MP-SP renovou, em novembro de 2012, por cinco anos o Termo de Coo-
peração Técnica firmado em conjunto com o MP-MG, Secretaria da Fazenda
do Estado de SP e Secretaria da Fazenda do Estado de MG. O documento
prevê a realização de ações conjuntas e o compartilhamento de informações
essenciais para operações de investigação e repressão a esquemas estrutu-
rados de sonegação fiscal e fraudes.
63
Ministério Público e Secovi
O MP-SP e o Secovi firmaram convênio de cooperação visando o inter-
câmbio, integração e cooperação técnica, cultural e científica para a análise,
oferecimento de proposições e outras soluções de interesse público e social
que integrem as áreas de Habitação, Urbanismo e Meio Ambiente nas suas
diversas especialidades.
Ministério Público e o Instituto Alana
O MP-SP e o Instituto Alana firmaram, em março de 2013, um Termo de
Cooperação para a atuação conjunta no combate à publicidade infantil enga-
nosa e/ou abusiva e na promoção de medidas em prol do consumo saudável
de alimentos e consumo consciente pela coletividade.
Dados abertos do mapeamento topográfico do estado
Todos os arquivos digitais referentes ao mapeamento topográfico que
consta no Instituto Geográfico e Cartográfico foram disponibilizados para o
MP-SP. O Termo de Cessão, firmado em setembro de 2013, é mais um ins-
trumento conquistado para facilitar o trabalho dos Promotores de Justiça de
Meio Ambiente e Habitação e Urbanismo.
21. Patrimônio Público. As ações que deram resultado
Combate à criação de cargos em comissão em câmaras municipais
A exemplo da prioridade definida para a Competência Originária da
PGJ, desde abril de 2013, foi implementado um Projeto Piloto, integra-
do pelos Colegas do Projeto Especial - Tutela Coletiva, cuja prioridade
passou a ser a adequação dos cargos comissionados das Câmaras Mu-
64
nicipais aos parâmetros constitucionais, matéria recorrente nas Promo-
torias de Justiça com atribuição na área do patrimônio público e social.
Após manifestação de interesse, os Promotores de Justiça que atu-
am na área de patrimônio público receberam atenção do Projeto Espe-
cial para o exercício de suas atribuições nos procedimentos já instau-
rados, garantindo-se a atuação integrada.
Durante o ano de 2013, 43 Promotorias de Justiça foram atendidas,
com estimativa de regularização de 248 cargos públicos.
Em fevereiro de 2014, o CAO Cível de Tutela Coletiva lançou a cartilha
eletrônica que orienta a atuação nessa matéria.
Grupo de Trabalho Combate às Fraudes em Licitações e Contratos
Foi criado o Grupo de Trabalho Combate às Fraudes em Licitações e Con-
tratos, sob a coordenação dos Assessores do CAO Cível – Núcleo Patrimônio
Público e Social. Irregularidades em contratações de empresas que prestam
serviços de consultoria e assessoria jurídica e outros temas relacionados à
administração pública constituem o foco desse grupo de trabalho.
22. Assessoria Eleitoral
Transparência
Agora, todos conhecem os que atuam e por que atuam na área eleitoral,
seja no Interior ou na Capital.
Eleição 2012: Link “Ficha Limpa”
Foi disponibilizado material de apoio à aplicação da Lei da Ficha Limpa
nas Eleições 2012: listagens para consulta de Inelegibilidade (24), Diretrizes
de Atuação Conjunta – PGJ e PRE, Repertório Jurisprudencial, Modelos de
Peças, Resumos: registro de Candidatura e Impugnação.
65
Implantação do DISQUE-DENÚNCIA ELEITORALEleições 2012
Parceria do Ministério Público do Estado de São Paulo com a Procu-
radoria Regional Eleitoral, com o Movimento de Combate à Corrupção
Eleitoral (MCCE) e com o Pensamento Nacional de Bases Empresariais
(PNBE) criou o disque-denúncia, com ampla repercussão na mídia e que
acabou atendendo outros Ministérios Públicos. Foram realizados mais de
6.000 atendimentos e por jovens capacitados para tanto.
Número de Ações de Impugnação de Registro de Candidaturas
O material de apoio, as orientações prestadas e a proximidade no aten-
dimento aos Promotores de Justiça eleitorais permitiram que o MP-SP re-
alizasse expressivo número de impugnações de registro de candidaturas:
Capital: 420
Interior: 4.397
Ajuizamento de Representações de doações acima do limite legal
Eleições 2012 (Interior e Capital): aproximadamente 2.300 ajuizamen-
tos. As condenações do TRE-SP por conta de doações efetuadas acima
dos limites atingiram o valor de R$ 3.777.932,82.
Iniciativas
A Procuradoria Geral de Justiça após tratativa mantida no dia 13 de ja-
neiro de 2014 com o Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot Mon-
teiro de Barros, representou para a imediata revogação do disposto no
66
artigo 8º, da Resolução nº 23.396 do Tribunal Superior Eleitoral (TSE),
diante da manifesta inconstitucionalidade do dispositivo, uma vez que
limita o poder investigatório do Ministério Público em matéria eleitoral.
Apresentou a representação tão logo foi divulgada a resolução, apon-
tando a necessidade de imediata mudança. A matéria também levada ao
CNPG, que apoiou ambas as iniciativas.
Em outubro de 2013, o MP-SP encaminhou ao TSE proposta à Instru-
ção relativa às eleições de 2014 concernentes à Escolha e Registro de
Candidatos, com sugestões para a inclusão nas exigências legais para as
eleições gerais de 2014, da apresentação pelo candidato de documenta-
ção que cumpra as exigências contidas na Lei da Ficha Limpa.
23. Direitos Humanos e Sociais – a atuação em rede, a regionalização futura
Incremento da Rede Protetiva de Direitos Sociais
A atuação da Rede Protetiva de Direitos Sociais foi incentivada e aprimo-
rada, visando à atuação integrada e regionalizada de Promotores de Justiça
na defesa dos direitos sociais, por meio da identificação de demandas co-
muns e otimização dos equipamentos públicos para atendimento. A Rede
Protetiva de Direitos Sociais conta com 15 núcleos.
Encontro da Rede Protetiva de Direitos Sociais
Para propiciar aos participantes uma visão ampla das redes de saúde e
assistência social e a sua articulação com o Ministério Público e o sistema
de justiça, o MP-SP promoveu, em junho de 2013, o 1º Encontro da Rede
Protetiva de Direitos Sociais (RAPDS), evento que contou com o apoio da
Escola Superior do Ministério Público, da Secretaria de Estado dos Direitos da
Pessoa com Deficiência e da Fundação Memorial da América Latina.
67
24. CAEx – o início de uma grande mudança
A propalada descentralização do CAEx e real apoio à atividade de nature-
za investigatória começaram a sair do papel. A aprovação recente de novas
leis permitirá que o MP-SP passe a contar com equipe de profissionais capa-
zes de atender a todas as demandas e em todas as regiões do Estado.
Sistema de Investigação de Movimentações Bancárias entra em funcionamento
Entrou em operação no MP-SP, em dezembro de 2012, a nova versão do
Sistema de Investigação de Movimentações Bancárias (SIMBA), que permite
a transmissão de dados de quebra de sigilo bancário pela internet, após au-
torização judicial, bem como o processamento desses dados, com a emissão
de relatórios.
25. O projeto de regionalização
Criação de Promotorias de Justiça RegionaisPlanejando o futuro
O Conselho de Estudos de Políticas Institucionais (CONEPI), por aclama-
ção, a proposta de criação de Promotorias de Justiça Re gionais no âmbito
da estrutura da instituição. O anteprojeto de lei prevê que as Promotorias Re-
gionais passem a figurar no rol de órgãos de execução, permitindo que car-
gos sejam lotados em todas as regiões do Estado. Áreas específicas, como
Educação, Saúde e Meio Ambiente poderão contar com órgãos de atuação
regional, interligados ao Promotor de Justiça local. A atuação regionalizada
também fomentará a atuação integrada. A regionalização é concebida para
auxiliar e valorizar, por conta da especialização, o Promotor de Justiça local.
A Promotoria Regional será criada por lei e terá cargos fixos de entrância
intermediária e final.
68
PGJ propõe criação das Promotorias de Justiça de Educação e de Combate à Violência Doméstica
A Procuradoria-Geral de Justiça encaminhou ao Órgão Especial do Colé-
gio de Procuradores de Justiça anteprojeto de lei para criação da Promotoria
de Justiça de Educação e da Promotoria de Justiça de Combate à violência
Doméstica e de Gênero, ambas na Capital. A proposta contempla também a
criação de 30 cargos de Promotor de Justiça de Entrância Final.
A PJ de Combate à violência Doméstica e de Gênero possuirá atribuição
de “repressão e prevenção da criminalidade de gênero no âmbito doméstico
e fiscalização de acompanhamento das políticas públicas respectivas”, en-
quanto que à PJ de Educação caberá a “tutela dos interesses difusos e indi-
viduais indisponíveis e fiscalização e acompanhamento das políticas públicas
voltadas à implementação do direito à educação”.
As Promotorias de Justiça a serem criadas substituirão os Grupos de En-
frentamento à violência Doméstica (GEvID) e o Grupo de Atuação Especial
de Educação (GEDUC), cujo trabalho foi importante para determinação da
necessidade de perenização da atuação especializada em ambas as áreas.
Após a aprovação pelo Órgão Especial, o anteprojeto será encaminhado
para a Assembleia Legislativa.
26. Memorial. O resgate da nossa história
Em dezembro de 2013 foi inau-
gurado o Memorial MP-SP, criado
para resgatar e preservar a his-
tória da instituição. A missão do
Memorial MP-SP é salvaguardar
documentos produzidos durante
a história da instituição e de seus
“Ter consciência de quem somos e não ter consciência por que somos o que somos nos faz estranhos a nós mesmos.” Márcio Elias Rosa
69
membros, e divulgar tudo aquilo que é representativo para a reconstitui-
ção da memória e da história do MP paulista. O memorial efetua o registro
histórico de todos a começar pelo painel de entrada que traz a fotografia
na data do ingresso de todos os que estão e estiveram no MP-SP.
27. Criação do Núcleo de Comunicação Social. Reformulação do Portal. Ministério Público nas Redes Sociais
A criação do Núcleo de Comunicação Social assegurou maior visi-
bilidade às ações do MP-SP, maior transparência com os destinatários
e maior difusão dos posicionamentos institucionais mostrando, por
exemplo, o protagonismo do MP paulista em questões como a Campa-
nha contra a PEC 37.
A estrutura da Assessoria de Comu-
nicação foi reforçada com novos pro-
fissionais e a Instituição foi inserida nas
redes sociais: o Facebook tem mais de
34 mil curtidas, número recorde entre
todos os MPs do País, e o Twitter, mais
de 5,8 mil seguidores.
O portal foi remodelado, com recursos
que permitem acesso mais rápido e fácil,
todos seguindo as diretrizes nacionais e
internacionais de acessibilidade. Por meio
da Newsletter, enviada por e-mail a todos
os membros da Instituição, a PGJ presta
contas, quinzenalmente, das iniciativas
da Administração Superior.
70
Página do MP-SP no Facebook com mais de 34 mil fãs
Twitter oficial: MP-SP mais próximo do cidadão
71
CAMPANHAS INSTITUCIONAIS
PLID
Com o objetivo de conscientizar a popu-
lação sobre o desaparecimento de pessoas e
incentivá-la a se engajar nesse combate, o Mi-
nistério Público de São Paulo firmou parceria
com a agência vML, do Grupo Newcomm, que
criou, em caráter pro bono, uma campanha
publicitária sobre o Programa de Localização
e Identificação de Desaparecidos (PLID), do
MP-SP, além de ter produzido o site do Pro-
grama, fixado no Portal do MP-SP.
Somente a Rede Globosat veiculou a cam-
panha por 15 dias corridos, sendo 4 inserções
por dia em cada um dos canais: GNT, Mul-
tishow, SporTv 2 e 3, viva, Universal Channel,
Combate e + Globosat, totalizando 420 inser-
ções nos intervalos nacionais. Mais de 3,1 mil
pessoas já assistiram ao vídeo no canal do MP-SP no YouTube, sem contar
as inúmeras inserções na Tv e internet.
Veja em:
youtu.be/ryDK7GlKiZw
PEC 37
O Núcleo de Comunicação Social liderou as campanhas e mobilizações
realizadas pela internet e redes sociais contra a PEC 37, como um abaixo
-assinado que reuniu 460 mil assinaturas; o Tuitaço contra a PEC 37, que
entrou para os Trend Topics do Twitter; e a ferramenta pela qual qualquer
cidadão poderia criar um abaixo-assinado individual para os Deputados.
72
Parceria com a Rede Globo leva a população a denunciar casos de corrupção
A Procuradoria-Geral de Justiça firmou acordo
com a Rede Globo. A emissora produziu e veiculou
uma campanha que convida os cidadãos a denunciar
casos de corrupção. Foi criado um disque-denúncia
e e-mail para atendimento ao público. A campanha,
lançada em agosto de 2013, veiculou na Rede Globo
por dois meses. Mais de 2,1 mil pessoas já assistiram
ao vídeo no canal do MP-SP no YouTube.
Veja em:
youtu.be/ohqbKlSt4lk
Memorial do MP-SP ganha homenagem
Um filme com o registro da memória do Minis-
tério Público de São Paulo, com depoimentos de
ex-Procuradores-Gerais de Justiça e Membros apo-
sentados da Instituição, foi criado para a inaugura-
ção do Memorial do MP.
Lançada em dezembro de 2013, a produção
foi realizada pelo MP em parceria pro bono com a
agência vML. Mais de 2,7 mil pessoas já assistiram
ao vídeo no canal do MP-SP no YouTube.
Veja em:
youtu.be/NeRuEEgvpHI
73
Painel que homenageia todos os Membros do MP-SP – Memorial inaugurado em dezembro de 2013.
Painel que homenageia todos os Membros do MP-SP – Memorial inaugurado em dezembro de 2013.
www.marcioeliasrosa.com.br